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GRANDE LOJA REGULAR DE SÃO PAULO

DE MM LL AA E AA

RITO ANTIGO E PRIMITIVO DE MÊMPHIS

LITURGIA DO GRAU III

MESTRE MAÇOM

Fonte Única, Autêntica e Regular


Autenticação

Este exemplar do Ritual do Grau de Mestre Maçom do Rito


Antigo e Primitivo da Franco-maçonaria, não será considerado
autêntico enquanto carecer do Selo Oficial da Sereníssima
Grande Loja Regular de São Paulo, do Número de Ordem de
Expedição e da rubrica do Grande Secretário.

Nº. De Expedição ______________

____________________________________
Il Ir Grande Secretário

O presente exemplar é destinado ao uso pessoal do Il Ir ____

___________________________________________________
_,

elevado no Grau de Mestre Maçom em ___ de ________ de


____

(A D) aos ____ do mês maçônico de ________________ do

ano 000.000.000 (V L),


na____________________________

___________________________________________________
_

no Oriente de ___________________.

2
____________________________________
Venerável Mestre

3
MESTRE MAÇOM

O terceiro grau é o coroamento da Iniciação na Franco-


maçonaria. É nele que o maçom conhece o complemento
histórico da Ordem e a parte simbólica que serviu de véu à
iniciação atual.

Este grau admite os estudos filosóficos e teológicos mais


elevados e, mais especialmente, os das ciências físicas e ocultas
que tratam da transformação dos corpos e da imortalidade da
alma. Dá a chave dos símbolos maçônicos, dos mitos poéticos e
religiosos dos tempos antigos e modernos, e completa, por
último, a iniciação antiga.

No Grau de Aprendiz, procede-se por meio de provas e


interrogações, a fim de conhecer os sentimentos e o caráter do
neófito.

No Grau de Companheiro, emprega-se a via da instrução para


ensinar-lhe a conhecer-se a si mesmo e a resolver as principais
questões de ordem físico e moral que possam turvar seu
espírito.

No Grau de Mestre, passa-se às conseqüências e se fala à alma e


ao coração; a experiência lhe serve de guia, desenvolve-se o
quadro das misérias humanas, vê-se claramente a causa que as
produz e o modo de remediá-las deixa de ser um segredo. Então
o maçom compreende perfeitamente, que não nasceu para
somente ensinar, mas para também ser bom, valioso e
magnânimo. Vê que a ciência por si só não produziria mais que
autômatos mais ou menos hábeis, talvez mais ou menos
perigosos, e que somente a virtude é quem verdadeiramente cria
os homens.

Nos venerados mistérios da Antigüidade, a Exaltação era o


símbolo da imortalidade da alma.

Chamavam-lhes “Mestres” aos presidentes ou governantes dos


colégios de arquitetos sagrados e obreiros dionisíacos. Os
colégios de construtores fundados por Numa Pompilio tomaram o
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nome para a terceira iniciação de seus obreiros, do mesmo modo
que o fizeram na antiga tradição egípcia. As agremiações
medievais tomaram a mesma escala de iniciação e o grau de
mestre correspondia ao grupo de “patronos” dirigidos pelo
Mestre Arquiteto (Venerável Mestre).

Para ser um mestre, é necessário conhecer perfeitamente o


Delta e suas propriedades, bem como a criação, o
desenvolvimento, a perfeição e a unidade da essência, da
substância e da natureza, cuja origem é o mesmo Delta,
princípio de todas as manifestações; por isso, é necessário que
esteja firmemente resoluto em pôr em prática todas as virtudes
fundamentais, sem as quais nem o homem nem a Sociedade
podem jamais aspirar ao bem-estar e à felicidade.

O mestre deve apoio e sábios conselhos a todos seus irmãos,


como lhe é recordado incessantemente por um dos cinco pontos
de perfeição; e, por último, nunca deve se esquecer de que aos
olhos dos iniciados, e especialmente dos companheiros e
aprendizes, acha-se revestido com os atributos que o Supremo
Arquiteto do Universo concedeu a Salomão.

SUPORTES VISUAIS

Mestre Maçom

LUVAS

As luvas brancas na Câmara do Meio representam a pureza dos


atos e que a consciência do Mestre está livre de pensamentos
vis.

AVENTAL

No terceiro grau, ele é de pele branca, com bordas de tafetá ou


cetim azul, e a abeta abaixada. O verso será de cor negra, para
as ocasiões de luto, e estará decorado com uma caveira e duas
tíbias cruzadas, rodeadas por sete lágrimas brancas. O avental
tem a função protetora de absorver as manchas de toda
substância que não seria bem recebida sobre a pessoa, em
especial sobre o lugar da vida, correspondente aos genitais. O
5
significado específico do avental decorado é que, quem o possui,
anuncia o oferecimento de si mesmo diante do Espírito a quem
crê servir.

ABERTURA E ILUMINAÇÃO DA ORDEM


DA LOJ DE MM

Tratamentos:

VM - Respeitabilíssimo Mestre.


IIrVVig - Venerabilíssimos IIrVVig.
IIr - Veneráveis IIr.

(Antes de começar os trabalhos, o Templo estará


convenientemente decorado e pouco iluminado por
algumas velas nas paredes a cada lado da sala. Todos os
membros permanecem na sala dos Passos Perdidos, o
M\CC\ se coloca entre CCol\ com o candelabro de três
braços e, acendendo a vela do meio, diz:)

MCC – Acendo a Luz visível como símbolo da Luz invisível 1.

(O MCC entrega o candelabro ao Orad . Depois dá o T 


de Apr  na porta do Templo com a empunhadura de sua
espada e diz:)

MCC – Por ordem do RespM, dar-se-á início à Sessão


de _____ da Aug e Resp LojS __________ no
Santuário de nosso Templo. Passai os MMMM.

(Se houver visitantes, estes não entrarão neste momento.


Só o farão depois de abertos os trabalhos. Estando todos
dentro do Templo, o M CC se coloca entre CCol e diz:)

MCC – Levantem-se todos, meus IIr, para a entrada do


RespM e dos OOfic desta Loj Maç.

1
A Luz Divina que procede do Alto, e a Chama de nossas tradições acendida na antiguidade e
transmitida até nós de geração em geração, são representadas nesta Chama sagrada.
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(Neste momento, o Templo fica completamente às escuras.
O MCC dirige a procissão levando pela mão direita o
RM, e o Orad  leva diante deles o candelabro de três
velas, somente com a vela central acesa. Atrás seguem os
VVig, os OOf. Todos passam uma vez pelo N e param
ao chegar diante do Altar do Resp M. O RM sobe os
degraus do Or e aguarda. Todos passam pelo S, param
diante do Altar do 1º Vig  e este assume seu posto. O
mesmo fazem diante do Altar do 2º Vig  e continuam até o
Or. O MCC entrega pela mão os OOfic  um a um, para
que o RM os eleve ao Or. Em seguida, o M CC e o
MExp  assumem seus postos.)

RM – Saudações nas pontas do Sagrado Triângulo, respeito e


honra à Ordem. Saúde, Fraternidade, Sabedoria. Meus
IIr, sentemo-nos.

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM - Ven Ir 1º Vig, qual é o primeiro dever de um Vig


em Câmara do Meio?

1º Vig – RM, é assegurar se o Templo está coberto


exteriormente

RM – Ven Ir 2º Vig, assegurai-vos de que o Templo


esteja coberto exteriormente.

(O Ir Cobridor sai, inspeciona os Átrios e presta contas


após ter fechado a porta.)

Cobr – Ven Ir 2º Vig, os Átrios estão desertos.

2º Vig – R M, o Templo está coberto exteriormente.

RM – Ven Ir 1º Vig, qual é o segundo dever de um Vig


na Câmara do Meio?

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1º Vig – R M, é assegurar se todos os IIr presentes nas
CCol do Sul e do Norte são MM MM regulares,
membros desta Oficina ou visitantes conhecidos.

RM – ( * ) Em pé e à Ordem!

- VVen IIr 1º e 2º VVig, assegurai-vos se todos os


IIr que decoram vossa CCol são de fato MM MM
regulares, membros desta Oficina ou Visitantes
conhecidos.

( Os dois VVig percorrem sua Col , Malhete “em punho”,


verificam se há IIr desconhecidos, e retornam aos seus
lugares.)

2º Vig – Ven Ir 1º Vig , os IIr da Col do Norte são todos


MM MM .

1º Vig – RM, os IIr que decoram as CCol do Sul e Norte


são todos MM MM , membros desta Oficina ou Visitantes
conhecidos.

RM – O mesmo acontece no Or. Ven Ir 1º Vig, sois


Franco Maçom?

1º Vig – RM, MMIIrCTMRR.

RM – Ven Ir 1º Vig, que idade tendes?

1º Vig – T anos, RM .

RM – Ireis mais longe?

1º Vig – Interrogai-me, eu conheço a Letra “G”.

RM – Tendes outros conhecimentos de Maçonaria?

1º Vig – Experimentai-me, a a m e c.

RM – Ven Ir 2º Vig , que idade tendes?

8
2º Vig – Sete anos , RM .

RM – Ven Ir 1º Vig, a que horas abrem-se os trabalhos


na Câmara do Meio?

1º Vig – Ao Meio-dia, RM .

RM – Ven Ir 2º Vig , que horas são?

2º Vig – É Meio-dia, RM .

(O RMacende as outras duas velas de seu candelabro.


Quando estiver acendendo a da direita, o Ir Secr acende
a sua. O R M , toma a vela central do candelabro de três
braços e vai iluminar, pelo Meio-dia, as velas dos três
grandes candelabros do tapete.Quando acender aos
grandes candelabros referentes aos VVig, estes acendem
neste momento os seus, juntamente com o RM. O RM
volta ao seu lugar pelo N. De volta e estando em pé, bate
um golpe, seguido dos VVig :)

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM – VenIr 1º Vig, qual é motivo pelo qual estamos


reunidos nesta Loj de MMMM?

1º VIG – Ven Ir 2º Vig, qual é motivo pelo qual estamos


reunidos nesta Loj de MMMM?

2º VIG – É o desejo de aprender a traçar, com justas


proporções, os planos para a construção do Templo
Maçônico.

1º VIG – RM, o motivo que nos reúne é o desejo de


aprender a traçar, com justas proporções, os planos para a
construção do Templo Maçônico.

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RM – Como conseguiremos fazê-lo?

2º VIG – Com o auxílio do Grande Arquiteto do Universo, pelo


conhecimento de Jakim, de Booz e da letra G, que se acha
no centro da Estrela Flamejante.

RM – Como poderemos adquirir este conhecimento?

1º VIG – Pelo estudo profundo de nós mesmos e da natureza,


detestando o vício e praticando a virtude.

RM – VenIr 1º Vig, visto que um fim tão nobre nos


reúne, anunciai aos VVenIIr que abrirei a Loj de
MMMM.

1º VIG – VenIr 2º Vig, da parte do VM, anunciai aos


VVenIIr que será aberta a Loj de MMMM.

2º VIG – Meus VVenIIr, da parte do VM, eu vos anuncio


que será aberta a Loj de MMMM.

RM – Meus Ven IIr, ajudai-me todos a abrir a Loj de


MMMM.

1º VIG – VenIIr que decorais a Col do S, ajudemos o


RM a abrir a Loj de MMMM.

2º VIG – VenIIr que abrilhantais a Col do N, ajudemos


o RM a abrir a Loj de MMMM.

RM – A mim, meus IIr.

(RM e todos os demais fazem o S inteiro do Gr de M por duas


vezes seguidas; em seguida, todos se põem no segundo tempo do
S, que é o S da ordem em Loj. O RM abre a Loj de MMMM
com a bateria de nove golpes, por três vezes três, dizendo:)

RM – Abro agora a Loj de MMMMem Câmara do Meio.


À Glória do Grande Arquiteto do Universo! -   – 
Em nome e sob os auspícios da GLRSP, -–
e pelos poderes que me são conferidos, -   – .

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(Os VVig repetem em silêncio a bateria de nove golpes, por três
vezes três:)

1º VIG –   –  ;   –  ;   – 

2º VIG –   –  ;   –  ;   – 

RM – VenIIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol


que a Loj de MMMM está aberta.

1º VIG – VVenIIr que decorais a Col do S, da parte do


RM, eu vos anuncio que está aberta a Loj de
MMMM.

2º VIG – VVenIIr que abrilhantais a Col do N, da parte


do RM, eu vos anuncio que está aberta a Loj de
MMMM.

RM – A mim, meus IIr.

(O RM e todos fazem, pela terceira e última vez, o S  completo


do grau. O RM põe sua Esp desembainhada sobre a Bíblia
aberta no primeiro capítulo do Evangelho de São João. Todos
embainham as suas EEsp. O RM se senta e diz:)

RM – Convido os IIr a se sentarem. e solicito, em nome da


Ordem, o mais profundo silêncio a todos os OObr.

JUSTIFICATIVAS DE IIr AUSENTES

RM – Alguém entre os VVenIIr traz uma justificativa a


apresentar em nome dos IIr ausentes?

(Se alguém pedir a palavra pelo sinal de consentimento, o


Vig de sua respectiva Col o anunciará. Se for da Col  do
N, o Vig tem de solicitar ao Vig  da Col do S que
anuncie ao RM os IIr  que pedem a palavra. O Secr 
anotará em ata as justificativas apresentadas.)

RECEPÇÃO DE IRMÃOS VISITANTES


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RM – Ir 1º Vig, há IIr visitantes no exterior da Loj?

1º VIG – VenIr 2º Vig, há IIr visitantes no exterior da


Loj?

2º VIG\ – VenIr MCC, saí à Sala dos Passos Perdidos e


verificai se temos IIr Visitantes.

(O MCC cumpre com este dever e comunica ao 2º Vig .)

2º VIG\ – Ir 1º Vig, ( há / não há ) IIr visitantes no


exterior da Loj que pedem trabalho.

1º VIG – RM, no exterior da Loj ( há / não há ) IIr


visitantes que pedem trabalho.

RM – Assegurai-vos de sua regularidade e origem, após o


que, franqueai-lhes a entrada.

1º VIG – Ir 2º Vig, assegurai-vos de sua regularidade e


origem, após o que, franqueai-lhes a entrada.

2º VIG\ – Ir MCC, ide a franquear a entrada aos IIr


visitantes. Ir Exp, acompanhai o Ir MCC para telhar
os IIr visitantes que não sejam conhecidos desta Oficina.

(O MCC e o Exp  saem do Templo e cumprem com seu


dever. Após o telhamento e ordenados por ordem
hierárquica, os visitantes entram precedidos pelo M CC e
pelo Exp , os quais se colocam de costas às CCol  “J” e
“B”, respectivamente olhando para o Or .)

RM – Meus IIr, fiquemos em pé.

(Todos vão entrando com os passos e saudações do grau,


enquanto o MCC os anuncia com o nome, sobrenome e
Loj de procedência, outorgando as honras que em cada
caso possa corresponder. Terminado o cortejo, o M CC
diz:)

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MCC – RM, os VenIIr Visitantes foram reconhecidos
como MMaç autênticos e regulares e se encontram
decorando nossas colunas.

RM – QQe VVen IIr Visitantes, em nome desta Resp


Loj, eu vos saúdo fraternalmente e vos dou as boas-
vindas, compartilhando convosco a satisfação que
experimentamos por vossa assistência aos nossos
trabalhos. Desejamos que por muitas ocasiões venhais ao
nosso lado, compartilhar de nossos trabalhos e
especialmente dos específicos de nossa Ordem, dentro da
Fraternidade Universal e pelo bem geral da Humanidade.
Sentemo-nos, meus IIr.

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CIRCULAÇÃO DA BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

RM – VenIr MCC, circulai a Bolsa de Propostas e


Informações.

( O MCC, fica entre CCole começa a circular a Bolsa de


Propostas e Informações na seguinte ordem: V M, 1º
Vig, 2º Vig , Orad, Secr , Cobr  , Or, Col do S e
Col do N. Em seguida, se coloca entre CCol .)

1º VIG – RM, a Bolsa de Propostas e Informações está


entre CCol ao vosso dispor.

RM – VenIr MCC, trazei a Bolsa a este altar.


- VVenIIrOrad e Secr, vinde comigo conferir a
Bolsa.

(O relatório da quantidade é dado aos IIr .)

ORDEM DO DIA

RM – VVen IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol,


como o faço no Or, que vamos passar para a Ordem do
Dia.

1º VIG – VVenIIrda Col do Sul, vamos passar para a


Ordem do Dia.

2º VIG – VVenIIrda Col do Norte, vamos passar para a


Ordem do Dia. Está anunciado em minha Col, Ven Ir1º
Vig.

1º Vig - Está anunciado em ambas as CCol , RM.

RM - ( * ) Estamos na Ordem do Dia.

(Em seguida, o R M expõe o objetivo da Assembléia e


coloca em deliberação os assuntos do dia. Não obstante,
deve-se evitar, tanto quanto possível, tratar de qualquer

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assunto de negócios ou pleitos em Loj  de Cerimônia de
MM. Se se trata de uma Recepção, ele o anunciará.)

RM - ( * )

CIRCULAÇÃO DO TRONCO DA VIÚVA

RM – Ven Ir Hosp, circulai a Tsedaka.

( O IrHosp, fica entre CCol e começa a circular a


Tsedaka na seguinte ordem: V M, 1º Vig, 2º Vig,
Orad, Secr , Cobr , Or, Col do S e Col do N. Em
seguida, se coloca entre CCol .)

1º VIG – RM, a Tsedaka está entre CCol ao vosso dispor.

RM – Ven Ir Hosp, levai a Tsedaka até o Ir Tes.

(Não se faz, em Loj de MMMM, nenhum aplauso nem


aclamação. Em seguida, o RM expõe o objetivo da Assembléia e
coloca em deliberação os assuntos do dia. Não obstante, deve-se
evitar, tanto quanto possível, tratar de qualquer assunto de
negócios ou pleitos em Loj de Cerimônia de MM. Se se trata de
uma Recepção, ele o anunciará tal como se indica no capítulo
seguinte.)

PALAVRA
ao Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular

RM – VVenIIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol,


que a Palavra, a bem da Ordem em geral e do Quadro em
particular, será concedida a quem dela queira fazer uso,
sem discussões ou diálogos.

1º VIG – VVenIIr que decorais a Col do S, da parte do


VM vos anuncio que a Palavra, a bem da Ordem em
geral e do Quadro em particular, será concedida a quem
dela queira fazer uso, sem discussões ou diálogos.

2º VIG – VVenIIr que abrilhantais a Col do N, da parte


do VM vos anuncio que a Palavra, a bem da Ordem em

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geral e do Quadro em particular, será concedida a quem
dela queira fazer uso, sem discussões ou diálogos.

(Quem tiver alguma proposição a fazer, tendo recebido o aviso dos


VVig, anunciam seu desejo levantando-se e batendo uma palma. O
VM, sendo avisado pelos VVig, recebe as proposições dos IIr
de acordo com seu posto e seus graus, começando com os do Or .
Tendo acabado o trabalho, o VM dirigindo-se ao Secr lhe diz:)

LEITURA DA ATA

RM - VenIr Secr, queira fazer a leitura da minuta da Ata


da presente Sessão.

(Após a leitura, faz-se a votação e alterações se


necessário.)

FECHAMENTO DA LOJ DE MM

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM – (Levanta-se e diz:) À Ordem, meus IIr.

(O VM segura sua Esp  com a ponta para o alto, a empunhadura


apoiada no Altar. Todos os demais se levantam ao mesmo tempo e
desembainham suas EEsp, que mantêm com a ponta voltada para
o solo, e se põem ao S de M.)

RM – VVenIIr 1º e 2 º VVig, visto que o trabalho dos


MM está terminado, anunciai aos VVenIIr de vossas
CCol que fecharei a Loj MMMM.

1º VIG – VVenIIr que decorais a Col do S, da parte do


RM vos anuncio que será fechada a Loj de MMMM.

2º VIG – VVenIIr que abrilhantais a Col do N, da parte


do RM vos anuncio que será fechada a Loj de
MMMM.
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RM – Meus VVenIIr, ajudai-me todos a fechar a Loj de
MMMM.

1º VIG – VVenIIr que decorais a Col do S, ajudemos o


RM a fechar a Loj de MMMM.

2º VIG – VVenIIr que decorais a Col do N, ajudemos o


RM a fechar a Loj de MMMM.

RM – A mim, meus IIr.

(Imediatamente, o RM e todos os IIr com ele fazem o S


inteiro de M duas vezes seguidas, ficando no segundo tempo do
S, exceto o RM, que toma seu Malh com a m. d. e diz:)

RM – À Glória do Grande Arquiteto do Universo! -   – 


Em nome da Ordem -   – 
e pelos poderes que me são conferidos, está fechada
esta Loj de MMMM. -   – 

(Os VVig repetem em silêncio a bateria de nove golpes, por três


vezes três:)

1º VIG –   –  ; – ; –

2º VIG –   –  ; – ; –

RM – IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol que a


Loj de MMMM está fechada.

1º VIG – IIr que decorais a Col do S, da parte do VM


vos anuncio que a Loj de MMMM está fechada.

2º VIG – IIr que abrilhantais a Col do N, da parte do


VM vos anuncio que a Loj de MMMM está fechada.

RM – A mim, meus IIr.

(O VM e todos fazem, pela terceira vez, o S completo de M. Em


seguida, o RMapaga as luzes dos três candelabros do tapete, os

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VVig e OOf as suas, após o que retorna ao seu posto para
fechar definivamente a Loja.)

RM - Retiremo-nos em Paz, VVenIIr, respeitando a lei do


silêncio.

DECORAÇÃO DA LOJA DE MESTRE MAÇOM

O local da Loj terá tapeçaria em preto, as mesas dos OOfic


estarão cobertas com tecido da mesma cor.

O Altar do Or, o assento do VM e o dossel estarão


igualmente estofados em preto, com galões e franjas em prata
ou seda branca, assim como as mesas dos VVig.

Serão colocadas sobre a tapeçaria três caveiras de cor branca,


ou prateadas, pintadas ou bordadas, repousando sobre duas
tíbias cruzadas da mesma cor, com nove lágrimas em ouro, ou
pintadas de amarelo, ao redor de cada cabeça. Uma das caveiras
estará situada no centro da parede meridional, a outra, de frente
à primeira, na parede setentrional, e a terceira estará na parede
oriental, debaixo do dossel e um pouco mais elevada, com as
seguintes palavras pintadas em dourado ou amarelo, de forma
que possam ser lidas pelo Cand, apesar da escuridão reinante
no local:

PENSAI NA MORTE

Uma lâmpada sepulcral estará situada diante da caveira do Or.

No Or e diante do dossel, estará suspensa uma tabuleta


luminosa que leva escrita, sobre um fundo negro, a palavra
PRUDÊNCIA, em letras brancas.

O tapete, o quadro da Loj de MM, de um tamanho


proporcional ao local, estará estendido sobre o solo,
aproximadamente no centro da sala, e diante do Altar do Or.
Representa um quadrilongo, ou retângulo rodeado por uma orla
semelhante ao do tapete dos graus precedentes. No centro deste
quadrilongo, estará pintado um ataúde acompanhado de oitenta
e uma lágrimas de cor amarela ou dourada. Nos extremos do
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ataúde estará desenhado, do lado da cabeça, voltado para o
Oc, um Esq, e do lado dos pés, voltado para o Or, um
Com aberto em Esq, com o topo voltado para o Or. Ao lado
do Esq, no ângulo sul, estará pintada a prancha de delinear.
Sobre o ataúde estarão pintados, do lado do Oc, em cor branca
ou prateada, uma caveira repousando sobre dois ossos
cruzados, e do lado do Or, um ramo verde de acácia. No
centro, entre a caveira e o ramo de acácia, estará desenhada
uma lâmina de ouro triangular sobre a qual estarão gravadas as
letras Alfa e Ômega.

Na parte baixa do tapete, voltado para o Oc, estará a escada


do Templo, formada por sete degraus semicirculares, dividida em
três partes, como nos graus precedentes, pelos números 3, 5, 7.

Ao redor do tapete, nos ângulos NE, NO e SO, haverá três


grandes candelabros pintados ou costurados em preto, levando
cada um deles três grandes velas dispostas em triângulo, o que
fará um total de nove luzes.

Em cima do tapete, no lugar onde estiver pintado o ataúde,


ficarão, nos dias de recepção, um pequeno manto preto fino e
estreito, com uma almofada da mesma cor. Também haverá um
pano branco manchado na cor vermelho-sangue, e um pequeno
aro para colocar debaixo do pano e facilitar a respiração de quem
fará o papel de cadáver de Hiram e do recipiendário quando
estiverem deitados. O manto estará coberto com um pano preto,
com bordas em branco e atravessado por uma grande cruz
branca com os quatro braços iguais, que se prolongam até as
bordas. Um ramo espinhoso de acácia estará pintado ou bordado
em cor verde no ângulo formado pelos braços da cruz do Meio-
dia e do Or.

Também haverá um ramo espinhoso de acácia, natural ou


artificial, que estará situado no solo aos pés do féretro, voltado
para o Or, para ser posta pelo VM sobre o recipiendário, no
momento prescrito.

Ficarão sobre o tapete, no lado do Oc, do Meio-dia e do N,


três cilindros de papel ou cartolina, com os quais o Cand será
golpeado ligeiramente sobre as costas quando fizer os três
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passos de M, pelos IIr que terão recebido essa ordem do
VM.

Sobre o Altar do Or e das mesas dos VVig deve haver os


utensílios maçônicos habituais, como nos graus precedentes
(candelabro de três braços, esquadro e compasso, Bíblia etc.).

ILUMINAÇÃO DA LOJA DE MESTRE MAÇOM

A Loj de MM estará iluminada pelo candelabro de três


braços sobre o Altar do Or, por nove velas grossas ou chamas
sobre os três candelabros ao redor do tapete; e por três luzes
que estarão sobre as mesas dos VVig e do Secr, o que faz um
total de quinze luzes.

Independentemente destas luzes, a sala estará iluminada


discretamente por um número indeterminado de luzes,
proporcional à extensão do local, e não terão nenhuma relação
com o trabalho maçônico a se realizar. Devem ser apagadas um
pouco antes da introdução do recipiendário na Loj e voltarão a
ser acesas quando ele for levantado do féretro.

Haverá também dois pequenos potes com álcool, com tampas


para apagar as chamas quando não sejam necessárias; um
estará colocado diante do mausoléu do Oc e outro, no extremo
do tapete, do lado do Or.

Deverão ficar disponíveis um número necessário de tubos ou


cilindros, de cartolina ou ferro, para ocultar cada uma das luzes
de ordem da Loj, e também um número conveniente de
bastonetes ou canos munidos de abafador e mecha untada para
apagar e acender sem ruídos nem confusão as velas da sala.

VESTIMENTA DOS MAÇONS

Todos os Maçons devem ir vestidos de preto, ou cobertos por


uma capa de luto, com o chapéu abaixado sobre a cabeça, luvas
brancas, a espada ao lado do corpo e o avental, que é de pele
branca, com bordas em tafetá azul e a abeta abaixada.

20
Os Assistentes que têm o grau de MM levarão sobre esta
parte uma roseta, também azul.

Os Maçons de diferentes graus também estarão decorados pelos


cordões e jóias de seus cargos e graus na Ordem, no caso de
que estes sejam superiores aos de Mestre.

LUGAR DOS MAÇONS EM LOJA

Os OOfic da Loj, dignatários da Ordem e todos os demais


maçons estarão situados na Loj de MM como nos dois
primeiros graus. Os Assistentes ajudarão na guarda das portas
no exterior e dos acessos. A eles será proibido entrar na Loj
sob nenhum pretexto, desde a abertura do trabalho, sem ordem
do VM, dos VVig, ou do MCC. Os MM mais novos fazem
a guarda no interior da Loj.

CÂMARA DE REFLEXÕES

Esta Câmara estará disposta como nos graus de Apr e Comp.


Sobre a mesa estarão:

1. A Bíblia.

2. Um sino.

3. Papel e caneta.

4. Uma caveira repousando sobre duas tíbias cruzadas, sem


inscrições.

5. Um manuscrito do Resumo da Regra Maçônica, da qual o


recipiendário deveu-se ocupar seriamente desde sua
recepção na Ordem, sobre a capa se lerá, abaixo do título,
em caracteres grossos, o convite que está descrito em
detalhes e formas no quadro ao final deste capítulo.

6. Duas pranchas cobrindo-se e ligadas uma sobre a outra,


como nos graus precedentes. A primeira contém, além das
três questões preparatórias da Ordem, as três máximas que
21
o VM deu em cada viagem no grau de Apr e no grau de
Comp. A segunda prancha contém as lições da Prudência;
estará coberta pela primeira, e que, como nos graus
precedentes, não deve ser descoberta a não ser pelo Prep,
como se instruirá mais adiante.

DETALHES E FORMAS DAS PRANCHAS APRESENTADAS


AO CAND NA CÂMARA DE REFLEXÕES

 Cartão posto sobre a mesa, representando uma caveira em


cor prata ou branco sobre fundo preto, sem inscrições
 Resumo da Regra Maçônica
 Primeira prancha das duas que se cobrem mutuamente
 Segunda prancha, que estará coberta pela primeira, e que o
Prep deve descobrir ao deixar o Cand

FUNÇÕES DO PADR ou PROP

Quem tiver proposto o Cand para o terceiro grau e for aceito ou


nomeado pela Loj para servir-lhe de Padr, deve conduzi-lo à
Câmara de Reflexões, pelo menos uma hora antes da indicada,
para o começo dos trabalhos.

O Cand deve ir vestido como Comp e portar sua Esp.

O Prop colocará primeiramente diante de seus olhos o Resumo


da Regra Maçônica e a prancha na qual estarão as questões
preparatórias e as máximas. Em seguida, apresentar-lhe-á uma
folha de papel, e o advertirá que deve escrever nela seu nome,
sobrenome, idade, local de nascimento, domicílio ou residência
habitual, religião e seu estado civil, e, depois de lhe fazer uma
curta exortação, anunciar-lhe-á que se fará responsável por ele
diante da Ordem e da Loj. Finalmente, ficará ajustado nesta
circunstância ao que está prescrito nos deveres e funções do
Prop nos rituais dos graus precedentes.

Quando se retirar, fechará a porta com chave e solicitará a um


Assistente que guarde os acessos.

22
O Cand deverá levar também um chapéu, mas não deve usá-
lo.

FUNÇÕES DO PREP

(Quem tiver sido encarregado pelo V M de examinar e


preparar o Cand , deverá se informar com o Padr  se o
recipiendário ficou a sós durante um tempo conveniente na
Câmara de Reflexões, e depois de receber a ordem do
VM, dirigir-se-á junto ao Cand  cerca de meia hora
antes do começo dos trabalhos, com o chapéu na cabeça, a
Esp  junto ao corpo, e o avental de seu grau, sem
nenhuma outra vestimenta maçônica. Levará com ele o
ritual, ou o caderno resumo do ritual, que deve seguir para
a preparação do Cand , como segue. Abordando o Cand ,
o saúda e lhe diz:)

PREP – Ir Comp, as questões que vos foram propostas


nesta solidão antes de vossa recepção na Ordem, as
máximas que vos foram ensinadas em vossas viagens
misteriosas, a Justiça que vos foi mostrada como devendo
ser a vossa única regra, as instruções que tendes recebido,
o convite que vos elevou ao grau de Comp, para vos
dedicardes constantemente ao estudo de vós mesmo para
conhecerdes a natureza de vosso ser, suas relações e seu
destino para desvelar vossas inclinações, opiniões, hábitos,
e regulá-las pela Temperança; todas as precauções que a
Ordem tomou no desejo de vos conduzir, devem ter sido
suficientes para que produzissem em vós as noções justas
sobre o verdadeiro fim da Franco-maçonaria e sobre o
caminho que podeis dirigir-vos nele.

PREP – Apresentai-vos hoje para serdes exaltado ao Gr de


MM. Mas podereis provar que tendes feito a tarefa dos
AApr e cumpristes os deveres dos CComp?

PREP – (Apontando para o caderno da Regra Maçônica que


está sobre a mesa:) Tendes meditado seriamente sobre
esta Regra? Tendes aplicado esta Regra sobre vós mesmo
mediante a prática constante dos meios que ela indica? Se
não tiverdes feito este trabalho absolutamente necessário,
que qualidades aduziríeis para obter o grau que agora
23
solicitais? Vossos IIr serão, muito em breve, vossos
juízes. Eles estão dispostos, neste momento, em formar a
Loj e exaltar-vos ao grau de MM, se assim sois digno
de sê-lo. Mas, por maior que seja a indulgência deles, se
vossa petição for temerária, vos previno que será
rechaçada e que, nesse caso, não poderemos admiti-la sem
prejudicar-vos e sem faltar com a Ordem. Devereis, pois,
sofrer um exame rigoroso. Sereis severamente provado
pelos Mestres, pois todo Comp é um suspeito para eles, e
vós também o sois em particular. O VM me enviou para
vos previnir de tudo isso, e a Loj espera o relatório que
devo dar-lhe. Fazei-me conhecer o que pensais, o que até
agora tendes feito como Maçom, e o resultado de vossos
trabalhos.

(O Prep  escutará, com ar complacente e fraternal, as


respostas do Cand  sem interrompê-lo. Se tiver escrito,
durante seu retiro, algumas reflexões, o Prep  as enviará
ao VM quando fizer seu relatório, que dará a ordem ao
Secr de preservá-las para que sirvam de base para o
avanço do Cand , mas nunca serão comunicadas à Loj .
Em seguida, o Prep  examinará o Cand  sobre as partes
essenciais dos GGr  de Apr  e de Comp , tanto sobre o
cerimonial como sobre as diferentes instruções alegóricas
e morais, tanto para instruir-lhe como para conhecer o
trabalho que tem feito para descobri-las. Ele lhe dará
sucintamente as advertências, conselhos e explicações que
forem necessárias, de acordo com as circunstâncias,
exortando-o à perseverança, à confiança, ao amor pelos
deveres e virtudes maçônicos. Finalmente, descobrindo a
segunda prancha, que estava oculta pela primeira, dirá:)

PREP – Ir Comp, se quereis cegar a ser um MM


completo, recebei aqui as lições da Prudência. Meditai
atentamente sobre o que se exigem de vós.

(Imediatamente se retirará e fechará a porta com chave.


Irá dar ao V M um relatório provisório e lhe entregará a
folha sobre a qual o Cand  escreveu seu nome,
sobrenome, idade etc. e as eventuais reflexões. NOTA:
cópias da folha com os dados do Cand  serão entregues
aos VVig e ao Intr .)

24
PROCLAMAÇÃO PARA A RECEPÇÃO
DE UM COMPANHEIRO AO GRAU DE MESTRE

RM – Meus QQ IIr, o Ir Comp (lê o boletim que o Prep
lhe enviou, contendo o nome, sobrenome, idade, domicílio,
profissão), professando a religião cristã, deseja fazer novos
progressos na Franco-maçonaria e ser recebido na classe
dos Mestres. Passou seu tempo (ou ainda: “seu mérito pessoal
lhe permite obter a dispensa de uma parte do tempo prescrito”.) . A
Loj consentiu em seu avanço mediante um escrutínio
regular, tal como vos confirmará a leitura do protocolo. Eis
então o momento de dar o vosso consentimento definitivo
para sua recepção. Ir Secr, lede o protocolo do
escrutínio e de admissão ao grau de Mestre do Ir
_________.

(Após a leitura do protocolo, o VM diz ao Prep:)

RM – Ir _________, vós que fostes encarregado do exame


e da preparação do Cand, fazei-nos conhecer quais são as
disposições dele.

(O Prep faz um breve relatório, que termina com as seguintes


palavras:)

PREP – Por tudo isso, RM, o Cand parece-me digno de ser


recebido como um Mestre Franco-maçom.

(Se o Cand fez algumas reflexões por escrito, o Prep as envia ao


RM tal como já foi dito, e o RM as envia ao Secr, dizendo:)

RM – Que as reflexões do Cand sejam guardadas para que


possam ser examinadas quando pedir novo avanço na
Ordem. Meus VVenIIr, se julgais que o Ir Comp é
digno de ser recebido no grau de MM, vos solicito que
me façais conhecer de vossa decisão pelo forma
convencional. Persistis, portanto, no consentimento que
tendes dado para sua recepção? (Imediatamente, o VM bate
um só golpe:)

25
RM – 

(O sinal de consentimento se faz estendendo o b. d. adiante, a m.


em forma de esquadro, a p. voltada para o solo. Se houver alguém
que se oponha, deve levantar-se e ficar de pé, sem levantar o braço;
neste caso o RM se remeterá ao que está prescrito no ritual do
primeiro grau. Estando dado o consentimento, o VM diz:)

RM – Pois que ninguém dentre vós se opõe à sua recepção,


procederei a ela. (Ao Prep) Ir _________, que escolhi
para a introdução do Cand, ide acabar a sua preparação
de acordo com as leis e usos da Ordem. O Ir _________,
seu Padr, vos assistirá em vossas funções, e uma vez
terminadas, o apresentareis à Loj.

(O Intr e o Padr colocam-se entre os VVig e, após inclinarem-se


diante do Altar do Or, com a m. d. no S de ordem da Loj de
MM, saem juntos para cumprir suas funções. Então, o VM
designa o último dos MM exaltado, para que se coloque no féretro.
Em seguida, escolhe um número conveniente de IIr para apagar
as velas que estão ao redor do local. Estes mesmos ficam
encarregados de acendê-las quando receberem a ordem. Nomeia,
ao mesmo tempo, os seis MM que, com os dois VVig e o MCC,
devem fazer a guarda do féretro, designando três dentre estes a
quem o MCC dará os três tubos de cartolina com os quais
golpearão ligeiramente sobre os ombros do Cand  quando este dê
os três passos de M sobre o túmulo. Enquanto o Intr cumpre com
suas funções junto ao Cand , o RM lê, para a instrução dos
demais IIr, os artigos do ritual que se referem aos deveres e
funções do Prop, a preparação e introdução do Cand , e as regras
que devem ser observadas em Loj  pelos IIr em geral durante a
Cerimônia. Isso termina quando o Padr anuncia a chegada do
Cand à porta da Loj. O RM lembrará, em particular, a maneira
de formar a Loj, assim como o manejo da Esp  no momento do
juramento.)

FUNÇÕES DO INTR JUNTO AO CAND

(O Intr e o Padr vão juntos buscar o Cand, vestidos


maçonicamente. O primeiro leva a Esp  desembainhada na mão e o
aborda com um ar grave e sério. Saudando-o, diz:)

INTR – Ir Comp, o relatório que acaba de chegar na Loj


contendo os vossos progressos e, em especial, o vosso
26
desejo, conforme tendes testemunhado, de aperfeiçoar-vos
entre os MMMM, foi a causa pela qual a própria Loj me
enviou até vós, para comprovar novamente se persistis em
tão nobre propósito. Estais disposto, pois, a submeter-vos
às provas pelas quais deve passar todos os CComp antes
de serem recebidos MMMM, com o objetivo de
demonstrar vossa inocência e a sinceridade de vossos
desejos?

(O Cand responde: O Intr continua:)

INTR – Irmão! Somente aquele que não permitiu que o vício


penetrasse em seu coração sabe submeter-se, sem
temores, às mais duras provas, já que delas sai ainda mais
puro e mais virtuoso. Mas o homem de alma corrompida
manifesta diante delas sua vergonha e temor ao ridículo, já
que nelas vê unicamente a humilhação, pois que lhe
acomete o tormento dos remorsos. (Depois de uma pequena
pausa, continua:)

INTR – Visto que não temeis ser provado para obter o grau de
MM, preparai-vos para este trabalho, renunciando desde
já e sem reservas a todas aquelas coisas nas quais os
homens depositam tão firmemente sua confiança.

INTR – (Pede-lhe o chapéu e a espada e, recebendo-os em mãos, diz:)


Que vossa cabeça apareça descoberta diante de vossos
juízes, e que só vos reste para vossa defesa diante deles a
vossa inocência e vossas virtudes.

(Entrega o chapéu e a espada ao Padr, que os leva à Loj, onde,


tendo chegado e situando-se entre os VVig, anuncia ao VM
sobre a chegada do Cand, indo em seguida depositar o chapéu e a
espada aos pés do Altar do Or , ao lado do RM. O Intr, ficando
a sós com o Cand , pede-lhe que vista o avental de Comp ,
amarrando os cordões na parte de trás de forma que possa ser
facilmente tirado. Em seguida, lhe diz:)

INTR – Meu Ir, eis o momento em que deveis ser


apresentado em Loj de MMMM. A tristeza reina na
Assembléia, pois um grande crime foi cometido por alguns
CComp e os culpados ainda não foram encontrados. Se

27
nada tendes que vos reprove, vinde com coragem comigo,
tende a firmeza de um homem justo e a calma de um
inocente. Mas que a candura saia de vossa boca e que a
sinceridade se aninhe em vosso coração, se quereis sair de
cabeça erguida das provas que necessariamente ides
sofrer. Nada temais, meu Ir. Quereis seguir-me?

(O Cand responde afirmativamente e o Intr lhe diz:)

INTR – Vinde, pois, e não vos esqueçais jamais que o vosso


primeiro passo na Ordem exigiu de vós confiança e
submissão.

(Toma a m. e. do Cand  com a sua m. d. e o leva a passos livres até


a porta da Loj, onde o anuncia mediante a bateria do Gr  de
Comp, colocando o Cand de costas para a porta. O Assist, que
estava de guarda à porta da Câmara de Reflexões, deverá ter saído
antes dele rumo ao vestíbulo da Loj, para evitar que se pudesse
encontrar com outros fortuitamente em seu caminho, ou
recomendar-lhes o mais profundo silêncio. O Intr, assim como nos
outros graus, não deverá deixar o Cand  até o momento em que,
tendo sido reconhecido por seus IIr , tenha trabalhado como
MM.)

O CAND À PORTA DA LOJ

(O Intr anuncia o Cand à porta da Loj, mediante a bateria do


Gr de Comp por duas vezes três golpes:)

INTR –   –  ;   – 

(O 2º Vig diz ao 1º Vig, o qual repetirá ao RM:)

2º VIG – VenIr 1º Vig, batem à porta da Loj de Comp.

1º VIG – RM, batem à porta da Loj de Comp.

RM – VenIr 1º Vig, solicitai ao VenIr 2º Vig que


verifique quem é.

1º VIG – VenIr 2º Vig, ide ver quem é.

(Tendo recebido a ordem, o 2º Vig golpeia, por sua vez, duas


vezes três golpes:)

28
2º VIG –   –  ;   – 

2º VIG – (Em seguida, abre a porta, dizendo:) Quem é que bate


dessa forma à nossa porta?

INTR – É um Ir Franco-maçom Comp que pede para ser


recebido como MM.

(O 2º Vig fecha a porta, repete a resposta ao 1º Vig, que a


retransmite ao VM, o que será feito igualmente para as três
questões de Ordem seguintes:)

2º VIG – VenIr 1º Vig, é um Ir Franco-maçom Comp


que pede para ser recebido como MM.

1º VIG – RM, é um Ir Franco-maçom Comp que pede


para ser recebido como MM.

RM – VenIr 1º Vig, perguntai-lhe seu nome, sobrenome,


idade, lugar de domicílio e religião.

1º VIG – VenIr 2º Vig, perguntai-lhe seu nome,


sobrenome, idade, lugar de domicílio e religião?

2º VIG – (O 2º Vig abre a porte e diz:) Qual é o vosso nome,


sobrenome, idade, lugar de domicílio e religião?

(O Cand responde, ele mesmo, a todas essas perguntas; o Intr


retificará suas respostas se houver necessidade. O 2º Vig fecha a
porta, repete as respostas ao 1º Vig, e este as transmite ao
RM.)

2º VIG – VenIr 1º Vig, ele se chama _________, tem


___ anos, mora em _________ e professa a religião
_________.

1º VIG – RM, ele se chama _________, tem ___ anos,


mora em _________ e professa a religião _________.

29
RM – VenIr 1º Vig, perguntai-lhe o seu nome e sua
idade na Ordem? Sobre o que tem trabalhado e em que
parte tem feito seu trabalho?

1º VIG – VenIr 2º Vig, perguntai-lhe o seu nome e sua


idade na Ordem? Sobre o que tem trabalhado e em que
parte tem feito seu trabalho?

2º VIG – (O 2º Vig abre a porte e diz:) Qual é o vosso nome e


idade na Ordem? Sobre o que tendes trabalhado e em que
parte tendes feito vosso trabalho?

INTR – O nome dele é Ghiblim; tem cinco anos cumpridos;


trabalhou na segunda parte do Pórtico; poliu a PB e
preparou suas ferramentas.

2º VIG – (O 2º Vig fecha a porta e diz:) Ven Ir 1º Vig, o


nome dele é Ghiblim; tem cinco anos cumpridos; trabalhou
na segunda parte do Pórtico; poliu a PB e preparou suas
ferramentas.

1º VIG – RM, o nome dele é Ghiblim; tem cinco anos


cumpridos; trabalhou na segunda parte do Pórtico; poliu a
PB e preparou suas ferramentas.

RM – VenIr 1º Vig, ele cumpriu seu tempo? Seus Mestres


estão contentes com ele? Está disposto a sofrer suas
últimas provas? E quem responde por ele diante da Loj?

1º VIG – VenIr 2º Vig, ele cumpriu seu tempo? Seus


Mestres estão contentes com ele? Está disposto a sofrer
suas últimas provas? E quem responde por ele diante da
Loj?

2º VIG – (O 2º Vig abre a porte e diz:) Ir Intr, ele cumpriu


seu tempo? Seus Mestres estão contentes com ele? Está
disposto a sofrer suas últimas provas? E quem responde
por ele diante da Loj?

30
INTR – Ele cumpriu seu tempo; seus Mestres estão contentes
com ele; está disposto a sofrer suas últimas provas; e o
Ir _________ responde por ele.

2º VIG – (O 2º Vig fecha a porta e diz:) VenIr 1º Vig, ele


cumpriu seu tempo; seus Mestres estão contentes com ele;
está disposto a sofrer suas últimas provas; e o Ir
_________ responde por ele.

1º VIG – RM, ele cumpriu seu tempo; seus Mestres estão


contentes com ele; está disposto a sofrer suas últimas
provas; e o VenIr _________ responde por ele.

(O RM interpela o Ir nomeado como responsável, que se


levanta imediatamente.)

RM – VenIr, o Comp que se apresenta para ser recebido


MM assegura que vós respondeis por ele diante desta
Loj. Conheceis a extensão dos deveres que a Ordem vos
impõe nessa qualidade e vossas obrigações com relação ao
Cand. Dizei, pois, em voz alta, se respondeis por ele
diante da Ordem e diante de vossos IIr.

(O Resp dá sua resposta afirmativa e o VM diz:)

RM – Meus VVenIIr, o VenIr _________ é o


responsável do Ir Comp _________. Consentis que ele
seja apresentado para ser recebido como Mestre Franco-
maçom? Pergunto-vos pela última vez. (O RM bate um só
golpe para o consentimento, que se dá imediatamente da forma
convencional.)

RM – 

(Tendo sido dado o consentimento, o VM bate um golpe de


Ordem, seguido pelos VVig:)

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 
31
(Imediatamente, todos, em silêncio, colocam-se ao redor do tapete
na mesma ordem que está indicado nos graus precedentes. Os
VVig deitam sobre a figura do ataúde o mais novo dos MM,
designado pelo RM, e o cobrem com o manto preto com bordas e
cruz brancas. Enquanto todos se colocam em seus lugares, os que
se encarregaram da iluminação apagam as luzes do local. O MCC,
ajudado pelos seus Assistentes, oculta as nove luzes do tapete com
os cilindros ou tubos. Os VVig e o Secr ocultam igualmente suas
luzes. O RM põe também cilindros nas três luzes do candelabro
de três braços. Conserva uma única luz que será colocada em uma
lanterna para que possa iluminar, quando necessário, o R M para
a leitura do texto histórico do grau. O MCC acende os dois potes
pequenos com álcool, uma ao Oc diante do mausoléu, e outro no
extremo oriental do tapete. Devem estar guarnecidas de álcool
suficiente para que possam durar até que o Cand tenha feito os
três passos sobre o féretro. Finalmente, distribui os três cilindros de
cartolina aos três maçons designados para fazer o uso indicado.
Estando tudo convenientemente disposto, o R M bate um só
golpe, seguido dos VVig:)

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM – VenIr 1º Vig, visto que o Ir Comp está decidido


a sofrer as provas necessárias, que ele seja apresentado.

1º VIG – VenIr 2º Vig, visto que o Ir Comp está


decidido a sofrer as provas necessárias, que ele seja
apresentado.

(Tendo recebido a ordem do 1º Vig, o 2º Viggolpeia a porta com a


bateria de Comp, a qual é repetida pelo Intr.)

2º VIG –   –  ;   – 

INTR –   –  ;   – 

2º VIG – (Abre imediatamente a porte e diz:) O RM vos ordena


que apresenteis em Loj este Ir Comp.

O CAND É INTRODUZIDO EM LOJ


32
(O Intr faz o Cand entrar andando de costas para o Or . Situa-o
desta forma no Oc, entre os VVig.)

INTR – Meu Ir, armai-vos de coragem e de confiança.

(Imediatamente, os VVig se situam diante do Cand  e lhe


arrancam o avental. O 2º Vig lhe diz com um tom severo:)

2º VIG – Sois digno de levar este traje?

(Depois de um momento de silêncio, o RM bate um golpe,


seguido dos VVig:)

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM – (e diz ao Cand com um tom severo:) Comp, vos acusam


de um crime horrendo! Sois culpado? Sede sincero! A
confissão e o arrependimento são os únicos meios para
obter a graça. Vossa consciência não vos reprova em nada?
Respondei!

(O Cand responde negativamente e o RM diz:)

RM – VVenIIr 1º e 2 º VVig, provai o Comp. Mostrai-


lhe a prova do crime e examinai-o severamente.

(O 2º Vig gira o Cand, o 1º Vig lhe mostra o féretro e diz:)

1º VIG – Comp, aí, diante de vossos olhos, tendes a prova


do crime.

1º VIG – (Após um momento de silêncio, continua:) RM, o


Comp parece comovido por esta triste cena e nada
denuncia que seja o culpado.

RM – Comp, tudo aqui se vos mostra a nossa justa dor.


Perdemos nosso Respeitável Mestre por causa da perfídia
33
de alguns CComp. Sois acusado de ser cúmplice dessa
desgraça. Tendes algum conhecimento deste horrível
complô? Respondei!

(O Cand responde negativamente e o VM diz:)

RM – Meu Ir, a palavra de um Maçom é sagrada. Também


admito a vossa e desde este momento já não sois culpado
mais diante de nossos olhos. Mas não vos surpreendais das
suspeitas que tínhamos levantado contra vós. Após a nossa
desgraça, que só podemos atribuir a alguns CComp, todos
os de vosso grau se converteram em potenciais suspeitos,
e vós éreis pessoalmente acusado. Mas a vossa nobre
franqueza vos devolveu hoje a nossa confiança. Para que
vos convençais disso, estamos dispostos a associar-vos aos
nossos trabalhos e a revelar-vos os mistérios que nos
reúnem neste lugar de horror. Não obstante, meu Ir,
devereis ser ainda provado. Meditai seriamente sobre as
coisas que vos serão ensinadas neste grau. E por vossa
firmeza, docilidade e inteligência, merecereis o favor que a
Ordem vos quer dar.

VIAGENS DO CAND

(O RM bate nove golpes por três vezes três, seguido dos VVig:)

RM ––;–; –

1º VIG –   –  ;   –  ;   – 

2º VIG –   –  ;   –  ;   – 

RM – VenIr 2º Vig, que o Comp faça convosco, ao


redor destes tristes restos, as nove viagens emblemáticas,
as quais poderão ser cumpridas em três, se ele se deixar
guiar pelos vossos conselhos.

PRIMEIRA VIAGEM

34
(O 2º Vig toma com a m. d. a m. e. do Cand , que com sua m. d.
segura a ponta da espada do Vig sobre seu coração. Vão do Oc ao
Or, pelo Meio-dia, e voltam ao Oc pelo N, ficando o Cand
sempre de costas para o féretro. Quando chegam diante da caveira
que está no Or, atrás do RM, o 2º Vig o faz parar um instante
diante dessa prancha e lhe diz em voz alta:)

2º VIG – Meu Ir, olhai esta prancha.

(E lhe faz ler a inscrição. Tendo terminada a volta, o 2º Vig fará


com que o Cand pare no Oc, onde o fará saudar o Or , o que se
repete em cada viagem. Então, o RM bate um só golpe:)

RM – 

RM – (E diz a primeira máxima:) Aquele que viaja por uma terra
estranha, está tão perto de se extraviar se renunciar ao
seu guia, acreditando-se conhecedor do caminho.

RM – (Depois de um momento de silêncio, o RM diz:) VenIr


2º Vig, fazei-o realizar sua segunda viagem.

SEGUNDA VIAGEM

(Faz-se como a anterior. O 2º Vig, tendo chegado diante da


caveira, detém o Cand em frente da prancha e lhe diz:)

2º VIG – Aqui embaixo, a vida está perto da morte, e o


homem tem sempre um pé sobre o túmulo.

(Terminada a segunda vigaem, o RM bate um só golpe:)

RM – 

RM – (E diz a segunda máxima:) Feliz daquele que, tendo


estudado a si mesmo em profundidade, pôde conhecer seus
defeitos, aperceber-se de sua ignorância, e sentir que tem
necessidade de ajuda, pois que terá dado seu primeiro
passo em direção à LUZ.

RM – (Após um momento de silêncio, continua:) VenIr 2º


Vig, fazei-o realizar sua terceira viagem.

35
TERCEIRA VIAGEM

(Faz-se como a anterior. Tendo chegado à caveira, o 2º Vig diz ao


Cand:)

2º VIG – Meu Ir, o homem não vive mais que para morte, e
sem a morte, não pode chegar à vida.

(Terminada a terceira viagem, o VM bate um golpe:)

RM – 

RM – (E diz a terceira máxima:) Buscar com retidão de coração,


pedir com resignação e discernimento, e chamar com
confiança e perverança, tais são as chaves da ciência do
sábio.

RM – (Após um momento de silêncio, continua:) VenIr 2º


Vig, o Comp descobriu em suas viagens a virtude que
distingue os Mestres?

2º VIG – Não, RM, mas foi dócil aos meus conselhos,


tendo-me dado toda sua confiança.

RM – Visto que sabia, como Comp, desconfiar de suas


forças, mostrai-lhe a virtude tão necessária aos Mestres
para conduzir-se a si mesmo e para dirigir os CComp e os
AApr.

(O 2º Vig mostra ao Comp, indicando com a ponta de sua Esp , a


tabuleta luminosa da PRUDÊNCIA, e depois de uma ligeira pausa, o
RM lhe diz:)

RM – Meu Ir, a Temperança e o amor pela Justiça não


bastam ao Maçom. É necessário que tenha prudência para
agir e para regular suas próprias virtudes. É por ela que
sabe discernir o fim ao que deve encaminhar-se, e
descobrir os meios para chegar a esse objetivo.

RM – (Após um pequeno intervalo, o RM diz:) Todo homem,


pelo mesmo fato de seu nascimento, é uma vítima da
morte. Mas o sábio vê aproximar-se sem temor o instante
36
em que a morte o despojará do que lhe é estranho, para
devolvê-lo a si mesmo.

(Em seguida, o RM bate um golpe:)

RM – 

(Os dois VVig giram o Cand para ficar voltado para o Or. O
RM lhe diz:)

RM – Ir Comp, tendes compreendido bem as máximas


que a Ordem acaba de vos formular?

(O Cand responde.)

RM – Mas não vos basta, meu Ir, conhecer tudo aquilo que
pode nos tornar virtuosos; além disso, é preciso ter
domínio suficiente sobre nós mesmos para vencer as
nossas paixões. Estais totalmente disposto a praticar todas
estas coisas? Respondei!

(O Cand responde afirmativamente e o VM continua:)

RM – Meu Ir, sede constante nesta saudável resolução. E,


sobretudo, nunca a esqueçais quando vossos desejos forem
contrários aos vossos deveres.

RM – (Após um momento de silêncio, continua:) Comp, estáveis


condenado a realizar nove viagens. Mas a vossa inocência,
a coragem que me tendes mostrado e a vossa confiança na
Ordem nas três viagens que acabastes de fazer, vos deram
a graça de ser conduzido à porta do Templo.

(O RM bate um golpe:)

RM – 

(Imediatamente, todos em silêncio vão ocupar seus lugares


habituais. Ficam somente seis, cobertos com uma capa, ao redor do
tapete, a saber: três do lado do Meio-dia e três do lado do N , os
quais, com o RM e os VVig, completam o número de nove.
Quando o Cand for derrubado, e antes da leitura do relato

37
histórico, o MCC, para completar este número, substituirá o
RM. Estando o restante de IIr sentados, o RM diz ao Cand:)

RM – Ir Comp, as provas pelas quais acabastes de passar,


os conselhos que tendes recebido, as regras e máximas
que vos foram ensinadas, tiveram o objetivo de vos fazer
digno de entrar no Templo, cujas portas estão prestes a se
abrir diante de vós. Pareceis a nós ser tal como desejamos
que fôsseis, mas certamente não podemos ler no fundo de
vossa alma, e freqüentemente as aparências do homem
são enganosas. Por isso, tenhai cuidado! A Luz que brilha
neste Templo ilumina tudo, penetra em qualquer lugar e
não há homem algum que possa subtrair-se de sua
poderosa ação. Esta Luz não suporta os profanos; castiga
os curiosos, os presunçosos e os indiscretos por meio de
terríveis arrependimentos, sabendo retirar-se de toda essa
multidão de homens e abandoná-los, dessa forma, às
trevas de suas próprias almas. Ela os prova, pois,
rigorosamente. Sondai o vosso coração e vede o que ainda
vos falta para ser um Mestre perfeito. Em vossa qualidade
de Comp, tendes sido dirigido até o momento presente
pelos vossos superiores, segundo as instruções da Ordem.
Mas recebereis muito pronto o título de MM, para que,
por vossa vez, possais dirigir e instruir vossos inferiores.
No entanto, meu Ir, o Mestre não instrui somente com
palavras. É pela força de seu exemplo que deve guiar os
AApr e os CComp. Senti-vos capaz de dirigir, sob estas
premissas, vossos IIr? Respondei-me!

(O Cand responde de modo satisfatório e o RM continua:)

RM – Quando vos apresentastes pela primeira vez diante da


Ordem, fostes admitido como o homem que busca. Já no
segundo grau, fostes reconhecido como perseverante na
busca da verdade. Quereis hoje vos converter em sofredor
com a esperança de descobri-la? E, nesse caso, tereis o
valor de vos expor até mesmo à morte para defendê-la?
Meditai sobre as vossas forças e respondei-me!

(O Cand responde de modo satisfatório e o RM bate um golpe,


seguido pelos VVig:)

38
RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

RM – VVenIIr 1º e 2 º VVig, já que ele se afirma em sua


decisão e está disposto a suportar todo o sofrimento para
encontrar a Luz, fazei-o subir os sete degraus do Templo,
mas sustentai-o e não o abandoneis, para que possa, ao
final, chegar até a Câmara do Meio.

O CAND AOS PÉS DA ESCADA DO TEMPLO

(O 1º Vig, ajudado pelo 2º Vig, põe os dois pés do Cand em


Esq e o faz subir os três primeiros degraus, mediante três
pequenos passos maçônicos. Detém-no à beira do número 3 e lhe
faz dar o S inteiro de Apr. Em seguida, faz-lhe subir os outros
dois degraus, mediante dois pequenos passos, e o detém
novamente à borda do número 5, onde lhe faz dar o S completo de
Comp. Então, faz-lhe subir os dois últimos degraus, levando-o e
sustentando-o, e detendo-o no número 7, diz:)

1º VIG – RM, o Ir Comp subiu os sete degraus do


Templo, chegou até o Pavimento Mosaico, mas falta-lhe o
S de MM.

RM – Fazei-o passar à Câmara do Meio mediante os três


passos de Mestre. Conduzi-o, em seguida, ao Or para que
preste seus compromissos. É ali onde ele receberá o
caráter e os sinais que lhe são necessários.

(Os dois VVig põem os dois pés do Cand em compasso aberto


sobre o Pavimento Mosaico e lhe faz dar, em cima do féretro, os três
passos de Mestre, como segue: 1) P. d. de Oc  ao Meio-dia, levando
em seguida a metade do p. e. contra a parte de trás do calcanhar do
p. d.; 2) P. e. ao N e metade do p. d. contra a parte de trás do
calcanhar do p. e.; 3) P. d. ao Or  e p. e. contra a parte de trás do
calcanhar do p. d. Então faz a saudação ao Or. Os dois VVig o
sustentam pelos braços enquanto ele dá esses três passos, para
cada um dos quais o Irmão que foi designado lhe dá um golpe no

39
ombro com o cilindro de cartolina, enquanto o Cand  avança.
Terminados os três passos, os VVig o conduzem a passos livres
até o Altar do Or, onde o RM lhe diz:)

RM – Ir Comp, quereis prestar o compromisso dos MM,


sem o qual não poderás ser admitido no conhecimento dos
mistérios deste grau?

(Esta indicação pode parecer contraditória à outra anterior, que diz


que o Cand deve ser golpeado nas costas. Podem ser conciliadas
ambas indicações, compreendendo que cada Irmão estará situado
de forma que o recipiendário chega diante dele ao término de seu
passo, e que o golpeia sobre a omoplata. O Cand  responde
afirmativamente e o VM diz:)

RM – VVenIIr VVig, fazei com que ele se coloque na


postura convencional para que pronuncie seu compromisso.

(Os VVig fazem-lhe pôr o j. d. sobre a almofada, a m. d. sobre o


Evangelho de São João e a Esp , e o RM lhe faz sustentar com a
m. e. a ponta do Com aberto sobre o c. O RM bate um só golpe.)

RM – 

RM – À Ordem, meus IIr.

(Todos se levantam e desembainham as EEsp , e as terão com a


ponta para o alto na m. d. enquanto a m. e. segura o chapéu voltado
para baixo. O 1º Vig toma a folha do Altar onde está escrita a
fórmula do compromisso e a apresenta ao Cand , que a pronuncia
em voz alta como segue:)

COMPROMISSO DOS MMMM

EU, (NOME E SOBRENOME), PROMETO, NA PRESENÇA DO


GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, E ME COMPROMENTO COM
MIL PALAVRAS DE HONRA, DIANTE DESTA RESPEITÁVEL
ASSEMBLÉIA, QUE JAMAIS REVELAREI A NENHUM COMP NEM
APR, NEM A NENHUM HOMEM QUE NÃO TENHA SIDO
RECONHECIDO COMO VERDADEIRO E LEGÍTIMO MESTRE, NENHUM
DOS MISTÉRIOS QUE FORAM CONFIADOS, OU QUE PODERÃO SER
A MIM REVELADOS NO FUTURO, SEM ESTAR LEGITIMAMENTE
AUTORIZADO A FAZÊ-LO PELOS MEUS SUPERIORES E SEGUNDO AS
LEIS DA ORDEM. PROMETO CUMPRIR EXATAMENTE TODOS OS

40
DEVERES DE UM MESTRE FRANCO-MAÇOM,
VERDADEIRO
RESPEITAR AS LEIS DA RELIGIÃO CRISTÃ E AS DO ESTADO;
CUMPRIR COM OS DEVERES DA FRATERNIDADE E DA AMIZADE; E
INSTRUIR, COM TODAS AS MINHAS FORÇAS, MEUS IRMÃOS POR
MEIO DE MINHA CONDUTA IMPECÁVEL TANTO NA SOCIEDADE
CIVIL COMO NA ORDEM; E RENOVO, DE CORAÇÃO, E EM VOZ
ALTA, TODOS OS COMPROMISSOS QUE ATÉ AGORA TENHO
CONTRAÍDO. QUE ASSIM SEJA, E QUE DEUS ME PROTEJA.

(Os VVig levantam o Cand. O RM bate um só golpe:)

RM – 

(Todos embainham suas EEsp e se cobrem, sem se sentarem.


Então, o MCC apaga as chamas e desloca o pequeno pote de
álcool que está no Or, de forma que o VM possa se colocar
próximo ao féretro. O RM diz ao Cand:)

RM – O compromisso que acabasteis de prestar e a confiança


que tendes merecido afastam todas as reservas. Prestai
atenção ao relato que vos farei. Ao instruirmos-nos na
legítima causa de nossa dor, recordareis qual deve ser a
regra de vossa conduta no grau que acabastes de receber.
VVenIIr VVig, situai o Cand aos pés do féretro, a fim
de que seja recebido como M e vós, meus IIr, que
rodeais esse monumento no qual estão contidos os tristes
restos daquele que tínhamos como o mais amado, fazei a
sua justa disposição para a celebração de nossos mistérios.

(Ficam em pé até a exaltação do Cand.)

O CAND É COLOCADO NO FÉRETRO

(Os VVig fazem o Cand recuar até os pés do féretro. Os seis MM
que estão ao redor, ajudam àquele que está deitado a se levantar
em silêncio e sem nenhum ruído. O RM, armado com seu Malh,
desce e se coloca de pé, cara a cara com o Cand , acompanhado de
um M que leva a lanterna que deve servir para iluminar o R M
durante a leitura do relato. O RM, olhando fixadamente para o
Cand, diz:)

41
RM – Em nome da Ordem (dá-lhe um golpe de Malh sobre o
ombro direito), com o consentimento desta Respeitável
Assembléia (dá-lhe um segundo golpe de Malh sobre o ombro
esquerdo.), e pelo poder que elas me concederam, eu vos
recebo como Mestre Franco-maçom.

(Pronunciadas estas últimas palavras, o RM dá um terceiro golpe


de Malh sobre sua testa. Os três golpes de Malh formam um
triângulo sobre a parte superior do corpo do Cand . Imediatamente
após o terceiro golpe, os dois VVig , colocando ambos um de seus
pés atrás dos calcanhares do Cand, fazem-no cair para trás,
empurrando com uma mão seu peito e sustentando suas costas com
a outra. Estendem-no sobre o manto preto que cobre a figura do
féretro. Fazem-no pôr a m. d. sobre o c., no S de Comp, e a perna
direita dobrada em Esq. Cobrem o busto até a cabeça com um
lenço branco ensangüentado, e o corpo inteiro com o tapete negro
cruzado com as bordas em branco, sob o qual se põe, sobre a
cabeça do Cand, um pequeno aro para permitir sua respiração.
Então, o Intr, que não deve deixar o Cand, coloca-se no Oc,
diante dos locais dos VVig, e ali fica em pé, com a Esp
desembainhada na mão, até que, estando de pé o Cand, o
acompanha novamente. Estando o Cand colocado no féretro, o
VM bate nove golpes de Malh por três vezes três, acompanhado
dos VVig.)

RM –   –  ;   –  ;   – 

1º VIG –   –  ;   –  ;   – 

2º VIG –   –  ;   –  ;   – 

(Imediatamente, os VVig, o MCC – substituindo o RM –, e os


seis Mestres apresentam e direcionam a ponte de suas EEsp  para o
corpo do Cand, o que perfaz sempre o número nove. Observam o
mais profundo silêncio e estarão em uma atitude de recolhimento e
de aflição.)

RECONHECIMENTO DOS MMMM

RM – IIr MM, que tendes sido encarregados da custódia


do féretro, reconheçamos-nos.

(O MCC vai um pouco para trás e, após depositarem suas EEsp 


sobre o tapete, os seis Mestres se reúnem com os dois VVig, que
estão no Oc, e com o RM, que está no Or, e formam uma

42
corrente ao redor do féretro, os nove juntos, dando-se as mãos com
os braços cruzados. Nesse estado, o RM faz circular as duas
letras indicativas da antiga palavra de Mestre, J. A., que estão
traçadas sobre a lâmina de ouro triangular. Ele as dá, separadas, ao
ouvido do Mestre que está à sua direita, que fará o mesmo até as
letras voltarem pelo seu lado esquerdo. Depois disso, o VM diz:)

RM – Meus IIr, conservemos cuidadosamente a recordação


destas duas letras. Talvez, algum dia, alguém nos ajude a
encontrar a palavra perdida.

(Em seguida, o RM rompe a corrente. Os seis Mestres, os dois


VVig e o MCC recolhem suas EEsp e apontam-nas para o corpo
do Cand; o RM se afasta um passo em direção ao Altar para
fazer o relato histórico do grau, como segue. O R M bate um
golpe.)

RM – 

RM – (E pronuncia as seguintes palavras, com o tom triste e elevado,


que convém à ocasião:) Que todos os OObr do Templo
estejam em luto e na dor, já que perderam Hiram, seu
Mestre condutor, e sem ele não podem terminar o edifício
que deviam juntos elevar à Glória do Arquiteto do
Universo. Que não cessem de derramar suas lágrimas, pois
a palavra de Mestre lhes foi arrebatada, a palavra que
Hiram tinha recebido, sem a qual não pode haver harmonia
em nossos trabalhos. Ai!, Irmãos, quão profunda e
deplorável é a causa de nossa tristeza! Depois desta
desgraça, nada é estável para nós. Que vicissitudes! Que
negra escuridão! Onde estão os planos do Templo que
devíamos elevar? Quem dentre nós foi dotado de
inteligência para conceber novamente o conjunto e os
detalhes? Somente Hiram conhecia sua beleza, somente
ele podia nos direcionar na construção do santuário e do
altar. Mas ele já não está aqui, e nós não temos mais
esperanças, a não ser nossa coragem e nossa
perseverança. Que o Comp que, neste momento lúgubre,
não temeu em se apresentar para ser recebido entre os
Mestres, tenha ouvidos atentos ao relato histórico que farei
de nossas desgraças. Que isso possa servir-lhe para sua
instrução e lhe fazer digno de seguir-nos em nossas
buscas. E todos vós, meus IIr, tendes sempre presente
43
diante de vossos olhos as circunstâncias de um
acontecimento tão funesto.

RELATO HISTÓRICO DO GRAU

RM – Tendo chegado o tempo em que Salomão deveria


elevar um templo à Glória do Grande Arquiteto do
Universo, mediante os planos traçados por uma mão
celeste, que tinham sido entregues a Davi, seu pai, ele foi
auxiliado neste grande empreendimento por Hiram, rei de
Tiro. Este príncipe forneceu, em abundância, os mais ricos
e preciosos materiais, além de um grande número de
excelentes obreiros. Mas lhe deu um dom muito mais
precioso, enviando-lhe Hiram Abif, tírio de nascimento, o
arquiteto mais célebre do universo, o mais hábil em todas
as obras de arte. Salomão, sendo dotado da mais alta
sabedoria, reconheceu o valor dos talentos e luzes de
Hiram, e lhe deu sua confiança, estabelecendo-o como
chefe de todos os OObr que trabalhavam na construção
do Templo. Hiram Abif os separou em três classes, a fim de
que cada um pudesse receber um pagamento proporcional
aos seus méritos e talentos. Deu a cada classe
SSTTPP diferente. Os primeiros, ou AApr, eram
chamados à Col J, onde lhes eram dados seus salários;
os CComp, à Col B. Mas colocava os MM na Câmara
do Meio, para serem pagos ali de acordo com seu grau.
Uma ordem tão bem estabelecida devia assegurar a cada
um sua justa recompensa.
Mas o orgulho, a inveja e a cobiça ocasionaram a
desordem, a confusão e o crime. Três pérfidos CComp
conceberam o detestável projeto de forçar Hiram Abif a
lhes dar a P de Mestre, e assim receberem o pagamento
correspondente. Com este propósito, situaram-se em três
portas distintas do templo, à hora em que, depois que os
OObr já tinham se retirado, ele tinha por costume de
examinar a obra para verificar os trabalhos. Hiram, tendo
entrado pela porta do Oc e objetivando sair pela do Meio-
dia, encontrou ali um desses CComp, que lhe exigiu a P
de M ameaçando matá-lo se resistisse ao pedido. E,
diante da resistência, este infame lhe deu um brutal golpe
de martelo sobre o ombro esquerdo. Hiram buscou sua
44
salvação na fuga e, desejando escapar pela porta do N,
encontrou ali o segundo assassino, que lhe fez a mesma
exigência. E, diante de sua recusa, este monstro lhe deu
um golpe brutal com um bastão sobre o ombro direito, e
quase foi derrubado. Não obstante, ainda teve forças par
fugir pela porta do Or. Mas ali encontrou o terceiro
Comp que, vendo-o já debilitado pelos golpes que tinha
recebido, lhe ordenou imperiosamente que lhe desse a P
de M. Hiram se deu conta do grande perigo em que se
encontrava se lhes negasse tal exigência, mas optou pelo
cumprimento de seu dever, em vez de salvar sua própria
vida. O Comp, cometido de grande irritação, lhe deu um
terrível golpe de Malh na cabeça, fazendo-o cair morto.
Os três depravados, vendo que Hiram estava morto,
decidiram enterrar seu cadáver, confiantes que, dessa
forma, seu crime seria ignorado. Mas como ainda era dia,
esconderam-no provisoriamente debaixo de um monte de
pedras e aproveitaram as trevas da noite para levá-lo a um
lugar elevado, nos arredores do templo, onde o
enterraram. Transcorridos sete dias, Salomão, inquieto pela
sorte do Mestre Hiram, ordenou a nove MM que fossem
procurá-lo por todas as oficinas e no recinto que tinha
projetado para a construção do templo. Esses nove MM se
dividiram em três grupos. Três deles saíram pela porta do
Meio-dia, três pela do N e, finalmente, três pela do Or.
Em sua busca, chamaram em vão o Mestre Hiram. Mas os
que se dirigiram pelo lado do Or, atraídos pelo resplendor
de uma luz extraordinária que saía de um lugar muito
elevado, fizeram os maiores esforços para chegar até ali.
Tendo atingido o local, esgotados pela fadiga e pelo
cansaço, se sentaram por um instante, mas imediatamente
se deram conta que a terra tinha sido removida
recentemente nesse lugar. Puseram-se a escavar e
encontraram um cadáver, que reconheceram, pela lâmina
de ouro triangular com que ainda estava adornado, como
sendo o corpo de nosso Respeitável Mestre Hiram. Então
lançaram gritos de dor, que foram ouvidos pelos outros
grupos de MM. Estes os acudiram, e estando todos
reunidos, comprovaram que era o corpo do Mestre Hiram,
que tinha sido assassinado, e só conseguiam suspeitar que
os autores desta morte abominável foram alguns CComp
45
perversos, que desejavam arrancar a P de M para assim
obterem seus salários.
Temendo que ele tivesse sido forçado a revelá-la,
concordaram em nunca mais utilizar a antiga P de M e
em substituí-la pela primeira palavra que fosse
pronunciada por eles ao exumarem o cadáver de Hiram.
Depois deste acordo, plantaram sobre essa escarpa um
ramo espinhoso chamado acácia, para reconhecer o lugar
onde o descobriram, e voltaram para junto do Rei Salomão,
para lhe dar a tão triste notícia. O Rei, para testemunhar a
tenra amizade que tinha por Hiram Abif, ordenou a esses
nove MM que exumassem seu corpo, transportassem-no
para o templo e desejou, para honrar sua memória, que
fossem acompanhados por todos os demais MM.
Os nove MM que foram encarregados das primeiras
buscas foram os primeiros a chegar à escarpa que cobria o
cadáver do Mestre Hiram. Um deles tomou o dedo indicador
do cadáver, mas a pele se separou dos ossos, ficando
suspensa em sua mão. Outro o pegou pelo dedo médio,
mas a carne também se separou e ficou em suas mãos. Por
fim, um terceiro tentou levantá-lo, pegando-o pelo pulso,
mas igualmente aos dois primeiros, a carne se desprendeu
e ficou em suas mãos. Então gritou: M...B..., que significa:
o corpo está corrompido, ou a carne se desprende dos
ossos, e continuou com a exumação do cadáver. Os outros
oito MM se reuniram com ele para levantá-lo, na presença
de todos os demais MM e de acordo com as ordens do
Rei. Em seguida, levaram o corpo de Hiram ao templo com
grande pompa, todos decorados com as marcas de seu
grau e com luvas brancas, a fim de testemunhar que eram
inocentes do derramamento do sangue de Hiram.
O Rei Salomão ordenou magníficas exéquias no Templo e,
para honrar seu zelo e sua firmeza, mandou colocar sobre a
tumba a lâmina de ouro triangular, na qual estava gravada
a P dos MM e confiou sua custódia aos seus mais
íntimos amigos. Tendo Salomão aprovado a decisão tomada
pelos nove MM de nunca mais empregar a P deste grau,
e de substituí-la pela primeira que fosse pronunciada ao
desenterrar o cadáver, todos os MM se colocaram em
círculo ao redor da tumba para cumprir esse acordo. Então,
o M que levantou o corpo de Hiram deu a palavra M...B...
46
ao que estava à sua direita para que passasse de M em
M até que fosse conhecida por todos. Estas palavras têm
se perdurado entre os MMMM para se reconhecerem
entre si.

BUSCA DO CORPO DE HIRAM

(Terminado o relato, o RM bate um golpe, seguido pelos VVig:)

RM – 

1º VIG – 

2º VIG – 

(Imediatamente, o MCC, auxiliado pelos seus Assistentes,


retiram os cilindros que envolviam as luzes dos três candelabros do
tapete e do candelabro de três braços do Altar do Or . Os VVig e o
Secr fazem o mesmo com os seus candelabros. Durante este
tempo, os Irmãos responsáveis pela iluminação reacendem todas as
velas que iluminavam o apartamento antes do Cand ser
descoberto e levantado do féretro. Tudo deve ser realizado sem
ruído e com o maior silêncio. Terminada a iluminação, o RM bate
três vezes três golpes, seguido pelos VVig.)

RM –   –  ;   –  ;   – 

1º VIG –   –  ;   –  ;   – 

2º VIG –   –  ;   –  ;   – 

RM – VenIr 1º Vig, o que aconteceu ao nosso


Respeitável Mestre Hiram?

1º VIG – Foi assassinado. Tudo confirma isso, e nenhuma


dúvida paira sobre sua morte.

RM – Vamos, pois, à busca de seu corpo, e não omitamos


nenhum detalhe para descobri-lo, a fim de render-lhe as
honras que lhe devemos. VenIr 2º Vig, tomai
convosco dois MM de vossa Col e começai vossa busca
pelo N.

47
(O 2º Vig, seguido pelos dois MM que estavam situados no N do
tapete, dá a volta na Loj pelo N. Retornando ao seu posto, diz:)

2º VIG – RM, nossa busca foi em vão, não encontramos


nada.

RM – Ir 1º Vig, tomai também dois MM de vossa Col e


continuai a busca pelo Meio-dia.

(O 1º Vig, seguido pelos dois MM que estavam situados no Meio-


dia, dá a volta na Loj pelo lado do Meio-dia. Retornando ao seu
posto, diz:)

1º VIG – RM, nossa busca foi em vão, não encontramos


nada.

RM – IIr 1º e 2º VVig, uni-vos a mim nesta importante


busca e vamos juntos pelo Or. Espero que tenhamos
melhor sorte.

(Os dois VVig unem-se, pelo lado do N ao VM no Or, e se


colocam ao seu lado direito. O RM, seguido pelos dois VVig, dá
a volta inteira na Loj pelo Meio-dia. De volta ao Or, pára aos pés
do féretro, onde um ramo de acácia foi previamente depositado, e
diz:)

RM – Meus VenIIr, a terra aqui me parece recentemente


removida. A luz que se destaca aqui (mostra a lâmina de ouro
triangular) é um indício de que encontraremos, neste lugar,
o corpo de nosso Respeitável Mestre Hiram. Mas
desgraçadamente tudo nos denuncia a violência e a
perfídia. Assinalemos este lugar com um ramo de acácia.
(Recolhe o ramo de acácia que está aos pés do féretro e a deposita
sobre o véu que cobre o Cand. Em seguida, diz:)

RM – Antes de escavar esta terra, concordemos todos juntos


que nunca mais utilizaremos a antiga P de M, que a
substituiremos por uma nova palavra, para burlar a cobiça
dos assassinos. Antes, porém, reunamos-nos com os outros
grupos que buscam pelo N e pelo Meio-dia, para
compartilhar com eles o nosso descobrimento.

48
O CAND, LEVANTADO DO FÉRETRO

(O 1º Vig se coloca à direita do VM, o 2º Vig à sua esquerda, e


os outros seis MM permanecem ao redor da tumba. Então, o
VM, ajudado pelos dois VVig que estão aos seus lados, levanta
o véu negro e o linho ensangüentado que cobre o Cand . Quando o
corpo é descoberto, os três juntos fazem, assim como os demais
MM, o S de horror. Este S se faz passando rapidamente do
primeiro tempo ao segundo, e deste ao terceiro, o completa o S
inteiro de M. O 2º Vig toma o Cand pelo d. e. da m. d., e o deixa
escapar, como se a carne tivesse se desprendido do osso, e
pronuncia a palavra J. O 1º Vig o pega pelo d. m. e o deixa
escapar também, pronunciando a palavra B. Durante esse tempo,
o RM e todos os demais permanecem no S de Ordem de M.
Finalmente, o RM o pega pela m. d. com sua m. d., passa sua m.
e. debaixo do o. e., ficando com o p. d. contra o p. d. do Cand , j.
contra j. e p. contra p. Nesta atitude e ajudado pelos dois VVig ,
levanta-o completamente, dizendo em tom elevado:)

RM – - Ele receberá a vida no seio da morte!

(E quando estiver de pé, dá-lhe a P  de M, a saber: M... no o. d.;


B... no o. e. Em seguida, o Intr retoma seu lugar próximo do
Cand. O RM, indo até o Altar do Or, bate um golpe:)

RM – 

(E retorna ao seu lugar, assim como os dois VVig  e os seis MM


que rodeavam a tumba. O MCC situar-se-á ao lado do Cand . O
RM, de volta em seu lugar, diz em voz alta:)

RM – Meus IIr, que nossa alegria seja grande neste dia.
Aquele que estava morto renunciou aos vícios que podiam
corrompê-lo e recebeu uma nova vida.

(O RM, assim como toda a Loj , guarda um momento de


profundo silêncio. Em seguida, diz ao Cand:)

RM – Meu Ir, nunca percais de vista estes sublimes


emblemas. Interessam-vos mais do que pensais. Fazei que
eles sejam entre os MM a contínua razão de vossas
meditações e se ainda não podeis compreender seu sentido
mais oculto, sabeis aproveitar o que eles vos apresentam
de instrutivo e moral. No relato que vos foi feito sobre o
assassinato de Hiram, tendes visto três CComp tentar
arrancar pela violência o que não podiam obter como
49
pagamento pelo seu trabalho e sua virtude, e com isso
cometer um horrível assassinato para satisfazer a sua cega
cobiça. Assim é, meu Ir, como as paixões levam aos
maiores excessos àqueles que se deixam submeter pelo
seu império. Mas tendes visto um M cheio de sabedoria,
famoso por seu talento e por suas luzes, entregar-se a uma
morte certa em vez de conservar a vida pelo preço de
quebrar com o depósito que lhe fora confiado. Tal é o dever
do verdadeiro maçom. Não há nada que não deva ser
sacrificado à fidelidade, à discrição e à virtude. Ir
MCC, trazei-me o VenIr recém recebido como M,
para que ele receba as marcas e os SS característicos de
seu grau.

(Todos os demais se sentam. O MCC o conduz e o coloca sobre o


segundo degrau do Altar do Or, ao lado direito do RM. )

ORNAMENTOS, SINAIS E MARCAS DISTINTIVAS DOS


MMMM

(O RM, decorando o recipiendário com um avental de pele branca


de bordas em tafetá azul, lhe diz:)

RM – Meu querido Ir, na qualidade de M, deveis levar, a


partir de agora, o avental branco de bordas azuis com a
abeta abaixada.

RM – (Deixa que o MCC ajuste-lhe o avental e continua:) Quando


recebestes o Gr de Apr, a cor branca de vosso avental
vos anunciava o que devíeis fazer. Indicava-vos que para
chegar a ser verdadeiramente maçom era necessário
adquirir essa candura, essa retidão de intenção, sem as
quais as a virtude não poderia existir. Mas no grau que
acabastes de receber, essa mesma cor é a testemunha do
que deveis ter feito, pois que representa o símbolo da
perfeição e da constância inquebrantável na prática do
bem, que caracteriza, realmente, um verdadeiro M. A cor
azul que orla o avental branco demonstra que não há
virtude sólida nem eterna se não estiver sustentada pela
religião, que é a única que pode atrair sobre nós os favores

50
celestiais. (Devolve-lhe a espada.) Meu VenIr, devolvo-vos
vossa Esp; é o emblema perfeito do poder que todo M
deve exercer contra o vício para fazer reinar a religião e a
virtude. (Devolve-lhe o chapéu.) Devolvo-vos também vosso
chapéu. Que seja sobre vossa cabeça o símbolo do espírito
da justiça, da temperança e da prudência que deve
acompanhar os MM em todos os seus passos. A partir de
agora, permanecereis sempre coberto em Loj, a fim de
que saibam a superioridade que este grau vos confere
sobre os AApr e CComp.
Quando os vossos trabalhos, dedicação e observância das
leis maçônicas vos levarem a ocupar qualquer cargo de
administração na Ordem, não esqueçais que deveis unir a
ternura com a firmeza. Que vossa autoridade seja justa e
fraternal, e que vossa inteira submissão à Regra e a vossos
superiores sirva de exemplo para vossos inferiores. No Gr
de Apr, a Ordem vos ensinou que a Justiça devia ser a
primeira regra de vossas ações. No de Comp, a
Temperança vos foi recomendada para ajudar-vos a vencer
vossas paixões desordenadas. Hoje aprendestes que sem a
Prudência do M não poderíais evitar os obstáculos que se
opõem ao vosso avanço no caminho em direção à virtude.
(Uma pausa.) Pelo Gr de M, adquiristes a idade de sete
anos, que é o terceiro número misterioso e mais perfeito da
Franco-maçonaria. Nunca o degradais, meu querido Ir. É
o único meio de descobrir algum dia seu verdadeiro valor.
Fostes exumado do túmulo mediante os SSTTPP de
M. É por estes mesmos meios que vos fareis reconhecer
entre os IIr deste Gr. Vou repeti-los agora diante de
vós, acrescentando as instruções precisas com o fim de que
possais recordá-los e conservar, assim, o caráter que
acabastes de receber.
O S se faz em três tempos: 1) levando a m. d., os dd. ee.
e o pol. e., formando um Esq sobre o vent.; 2) retirando
a m. horizontalmente e tendo o pol. apoiado sobre o centro
do vent.; 3) levando a m. d., sempre em Esq, sobre a
cab., de modo que o pol. aponte para o solo e a p. da m.
fique voltada para o céu.
No terceiro tempo, inclina-se a cab. ligeiramente para trás
e a apóia sobre o o. d. Este S expressa a surpresa, a dor
e o horror que tiveram os MM quando descobriram o
51
cadáver do Respeitável Mestre Hiram. O segundo tempo
deste S é o S de Ordem em Loj de MMMM.
O T se faz com outro M, juntando o p. d. com p. d., j.
contra j., p. contra p., m. d. na m. d., todos os dd.
separados, e a m. e. apoiada atrás do o. e. É nesse último
tempo quando é dada a P do Gr.
O T da m. d. se faz passando o pol. entre o pol. e o ind.,
agarrando-se mutuamente pelo pun. com os três dd. da m.
um pouco curvados e rodeando com o min., também
curvado, a parte inferior da m. Este quarto tempo do T
geral é o único que se entre dois IIr que querem se
reconhecer fora da Loj de MM.
A P do Gr de M é M...B... que significa “o corpo está
corrompido”, ou “a carne se desprende dos ossos”. Esta
palavra se dá ao se abraçarem, a primeira sílaba no o. d., e
as duas últimas no o. e. Mas nunca é dada inteiramente a
não ser em Loj. Fora da Loj, somente se dão as duas
letras M.B., um dá a primeira e outro, a segunda.

(O RM, depois desta instrução, dá o STP ao recipiendário. Em


seguida, lhe diz:)

RM – Meu querido Ir, vosso nome de Maçom na Loj na


qualidade de Mestre é, desde agora, G, que significa
“elevado”. A P de P será Sh. Esta última vos servirá
para permitir-vos a entrada em LLoj RReg. Mas só a
useis com prudência e circunspecção, assim como com
todas as outras PP e SS que vos foram ensinados, e
tende cuidado de não vos deixar supreender por falsos
maçons.

(Abraça-o, dando-lhe o ósculo fraternal sobre as duas bochechas e


na testa. Em seguida, lhe diz:)

RM – Meu VenIr, a idade que acabastes de adquirir vos dá


direito a trabalhar na prancha de delinear. É ali onde
devereis estudar os planos mais convenientes para a
perfeição da obra e para a direção dos OObr. Apresentai-
vos agora ao VenIr 1º Vig, quem vos fará ensaiar este
novo trabalho mediante a bateria de vosso grau.

52
(O MCC o conduz até o 1º Vig, que, por sua vez, o leva até a
prancha de delinear que está desenhada no tapete. Golpeia sobre
ela com seu Malh três vezes três golpes.)

1º VIG –   –  ;   –  ;   – 

(Em seguida, entrega seu Malh ao recipiendário, que dá sobre esta


o mesmo número de golpes:)

REC –   –  ;   –  ;   – 

(Em seguida, o Intr retoma seu lugar em Loj . O MCC, tendo


situado o recipiendário entre os dois VVig, diz:)

MCC – RM, o novo Ir M começou seu trabalho sobre a


prancha de delinear.

RM – Fazei-o ser reconhecido pelos OOfic da Loj e pelos


que dirigiram seu trabalho. Apresentá-lo-eis em seguida
aos RResp IIr que estão no Or, para que deles receba
o ósculo fraternal.

(Se a Loj não for numerosa, o R M dará a ordem de apresentá-lo


também a todos os que a compõem. Os dois VVig, o PMI, os
OOfic titulares, o Prep e o Intr o reconhecem mediantes os
SSTTPP do grau e do ósculo fraternal. Os demais lhe dão
somente o quarto tempo do T e o ósculo fraternal. Os IIr de
graus superiores, sobre as duas bochechas e a testa, os MM, sobre
as duas bochechas somente, em três tempos, dois ósculos na
bochecha direita e um na esquerda. Após ter sido reconhecido, o
MCC o reconhece por sua vez mediante os SSTTPP e o ósculo
fraternal. Em seguida, devolve o recipiendário ao RM, que lhe dá
os mesmos SSTTPP, tal como os recebeu.)

RM – Já conheceis, Ir, as obrigações dos Maçons com


relação aos indigentes. Hoje sois devedor de uma oferenda
especial em favor deles. Apresentai-vos ao Ir Esm para
colocar no Tronco de Beneficência o que julgueis oportuno.

(O recipiendário faz sua oferenda e quando retorna, o RM lhe


diz:)

RM – Ide-vos agora a situar-vos entre os dois VVig, para


dali ouvir as instruções e explicações de vosso novo grau.
Elas merecem toda a vossa atenção.
53
(O MCC faz com que o Cand. se sente aos pés do tapete e se situa
ao seu lado para lhe mostrar os emblemas que lhe serão indicados
durante a instrução. O RM solicita ao Orad que leia a instrução
moral do grau, ou na ausência deste, solicita a quem tenha sido
nomeado para ocupar seu posto. Em seguida, o RM faz a
instrução histórica do grau por meio de perguntas e respostas com
os VVig, a qual, uma vez terminada, diz ao MCC:)

RM – VenIr MCC, conduzi o novo recebido ao lugar


que lhe é destinado em Loj.

(O MCC conduz o novo recebido de um lado ao outro, até o


extremo da Col dos MM.)

54
APÊNDICE I

RESUMO DA REGRA MAÇÔNICA

Desde o começo de vosso caminho maçônico, aceitastes estas


regras para dirigir vossas ações. Assim, pois, vindes hoje
comparecer diante delas em vosso próprio tribunal; examinai e
vede no secreto de vosso coração o que vos diferes do modelo
que não se cessou de vos oferecer. Sede sincero convosco
mesmo e pronunciai-vos sem parcialidade.

Pedis aos MM vosso avanço na Ordem dos Maçons. Mas o que
esperais da condescendência deles, já que eles não podem fazer
nada sem vós? Pois em qualquer grau que quiseram elevar-vos,
não saberiam se teriam êxito se não trabalhastes vós mesmos
para alcançá-lo por vossa coragem, constância e força de vosso
desejo.

Dessa forma, pois, meditai novamente sobre estas santas leis às


quais prometestes solenemente obedecer e vereis com evidência
o que deveis fazer para merecer o preço que ousas pedir neste
momento à Ordem.

Adorai o Ser cheio de majestade que criou o Universo por um ato


de Sua vontade e que o conserva por um efeito de Sua ação
continuada. Prostrai diante do Verbo Encarnado e abençoai a
Providência que vos fizeste nascer entre os cristãos. Professai
em todo lugar esta divina religião e praticai todos os deveres
morais que ela ensina. Anunciai em todos os lugares uma
piedade esclarecida, sem hipocrisias, sem fanatismos.

II

Recordai sempre que o homem foi a obra prima da Criação, pois


Deus mesmo o criou à Sua imagem e semelhança. Penetrai-vos
na natureza imortal de vossa alma e separai com cuidado este
princípio celestial e indestrutível das alianças estranhas.

III
55
Vossa primeira oferenda pertence à Divindade; a segunda, ao
soberano que a representa sobre esta Terra. Amai vossa terra,
honrai vossos superiores; cumpri escrupulosamente com todas
as obrigações de um bom cidadão, e pensai que elas foram
santificadas pelos votos livres do maçom; infringi-las representa
somar a ingratidão ao perjúrio.

IV

Saídos de um tronco comum, amai ternamente todos os que têm


os mesmos órgãos, as mesmas necessidades e uma alma imortal
como a vossa. O Universo é a pátria do Maçom e nada que diga
respeito ao homem deve ser-lhe estranho. Respeitai a
Associação Maçônica espalhada por todos os países onde a razão
e a luz penetraram, e vinde a dedicar em nossos templos a vossa
homenagem à santa Humanidade.

Deus, podendo bastar-se a Si próprio, dignou-Se comunicar-Se


com os homens. Aproximai-vos deste modelo infinito, dirigindo
sobre vossos semelhantes toda a felicidade que estiver em vosso
poder. Tudo o que o ser humano pode conceber de bom está
submetido à vossa ação. Que uma beneficência ativa, esclarecida
e universal seja o princípio de vossa conduta. Preveni o grito da
miséria; nunca sejais insensível a ele. Fugi da avareza e da
ostentação, não busqueis a recompensa do bem nos aplausos da
multidão, senão no fundo de vosso coração; e se não podeis
sozinho dar tanta felicidade quanto gostarias, vinde acrescentar
o elo sagrado de boas ações que formamos e cooperai segundo
vosso poder em nossos estabelecimentos úteis.

VI

Sede afável e cerimonioso; excitai em todos os corações o fogo


da Verdade; compartilhai a felicidade de vosso vizinho e que a
inveja não turve jamais estes gozos. Perdoai o vosso inimigo:
não vos vingueis dele e só lhe fazeis boas ações. Cumpri assim
um dos preceitos mais sublimes da religião e descobriréis os
vestígios de vossa antiga grandeza.
56
VII

Explorai os cantos ocultos de vosso coração: vossa alma é a


pedra bruta que deveis desbastar. Oferecei à Divindade a
homenagem de vossos afetos regulados e de vossas paixões
vencidas. Vigiai e orai. Que vossas mãos sejam puras e castas;
vossa alma verdadeira, reta e pura. Desconfiai dos frutos
amargos do orgulho, que causa a perdição do homem. Estudai os
hieróglifos de nossa Ordem, pois velam verdades grandes e
satisfatórias, e chegareis a ser melhor através desta meditação.

VIII

Todo Maçom, de qualquer comunhão cristã, país ou condição que


seja, é vosso Irmão, e tem direitos sobre vossa assistência.
Respeitai na sociedade as distâncias legítimas. Em nossos
Templos, somente consideramos as existentes entre a virtude e
o vício. Evitai toda distinção profana que feriria em nós a
igualdade, e não vos avergonheis nunca no mundo profano de
um homem honesto que abraçastes aqui como Irmão. Correi em
sua ajuda; persuadi aquele se equivoca; levantai aquele que cai;
nunca nutrais nenhum rancor ou inamizade contra um Irmão.
Dissipai imediatamente a nuvem que se levanta. Só a concórdia
pode cimentar nossos trabalhos.

IX

Cumpri escrupulosamente todas as obrigações que tendes


contraído como Maçom. Respeitai vossos superiores, obedecei-
os, pois falam em nome das leis. Que o compromisso que
tomastes de guardar nossos segredos esteja sem cessar em
vossa memória, se ousas infringi-lo, vosso coração vos
repreenderá para todo sempre, e todos os Maçons vos
abandonarão.

57
APÊNDICE II

INSTRUÇÃO MORAL E EXPLICAÇÃO DO GR DE MM

Meu querido Ir:

Se ficastes atento às cerimônias de vossa recepção, aos relatos


que vos foram feitos e às decorações da Loj, talvez teríeis
observado coisas completamente novas que possam parecer-vos
contraditórias. Não obstante, estas contradições são apenas
aparentes, estareis de acordo com isso algum dia; estão
fundadas na diversidade de objetos que a Ordem vos apresenta
nos três graus fundamentais que recebestes e principalmente
neste último, os quais, apesar das relações existentes entre si,
são essencialmente distintos e diferentes; relacionam-se em
geral e em particular com a natureza universal e com o homem
moral, que estão ligados um ao outro pelo mesmo centro que é o
autor de um e de outro; é isto o que se tem visto desde o
primeiro passo que destes em nossas LLoj; todos os símbolos,
todos os emblemas, todas as alegorias que vos foram
apresentadas tiveram esta dupla finalidade.

Estamos de acordo convosco, sobre o fato que esta mescla faz


com que vossa tarefa fique mais penosa, mas nada se adquire
sem trabalho neste caminho. Já é um grande serviço ensinar-vos
que é necessário não confundi-lo todo e que deveis separar as
coisas diferentes.

Somente podemos dar-vos as explicações relativas ao vosso


grau; aproveitai-as e cumprireis com o desejo da Loj, que me
encarrega desta tarefa.

O Templo de Salomão em Jerusalém é a base invariável de toda


a Franco-maçonaria; encontrareis a mesma doutrina sob
diferentes formas, em todos os graus. Este edifício sempre teve
um lugar distinto entre as maravilhas do mundo terrestre;
meditai, pois, sobre qual foi seu destino, os planos sobre os
quais foi levantado, a mão que os traçou, a sabedoria daquele
que os fez executar, os estranhos talentos daquele que dirigiu
sua construção, suas dimensões, suas divisões, seus
ornamentos, em fim, as grandes mudanças que sofreu; pode ser
58
que encontreis grandes relações convosco mesmo, também pode
ser que encontreis grandes relações com a natureza inteira e
com seu Autor.

As Sagradas Escrituras vos instruem o bastante sobre o estranho


saber de nosso Respeitável Mestre Hiram Abif, deste sublime
obreiro que merecia ser o amigo mais íntimo do mais sábio dos
reis, que assombrou a todos pelo conjunto de seus talentos e
que será sempre célebre pelos seus êxitos; eles calam a verdade
sobre sua morte e sobre as circunstâncias que vos fizemos no
relato; mas seu silêncio vos força a estudar o emblema; e, seja
esta história verdadeira, ou que se vos apresente como uma
engenhosa alegoria, ainda assim vos oferece, no moral e no
físico, importantes verdades a descobrir, se tendes o valor de
ocupar-vos com isso.

O lúgubre aspecto que surpreendeu o vosso olhar ao entrar na


Loj e o féretro situado no centro do tapete, que representa o
interior do Templo, relacionam-se com as cerimônias das quais
fostes objeto e que vos recordam, ao mesmo tempo, a morte e o
fim de todas as coisas elementares, depois de sua duração
passageira.

Entrastes em Loj como Comp, acusado de serdes cúmplice de


um grande crime; meu querido Ir, lançai um olhar atento ao
homem, vede se está em seu estado de primeira natureza e
ousai dizer, se podeis, que não foi ele o culpado.

Fostes situado no Oc, de costas para o Or, triste imagem do


homem que vê chegar seu ocaso, sem se perguntar nem saber
de onde vem nem para onde vai. Este emblema tem sido
mantido no curso de vossas viagens misteriosas, durante as
quais o VM vos exortastes a pensar na morte, pois que
estavais próximo de vosso túmulo; pensai nisso com proveito e
não menosprezeis as advertências da natureza e d’Aquele que
vela por vós.

O túmulo que vos esperava vos foi mostrado e vistes os tristes


restos daquele que viveu. Este túmulo é o emblema da matéria
universal, que deve acabar tanto em sua totalidade como em
parte, e que um novo reino, mais luminoso, deve sucedê-la.
59
Como Apr subistes três degraus da escada misteriosa; como
Comp, cinco; como M, acabastes de subir sete e adquiristes a
idade distintiva de vosso grau; mas, meu Ir, temei desde hoje
o descenso e a mudança no número da perfeição com que
acabastes de ser decorado; esta escada vos colocou à porta do
Templo. Ela foi fechada em vossas primeiras tentativas, mas
hoje, a entrada vos foi permitida, para ensinar-vos que um
desejo puro, um exercício inteligente, um valor fime e
perserverante chegam a dissipar todo obstáculo.

Destes três passos sobre o túmulo, entre o Esq e o Com, para


irdes ao Or. Nascer, morrer e renascer para a Eternidade onde
estará o verdadeiro Or, essa é a nossa sorte atual e nosso
destino; não será mais que o nosso terceiro passo o que decidirá
se a nossa viagem era para a vida ou para a morte. Marchemos
sempre na Justiça e nosso último passo nos levará a um porto
seguro.

Fizeram-vos prestar um novo compromisso e renovar os antigos.


Meu querido Ir! Contai sempre convosco mesmo, pensai
sempre em vossos deveres e renovai, no fundo de vosso
coração, os compromissos que vos ligam ao Ser Supremo, aos
vossos IIr e a vós mesmo. É o verdadeiro meio para cumpri-los
e de ter a alma sempre calma e tranqüila.

Recebestes três golpes mortais e fostes derrubado no túmulo.


Esses três golpes indicam os perigos das três paixões
dominantes no homem e que lhe são as mais funestas: a inveja,
que envenena toda felicidade e busca destruir a do próximo; a
avareza, que nos faz freqüentemente injustos e quase sempre
insensíveis às desgraças dos demais; e o orgulho, que se
incomoda com tudo e não perdoa nada nem ninguém. Estivestes
como um morto no túmulo, para aprender que o homem
entregue ao vício está morto na sociedade, que lamenta pelos
seus erros.

Fostes levantado do túmulo pelo RM, ajudado pelos VVig,


que foram vossos guias; mas tiveram de fazer três fortes
sacudidas para retirar-vos dele. Aprendestes com isso que, se o
pior dos males é consumir-se na morte do vício, o homem pode,
60
com coragem, boa vontade e com a ajuda de bons conselhos,
submeter as paixões que o dominam e adquirir uma nova vida; é
então que ele chega a ser um verdadeiro Mestre, útil para a
instrução e para o exemplo; é então que pode fazer uso da
prancha de delinear, oferecendo planos seguros e luminosos aos
seus semelhantes.

Isto vos mostra também os perigos da preguiça, a debilidade do


Apr e do Comp, pois que foi necessária toda a força do M
para arrancar-vos do túmulo e devolver-vos à vida. Esta é a
nova vida que o homem mais corrompido pode adquirir mediante
firmes e constantes decisões, que o devolvem à virtude, que vos
foi indicada, meu querido Ir, quando o RM vos exumou do
túmulo. É para caracterizá-la que vos foram dados novos
SSTTPP. Então a luz sucedeu às trevas, a Loj brilhou com
um novo resplendor e todos os MM, testemunhas de vossos
novos juramentos, correram a reconhecer-vos como Ir deles.

Estas obrigações devem ser-vos suficientes, meu querido Ir,


para que vos façam saber que a Franco-maçonaria não tem outro
fim senão o de fazer homens melhores e mais úteis aos seus
semelhantes.

Até aqui, tendes o bastante para fazerdes dela, em geral, e de


vosso novo grau, em particular, uma opinião para que possa
direcionar-vos felizmente no caminho que deveis percorrer.

61
APÊNDICE III

INSTRUÇÃO POR MEIO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS


PARA
O GR DE MM

PRIMEIRA SEÇÃO

P. – Sois M Franco-maçom?
R. – Provai-me e vereis que a acácia me é conhecida.

P. – Como saberei que sois M?


R. – Pelos meus novos SSTTPP e pelos cinco pontos
perfeitos da Mestria.

P. – Dai-me o S.
(O S inteiro do grau é dado em três tempos.)

P. – Dai-me o T.
(Dá o T de pun., que é o quarto ponto da Mestria.)

P. – Dai-me a P de M.
R. – Em Loj aberta é M...B..., mas fora da Loj é somente MB.

P. – Qual é a P de P para obter a entrada em Loj?


R. – Sh.

P. – Por que os MM têm esta palavra?


R. – Em memória às tropas de Galaad, que estavam sob as
ordens de Jefté, para reconhecer, depois de sua vitória, os
rebeldes de Efraim, na passagem do rio Jordão.

P. – Como isso pôde servir a eles como meio de


reconhecimento?
R. – Porque os de Galaad pronunciavam-na corretamente,
enquanto os de Efraim só conseguiam pronunciar “Si...”.

P. – Por que o uso desta P foi conservado entre os MM?


R. – Para lembrá-los que devem estar sempre de guarda contra
os falsos maçons.

62
P. – Qual é o nome de um M Franco-maçom?
R. – G.

P. – O que significa este nome?


R. – É o nome de um lugar, sobre o Monte Moria, onde Davi fez
levantar um altar e colocar a Arca da Aliança, antes da
construção do Templo.

P. – Que nome dais ao filho de um M?


R. – “Lowton”, que significa “discípulo da Arquitetura”.

P. – Que vantagens tem na Ordem o filho de um M?


R. – Tem o privilégio de ser recebido maçom com preferência a
qualquer outro que não goze deste título, acima de toda
distinção de estado civil e idade.

P. – Quais são os cinco pontos perfeitos da Mestria?


R. – P. d. contra p. d.; j. contra j.; p. contra p.; m. d. apertando
a m. d.; m. e. estendida e apoiada no o. e., o que forma o toque
perfeito da Mestria em Loj.

P. – O que significam os cinco pontos deste T?


R. – Lembram aos Maçons da sinceridade, da cordialidade, da
união íntima, que deve reinar entre eles e da obrigação de
socorrerem-se uns aos outros, com todas as suas forças.

P. – Devem os Maçons ajudar a todos os que têm este título?


R. – Devem a todos sem distinção, assim como aos demais
homens, o auxílio que a humanidade reclama. Mas não devem a
instrução nem as ajudas da íntima fraternidade a ninguém mais
além daqueles que, pelos seus trabalhos, são dignos de serem
considerados pela Ordem.

P. – Qual é o S de ordem que se deve usar em Loj de M?


R. – É o segundo tempo do S de M, chamado S de dor.

P. – Quantos SS têm os Maçons?


R. – Seu número não pode ser fixado, pois todo Esq, N e Pr
lhes servem para formá-los.

P. – Dizei-me quantos SS determinados existem!


63
R. – Há quatro, a saber: o gutural para os AApr; o peitoral
para os CComp; o pedestre para os MM; e o manual, que
serve aos AApr, aos CComp e aos MM, mas com formas
diferentes em cada grau.

P. – Em que consiste os passos dos MM?


R. – Consiste em três passos, indo do Oc ao Meio-dia, do Meio-
dia ao N, e do N ao Or, os dois pés devem formar entre
eles, a cada passo, um Esq duplo.

P. – O que significa o Esq duplo com o qual se termina cada


um desses passos nos quatro pontos cardeais?
R. – Anuncia que um M deve ser impecável em sua conduta e
em seus costumes, e que deve sempre servir de exemplo aos
seus IIr.

P. – Como chamam os MM?


R. – Triplicando a bateria dos AApr, o que perfaz nove golpes,
três vezes três.

SEGUNDA SEÇÃO

P. – Onde fostes recebido como M?


R. – Na Câmara do Meio, morada de lamentos e de lágrimas.

P. – Como chegastes a ela?


R. – Por uma escada misteriosa em espiral, que se sobe por t.,
c., e s.

P. – Como entrastes?
R. – Andando de costas.

P. – Por quê?
R. – Para não ser cegado pelo resplendor de uma luz inesperada.

P. – De onde ela partia?


R. – De uma lâmina de ouro triangular, que estava situada sobre
um túmulo.

P. – O que percebestes ao entrar?


R. – Escuridão, silêncio e tristeza geral entre os IIr.
64
P. – O que mais vistes?
R. – O túmulo de nosso Respeitável Mestre Hiram.

P. – Quais são suas dimensões?


R. – Três cúbitos de largura, cinco de altura e sete de
comprimento.

P. – A que fazem alusão estes três números?


R. – Às diferentes idades dos Maçons, que indicam o trabalho
particular de cada classe.

P. – O que entendeis com isso?


R. – Que se necessitam três anos para fazer um Apr; cinco
para um Comp; e sete para um M.

P. – O que vistes sobre o túmulo?


R. – Uma caveira, um ramo espinhoso, chamado acácia, e uma
lâmina de ouro triangular, sobre a qual estavam gravadas as
letras indicativas da antiga P de M.

P. – Qual era a antiga P de M?


R. – Um dos nomes reverenciados do Grande Arquiteto do
Universo.

P. – O que vistes ao redor do túmulo?


R. – Nove luzes, que estavam veladas, o que fazia com que a
Loj ficasse na escuridão.

P. – O que elas significam?


R. – Os nove MM que foram enviados por Salomão à procura
do corpo de nossos Respeitável Mestre Hiram.

P. – Por que estavam veladas?


R. – Para indicar a privação na qual se encontram os Maçons,
desde que os verdadeiros MM foram dispersados.

P. – Quando terminará esta privação?


R. – Quando, tendo esses MM regressados ao Templo, os
Maçons encontrem, com sua ajuda, a P perdida.

65
P. – Como vos trataram ao entrar em Loj?
R. – Como um Comp suspeito, mas provei minha inocência e o
VM me deu sua amizade.

P. – Que vos fizeram depois?


R. – Levaram-me a fazer nove viagens emblemáticas ao redor do
túmulo.

P. – Por quê?
R. – Para que eu conhecesse as diferentes partes do Templo.

P. – O que vos aconteceu durante essas viagens?


R. – Vi a morte por três vezes diante de meus olhos, mas o
VM me confortou com novas máximas, que me ensinaram a
viajar utilmente.

P. – Que fruto tirastes dessas viagens misteriosas e de vossa


docilidade em seguir o guia que o RM vos deu?
R. – O RM me advertiu que para elevar um edifício sólido e
duradouro, é necessário unir a temperança do Comp com a
prudência do M.

P. – O que vos aconteceu em seguida?


R. – Subi pela escada em espiral, por t., c., e s., fazendo-me
reconher pelos SS de Apr e de Comp.

P. – Por que vos fizeram dar os SS de Apr e de Comp, e por


que em seguida vos detiveram na porta do Templo?
R. – Quiseram que eu me lembrasse do que tinha sido, fazer-me
conhecer o que eu era, e me aperceber do que ainda me faltava.

P. – Que vos fizeram depois?


R. – Conduziram-me do Oc ao Or, passando do Esq ao
Com, sobre o túmulo, mediante os três passos de M em Esq
duplo, ao Meio-dia, ao N e ao Or.

P. – O que significa o primeiro passo em direção ao Meio-dia?


R. – Que o nosso dever é o de buscar a Sabedoria, desde o
momento em que já somos capazes de discernimento em nossas
idéias e suscetíveis de receber instrução.

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P. – O que significa o segundo passo em direção ao N?
R. – A necessidade de prosseguir com valor o nosso caminho e
de nunca abandonar a nossa busca, até o fim de nossos dias.

P. – O que significa o terceiro passo em direção ao Or?


R. – O fruto que devemos esperar de nossa busca e de uma
conduta regular, que é o de encontrar a Sabedoria do Verdadeiro
Or, onde começa a Eternidade feliz.

P. – O que vos aconteceu durante o vosso caminho, passando do


Esq ao Com?
R. – Recebi três golpes.

P. – O que significam?
R. – O inimigo que é necessário combater; os obstáculos que
precisam ser vencidos; e as armas que devem ser empregadas
para obter a recompensa eterna.

P. – O que fizestes ao chegar no Or?


R. – Assumi os compromissos da Mestria e, em seguida, fui
recebido como M.

P. – Onde fostes recebido como M?


R. – Mediante três golpes que me derrubaram.

P. – Por que vos deram esses três grandes golpes?


R. – Como memória daqueles que nosso Respeitável Mestre
Hiram recebeu, e para ensinar-me, com seu exemplo, a sofrer
antes a morte, que faltar com meus deveres e trair meus IIr.

P. – De quem o Mestre Hiram recebeu os três golpes que o


mataram?
R. – De três CComp que formaram o complô para conseguirem,
por meio da violência, a P e o pagamento dos MM.

P. – Como se soube que ele fora assassinado por três CComp?


R. – Porque esses três CComp não compareceram à chamada
geral dos OObr, que foi feita por ordem de Salomão.

P. – Obtiveram a P de M do Mestre Hiram?

67
R. – Não. O Mestre Hiram prefiriu antes sofrer a morte a dar-
lhes um conhecimento do qual eram indignos.

P. – O que fizeram com seu corpo, depois de sua morte?


R. – Ocultaram-no entre os escombros, aos pés de um monte
chamado “Moria”, próximo do Templo e, quando anoiteceu,
conduziram-no até o mesmo monte, onde o enterraram.

P. – Como foi descoberto?


R. – Pela persistência infatigável de nove MM, que foram
enviados por Salomão para buscá-lo e que, tendo encontrado o
cadáver, foram informá-lo.

P. – O que fez Salomão em seguida?


R. – Fez os MM exumarem o cadáver, que o transportaram com
grande pompa ao Templo. Fez dispor sobre seu túmulo uma placa de
ouro, de forma triangular, sobre a qual estava gravada a verdadeira e
antiga P de M, em reconhecimento ao seu zelo e fidelidade.

P. – Quem era nosso Mestre Hiram?


R. – Era um hábil arquiteto e o mais célebre obreiro em todas as
artes.

P. – Onde nasceu Hiram?


R. – Era tírio de nascimento, seu pai se chamava “Ur” e sua mãe
era uma viúva da tribo de Neftali.

P. – Como terminou a vossa recepção?


R. – O RM, com os dois VVig, me levantaram do féretro
pelos SSTTPP convencionais dos MM.

P. – O que notastes então?


R. – Que a escuridão tinha desaparecido e que a Loj brilhava
com uma nova luz.

P. – O que significa essa mudança?


R. – A esperança em reencontrar a P perdida, descubriu-se
como fazer um bom uso dos novos SS e instruções que me
foram confiados.

TERCEIRA SEÇÃO
68
P. – Por que vos fizestes M?
R. – Para aprender a conhecer o verdadeiro valor da letra “G”,
que já tinha percebido na Estrela Flamejante.

P. – O que significa esta letra?


R. – Grandeza e Glória, que só pertencem a Deus, princípio de
toda Luz.

P. – Qual é o fim de vosso trabalho?


R. – O de chegar a reencontrar, com a ajuda do Grande
Arquiteto do Universo e da assistência da Ordem, a Verdadeira
P dos MM, que se perdeu, para dela fazer um uso digno.

P. – Quer dizer que não a conheceis?


R. – Conheço somente as duas letras indicativas “Alfa, Ômega”, que
vi sobre o túmulo.

P. – Como se perdeu essa P?


R. – Pela morte do Mestre Hiram, o que impediu os MM de
continuar usando-a.

P. – Como foi substituída?


R. – Por um acordo dos MM que saíram à procura do Mestre Hiram
e que, tendo-o encontrado assassinado, consentiram em substituí-la
pela primeira palavra que fosse pronunciada por eles ao
desenterrarem o cadáver, e assim ela foi substituída por “M...B...”.

P. – Como viajam os MM?


R. – Do Oc ao Or, pelo Meio-dia e o N, e desde o Or sobre
toda a superfície da Terra.

P. – Por quê?
R. – Para reunir o que estava separado e difundir a Luz.

P. – Sobre o que trabalham os MM?


R. – Sobre a prancha de delinear, onde configuram seus
desenhos.

P. – Por quê?

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R. – Para servir de lembrança dos planos que misteriosamente
foram traçados ao Rei Davi, por disposição do Grande Arquiteto
do Universo, para a construção do Templo, e que foram levados
a cabo por Salomão.

P. – Se perdêsseis um M, onde o buscaríais?


R. – Entre o Esq e o Com.

P. – Por quê?
R. – Porque sendo o Esq e o Com os emblemas da
regularidade e da sabedoria, um M nunca deve se separar
deles.

P. – Quais são, pois, as virtudes e as qualidades essenciais que


devem desejar um verdadeiro maçom?
R. – As indicadas pelas três CCol que sustenam o Templo
Místico dos Maçons, a saber: a Sabedoria, a Força e a Beleza que
as adorna.

P. – Por quê?
R. – Porque ele deve reunir em si mesmo as proporções de seus
modelos.

P. – Quais são seus modelos?


R. – Salomão, que recebeu de Deus o dom da Sabedoria; Hiram,
rei de Tiro, modelo de Força, que forneceu a Salomão as
madeiras e materiais necessários para a construção do Templo;
e Hiram Abif, modelo de Beleza, que desenhou e executou os
ornamentos de deviam embelezá-lo.

P. – A quem pertencem essencialmente estes três atributos:


Sabedoria, Força e Beleza?
R. – A Deus mesmo. A perfeição de suas obras é testemunha da
Sabedoria que conduziu os planos, da Força que os executou, e
da Beleza que os fez formosos.

P. – O que faríais em caso de encontrardes em algum perigo?


R. – Faría o S e a exclamação de ajuda.

P. – Como se faz o S?

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R. – Levando as duas mm. est. e enl. sobre a c. e a pal. d.
dobrada em Esq sobre a pal. e. e gritando, nesta postura: “A
mim, os filhos da viúva!”. Esta exclamação não deve ser feita a
não ser quando não seja possível fazer-se visível pelo S e só
em ocasiões de um grande perigo.

P. – Por que essa exclamação de “Filhos da viúva”?


R. – Porque depois da morte de nosso Respeitável Mestre, os
Maçons tomaram sob seus cuidados a mãe dele, que era viúva, e
se consideraram como seus filhos, já que o Mestre Hiram sempre
os tivera considerado como seus IIr.

P. – Que idade tendes?


R. – ...... anos cumpridos.

P. – O que significa esta idade?


R. – Os ... tempos, ou anos, que Salomão empregou à dedicação
do Templo, até dar-lhe perfeição.

P. – Onde adquiristes esta idade?


R. – Subindo pela escada em espiral de ... degraus.

P. – A que faz alusão essa escada?


R. – Às sete ciências, ou artes liberais, que um bom maçom
deve estudar; às sete virtudes que deve praticar; aos sete vícios
principais dos quais deve fugir; e aos sete dons espirituais que
deve pedir a Deus.

P. – Quais são as sete ciências, ou artes liberais?


R. – A Poesia, a Música, a arte do Desenho, a Aritmética, a
Geometria, a Astronomia e a Arquitetura.

P. – Para que servem a Poesia e a Música?


R. – Para louvar o Senhor, com o fim de obter sua ajuda para
empregar dignamente as outra cinco.

P. – Que vantagem se obtém com a Arte do Desenho?


R. – A de formar idéias justas e verdadeiras do edifício
maravilhoso, construído pelo Grande Arquiteto do Universo.

P. – Para que servem a Geometria e a Aritmética?


71
R. – Para exercer com justiça todas as demais ciências.

P. – Quais são as sete virtudes do Maçom?


R. – A Fé, a Esperança e a Caridade, que são as principais; a
Justiça, a Temperança, a Prudência; e a sétima ainda
desconheço.

P. – Por quê?
R. – Porque não posso adquiri-la senão mediante a prática exata
das três virtudes que me foram ensinadas em nossos graus.

P. – Como sabeis que as três primeiras são as mais perfeitas?


R. – Somente me foram indicadas como devendo ser o término
feliz de todos os meus trabalhos, com o fim de aumentar a
minha coragem e minha boa vontade.

P. – Quais são os sete principais vícios dos quais se deve fugir?


R. – O orgulho, a avareza, a inveja, a luxúria, a gula, a ira e a
preguiça.

P. – Quais são os sete dons espirituais?


R. – Os três primeiros estão indicados pelos três ressaltos da
escada do Templo, que têm também relação com as virtudes que
me foram ensinadas nos três primeiros graus.

P. – Explicai-me isso!
R. – O primeiro ressalto indica o dom da inteligência que o Apr
pode obter observando a Justiça; o segundo ressalto figura o dom da
sabedoria, fruto da Temperança recomendada ao Comp; o terceiro
ressalto, no qual se encontra o Pavimento Mosaico, indica o dom do
discernimento que só a Prudência pode dar ao M.

P. – Dai-me os nomes dos outros quatro dons espirituais.


R. – Os trabalhos de meu grau não me permitem conhecê-los.

P. – Quais são os deveres particulares dos Maçons com relação


uns aos outros?
R. – Amarem-se sinceramente, ajudarem-se com todas as suas
forças, guardarem fielmente os segredos que lhe forem
confiados, oporem-se a todo atentado ou sedução contra as

72
pessoas do mesmo sexo, e especialmente nunca se esquecerem
disso, tornando-se eles mesmos culpados.

P. – Qual é o significado geral das baterias dos AApr, dos


CComp e dos MM?
R. – O começo, a duração e o fim de todas as coisas criadas.

P. – O que significa a bateria de Apr por três golpes?


R. – O começo ou a união dos princípios.

P. – O que significa a bateria de Comp por duas vezes três


golpes?
R. – A duração ou os princípios postos em ação.

P. – O que significa a bateria de M por três vezes três golpes?


R. – O fim ou a decomposição dos corpos.

P. – O que significam as noventa e uma lágrimas que estão


sobre o tapete, ao redor do túmulo?
R. – As lágrimas indicam o luto geral dos MM, seu número
expressa as propriedades particulares do número nove, que se
encontram em seu quadrado.

P. – Onde trabalhastes?
R. – No Templo.

P. – Onde fostes pago?


R. – No centro da Câmara do Meio.

(Tendo acabada a instrução, o R M diz:)

RM – Meus VVenIIr! Estudemos as ciências, que podem


nos ser úteis, para que façamos novos progressos;
pratiquemos as virtudes que nos são recomendadas;
fujamos dos vícios que prejudicam o nosso avanço; e
esforcemos-nos com o fim de merecer os dons preciosos
que todos devemos desejar e pedir.

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Grande Loja Regular de São Paulo
Editora: Grande Loja Regular

Editado no ano 2007.

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