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GRANDE LOJA UNIDA PAULISTA

GLUP
Fundada em 27 de dezembro de 2017
“...oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam
em união...”

RITUAL

2° GRAU
- COMPANHEIRO MAçOM -

CERIMÔNIAS APROVADAS DO
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
REAA

2022

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CARÁTER DE AUTENTICIDADE
O exemplar deste Ritual de Grau Simbólico do 1° Grau do REAA(Rito Escocês
Antigo e Aceito, praticado na GRANDE LOJA UNIDA PAULISTA – GLUP) só será
considerado autêntico quando, além do número de ordem e do timbre da GRANDE LOJA
UNIDA PAULISTA – GLUP, levar as rubricas do Grande Secretário de Orientação
Ritualística.

N°_______

__________________________
Cristiano de Almeida 33º Sereníssimo Grão Mestre Geral

Sapientíssimo Grão Mestre Adjunto

2
Este exemplar de Ritual de Companheiro Maçom do RITO ESCOCÊS

ANTIGO E ACEITO é destinado para uso pessoal do Ir

membro efetivo da A R L S

N° , situada à

nº Or

Estado (UF) CEP , Elevado aos

dias do mês de , do ano de

, da E V

Venerável Mestre

Secretário

3
CERIMÔNIAS APROVADAS DO

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - REAA

2° GRAU

O COMPANHEIRO MAçOM
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RITUAL DE COMPANHEIRO MAÇOM

ESCOPO DO GRAU DE COMPANHEIRO

O sentimento de Solidariedade, que nasce da sincera e intima


comunhão entre os IIr, deve ser a constante preocupação do
Comp. Se a Liberdade é o ideal do Apr, que aspira a Luz, a
Igualdade é o do Comp, para que possa solidificar os
sentimentos de Fraternidade.
Às qualidades e aspirações do Apr, deve o Comp acrescentar
a capacidade de REALIZAR PRATICAMENTE, EM ATIVIDADE
CONSTRUTIVA, OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS.
Assim, o Progresso do Comp depende de sua sempre crescente
capacidade de interpretar os elementos fundamentais do
Simbolismo, aprendendo a VIVÊ-LOS e realizá- los com utilidade
e proveito.
Na constante ação de aperfeiçoamento do coração pelo
trabalho, pela prática da Moral e pela observação da Ciência, o
Comp não deve esquecer de que cada Grau é uma melhor,
mais iluminada e mais profunda compreensão das doutrinas e da
Moral do Grau Apr, que será, sempre, a base do Edifício
Maçônico.

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ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO

Antes do início dos trabalhos, o Arquiteto providenciará a


ornamentação do Templo, distribuindo, nos respectivos lugares,
os Malhetes, Rituais, Código das Legislações Maçônicas, Carta
Constitutiva, Bolsa de Propostas e Informações, Bolsa de
Beneficência, perfumes e todos os Instrumentos necessários
para as Sessões de Instrução ou Sessões Magnas.
Depois de certificar-se de que nada falta, o M.∙.CC.∙. fecha a porta
do Templo , determina que o G.∙.T.∙. e o M.∙. de Harmonia
ocupem seus respectivos lugares e comunica ao V.∙.M.∙. que o T.∙.
está devidamente ornamentado, pronto para o inicio dos
Trabalhos.

DA ENTRADA E SAÍDA
Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o pretexto,
antes da hora fixada para o inicio dos trabalhos, exceto os
OObr.∙. que tiverem de prepará-lo para as cerimônias,o G.∙.T.∙. e
o M.∙. de Harmonia. Nenhum motivo exime a observância deste
dispositivo.
À hora fixada, o M.∙.CC.∙., depois de verificar se todos os
presentes se acham devidamente revestidos de suas insígnias e
trajados conforme o Ritual, formará uma fila dupla, na seguinte
ordem: dois a dois os CComp.∙.; estes do lado Sul e aqueles do
lado Norte, indo à frente os mais recentes. Depois os MM.∙. e
OOf.∙., cada um do lado de sua respectiva Col.∙.. Em seguida, os

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MM.∙.II.∙., os VVig.∙. e finalmente as Autoridades Maçônicas, se
desejarem entrar nesse momento.
Pondo-se à frente da fila dupla, também chamada cortejo, o
M.∙.CC.∙. baterá na porta do T.∙. uma única pancada.
O G.∙.T.∙., então, abrirá a porta, postando-se (com a Espada
cruzada sobre o peito ) junto à Col.∙. J.∙. e de frente para a
entrada, enquanto o M.∙.CC.∙. posta-se junto à Col.∙. B.∙.,
aguardando a passagem do V.∙.M.∙., para conduzi-lo ao Trono.
Todos romperão a marcha com o pé esquerdo (adentrando ao
T.∙. com passos naturais) e à medida que forem entrando, cad
um vai ocupar seu lugar, conservando-se de pé, sem estar à
ordem, voltados para o Eixo da Loj.∙.. Depois da entrada do
V.∙.M.∙., o G.∙.T.∙. fecha as portas e toma lugar defronte à sua
cadeira. Depois de levar o V.∙.M.∙. até o Trono, o M.∙.CC.∙.
verificará se todos estão perfeitamente colocados, e irá para
entre CCol.∙., onde anunciará ao V.∙.M.∙. que a Loj.∙. está
composta e aguardando ordens para a Abertura dos Trabalhos.
Durante a entrada, o M.∙. de Harmonia executará música
apropriada, preferencialmente de autor maçom, a fim de
propiciar a criação de um clima tranqüilo e envolvente.
A saída será feita na ordem inversa à entrada. Deste modo, os
paramentos serão retirados somente fora do T.∙..
Nenhum Obreiro poderá retirar-se do T.∙. sem a devidapermissão
do V.∙.M.∙., solicitada através dos IIr.∙. VVig.∙., e antes de colocar
seu óbolo na Bolsa de Beneficência para o Tronco de
Solidariedade, e fazer o Juramento de Sigilo, quando a saída for
definitiva.

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A ORDEM DOS TRABALHOS

A Ordem dos Trabalhos, a ser rigorosamente observada,


é a seguinte:

01) Abertura Ritualística.

02) Leitura do Balaústre, seguida de Observações, conclusões


do Orad e votação.

03) Leitura do Expediente, a que o VM.., dará o destino


conveniente, sem qualquer discussão.

04) Entrada de Visitantes e Autoridades Maçônicas.

05) Entrada do Pavilhão Nacional (nas Sessões Magnas).

06) Circulação da Bolsa de PPro... e IInf....

07) Ordem do Dia, previamente organizada pelo VM


auxiliado pelo Secr.Inicialmente, serão apreciadas as
propostas, informações e os assuntos pendentes, que
necessariamente envolvam os CComp.
Em seguida, serão feitas as Iniciações.
Não havendo Cerimônia de Elevação a ser realizada, será
dada uma Instrução do grau de Comp

08) Circulação da bolsa de beneficência para o Tronco de


Solidariedade.

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09) Saudação aos Visitantes, pelo Orad.

10) Palavra à bem da ordem em geral e do Quadro em


particular ou, em se tratando de Sessão Magna, Palavra sobre
o Ato realizado.

11) Saudação ao Pavilhão Nacional (nas Sessões Magnas).

12) Saída do Pavilhão Nacional (nas Sessões Magnas).

13) Saída das Autoridades Maçônicas (se a Cadeia de União


formar-se, devem, também, sair os Visitantes).

14) Cadeia de União.

15) Encerramento Ritualístico.

Durante os trabalhos, somente poderão falar sentados: as


LLuz, os MM II, (desde que revestidos de suas insígnias
e não ocupando cargos), o Orad ao fazer as conclusões;
Secr ao ler o Balaústre e o Expediente. Os demais OObr
falarão sempre de pé e à ordem

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(Terminada a entrada, todos, em seus lugares, ficam em pé sem estar à ordem. O M de CCer verifica se
todos os lugares estão preenchidos e comunica ao Ven M - “Os lugares estão preenchidos Ven Mestre”)

VM ⎯ (*) ⎯ (Todos sentam) (Pausa)


⎯ Ir 1º Vig, qual o vosso dever em Loja?
1º VIG ⎯ Certificar-me se o Templo está a coberto, Ven
Mestre.
VM  ⎯ Cumpri vosso dever, meu Ir.
1º VIG ⎯ Ir G do T, estamos a coberto?

(O G do T entreabre a porta, verifica se o Cobr está a postos. Fecha a porta e nela dá a B do Gr que é
repetida pelo Cobr- Em face da inexistência do Cobridor Externo deverá o GT, no momento de fechar a
porta, quando da entrada, verificar a existência ou não de irmãos retardatários, tendo feito isto, apenas - diz)

G DO T ⎯ Ir 1º Vig, o Templo está devidamente a coberto.


1º VIG ⎯ Ven Mestre, o Templo está a coberto, podemos dar
começo aos nossos trabalhos.
VM  ⎯ IIr 1º e 2º VVig, verificai se todos os presentes são
Companheiros-Maçons.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, IIr de minha Col.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, IIr de minha Col.

(Terminada a verificação)

2º VIG ⎯ Ao Sul, todos os OObr são Companheiros-Maçons,


Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Em ambas as CCol só se encontram Companheiros-
Maçons, Ven Mestre.
VM  ⎯ (*) ⎯ (Todos os que se encontram no Or levantam-see
ficam à ordem) ⎯ Também os do Oriente.
VM  ⎯ Desde que a Loja está justa e perfeita, vamos proceder a
abertura dos trabalhos.
⎯ Sentai-vos, meus IIr.
⎯ Ir Orad, que se torna preciso para a abertura dos trabalhos?
ORAD ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ Que estejam
presentes, no mínimo, sete Irmãos, dos quais pelo menos três Mestres e que
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todos estejam revestidos de suas insígnias.
VM  ⎯ Ir Chanc, há número legal?
CHANC ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ Sim, Ven M.
VM  ⎯ Ir M de CCer, a Loja está composta?
M DE CCER ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ Sim,
Ven M, os cargos estão preenchidos e todos os presentes se acham
revestidos conforme o uso da Loja.
VM  ⎯ Ir 2º Diác, qual o vosso lugar em Loja?
2º DIÁC ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ À direita do Ir
1º Vig para transmitir as suas ordens ao Ir 2º Vig e ver se os
IIr se conservam nas CCol com o devido respeito e disciplina (saúda
e senta-se).
VM  ⎯ Ir 1º Diác, qual o vosso lugar em Loja?
1º DIÁC ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ À vossa direita
e abaixo do sólio, para transmitir vossas ordens a todas as dignidades e
Oficiais, a fim de que os trabalhos se executem com prontidão e
regularidade.
VM  ⎯ Onde tem assento o Ir 2º Vig?
1º DIÁC ⎯ Ao Sul, Ven Mestre (saúda e senta-se).
VM  ⎯ Para que ocupais esse lugar, Ir 2º Vig?
2º VIG ⎯ Para melhor observar o Sol e seu meridiano, chamar os
obreiros para o trabalho a mandá-los à recreação, a fim de que os
nossos labores prossigam com a devida ordem e exatidão.
VM ⎯ Onde fica o Ir 1º Vig?
2º VIG ⎯ No Ocidente, Ven Mestre.
VM ⎯ Para que ocupais esse lugar, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ Assim como o Sol se oculta no Oc para terminar o dia,
aqui tenho assento para fechar a Loja, pagar os Obreiros edespedi-
los alegres e satisfeitos.
VM ⎯ Onde tem assento o Ven Mestre?
1º VIG ⎯ No Oriente.
VM  ⎯ Para que, meu Ir?
1º VIG ⎯ Assim como o Sol nasce no Oriente para fazer a sua
carreira e iniciar o dia, aí se assenta o Ven Mestre para abrir a

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Loja, dirigi-la em seus trabalhos e esclarecer os Obreiros com as
luzes de sua sabedoria.
VM ⎯ Para que nos reunimos aqui, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ Para promover o bem estar da Humanidade
levantando templos à Virtude e cavando masmorras ao vício.
VEN ⎯ Ir 1º Vig, sois Companheiro Maçom?
1º VIG ⎯ E V a E F. Podeis assegurar-vos disso,
examinando-me.
VM ⎯ Com que instrumento de arquitetura deve ser feito o
exame, Ir 2º Vig?
2º VIG ⎯ Com o E, Ven Mestre.
VM ⎯ Que é um E, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ Um ângulo de 90º ou a Quarta parte do círculo.
VM ⎯ Quais as horas destinadas aos trabalhos de
Companheiro Maçom?
1º VIG ⎯ Do meio-dia à meia-noite.
VM ⎯ Que horas são, Ir 2º Vig?
2º VIG ⎯ O Sol está no zênite, é meio-dia; podemos dar começo
aos nossos trabalhos.
VM ⎯ (***-**). 1º
VIG ⎯ (***-**).
2º VIG⎯ (***-**).
VM ⎯ (*) ⎯ (Descobre-se)

(Todos ficam em pé . O Ir 1º Diác sobe os degraus pelo lado


direito do Trono, saúda o Ven Mestre, dele recebe a P S,
em sílabas em cada ouvido, começando pelo esquerdo e a leva
ao 1º Vig, que, com as mesmas formalidades, a transmite, por
intermédio do 2º Diác, ao 2º Vig)

2º VIG ⎯ (Depois de recebida a P S) ⎯ Tudo está justo e


perfeito em minha Col, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol, Ven
Mestre.
VM ⎯ Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos à
abertura de seus trabalhos, invocando o auxílio do G A D U.
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⎯ Ir M de CCer, queira convidar o Ir Orad para a abertura
do L da L.
VM.´. – A Ordem no segundo Grau !
M CCer ⎯ Ir Orador, por determinação do Ven Mestre, vos
convido a abrir o L da L.

(Neste momento o Orador vai postar-se junto ao Altar dos JJur,


acompanhado do M de CCer, que ficará do lado Norte do altar. Os
DDiác, indo o 1º para o lado Norte do altare o 2º para o lado Sul, cruzam
seus bastões sobre o Altar pelas pontas ao alto. Depois de saudar o Delta, o
Orador abre o L da L na parte apropriada (Amós VII: 7 e 8)

'Assim me fez ver: Eis que o Senhor estava de pé sobre um muro e


tinha em sua mão um fio de prumo. E Iaweh me disse: Que vês,
Amós? Eu disse: 'Um fio de prumo'. O Senhor disse: 'Eis que vou
pôr um fio de prumo no meio do meu povo, Israel, não tornarei a
perdoá-lo'.
e, depois de lê-lo, com o livro em mãos, deposita-o sobre o Altar dos
Juramentos e sobrepõe-lhe o Compasso com as pontas voltadas para o
Oc,entrelaçado o Esquadro, ficando o ramo deste do lado Sul por cima e
do lado Norte por baixo das pernas do Compasso, e à ordem, aguarda a
prece, a saudação, a bateria e a aclamação para depois voltar ao seu
lugar)

2.1 - Prece

VM  ⎯ Graças Te rendemos, GRANDE ARQUITETO DO


UNIVERSO, porque, por Tua bondade e misericórdia, nos tem sido
possível vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho para
nos reunirmos aqui, em Teu nome e prosseguirmos em nosso labor.
Faze, Senhor, que nossos corações e inteligências sejam, sempre,
iluminados pela luz que vem do alto e que, fortificados por teu amor e
bondade, possamos compreender que, para nosso trabalho ser coroado de
êxito, necessário é que, em nossas deliberações, subjuguemos paixões e
intransigências à fiel obediência dos sublimes princípios da Fraternidade, a
fim de que nossa Loja possa ser o reflexo da Ordem e da Beleza que
resplandecem em Teu trono.

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⎯ (*) ⎯ À G D G A D U e em honra a São João,
nosso Padroeiro, e em virtude dos poderes de que estou investido,
declaro aberta, no grau de Companheiro Maçom, a Aug e Resp
Loja Simb (...................................................) e os seus trabalhos em
plena força e vigor, dentro das leis que nos regem.

⎯ (*) ⎯ A mim, meus IIr, pela saudação, pela bateria e pela


aclamação.

TODOS (Após refazer o sinal) ⎯ HUZZÉ! ⎯ HUZZÉ! ⎯ HUZZÉ!

(Os que se acham junto ao Altar dos Juramentos, depois de o


oficiante saudar o Delta, voltam aos seus lugares. O 2º Diác, de
passagem, abre o Painel da Loja)

VEN ⎯ (*) ⎯ Sentai-vos, meus IIr.

LEITURA DO BALAÚSTRE E DO
EXPEDIENTE

VM ⎯ Ir Secr, tende a bondade de nos dar


conhecimento do Balaústre de nossos últimos trabalhos.
⎯ (*) ⎯ Atenção, meus IIr.

(Depois de finda a leitura do Balaústre):

VM ⎯ Meus IIr se tendes alguma observação a fazer sobre a


redação do Balaústre que acaba de ser lido, a palavra vos é concedida.

(Se alguém tiver de fazer observação, após a fala do VM e


independente de ordem, pedirá a palavra ao respectivo Vig de
sua Coluna. Reinando silêncio, os VVig anunciam)

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2º VIG ⎯ Ir 1º Vig, reina silêncio na Col do Sul.
1º VIG ⎯ Ven M, reina silêncio em ambas as CCol.

(Reinando silêncio nas Colunas e no Oriente considera-se aprovado o


Balaústre – Havendo observações será solicitada as conclusões do
Orad)

VM ⎯ Ir Orador, dai-me vossas conclusões.


ORADOR ⎯ ..........
VM ⎯ Os Ir que aprovam a redação do Balaústre que acaba de
ser lido, com as alterações propostas, queiram fazer o sinal. (caso
tenha observações, acrescentará: com as observações do(s) Ir
............................. )

(Feita a verificação pelo M de CCer, o Ven anuncia


diretamente o resultado à Loja. O 1º Diác vai a mesa do Secr
toma o livro de atas e leva-o à assinatura do Ven e do Orad,
depois do que restitui ao Secr, que o assinará)

VM ⎯ Ir Secr há expediente? (Em caso afirmativo)


⎯ Então tendes a bondade de proceder a sua leitura.
⎯ (*) ⎯ Atenção meus Irmãos.

(Segue-se a leitura do expediente, a que o Ven, sem submeter à apreciação da Loja, dará o destino
conveniente. Havendo decretos ou atos do Grão-Mestre, estes serão lidos pelo Orad, estando todos os
presentes em pé e à ordem. Finda a leitura, circula a Bolsa de PProp e IInf, a cuja coleta, depois de
decifrada, o Ven dará o destino devido)

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BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas Colunas, como


anuncio no Or, que vai circular a Bolsa de Propostas e Informações.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do
Ven M, eu vos anuncio que vai circular a Bolsa de Propostas e
Informações.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte
do Ven M, eu vos anuncio que vai circular a Bolsa de Propostas e
Informações.

(O M de CCER coloca-se entre CCol)

VM ⎯ Ir M de CCer, cumpri o vosso dever.

(O M de CCer cumpre o giro, em ordem hierárquica, a partir do


VM  M. Se o Grão-Mestre e/ou o Grão-Mestre Adjunto estiverem
presentes, serão, na respectiva ordem, os primeiros. A seguir, os 1º e 2º
VVig, respeitando o giro, fechando o primeiro triângulo. Depois
voltando ao Oriente, o Orad, os irmãos ao seu lado, os irmãos ao lado
do Secr, e por último o Secr, indo após à Coluna do Sul, o G T,
fechando o segundo triângulo. Após o M H, Exp, 2º Diác,
Mestres do lado Norte, Tes, Hosp, Chanc, Mestres do lado Sul,
CComp. Por último, o próprio M de CCer entrega a Bolsa ao
G do T, coloca sua proposta e, retomando a Bolsa, coloca-se entre
Colunas)

VM ⎯ Ir M de CCer, dirigi-vos a este Altar. IIr Orad e


Secr, vinde comigo conferir o conteúdo da Bolsa de Propostas e
Informações.
(Se não houver conteúdo): ⎯ Meus IIr, eu vos comunico que a
Bolsa de Propostas e Informações colheu apenas os bons fluídos dos IIr
presentes.
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(Se houver conteúdo): ⎯ Meus IIr, eu vos comunico que a Bolsa
de Propostas e Informações colheu, além dos bons fluídos de todos os IIr,
.... CCol gravadas, que passo a decifrar.

ORDEM DO DIA

VM ⎯ (*) ⎯ Está aberta a Ordem do Dia.


⎯ Ir Secret há Ordem do Dia pré-agendada?
SECR ⎯ ..........

(Será realizada com os assuntos indicados nos itens 6 e 7 do Capítulo


11, da página ..... do Ritual de Aprendiz. Os trabalhos continuam em
sessão ordinária, para o Ritual de Elevação - página ..... Quando houver
necessidade de circulação da palavra para manifestação dos OObr
esta será concedida diretamente pelo VM às CCol, precedida por
um golpe de malhete, cujo anúncio de silêncio será feito pelos VVig
após golpe de malhete, e Or, como no exemplo abaixo. O Ir que
desejar fazer uso da palavra pedira diretamente ao Vig de sua Col,
batendo a palma da mão direita sobre a mão esquerda, aguardando a
autorização. No Or o pedido será feito diretamente ao VenM. -
Encerrada a OD circula o TS)

VM ⎯ Meus IIr se tenhais alguma complementação a fazer sobre a


P de Arquit que acaba de ser lida, a palavra vos será concedida.
⎯ (*) ⎯ A palavra está na Col do Sul.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ Reina silêncio na Col do Sul, Ven M.
VM ⎯ (*) ⎯ A palavra está na Col do Norte.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ Reina silêncio em ambas as CCol, Ven M.
VM ⎯ (*) ⎯ A palavra está no Or.

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(Não havendo outros assuntos a serem tratados na Ordem do Dia, esta
deve ser encerrada)

VM ⎯ (*) ⎯ Está encerrada a Ordem do Dia.

TRONCO DE SOLIDARIEDADE
VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º Vig, anunciai em vossas Colunas, como
anuncio no Oriente, que vai circular o Tronco de Solidariedade.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do Ven
M, eu vos anuncio que vai circular o Tronco de Solidariedade.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte do
Ven M, eu vos anuncio que vai circular o Tronco de Solidariedade.

(O Hosp coloca-se entre CCol)

VM ⎯ Ir Hosp, cumpri o vosso dever.

(O Hosp cumpre o giro, em ordem hierárquica, da mesma forma


como circulou o M de CCer. Por último, o próprio Hosp entrega
o Tronco de Solidariedade ao G do T, coloca sua dádiva, e
retomando o Tronco, coloca-se entre Colunas)

VM ⎯ Ir Hosp, dirigi-vos à mesa do Ir Orador para com ele
conferir o conteúdo do Tronco de Solidariedade.

(O Orador, após a conferência, comunicará ao Ven M o total


arrecadado. O Ir Hosp retorna a seu lugar)

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VM ⎯ Meus IIr, eu vos anuncio que o Tronco de Solidariedade rendeu,
.... medalhas cunhadas e ... sestércios, que será creditado à Hospitalariae
debitado à Tesouraria.

SAUDAÇÃO AOS VISITANTES

VM  ⎯ (Se houver visitantes) ⎯ Ir Orad, eu vos concedo a palavrapara


fazer a saudação ao(s) Irmão(s) Visitante(s).
ORAD ⎯ (Levantando e ficando à Ordem) ..........

PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO


QUADRO EM PARTICULAR

(Havendo visitante a palavra somente será concedida a Bem da Ordem


em Geral)

VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como


eu anuncio no Or, que concederei a Palavra a bem da Ordem em geral e
do Quadro em particular, aos IIr que dela queiram fazer uso.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do
Ven M, eu vos anuncio que a Palavra será concedida a bem da Ordem
em geral e do Quadro em particular, aos IIr que dela queiram fazer uso.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte
do Ven M, eu vos anuncio que a Palavra será concedida a bem da
Ordem em geral e do Quadro em particular, aos IIr que dela queiram
fazer uso. (Pausa)
⎯ Está anunciado na Col do Sul, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Está anunciado em ambas as CCol, Ven M.

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(Feito o anúncio, a palavra passa pelas CCol e pelo Or, por anúncio
do V M, precedido por um golpe de malhete, cujo anúncio de
silêncio será feito pelos VVig após golpe de malhete)

VM ⎯ (*) ⎯ A palavra está na Col do Sul.


2º VIG ⎯ (*) ⎯ Reina silêncio na Col do Sul, Ven M.
VM ⎯ (*) ⎯ A palavra está na Col do Norte.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ Reina silêncio em ambas as CCol, Ven M.
VM ⎯ (*) ⎯ A palavra está no Or.

(Após, o Ven M concede a palavra ao Ir Orad para as


conclusões. O Orador não deve fazer um resumo da reunião para fazer
a sua conclusão, a qual deve ser feita de forma sucinta)

VM ⎯ Ir Orad tendes a palavra para as vossas conclusões.


ORAD ⎯ Ven Mestre, os trabalhos transcorreram de forma Justa e
Perfeita e podem ser encerrados.

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

VM ⎯ (*) ⎯ Irmãos 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como


eu anuncio no Oriente, que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de
Companheiros-Maçons.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte
do Ven M, eu vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loja
de Companheiros-Maçons.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte
do Ven M, eu vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loja
de Companheiros-Maçons.
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VM ⎯ Ir 2º Diácono, qual é vosso lugar em Loja?
2º DIÁC ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ À direita do Ir
1º Vig, para transmitir suas ordens ao Ir 2º Vig e ver se todos os
Obreiros se conservam nas CCol com o devido respeito e ordem.
VM ⎯ Onde tem assento o Ir 1º Diác?
2º DIÁC ⎯ À vossa direita e abaixo do sólio, Ven Mestre
(saúda e senta-se).
VM ⎯ Para que ocupais esse lugar, Ir 1º Diác?
1º DIÁC ⎯ (Levantando-se e ficando à ordem) ⎯ Para transmitir
vossas ordens a todas as Dignidades e Oficiais, a fim de que os
trabalhos se executem com prontidão.
VM ⎯ Onde tem assento o Ir 2º Vig?
1º DIÁC ⎯ Ao Sul (saúda e senta-se).
VM ⎯ Para que ocupais esse lugar, Ir 2º Vig?
2º VIG ⎯ Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar
os Obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os
labores prossigam com ordem e exatidão.
VM ⎯ Onde tem assento o Ir 1º Vig?
2º VIG ⎯ No Ocidente, Ven Mestre.
VM ⎯ Para que, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ Assim, como o Sol se oculta no Oc para terminar o
dia, aqui tenho assento para fechar a Loja, pagar os Obreiros e
despedi-los contentes e satisfeitos.
VM ⎯ E os Obreiros estão satisfeitos?

(Todos batem com a palma da mão direita no avental – três vezes,


menos as luzes)

1º VIG ⎯ Eles o afirmam em ambas as CCol, Ven Mestre.


VM ⎯ Que idade tendes, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ (Dá a idade).
VM ⎯ A que horas é permitido ao Companheiro Maçom deixar o
trabalho?
1º VIG ⎯ À meia-noite, Ven Mestre.
VM ⎯ Que horas são, Ir 2º Vig?

26
2º VIG ⎯ Meia-noite em ponto, Ven Mestre.
VM ⎯ (***-**). 1º
VIG ⎯ (***-**).
2º VIG ⎯ (***-**).
VM ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, meus IIr..
(O Ven M se descobre e com a mesma formalidade da abertura transmite a P S)

2º VIG ⎯ (Depois de recebida a P S) ⎯ Tudo está justo e


perfeito em minha Col, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol, Ven
Mestre.
VM ⎯ Ir M de CCer, queira convidar o Ir Orad para fechar o
L da L.

(Os IIr que foram abrir o L da L vão, com as mesmas formalidades da abertura, postar-se junto ao Altar
dos Juramentos)

VM ⎯ (*) ⎯ Pois que tudo está justo e perfeito, Ir 1º Vig, tendes
minha permissão para fechar a Loja.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ Em nome do G A D U e de São João, nosso
padroeiro, está fechada esta Loja de Companheiro Maçom. ⎯ (*) ⎯
(Neste momento é fechado o L da L).
VM ⎯ (*) ⎯ A mim, meus IIr, pelo sinal, pela bateria e aclamação.
TODOS ⎯ (Depois de refeito o sinal) ⎯ HUZZÉ! HUZZÉ! HUZZÉ!

(Os IIr que se acham junto ao Altar dos Juramentos, depois de


o oficiante saudar o Delta, voltam aos seus lugares. O 2º Diác, de
passagem, fecha o Painel da Loja. - O Ven M cobre-se)

VM ⎯ Meus IIr, os trabalhos estão encerrados e a Loja de


CComp fechada. Antes, porém, de nos separarmos, juremos o mais
profundo silêncio sobre tudo o que aqui se passou.

27
TODOS ⎯ (Estendendo o braço direito para a frente) ⎯ Eu o juro!
VM  ⎯ Retirai-vos em Paz meus Irmãos.

(Se houver de circular a P Sem, forma-se a Cadeia de União,


depois todos voltam a seus lugares e, em seguida, realiza-se a
saída. O M de CCer, postando-se do lado sul próximo a
Coluna J, convida o Ven M para sair, após os VVig, e na
sequência, em ordem inversa à da entrada, os demais irmãos.
Durante a saída, o órgão executa uma marcha lenta, que poderá
ser acompanhada pelos IIr com um cântico apropriado.
Terminada a saída o G do T apaga as luzes e fecha a porta)

TRANSFORMAÇÃO DOS TRABALHOS DE LOJA DE


APRENDIZ PARA OS DE COMPANHEIRO MAÇOM

(Estando a Loja regularmente aberta no grau de Aprendiz-Maçom,


a transformação dos trabalhos para os do segundo grau obedecerá
sistematicamente o seguinte ritual)

VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como


eu anuncio no Or, que os trabalhos de Aprendiz-Maçom vão ser
suspensos para passarmos aos de Companheiro Maçom.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a Col do Norte, de ordem do
Ven Mestre, vos anuncio que vão ser suspensos os trabalhos de
Aprendiz-Maçom para passarmos aos de Companheiro Maçom. IIr
AApr, preparai-vos para cobrir o Templo.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Col do Sul, de ordem do
Ven Mestre, vos anuncio que os trabalhos de Aprendiz-Maçom vão ser
suspensos a fim de nos entregarmos aos de Companheiro Maçom.
⎯ Está anunciado em minha Coluna, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Está anunciado em ambas as CCol, Ven Mestre.
VM ⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, convidai os IIr Aprendizes a
cobrirem o Templo.

28
(O M de CCer faz os Aprendizes cobrirem o Templo com as
formalidades ritualísticas e volta a ocupar seu lugar)

M CCER ⎯ (Em pé e à ordem) ⎯ Ven Mestre, os nossos


IIr AApr já cobriram o Templo (saúda e senta-se).
VM ⎯ Ir 1º Vig, sois Companheiro Maçom?
1º VIG ⎯ E V a E F. Podeis assegurar-vos disso,
examinando-me.
VM ⎯ Com que instrumento de arquitetura deve ser feito o
exame, Ir 2º Vig?
2º VIG ⎯ Com o E, Ven Mestre.
VM ⎯ Que é um E, Ir 1º Vig?
1º VIG ⎯ Um ângulo de 90º ou a Quarta parte do círculo.
VM ⎯ Ir 1º Vig, como conheceis o segredo de Companheiro
Maçom examinai os IIr e depois reproduzi o S que fizeram.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, meus IIr, como
Companheiros-Maçons (depois de cumprida a ordem).
⎯ Ven Mestre, os IIr de ambas as Col provam ser
Companheiros-Maçons, fazendo este S (levanta-se e faz o S).
VM ⎯ Reconheço a sua exatidão. ⎯ (*).

(Os IIr que se acham no Or levantam-se e ficam à ordem


como Companheiros-Maçons)

VM ⎯ Também os IIr que ocupam o Or são Companheiros-


Maçons.
VEN ⎯ (***-**).
1º VIG ⎯ (***-**).
2º VIG ⎯ (***-**).

(O Ven M descobre-se. A P S é transmitida com o mesmo


cerimonial do grau de Aprendiz-Maçom)

2º VIG ⎯ (Depois de recebida a P S e acender a Estrela


Flamígera) ⎯ Tudo está justo e perfeito em minha Col, Ir 1º Vig.

29
1º VIG ⎯ Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol, Ven
Mestre.

(O Orador, com o cerimonial descrito no ritual de Aprendiz-


Maçom, vai abrir o L da L no ponto apropriado, faz a leitura
e sobrepõe-lhe o E e C)

VM ⎯ (*) ⎯ Em nome do G A D U e de São João, nosso


padroeiro, e em virtude dos poderes de que me acho investido,
declaro aberta esta Loja de Companheiro Maçom e os trabalhos em
plena força e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja tratado com
alegria e concórdia, sob os influxos dos sãos princípios da Moral e da
Razão.
⎯ (*) ⎯ A mim, meus IIr, pelo S e pela B.

(Todos executam. – O Ven Mestre cobre-se)

VM ⎯ Sentai-vos, meus IIr.

(Os IIr que se acham junto ao Altar dos Juramentos depois de


o oficiante saudar o Delta, voltam a seus lugares. O 2º Diácono,
de passagem, fecha o Painel da Loja de Aprendiz e abre o da Loja
de Companheiro. O Ven Mestre mandará o Secr proceder à
leitura do Bal que será posto à consideração da Loja e, depois
de aprovado, será assinado pelo Ven, Orador e Secr. Depois da
leitura do expediente e do giro da Bolsa de PProp e IInf entra-
se na Ordem do Dia, sempre com todas as formalidades)

30
VOLTA DOS TRABALHOS DE LOJA DE
COMPANHEIRO PARA OS DE APRENDIZ
MAÇOM

(Findo os motivos que levaram ao Ven Mestre a transformar os


trabalhos de Aprendiz em de Companheiro)

VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como


eu anuncio no Or, que os trabalhos da Loja de Companheiro
Maçom estão suspensos para voltarmos aos de Loja de Aprendiz-
Maçom.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a minha Col, de ordem do
Ven Mestre, vos anuncio que estão suspensos os trabalhos da Loja
de Companheiro Maçom e que vamos reencetar os de Loja de
Aprendiz-Maçom.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Col do Sul, eu vos
anuncio, de ordem do Ven Mestre, que estão suspensos os
trabalhos da Loja de Companheiro Maçom e vamos reencetar os de
Loja de Aprendiz-Maçom.
⎯ Está anunciado em minha Col, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Está anunciado em ambas as CCol, Ven Mestre.
VM ⎯ (***-**). 1º
VIG ⎯ (***-**).
2º VIG ⎯ (***-**).
VM ⎯ (*).

(Todos ficam em pé e à ordem. O V M descobre-se. Com as


formalidades da abertura, transmite-se a P S e, depois de
anunciado que tudo está justo e perfeito)

VM ⎯ (*) ⎯ Ir 1º Vig, estando tudo justo e perfeito, tendes a


minha permissão para fechar a Loja de Companheiro Maçom.

1º VIG ⎯ (*) ⎯ Em nome o G A D U e de São João, nosso


padroeiro, está fechada esta Loja de Companheiro Maçom. ⎯ (*).

31
(O L da L é fechado de acordo com o cerimonial descrito para
o grau de Aprendiz e apaga-se a Estrela Flamígera)

VM ⎯ (*) ⎯ A mim, meus IIr, pelo S e pela B.

(Todos executam e sentam-se e o Ven Mestre cobre-se. Os IIr


que se acham junto ao Altar dos Juramentos, depois de o oficiante
saudar o Delta, voltam a seus lugares. O 2º Diácono, de
passagem, fecha o Painel da Loja de Companheiro)

VM ⎯ Ir M de CCer, fazei os IIr Aprendizes-Maçons


entrarem.

(Cumprida a ordem, os AApr vão ocupar seus lugares)

VM ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como


eu anuncio no Or, que os trabalhos de Loja de Aprendiz- Maçom
tomaram força e vigor.
1º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que decorais a minha Col, de ordem do Ven
Mestre, eu vos anuncio que os trabalhos de Loja de Aprendiz- Maçom
tomaram força e vigor.
2º VIG ⎯ (*) ⎯ IIr que abrilhantais a Col do Sul, de ordem
do Ven Mestre, vos anuncio que os trabalhos de Loja de Aprendiz-
Maçom tomaram força e vigor.
⎯ Está anunciado em minha Col, Ir 1º Vig.
1º VIG ⎯ Está anunciado em ambas as CCol, Ven Mestre.
VM ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, meus IIr (descobre-se).

(O Orador, com as formalidades de abertura, vai abrir o L da L)

VM ⎯ (*) ⎯ Em nome do G A D U e de São João, nosso


padroeiro, os trabalhos de Aprendiz-Maçom estão reencetados com
força e vigor.
⎯ (*) ⎯ A mim, meus IIr, pelo S e pela B.

(Todos executam)
32
VM ⎯ (*) ⎯ Sentai-vos, meus IIr. (O Ven Mestre cobre-se)

(Os IIr que se acham junto ao Altar de Juramentos, depois do


oficiante saudar o Delta, voltam para seus lugares. O 2º Diácono
abre o Painel da Loja de Aprendiz-Maçom. Os trabalhos reencetam-
se do ponto em que foram interrompidos)

ELEVAÇÃO DE APRENDIZ A COMPANHEIRO

(Depois de regularmente abertos os trabalhos)

VM ⎯ (*) ⎯ Meus IIr, por sufrágio unânime, concordastes em


elevar ao Gr de Companheiro Maçom o Ir Aprendiz F ........... Se razões
em contrário não surgiram, até hoje, para modificar a vossa deliberação,
dizei-me se concordais em manter vosso consentimento.

(Se houver alguma objeção, esta, sem ser discutida, é imediatamente


submetida à votação da Loja, que resolverá por maioria de votos
presentes. Havendo suspensão de consentimento, os trabalhos de
elevação são suspensos, comunicando-se ao candidato que a sua
recepção foi adiada. Sendo mantida e reinando silêncio, anunciado
pelos VVig)

⎯ Ir Secr, a nosso Grande Oriente Maçônico do Brasil


enviou o(s) Placet de elevação desse(s) candidato(s)?
SECR ⎯ (Levantando e ficando a Ordem) ⎯ ..........
VM ⎯ Ir Exp, ide preparar o candidato e conduzi-o ao
Templo.

(O Exp sai, prepara o candidato, despindo-o de todos os metais e do paletó, abrindo-lhe a camisa para que o
peito fique descoberto. O candidato, segurando com a mão esquerda uma régua de 24 polegadas, que
descansará sobre o ombro esquerdo, e cingindo o avental de Aprendiz, é levado à porta do Templo, onde o
Exp bate como no primeiro grau)

33
G DO T ⎯ Ven Mestre, como Aprendiz-Maçom, batem à porta
do Templo.
VEN ⎯ Verificai quem assim bate.
G DO T ⎯ (Depois de feita a verificação) ⎯ É o Ir Exp
conduzindo o Apr F ............... , que deseja passar do nível ao prumo.
VM ⎯ Meus IIr, em regozijo ao Ir que, solícito em seus
trabalhos, aspira progredir nos conhecimentos de nossa Ordem,
empunhai vossas espadas e levantai-vos.
⎯ Ir G do T, dai ingresso ao Ir Aprendiz.

(Todos os IIr, em pé, mas sem estarem à ordem, voltam as


pontas das espadas para cima em direção ao Aprendiz, que
entra ficando entre CCol)

VM ⎯ Ir 1º Vig, o Ir que deseja passar do nível ao prumo


preencheu o seu tempo de trabalho? Estais satisfeito com sua conduta
e com seu aproveitamento?
1º VIG ⎯ Sim, Ven Mestre.
1º VIG ⎯ E os IIr desta Loja estão satisfeitos com ele e
continuam de acordo que passe a Companheiro Maçom?

(Todos os IIr volvem as espadas em direção ao Trono. A um -


(*) - do V M, todos embainham as espadas e sentam-se)

VM  ⎯ (Ao Aprendiz) ⎯ Meu Ir, nos tempos primitivos de


nossa Ordem, era preciso que o Aprendiz trabalhasse
ininterruptamente durante cinco anos para poder passar a
Companheiro. Hoje, não é graça que se vos faz, dando-nos essa
distinção em menor decurso de tempo. É que, aberto vossos olhos à
verdadeira luz, terminastes, revestido do avental de Aprendiz, vosso
trabalho material, tornando-vos digno de ser um verdadeiro obreiro
da inteligência. Ao ruído do malho, símbolo da força impulsionante
das atividades humanas, percebestes, pouco a pouco, que tudo, entre
nós, representa trabalho moral, cujos utensílios são símbolose cuja
aplicação se faz em nós mesmos. As instruções que recebestes vos
dão direito a que uma ponta do véu de nossos

34
mistérios se levante aos vossos olhos, ferindo a percepção de vosso
espírito. Digno deste aumento de salário, ides conhecer novos e mais
elevados símbolos de nossa Instituição.
1º VIG ⎯ Quando fostes recebido Maçom, submetemo-vos a provas
físicas que tinham por fim julgar o vosso caráter, a firmeza de vossa
resolução e, através de perguntas e de provas morais, procuramos
conhecer vossas qualidades de espírito e de caráter, a elevação de
vossos sentimentos e o grau de vossa instrução. Agora, ao passardes a
Companheiro, não sofrereis provas físicas. Tereis de viajar a fim de
compreender o sentido moral e simbólico do grau a que ides ser
elevado. As provas a que sereis submetido são apropriadas ao
desenvolvimento de vossas idéias e vos levarão ao estudo das coisas e
dos seres, para que possais chegar ao conhecimento dos homens e, o
que é mais importante, ao vosso próprio conhecimento.
Para que, das relações de interdependência de tudo que vos cerca,
chegueis ao domínio de vossos defeitos e de vossas paixões, é que
tendes de praticar viagens simbólicas que vos ensinarão a conduzir-vos
sabiamente e a instruir vossos IIr. Para poder, com segurança,
penetrar o espírito de nossa Instituição ides deixar o estudo dos
materiais de construção, próprio do Aprendiz, para procurar, na ciência
a sua interpretação moral e, principalmente, a espiritual. Daí o
procurarmos dar a todos os Companheiros uma idéia das ciências que
levam o homem a se dedicar à felicidade de seus semelhantes.
2º VIG ⎯ Vosso espírito está, hoje, mais esclarecido, mais apto à
compreensão de assuntos mais elevados.
A vida é a faculdade de resistir à morte; a inteligência é a função
ativa da alma, tanto quanto o sentimento e a vontade. Desta
engrenagem orgânico-espiritual nascem as faculdades de pensar, de
compreender, de agir; brotam as idéias, a memória e o raciocínio que
nos conduzem à perfectibilidade, isto é, ao engrandecimento daalma
pelos pensamentos e pela dedicação útil ao progresso e ao bem-estar
da Humanidade. Por essas faculdades o homem se torna superior aos
animais porque, da extensão de suas concepções, ele deduz que
maior e mais produtiva será a sua atividade quando aplicada ao bem-
estar geral.

35
Ides passar do número três ao número cinco; isto é, ides progredir
no caminho que vindes percorrendo. Cinco é um número misterioso
porque se compõe do binário, símbolo do que é falso e duplo, e do
ternário, cujo segredo conheceis. Cinco dá-nos a idéia da perfeição e
da imperfeição, da ordem e da desordem, da felicidade e da
infelicidade, da vida e da morte. Aos antigos, dava a idéia dos maus
princípios, lançando a perturbação no mundo, isto é, o binário
agindo sobre o ternário. Cinco lembra, também, os anos de
aprendizagem dos iniciados. Cinco, portanto, são as viagens exigidas
em vossa elevação a fim de que possais haurir uma sólida instrução
moral, capaz de vos convencer de que é preciso um trabalho duplo
para se conseguir a instrução e o saber necessários ao grau de
Companheiro, grau que vos conduzirá a mais vastos conhecimentos
dos mistérios de nossa Ordem.
VEN ⎯ Está, ainda, em vossas mãos a régua de 24 polegadas;
jamais vos esqueçais de sua significação simbólica! A desordem é a
lei da insânia. A régua é o símbolo da lei, da ordem e da inteligência,
a determinar a direção e a regular a aplicação de vossos estudos.
As viagens vos recordarão que o movimento é a vida e que, na Terra
e no espaço, tudo se move, tudo caminha. Os pratos de uma balança
perfeita devem oscilar, porque a imobilidade é a estagnação, é a
morte. (Pausa)
⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, substitui, nas mãos de nosso Ir, a régua
pelo Maço e pelo Cinzel.

(Depois de feita a substituição)

⎯ Ir Exp, fazei o candidato praticar a sua primeira


viagem.

[O Exp, acompanhando o candidato, fá-lo viajar pelo N, Or


(grade) e S, voltando para entre CCol)

EXP ⎯ Ven Mestre, o Apr fez a sua primeira viagem.

36
VM  ⎯ (Ao Aprendiz) ⎯ Meu Ir, esta primeira viagem simboliza o
primeiro ano de estudos que o iniciado deve aproveitar no
aperfeiçoamento e na prática de desbastar e polir a Pedra Bruta. Eis
porque estáveis armado do Maço e do Cinzel.
O Maço, emblema do trabalho e da força material, serve para
suprimir os obstáculos e as dificuldades. O Cinzel, símbolo da
escultura e da arquitetura, não poderia ter ação sem o concurso do
Maço.
Moralmente eles concorrem para o mesmo fim. O Maço é o emblema da
lógica, sem a qual não pode haver raciocínio e pela qual se pode conhecer
qualquer ciência, mas não pode dispensar o Cinzel que é a imagem frisante
dos argumentos da palavra, com os quais se destroem os sofismas do erro.
Assim, meu Ir, deveis, com o Maço da Vontade e com o Cinzel
da Moral, desbastar as asperezas que encontrardes em vosso caráter
para, uma vez polidas, apurar as qualidades de vossa alma na prática
das virtudes maçônicas. (Pausa)

(O M de CCer apanha com o candidato o Maço e o Cinzel)

⎯ Dai o S de Apr ao Ir 2º Vig. (Executa de entre CCol) 2º


VIG ⎯ (Depois de recebido o S) ⎯ Este sinal vos
recordará o juramento que prestastes de nunca revelar os segredos que
vos forem confiados.
VM  ⎯ Ele vos lembrará também que, como bom e verdadeiro
maçom, deveis preferir o risco de ser degolado, como São João
Batista, a violar as vossas promessas tornando-vos perjuro.
⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, substitui, nas mãos do Ir Apr, o Maço
e o Cinzel pela Régua e pelo Compasso.

(Depois de feita a substituição)

⎯ Ir Exp, fazei o Ir Apr praticar a sua Segunda


viagem.

(Terminada a viagem pelos mesmos caminhos da primeira)

37
EXP ⎯ Ven Mestre, o Ir Apr fez a sua Segunda viagem.
VM  ⎯ Esta Segunda viagem representa o segundo ano de estudos
do iniciado. Vós a fizestes com o Compasso e a Régua porque esses
instrumentos são o símbolo do aperfeiçoamento adquirido nas
ciências, nas artes e nas profissões liberais. Com eles, realmente,
suprimem-se todas as imperfeições nas artes e nas produções literárias.
O Compasso vos mostra o paralelismo das linhas traçadas com o auxílio
da Régua e vos descreve, com centros determinados e com vários raios,
círculos sem conta. Sob o ponto de vista intelectual, o Compasso simboliza
o pensamento nos diversos círculos que percorre. O maior ou menor
afastamento de suas pernas mostra-nos as diversas modalidades do
raciocínio, que, conforme as circunstâncias, podem ser absolutamente
precisas ou estreitas, sempre, porém, claras e positivas.
A Régua é mais precisamente o símbolo da perfeição. Sem ela a
indústria seria aventureira; as artes seriam defeituosas; as ciências
seriam sistemas incoerentes; a lógica e a retórica seriam caprichosas
e superficiais; as leis seriam arbitrárias e opressivas; a música seria
discordante; a filosofia, obscura metafísica; e as ciências perderiam
a clareza.
Da retidão da Moral e da Sabedoria, de onde emanam o Amor e a
Fé, ressaltam a perfeição individual e o conhecimento dos homens
pelos ensinamentos superiores, como da Justiça e da Sabedoria,
promanam os bons governos das nações. (Pausa)

(O M de CCer apanha com o candidato a Régua e o


Compasso)

⎯ Dai o T de Apr ao Ir 1º Vig. (Vai ao 1º Vig e executa,


após volta para entre CCol)
1º VIG ⎯ (Depois de recebido o T) ⎯ Este T vos dá o
direito de serdes admitido no Templo do Trabalho.
VM ⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, substitui, nas mãos do Ir
Apr, o Compasso pela Alavanca.

(Depois de feita a substituição)

38
⎯ Ir Exp, fazei o Apr praticar a sua terceira viagem.

(O Exp faz o Apr percorrer o mesmo caminho anterior eleva-


o para entre CCol)

EXP ⎯ Ven Mestre, está feita a terceira viagem.


VM ⎯ Passastes simbolicamente por vosso terceiro ano de
estudos, trabalhando com a Régua e a Alavanca.
A Alavanca, símbolo da força, serve para levantar os mais pesados
fardos. Em moral, ela representa a firmeza da alma, a coragem
inquebrantável do homem independente, bem como o poder
invencível que desenvolve o amor da liberdade nos homens
inteligentes. Sob o ponto de vista intelectual, a Alavanca exprime a
força do raciocínio, a segurança da lógica: é a imagem da filosofia,
cujos princípios invariáveis não permitem fantasia nem superstição.
É para evitar os funestos efeitos da força incalculável, representada
pela Alavanca, que a Régua a acompanha, mostrando-nos que, em
todas as circunstâncias, devemos usá-la na aplicação do poder. A
firmeza, a coragem, o respeito a si mesmoe a confiança em si próprio
são, pois, os atributos morais que, no terceiro ano de aprendizagem,
deve o Maçom incorporar ao seu caráter.
⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, substitui, nas mãos do Ir Apr, à
Alavanca pelo Esquadro.

(Depois de cumprida a ordem)

⎯ Ir Exp, fazei o Ir praticar a sua quarta viagem.

(Percorrido o mesmo caminho e voltando para entre CCol)

EXP ⎯ Ven Mestre, está feita a quarta viagem.


VM  ⎯ O Esquadro, que conduzistes na Quarta viagem, é, como
instrumento de construção, indispensável para dar forma regular a
toda a espécie de material. Representa, por seu ângulo reto, a
conduta irrepreensível que os homens devem manter na sociedade;

39
a retidão de suas ações e a eqüidade com que devem tratar os seus
semelhantes, por isso que o Esquadro, representando o cruzamento
de duas linhas que formam quatro ângulos iguais, traduz aigualdade
social que o G A D U estabeleceu entre os homens. Tem,
como a Alavanca, o seu sentido simbólico, pois, se sob o ponto de
vista científico, a sua igualdade e a sua retidão são aplicadas ao plano
e à execução de todos os trabalhos, sob o ponto de vista moral, ele
serve para corrigir as falhas e as desigualdades que se notam, muitas
vezes, no caráter humano. A Régua acompanha o Esquadro para dar,
a todos os trabalhos, a direção necessária, pois todo esforço mal
conduzido é esforço perdido. (Pausa)
⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, recebei do Ir Apr o Esquadro e a
Régua.

(Depois de cumprida a ordem).

⎯ Ir Exp, fazei o Ir Apr praticar a sua quinta viagem.

(O Apr nesta viagem nada conduz; o Exp, porém, mantém a


ponta de sua espada aplicada sobre o coração do candidato que,
com o index e o polegar da mão direita, a fixa. Voltando para
entre CCol)

EXP ⎯ Ven Mestre, está feita a última viagem.


VM ⎯ Esta viagem significa que, terminada a aprendizagem
material, condensada nas quatro viagens em que conduzistes
instrumentos de trabalho, aspirais alguma coisa além do que pode
ser percebido no plano físico do Apr, isto é, desejais elevar-vos
sobre a trivialidade dos fenômenos; quereis, enfim, aprender a
Verdade.
É esse o vosso trabalho como Companheiro Maçom; a transição
do plano físico ao plano espiritual.
Para isso, porém, são necessários muitos esforços. Segui ocaminho
que vos indicaremos e estudai para vos tornardes capaz de
conhecer os altos símbolos maçônicos. (Pausa)

40
VM ⎯ Pedi ao postulante a P S de Apr, Ir 2º Diác.
2º DIÁC ⎯ (Indo até o postulante) ⎯ Dai-me a P S.
POSTULANTE ⎯ Como Apr, não sei ler nem escrever, sei apenas
soletrar, por isso, N V-la PD S S ⎯ D-me A PL e V
D a S.
2º DIÁC ⎯ (Depois de recebida a Palavra) ⎯ A Pal está certa,
Ven Mestre.
VM ⎯ Esta P, significando estabilidade, firmeza, nos mostrao
dever que temos de manter a harmonia entre todos os membros da
Grande Família Maçônica.
⎯ (*) ⎯ Ir M de CCer, fazei o nosso Ir praticar o seu
último trabalho de Apr.

(O Exp volta a seu lugar. O M de CCer, depois de entregar o


Maço e o Cinzel ao candidato, leva-o ao 1º Vig, onde o faz dar a
bateria do Gr de Apr na Pedra Bruta. Voltando com o
candidato para entre CCol)

M DE CCER ⎯ Ven Mestre, o nosso Ir concluiu seu trabalho


de Apr.
VM  ⎯ (Para o candidato) ⎯ Meu Ir, contemplai (apontando
para o Delta) este Delta misterioso e nunca o afasteis de vosso
espírito. Ele, além de ser o emblema do Gênio que conduz o homem
à prática das nobres ações, é também o símbolo do fogo sagrado que
nos legou o Grande Arquiteto do Universo e sob cujos raios devemos
discernir, amar e praticar a Virtude, a Justiça e a Eqüidade. Essa
Estrela resplandecente de luz, dominando esta Loja, vos mostra
duas grandes verdades e duas sublimes idéias. A letra Iod, em nossa
língua G, representa o nome do Criador incriado, Auto-Divino e,
também, a Geometria que é a ciência das linhas e dos pontos, da
construção, enfim. À sua vista, deveis compenetrar-vos de que algo
há de verdadeiro que escapa às nossas faculdades e que essa
verdade se realiza no plano diferentee muito mais elevado que o
plano físico do Apr. Para atingirdes esse plano, que uns
denominam astral e outro espiritual, é que pusestes, hoje, pela
primeira vez, os olhos na Estrela Flamígera.
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Iniciastes, hoje, a ascensão da Escada de Jacó, pondo os pés no
primeiro degrau que é o simbolizado pelo pressentimento de que,
com a vossa Elevação, adquiristes forças outras além das físicas.
As cinco viagens que praticastes significam, sob um outro prisma,
os cinco sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição), porque eles
são os mais fiéis companheiros do homem sempre prontos a dar- lhe
os melhores conselhos.
Se os instrumentos que conduzistes nessas viagens vos incutiram
idéias de ciência, de estudo e de ensinamentos que os antigos
usavam nos cinco anos de trabalho, sob o ponto de vista moral,
vossos trabalhos são resumidos, pela Maçonaria, na seguinte
máxima: “Praticai a Virtude”.
Em nossa sublime Ordem, praticar a Virtude é ser tolerante com as
opiniões alheias; liberal para os indigentes; é socorrer os que
estiverem em perigo, apontando a verdade aos que erram; é curar os
que sofrem, consolando os aflitos; é instruir os ignorantes, tudo,
porém, sem visar a menor recompensa. Praticando todas essas
coisas, sereis virtuoso e tereis trabalhado como verdadeiro Maçom.
Continuai, pois, no caminho, estudando e perseverando na Virtude,
cultivando o dever e a honra para que, um dia, chegueis a refletir a
Verdadeira Luz sobre os nossos IIr, como, hoje, o faço sobre vós.
(Pausa)
⎯ (*) ⎯ Ir M de Cer, conduzi o Ir Apr ao 2º Vig para
que lhe ensine a dar os passos de Companheiro Maçom e, depois,
fazei-o ajoelhar-se conforme nossos usos, ante o Altar dos
Juramentos.

(O 2º Vig, saindo de seu lugar vai entre CCol, ensina ao


candidato os passos de Companheiro. Terminados os passos, o
2º Vig volta para seu lugar e o M de CCer faz o candidato
ajoelhar-se com o J D, a P E formando um E, a M D
sobre o L da L, na M E o C, do qual uma das P
descansa sobre o coração)

42
VM  ⎯ (Descobrindo-se) ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, meus IIr, para
recebermos o juramento do novo Companheiro. (Ao candidato) ⎯
Meu Ir, repeti comigo o vosso juramento:
“EU, F .........., JURO E PROMETO NUNCA REVELAR AOS AAPR OS
SEGREDOS DE COMPANHEIRO M AÇOM QUE ME VÃO SER CONFIADOS. SE EU
FALTAR À MINHA PALAVRA, CONSINTO QUE ME SEJA A O C  PARA SERVIR
DE PASTO AOS ABUTRES, POR TER SIDO INCAPAZ DE GUARDAR UMA
PROMESSA FEITA, SEM O MENOR CONSTRANGIMENTO, PERANTE ESTA
ASSEMBLÉIA DE HOMENS DIGNOS E DA QUAL ME HONRO EM FAZER PARTE .
ASSIM DEUS ME AJUDE.”

TODOS ⎯ Assim seja!

(O V M descendo do Trono vai, com a espada, para frente do


candidato, estendendo-a por sobre a sua cabeça)
VM  ⎯ À G D G A D U e de São João, nosso Padroeiro,
em seu nome e em virtude dos poderes de que me acho investido em
nome do Grande Oriente Maçônico do Brasil, eu vos recebo e vos
constituo Companheiro Maçom do Rit Esc Ant e Ac (dá, sobre
a lâmina da espada, a bateria do grau; depois, tomando o
Companheiro pela mão direita, fá-lo levantar-se e, em seguida,
abaixa a abeta do avental. Havendo mais de um candidato este ato
deve ser feito com todos).
De hoje em diante, a vossa insígnia é o avental com a abeta
abaixada, porque isso significa que já trazeis na bolsa, que ela
representa, os instrumentos necessários aos trabalhos.
⎯ Sentai-vos, meus IIr.
(Entregando-lhe uma espada) ⎯ A espada é o símbolo da
lealdade e da honra. Entre guerreiros simboliza a força e o poder; entre
nós, porém, traduz, apenas, a igualdade dos Companheiros na tarefa
de defender a Lei e a Ordem contra os ataques à liberdade de
consciência. (Pausa)
Meu Ir, ides trabalhar na pedra cúbica e receber vosso salário
na Col do Sul. O vosso trabalho vos lembrará que um Companheiro
é destinado a reparar as imperfeições do edifício,

43
sendo tolerante com as faltas de seus IIr, mas corrigindo-os e dando-
lhes bons conselhos e melhores exemplos.
Agora, vou revelar-vos os mistérios do segundo grau, isto é, o S,
o T e as PP, de Companheiro Maçom.

(Seguem-se as explicações conforme consta do Cobridor do


Grau, fl. , terminadas as quais)

Recebei, meu Ir, o abraço fraternal que, por todos os Obreiros desta
Loja, cordialmente vos dou (abraça-o).
⎯ Ir M de CCer, conduzi o novo Companheiro ao Ir 2º Vig
para que, depois de reconhecê-lo pelo S, pelo T e pelas PP, lhe
ensine a trabalhar na pedra cúbica.

(O Ven volta ao Trono; o 2º Vig sai de seu lugar, trolha o


Companheiro que o M de CCer conduziu à sua frente, pelo S,
pelo T e pelas PP; depois fá-lo dar com o Maço e o Cinzel a
bateria do grau sobre a Pedra Cúbica. Findo o trabalho,o M de
CCer conduz o Companheiro para entre CCol)

2º VIG ⎯ (Depois de voltar para seu lugar) ⎯ (*) ⎯ Ven


Mestre, o Ir Companheiro deu a sua primeira lição na P C e está
entre CCol.
VM  ⎯ Convido os IIr a unirem-se a mim para aplaudirmos o
nosso Ir ............, que passou do Nível ao Prumo.
⎯ (Descobrindo-se) ⎯ (*) ⎯ Em pé e à ordem, meus IIr
(pausa). ⎯ A mim, meus IIr, pelo S, pela B e pela A.
TODOS ⎯ (Depois de dada a B e refeito o sinal) ⎯ Huzzé! Huzzé!
Huzzé!
⎯ (*) ⎯ Sentai-vos, meus IIr. (Pausa)
⎯ Ir M de CCer, convidai nosso Ir Comp a gravar na Tábua da
Loja o seu nome simbólico e, depois, conduzi-o à Sala dos PP PP, a
fim de se preparar convenientemente e reingressar no Templo, com as
formalidades devidas e, em seguida, fazei-o sentar-se no topo da Col do
Sul, onde passa a receber seu salário.

44
(Depois de cumprida a ordem)

VM  ⎯ (*) ⎯ IIr 1º e 2º VVig, ajudai-me a explicar ao novo Ir


Comp as deduções morais e filosóficas de sua iniciação. (Pausa)
1º VIG ⎯ A primeira viagem do Companheiro é um tecido de
meditações. Confiaram-vos a P B para que a desbastásseis de
suas imperfeições e lhe désseis a forma e as dimensões de vossa arte,
cujos fins devem ser penetrados por vosso pensamento. Se
souberdes apreender-lhe as sublimes sutilezas e vencer-lhe as
dificuldades, as asperezas da P B cairão aos golpes de vosso
Maço, como os frutos sazonados das árvores que os produziram.
Para que possais preencher as condições impostas pela primeira
viagem, é preciso que todas as vossas faculdades venham em vosso
auxílio. O estudo obriga vossos sentidos a uma ação exterior, a mais
essencial, no interesse de vossas faculdades intelectuais, isto porque os
sentidos, mal compreendidos ou mal governados, acarretam desvio do
espírito e desordem do coração.
O Maço, que vos colocaram nas mãos, simboliza a força que age sob
a direção do espírito, da sabedoria e da ciência; o Cinzel tem, na
simbologia do segundo grau, caráter eminentemente moral; é o agente
imediato do gênio, que aformoseia e aperfeiçoa o que é informe e
grosseiro.
2º VIG ⎯ Armado de Régua e de Compasso encetastes a segunda
viagem. Isto simboliza que vossa consciência é a réguamística, que
deve medir e alinhar vossas ações ante o grande princípio do bem
moral. Vossa razão é o Compasso da Justiça, que assegura o direito e
determina sua origem e legitimidade.
Concitando-vos a polir e repolir a pedra bruta, a Maçonaria não
quer que trabalheis cegamente e, nem mesmo, exercer, sobre vós, o
encanto de sua influência ou o império de sua autoridade; seu grande
desejo é que esse trabalho seja o fruto de vossa meditação e de vosso
próprio estudo; ela quer que, apoiado em vossa própria razão,
aprendais a repelir tudo quanto ela não aceitar.
Assim, só deveis avançar, na vida social, esclarecido pelos
princípios que a tornam honrosa e útil.
Dando-vos a Alavanca, emblema do poder que sustenta o fraco e

45
faz tremer o mau, a Maçonaria quis simbolizar a expressão da força
divina, da força moral, dessa força que resiste a tudo que é impuro
e corrupto, a tudo que é arbitrário ou tirânico, à superstição, aos vis
impostores, que se aproveitam da ignorância dos povos para torná-
los impotentes escravos de seus caprichos.
Assim, em pleno oceano da vida, em meio das vagas tempestuosas
das paixões, lembrai-vos que, ao serdes consagrado Comp, tivestes
em vossas mãos a Alavanca, talismã contra as tentações da inércia.
Revendo, então, vosso passado, tereis, ante vossos olhos, os
juramentos sagrados, que ligaram, aos nossos, vosso destino e que
farão com que os germens das virtudes, que a Maçonaria vos
inspirou, revivam em vosso coração, para que, retomando a Régua
Simbólica de vossa consciência, traceis o mais curto e o mais belo
caminho da vida útil e proveitosa e vos torneis digno filho de vossas
obras.
VM  ⎯ Esta sucinta explicação da terceira viagem e do
simbolismo de suas provas, dar-vos-á a certeza de que o
Companheiro não pode encontrar, fora da Maçonaria, outra Moral
mais pura, nem ensinamentos mais proveitosos. Quando,
desgraçadamente, vemos um infeliz Ir abandonar nossos Templos
para ir queimar incenso no altar da fortuna ou correr atrás da fumaça
enganadora da vaidade, devemos deplorar tais fraquezas que,
desonrando o homem, degradam a Humanidade.
Perseverante como é, e sua obra de regeneração e de salvação
social, em sua sábia previsão, a Maçonaria nada esqueceu para
assinalar os perigos da vida e, à beira de todos eles, coloca a flâmula
de aviso, para livrar seus adeptos.
A Maçonaria deu-nos os conhecimentos necessários ao
aperfeiçoamento de vossas obras, mas é, ainda, preciso o critério
para regular vossas ações pelo espírito da Justiça e da Verdade. O
saber sem critério é uma luz mortiça e, sem sacrifício, os atos
virtuosos são, muitas vezes, estéreis. Se tendes caráter caprichoso,
se agis por preferências ou ao contrário do que deveis fazer, se vosso
coração calcula seus desejos e afeições, vossos atos não terão,
jamais, eqüidade e retidão. O Bem não deve ser premeditado, mas
espontâneo; deve atuar, sempre proveitosamente, mas com
consciência de que se age sem ostentação nem preferências. Eis a
46
razão da máxima cristã: “Que a mão direita não saiba o que a
esquerda faz”.
1º VIG ⎯ A Maçonaria sintetizou o pensamento simbólico da
quarta viagem na Régua e no Esquadro, instrumentos que,
respectivamente, servem para verificar as dimensões das pedras e
medir-lhes as superfícies e os ângulos retos.
Então, os horizontes do vale começam a refletir os raios de luz; a
Estrela Flamejante vai aparecendo e, logo, a luz invadirá o Templo.
No percurso dessa viagem éreis a criança a quem o amor materno
acaba de ensinar os primeiros passos e que, jamais, afastará da
lembrança a imagem desse anjo tutelar.
Bem compreendido que o G A D U exige de vós novas
provas de zelo e sob os golpes fulminantes dos raios da maldade é
preciso avançar, avançar sempre, com denodo e coragem, para
alcançar o porto. Assim, como digno filho da Maçonaria, vos
entregareis ao estudo e ao trabalho, empregando vossas horas de
ócio em nutrir vosso coração com o espírito da solidariedade, que
Deus inspirou ao homem virtuoso. Dessa forma, chegareis à
perfeição moral e cumprireis a missão que vos compete, como
construtor social.
2º VIG ⎯ O simbolismo da quinta viagem vos mostra a nobre
aspiração que alenta vosso espírito. Subi, com passo firme, a escada
misteriosa de Jacó, no topo da qual divisareis a Estrela Flamejante, foco da
Verdadeira Luz.
De vós depende tornar-vos homem útil à Humanidade. A Liberdade,
tesouro social, alma da vida, princípio de nossa natureza, ou, melhor, da
natureza de todos os seres que possuem um instinto; a Liberdade que,
infelizmente, tanto é confundida com a licenciosidade, impõe ao homem
social deveres tão pesados que se os fracos e os ambiciosos pudessem
compreendê-los, jamais desejariam possui-la. E, no entanto, a liberdade é
necessária ao homem, como o Sol à Terra. A sabedoria humana esbarra
ante as dificuldades de usar a liberdade, sem negá-la a seus semelhantes. O
grande segredo de gozá-la, sem desordem, consiste na arte de vencer essas
dificuldades, e é isso que a Maçonaria vos ensina pelo simbolismo de vossa
passagem a Companheiro.
VM  ⎯ (Depois de pequena pausa) ⎯ Ir Orador, tendes a palavra.

47
ORADOR ⎯ (Se houver visitantes, saúda-os e, depois, lerá para o
Comp) ⎯ Meu Ir, em vossa iniciação de Apr fizestes três viagens,
por entre ruídos e tinir inquietante de espadas; depois, com auxílio de
vossos IIr, recebestes a Luz. Éreis a criança a aprender o catecismo, o
colegial a se embeber nos primeiros elementos da ciência sagrada.
Embora possuindo as primeiras noções do verdadeiro, do belo e do
sublime, não podíeis pôr em obra os materiais que víeis, porque suas
aplicações, suas relações íntimas, não vos eram conhecidas. Encontrastes,
em vossa Oficina, materiais diversos, esparsos e separados e, por isso, sem
relações de unidade ou de analogia. Ordenaram-vos que estudásseis sua
natureza e o emprego a que eram destinados. Depois de alguns estudos,
vossa aptidão ao trabalho desenvolveu-se e fostes julgado digno de
prosseguir o curso da hierarquia maçônica. Foi nessa disposição que viestes
passar a Companheiro.
Hoje, confiamo-vos a chave da ciência geométrica e as condições
necessárias ao trabalho do espírito, que, simbolicamente, vos permitirão
estabelecer um código de moral para o aperfeiçoamento de vossa alma, a
fim de que vossas ações, na vida, sejam consagradas à manutenção da
ordem social e à felicidade de vossos semelhantes.
A educação maçônica consubstancia-se no aperfeiçoamento da
Humanidade, pela liberdade de consciência, igualdade de direitos e
fraternidade universal.
Incentivando-vos a seguir os passos de vossos predecessores, a Maçonaria
não vos abandona nem vos deixa entregue às vossas próprias aspirações.
Pelo simbolismo das cinco viagens misteriosas ela colocou, diante de
vossos olhos, tudo que é necessário para empreender a grande jornada, que
encetastes, sob os raios da V L. Ela regulou a ordem dos trabalhos e
mostrou-vos a imensa distância em que nos achamos da perfeição, a fim de
que possais chegar, pela ciência e pela moral, ao grau de sabedoria com que
o gênio do Mestre começa a distender as asas para o vôo às regiões do
sublime.
Elevai-vos, meu Ir, à altura do pensamento que preside nossa
Instituição; servi à Humanidade, afastando-vos dos turbilhões das paixões
que agitam o mundo profano; ficai alheio às lutas das ambições, aos
tumultos e às querelas dos partidos; fugi do espírito acanhado de seita;
deixai que a obra do mal se esboroe e se extinga por sua própria nulidade;
pautai vossas ações pela virtude que todo maçom deve possuir; fazei-vos
48
amar pelo trabalho em prol da paz e da felicidade dos povos, e lembrai-vos
que os verdadeiros heróis não foram os que, à custa do sangue fraterno,
conquistaram palmos de terra, mas os que se dedicaram, de alma e coração,
ao bem-estar da Humanidade. Assim procedendo, tereis correspondido às
esperanças que a Maçonaria deposita em vós e cumprindo o dever que
nossa Sublime Instituição impõe àqueles que admite em seu seio.

(Terminada a leitura do Ir Orad, corre, com formalidade, o Tronco


de Solidariedade (pág. ... ) que é conferido pelo Orad e o resultado da
coleta anunciado, diretamente pelo Ven Mestre à Loja. Segue-se a
palavra sobre o ato (pág. ... ), depois do que serão encerrados os
trabalhos (pág. ...), com as formalidades ritualísticas)

PRIMEIRA INSTRUÇÃO

VM - ( ! ) - IIrVVig e Orad ajudai-me a explicar ao novo


IrComp as deduções morais e filosóficas de sua Iniciação
(pausa).

1º VIG - A primeira Viagem do IrCompanheiro é um tecido de


meditações, Confiaram-vos a Pedra Bruta para que a
desbastásseis de suas imperfeições e lhes désseis a forma e as
dimensões de vossa arte, cujos fins devem ser penetrados por
vosso pensamento. Se souberdes aprender-lhe as sublimes
sutilezas e vencer-lhe as dificuldades, as asperezas da Pedra
Bruta cairão aos golpes de vosso Maço, como os frutos
sazonados das árvores que os produziram.
Para que possais preencher as condições impostas pela Primeira
49
Viagem, é preciso que todas as vossas faculdades venham em
vosso auxílio, O estudo obriga vossos sentidos a uma ação
exterior a mais essencial, no interesse de vossas faculdades
intelectuais, isto porque os sentidos, mal compreendidos oumal
governados, acarretam desvio do espírito e desordem do
coração.
O Maço, que vos colocaram nas mãos, simboliza a força que age
sob a direção do espírito, da sabedoria e da ciência; o Cinzel tem,
na simbologia do Grau de Companheiro, caráter eminentemente
moral; é o agente imediato do gênio, que em beleza e aperfeiçoa
o que e informe e grosseiro.

2º VIG - Armado de Régua e de Compasso, encetastes a


Segunda Viagem. Isto simboliza que vossa consciência é a régua
mística, que deve medir e alinhar vossas ações, ante o grande
princípio do bem moral, Vossa razão é o Compasso da Justiça,
que assegura o direito e determina sua origem e legitimidade.
Concitando-vos a polir e repolir a Pedra Polida a Maçonaria não
quer que trabalheis cegamente e, nem mesmo, exercer, sobre
vós, o encanto de sua influência ou o império de sua autoridade;
seu grande desejo é que esse trabalho seja o fruto de vossa
meditação e de vosso próprio estudo; ela quer que, apoiado em
vossa razão, aprenda a repelir tudo quanto ela não aceitar,Assim,
só deveis avançar, na vida social, esclarecida pelos princípios que
a tornam honrosa e útil.
Dando-vos a Alavanca, emblema do poder que sustenta o fraco e
faz tremer o mau, a Maçonaria quis simbolizar a expressão da
força divina, da força moral, dessa força que resiste a tudo que
50
é impuro e corrupto, a tudo que é arbitrário ou tirânico, à
superstição, aos vis impostores, que se aproveitam da ignorância
dos povos para torná-los impotentes escravos deseus caprichos.
Assim, em pleno oceano da vida, em meio das vagas
tempestuosas das paixões, lembrai-vos que, ao serdes
consagrado Companheiro, tivestes em vossas mãos a Alavanca,
talismã contra as tentações da inércia. Revendo, então, vosso
passado, tereis, ante vossos olhos, os juramentos sagrados, que
ligaram, aos nossos, vosso destino e que farão com que os
germes das virtudes que a Maçonaria vos inspirou, revivam em
vosso coração, para que, retomando a Régua Simbólica de vossa
consciência, traceis o mais curto e o mais belo caminhoda vida
útil e proveitosa e vos torneis digno filho de vossas obras.

VM  - Esta sucinta explicação da Segunda e da Terceira Viagem


e do simbolismo de suas provas, dar-vos-á a certeza de que o
Companheiro não pode encontrar, fora da Maçonaria, outra
Moral mais pura, nem ensinamentos mais proveitosos. Quando,
desgraçadamente, vemos um infeliz Ir abandonar nossos
Templos para ir queimar incenso no altar da fortuna ou correr
atrás da fumaça enganadora da vaidade, devemos deplorar tais
fraquezas que, desonrando o Homem, degradam a Humanidade.
Perseverante, como é, em sua obra de regeneração e de salvação
social, a Maçonaria, em sua sábia previsão, nada esqueceu para
assinalar os perigos da vida e, à beira de todos

51
eles, coloca a flâmula de aviso para livrar seus adeptos.
A Maçonaria deu-vos os conhecimentos necessários ao
aperfeiçoamento de vossas obras, mas é, ainda, preciso o critério
para regular vossas ações pelo espírito da Justiça e da Verdade.
O saber sem critério é uma luz mortiça e, sem sacrifício, os atos
virtuosos são, muitas vezes, estéreis. Se tendes caráter
caprichoso; se agis por preferência ou ao contrário do que deveis
fazer; se vosso coração calcula seus desejos e afeições, vossos
atos não terão, jamais, eqüidade e retidão. O Bem não deve ser
premeditado, mas espontâneo; deve atuar, sempre
proveitosamente, mas com consciência de que se age sem
ostentação nem preferências. Eis a razão da máxima cristã: "Que
a mão direita não saiba o que a esquerda faz".

1º Vig - A Maçonaria sintetizou o pensamento simbólico da


Quarta Viagem na Régua e no Esquadro, instrumentos que,
respectivamente, servem para verificar as dimensões das pedras
a medir-Ihes as superfícies e os ângulos retos.
Então, os horizontes do vale começam a refletir os raios de luz;
a Estrela Flamejante vai aparecendo e, logo,a luz invadirá o
Templo. No percurso dessa viagem, éreis a criança a quem o
amor materno acaba de ensinar os primeiros passos e que,
jamais, afastará da lembrança à imagem desse anjo tutelar.
Bem compreendeis que o Grande Arquiteto do Universo exige de
vós novas provas de zelo e que por sobre o mar tempestuoso das
paixões e sob os golpes fulminantes dos raios da maldade, é
preciso avançar, avançar sempre com denodo e coragem, para

52
alcançar o porto. Assim, como digno filho da Maçonaria vos
entregareis ao estudo e ao trabalho, empregando vossas horas
de ócio em nutrir vosso coração com o espírito de solidariedade,
que Deus inspirou ao homem virtuoso. Dessa forma, chegareis à
perfeição moral e cumprireis a missão que vos compete como
construtor social.

2º VIG - O simbolismo da Quinta Viagem vos mostra a nobre


aspiração, que alenta vosso espírito, Subi, com passo firme, a
escada misteriosa de Jacó, no topo da qual divisareis a Estrela
Flamejante, foco da Verdadeira Luz.
De vós depende tornar-vos homem útil à humanidade. A
Liberdade, tesouro social, alma da vida, princípio de nossa
natureza, ou, melhor, da natureza de todos os seres que
possuem um instinto; a liberdade que, infelizmente, tanto é
confundida com a licenciosidade, impõe ao homem social
deveres tão pesados, que se os fracos e ambiciosos pudessem
compreendê-los, jamais desejariam possuí-la. E, no entanto, a
liberdade é necessária ao homem, como o sol a terra. A
sabedoria humana esbarra ante as dificuldades de usar a
liberdade, sem negá-la a seus semelhantes, O grande segredo
de gozá-la, sem desordem, consiste na arte de vencer essas
dificuldades e é isso que a Maçonaria vos ensina pelo simbolismo
de vossa passagem a Companheiro.

VM  - (Depois de pequena pausa) -Ir Orad tendes a


palavra.

53
ORAD - Meu Ir: em vossa Iniciação de Aprfizeste três
Viagens, por entre ruídos e tinir Inquietante de espadas depois,
com auxílio de vossos Irmãos, recebestes a Luz. Éreis a criança a
aprender o catecismo, os colegiais a se embeber nos primeiros
elementos da ciência sagrada.
Embora possuindo as primeiras noções do verdadeiro, do belo e
do sublime, não podíeis por em obra os materiais que víeis,
porque suas aplicações, suas relações intimas, não vos eram
conhecidas. Encontrastes, em vossa Loja, materiais diversos,
esparsos e separados e, por isso, sem relações de unidade ou de
analogia. Ordenaram vos que estudásseis sua natureza e o
emprego a quem eram destinados. Depois de alguns estudos,
vossa aptidão ao trabalho desenvolveu-se e fostes julgado digno
de prosseguir no curso da hierarquia maçônica. Foi nessa
disposição que viestes passar a Companheiro.
Hoje, confiamo-vos a chave da ciência geométrica e as condições
necessárias ao trabalho do espírito, que, simbolicamente, vos
permitirão estabelecer um código de moral para o
aperfeiçoamento de vossa alma, a fim de que vossas ações, na
vida, sejam consagradas à manutenção da ordem social e à
felicidade de vossos semelhantes.
A educação maçônica consubstancia-se no aperfeiçoamento da
Humanidade, pela liberdade de consciência, igualdade dedireitos
e fraternidade universal.
Incentivando-vos a seguir os passos de vossos predecessores, a
Maçonaria não vos abandona nem vos deixa entregue às vossas
próprias aspirações. Pelo simbolismo das cinco viagens
misteriosas, ela colocou diante de vossos olhos, tudo que é
54
necessário para empreender a grande jornada, que encetastes,
sob os raios da Verdadeira Luz. Ela regulou a ordem dos trabalhos
e mostrou-vos a imensa distancia em que nos achamos da
perfeição, a fim de que possais chegar, pela ciência e pela moral,
ao grau de sabedoria com que o gênio do M começa a
distender as asas para o vôo às regiões do sublime.
Elevai-vos, meu Ir, à altura do pensamento sublime que preside
nossa Instituição; servi à Humanidade, afastando-vos dos
turbilhões das paixões que agitam o mundo profano; ficai alheio
a lutas das ambições, aos tumultos e às querelas dos partidos;
fugi ao espírito acanhado de seita; deixai que a obrado mal se
esboroe e venha a se extinguir por sua própria nulidade; pautai
vossas ações pela virtude que todo Maçom deve possuir; fazei-
vos amar pelo trabalho em prol da paz e da felicidade dos povos
e lembrai-vos que os verdadeiros heróis não foram os que, à
custa do sangue fraterno, conquistaram palmos de terra, mas os
que se dedicaram, de alma e coração, ao bem-estar da
Humanidade. Assim procedendo, tereis correspondido às
esperanças que a Maçonaria deposita em vós e cumprido o dever
que nossa Sublime Instituição impõe àqueles que admite em seu
seio.

VM  - ( ! ) - Está terminada vossa Primeira Instrução.

55
SEGUNDA INSTRUÇÃO

VM  - ( ! ) - Vamos dar a Segunda Instrução do Grau, para que


nossos IIrCComp possam, na medida de seus
conhecimentos, concorrer para o progresso da Humanidade,que
é o fim principal de nossa Instituição.

- (aos Companheiros) - A Instrução de hoje se refere ao Painel


da Loja de Companheiro; isto é, ao traçado dos meios postos à
vossa disposição para que atinjais a perfeição exigida em vosso
trabalho.

Tendes a palavra, IrOrad. Atenção meus IIr!

ORAD - (lendo) - Meus Ir como vós todos sabeis foi


empregado um número imenso de Maçons na construção do
Templo de Salomão, Eram, na sua maior parte, Aprendizes e
Companheiros. Os Aprendizes recebiam seu salário,
semanalmente: uma ração de trigo, de vinho e azeite; os
Companheiros eram pagos em dinheiro.

VEN - Irmão Orador ao entrarem no Templo de Jerusalém, o


que prendia a atenção dos Companheiros?

ORAD - Sua atenção era particularmente despertada por duas


grandes Colunas: a da esquerda, denominada B significando
Força a da direita, chamada J com significado de Beleza em
alusão às palavras de Deus: "Na minha Força, Eu apoiarei
56
esta Minha Casa, a fim de que se mantenha para todo o
sempre", a altura dessas Colunas era de 35 côvados, a
circunferência 12 e o diâmetro de 4, Eram ocas, a fim de servirem
de arquivo para a Fraternidade, pois, dentro dela, depositavam-se
os registros constitucionais, Suas paredes tinham a espessura de 4
polegadas.
Essas Colunas foram feitas de bronze, nos terrenos argilosos das
margens do Jordão, entre Succoth e Zeredatha, onde Salomão
ordenou que fossem fundidos todos os vasos sagrados, sob a
direção de Hiram Abiff, Encimado as Colunas, viam-se capitéis
de 5 côvados de altura, cercados por delicadas ordens de malhas
entrelaçadas e ornados de lírios e romãs.
As malhas entrelaçadas, por sua conexão, simbolizavam
Unidade, União, Harmonia; por sua brancura, os lírios
simbolizavam Pureza e Inocência; as romãs pela exuberância de
suas sementes, Abundância e Fertilidade, Além disso, as Colunas
eram encimadas por duas esferas, Uma representando o mapa
do Globo Terrestre, e a outra a do Globo Celeste, ambas
assinalando a universabilidade da Maçonaria.

VM - Onde foram colocadas essas Colunas, Ir 1º.Vig?

1º VIG - Foram colocadas à entrada do Templo uma ao Norte e


outra ao Sul, como recordação aos filhos de Israel da coluna
milagrosa de fogo que os iluminou na fuga do cativeiro egípcio e
das nuvens que os ocultaram do Faraó e das tropas envidas para
capturá-los. Assim, quando entrassem no Templo, paracelebrar
o Culto Divino, eles teriam sempre diante dos olhos a
57
lembrança da redenção de seus antepassados. Depois de
passarem por entre essas duas Colunas nossos antigos Irmãos
chegavam ao pé de uma escada, em caracol, cuja ascensão lhes
era obstada pelo 1º Vig que lhes exigia o Toque, o Sinal e a
Palavra de Passe.

VM - Ir 2ºVig: que significado tem a Palavra de Passe ?

2º VIG - A Palavra de Passe, significa Abundância e está


representada, no Painel da Loja por uma espiga de trigo junto a
uma queda d'agua, sendo também o nome da Espiga na língua
hebraica. A palavra Sch tem sua origem simbólica (Juizes, Cap.
XII, Verso 5 e 6) na época em que um exército dos Efrainitas
atravessou o Rio Jordão para combater Jefté, famoso general
Galaadita, O pretexto dessa desavença foi não terem os
Efrainitas sido convidados a participar da honra da Guerra
Amonita; sua verdadeira causa, porém, foi à ambição pela
captura dos despojos de que, em conseqüência dessa guerra,
Jefté e seu exercito se tinham apoderado. Os Efrainitas, povo
turbulento e sedicioso, ansiavam pelo domínio das tribos de
Israel, não se conformando com as vitórias dos Galaaditas. Daí
juraram exterminá-los, Jefté tentou por todos os meios apaziguá-
los, vendo que isso era impossível, avançou com seu exército,
deu lhes combate colocando-os em fuga.
Para tornar decisiva sua vitória, precavendo-se contra futuras
agressões, Jafté enviou destacamentos para guardar as
passagens do Jordão, por onde viriam, forçosamente, os
insurretos de regresso à sua tribo. Deu ordens severas para que
58
fossem executados todos os fugitivos que por ali passassem e se
confessassem Efrainitas.
Então, àqueles que negavam, ou tentavam usar de subterfúgios,
os soldados de Jefté ordenavam que pronunciassem a palavra
Sch Por questões de dialeto, os Efrainitas não conseguiam
articular a primeira sílaba, então diziam: Si.
Desse modo, a diferença de pronúncia revelava sua origem e
custava-lhes a vida. Segundo as Escrituras, morreram 42.000
Efrainitas e como Sch, foi então a palavra que serviu para
distinguir amigos de inimigos, Salomão resolveu adotá-la como
P de P dos CComp. Por isso,após receber a Palavra de
Passe, o 1º Vig:. dizia-lhes: - Passe, Sch .
VM  - E com essa permissão para onde se dirigiam os CComp
Ir 1º Vig?

1º Vig - Para o lado Sul do Templo; e depois de darem o Sinal,


o Toque e as Palavras subiam a escada em caracol, constituída por
3, 5, 7 ou mais degraus, porque três governam a loja; cinco a
constituem e sete ou mais a tornam perfeita. Os três que a
governam são o Venerável Mestre e os Vigilantes; os cinco que
a constituem são os três que a governam e mais dois
Companheiros; os sete que a tornam perfeitas são dois
Aprendizes, adicionados aos cinco que a constituem.
Três governam uma loja porque três foram os Grão-Mestres
que presidiram a construção do primeiro T de Jerusalém:
Salomão, rei de Israel, Hiram, rei de Tiro e Hiram Abiff; cinco
constituem a Loja em consideração às cinco ordens nobres da
arquitetura: toscana, dórica, jônica, coríntia e compósita; sete ou
mais a tornam perfeita, porque Salomão gastou mais de sete
59
anos na construção, acabamento e consagração do Templo de
Jerusalém ao serviço de Deus. Há, também, neste numero, uma
alusão às sete artes e ciências: gramática, retórica, lógica,
aritmética, geometria, música e astronomia.

VM - Ir 2º Vig: o que observavam os CComp na Col do


Sul?

2º VIG - Sua atenção era despertada pela Estrela Flamejante,


tendo no centro a letra G (iod), que representa Deus, o Grande
Geômetra do Universo, a Quem todos devemos humildemente
venerar. Há ainda outras interpretações para esse emblema;
isso, porém, constituirá uma instrução a ser dada mais adiante.

VM - Qual o significado da lenda da Escada em Caracol, Ir


Orad ?

ORAD - A lenda da Escada em Caracol pode, também, ser


considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo passado à
Adolescência como Aprendiz, e à virilidade como Companheiro,
tenta ousadamente avançar e subir, apesar do caminho tortuoso
e da subida difícil, na esperança de, pela diligência e pela
perseverança, chegar à idade madura como um Mestre
esclarecido.
Por outro lado, ao iniciarmos a subida de uma escada em caracol,
se fixarmos o olhar no ponto central de sua base, poderemos
enxergar sempre o mesmo ponto a cada degrau que galgarmos,
mas cada vez de um plano mais elevado.
60
VM  - E por quê o Comp:. deve dedicar-se ao estudo da
Geometria?

ORAD - Nossos predecessores foram obreiros da pedra; isso,


para eles, era um trabalho ambicionado, uma obrigação religiosa;
e a maravilhosa habilidade que possuíam, revela-se ainda hoje,
nas monumentais construções do Velho Mundo. Tal perfeição,
porém, só era conseguida depois de um longo e acurado estudo.
Eles viam, na perfeição encontrada por toda parte da Natureza,
o ideal a que se esforçavam por atingir na confecção e no
acabamento de seus trabalhos. Por essa razão, faziam da
Geometria seu principal estudo, para que pudessem dar, a cada
detalhe de sua obra, as devidas proporções. Desde então, a
Geometria ficou sendo o estudo mais preciso que deve fazer um
Companheiro e que será sempre de grande valia, qualquer que
seja a sua aplicação.

VM  - (aos Companheiros) - Do mesmo modo que nossos


antigos Irmãos hauriam da Natureza sua inspiração, eu vos
aconselho a estudardes nosso grande Livro, perscrutando-lhe
seus mais profundos recessos e esforçando-vos por desvendar
seus mistérios, até que, ajudado pela Luz da Razão e da Ciência,
possais vencer as inúmeras dificuldades encontradas em vosso
caminho.
Possa vosso espírito enriquecer-se com tesouros extraídos das
61
mais puras fontes da Verdade e da Justiça e vosso coração
encher-se de Amor por todas as coisas que, em Sua Infinita
Sabedoria, o GADU criou.
Estudai e perseverai com paciência, para que, um dia,
perfeitamente instruídos sobre os mistérios do Grau de
Companheiro participeis dos trabalhos dos MM.
Esta Segunda Instrução aponta-vos o caminho, Não é sem
dificuldades que lá chegareis; esperamos, porém, com a maior
alegria, que fiéis aos vossos MM e aos ensinamentos que
tendes recebido nesta Loja, a honrareis, correspondendo à
confiança que em vós depositamos desde o dia que aqui
batestes, com o fim de vos iniciardes e vos associardes aosnossos
trabalhos.

- ( ! ) - Está terminada a Segunda Instrução.

62
TERCEIRA INSTRUÇÃO

VM - ( ! ) lIr 1º e 2º VVig: ajudai-me a dar a Terceira


Instrução para nossos Irmãos Companheiros.

VEN - Ir 1º Vig: sois Companheiro Maçom ?

1º VIG - E. V. A. E. F..

VM - Como podeis justificar essa vossa afirmativa?

1º VIG - Porque adquiri consciência de mim mesmo; agora sei


o que sou e posso pronunciar-me com segurança sobre o grau
que possuo.

VM - Que é ser Companheiro ?

1º VIG - É ser Obreiro reconhecido apto para exercer sua arte,


senhor que é de sua energia de trabalho e que tem por dever
realizar praticamente o plano teórico traçado pelos Mestres.

VM - Por que consentistes em ser recebido Companheiro ?

1º VIG- Por que tinha desejos de conhecer os Mistérios da


Natureza e da Ciência, bem como o significado da letra iod, que
corresponde à letra G.

63
VM - Que significa a letra G?

1º VIG - Geometria, Gravidade, Geração, Gênio e Gnose.

VM - De que Geometria se trata aqui, Ir 2º Vig?

2º VIG - Da aplicável à construção universal; da que nos ensina


a polir o Homem e a torná-lo digno de ocupar seu lugar no
edifício social.
VM - Que relação existe entre a Geração e o Companheiro ?

2º VIG - O Companheiro é chamado a fazer "obra de vida"


pondo em ação sua energia vital e aprofundando-se nos
mistérios da existência, Ora, tudo isso tem origem na Geração,
cujas leis inspiram as mais belas doutrinas da Antigüidade.

VM - Em que pode a Gravidade interessar à Maçonaria ?

2º VIG - A atração universal, que tende a aproximar os corpos


da ordem física, corresponde, na ordem social, a uma forma
misteriosa análoga que tende à reunião e mesmo, à fusão das
almas. Corresponde à força que une os corações, que assegura
a solidez do edifício maçônico, cujos materiais são seres vivos,
unidos, indissolúveis pela profunda afeição que sentem uns pelos
outros, O Amor Fraternal é, na Maçonaria o princípio vital da
ordem, de harmonia e estabilidade, assim como a Gravidade o é
dos corpos celestes

64
VM - Em que consiste o Gênio?

2º VIG - Na exaltação de nossas faculdades intelectuais e


imaginativas, Desde que o espírito adquira a posse de si mesmo
e não saia dos limites do talento que possa conter, Para se chegar
a ser gênio, necessário é que se abandone às influências
superiores, que se entusiasme, que vibre aos acordes de uma
harmonia mais elevada.

VM - Que significa Gnose?

2º VIG - Em grego quer dizer "conhecimento:", É o conjunto de


noções comuns a todos os Iniciados que, à força de pesquisar, se
encontram na mesma compreensão de causa das coisas.

VM - Como fostes recebido Companheiro, Ir:. 1º Vig?

1º VIG - Passando da ColB para a ColJ.

VM - Que representa essa passagem de uma para outra


Coluna?

1º VIG - Uma modificação no programa iniciático. Para receber


seu salário junto à Coluna B o Aprendiz deve basear- se na
Razão, cujos clarões afugentam as trevas e fazem discernir o erro,
Após as purificações que vitoriosamente suportou,

65
conduzido para junto da Coluna J, sem se afastar de seus
hábitos de disciplina racional, deverá, para se tornar perfeito
pensador, exercitar sua imaginação e desenvolver sua
sensibilidade. Depois de ter aprendido a raciocinarcorretamente,
pode, pela educação judiciosa de sua intuição, elevar seus
pensamentos às causas dos fenômenos.

VM - Que vos ensinaram no decorrer de vossas Viagens de


Comp?

1º VIG - A servir-me de utensílios preciosos para transformar


a PB em PCtalhada de acordo com as exigências da Arte.
VM - Quais são esses instrumentos?

1º VIG - A princípio, o Maç e o Cinz; em seguida, a Rege


o Comp; depois, a Alav e, finalmente, o Esq.

VM - Que significam o Maç e o Cinz?

1º VIG - Como instrumentos destinados a desbastar a


PBmostram-nos como devemos corrigir nossos defeitos,
tomando resoluções sábias (Cinz),que uma determinação
enérgica (Maç) põe em execução.

VM - Qual a relação existente entre a Reg e o Comp?

66
1º VIG - A Rég: permitindo traçar linhas retas que podem
prolongar-se ao infinito, simboliza o direito inflexível e a leimoral,
no que ela tem de mais rigoroso e imutável. A esseabsoluto se
opõe o círculo da relatividade, cujo raio se mede pelo
afastamento das pernas do Comp. Ora, como nossosmeios de
realização são limitados, devemos traçar nosso programa de
trabalho tendo em conta não só a idéia do abstrato que nos
incumbe seguir (Rég), bem como a realidade concreta
(Comp) que nos circunda.

VM - A que alude a Alav, Ir 2º Vig?

2º VIG- Ao poder irresistível de uma vontade inflexível, quando


inteligentemente aplicada.

VEN - Por que a Rég deve se juntar à Alav?

2º VIG - Porque a vontade só é inflexível quando posta ao


serviço do direito absoluto.

VM - Qual a importância do Esq?

2º VIG - Permite controlar o corte das pedras, que devem ser


estritamente retangulares para se ajustarem, com exatidão,
entre si. Assim simbolicamente, o Esq determina as condições
de solidariedade. Emblema da Sabedoria, ensinamos que a
perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com que se

67
coloca na sociedade.

VM - Por que a última Viagem do Comp deve ser feita sem
instrumento de trabalho?

2º VIG - Porque a sua transformação em PC está completa


e, assim, não mais tem de se preocupar com o seu
aperfeiçoamento. Cabe-lhe, desde então, se concentrar e
observar, tornando-se acessível aos clarões intelectuais que
devem iluminar progressivamente o seu entendimento.

VM - Como um Comp se faz reconhecer, Ir 1º Vig?

1º VIG - Por um S., duas PP. e um T.

VM - Qual a explicação do S. de Comp?

1ºVIG - A md sobre o c, lembra o compromisso de amar


fervorosa e dedicadamente a seus IIr e recorda o juramento
prestado; a me levantada, reafirma a sinceridade da
promessa feita.

VM - A atitude que o Comp toma, quando à ordem, não faz


lembrar segredos especiais do Grau?

1ºVIG - A melevantada parece fazer apelo às forças astrais,


energias superiores, que a md crispada se estorça

68
para conter no c, ONDE ELAS SE DEVEM ACUMULAR. Prestes
a arr o c, o Iniciado, além disso, proclama que soube dominar
seus sentimentos e que não cederá jamais a um movimento
irrefletido.

VM - Quais são as PP. de Comp?

1º VIG - Uma de P. e uma de S.

VM - Que significa a P. de P.?

1ºVIG - Fartura - Abundância e daí ser representada no Painel


da Loj, por uma espiga de trigo.
VM - E para nós, essa P. não tem uma significação mais
iniciática?

1ºVIG - Traduzida, pode relacionar-se com os Mistérios de


Ceres, cujo simbolismo era agrícola, embora o Iniciado devesse,
em Eleusis, sofrer, alegoricamente, a sorte do grão de trigo, que
morre, no inverno, sob a terra para renascer na primavera, sob a
forma de planta nova.

VM - Que significa a P.S., Ir2º Vig?

2º VIG - Estabilidade - Firmeza. E o nome de uma das CCol de


bronze erguidas à entrada do T de Salomão, onde os CComp
recebiam seus salários.

69
VM - Por que o soletrar dessa P. difere da de Apr?

2ºVIG- Porque o principiante é incapaz de descobrir, por si


mesmo, os primeiros elementos da Ciência Iniciática, e, assim,
tem necessidade de ser guiado, que se lhe dê a primeira letra
para que possa encontrar a segunda por seus próprios esforços;
desde que dê a segunda, poderá receber a terceira e assim por
diante, O Comp não é mais ignorante. Já fez provas de iniciativa
intelectual; assim, pode-se-Ihe pedir que dê antes de receber.
VM - Que relações existem entre as CCol e o salário que
recebem os AApr e os CComp?

2º VIG - Erguidas de cada lado da entrada principal do T de


Salomão, correspondiam aos obeliscos dos santuários egípcios.
Eram, como estes, cobertas de hieróglifos ou ideogramas, que
os Iniciados deviam aprender a decifrar. E, pois, sua Instrução
Iniciática e não um salário, que o Aprendiz e os Companheiros
vão receber Junto as Colunas.
VM - Como eram compostas esta Colunas ?

2º VIG - Eram de bronze, para indicar que os Princípios da


Iniciação são imutáveis e se transmitem de uma a outra
civilização.

70
VM - Que representa o tesouro oculto nas Colunas ?

2º VIG - A Doutrina Iniciática, cujo conhecimento está reserva


do aos que não param na superfície e sabem aprofundar-se nos
estudos.

VM - Por que a marcha de Comp comporta passos laterais?

2º VIG - Para indicar que o Compnão está obrigado a seguir,


invariavelmente, a mesma direção, Para que possa colher a
Verdade, por toda à parte, lhe é permitido afastar-se do caminho
normalmente traçado. A exploração do mistério, porém, não
deve desorientá-lo, e, por isso, todo afastamento momentâneo
da imaginação deve ser seguido de uma pronta volta à retidão do
raciocínio.

VM - Quais são, Ir 1º VIG, os ornamentos de uma Loja de


Comp?

1º VIG - O PavMos a Estrela Flamejante e a Orla Dentada,


VM.

VM - Para que servem?

1ºVIG - O PavMos é o assoalho do grande pórtico; a Estrela


Flamejante brilha ao centro da Loj para iluminá-la e a Orla

71
Dentada limita e decora as extremidades.

VM - Que representa o PavMos?

1º VIG - Seus ladrilhos de iguais dimensões, alternadamente


brancos e pretos, traduzem a rigorosa exatidão que a tudo
equilibra no domínio de nossos sentimentos, submetidos,
fatalmente, à lei dos contrastes.

VM - Que relação existe entre o PavMos e o Comp?

1ºVIG - Qual operário aplicado à realização da Grande Obra, o


Iniciado no Grau de Companheiro deve estar compenetrado do
interesse de prosseguir na conquista de uma felicidade contínua
e sem mescla. Uma felicidade que se perpetue e que não seja
perturbada, não pode, como tal, ser considerada; transforma-se
em suplício, porque ela fatiga e conduz ao aniquilamento, à
morte.
A nossa vida consiste na ação, na luta contra todos os obstáculos,
no trabalho penoso, mas perseverante, empreendido por um
ideal a realizar. O esforço, sofrimento provado, é o prêmio da
vida, cujas alegrias são exatamente proporcionais às ações
empregadas para possuí-las.

VM - Por que a Estrela Flamejante é o símbolo do Comp?

1º VIG - Porque o Comp é chamada a tornar-se um foco


ardente, fonte de Luz e Calor. A generosidade de seus
72
sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas, mas
com o discernimento de uma inteligência verdadeiramente
esclarecida, porque está aberta a todas as compreensões.

VM - Por que a Estrela Flamejante é de cinco pontas, Ir


2ºVig?

2º VIG - Para figurar os quatro membros do Homem, e acabeça


que os governa. Esta, como centro das faculdades intelectuais,
domina o quaternário dos Elementos ou da Matéria. Assim, a
Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema do poder
da vontade.É também emblema do gênio e a imagem do Fogo
Sagrado que se desprende de seus raios.Para os Fellowcraft, o
Pentagrama tinha um significado esotérico e seu conhecimento
exigia um grande esforço da inteligência. Misterioso por sua
formação pelo Binário (elemento feminino) e o Ternário
(elemento masculino), o número cinco era sagrado para os
antigos, como, aliás, o eram todos os números ímpares. Cinco era
o Espírito Animador que existia na Natureza.
À par da felicidade, o número cinco simbolizava também as
vicissitudes humanas, já que na vida do Homem nem tudo são
rosas e quando porventura o são, algumas possuem espinhos a
lhes resguardar os perfumes.

73
VM - Que lugar ocupa a Estrela Flamígera em relação ao Sol e
à Lua?

2º VIG - Está colocada entre esses dois corpos celestes, de


modo a, com eles, formar um triângulo.

VM - Por que, meu Ir?

2º VIG - Porque a Estrela Flamejante irradia a luz do Sol e da


Lua mostrando que a Inteligência e a compreensão pro cedem
igualmente da Razão e da Imaginação.

VM - Que jóias. existem na Lojlr 2º Vig?

2º VIG - Três móveis e três Imoveis, VM.

VM - Quais são as móveis?

2º VIG - O Esq, insígnia do VM; o Niv, que decora o 1º


Vig, e o Pr, de que me acho revestido.

VM - Por que são Jóias Móveis?

2º VIG - Porque além de passarem, anualmente, a novos


serventuários, o Esq controla o talhe das pedras, de que o Niv
assegura a posição horizontal, enquanto o Pr permite que sejam
colocadas verticalmente.

74
VM - Sob o ponto de vista moral, essas Jóias significam alguma
coisa, Ir 1º VIG?

1º VIG - O Esq nos Induz a corrigirmos os defeitos que nos


impeçam de manter firmemente nossa posição na construção
humanitária. O Niv exige que o Maçom tenha como iguais a
todos os homens, enquanto o Pr incita-o a elevar-se acima de
todas as mesquinharias, fazendo-o conhecer o valor das coisas.

VM - Quais são as jóias imóveis?

1º VIG - A PB a PC e a Prancheta da Loj.

VM - Quais são os seus usos?

1º VIG - A PB é a matéria sobre a qual se exercitam os


AApr; a PC serve para os CComp ajustarem seus
instrumentos e a Prancheta da Loj permite aos MM
trançarem seus planos.

VM - A que aludem essa jóias imóveis?

1º VIG - A PB representa o homem grosseiro e ignorante,


suscetível, porém, de ser educado e Instruído; a PC figura o
Iniciado que, livre de erros e de preconceitos, adquiriu os
necessários conhecimentos e a habilidade para participar
utilmente da Grande Obra de Construção Universal; a Prancheta
da Loj relaciona-se com os MM cuja autoridade se baseia

75
no talento, de que dão provas e no exemplo que devem dar.

VM - Quantas são as janelas que iluminam uma Lojde


CompIr 2º- Vig?

2ºVIG -Três, VM, situadas, respectivamente no Orno S


e no Oc.

VM - Por que no Setentrião não existe janela?

2º VIG - Porque a luz nunca vem dessa direção.

VM- Para que servem as janelas?

2º VIG - Para iluminar os OObrquando entram ou saem da


Loj.
VM - Onde têm assento os CComp?

2º VIG - Na Col do S VM.

VEN - Como deve trabalhar um Comp ao lado de seu M?

2º VIG - Com liberdade, alegria e fervor.

VEN - Qual é a idade de um Comp?

2º VIG - (dá a idade)

76
VM - A que se refere esse número?

2º VIG - A quinta essência, concebida como espírito universal


das coisas, ou como um Quinto Princípio, reduzindo à unidade o
quaternário dos Elementos, Alude, também aos cinco sentidos
que revelam o mundo exterior, objeto de estudo do Comp
enquanto o número três indica que o Apr deve se encerrar em
seu mundo interior.

VM - Recebestes vosso salário, Ir 1º Vig?

1º VIG - Sim, VM e estou satisfeito.

VM - Que mais esperais de vossos IIr?

1º VIG - Espero o momento em que bem instruído sobre o que


deve saber um Comp eles me permitam participar dos
trabalhos dos MM

77
QUARTA INSTRUÇÃO

Noções de filosofia Iniciática

VM  - ( ! ) - Meus IIr: Antes que o Ir Companheiro estude


e medite a Simbologia Numérica do Grau, devemos, como seus
MM, dar-lhe alguns conhecimentos sobre a Filosofia a ele
relativa.
- (Ao Comp) - Abordarei este tema, falando-vos, Meu ir,
sobre o ENIGMA DA VIDA e a MEDITAÇAO DA VERDADE.
Muitas vezes, saltam-nos à imaginação as ,seguintes palavras:
"O QUE E A VIDA?" - "PARA QUE ELA SERVE?" - "QUAL O SEU
FIM ?". Seguem-se a estas, outras não menos transcendentes:
"Por que o homem não aceita a vida, como os animais, tal qual
ela é? - Gozá-la do melhor modo, com feliz despreocupação não
seria mais prático, mais acertado, do que torturar o espírito,
querendo penetrar esses mistérios insondáveis ?" (pausa)

E esta preocupação, Ir 1º Vig, tem sido a de todos os


Homens?

1º VIG - Não, VM, pois uma grande maioria dos homens


quer, somente, que os deixem viver das satisfações materiais,
não cogitando daquilo que em seu fraco entender, têm como
supérfluo ou inútil. Há, entretanto, criaturas para as quais esses
mistérios constituem verdadeira obsessão. Preocupadas com o
enigma das coisas, querem compreender e, pelo incessante
trabalho cerebral, buscam conhecer a existência dos mundos e dos
seres, interrogando, ansiosamente, a Natureza, para arrancar-lhe
seus segredos. Meditam sobre eles com maior ardor e só se
78
satisfazem quando concebem uma idéia capaz de explicar,
racionalmente, tudo quanto, até então, observaram.

VM - E o que surge, sempre, desses esforços humanos, Ir2º


Vig?

2º VIG - Surgiram e surgem sistemas filosóficos e religiosos


que, tidos e propagados como doutrinas verdadeiras, procuram
corresponder à NECESSIDADE DE SABER, inata no homem.
Embora concebidos com sinceridade, esses sistemas são errôneos,
porque se originam de convicções e concepções humanas falíveis,
portanto, como tudo que é humano.

VM  - E que será necessário para formulá-los com acerto?

2º VIG - A posse integral da Verdade que ninguém, ainda,


conseguiu. Assim, persiste o mistério, apesar de ingentes
esforços, com que os homens tentam penetrá-lo, Seu domínio
alarga-se e recua, cada vez mais, à proporção que a Humanidade
avança no caminho da ciência e à medida que os investigadores
se aproximam para desvendá-lo. Iludir-se, quanto a isso, com o
propósito de dogmatizar, crente de SABER o que se afirma, são
as características peculiares dos espíritos tacanhos.
O Sábio, o Pensador e o verdadeiro Iniciado humilham-se,
sempre, quando em presença de uma Verdade que reconhecem
superior à sua compreensão. Assim, esquivam-se de serem
instrutores das multidões, porque jamais poderiam,
conscientemente, satisfazer-lhe a justa curiosidade e na
impossibilidade material de fazê-las compreender o seu erro e,

79
muito menos, de conduzi-las ao único caminho, preferem deixá-
las a suas grosseiras fantasmagorias.
O Iniciado, porém, tem o estrito dever de correr em auxílio dos
que julgar INICIÁVEIS; dos que, independentes, se revoltam
contra a tirania e a arbitrariedade dos sistemas em uso, Estes
merecem que se lhes ensine a procurar o VERDADEIRO, sem
preocupação nem esperança de triunfo, só alcançado pelo
repouso da inteligência satisfeita.

NUNCA SABEREMOS, eis a VERDADE!

VM  - Mas, então, devemos ficar inertes, Ir 1º Vig?

1º VIG - Não, VM. No desejo de QUERERMOS SABER,


buscamos avidamente adivinhar o ETERNO ENIGMA, crentes de
que este é o nosso mais nobre e mais elevado destino. A
Verdade, esse mistério inatingível, que nos atrai com força
irresistível, é muito vasta, muito vivaz, muito livre e muito sutil
para deixar-se prender, imobilizar e petrificar na rigidez de um
sistema filosófico. Os artifícios e as roupagens com que a
revestem, para no-lo dar a conhecer, só servem para, deturpá-
la, tornando-a o mais das vezes, IRRECONHECIVEL; é por isso que
tudo o que se procura objetivar por subterfúgios será, sempre,
reflexo ilusório, apagada imagem da GRANDE VERDADE que o
Iniciado busca contemplar face a face.

VM - O que, pois, devemos ensinar a um Comp?

80
1º VIG - Devemos ensinar-lhe, primeiro, a olvidar tudo aquilo
que não lhe é próprio e, em seguida, a concentrar-se, descendo
ao âmago dos próprios pensamentos, a fim de aproximar-se da
fonte pura da VERDADE, instruindo-se, não só pelas sábias lições
dos MM, como, principalmente, pelo exercício da MEDITAÇÃO.
Assim procedendo, não conseguirá, naturalmente, aprender
tudo quanto encerram os livros e ensinam as escolas e, por isso,
não devemos sobrecarregar-lhe a memória, pois bem
poderemos enganar-nos com o caráter ilusório do que nos
parece verdadeiro. O simples ignorante está mais próximo da
Verdade que o presunçoso, que se jacta de uma ciência
enciclopédica, apoiada unicamente em falsas noções.

VM  - Ouvi, agora, Ir Comp, o final desta parte da vossa


Instrução, porque ela condensa tudo quanto acabastes de ouvir.
A tradição iniciática conserva intacta, entre nós, noções da
Verdade, para que as transmitamos aos continuadores de nossa
obra. Assim, gravai em vossa memória os conselhos que, agora,
vos daremos.
“Em matéria de saber, a qualidade supera a quantidade. Sabei
pouco, mas esse pouco sabei-o bem. Aprendei, principalmente,
a distinguir o real do aparente. Não vos apagueis às palavras, as
expressões por mais belas que pareçam; esforçai-vos, sempre,
em discernir aquilo que é inexplicável, intraduzível, a Idéia-
Princípio, o fundo, o espírito, sempre mal e imperfeitamente
interpretados nas frases mais buriladas. E, unicamente, por esse
meio, que afastareis as trevas do mundo profano e atingireis a
clarividência dos Iniciados."
Bem deveis compreender que os Iniciados se distinguem pela
penetração do espírito e pela capacidade de compreensão.

81
Filósofos célebres e grandes sábios têm permanecido PROFANOS
por não terem compreendido o que obscuros pensadores
conseguiram por si próprios, à força de refletiremno silêncio e
no recolhimento. Para vos torrardes verdadeiro Iniciado, podeis
ler pouco, mas pensai muito; meditai sempre e, sobretudo, não
tenhais receio de sonhar ! (pausa)

- ( ! ) - Está, meus IIr, terminada a Quarta Instrução.

82
QUINTA INSTRUÇÃO

Simbologia Numérica

VM  - ( ! ) - Meus Irmãos esta é a última Instrução do Grau, ao


fim da qual nossos Irmãos Companheiros tendo completado seu
tempo de trabalho Espiritual e Moral, poderão aspirar à
Exaltação, como é denominada a passagem para o Grau de
Mestre Maçom. Como a parte relativa à Simbologia Numérica
precisa, para sua boa compreensão, ser meditada, deveis estudá-
la com carinho e atenção, para que possais, por essa meditação,
fortalecer e engrandecer vosso espírito.
Maçom, que sois, começai, meus IIr, por concentrar vossa
atenção sobre a Maçonaria. Observai, minuciosamente, tudo
quanto lhe diz respeito; meditai muito sobre as SINGU-
LARIDADES que nela encontrardes, pois não têm outro fim,
assevero-vos, que o de atrair vossa atenção e despertar vossa
curiosidade.
Quanto mais vos aprofundardes no estudo do nosso Simbolismo,
mais vos convencereis de que ele foi arquitetado em dados
abstratos ou ontológicos, ligados particularmente a
propriedades intrínsecas dos números (Gnose Numérica).

VM  - ( ! ) - Ir 1º Vig; explicai aos Irmãos Companheiros a


Simbologia Numérica.

1º VIG - Como Aprendiz vos familiarizastes com a Tétrade


Pitagórica que vos mostrou, no Quaternário, a raiz e o
fundamento das coisas.
Como Companheiro, deveis prosseguir nesse estudo, partindo
83
do Quatro, para chegar, sucessivamente, ao Cinco, ao Seis e,
mesmo, ao Sete. Assim, o estudo deve ser decidido em:

Apr  .................. ,..1, 2, 3, 4


Com ............................... 4, 5, 6, 7
M............................................................. 7, 8, 9, 10

A Década é aqui encarada como representando uma unidade


Nova. Dez encerra, pois, uma união completa, um ciclo fechado,
ao qual nada há que acrescentar. Pitágoras ensinava que dez
engendra quatro, pois que 1 + 2 + 3 + 4 - 10, graficamente
figurado pelo triangulo, encerrando dez pontos dispostos por 1,
2, 3, 4.

Outrora, um traçado destes provocava a sucessão infinita de


idéias, todas lógicas e intimamente encadeadas, Ao Iniciado
moderno cumpre formar a Cadeia que lhe servirá de "fio de
Ariadne" para guiá-lo no labirinto dos conhecimentos iniciáticos.
Geometricamente, Um representa o ponto; Dois, a linha; Três,
a superfície e Quatro, o sólido, cuja medida é o cubo.

84
Um, o ponto sem dimensões, é, porém, o gerador abstrato de
todas as formas imagináveis. E o Nada contendo o Todo em
potência, o Criador, Princípio anterior a toda manifestação, o
Arqueu, o Obreiro por excelência.
Dois, a linha, nada mais é que Um, o ponto, em movimento;
portanto, a ação, a irradiação, a expansão ou a emanação
criadora, o Verbo ou o Trabalho.
Três, a superfície, apresenta-se como o plano em que se
precisam as intenções, em que o Ideal se determina e se fixa. E
o domínio da lei necessária, que governa toda a ação, impondo
a todas as artes suas regras inevitáveis,
Quatro, o sólido ou, mais especialmente, o cubo, mostra a Obra
realizada, através da qual se nos revela a Arte, o Trabalho e o
Obreiro. .
Em todas as coisas é preciso descobrir um Quaternário, uma vez
que nos coloquemos sob o ponto de vista objetivo, porqueo
Ternário nos basta, se ficarmos no domínio do abstrato ou do
subjetivo.
O Companheiro porém, não pode e nem deve satisfazer-se com
a concepção teórica; sua função é realizar, é lutar,
constantemente, contra as dificuldades encontradas nocaminho
e vencê-las. Como realizador, tem o Quatro por ponto de partida,
enquanto que o Aprendiz tem no número Três o número
característico de seu Grau.
O Círculo, a Cruz, o Triângulo e o Quadrado, que se referem
respectivamente à Unidade, ao Binário, ao Ternário e ao
Quaternário, produzem uma série de ideogramas, cujo sentido
se revela pela análise de seus elementos componentes. Este,
porém, é um estudo que não cabe nesta instrução. Entretanto,
seria de toda vantagem que os Companheiros seaprofundassem
no Simbolismo Hermético, para verificarem suas íntimas
relações com o Simbolismo Maçônico.
85
VM  - Ir 2º Vig; explicai o Tetragrama hebráico aos Irmãos
Companheiros.

2º VIG - O Ser dos Seres, o Ser em Si, Aquele que é, encontra-


se representado, na Bíblia, por Quatro letras, que formam a
Palavra Sagrada, cuja pronúncia é proibida:

(Em hebraico, a leitura é feita da direita para a esquerda.)

HE VAU HE IOD

Iod, a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto sagrado. É,


apenas, uma vírgula, na qual se quis ver o gerador masculino, ou,
melhor, o sêmen paterno, que engendra a criança. Voltamos,
assim, a ponto de vista matemático, onde está concentrada toda
a virtude expansiva do que deverá nascer e se desenvolver. Iod é,
pois, a representação do princípio ativo, da causa agente e
significa, portanto, o ser que pensa, que quer, que manda. Como
a Coluna J, Iod simboliza o Fogo realizador (Arqueu), que se
manifesta pelo Artista, Obreiro, Operador, Criador ou Gerador.
Hé, segunda letra do Tetragrama, corresponde ao sopro que,
saindo do interior, se espalha em derredor. Esta letra simboliza,
pois, o sopro animador, a vida emanado de Iod, para propagar-
se, através do espaço, sob a forma de irradiação vital. Hé
representa, em suma, a vida, que não é mais do que a atividade
exercida pelo princípio criador e ativo. Sem Hé, lod não seria

86
ativo e não poderia exercer o ato de pensar, querer e mandar,
porque Hé é a expressão do trabalho, a operação ou o Verbo,
tomado no sentido gramatical.
Vau, em Hebraico, tem a mesma função de nossa consoante V.
É o símbolo do que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao
coletivo geral ou universal. Ora, àquilo que liga, que estabelece
a união, nós denominamos meio, ambiente, atmosfera anímica;
enfim, a relação entre a causa e o efeito. Vau, portanto, refere-
se à lei, segundo a qual se exerce a atividade, isto é, a Arte e as
regras ou condições do trabalho.
Hé, no final do Tetragrama, repete-se para exprimir o resultado
final da atividade: Trabalho executado, Obra em via de
execução, Criação em via de realização.
Em relação ao principio pensante, que quer e que manda (Iod)
Hé, o segundo, é o pensamento, a idéia concebida, a
determinação dada ou a ordem formulada.
Os espíritos superficiais só se interessam pela obra realizada, pois
são incapazes de cogitação do efeito e da causa que,
naturalmente, implica na manifestação do quaternário,
resultante de toda e qualquer ação:

1º - Princípio ativo (Sujeito);

2º - Atividade desenvolvida por esse princípio (Verbo);

3º - Aplicação da atividade, que se regula e se adapta


conforme o objetivo;
4º - Resultado produzido (Objeto).

VM  - IrOrad tende a bondade de explicar a


Quintessência.

87
ORAD - O Ser manifesta-se, unicamente, pela ação; não agir
equivale a não existir, porque aquele que existe está em
perpétuo trabalho. Nada é inerte, nada é morte, tudo vive: os
minerais e os corpos celestes, os vegetais e os animais.
A vida, entretanto, difere de um a outro no Reino da Natureza;
ela hierarquiza-se em toda parte, segundo as espécies e, mesmo,
segundo os indivíduos.
Assim é que, entre os homens, uns vivem uma vida mais elevada
e mais completa que outros. Essa vida, de uma ordem superior à
comum, é proporcional ao desenvolvimento do princípio da
personalidade, porque o ser inferior é um autômato que reage
mecanicamente, sob a ação de forças queo tornam verdadeiro
joguete. Sua vida permanece material ou elementar, porque
resulta, unicamente, da luta dos Elementos que se opõem dois a
dois, como indica o seguinte esquema:

Dele se infere que o Ar, leve e sutil, abranda, contrabalançando,


a atração da Terra, espessa e pesada, que embrutece e
materializa.
Fria e úmida, a Água contrai aquilo que o Fogo, seco e quente,
tende a dilatar.

Estes elementos, que não mais podem ser considerados corpos

88
simples, como na antiga teoria, devem ser tidos como agentes
coordenadores do mundo material. Foi por sua aplicação que se
explicou o caos; por isso, eles dominam tudo quanto é material.
Por mais poderosas que sejam, as forças exteriores devem ser
dominadas pela energia, que tem sua sede na própria
personalidade. E por este motivo que o Homem deve criar e
desenvolver, em si próprio, um princípio mais forte que os
Elementos, com os quais entra em luta, nas Provas Iniciáticas.
Enquanto combate, conserva-se Aprendiz, uma vez vencedor,
torna-se Companheiro. O que triunfa, nesse momento, é o
princípio da hominalidade; o homem, propriamente dito, domina
o animal; cinco impôs-se ao quatro; a quintessênciaprevaleceu
sobre o quaternário dos Elementos.
Chegado à perfeição, o homem-tipo será exaltado sobre a cruz,
para realizar o mistério da redenção. A Razão (Logos ou Verbo)
resplandece nele, remediando o obscurecimento do Instinto,
causado pela queda. O estado de espiritual idade, de iluminação,
é atingido; as trevas. interiores são dissipadas e é, então, que o
Astro Humano, a Estrela Flamejante brilha em todo seu
esplendor.
A Estrela Flamejante, este astro central da Loja de Companheiro,
não é, ainda, poder iluminativo igual ao do Sol; sua luz é suave,
não tem irradiações resplandecentes e é facilmente suportada.
Ela condensa-se numa espécie de nimbo que foi comparado a
uma flor desabrochada, representada por uma rosa de cinco
pétalas.
Símbolo da quintessência, portanto, daquilo que o Homem tem
de mais puro e elevado, a Roda é unida à Cruz, num emblema de
pura espiritual idade, a respeito do qual é muito cedo, ainda, para
explanar-se aqui.

VM  - Ir 1º Vig; como se explica o Hexagrama?


89
1º VIG - Cinco nasceu de quatro; seis é constituído pelo
ambiente sintético, emanado de cinco.
A atmosfera psíquica, que envolve nossa personalidade,
compõe-se, sob o ponto de vista hermético, de Água vaporizada
pelo Fogo, ou da Água ígnea, isto é, o fluido vital carregado de
energias ativas.

Essa união do Fogo e da Água é representada, graficamente,


por uma figura muito conhecida por Signo de Salomão.
Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro
é feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o
ardor que se eleva da própria personalidade; o segundo,
representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é
destinado a receber o orvalho depositado pela umidade
difundida através do espaço.
A Estrela Flamejante corresponde ao Microcosmo humano, isto
é, ao Homem considerado como um mundo em miniatura, ao
passo que os dois triângulos entrelaçados designam a Estrela do
Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita.

VM  - Ir 2º Vig; e o Setenário como se explica?

90
2º VIG - Sete é o número da harmonia, resultante do equilíbrio,
estabelecido por elementos dessemelhantes. Esse equilíbrio e
essa harmonia são representados pela figura seguinte:

A adição dos números opostos, dá, sempre, em resultado o


número 7:

1+6=7
2+5=7
3+4=7

A última dessas combinações, isto é, 3 + 4, é a que mais de


perto se refere à Maçonaria. Três, triângulo, mais quatro,
tetragrama, dão em resultado o emblema à margem. Como
sabeis, este é o símbolo do Delta Sagrado, sendo o Tetragrama
central a substituído, muitas vezes, por um olho, o "Olho que vê".

91
Nada mais se poderá dizer sobre o número sete, mais do domínio
do Mestre que do Companheiro. Já por certo, compreendeste
que a Quintessência, elevada ao Hexagrama e ao Heptagrama,
representa a essência de ser, isto é, a alma humana purificada,
fortificada, temperada pelas provas de existência e tendo
atingido um estado que lhe permite realizar o que o vulgo
profano denomina milagre.
O Companheiro não deve ignorar que a realização integral da
Grande Obra está reservada ao Iniciado Perfeito, ao Mestre.

VM  - Irmãos Companheiros, para ser Mestre, é preciso terdes,


previamente, adquirido as virtudes e os conhecimentos que os
tornem dignos disso.
Eis o que nos ensina a tradição sobre a Simbologia Numérica do
Grau de Companheiro.
Que estes sábios ensinamentos tenham penetrado
profundamente em vosso espírito, para que compreendais a
obra que deveis executar, quando exaltados ao Sublime Grau de
Mestre .

- ( ! ) - Está terminada, meus Irmãos, vossa última Instrução de


Companheiro Maçom.

92
APÊNDICE

O TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo, cuja decoração, na cor azul celeste, tem a forma de


um retângulo no Ocidente e de um quadrado no Oriente; a
parede do fundo (oposta à entrada), pode ser semicircular ou
ter os cantos arredondados.
A entrada do Templo está situado no Ocidente.
No Eixo do Templo, no fundo do Oriente, e sobre um estrado de
forma triangular ou quadrangular, ao qual se sobe por três
degraus (denominados, na ordem de subida : Pureza, Luz e
Verdade), eleva-se um dossel formado por duas colunas
toscanas, ligadas por um arco revestido de pano azul celeste,
com franjas de prata, do centro do qual penderá um triângulo
eqüilátero, em cujo centro estará a letra hebraica Iod.
Debaixo do dossel estará a cadeira ou tono do V.∙.M.∙., ladeada
por duas cadeiras e, à sua frente, uma mesa retangular fechada
na frente e nos lados por painéis de madeira.
O Oriente é separado do Ocidente por uma grade – a Grade do
Oriente – e tem o soalho mais elevado, para onde se sobe por
quatro degraus chamados, na ordem de subida: Força, Trabalho,
Ciência e Virtude.
A Grade do Oriente é composta de pequenas colunas encimadas
e ligadas por uma barra horizontal, de altura tal que não obstrua
a visão. Seu comprimento é de 2/3 da largura do Templo (1/3
corresponde à Grade Norte, que começa junto à parede daquele
lado e 1/3 corresponde `Grade Sul de idêntica forma). A
passagem entre ambas, ou seja, os outros 1/3 correspondem à
passagem do Ocidente para o Oriente.
À frente do Trono do V.∙.M.∙. fica o Altar dos perfumes, formado
por uma coluneta, ou por uma pequena mesa
93
triangular, ou ainda, por um tripé onde haverá turíbulo e naveta
ou outro vasilhame contendo perfumes a serem queimados.
O Estandarte, símbolo representativo da Loja, deverá conter o
emblema ou logotipo da oficina, seu nome, número, data de
fundação e Oriente onde funciona. Deve estar colocado, à
esquerda do Trono do V.∙.M.∙., fora do dossel.
O Pavilhão Nacional, que deve ser introduzido somente nas
sessões Magnas ou Brancas, fica sempre à direita do trono do
V.∙.M.∙., fora do dossel.
De cada lado da entrada do Templo fica uma coluna papiriforme
com capitel em gomo floreado, de altura proporcional à daporta.
Rematando os capitéis haverá três romãs. A coluna à direita de
quem entra chama-se J.∙.; a que fica à esquerda denomina-se B.∙.
.
O 1º Vig.∙. tem assento à esquerda e um pouco à frente da coluna
B.∙.. O 2º Vigilante estará a meia distância entre a Coluna J.∙. e a
Grade do Oriente. Os Altares dos VVig.∙. ficam sobre um estrado.
O estrado do 2º Vig.∙. tem um e o do 1º Vig.∙. dois degraus.
No oriente, de cada lado e um pouco adiante do Trono do V.∙.,
ficam uma mesa quadrangular e um assento: à direita para o
Orador e à esquerda para o Secretário. No Ocidente, próximas à
Grade e na mesma linha das mesas precedentes, ficam: à direita,
uma mesa igual para o Tesoureiro e à esquerda, outra para o
Chanceler.
O piso do Ocidente ocupado inteiramente pelo Pavimento
Mosaico, composto de quadrados (não losangos)
alternadamente brancos e pretos. Sob a Abóboda Celeste e
circulando todo o Templo, está a Corda de 81 Nós (física ou
pintada), iniciando e terminando junto aos batentes da porta de
entrada, de onde penderão duas borlas, pendendo, também, em
suporte, duas borlas dos dois pontos da parede do Oriente

94
(oposta à da entrada). Todos os nós serão eqüidistantes.
Caso o Pavimento Mosaico esteja apenas representado no
centro do Templo e não se disponha da Corda de 81 Nós, ela
estará representada pela Orla Dentada (triângulos eqüiláteros
alternadamente pretos e brancos) que circunda a representação
do Pavimento, em cujos cantos estarão desenhadas as quatro
borlas.
No centro do Templo, fica o Altar dos Juramentos sem impedir
a passagem de uma para outra parte. Este Altar tem a forma de
um prisma triangular, com cerca de 1 metro de altura. Cada
face tem 0,66 cm de largura, tendo como tampo uma chapa
dourada; em cada ângulo do tampo haverá chamas ou chifres
feitos de bronze ou latão. Nos lados do Oriente, Sul e Norte deste
Altar (junto às arestas) ficam acesas 3 lâmpadas ou velas,
colocadas em castiçais de altura tal que sua altura total seja de
1,12m, denominadas Luzes Místicas.
Próximo ao Altar do 1º Vig.∙., entre a entrada do Templo e o
Norte, estará situado o Altar das abluções, onde descansa o Mar
de Bronze. Ao Sul, estará a Pira para o Fogo Sagrado e as
incinerações ritualísticas.
Sobre o Trono do V.∙. estarão: a Espada Flamígera, um Malhete,
um Candelabro de Três Luzes, uma Coluneta de Ordem Jônica e
uma Tábua de Delinear.
Sobre os Altares dos VVig.∙. haverá, além de um Candelabro de
Três Luzes, um Malhete; no do 1º Vig.∙., uma Coluneta de Ordem
Dórica e no do 2º Vig.∙., uma Coluneta de Ordem Coríntia. No
piso, ao lado do Altar do 1º Vig.∙., estará umaPedra Bruta. Ao
lado do Altar do 2º Vig.∙., uma Pedra Cúbica (ou polida).
Sobre as mesas dos Oficiais haverá um Candelabro de uma Luz.
Na do Tesoureiro, além do necessário à escrita, nas Sessões de
Iniciação, os metais dos candidatos. Na do Secretário ficam os

95
Livros de Atas. Na do Chanceler, o Livro de Registro de
Visitantes, o Livro de Presença e a Caixa de escrutínios. Sobre a
mesa do Orador estarão os Códigos das Legislações Maçônicas.
Sobre o Altar dos Juramentos estarão as Três Grandes Luzes
Emblemáticas da Maçonaria, ou seja: O Livro da Lei, o Esquadro,
com as pontas voltadas para o Oriente e o Compasso aberto a
60°, dispostos segundo o Ritual. O Livro da Lei é o LivroSagrado
de cada Religião. Assim, os juramentos devem ser prestados
sobre o Livro Sagrado da crença do Iniciado, poispelos princípios
básicos da Maçonaria, deve haver o máximo respeito à crença de
cada um.
Na parede do fundo do Oriente, desenhado num quadro ou
bordado num tapete ou, ainda, pintado na própria parede, ver-
se-á um Painel Simbólico com as figuras do Sol, ao Norte da
Lua em Quarto Crescente ao Sul, havendo no meio dos dois
um Triângulo Eqüilátero com o Olho da Providência. Este painel
ficará sob o dossel.
Diante do Altar do V.∙. e à sua direita, estará colocado o Painel da
Loja; à esquerda, obrigatoriamente, a Carta Constitutiva.
Na parede do Sul, atrás do Altar do 2° Vigilante, ou acima dele,
pendendo do teto fica a Estrela Flamígera. (sempre acesa)

A colocação das Luzes e Oficiais, bem como dos ornamentos,


obedecerá aos esquema seguinte, retratado no Plano do Templo:

96
97
Os IIr.∙. eleitos como adjuntos terão assento ao lado dos seus
respectivos titulares. Os Companheiros tomam assento no topo
da Coluna do Sul.
VISITAÇÃO

Todos os Maçons regulares têm direito de visitar as Lojas de sua


ou de outras Potências reconhecidas, sujeitando-se, porém, às
prescrições do Trolhamento e às disposições disciplinares
estabelecidas pela Loja visitada, em cujo Livro de Registro de
Visitantes aporão a sua assinatura após comprovarem sua
Regularidade Maçônica.
Em Loja, sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo
M.∙.CC.∙.. Em se tratando, porém,de V.∙.M.∙. ou M.∙.I.∙., será
conduzido ao Oriente, onde tem assento obrigatório.
Só devem ser admitidos como Visitantes, Maçons que exibam
seus documentos de Regularidade em perfeita ordem e se
mostrem, pelo Trolhamento, perfeitos conhecedores dos
S.∙.T.∙.P.∙. e P.∙. Sem.∙., salvo se já forem conhecidos de Obreiros,
que por eles se responsabilizem.
Quando um Visitante for conhecido e já tenha visitado a Loja,
pode o V.∙.M.∙. conceder-lhe permissão para entrar
conjuntamente com os Membros do Quadro.
Nas visitas com formalidades, coletivas ou individuais, a critério
do V.∙.M.∙., serão feitas ao Visitante as perguntas seguintes,
estando o mesmo “entre Colunas” e depois de haver saudado
as Luzes:

98
V.∙. – Sois Maçom ?

Vis.∙. – MM.∙.II.∙.C.∙.M.∙.RR.∙.

V.∙. – De onde vindes ?

Vis.∙. – De uma Loja de São João, Justa e Perfeita.

V.∙. – Que Trazeis ?

Vis.∙. – Amizade, Paz, e votos de prosperidade a todos os IIr.∙.

V.∙. – O que mais Trazeis ?

Vis.∙. – O V.∙.M.∙. de minha Loja – V.∙.S.∙.P.∙.T.∙.V.∙.T.∙..

V.∙. – Quê se faz em vossa Loja ?

Vis.∙. – Levantam-se T.∙. à Virtude e cavam-se masmorras ao


vício

V.∙. – Que vindes fazer aqui?

Vis.∙. – Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer


novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de
fraternidade que nos unem como verdadeiros Irmãos.

99
V.∙. – Que desejais ?

Vis.∙. U.∙.L.∙.E.∙.V.∙.

V.∙ - Este vos é concedido

V.∙. – Sois Companheiro Maçom ?

Vis.∙. – E.∙. V.∙. E.∙. F.∙.

V.∙. – (*) – Ir.∙. M.∙.CC.∙.: conduzi nosso Ir.∙. ao lugar que lhe
compete.

MARCHA, SINAIS E SAUDAÇÕES

Marcha – Os três passos restos do Aprendiz e mais dois oblíquos,


sendo o primeiro para a direita com o pé direito e o segundo para
a esquerda, retornando ao eixo da Loja, com o pé esquerdo,
juntando os pés em cada passo.
Já conhecedor do significado do Maço, do Cinzel, e da Régua de
24 Polegadas, com que trabalhou na Pedra Bruta, ao passar do
Nível ao Prumo, ou seja, para a Coluna da Beleza – O
Companheiro, ávido por novos progressos, deixa-se dominar
pelos anseios de sua imaginação. Assim, após os passos de
Aprendiz, abandona a linha central dando o primeiro Passo da
Marcha do Segundo Grau para a direita, conduzido por sua

100
própria imaginação e arriscando-se aos perigos do desconhecido.
Esse passo toma, por isso, o nome de IMAGINAÇÃO.
Ao dar o Primeiro Passo (com o pé direito), o pé esquerdo o segue
como a Razão, protetora da Inteligência – dá o Segundo Passo da
Marcha para o Eixo da Loja, no que é acompanhado pelo pé
direito. Isto demonstra obediência e amor ao trabalho,
sentimentos que predispõem o Companheiro à pratica e à analise
dos conhecimentos a ele concedidos na Coluna da Beleza.
Assim, a direção, ou linha traçada na execução do SegundoPasso,
tem o nome de AFETIVIDADE: e o ponto de união dos pés, ao
final da Marcha, denomina-se RAZÃO.

Marcha do Companheiro

Sinal de Ordem – Estando de pé colocará a mão direita sobre o


coração, tendo a palma afastada e os dedos arqueados ou
curvos, como para pegar um objeto, e a mão esquerda, com a
palma voltada para frente, é levantada à altura da cabeça,
formando o braço esquerdo estendido ao longo do ombro, com
seu antebraço, em esquadro.

101
O Sinal de Ordem, bem como a Saudação Ritualística têm, como
princípio básico, o corpo ereto, altivo, respeitando-se
rigorosamente ESQUADRO, NIVEL E PRUMO. Dessa forma só são
realizados quando o Obreiro estiver de pé e parado oupraticando
a Marcha Ritualística.
Portanto, os Sinais e Saudações jamais podem ser feitos por
quem esteja sentado, andando, ou portando Instrumentos de
Trabalho (Malhete, Bastões, Espadas, Livros, etc.).

Saudação – Estando à ordem, retirar horizontalmente a mão


direita para o lado direito deixando-a cair ao longo do corpo e,
durante esse movimento, abaixar a mão esquerda ao longo do
corpo, voltando a ficar à ordem.
O Venerável Mestre e os Vigilantes respondem às Saudações com
um leve meneio de cabeça.

Idade – Cinco Anos

Batida – Cinco palmas, sendo três e duas.

Toque – Tomar a mão direita do Irmão e dar com o dedo polegar


cinco toques por, três e dois, na junção entre os dedos polegar e
indicador. Depois, colocar o polegar sobre a primeira falange do
dedo médio e, nessa condição dizes a Palavra de Passe.

Palavra de Passe – Schibolet (dada por inteiro no ouvido direito)

102
Palavra Sagrada – Jackin (Na abertura e encerramento dos
trabalhos, a Palavra Sagrada é transmitida, unilateralmente, por
sílabas, nos dois ouvidos do receptor, começando pelo esquerdo.
No trolhamento, é pronunciada, alternadamente, por sílabas, nos
ouvidos dos interlocutores.)
A LETRA “G”

O enigma da Letra G é explicado pela Cabala, dentro do sentido


misterioso de suas concepções herméticas.
E a inicial do nome de Deus nas línguas do Norte. Para muitos, é
a Grandeza do Mestre; para outros, a Glória de Deus, a
Geometria Universal, a Geração, a Gravitação e, para os Maçons,
a Gnose.
E o que é, afinal, a Gnose?
A Gnose é uma ciência acima das crenças vulgares, uma filosofia
suprema, abrangendo todos os conhecimentos sagrados - que
só podem ser conhecidos pela Iniciação - , transmitindo-se na
tradição oral. O fundo do gnosticismo era explicação do mal pela
coexistência de dois princípios opostos.
Para os Gnósticos, de um Deus inefável saiu, por emanação, o
mundo em que vivemos.
Segundo Clemente de Alexandria, em seu livro "Comunhão com
Deus", o Gnóstico torna-se também um Deus. O Salvador, ofilho
único do Rei Universal, o Caráter da Glória Divina, imprime a sua
própria imagem, habita dentro dele, torna-o seu semelhante, de
sorte que o Gnóstico vem a ser a Terceira Imagem de Deus,
parecida quanto possível à Segunda, a esse que é a verdadeira
Vida e a fonte da nossa vida.
Há outras explicações para a Filosofia Gnóstica, mas sendo a
doutrina esotérica, essas só podem ser dadas nos atos das
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Iniciações.

CIRCULAÇÃO EM LOJA

No Ocidente, a circulação dentro do Templo é feitaobedecendo-


se ao sentido horário do relógio, com o lado direito do corpo
sempre voltado para o centro do Templo. Partindo-se do
Ocidente,segue-se ao Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente
ao Ocidente, sempre contornando o Altar dos Juramentos.
A circulação deve ser feita com passos naturais sem o Sinal de
Ordem. Entretanto, quando o Obreiro cruzar o Eixo da Loja,
exceto se portador de Instrumento de Trabalho, deve parar,
postar-se à Ordem altivamente e fazer a Saudação do Grau. Após,
seguir naturalmente para o fim desejado.
No caso de ter que se dirigir às Luzes ou a qualquer Oficial, o
Obreiro deve parar, fazer a Saudação do Grau e postar-se à
Ordem, exceto quando portadores de Instrumentos de Trabalho.
A circulação no Oriente se faz com passos naturais sem
necessidade de ser observado o sentido horário do relógio.
Entretanto, ao cruzar o eixo deve parar e fazer a Saudação do
Grau. Tendo que se dirigir ao V.∙.M.∙., Oficiais ou Autoridades
Maçônicas deve parar, fazer a Saudação do Grau e postar-se à
Ordem, exceto os portadores de Instrumentos de Trabalho,que
farão apenas um leve meneio de cabeça.
A subida ao Oriente é sempre pelo lado Norte; a descida pelo
lado Sul. Os degraus do Oriente são alcançados normalmente,

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um a um, com os pés alternando-se em passos simples. Assim,
não há paradas nem junção dos pés nos degraus.
O Obreiro que se retirar do Templo, temporariamente, deverá
fazê-lo em passos naturais, pelo Sul e Ocidente sem quaisquer
Saudações. Ao retornar entrará sem formalidades, irá até “entre
Colunas” em passos simples e quando parado fará aSaudação do
Grau apenas ao V.∙.M.∙.e, então, seguirá até seu lugar.
Já o Obreiro que se retirar definitivamente, deve ficar “entre
Colunas”, fazer a Saudação do Grau às Luzes, depositar seuóbolo
na Bolsa de Beneficência, prestar o Juramento de Silêncio tendo
o braço para frente, formando um ângulo de 90° em relação ao
corpo, tendo a palma da mão voltada para baixo – “Juro guardar
o mais absoluto silêncio sobre tudo que aqui se passou” – e
aguardar a permissão para deixar o Templo.
Os Obreiros retardatários deverão adentrar ao Templo,
obrigatoriamente com formalidades, ou seja: executarão a
Marcha Ritualística do Grau, devendo aguardar “entre Colunas”
a autorização para ocupar seu lugar. Os Irmãos visitantes
retardatários serão examinados fora do Templo pelo Cobridor.
Após adentrarem ao Templo com formalidades, permanecerão
“entre Colunas” para o trolhamento, que á critério exclusivo do
V.∙.M.∙. poderá ser dispensado.

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CADEIA DE UNIÃO

Consiste na formação de um círculo com os membros regulares


e ativos da Loja dando-se mutuamente as mãos, com os braços
cruzados (o direito sobre o esquerdo), calcanhares unidos e as
pontas dos pés tocando a dos Irmãos ao lado.
Tem por finalidade e estreitamento dos laços de fraternidade, a
união de pensamentos e sentimentos, a invocação de forças
maiores, a transmissão do desejo de saúde a alguém e,
principalmente, para a transmissão da Palavra Semestral, sendo
que nesta última situação, só é permitida a participação de
Irmãos do quadro da Loja.
É formada no Ocidente, ao redor do Livro da Lei, após seu
fechamento e antes do juramento de sigilo, estando o V.∙.M.∙.
de costas para o trono, ladeado pelos Irmãos Orador(à direita) e
Secretário (à esquerda). À sua frente, no lado oposto do círculo,
estará o Mestre de Cerimônias, ladeado pelo 1º Vigilante , ao
Norte, e o 2º Vigilante, ao Sul.
Após alguns momentos de profundo silêncio e reflexão, ou de
meditação e recolhimento, o V.∙.M.∙. sussurra a Palavra no
ouvido esquerdo do Orador e no direito do Secretário que, de
forma idêntica, a transmitirão ao Irmão que estiver do seu lado
até chegar aos ouvidos do Mestre de Cerimônias, através dos
Vigilantes.
Recebendo a Palavra, o Mestre de Cerimônias une as mãos dos
Vigilantes e vai, por dentro do círculo, respeitando o sentido
horário da circulação, levá-la ao V.∙.M.∙. que, se estiver correta,
inclusive coincidindo a recebida no ouvido da direita com o a
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esquerda, determina ao Irmão Mestre de Cerimônias que
retorne ao seu lugar, após o que diz: “Meus Irmãos eu vos
comunico que a Palavra está correta. Conservemo-la em
segredo como penhor de nossa Regularidade. Se estiver
incorreta ou não houver coincidência, deverá ser transmitida
novamente.
Após a comunicação de sua Regularidade, todos elevam e
abaixam os braços (que estarão cruzados) por três vezes,
exclamando em cada um dos movimentos:

SAÚDE – SABEDORIA – SEGURANÇA

Desfeita a Cadeia de União todos voltam em silêncio aos seus


lugares para complementação do encerramento ritualístico dos
trabalhos.

ABÓBADA DE AÇO

A Abóbada de Aço destina-se a homenagear visitantes ilustres e


Autoridades Maçônicas. È formada pelo cruzamentos das
Espadas de duas alas de Obreiros que, postadas no Ocidente uma
ao Norte e outra ao Sul, tocam suas pontas no alto. As Espadas
são portadas, sempre, com a mão direita estando o braço
esticado. Sob ela passam os homenageados.
A formação da Abóbada de Aço já se constitui, por si só, a
homenagem prestada. Assim, não é permitido “tinir” as pontas
das Espadas.
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FESTAS

Além das datas festivas, prescritas pelo Regulamento, todos os


Maçons Regulares devem reunir-se em Banquete Maçônico nos
dias 24 de Junho e 27 de Dezembro correspondentes à passagem
dos Solstícios. Havendo impedimento sério, o Banquete poderá
ser realizado em outro dia próximo a essas datas.

Demais Procedimentos Ritualísticos, poderão ser encontrados no


Manual de Procedimentos Ritualísticos.

(está cópia foi feita, tendo como base o Ritual de Companheiro


Maçom, editado no ano de 1.928, e que se encontra em uso na
atualidade)

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