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20 02
Seminário Virtual Práticas do REAA
AP RES E NTAÇÃO
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Í NDI CE
II - LANDMARKS
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IV - REGRAS FUNDAMENTAIS
1-O que se refere a Deus e a Religião
2-Da autoridade civil, superior e inferior
3-Das Lojas
4-Dos Veneráveis, Vigilantes, Mestres. Companheiros e Aprendizes
5-Da Conduta
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Nas antigas leis e costumes não havia obrigatoriedade de traje uniforme, nem
referência ao tema existia. As primeiras citações sobre vestimenta referem-se ao avental,
que possui simbologia tão bem ensinada por doutos irmãos.
Apesar de me incluir dentre aqueles que defendem um trajar circunspeto e
uniforme, o faço por zelo ao trato social e a beleza ritualística, porquanto sabemos
que as virtudes do iniciado não são determinadas exclusivamente pela vestimenta. Já
freqüentei lojas onde todos usavam gravata borboleta preta, outras em que a praxe era a
gravata branca, ou a de manta, ou sem uniformidade, com balandrau, com paletó ou sem
ele.
No início do século o costume era usar branco ou uniforme militar e, antes da
questão religiosa, registrava-se a presença de clérigo com hábito secular. E já ouvi até
alguém, mais místico, fazer referência a balandrau de luz (?), vestimenta peri-espiritual
que seria (?) identificada pelo 1° Vigilante ao verificar se a Loja esta a coberto.
Entendo que a vestimenta do maçom é o avental e que o traje em Loja deve ser,
como é, definido por cada Grande Loja em virtude dos costumes de seu povo.
Por que essa indumentária ajuda a identificá-lo, mostrando, desde logo, que ele
pertence a uma categoria especial de pessoas. A qualquer outro Irmão que o veja
convenientemente trajado, será fácil identificá-lo não só como Maçom mas, também, a
que grau pertence, talvez, até, o seu Rito.
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adequada.
No caso da Maçonaria, a uniformização tem os mesmos benefícios já aludidos,
além de naturalmente, os aspectos que se somam e que dizem respeito ao uso da cor
preta.
Da física temos o conceito de que o preto não é cor, mas sim um estado de
ausência de cores. As superfícies pretas são as mais absorventes de energia de
qualquer natureza. Na prática dos trabalhos em nossos Templos, buscamos dentre
outras coisas, esotéricamente, captar energias cósmicas ou fluídos positivos ou forças
astrais superiores para o nosso fortalecimento espiritual. Então a indumentária preta
nos tornará um receptor mais receptivo e mais que isso, nos tornará também um
acumulador, uma espécie de condensador deste tipo de energia.
Por outro lado, a couraça formada pela nossa roupa preta, faz com que as
eventuais energias negativas ou fluidos negativos que eventualmente possam conosco
ter adentrado ao Templo, não sejam transmitidos aos nossos Irmãos.
Se os Irmãos pudessem ver o bombardeio de energias cósmicas que
descem da egrégora do nosso Templo, durante, por exemplo, uma cerimônia bem feita
de abertura do Livro da Lei, jamais desprezariam os aspectos aqui abordados.
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Já para o traje maçônico para as sessões magnas defendo o uso do terno preto, com
gravata, sapatos e meias, igualmente pretos, e camisa social branca, exigindo-se, ainda,
o uso de luvas brancas.
Em reforço a este entendimento, cito o Irmão Castellani que, à página 22 do seu
Consultório Maçônico IV, assim se pronuncia:
"... em regiões quentes dos Estados Unidos, por exemplo, os Maçons costumam
trabalhar em mangas de camisa, portando o Avental, evidentemente, pois traje maçônico
mesmo é o Avental, já que sem ele o Maçom é considerado nu".
Como se não bastasse a palavra do Irmão Castellani, cito o fato passado com o
Irmão Carlos Vieira, obreiro da Loja Maçônica "Delta da Paraíba", Nº 39, do oriente de
João Pessoa e da jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba, que, em
viagem aos Estados Unidos da América, teve a oportunidade de visitar uma Loja
Maçônica no Estado do Texas, mais precisamente na cidade de Fort Worth, onde
somente ele e o Venerável Mestre estavam de terno preto, enquanto os demais Irmãos
estavam em mangas de camisa. Relata o Irmão Carlos Vieira, ainda, que havia, inclusive,
um mecânico de aviação que usava seu avental de Mestre sobre sua indumentária de
trabalho - um macacão ainda sujo de graxa.
Aqui no RJ, no âmbito das Lojas filiadas à Grande Loja, as quais visito com
freqüência, é comum encontramos aquilo que se chama de “samba do crioulo doido”.
Cada Ir. usa o modelito de avental que lhe convém, balandraus de comprimentos
variados sobre calça jeans e sapatos marrons.
Certa vez, exercendo o cargo de Orador sugeri ao Venerável Mestre de
minha Loja que proibisse a entrada de um Ir. com calça jeans e tênis branco-sujo que
por estar usando um balandrau curto e desbotado desejava participar dos trabalhos.
Pessoalmente acho que deve haver uma padronização da indumentária,
respeitando-se a tradição do terno preto com gravata preta ou do balandrau limpo (para
as reuniões informais) além da padronização dos aventais, sob o risco de sermos
confundidos com obreiros de algumas instituições religiosas.
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1. Deve ser padronizado, sim, em Loja Maçônica desse Rito, não só a indumentária
(roupa, avental, cor, alfaias, jóias etc.), mas todos os instrumentos de trabalho e
ornamentação do Templo, pondo fim a esse "samba do crioulo doido" que se vê, nas
visitas efetuadas a Lojas da mesma jurisdição e de outras Obediências, uma verdadeira
"babilônia" ritualística e comportamental;
2. Nesse sentir, sou contrário, embora respeite, às opiniões que visem abolir o uso do
terno preto, com gravata preta, sob o julgo de que o clima é quente, ou a adoção de um
outro traje maçônico, porque o clima é frio e/ou temperado. Entretanto, como alternativa
viável, realmente o balandrau é a melhor opção, desde que padronizado e apresentável,
com capuz, sem capuz, ou sobrepeliz. Esse é o cerne da questão;
3. Nesse mesmo sentir, ainda, sob o manto dessa pseudo-acomodação climática, vê-se
muito alguns irmãos comparecerem às cerimônias de iniciação, elevação e exaltação,
bem como a outras sessões magnas, trajando Balandraus de todo o gênero, inclusive
pouco apresentáveis, além de sujos e com cheiro acre. Desnecessária, portanto, a
afirmação, aqui, de que esse costume não é regra geral, porque exceções existem. O
complemento do traje (sic), aí a situação, então, fica semelhante a um quadro surrealista,
talvez macabro, pela sua diversidade, uns com ternos escuros (azul e preto), outros com
ternos de cores claras, enquanto que os portadores de balandraus, alguns nas
condições descritas acima, são vistos calçados de sapatos brancos, marrons e de
outras cores exóticas, sem esquecer o tênis e afins. Afinal, o que queremos, realmente,
são facilidades e acomodações, ou organização e trabalho?
Maçonaria tem se constituído, nos últimos tempos, em "saco de pancadas", não
somente de fontes externas.
Assim, querido irmão, seja terno, balandrau, ou simples camisa de mangas
curtas, o traje maçônico deverá ser padronizado, ao mesmo tempo que limpo e
apresentável, com foro de urbanidade, bem próximo ou semelhante àquele usado para
visitar pessoas importantes e coisas tais.
Não deixem a Maçonaria morrer.
Ela precisa de todos, do esforço, renúncia e dedicação de cada um de seus
membros.
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DA INDUMENTÁRIA
(Ritual do Simbolismo - Aprendiz Maçom - GLESP, 1995, pg.10 e Manual de Práticas
Ritualísticas - GLESP, 1995, pg.10).
Nas sessões os Obreiros deverão usar seus aventais e paramentos dos Graus
Simbólicos. As Luzes e Oficiais usarão colares de fita de seda chamalotada ou cetim, de
cor azul-celeste, com 10cm de largura, de forma anatômica, terminando em ponta sobre
o peito, da qual pende a Jóia, atributo do respectivo cargo.
As Luzes usarão ainda os punhos (do mesmo material dos colares) tendo
bordado a Jóia de seu cargo na face externa dos mesmos.
O VM usará chapéu de feltro preto, de abas largas e moles.
Nas sessões magnas é exigido traje a rigor, ou social completo - de cor escura -
com gravata preta e luvas brancas. Para as demais sessões é permitido o uso de traje
social comum, de cor escura [preto, cinza-chumbo, azul-marinho ou marrom],
obrigatoriamente com paletó e gravata. O uso de Balandrau poderá ser tolerado, todavia
somente nas sessões econômicas. Deve ser de cor preta, com comprimento abaixo dos
joelhos, mangas largas e compridas, o colarinho deverá estar sempre fechado, não deve
conter quaisquer inscrições, distintivos ou emblemas. O uso de sapatos é obrigatório,
salvo por razões de saúde que o impeçam.
Entendo que a indumentária, descrita acima, compõe-se de três partes: insígnia,
paramentos, traje.
A insígnia do Maçom é o AVENTAL, símbolo do trabalho, que por sua aparência
determina o grau ou condição do Obreiro. A GLESP adota cinco tipos de aventais para
as Lojas simbólicas, além dos próprios da Alta Administração da Grande Loja, são eles:
Aprendiz, Companheiro, Mestre, Vigilantes, Venerável Mestre, Ex-Veneráveis.
Os demais paramentos são os punhos, o chapéu do Venerável, os colares e as
jóias de cada cargo.
Quanto ao traje, descrito acima, na prática utiliza-se o paletó e gravata (parelho),
e não terno (que seria o social completo mencionado), pois não se utiliza mais o colete.
No máximo, em sessões Magnas, vê-se alguns de gravata borboleta, arremedando um
traje à rigor.
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O Balandrau tem sua utilização bastante disseminada e tenho observado que sua
maior ou menor utilização varia de acordo com a cultura da Loja, a profissão dos
Obreiros (profissionais da saúde, por exemplo).
Na minha opinião, em que pese já utilizar obrigatoriamente paletó e gravata
diariamente por razões profissionais, acho o traje exigido pouco adequado ao clima
tropical/temperado de nosso país.
Francisco S. Mello (SP)
Sou de opinião que em reuniões econômicas os Irmãos possam usar suas insígnias e
paramentos sobre um traje confortável para o nosso clima como "esporte social" (calça
e camisa). Porque isso? Porque entendo que o traje brasileiro é esse, da mesma forma
que os Escoceses usam "Kilt" (saia).
Já pensaram em copiar os escoceses?
Copiam-se os outros porque não copiá-los?
Em visita a Cidade de Bodoquena (MS), notei que lá os Irmãos usam como vestimenta
calça preta e jaleco sem camisa (jaleco igual aos dos feirantes de São Paulo) azul
celeste.
O clima, além de ser muito quente, é muito úmido. Isto em sessão econômica,
mas em sessão magna é traje é a rigor mesmo.
Creio que todas estas formas não habituais de vestimenta (inclusive algumas até mesmo
exóticas e em alguns casos hilários) deveriam ser totalmente banidas das nossas
práticas em Loja.
O extremo conservadorismo de se exigir traje rigor ou passeio escuro (quem por estas
bandas passeia de terno escuro e gravata preta? - talvez apenas alguns rabinos
tradicionais ou padres católicos conservadores...).
No caso do traje que devemos usar em Loja, creio que o bom senso deveria prevalecer
(assim também funciona para as demais atividades que
freqüentamos habitualmente, por exemplo, casamentos, festas de aniversário, festas
sociais de empresas e clubes, formaturas, etc.).
Entretanto, se houver displicência ou relaxo ou desrespeito, ou seja, se alguém
se apresentar de modo incompatível e inaceitável (e aí já denota ser pessoa destoante
com a média daquele grupo) ainda resta o recurso de um
disciplinamento, por parte de quem de direito, ou até mesmo impedimento de
ingresso.
Estas exigências de terno preto (acrescido da famosa gravata "branco
esotérico”), etc e tal, "tolerância" ao "balandrau" (indumentária
medieval ou monástica?), ao meu ver são fora de propósito e colidem
com a cultura social em que vivemos.
Imaginem o que significam tais exigências na maioria das regiões do nosso país
tropical...
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As práticas e leis vigentes que regulam esta questão são de um absurdo total, na minha
opinião. Mas, se abaixo do equador os absurdos tornam-se "verdades" irretocáveis... O
que fazer?
Proposta que faço: Vamos analisar sugerirmos (cada qual em sua GL, é claro) uma
mudança nesta questão.
Acredito que toda Sessão Maçônica é um ato Solene, e como tal deve ser tratada.
Na época do meu ingresso na Ordem, o dia da reunião era aguardado com ansiedade, e
havia os preparativos que incluíam: banho, barbear-se, camisa branca, gravata e
costume escuro, alem do sapato e meias pretas.
Balandrau não se conhecia...
Com o advento da "Modernidade" passou-se a "tolerar" que Irmãos que voltavam do
trabalho sem passar pela residência, se apresentassem como se encontravam, i.é.
sapatos sujos e desgastados, roupas de trabalho (calça jeans no estado, camisas
de cores berrantes, etc.) acobertados por um balandrau retirado do porta-luvas do carro
que se apresenta todo "socado” e amassado.
A postura solene foi negligenciada, e em conseqüência, a Liturgia e a Ritualística
seguiram o mesmo caminho da displicência.
Na minha visão particular, deveria ser mantida o uso de costume escuro e tolerado o
uso de balandrau nas sessões econômicas (desde que complementado por calça escura,
sapatos e meias pretas), sendo o mesmo proibido nas sessões magnas.
O argumento da nossa condição de país tropical, não me parece empecilho para uso de
uma vestimenta (às vezes incomoda e desconfortável) pelo espaço de duas horas.
Wilson
Wilson Paganotto Lagareiro (SP)
Devem ser observadas algumas regras básicas que, inclusive, encontram-se escritas em
nossos rituais e em vários títulos não oficiais, ou seja, costume escuro e balandrau para
sessões econômicas ou administrativas e social maçônico (terno preto, camisa branca,
gravata preta, sapatos e meias pretas) para sessões magnas em geral.
Quando me refiro a costume escuro, quero em verdade dizer, costume sóbrio, que
poderia ser do preto ou azul marinho, ao cinza chumbo e marrom ou cáqui escuro.
Por óbvio, sempre acompanhados de adornos igualmente sóbrios.
Nada de gravata do Frajola, ou sapatos bicolores, tolerados apenas nas sessões
administrativas.
Quanto ao balandrau, já é de conhecimento geral que essa vestimenta é adjetivada como
indumentária TALAR, ou seja, deve se prolongar até a altura dos tornozelos. Isso é
básico e nem deveria ser mencionado. Mas por incrível que pareça mais de 50% dos IIr.'.
que o usam, o fazem com peças que mal lhes passam dos joelhos!
Agora quanto ao capuz ou sobrepeliz, entendo que os mestres já possuem sua
cobertura apropriada, e que deveriam usá-la nas ocasiões indicadas tornando
desnecessário serem anexados à peça em si do balandrau.
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Tenho me esforçado em ressaltar essa idéia aos irmãos em geral, pois sou daqueles que
acreditam que o Maçom, em dia de Loja, começa a se preparar para ela desde a hora em
que acorda e vai se vestir.
Ora, se o Ir.'. usa terno e gravata na sua atividade profana, porque não se vestir já
intencionado a comparecer em sua Loja depois do expediente?
Se não usa roupa social para o trabalho, basta não esquecer os paramentos adequados
à sessão que se dará naquele dia, simples!
Mas tem gente q vai à Loja sem sequer saber em que grau ela trabalhará naquele dia!
Alguém acha que eu estou brincando?
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Ensinam nossos rituais que o profano será introduzido no Templo com o peito esquerdo
nu, a perna direita da calça arregaçada até o joelho e o pé direito em uma alpargata.
Assim, despojado de tudo que representa valor monetário, está simbolicamente despido
das vaidades e do luxo da sociedade profana.
Os nossos Rituais tentam mostrar no psicodrama da Iniciação a importância do traje,
naquilo que ele representa ou é socialmente convencionado.
Numa academia iniciática, cujos preceitos são de ordem filosófica e espiritual, não seria
exclusivamente o trajar a escala de valores que nortearia seus conceitos.
Entretanto, a escola filosófica não pode ficar dissociada da confraria, grupo de pessoas
de todas as classes sociais, idades, raças, culturas e conceitos que necessita de regras
de convivência bem definidas para a mantença da ordem e do progresso. O formal da
maçonaria é determinado pela ritualística que normatiza, ordena e embeleza os trabalhos
em Loja.
Mackey1[1] in Aslan, ensina:
“Uma identidade de forma na abertura e no encerramento e ao conferir os Graus
constitui o que é tecnicamente chamada Uniformidade de Trabalho. A expressão não se
refere, em seu sentido restrito, ao modo de trabalhar de Graus iguais em diferentes Ritos
e diferentes países, mas somente para uma similaridade nas cerimônias praticadas por
Lojas do mesmo Rito e muito particularmente na mesma jurisdição.”.
Na busca da uniformidade dos trabalhos é que se insere o traje ritualístico, qualquer que
seja, desde que definido pela Potência a qual a Loja está jurisdicionada.
Ainda Mackey:
“No ato de união de 1813, das duas grandes lojas da Inglaterra, em cujos sistemas de
trabalhos havia várias diferenças, ficou resolvido que uma comissão deveria ser
nomeada para visitar as várias Lojas a fim de promulgar e prescrever um sistema para a
reconciliação perfeita, unidade de obrigação, leis, modo de trabalhar, linguagem e
vestuário, possam vir a ser restaurados na Maçonaria inglesa”.
Claro está que a preocupação com a uniformidade no trajar não é recente e se respalda
também nas mais elementares regras de conduta social que recomenda vestimenta
própria.
1[1]
Mackey, Albert G. in Aslan, Nicola Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia,
vol.IV, 2° ed. Londrina: Ed. Maçônica “A Trolha”, 2000, p.1180.
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séria, quanto aos uniformes militares, e que a minha opinião, portanto é manter o uso do
terno e os complementos conforme citei acima, pois, se for liberar o uso do traje, haverá
Irmão que vai chegar no Templo de bermuda e sandália de dedo.
E que o uso do balandrau deverá ser limitado aos Mestres Maçons, é uma
tradição que não deve cair, para haver uma propagação generalizada de uma
apresentação ruim nos nossos Templos, e projetando uma má concepção dos nossos
visitantes.
Conto do homem de terno preto – Certa vez, num bairro da cidade um homem se sentava
à porta de sua casa, todos os dias, para apreciar a fresca da boca da noite. Num mesmo
dia da semana, na mesma hora, ininterruptamente, passava um senhor de certa idade,
vestindo terno, gravata, meias e sapatos pretos e camisa branca. Carregava uma pasta,
caminhava lentamente, aparentando muita paz interior. O morador à porta e o homem de
preto, anos a fio, no mesmo ritmo de vida, nenhum dos dois abria mão do seu hábito; o
homem de preto passava e dizia com calma, como se conhecesse todas as pessoas
daquela rua: boa tarde, como vai? E seguia o seu caminho. Certo dia o homem da
calçada, não mais agüentou, a sua curiosidade explodiu e perguntou. – Hei moço.
Desculpe-me, mas onde é que o senhor vai por aí, todas as semanas, nesse mesmo dia e
hora, vestindo-se do mesmo jeito? – O homem de preto parou e calmamente disse: olha,
amigo. Vou para um lugar aonde todos que lá freqüentam são verdadeiramente irmãos e
trabalham de graça em favor de toda a humanidade; aonde acreditamos num poder
Supremo e Criador, numa vida após a morte, na igualdade e na liberdade entre os
homens. Ate logo mais, amigo. E seguiu seu caminho, assoviando certa molequinha que
nunca fora gravada. Nem bem caminhou dez passos, veio novo questionamento: Hei
moço, só mais uma pergunta. Este lugar existe mesmo? O homem de preto sorriu de
lado a lado da face, seu coração estava cheio de alegria! E seguiu seu caminho.
Pesquisa recente em nossa região comprovou, com exceções, que o Irmão que não
gosta de terno, é menos assíduo aos trabalhos da loja, revolta-se com mais com
facilidade à aplicação da disciplina em toda a sua extensão, gosta de sair da Loja, depois
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dos trabalhos e estar preparado para afazeres profanos às vezes não muito moralistas
(como as rodadas de cervejas e, nelas, porque não, os assunto da Ordem, discutidos em
voz alta), não gostam que a Loja termine tarde e até mais, não acham graça em nada que
se faz ali. Enfim, a nossa pesquisa mostrou que via de regra, perdido por um, perdido
por mil (não gosta do terno e de nada mais).
A pesquisa mostrou que tais irmãos são aqueles que chegam na Loja com a formação
do cortejo para entrada no Templo em andamento, puxam de uma pequena pasta um
balandrau (curto e com uma enorme caveira no peito) que mais parece ter saído de uma
garrafa, um avental, sujo e mais amassado ainda; enquanto ele se prepara para compor
o Cortejo de entrada, que o espera com paciência, os demais Irmãos, não lhe tiram os
olhos, comparando-o a um ser de outro mundo. Prepare-se, dentro da Loja, dificilmente
se pode esperar boa coisa dele. A pesquisa mostrou que um desses Irmãos, ao ser
questionado sobre o pedido da terceira licença, consecutiva (contrária à Constituição),
reclamou: a culpa é da Grande Loja que não me informou a mudança da Constituição. É
mole?
Sou favorável ao uso padronizado do terno preto e em nossa região se usa assim, com a
tolerância do Balandrau para Mestres, em Sessões Econômicas (já disse).
Fomos mais longe nesta oportunidade, para fornecer a nossa colaboração; perguntamos
a dez cunhadas, como elas gostariam que seus esposos se vestissem para irem à Loja:
Sete disseram que de terno preto e dessas sete, três, que se sentiam orgulhosas de os
verem saindo assim; uma disse tanto faz e duas acharam que o balandrau, apesar de
feio parece mais confortável e da menos trabalho para se cuidar.
Apesar do hábito generalizado que nossa sociedade tem de tentar uniformizar tudo creio
que a única coisa que deve ser uniforme em um trabalho maçônico é o avental. Ele é a
única roupa que o Maçom deve trazer igual à de seus Irmãos.
Usar roupas formais de qualquer tipo, ternos ou balandraus dará uniformidade visual a
Loja, mas não garantirá a uniformidade de propósitos ou de afinidades vibratórias.
Penso que devemos cultivar a Liberdade em todas as suas formas, inclusive a Liberdade
de trajar de forma diferente dos demais Irmãos, salvo pelo Avental, que deve ser a única
coisa imutável na indumentária de um Maçom. Por exemplo, quem teria coragem de
impedir a entrada de um Irmão, de terras orientais, que viesse visitar nossa Loja trajando
uma roupa típica de sua terra, uma roupa árabe, por exemplo, ou hindu, ou qualquer
outra roupa diferente de nossos hábitos ocidentais?
Embora comparecesse a Loja trajando a roupa com que está acostumado, seria visto,
por sobre sua indumentária, um orgulhoso avental Maçom que o torna IGUAL, por
aquele detalhe, a todos os irmãos presentes.
Essa é a razão por que entendo essa discussão sobre a uniformidade da roupa uma
questão irrelevante, diante dos princípios de mais alta ordem que regem a Fraternidade
Universal Maçônica.
Nosso grande escritor contemporâneo José Castellani, por diversas vezes em listas
virtuais, manifestou que "Traje maçônico é o avental".
Cita ele que, historicamente, o traje utilizado em sessões acompanha a moda profana, o
que podemos realmente vislumbrar através de desenhos de maçons do Séc XVII, XIX,
etc...
Vi, na Internet, fotos de lojas em que militares mantinham, sobre sua farda, o
avental do grau e recentemente circulou pelas listas, fotos de uma Loja em que todos os
obreiros ostentavam um uniforme escoteiro.
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Quando nos propomos a lapidar a pedra bruta que habita em cada um de nós, é de
fundamental importância que saibamos dominar a bionergia dos nossos corpos.
Ora, se somos um campo energético em busca de polaridades que nos ajudem a viver
em equilíbrio, nada mais recomendável de que se busque uniformizar procedimentos
com nossos pares.
Isso em família, no trabalho e, principalmente, dentro de uma Loja maçônica em Sessão,
onde a egrégora é de fundamental importância para que a lapidação se faça em bases
equilibradas e harmoniosas.
A uniformidade de indumentária é tão importante quanto o rigor de uma ritualística
uniforme, respeitando-se, claro, as limitações territoriais das Potências.
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Até porque, desconheço Ordem maçônica que divida seu poder e se sujeite à
ingerência de outra Obediência. Mesmo que isso fosse permitido, imaginem um time de
futebol entrando em campo, onde cada jogador veste uma cor de camisa!
Será que eles conquistariam algo?
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se, todavia", o que dá margem a que qualquer um vá vestido como lhe é possível ou
conforme seu gosto pessoal.
Nesse sentido o Balandrau ou a Dalmática serviriam, desde que talares e de uso
obrigatório por todos nas sessões econômicas, nas sessões solenes usar-se-ia o paletó
e gravata.
Não vejo nenhuma necessidade de que a indumentária Maçônica seja uniforme, afinal
não estamos em nenhuma "escola, colégio", nem mesmo num quartel militar.
No meu ponto de vista temos que nos preocupar com o conteúdo e não com a
aparência. Já imaginaram que chato seria participar dos trabalhos de uma Loja se todos
fossem exatamente iguais, não teria sequer condições de se conversar, pois não
haveriam divergências.
A medida que analisamos os Irmãos pela aparência estaremos sendo
preconceituosos e eu já vi grandes Irmãos serem destratados por outros por não estar
usando costume enquanto que outros eram privilegiados por usar esse traje.
Pode isso?
É o que pregamos em nossos TT:.
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XIX, tendo sido introduzido na Ordem Maçônica pelos IIr.'. que faziam parte, ao mesmo
tempo, de Irmandades católicas e de Lojas Maçônicas, e que foram, sem dúvida, o
motivo da famigerada "Questão Religiosa", nascida no Brasil por volta de 1872. Esta
peça de vestuário foi sendo adotada por Maçons braSileiros como substituição barata e
confortável do traje a rigor preto, exigido nas cerimônias maçônicas, que era o
"smoking", com gravata borboleta e luvas brancas.
Sendo uma indumentária confeccionada em tecido leve, por preço baixo, permitia, em
tempo de calor, suportar as altas temperaturas nos recintos fechados.
É bom lembrar que o balandrau usado pelo Ir.'. Exp.'. deve possuir uma capa ou
mandalete e ter largo capuz, afim de não ser reconhecido pelos profanos, antes de
receberem sua iniciação.
O balandrau, em si, é uma veste talar (do latim talaris -e, de talus -i: tornozelo,
calcanhar; dado de jogo; talão (entre outros sentidos) parte posterior do pé humano; e,
por extensão, dos animais; ou simplesmente, a parte do pé formada pelo calcâneo ou a
parte do calçado, bota ou sapato, que o cobre); isto é, deve chegar até os tornozelos ou
ao calcanhar.
Daí, não se justificarem os minibalandraus (até a cintura, como uma jaqueta), usado,
às vezes, por determinados IIr.'.; bem como não se coaduna com o nosso Ritual, vestir
um vestuário de cor branca, por imitação a Maçonaria Mística (a não ser que o mesmo
seja adotado por unanimidade).
Existem autores maçons que metem os pés pelas mãos, quando se referem ao traje
escuro com o qual o Maçom deve comparecer às Sessões da Loja, e fazem comentários
sobre o emprego do balandrau.
Um deles diz: "A exigência de traje, até de rigor, como se as Sessões de Loja
fossem coruscantes recepções mundanas, é um anacronismo, como grande dose de
influência clerical (o traje como sinal de respeito, nos Templos, o que é uma bobagem,
pois a consciência do homem está no seu interior e não na roupa). A própria Igreja, que
é bastante conservadora, já tem abandonado essa exigência; com muito mais razão deve
fazê-lo a Maçonaria, que sendo evolutiva e progressista, não comporta anacronismos".
Prosseguindo: "...segundo Steinbrenner (História da Maçonaria), os collegiati,
membros da mais antiga corporação de ofício (os” Collegia “romanos, criados pelo
Imperador Numa Pompilio, no Século VI A.C.), quando se deslocavam pela
Europa...portavam uma túnica negra; da mesma maneira os membros das confrarias de
pedreiros, que viajavam de um lugar para outro, na Idade Média, vestiam-se com um
Balandrau negro".
Ora, se este balandrau negro era um traje de trabalho, para os Maçons de ofício, por
que não o será para os Maçons Aceitos (Especulativos)? Discutir traje é discutir sexo
dos anjos.
Outra coisa que queria deixar bem claro: se dias após dia forem alterando a
seqüência ritualística, por vontade de uns e outros, dentro em pouco tempo os nossos
Rituais, hoje muito podados em um sem numero de símbolos, se mostrarão como meros
almanaques de propaganda farmacêutica, no bom estilo antigo.
Rizzardo da Caminno (filiado às GG LL) diz em seu Grande Dicionário Maçônico:
“No Brasil surgiu (o Balandrau) com o movimento libertário da Independência, quando
os Maçons se reuniam sigilosamente, à noite; designando o local, que em cada noite era
diverso, os Maçons percorriam seus caminhos, envoltos em balandraus, munidos de
capuz, com a finalidade de penetrando na escuridão permanecerem” ocultos “, nas
sombras para preservar a identidade".
Concluindo, sou de opinião que o emprego do balandrau deve ser aceitável e
freqüente na Maçonaria Brasileira, desde que talar, mangas largas, de cor preta, fechada
até o pescoço e sem qualquer insígnia.
Não é a indumentária que fará com que sejamos mais, ou menos maçons, e sim o que
carregamos dentro de nós e deixamos que se espalhe para a comunidade em que
vivemos, tal como sabedoria, fraternidade, tolerância, indulgência, amor ao próximo, e
assim por diante.
É a nossa vontade de vencer nossas paixões, é a nossa disposição para construirmos
nosso TEMPLO INTERIOR, que nos fará realmente sermos bons maçons.
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Mas em maçonaria, ouço muito falar e leio em muitos livros, algo chamado de
"antiguidade" de uso, e o traje do maçom em loja, sempre foi um traje diferenciado do
mundo profano, e este traje é uns dos fatores que nos faz “iguais" quando em loja, por
isso, acho que a indumentária tal como se usa atualmente deverá continuar sendo usada
(balandrau em sessões econômica e Terno para as sessões magnas).
O que deve ser revisto principalmente pelos MM.´.MM.´. é a maneira de como esta sendo
usado esta indumentária.
Acho até um desrespeito para com a ordem, IIr.´. que usam um balandrau mais
parecendo uma mini-saia, ou então vão a uma sessão econômica com terno claro,
gravata vermelha ou toda colorida.
Belmiro Cândido Lopes (SP)
Há dois grandes motivos para que procuremos estar vestidos igualmente em Loja:
1º -porque os maçons em Loja são irmãos sem distinção de qualquer natureza e, por
isso mesmo, a indumentária única evidencia e reforça esse conceito. Se um costume
preto é de gabardine inglesa e outro é de microfibra chinesa, não importa! Se um
balandrau tem botões em ônix e outro no mais puro osso tingido, também não importa!
Ninguém está lá para sonhar ser o que não é, e ter o que não tem.
2º - porque Maçonaria é disciplina. Nossos conceitos e liturgias não conseguiriam ser
tão bem ministrados e assimilados não fosse pelo rigor disciplinar próprio dos Maçons.
Disciplina consigo próprios no que se refere à tenacidade de suas ações, ao incansável
espírito de colaboração e presteza, próprio dos Maçons. Uma Loja composta de
membros cuja vestimenta seja similar, fixa esse conceito como uma marca registrada.
Tal qual um logotipo ou coisa parecida. Basta deitar os olhos nas colunas e ver todos
os IIr. vestidos igualmente que o senso de disciplina logo se faz presente na mente
daquele que observa. E isso mexe com nossos brios, quer queira, quer não!
Concordo com aqueles IIr que sustentam que para se atingir os objetivos
maiores da Maçonaria não se necessitam tais regras, ou que o importante é o interesse
coletivo pelo bem comum. Mas, certamente, o uso de expedientes como esse,
(indumentária uniforme) elevam o moral da tropa e criam o clima ideal para o trabalho
dirigido e coletivo.
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É como aquela estória de que "não basta ser pai, tem que participar...” Assim é com os
maçons, "não basta ser Maçom, tem que se engajar".
Ailton Alves (SP)
Como já havia dito o traje, gravata, terno, em meu entendimento é acessório e cada
Potência ou cada Oriente podem adotar o seu de acordo com o clima etc., etc...
Já pensou estarmos no Oriente Médio e o Maçom de lá, para estar em Loja, tenha de
usar o terno e a gravata?
Quanto ao uniforme "avental” , seja lá qual for a Potência ou Oriente, ele existe e cada
um destes Orientes pode adotar ornamentos a este avental de conformidade com as
assembléias constituídas para este fim e de acordo com a Potência e o Oriente, também
não dá para uniformiza-lo ou seja uniforme já o é o Avental.
Embora consigamos orientar as GGLL a ter um avental padrão e o façamos porem em
cada avental aparecerá a insígnia ou brasão da potência, pronto já está ai a
diferenciação.
E é nestes aventais que podemos, às vezes, diferenciar a qual Oriente ou Potência o
Irmão está filiado.
Essa história de uniformidade não acontece inclusive nas Policias Militares estaduais
que estão subordinadas as forças armadas, embora deva existir um padrão que é
evidente, alguns detalhes tornam claro a que Estado pertencem.
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da anfitriã.
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Os Irmãos do Quadro da Loja são sabedores, antecipadamente, em que grau vai ocorrer
à sessão (Grau, Magna, Branca ou Pública e Especial), e não poderá inventar traje que
não seja adequado com o evento e paramentado de acordo com o ritual.
Existe, em nossa Loja, uma quantidade de aventais e balandraus, caso os convidados e
visitantes, necessitem, mas a preferência do traje é sempre na cor preta.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Se algum Ir. eventualmente, sem recidiva, por um
motivo especial, estiver trajando uma roupa que possa discretamente ser encoberta pelo
balandrau, que não esteja usando um tênis ou chinelo, cuja aparência do vestuário não
constitua uma agressão visual ou desrespeito ao Regulamento Geral da Grande Loja, e
que possa usar o avental do seu Grau com dignidade deve, por decisão do Venerável e
do Irmão Orador participar dos trabalhos.
Defino a resposta como está determinado pela GLMERJ que segue a definição padrão de
algumas potencias que conheço fora e dentro do nosso pais.
O Irmão tem que comparecer à sessão com a indumentária que deveria comparecer se
estivesse indo a mesma sessão (grau, magna, branca, especial, etc.) na sua Potencia de
origem.
Para ilustrar lembro do fato ocorrido em 1994 quando nosso Irmão Nelson Carneiro,
concorrendo novamente ao cargo de Senador foi fazer pronunciamento em reunião
plenária da GLMERJ.
Não estando com a indumentária correta, cedi meus paramentos e o meu terno para que
ele pudesse entrar na sessão.
Além de aceitar sem a menor restrição o nosso Irmão Nelson Carneiro submeteu-se a
uma vestimenta 2 a 3 números acima da sua e eu fiquei com o que sobrou aguardando
seu retorno, no banheiro.
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"Ela é regional? Não, VM, ela é universal, e suas oficinas espalham-se por todos os
recantos da terra, sem distinção...".
Acredito que todas as Lojas espalhadas pelo Universo são a extensão de nossa própria
Loja, e como tal, tenho o direito de me sentir em casa numa Loja visitada.
Resta-me ter o discernimento e o bom senso em procurar apresentar-me, sempre, com
respeito e veneração aos trabalhos desenvolvidos, incluindo-se aí minha forma de
apresentação pessoal.
Claro que nem sempre estaremos preparados para isso.
Em férias, numa viagem, nem sempre estaremos com o traje apropriado.
Resta-nos procurar um irmão da Loja a ser visitada e declarar, sinceramente, que teria
muito prazer em conhecer a Loja, mas que estamos despreparado quanto ao traje, e que
entendemos se a oficina deliberar que devido a isso, não poderemos participar.
Ou seja, sem "pele fina", sem melindres, entender que a oficina pode ter regras próprias
para tais casos.
E quanto à oficina, nada que a reserva de um ou dois balandraus a serem oferecidos aos
visitantes não resolva.
Heinz Roland Jakobi (RO)
O Maçom, para freqüentar os trabalhos, deve estar adequadamente vestido: com terno
preto, gravata
gravata e seu avental (traje maçônico).
Aos Mestres Maçons
Maçons tolera-se o uso do Balandrau em Sessões Econômicas e apenas
aos Espertos nas Sessões Magnas.
Acreditamos que o Balandrau deva ser a vestimenta dos Mestres Maçons.
Excepcionalmente visitantes em trânsito podem utilizar o Balandrau sobre a roupa
profana.
Nossa Loja possui vários Balandraus de reserva para estes visitantes.
Os aventais ficam na Loja e podem ser emprestados, assim todos podem participar das
sessões.
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pela Grande Loja (terno, gravata, sapatos e meias pretas com camisa branca) e vai mais
além, proibindo o uso do balandrau entre os obreiros do seu quadro.
Evidente que as determinações de seu Regimento Interno não se aplicam aos
Irmãos visitantes, que podem ter acesso aos seus trabalhos vestindo balandrau talar, do
qual a Loja até dispõe de algumas peças para emprestar aos Irmãos que a visitem sem
que estejam vestindo a indumentária exigida.
Quanto aos paramentos é indispensável o uso do avental nas sessões nos
graus de A:.M:. e de C:.M:. e, além dele, o chapéu preto de abas moles e o talabarte
azul,colocado da direita para a esquerda, em cuja extremidade estará a espada para ser
cingida à cintura, nas Sessões do terceiro grau.
A Loja possui em seu acervo todos os paramentos para ceder aos irmãos
visitantes que não os possua. Por isso não admite em suas Sessões a presença de
irmãos, mesmo visitantes, sem estarem revestidos e paramentados de acordo com as
exigências dos rituais adotados pela sua Grande Loja.
O resgate dessas tradições tem rendido à essa Loja o reconhecimento e o
respeito das demais Lojas da jurisdição, que muitas vezes não conseguem impedir os
vícios de procedimento que induzem à prática irregular e ao desrespeito às leis e normas
estabelecidas.
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Fui secretário de minha Loja nos dois últimos mandatos e, apesar de ler os
Regulamentos e a Constituição da GLESP constantemente, não me recordo de haver lido
ali qualquer referência quanto ao tema, específico para visitantes.
Assim, minha resposta se baseará exclusivamente em minhas observações e opinião
própria.
O manual de Paramentos e Jóias da GLESP, ilustrado com foto, define a indumentária
do Mestre Maçom com Costume Preto, camisa branca, gravata preta, sapatos e meias
pretas, e o avental do mestre. Adicionalmente informa que, quando em Loja de Mestre,
deve ser usado o Chapéu de Mestre, de feltro preto, de abas moles, caído sobre os
olhos. E só.
Por outro lado, no Ritual do Mestre Maçom, fala-se sobre a espada, que deve estar
cingida, e relata os seus momentos de uso (principalmente no ritual de exaltação).
Se no ritual está escrito que o mestre deve levar a espada cingida, porque o Manual de
Paramentos e Jóias não faz qualquer alusão a ela? Por favor! Não precisam responder!
É apenas uma observação. Mas vai daí que nunca vi ninguém em Loja de Mestre usando
sua respectiva espada.
O que devemos obedecer? O Ritual ou o Manual de Paramentos e Jóias?
A indumentária do Maçom, que já foi discutida nas semanas anteriores, é o "uniforme
preto/escuro maçônico". Tolerado em casos específicos o Balandrau talar.
Quanto a visitantes, minha opinião é de que, seja como for, ao menos o Ir.'. deve estar
com uma das duas indumentárias correntemente aceitas. e ponto. Qualquer outro tipo
de indumentária está fora de cogitação.
Agora, com relação aos paramentos... Aí sim, a coisa pega! No caso de visitantes isso
não será problema, pois 99% das Lojas têm aventais dos três graus para uso geral.
Inclusive e principalmente para visitantes.
Mas já pude presenciar um Ir.'. que, vindo direto do trabalho, não pode pegar seus
paramentos em casa. Ao chegar à Loja, que trabalhava em sessão econômica,
procurando no "balaio" dos aventais, por alguma razão não encontrou nenhum de
mestre (ele é M.’. I.'.). Não teve dúvida, colocou um de aprendiz e bateu maçonicamente
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à porta do Templo. O Ir.'. G.T. anunciou a presença do Ir. com o detalhe do avental do
grau.
O VM deu entrada ao obreiro que, desculpando-se e dizendo-se um eterno aprendiz,
pediu licença e ocupou um lugar na Col.'. do N. '.. Obviamente isso não seria possível se
a sessão estivesse ocorrendo no grau 2 ou 3, vez que Apr. não tem assento nessas lojas.
Essa estória contei-a para ilustrar que, muito embora o Ir. devesse estar portando no
mínimo um avental de M.M. simplesmente, é fato que, quando somos MM, em verdade
somos também AApr.'. e CComp.'.. Portanto em nada compromete, na eventualidade, o
uso de um avental de grau "inferior". Principalmente se considerarmos o
aspecto esotérico do uso do avental que é a cobertura do chakra base. E isso qualquer
um dos três aventais faz.
Fechando a costura... no caso do Ir.'. visitante devemos considerar a possível
involuntariedade da falta dos paramentos e indumentária específica. Mas também
devemos estar prontos a paramentá-lo devidamente e por nossa iniciativa. Quanto a IIr.
do quadro não há qualquer dúvida. Indumentária e paramentos do grau. Sem maiores
desculpas.
O visitante pode ser admitido desde que seja devidamente trolhado, não tenha sido
expulso da Potencia a que pertence e se apresente com o traje mínimo obrigatório, terno
escuro se sessão magna e com o paramento (avental) do grau simbólico (vale aqui da
sua potencia desde de que reconhecida).
Se em sessão econômica, terno escuro ou balandrau e o paramento (avental) do grau
simbólico.
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metade da coxa, o gorducho não irá conseguir abotoar o colarinho e o nanico vai ficar
parecendo uma noiva de luto.
Voltando aos nossos três irmãos "diferentes", as suas vontades de participarem
dos trabalhos não são menores que a sua e a dos demais obreiros do Quadro em tê-los
juntos nesta noite.
Você irá barrá-los? Prevalecerão os austeros mandamentos? O "visual" e a
"Igualdade" serão defendidos? Lembre-se que uma flexibilização receberá muitos
rótulos: "precedência", "jeitinho brasileiro", e até mesmo, "bagunça".
Ou você irá abraçá-los muito, como um pai chegando em casa, ainda
engravatado, abraça aquelas criaturinhas que correm em seu colo para beijá-lo sem se
lembrarem que estão com as mãozinhas e os narizinhos sujos?
Se você não "enxergar" as suas indumentárias impróprias, não terá a Orla
Dentada uniforme em sua Loja, porém, com certeza, serão encontrados os maçons
reunidos em busca da mais ampla Fraternidade.
Existe uma tolerância maior com os visitantes e as Lojas quase sempre possuem
uma quantidade de aventais e balandraus para emergências.
Mesmo assim, o bom senso deve presidir as decisões do VM diante de
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Sendo Irmão do quadro, e sabendo com antecipação o tipo de sessão que será
realizado naquele dia, não se permitirá seu ingresso, se não estiver trajado e
paramentado de acordo.
Sendo irmão visitante, e surpreendido com uma sessão Magna, não estando trajado
apropriadamente, a conduta sensata seria de desculpar-se e voltar numa outra
oportunidade.
Porem, se por insistência daquele que o convidou e de comum acordo com o
Venerável Mestre, poder-se-á permitir seu ingresso, sem convidá-lo para exercer
qualquer cargo nessa sessão.
Essa prática é adotada em minha Loja (GLESP) desde ha muito tempo, e não tem
gerado maiores problemas.
O maçom é um cidadão do mundo, e assim deve ser tratado. Se está em sua Loja ou em
qualquer Loja do Mundo, seu traje e paramento devem ser o mesmo.
Infelizmente, querem individualizar, mas um dia espero que os “donos de loja”
desapareçam da face da terra.
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Definitivamente, não.
Em nossa região não são permitidos os paramentos do filosofismo nos trabalhos
simbólicos.
Não devemos misturar as coisas, embora a finalidade seja a mesma.
Dezir Vêncio (GO)
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simbólicas, como forma de impressionar os irmãos dos "tenros graus". Com que
objetivo ?
Juarez
Juarez de Fausto Prestupa (MG)
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ou 32 pode ser usado em sessão de loja de perfeição (4 a 14) e de capítulo rosa cruz (15
a 18).
Os paramentos de graus filosóficos não podem nem devem ser usados em sessões de
lojas simbólicas. Os membros de corpos filosóficos não devem usar paramentos ou
adereços (comendas, etc) em sessões de lojas simbólicas, mas usar os paramentos dos
corpos simbólicos a que tenham direito de uso (aprendiz-maçom, companheiro-maçom,
mestre-maçom, venerável mestre, mestre instalado (ex-venerável mestre), grão mestre,
past -grão mestre, etc).
Há uma raríssima exceção conhecida entre membros de Grandes Lojas Brasileiras: a
presença do Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA,
dirigente da oficina chefe do rito, em reunião de Grande Loja, com paramento
de membro efetivo do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA. Mas essa situação
decorre do fato de que o Soberano Grande Comendador está sendo recebido na sua
qualidade de dirigente de um corpo filosófico que mantém relacionamento com o corpo
simbólico (Grande Loja).
Essa situação não é exclusividade do Brasil, mas é muito comum em vários paises.
Tivemos oportunidade de presenciar em Roma, em Assembléia Anual do Grande Oriente
dItália, ao lado de representantes de Grandes Lojas de vários países, a presença da
quase totalidade dos dirigentes dos vários corpos filosóficos praticados naquela
jurisdição.
Acrescentamos que esses mesmos membros da Administração do Supremo Conselho,
no Brasil, procuram sempre, excetuada essa exceção anterior citada participar das
sessões de corpos simbólicos com os paramentos dos graus simbólicos.
Concluímos dizendo que membros de corpos filosóficos, ai incluídas as autoridades
desses corpos, não podem comparecer a sessões de corpos simbólicos com
paramentos de graus superior. A exceção ocorre quando o Corpo Filosófico se faz
representar, nessa qualidade, em reunião de Grande Loja, onde são recebidos como
autoridades do rito.
Este é o procedimento que consideramos correto, salvo melhor juízo.
Embora seja uma prática adotada em nossas Lojas, não entendo que esse hábito seja
adequado.
Loja Simbólica não deve se envolver com aspectos dos corpos da Ordem nos graus
superiores, mesmo porque, esse tipo de prática, até onde sei, restringe-se ao REAA
basicamente, o mais popular dentre os Ritos adotados por nossas GGLL.
Em uma sessão de grau filosófico existem regras próprias, da mesma forma que no
simbolismo.
Permitir que membros desses corpos adentrem as sessões do simbolismo trajados a
caráter, como se estivessem em sessão dos graus superiores, teria então de ter, como
contrapartida, a possibilidade de Irmãos que são autoridades nos graus simbólicos
visitarem sessões daqueles graus trajados com os seus paramentos próprios.
Como se pode depreender, essa reciprocidade também não seria adequada, razão pela
qual entendo que cada um deve permanecer em sua esfera de influencia, sem haver
misturas quer de paramentos, quer de rituais ou procedimentos quaisquer.
Os Graus de 4 a 33 se originaram na Maçonaria Simbólica (Graus 1 a 3) e não o contrário,
como parecem pensar alguns de nossos Irmãos.
Manoel Cossão Neto (RJ)
Nunca vi, nem me contaram, que alguma autoridade de Corpos Filosóficos do Supremo
Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, na
cidade do Rio de Janeiro, no qual fui investido no Grau 33, e onde exerci diversos
cargos, se fez presente a uma Loja Simbólica ostentando seus paramentos, tampouco,
como Mestre Instalado da Muito Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de
Janeiro jamais compareci a uma reunião do Supremo Conselho com avental do
simbolismo.
Não chegaria nem à porta, seria ridicularizado.
São mundos diferentes.
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Cópia das atas da Loja Luz Serrana do final do século 19 e início do século 20, que
devem estar na biblioteca da Grande Loja de Santa Catarina e os originais na própria
Loja, mostrarão que em determinadas sessões dessas os aprendizes e companheiros
tiveram de deixar o templo definitivamente porque a Loja teria de iniciar um irmão num
grau superior.
Em 1927 com a separação dos corpos, por Mário Bhering, e o nascimento das Grandes
Lojas brasileiras, a situação se normalizou de forma a termos reconhecimentos
internacional.
O Grande Oriente do Brasil manteve “o status quo” até a década de 50 do século
passado e seus membros estavam autorizados a visitar Lojas Simbólicas com os
paramentos do grau que detivessem e ainda, apondo o grau após o nome na lista de
presença.
Quando do cisma de 1973 com o nascimento do Grande Oriente Independente em cada
unidade da Federação este já fez sua separação e hoje tem um Supremo Conselho (sic)
em cada Unidade.
A Grande Loja de Santa Catarina a partir de 1978 não permitiu mais essa prática.
Só poderia adentrar ao templo de uma Loja da Grande Loja de Santa Catarina portando o
avental correspondente ao grau simbólico.
Não há como nem porquê aceitar qualquer vestimenta maçônica que não seja a
estabelecida pelo rito e obediência.
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Conquanto seja apenas MM:. eu sempre soube que em Loja Simbólica não se admite IIr.
com paramentos dos graus Filosóficos. Ainda que sejam do grau 33º.
Aliás, em duas oportunidades, em que estive com IIr. conhecidos e que se iniciaram nos
filosóficos, ao perguntar sobre seus paramentos e ornamentação da Loja, obtive uma
negativa como resposta sob alegação de que seriam segredos dos graus e que somente
os iniciados lá poderiam ter acesso a tais informações.
Sempre estranhei esses comportamentos, pois é só abrir algumas revistas e periódicos
maçônicos, onde se reporte a uma cerimônia em que o Supremo Conselho esteja
presente, e lá poderemos observar inúmeros IIr. de todos os graus portando seus
paramentos e comendas dos graus filosóficos. Muito embora, é fato, quem não conheça
os graus não saberá a qual eles se referem nem terão acesso ao simbolismo que eles
representam.
Ainda assim, mesmo não sabendo o que significam tais paramentos, entendo que se a
simbologia e as práticas ritualísticas são diferentes, e, se dois corpos não ocupam o
mesmo lugar no espaço, filosofismo e simbolismo devem ter vidas distintas e
representatividade idem.
Ainda que para ser iniciado no filosofismo seja preciso ser MM no simbolismo, vale
lembrar que suas constituições de origem são diferentes e seus governos são exercidos
por organismos independentes.
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Após 1927, devido à própria circunstância da ruptura havida com o GOB, nas GGLL foi
dada especial e intensa atenção a esta questão. Esta postura é
natural, pois o tema era parte do pano de fundo e da motivação da
cisão havida.
3- Na Inglaterra e nos Estados Unidos, diferentemente da França, predominavam (e ainda
predominam) a cultura do Rito de York (Ritual de Emulação, na Inglaterra) e, neste rito,
não existem os assim chamados "Altos" Corpos Filosóficos (sendo que a palavra altos
tem a ver, no caso do REAA com a idéia de hierarquicamente superior) e sim graus
paralelos ou complementares, os quais não representam
uma "seqüência" com noção de hierarquia e, sim, um aperfeiçoamento
adicional não mandatório.
4- Assim, a cultura inglesa e a norte-americana proporcionam uma grande
independência entre as GGLL e a organização dos Ritos (especialmente o Rito de York e
o REAA) não havendo uma separação com este viés de "quase heresia" no
relacionamento direto entre estas organizações maçônicas. No ano passado, por
exemplo, nas celebrações dos 200 anos do Supremo Conselho Sul do REAA, os Grão-
Mestres das GGLL americanas e de outros países lá estavam presentes / representados.
Enfim, são organizações maçônicas independentes e soberanas, cuja
matéria prima é a mesma: os maçons de uma determinada jurisdição.
No caso dos americanos, torna-se cada vez mais comum, maçons que
participam dos graus paralelos do RY e, também dos graus filosóficos
do REAA. Em ambos os casos são complementos à sua formação e atuação
em obras sociais.
5- Nas GGLL brasileiras (falo pelo que tenho visto na GLESP) há uma tendência de
incentivo à expansão do Rito de York (Ritual de Emulação), fato este que deverá,
gradualmente, modificar a nossa visualização destas outras organizações maçônicas.
O mesmo já acontece, gradualmente, com as organizações para-maçônicas (De Molay,
Rainbow Girls, etc).
Há uma tendência destas organizações terem visibilidade na sociedade e serem parte
significativa da ação social da Ordem como um todo (por
exemplo, nos EUA, o Supremo Conselho Sul do REAA tem uma participação direta em
obras de assistência médica hospitalar para certas doenças da fala ( veja mais em
http://www.scscottishrite.org/in_ritecare.htm) e isto acaba sendo reconhecido pela
sociedade com um trabalho da Maçonaria como um todo.
Portanto é natural uma certa integração em ocasiões especiais e, mais que isso, um
trabalho conjunto articulado e somatório.
6- Quanto ao aspecto do uso vaidoso dos paramentos, isto parece ser
mais uma nuance da nossa maçonaria que é, às vezes, mais seduzida pela pompa e
circunstância que pelo trabalho maçônico propriamente dito.
Nos EUA para os membros dos Altos Corpos do REAA, assim como acontece na
chamada "Blue Lodges" (graus 1, 2 e 3 - geralmente do Rito de York) exige-se apenas o
avental do grau (não havendo exigência de "traje maçônico completo ou balandrau")
sem, contudo, haja, abusos ou desleixos com a indumentária sob o avental.
É claro que em ocasiões determinadas pode-se exigir mais, até mesmo uso obrigatório
de "smoking" (e, para eles, não há o famoso jeitinho ...)
Os irmãos que desejarem conhecer mais o site do Supremo Conselho Sul do REAA para
os EUA visitem http://www.srmason-sj.org/web/index.htm
Não.
Está muito clara a separação entre a Obediência simbólica e o Supremo Conselho, no
caso do REAA, sendo exatamente esta questão a principal causa da cisão de 1927 e o
surgimento das Grandes Lojas no Brasil.
Já assisti a sessões em outra Obediência em que Irmãos estavam paramentados com as
insígnias de graus superiores e a alegação era de que numa sessão "de festa" eles
permitiam.
Vanitas vanitatum omnia vanitas como disse Eclesiastes, pois que poderia significar um
paramento de alto grau numa sessão simbólica ou vice-versa?
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Na minha modesta opinião, o Ir. assim paramentado deve ser tratado como seria aquele
que tentasse entrar na Loja sem avental, ou seja, não estaria trajado corretamente e não
poderia participar da sessão.
Ailton
Ailton Alves (SP)
Em meus 06 anos de Maçonaria nunca soube, no âmbito das Grandes Lojas desse
acontecimento. O Maçom em Loja simbólica deve trajar o que está previsto pela
Constituição/Regulamento Geral e Manual de Paramentos e Jóias em vigor de sua
Grande Loja. O que existe é a separação dos Graus denominados Simbólicos, sob
administração das Grande Lojas e dos Altos Graus (Perfeição, Capítulo, Kadosh,
Consistório e Inspetores Gerais da Ordem) sob administração do Supremo Conselho.
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Se ocorrer uma visita em Loja Simbólica, que não estava programada pela
autoridade do Grau Superior, a Loja visitada fornecerá o avental apropriado, para
ingresso da autoridade.
Desde que ingressei na Grande Loja do Pará (1954), já encontrei a resposta no Ritual
onde está que o M. de CC. informa que “a Loja está composta e todos os presentes
revestidos, conforme os nossos usos”.
Essa verificação já era feita na S.dos PP., antes do ingresso, quando o M.de CC.
chamava a atenção de algum descuidado porventura fora da linha.
Claro que, após a abertura dos trabalhos, essa verificação era feita pelo Cobridor em
relação aos Irmãos retardatários.
Mas, ainda assim, quando esse retardatário era visitante de outra Potência, o M. de CC.
saia não só para trolhá-lo, mas, também, para verificar se estava convenientemente
vestido.
O M.`.CC.`. detém um cargo muito importante dentro de uma Loja Maçônica, pois, além
das atribuições regulamentares, o mesmo tem que ser um excelente executor da
ritualística dos graus em que estiverem ocorrendo as Sessões, além de possuir um
completo domínio do Cerimonial.
Portanto, ao iniciar os Trabalhos de uma Loja, cabe ao mesmo a distribuição dos
cargos, formando a entrada ritualística.
É também de sua responsabilidade, tudo quanto se relacione com a fiscalização
do uso correto das indumentárias e paramentos.
Ao notar alguma irregularidade, o seu procedimento deve ser, através do uso de bom
senso, tentar corrigir o equívoco e, se por algum motivo não conseguir, levar ao
conhecimento do V.`.M.`., para que tome uma decisão sobre o caso.
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Em Goiás, o M.'. de C.'. informa ao V.'. Mestre que todos os que se acham presentes
estão revestidos de acordo com os usos da Ordem.
A meu ver deve ser o Guarda do Templo, aquele que guarda a entrada do Templo,
quem deve verificar o uso correto dos paramentos, impedindo o ingresso de pessoas
que não satisfaçam as condições exigidas para tal.
Penso que deveria haver mais cuidado com os paramentos e uma exigência mais
firme quanto à sua apresentação de acordo com o indicado pela Grande Loja (Normas e
Procedimentos Ritualísticos). Ou seja, o terno completo, aventais que não estejam
“caindo aos pedaços”, balandrau no tamanho correto e limpo, o uso de chapéu e luvas,
etc.. Alguns irmãos usam balandrau de comprimento menores do que o seu, com o
colarinho aberto por falta de botões, sobre calças que não são na cor preta, meias
coloridas e até tênis. Preciosismo à parte, existe razão para se cobrir totalmente de
negro pois isto protege a integridade dos corpos sutis, bem como limita a emissão de
energias negativas pessoais que possam vir a atrapalhar a reunião.
Não se justifica o irmão Mestre usar um avental de Aprendiz porque os de mestre
acabaram. Cada um deve ter o seu e levá-lo à reunião (até porque em sua exaltação deve
ter recebido um, com o custo embutido nas taxas pagas, além das luvas, chapéu e
espada).
Na GLMERJ é o Mestre de Cerimônias quem tem esse papel, mas eu entendo que ele é
uma responsabilidade de todos os Obreiros. Isto é, se o MC, por alguma razão, deixar de
verificar a qualidade da indumentária de um Irmão, qualquer outro Irmão poderá alertar o
faltoso.
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Acredito que o irmão Mestre de Cerimônias, no REAA, é o responsável por tal
verificação, pois é o mesmo que forma o cortejo de ingresso ao Templo, ao tempo em
que informa ao VM que a Loja está composta e todos se acham revestidos de acordo
com o uso da Loja.
Depois de iniciada a sessão, tal encargo fica para o cobridor externo.
Ainda na Sala dos PP.: PP.:, o M.: de CCer.: entrega a cada Oficial a sua Jóia e verifica
previamente se todos estão devidamente paramentados. Após esse exame prévio,
convida a todos para a formação do cortejo.
Pela ritualística cabe ao M.: de CCer.: atestar ao Ven.: M.: que os cargos estão
preenchidos e que todos se acham revestidos de acordo com o uso da Loja.
Depois de iniciados os trabalhos, cabe ao Cobridor verificar se o Ir.: retardatário está
devidamente paramentado para ingressar no Templo.
Essa é a prática em minha Loja, prática que tem dado bons resultados.
Norioval Alves Santos (SE)
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Orlando
Orlando de Oliveira Reis (SC)
Luiz
Luiz Lunardelli (SC)
Muito embora em Santa Catarina essa atribuição não esteja prevista em nosso Manual de
Cargos e Funções, ritualisticamente cabe ao Ir:. Mestre de Cer:. a verificação quanto ao
correto uso da indumentária e dos paramentos, uma vez que ao início de nossas
sessões ele declara ao Venerável Mestre:
- “Ven:. Mestre, os cargos estão preenchidos e todos os presentes acham-se
revestidos conforme nossos usos e costumes".
Por uma questão de zelo ao perfeito desempenho da sua função, compete ao M:.
de Cer:., ainda na Sala dos PP:.PP:. averiguar detalhadamente se todos se acham em
condições de participar da Sessão, no que diz respeito à regularidade da indumentária e
dos paramentos.
Notando alguma irregularidade ela deve ser comunicada, imediatamente e antes
do início dos trabalhos, ao VM a quem cabe a responsabilidade final de aceitar ou não a
presença em Loja do Irmão destoante, tomando as providencias necessárias à solução
do caso.
Embora de forma não oficial, cabe ainda ao Cobridor Interno colaborar com o
Mestre de Cerimônias, pois durante a entrada ritualística ele está em posição privilegiada
quanto à observância do exato cumprimento do que determinam os nossos usos e
costumes, devendo alertar algum irmão mais "esquecido" ou “desligado" antes de o
mesmo adentrar a Oficina.
Pessoalmente eu já passei pelo vexame de adentrar à Loja sem o avental. Acabei
esquecendo de paramentar-me e ninguém me alertou para a irregularidade.
Quando percebi meu erro, já tendo-se iniciado os trabalhos, senti-me "nem nu,
nem vestido" numa indescritível sensação de mal-estar que não desejaria dividir com
ninguém. Restou-me desculpar-me com meu VM e pedir sua permissão para dirigir-me à
Sala dos PP:. PP:. a fim de paramentar-me convenientemente.
Se o Mestre de Cer:. ou o Cobridor Interno tivessem cumprido com zelo o seu
dever eu não seria submetido a uma situação tão constrangedora.
Já presenciei inúmeras situações onde, por falta de uma fiscalização mais
rigorosa do oficial responsável, outros Irmãos passarem pelo mesmo vexame.
Não têm sido incomuns casos de percebermos, ainda na organização do cortejo,
Vigilantes de punho e sem avental, ou de avental e punhos, porém sem o colar, assim
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como oficiais com os colares trocados (o caso mais freqüente ocorre entre os
Diáconos).
Também ocorre com relativa freqüência o VM esquecer de seu chapéu
ao adentrar a Loja.
Portanto, embora pareça, a princípio, uma questão irrelevante, o cumprimento
das obrigações do Mestre de Cerimônias no que tange à rigorosa observação do correto
uso da indumentária e dos paramentos pode contribuir decisivamente para que uma
sessão transcorra justa e perfeita desde o seu início.
José
José Abelardo Lunardelli (SC)
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Entendo que, cada um a seu tempo, Mestre de Cerimônias e Cobridor Interno é quem
devem ter sobre si a responsabilidade dessa averiguação e providências se for o caso. O
primeiro quando da distribuição dos cargos e formação do cortejo e o segundo quando
recepciona os IIr. à porta da Oficina durante a entrada do cortejo.
Cabe, ainda a responsabilidade ao Cobridor Externo, no átrio, quando atender ao
chamado à porta de algum Ir. retardatário.
Entendo também que o Orador, quando no momento da liturgia de abertura da Loja
responde a pergunta feita pelo Venerável tendo como obrigação tão somente informar ao
VM o que é necessário para a abertura dos trabalhos.
Cabe salientar ainda que no Ritual de A.M.da Glesp, sob o título: "Da entrada e da saída",
está claramente definida a responsabilidade do Mestre de Cerimônias quanto à
fiscalização do correto uso de indumentárias e paramentos.
Quanto às medidas a serem tomadas, no caso de se observar irregularidades, não há
explicitação, porém, entendo que o próprio MC deva tentar corrigir a situação e, na
impossibilidade, comunicar ao VM, e este sim, então, deverá decidir sobre as medidas
cabíveis.
O Art. 162 do nosso Regimento Interno estabelece que, além de outras atribuições, que o
VM exerça as seguintes:
"...
X- fazer cobrir o Templo a qualquer membro que perturbe a ordem dos trabalhos;
XI- decidir sobre questões de ordem que forem suscitadas;
...
XIX- exercer autoridade disciplinar sobre todos os Maçons presentes, ainda que
visitante;
..."
Deste modo, do ponto de vista legal é ele, VM, que tem responsabilidade e atribuição
sobre o assunto. O M. de Cerimônia não tem competência legal sendo apenas um
auxiliar do VM em casos como este.
Prática vigente:
Normalmente, o VM instrui sobre os trajes a serem adotados em cada reunião, fiscaliza a
sua aplicação e decide em flexibilizar ou não. Os demais Oficiais são auxiliares nesta
função, mas não tem poder de decisão.
Francisco Silveira Mello (SP)
Embora todos tenhamos essa responsabilidade de ajudar a Loja a vigiar o uso correto da
indumentária, na minha opinião, cabe ao Mestre de Cerimônias, em especial, essa tarefa.
Além disso, ele é único Oficial que pode circular livremente na Loja após a abertura dos
trabalhos, o que facilitará sua ação se tiver que pedir para que algum Ir.´. componha sua
indumentária.
Belmiro Cândido Lopes (SP)
Ao dar posse ao Mestre de Cer:., o Ven:. Mestre diz: “...Revisto-vos com a jóia do vosso
cargo, a R:., Devo lembrar-vos que a ordem interna desta Loja corre sob vossa
responsabilidade. Antes da abertura dos trabalhos deveis examinar e providenciar para
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que TUDO esteja preparado para a cerimônia que se realizará, cabendo-vos também, a
recepção dos IIr:. visitantes...." (do Ritual de Instalação e Posse da GLESP)
Portanto cabe ao M:. Cer:. verificar, também, a questão da indumentária e se notar
qualquer irregularidade informar incontinenti ao Venerável Mestre, que tomará a decisão
cabível.
Todos os presentes em uma Ses:. têm uma pequena parcela de responsabilidade pela
fiscalização de nossa indumentária.
O M:. de CCerim:., o mais cotado para a função, segundo muitos irmãos, já fica
perdoado por antecedência, se falhar nas suas observações. Este massacrado oficial
distribui jóias e funções, responde perguntas, confere a decoração, dá instruções, ouve
o VM; só sossega após o encerramento.
Analisemos os demais: o Cobridor, o Guarda do Templo e os Expertos já são
"fiscais" por natureza. O Orador é o Guardião da Lei e deseja ardentemente o seu
cumprimento. Os Diáconos querem "o devido respeito, disciplina e ordem". O M:. de
Harmonia não cuida apenas do som, mas da harmonia como um todo. Os Vigilantes
devem ter os olhos bem abertos, em "vigília" constante. O Padrinho costuma
acompanhar o afilhado, verificando o seu comportamento. E finalmente, o VM sempre é
o crucificado se algo não sai bem.
Porém, se temos que nomear um fiscal de muita eficiência, super responsável,
então, que tal indicarmos o próprio infrator e ou distraído? É isso mesmo!
Todos nós, quando iniciados, somos avisados do uso correto de nossa
indumentária. Daí, se não estivermos revestidos corretamente, o fato só pode ser
tomado como pura distração.
Assim, com tantos "responsáveis", dificilmente se concretiza o erro ao se
iniciarem os trabalhos.
Essa distração pode ocorrer também após o encerramento da Ses:. Acreditem se
quiserem: esta estória se passou há 28 anos.
Numa Loja de uma cidadezinha do interior, o Ir:. Marcelo era o nosso piadista e
contador de "causos". Descendente de italianos, falava tanto com as mãos e braços
quanto com a boca. Certa noite, depois do fechamento dos trabalhos, Marcelo tinha
tanta coisa para contar, tanto que as suas mãos não tiveram tempo para desabotoar o
balandrau e tirar o avental e o fitão. Os irmãos se divertiram muito e, passado um bom
tempo, foram saindo.
A meia-noite simbólica já fora há muito e a do relógio também. Marcelo se deu
conta de que estava só e havia "sobrado" para ele fechar as janelas e portas, desligar as
luzes e trancar a porta principal. E ainda teve um trabalhão para procurar e encontrar a
sua bolsa.
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Atravessou a rua deserta e já iria ganhar a praça, quando levou um grande susto. O
guarda-noturno o interceptou:
- "Oi, seo Marcelo, prá onde o senhor está indo?"
- "Pô! Que susto, Zé! Estou indo prá casa!"
- "E prá quê essa fantasia?"
Só então Marcelo percebeu que permanecia todo paramentado. Ficou
desconcertado e ao mesmo tempo muito bravo porque ninguém lhe chamara a atenção
para retirar a indumentária.
Marcelo Fattore (SP)
Ainda que o Venerável Mestre seja, em última análise, o responsável por tudo que ocorra
em Loja serve-se de seus Oficiais para que, há seu tempo, cada um cumpra seu papel.
Quando da abertura dos trabalhos o Venerável recorre ao Orador para que este informe
quais os requisitos para que os trabalhos se estabeleçam. Este responde que é preciso
um certo número de Irmãos e que estes estejam revestidos de suas insígnias.
O Venerável recorre ao Chanceler para saber se o número legal foi atingido e ao Mestre
de Cerimônias para saber se os cargos estão preenchidos e se todos estão revestidos
conforme o uso da Ordem.
Portanto, cabe ao Mestre de Cerimônias verificar se os Irmãos encontram-se com a
indumentária e paramentos exigidos para a sessão e, após o início desta, quem deve
desempenhar esse papel é o Cobridor (ou Guarda do Templo), a quem cabe verificar a
qualidade maçônica dos visitantes ou retardatários.
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Eu não li nada a respeito nos rituais, mas na minha modesta opinião, eu penso que após
o Irmão visitante se identificar, ainda na sala dos pp.'. pp.'. e for constatado que o
mesmo é um Maçom Regular, nada o impedirá de participar dos trabalhos.
Mesmo que a sua indumentária e paramentos sejam totalmente diferentes, devemos
respeitar.
Fico a pensar, como ficaria a situação de um Irmão norte americano em visita a uma
Oficina aqui, pois já li um relato de que lá não se usa terno preto. Os Maçons de lá vão a
Loja com as roupas do dia a dia.
Salvo exceções de algumas Lojas, a Grande Loja do Estado de Goiás não se preocupa
com os paramentos de outras Obediências nem mesmo com os ritos que elas praticam,
tipo Adonhiramita, Brasileiro, York etc.
O fato é que eles mesmos se preocupam em se portarem de acordo com os nosso
costumes, nessas visitas.
Na minha opinião deveríamos nos preocupar, "exigindo" o cumprimento de nossos
regulamentos, orientando e auxiliando no momento da dificuldade do visitante.
Por uma questão de justiça, o mesmo rigor aplicado aos obreiros do quadro da
oficina deve ser utilizado com os visitantes. Para tanto, o irmão Guarda do Templo
deverá se incumbir de conhecer a correta indumentária e paramentos das Obediências
reconhecidas e aceitas para visita. É certo que a abordagem, quando da observação da
discrepância entre o que deve ser vestido com o que está apresentado, deverá ser o
máximo possível fraterno e simpático. Possivelmente aludindo quanto à exigência
interna da Loja com o objetivo de unificação, disciplina e respeito às determinações
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superiores.
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No Rio de Janeiro, as três Obediências existentes, GLMERJ, GOERJ e GOIERJ,
usam sempre nas sessões magnas no REAA, no York e Schroeder; terno, gravata, meias
e sapatos pretos com camisa branca. No Schroeder associa-se o uso do chapéu preto
(todos os graus). No REAA no 3°G associa-se uso de faixa de mestre e chapéu e chapéu
preto.
Só na GLMERJ;
Os aventais iguais apenas no grau de Aprendiz nos 3 Ritos.
No 2°G do REAA é o de aprendiz com abeta abaixada.
No 2°G do Schroeder orla azul chamalotado no avental e a abeta com a orla
branca
No 2°G do York orla azul chamalotado no avental e a abeta com a orla também
azul chamalotada e duas borlas com o mesmo azul.
No 3°G do REAA tem orla de azul chamalotado em todo o avental inclusive na
abeta, com 3 borlas também azul chamalotado.
No 3°G do Schroeder é o mesmo avental do REAA sem as borlas.
No 3°G do York é o mesmo do REAA com as 3 borlas e dois conjuntos metais
pendentes com sete cordões de prata em cada.
O V.M. no REAA é o mesmo do 3°G de York com 3 taus em prata no lugar das
borlas e uso de chapéu preto.
O V.M. no Schroeder é o mesmo de Mestre do Schroeder.(Pode ostentar uma
medalha com um esquadro pendente - não é alfaia é uma medalha na lapela ou no
balandrau)
O V.M. do York é idêntico ao do REAA
O M.I. no REAA troca-se os taus prateados por taus azul chamalotado.
O M.I. no Schroeder é o mesmo de Mestre do Schroeder (pode ostentar uma
medalha com um esquadro e o desenho do 47° T. de Pit.- não é alfaia é uma medalha na
lapela ou no balandrau).
O M.I. no York troca-se também os taus prateados do avental de V.M. por azul
chamalotado.
Há um ditado que aprendi com minha mãe: "As visitas dão sempre prazer: umas quando
chegam e outras quando vão embora.”
Uma das palavras mais pronunciadas por Maçons é tolerância, embora seja um
sentimento que quase ninguém professe. Quando recebemos visitantes em nossa
Oficina devemos ser antes de tudo dóceis e tolerantes; além da constatação da
regularidade maçônica de cada Ir. visitante, deve ele "após avaliação sumária pelo
Mestre de Cerimônias” , ser admitido e cordialmente convidado a tomar assento no
lugar que lhe permitir o regulamento. Afinal, há duas chances de prazer!
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Em primeiro lugar, por uma questão de prudência, além dos cuidados com a
indumentária e paramentos de irmãos visitantes de outras Obediências, a postura que
deve ser a adotada pela Loja visitada, naquela jurisdição, deverá ser aquela disciplinada
pela sua Obediência, independentemente de "achismos" e/ou opiniões pessoais
isoladas.
A Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, nesse sentir, não proíbe, mas não
recomenda, ainda, a visitação de seus membros ativos a Lojas do Grande Oriente
Independente.
Proíbe expressamente àquelas outras pseudopotências que infestam as cidades, à cata
de soluções para os problemas sociais e econômicos de seus dirigentes. Exemplos são
muitos e, sobretudo, conhecidos de todos.
Assim, dentro dessa visão, desnecessária a afirmação de que a ausência de legislação
específica que discipline o procedimento, o bom senso tem aconselhado a que algumas
Lojas da jurisdição permitam a visitação de irmãos do GOI, porém somente os membros
ativos oriundos de Lojas jurisdicionadas a COMAB, exclusivamente.
Entretanto, dentro dessa mesma ótica, ainda, acrescente-se aqui, por oportuno, que os
irmãos visitantes aceitos em nossas Lojas, não são, nem poderiam ser, constrangidos a
usarem paramentos diferentes dos usados em suas Obediências Simbólicas, o mesmo
não sendo observado quanto às suas indumentárias, porque em nossas reuniões não é
permitido o uso de roupa inadequada, principalmente em sessões magnas, bem como o
uso da palavra para contrariar costumes e interesses domésticos. Precaução e
prudência, antes de tudo.
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Nossa Ordem, além de outros objetivos, prega a tolerância e respeito à crença de cada
um.
O simbolismo de uma indumentária ou paramento usado por determinada Potência, nada
mais é do que sua identidade simbólica.
Em momento algum pode despertar expectativa de rejeição ou correção, nem mesmo de
curiosidade, quando um Obreiro visita outra Obediência.
O comportamento dos anfitriões em relação aos visitantes, depois de confirmada a
condição de Irmão há de ser o mais discreto possível.
Portanto, a postura que devemos tomar é a discrição.
Wilson
Wilson Paganotto Lagareiro (SP)
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Kleber
Kleber Siqueira (SP)
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Em Sessão Magna, todavia, se a loja visitante trouxer seu Estandarte ou for representada
por autoridade (Ex: Delegado) da obediência a qual pertencer estes serão devidamente
recebidos conforme prescreve o nosso Manual de Práticas Ritualísticas. Agora quando o
Ir.'. é desconhecido dos obreiros do quadro de nossa Loja o mesmo é devidamente
telhado e deve apresentar sua CIM que deverá ser obrigatoriamente de uma Loja do
GOB, COMAB ou de uma GL Estadual, e se for do exterior de uma Loja constante do List
of Lodges (reconhecida por nossa Grande Loja).
Somente são admitidos paramentos dos graus simbólicos.
Belmiro Cândido Lopes (SP)
Estreitar os laços de fraternidade não deve ser apenas nos Irmão pertencentes a nossa
obdiência.
Os Irmãos de potencias regularmente reconhecidas devem ser acolhidos com todo o
zelo possível e respeitando seus usos e costumes no aspecto paramentos e
indumentárias pois eles não estão obrigados a conhecerem ou fazerem uso de nossos
materiais.
Este procedimento daria o tom de falta de respeito.
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Acho que esse é um problema pacífico. O Irmão só deve colocar ali o grau que
possui.
E M.I. não é grau, mas condição.
Ele até pode acrescentar, em uma coluna que alguns livros de presença usam e
que pergunta sobre cargos, que é M.I. ou Past Master, ex-Venerável etc.
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Sim, não há dúvida que esta e uma prática em nossa região. No meu ponto de
vista está certo.
A condição de M.´. I.´. deve ser vista como tal, como aquele que passou pela
experiência de ser Venerável. Se deve estar paramentado de acordo com a condição de
M.´. I.´., assinar, nada mais justo.
No caso dos visitantes, as Lojas controlam as presenças pelo livro de assinaturas
e é de bom alvitre que se saiba, pela assinatura, quem é Mestre Instalado.
Sim, é prática comum nas Lojas em que visitei. A meu ver a condição de M\I\
assemelha-se a um grau, que não é grau reconhecido como tal. Eu particularmente
respeito demais esta condição porém não sendo reconhecido como grau, seja da
Maçonaria Simbólica, seja da Filosófica, não deveria ser indicado na coluna de Grau.
Da mesma forma que não devem constar se o irmão é deputado maçom, delegado do
Grão Mestre, Grão Mestre, 1o Grande Vigilante, etc. Acho isto uma falha e para tal
poderia existir uma outra coluna indicando que tipo de autoridade maçônica o irmão
representa. Isto se mostra importante até mesmo para registro histórico dos presentes
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Sim! É prática normal na nossa jurisdição aquele Irmão que possuir a condição
de M.'.I.'. identificar se como tal por ocasião da assinatura no Livro de Presenças, em
lugar de colocar o seu Grau Simbólico (3).
Embora a pergunta seja direta, e a resposta também, cabe um comentário: não
vejo como desabonador que um MI se identifique como tal no ambiente do simbolismo.
O MI é um personagem especial, reconhecido até pela legislação que lhe concede
privilégios especiais, embora também lhe cobre uma atitude de serenidade e equilíbrio,
que deve ser a que se espera que tenham os que ocuparam um dia a função de VM de
uma Loja.
Infelizmente, na prática, certos Irmãos estão muito longe disso, contribuindo
para que os demais, especialmente os mais jovens, acabem por perder o respeito devido,
generalizando atitudes de reprovação e de escárnio em relação aos MI, o que não
devemos de forma alguma aceitar.
Esta sempre foi uma das minhas preocupações. Quando fui Grande Secretario da
GLMERJ, enviei para as lojas da jurisdição uma determinação, proibindo a colocação
de M.I ou graus superiores nos livros de presença, criando um documento que é enviado
mensalmente para a GLMERJ, pelas Lojas, fazendo uma estatística mensal da presença
nas Lojas.
Iniciei colocando 2 colunas substituindo a única do grau. Na primeira deveria
conter apenas o grau 1, 2 ou 3 e na segunda encabeçada pela palavra condição, vinha a
possibilidade do cargo por exemplo VM, Grande Secretário, Secretário, Chanceler,
Tesoureiro, sem cargo se M.I., poderia ser M.I ou E.V.(ex-Venerável), ou como no Rito
de York P.M. (past-master). Não podendo nunca numa reunião do simbolismo, serem
anotados graus superiores ao 3.
Meus queridos Irmãos no dia que conseguirmos vencer nossas paixões,
principalmente a vaidade, o grande fator, na minha modesta forma de apreciar a
questão, divisor de potências e maçons só estaremos anotando o grau existente no nosso
coração.
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Em Lojas simbólicas temos apenas três graus e, por conseguinte, não nos parece
cabível o preenchimento de graus superiores a estes, posto não estarem inseridos no
contexto do Simbolismo.
Especificamente quanto a questão dos MM.'.II.'., embora não seja grau e sim
condição, não vemos óbice quanto ao preenchimento da referida condição no livro
apropriado.
Longe de ser um motivo de vaidade, a referida condição espelha a
responsabilidade que o Irmão teve, e sempre terá para com a Ordem.
A experiência adquirida por um M.'.I.'. não deve ser esquecida, tampouco
deixada de lado, até porque, via de regra, a condição só é conquistada após muito
denodo, sacrifício pessoal e reconhecimento dos demais, que enxergam no Irmão a
capacidade de conduzir com serenidade os destinos de uma Loja.
No que tange a jurisdição da GLMERJ, temos visto com freqüência, ao lado do
respectivo "ne varietur" de cada Irmão, o uso da abreviatura do grau na forma numeral
ou na forma apocopada e, em ambos os casos, quase que invariavelmente, os Irmãos
que já empunharam o Malhete da Sabedoria afirmam a condição de MM.'.II.'..
Sim, em nossa Potencia o Mestre Instalado assina MI. Sabemos que não é um
grau simbolico. Apesar de ter STP que o reconhecem como tal! Mas, convenhamos, o
Mestre que teve o apoio, os votos dos irmãos, demonstrando sua liderança e teve a
honra de presidir uma Loja, deverá ser identificado e reconhecido de diferenciada.
O ritual da GLSC determina que “sobre a mesa, na Sala dos Passos Perdidos,
deverão estar presentes os Livros de Presença dos Irmãos do Quadro da Loja e o de
Visitantes”.
O Livro de Presença terá em cada página o cabeçalho como o nome completo da
Loja, em seguida e logo abaixo, a referência à natureza da Sessão Econômica, Magna de
Iniciação, etc.), e o dia, mês e ano da sua ocorrência.
Seguem-se as colunas dedicadas à numeração ordinal, nome do Irmão (profano
ou simbólico), grau (Apr:., C:., M:.M:. e M:.I:.) e assinatura.
O Chanceler, encerrada a Sessão e antes da saída da Oficina, apresentará esse
Livro e o de Visitantes ao Venerável para a sua assinatura de encerramento dos
presentes à Sessão. O Livro de Visitantes conterá os mesmos dados do Livro de
Presenças, modificando-se apenas as colunas para que estas, além das referentes à
numeração ordinal e ao nome profano do Visitante, também tenham uma coluna
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exclusiva para o seu nome simbólico (se tiver), e outra para o nome da Loja a que
pertence, Oriente e Obediência Regular."
Muito embora nosso Ritual mencione o Mestre Instalado como um dos graus a
ser declarado na coluna correspondente do Livro de Presenças, pessoalmente
entendemos que ser Instalado é tão somente uma condição do Mestre Maçom e por este
motivo defendemos o uso exclusivo na mesma de apenas os três graus simbólicos de
Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Pelo mesmo raciocínio, não concordamos com a colocação do Grau Filosófico
que o irmão seja detentor por tratar-se de uma reunião do Simbolismo.
Essa visão, no entanto, encontra sérias resistências, notadamente da parte de
irmãos que insistem em divulgar a sua condição de Mestres Instalados ou de detentores
de altos graus, apenas como forma de satisfazer suas vaidades pessoais, o que não deixa
de ser lamentável.
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Legislação:
O regulamento geral da Glesp não especifica o conteúdo (campos ou colunas)
que devem constar do livro de presenças, exigindo apenas que exista um livro a
finalidade de registrar presenças. Portanto, não fere legislação alguma a adoção e
preenchimento da informação distintiva de tal status, por parte de um M.I..
Prática:
Normalmente os campos constantes dos livros de presenças de nossas Lojas
incluem, entre outros, o grau a que pertence o Ir., referendo-se sempre aos graus
simbólicos.
A maioria dos irmãos MM. II. declaram esta condição - de M.I. - ao preencher e
assinar o livro de presenças. Tal informação, por si só, não cria nenhum grau adicional
aos três graus simbólicos. Apenas declara que trata-se de um M.M. que possui um status
adicional, por ter sido instalado.
Portanto não existe nenhum conflito na informação. Lembro que os MM.II., ao
menos na Glesp, possuem regalias especiais previstas em regulamento, das quais, uma
delas é utilizar o título distintivo de M.I..
Comentário:
Não devemos desmerecer, por definição e antecipadamente, os irmãos que
ostentam esta distinção. Se muitos são "pavões" e não honram a distinção recebida, que
inclui humildade por parte do seu detentor, a grande maioria dos irmãos que conheço
tratam destas distinções com muito respeito e consideração, não se enquadrando neste
protótipo de maçom às avessas que a todos preocupa e entristece.
Uma reflexão adicional que coloco em debate:
Se para o M.I. existe uma cerimônia iniciática própria (a cerimônia de instalação
- apesar que alguns irmãos estudiosos assegurarem que no REAA tal cerimônia não
existe, sendo esta pertencente apenas ao Rito de York ...), se o M.I. possui lenda
própria, se o M.I. possui SS., TT. e PP., não seria, então, por extensão de raciocínio e
comparação ritualística e litúrgica, possível de se considerar o M.I. como mais um grau
simbólico? Se fosse apenas status, não iria requerer todos os atributos acima
mencionados...
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Tenho visto de tudo nas listas de presença nas Lojas da GLESP que tenho
visitado.
Uns colocam o grau outros o cargo em Loja e muitos colocam MI.
Eu, particularmente, não vejo problema pois qual a real finalidade de se colocar
o grau no livro de presença?
Se o objetivo for identificar o grau do Ir.´. ao colocar seu cargo ou a condição de
MI automaticamente saberemos o grau dele.
O que nunca vi e acho que não deve mesmo ser mencionado os graus superiores,
ou seja, do 4 ao 33.
Na GLESP não existe nenhum procedimento sobre este tema, mas vou dar
minha opinião acerca do mesmo.
Vejamos M.'. I.'. (Mestre Instalado) não é grau, mas, apenas, a condição de
Mestre Maçom empossado no veneralato de uma Oficina.
Instalação é, simplesmente, a tomada de posse do cargo de Venerável Mestre,
independentemente de qualquer cerimônia específica.
Esta cerimônia foi criada e é típica do Rito de Emulação (ou York) e foi copiada
por outros Ritos, como o Escocês, o Adoniramita e até o Moderno, isso entrou em
prática no Brasil à partir de 1928 introduzido pelas Grandes Lojas Estaduais importado
da Inglaterra onde surgiu em meados do Século XVII.
Mesmo sendo condição, para um Mestre ser Instalado (Venerável Mestre)
também precisa preencher certos requisitos como, por exemplo, ter certo tempo de
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Mestre Maçom e freqüencia. Então não vejo nenhum impedimento para que seja aposto
o M.'.I.'. na lista de presença.
Façamos uma simples comparação; se fizermos uma Faculdade de Direito ao nos
formarmos recebemos o título de Bacharel (Bel.). Nada mais justo pois foram 05 (cinco)
anos de dedicação aos estudos para conseguirmos o mesmo, e no caso do M.'. I.'. a
mesma coisa ocorre, ele foi eleito por uma assembléia de Mestres Maçons para presidir
esta mesma Assembléia e também aos Companheiros e Aprendizes da Loja.
O simbolismo se compõe de três graus. O mestre instalado, todos sabem que não
é grau; mas, no meu ponto de vista, deveria ser encarado como tal.
Hoje, já é costume o Mestre Instalado se identificar como tal, o que, em uma
visita, facilita muito a identificação do irmão.
Desconheço onde diz que o livro de presença tem que ter uma coluna para o grau
do irmão, e não uma coluna para a condição, ou cargo, do irmão.
Penso que se trata de questão de menor expressão, e que nada atrapalha o
andamento do trabalhos.
Wilson Paganotto Lagareiro - (SP)
Essa prática é utilizada pelos Chanceleres que abrem os livros de presença, afim
de facilitar a informação ao Orador, quando da sua saudação aos visitantes, onde declina
o nome e o grau do visitante. É de conhecimento de todos que M:.I:. não é um grau, e
sim um título que lhe é devido depois de passar pela venerança de uma Loja.
Como visitante, eu adoto a prática de colocar essa condição de M:. I:., até por
insistência do Ir. Chanceler, conforme relatado acima. Na sessão da Loja mãe, essa
indicação é dispensável, pois os irmãos do quadro já tem conhecimento dessa condição.
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Não, na GLMB (DF) são telhados, ( ainda é usado a palavra Trolhados, no nosso
Ritual, mas que será alterada pela nossa Comissão de Ritualística) e quem faz o
telhamento é o Ir.`. Mestre de Cerimônias aos visitantes que não são conhecidos e que
compareçam sozinhos à reunião; os visitantes que venham acompanhados geralmente
não são telhados.
Os visitantes retardatários, serão recebidos na sala dos Passos Perdidos pelo
cobridor externo (geralmente é, acumulada pelo G.`. do T.`.) que procederá a
verificação total da identificação maçônica e o anunciará ao V.`.M.`., através do 1º V.`.,
e o V.`. M.`. procede a entrada ritualística do visitante e realiza o telhamento.
Ao estar satisfeito, concede assento ao visitante. Caso não esteja de acordo,
poderá aplicar a investigação e até mesmo cobrir a Loja ao visitante.
Antônio Cuevas Couto (MG)
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Só devem ser admitidos, como visitantes, Irmãos que exibam seus documentos
de regularidade e que se mostrem, pelo telhamento, perfeitos conhecedores dos sinais,
toques e palavras (inclusive a palavra semestral, indispensável para a aferição da
regularidade do visitante), salvo se já forem conhecidos, pelo menos, de dois Obreiros
que por eles se responsabilizem, os quais poderão, assim, entrar em família, a critério do
Venerável Mestre.
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Em Loja, os Irmãos visitantes sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados
pelo Mestre de Cerimônias.
Convém lembrar que é no Grau de Aprendiz que deve haver todo o rigor, pois os
mistificadores são, nesse Grau, em maior quantidade.
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O telhamento deve ser realizado com todos os irmãos visitantes que não sejam
conhecidos do quadro de obreiros da Loja.
Quando um irmão é usual frequentador de uma Loja é dispensado seu
telhamento, também quando um visitante é reconhecido maçom pelas suas atividades
profanas e/ou maçonicas .
Quando o visitante é desconhecido devemos nos resguardar e tomar todos os
cuidados de praxe - solicitando sua identidade maçonica, os STP e telhamento
completo.
Em alguns casos é bom comunicar-se com a Loja de origem, pois já tivemos
irmãos expulsos da ordem frequentando nossos trabalhos, em especial aqui em
Rondonia e Acre, Estados distantes do eixo Sul/Sudeste.
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Apesar de todo o relaxamento por parte das Grandes Lojas e Grande Oriente do
Brasil, nas suas respectivas jurisdições, aqui no Sergipe as Lojas Maçônicas dessas
Obediências, sem perder o clima fraterno que tem permeado a recepção de irmãos
visitantes, os desconhecidos têm sido telhados (ou trolhados) pelos Oficiais
responsáveis, no caso presente, pelo Cobridor externo, Experto e/ou o Mestre de
Cerimônias, no tocante ao pedido de identificação maçônica, palavra semestral, sinais,
toques e palavras, sem prejuizo de outras informações de irmãos presentes à sessão,
tudo em nome da segurança necessária ao bom andamento dos trabalhos, em Loja
aberta.
Exceções existem, mas os nossos irmãos, Veneráveis Mestres e Oficiais das
Lojas, não têm descurado desse cuidado e dessa preocupação, permanentemente.
Recentemente, só para ilustrar as nossas palavras, um Obreiro de minha Oficina,
Aprendiz Maçom, compareceu a uma sessão de elevação promovida por uma Loja do
GOB, Rito Moderno, em atendimento a convite formulado aos obreiros da Loja, sem
que ninguém se desse conta de sua condição, desde a Recepção, Sala dos Passos
Perdidos e interior do Templo, até a abertura dos trabalhos. O erro só foi corrigido,
muito tempo depois, porque um Obreiro de uma das Lojas co-irmãs, que o conhecia
bem, pediu pela Ordem e, incontinenti, denunciou a ocorrência ao Venerável Mestre
que, na oportunidade, suspendeu aos trabalhos iniciados e pediu a retirada do irmão,
com o pedido de desculpas, porque o Aprendiz Maçom não fora orientado, ou não lhe
fora dispensada a atenção necessária, além de tratar-se de uma das pessoas mais
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através do 1o. V.. O VM (com base nas informações recebidas do Cobridor) procede a
entrada ritualística do visitante e realiza o trolhamento. Dando-se por satisfeito, concede
assento ao visitante. Caso contrário, pode amplioar a investigação e até mesmo cobrir a
Loja ao visitante.
É bom lembrar que, neste processo de identificação de visitantes, sempre é bom
que o trolhamento / telhamento inclua a passagem da P. Sem.. Por questões de
segurança, durante o ingresso de visitantes e até que o VM dê a eles assento na Loja, os
demais irmãos devem pernanecer sentados e calados, bem como nenhum sinal deve ser
realizado.
O telhamento (trolhamento) deve ser feito pelo Experto (6º Oficial de uma Loja
Maçônica) palavra derivada de "Expert", ou seja, cargo que por via de regra sempre
deve ser ocupado por um Maçom experimentado (com notável conhecimento dos SS.'.
TT.'. e PP.'.) e se possível conhecedor de outros Ritos no tocante também aos
paramentos.
Este telhamento deverá ser feito ainda na Sala dos Passos Perdidos inquirindo-se
o Visitante de conformidade com o questionário próprio, examinando o documento
(CIM) e assegurando que se trata de um Maçom regular.
Feito o telhamento o Ir.'. 1º Experto levará suas conclusões ao Venerável Mestre,
que autorizará o ingresso do visitante no Átrio para acompanhar os demais IIr.'. do
Quadro para que seja feita a entrada na Loja.
No caso de o visitante chegar e os trabalhos já terem iniciado tal telhamento
deve ser feito pelo Guarda do Templo ou cobridor interno.
Lembrando aos IIr.'. que a regularidade de um Maçom se verifica pela Palavra
Semestral.
Durante o telhamento os IIr.'. deverão ter o cuidado de não fazer sinais.
Não estará em erro o Ven.'. Mestre não dispensar que seja feito o telhamento,
mesmo quando o maçom for conhecido de algum membro da loja, tendo em vista a
enorme responsabilidade que assume o Ven.'. Mestre perante a Ordem, quando recebe
um visitante em sua Loja.
Logicamente se o Ir.'. visitante for bem conhecido dos membros da Loja lhe é
dispensado tal telhamento, mas via de regra não se deve aplicar tal prática de dispensar
a todos, pois é melhor prevenir que remediar.
Não o " trolhamento" não é feito com todo visitante, pois, em se tratando de
visitante conhecido ou acompanhado de Irmão que por ele se responsabilize o
trolhamento não é exercitado. Porém em se tratando de Irmão visitante desconhecido,
quem faz a devida verificação é o Irmão Cobridor Externo, se houver. Na falta deste o
Mestre de Cerimonias. Já fui trolhado algumas vezes por apresentar-me como visitante
não convidado.
Em uma sessão de Mestres como visitante e sendo Mestre recém Exaltado,
embora fosse Loja por mim visitada mais do que uma vez aconteceu o seguinte: Quando
o 1º Vigilante foi verificar se todos os presentes eram Mestres, parou em minha frente
fez um leve meneio de cabeça estendeu-me a mão me deu o toque e pediu-me a palavra
de passe a qual respondi. Lá fora, após termino, indaguei-lhe se responde-se errado o
que faria, disse-me que ao responder ao Venerável lhe daria ciencia de que havia um
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Irmão visitante sem conhecimento da palavra de passe e ele Venerável resolveria o que
fazer.
Nos casos em que os visitantes vêm acompanhados por Irmão do quadro, não
vejo necessidade de fazer o Trolhamento. Mesmo nestes casos entendo que os Irmãos
devem conversar com o visitante para ver se por um descuido o Irmão do quadro não foi
enganado pelo visitante, o que não é impossível de acontecer. Percebendo qualquer
dúvida acho que esse Irmão tem o dever de comunicar-se com o VM e solicitar o
Trolhamento.
Entendo ser salutar o Trolhamento de todos os visitantes como regra da Loja. Às
vezes o Trolhamento não é feito, porque os Irmãos da Loja, em especial o Mestre de
Cerimônias a quem caberia esse encargo, não sabem como fazer, essa é a grande
verdade, principalmente se o visitante for de alguma Potência do exterior, uma vez que
os sinais, toques são completamente diferentes. Mesmo no Brasil, com a diversidade de
Ritos é comum toques e sinais diferentes, sem contar que os paramentos também
diferem.
Nem sempre pode ser utilizada a forma padrão de telhamento dos nossos rituais,
porisso, é necessário um irmão experiente, conhecedor das potências existentes e
versado no rito do visitante, para assegurar-se de que o visitante é justo e regular.
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Em primeiro lugar, o Arq. e seu auxiliar (se tiver), para colocarem o Templo em
condições de funcionamento. Em seguida, o M.de CC. para verificar se tudo está
realmente em ordem. E, finalmente, o G.do Templo para abrir a porta quando ouvir o
pedido de ingresso.
Ninguém terá ingresso à Oficina antes da hora fixada, salvo os Irmãos que
tiverem de prepará-la para a cerimônia. À hora fixada, o Irmão Mestre de Cerimônias
depois de verificar se o ambiente está ornamentado observará se todos os presentes
estão devidamente trajados e revestidos de suas insígnias.
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São três os oficiais que adentram o Templo antes do início dos trabalhos:
- O Arquiteto, que prepara-o convenientemente;
- O Mestre de Cerimônias que verifica se tudo está em ordem;
-O Mestre de Harmonia, que recebe os irmãos com a música apropriada.
José Inácio da Silva Filho (PB)
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qualquer que seja o pretexto, antes da hora fixada para o início dos trabalhos, salvo os
Oficiais que têm o dever de prepará-lo para as sessões.
Os Oficiais que podem ter acesso ao Templo antes da entrada do cortejo para o
início dos trabalhos, e não antes do início dos trabalhos, são o Arquiteto, o Mestre de
Harmonia e o Guarda do Templo (Cobridor Interno).
Antes dos trabalhos serem iniciados, apenas poderão ter acesso ao interior da
Oficina o Arquiteto, para decorar e ornamentar o Templo, o Mestre de Harmonia,
para instalar o equipamento de som e, principalmente, selecionar o fundo musical
adequado à Ordem do dia, e o Mestre de Cerimônias, que verificará se a preparação do
Templo foi feita a contento.
Lamentavelmente este procedimento é desrespeitado com alguma frequência,
chegando-se ao ponto de vermos Irmãos, sob pretextos estapafúrdios, como cansaço
e/ou alta temperatura, permanecerem indevidamente nos Templos nos quais
trabalharemos, desde que chegam aos edifícios / condomínios maçônicos.
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no Átrio ou na Sala dos Passos Perdidos? Ou quando o Irmão vai abrir o Livro da Lei e
não encontra o que deve ser lido? Torna-se patético e quebra toda a boa harmonia de
uma sessão.
Os únicos Oficiais que podem adentrar antes do inicio dos trabalhos são o M.·.
Arq.·. e seu Adj.·. para preparação da Oficina para os Trabalhos e que, após concluir,
convidarão o M.·. de CCer.·. para fazer a verificação se tudo está em seus lugares.
Arnaldo Portello(SP)
Porém, existe um grande número de Lojas com falta de OObr:. até para preencher
os cargos eleitos. Nesses casos, a preparação da Loja para os trabalhos, via de regra, é
executada pelo Mestre de Cerimônias, auxiliado por irmãos Aprendizes, Companheiros,
e Mestres, conforme a sessão que se realizará.
O Mestre de Harmonia deve ter acesso ao seu local no interior da Oficina, para
preparar o aparelho de som e fazer os testes de funcionamento de praxe. Uma vez
verificado que tudo está em ordem pelo Mestre de Cerimônias, todos se retiram para o
átrio.
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1 - Se acontece antes do início dos Trabalhos, veremos portanto que a Loja ainda não foi
aberta, portanto qualquer oficial pode adentrar ao interior da Oficina, desde que possua
o grau da Sessão a ser realizada naquele dia.
2 - Ritualisticamente, é o Ornamentador da Loja, ou seja, o Irm.'. Arquiteto responsável
pela estrutura da Loja, pelo seu mobiliário, da ornamentação, dos símbolos, dos
instrumentos, jóias, alfaias, enfim, de todo apetrecho volumoso para que uma Loja
possa funcionar. Ele inicialmente adentra ao Templo antes da abertura junto com o
Mestre de Cerimônias e o Cobridor Interno (Guarda do Templo) para examinar se tudo
está de conformidade com a necessidade dos trabalhos da Sessão a ser realizada
naquele dia.
3 - Outro fato importante e pessoal, eu como Arquiteto de minha Loja, procuro aplicar
meus conhecimentos e deixá-la a mais impecável possível (pois sempre podemos contar
com a presença de visitantes) para o início dos Trabalhos, inclusive quanto ao
acendimento de incenso no Altar dos Perfumes, conforme previsto na GLESP, antes do
início dos Trabalhos.
Francisco Silveira Mello (SP)
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Na Sala dos Passos Perdidos, cujo mobiliário será adequado às posses da Loja,
devendo apresentar quadros alegóricos, estátuas, celotex de avisos, galeria de
fotos dos Veneráveis Mestres da Loja, retratos de personalidades maçônicas ou
históricas, poltronas, geladeira, garrafa com café e uma mesa com cadeira, sobre a qual
estejam os Livros de Presenças onde todos Obreiros, do Quadro ou visitantes, devem
lançar os seus “ne varietur”.
Quanto ao comportamento será o melhor possível, onde será paramentado de
acordo com o seu grau e cargo na Loja, falar baixo, evitar gargalhadas acima do normal,
gritos, local onde será feito os cumprimentos e saudações.
A Sala dos Passos Perdidos é o lugar onde os Irmãos se devem preparar para os
Trabalhos que vêm a seguir. Então, é ali que o Maçom deve ir-se desligando do Profano,
para ingressar no Sagrado; abandonando a certezas que o mantiveram em pé durante o
dia; esquecendo dúvidas e irritações e começando a banhar-se no espírito de Amor
Fraternal que deve reinar no seio da Loja.
Infelizmente, não é o que costuma ocorrer, mas o que devem aspirar todos
aqueles que foram Iniciados.
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Há que se atentar para o fato de que esta Sala não é lugar para piadas
pornográficas, aliás, em lugar nenhum o Maçom deveria dar-se à tais disparates,
sabendo que o que pensamos, falamos e o que falamos estamos bem dispostos a fazê-lo
ou angariar amigos que fazem.
Portanto, na Sala dos Passos Perdidos nos confraternizamos, sadiamente,
matamos as nossas saudades uns dos outros e nos paramentamos para a entrada na
próxima sala de descompressão, o Átrio.
Sempre exemplificamos a Sala dos Passos Perdidos e o Átrio, como os dois
pontos de parada do mergulhador que explorou as perigosas profundezas do oceano e,
tendo que voltar à tona, para não provocar riscos à saúde terá que passar por paradas
para descompressão, estagiando em determinadas escalas de profundidade.
A Sala dos Passos Perdidos, tão confortável quanto possivel para recepçao
dos visitantes e permanencia dos obreiros. Seu mobiliário será adequado as
posses da Loja. Sobre uma mesinha desta sala ficam os livros de Registros de
Visitantes e de presenças dos obreiros, onde todos lançarão seu ne-varietur
O comportamento dos Irmaos quando estiverem na Sala dos Passos Perdidos deve ser
de recolhimento, disciplina e ordem.
Devem abster-se de discutir assuntos profanos, usar um tom de voz
razoávelmente baixo, nao fumar ou beber em hipotese alguma.
Como a situaçao de se estar na Sala dos Passos Perdidos geralmente antecede a
entrada em Loja, os Irmaos devem guardar o devido respeito e concentraçao nesse
momento em que nos preparamos para adentrar a Loja.
Nos casos em que um Irmao, devido a questoes ritualísticas, deva permanecer
por algum tempo nesse local, aplicam se a ele todas as disposiçoes anteriormente
mencionadas. Eis o que consta em um dos rituais emitidos em 1959 pela entao "Grande
Loja do Rio de Janeiro".
"Na frente do Templo deve existir uma ante sala, a Sala dos Passos Perdidos, tao
confortável quanto possível, para a recepçao dos visitantes e permanencia dos Obreiros.
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Seu mobiliário será adequado as posses da Loja. Sobre uma mesinha, ficam os Livros de
Visitantes e de Presença dos Obreiros, onde todos lançarao o Ne Varietur.
Na Sala dos Passos Perdidos ocorre a preparação dos Obreiros para adentrar ao
Templo Maçonico. Ali ocorre o vestir dos paramentos, as joias e colares, a assinatura dos livros
de presença, o reconhecimento de visitantes, o pagamento dos emolumentos da Loja, o
preparo espiritual e a concentração adequada. Os irmãos se cumprimentam e conversam sobre
assuntos diversos.
Ocorre também a concentração - introspecção - para os irmãos adentrarem ao
Templo. Ali realizamos a oração solicitando ao GADU iluminar nossos trabalhos.
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Deve-se, sim, dar um mínimo tempo para que a euforia descrita anteriormente dê
lugar à calma, à paz.
O Maçom se diferencia do profanos pela sua postura, pela sua introspecção, pela
seriedade de suas palavras, gestos e ações e isso deveria ser a tônica do
comportamento na Sala dos Passos Perdidos, quando se aguarda pelo importante
momento de início de nossas sessões.
Gosto muito de observar as Regras Fundamentais da nossa Ordem e nelas está
definida claramente a conduta que se deve observar enquanto a Loja esteja fechada,
porém reunidos os Irmãos, e que sinteticamente orientam que " os Irmãos podem
dedicar-se a prazeres inocentes e recrear-se, segundo os meios de cada um, porém
procurando evitar excessos de todo gênero. Também devem abster-se de dizer ou fazer
alguma coisa que possa ferir ou romper a boa harmonia que deve sempre reinar entre
todos.
Por esse motivo não deve levar ódios privados, nem motivo algum de discórdia
e devem ser evitadas discussões sobre religião, política e nacionalidades, porquanto os
Maçons não professam outra Religião que não a Universal pertencente a todos os povos
de todas as línguas, sendo inimigos de todo empreendimento contra o Governo, porque
isso sempre é funesto à prosperidade.
Devem saudar-se amistosamente e, conforme está disposto, darem-se o nome de
Irmãos, comunicarem-se reciprocamente as notícias que possam lhes ser úteis.
Devem evitar toda a pretensão de elevar-se sobre os demais, e darem a cada um
a manifestação de respeito que se devem outorgar, pelo bem da Confraria que deve
honrar aqueles que merecem e condenar os maus costumes."
Ironicamente, um numero ainda muito grande de Irmãos tem o péssimo costume
de confundir a Sala dos P:.P:. com arquibancadas de campos de futebol e
invariavelmente assistimos o desfile da irresponsabilidade, do desleixo e da má
educação, através de gestos e posturas demasiadamente profanas para o ambiente.
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Quem ainda não presenciou na Sala dos PP:.PP:. um desfile de piadas de gosto
duvidoso e de baixo calão, seguidas por gargalhadas estridentes?
Ou narrativas das peripécias íntimas dos "atletas do sexo" que "papam" todas?
Ou discussões acaloradas sobre o desempenho do seu time preferido no último
clássico?
Ou tentativas de agressão partindo para "as vias de fato" com aquele desafeto
político?
Ou o " irmão" despir-se como se estivesse num vestiário ou num banheiro,
constrangendo a maioria, já que não teve tempo de ir em casa para trocar a calça jeans
substitui-la por um balandrau sobre a " cuequinha"?
Pois isso tudo e muito mais, eu já vi; exatamente na sala dos Passos Perdidos,
onde deveríamos encontrar um clima de serena fraternidade que elevasse o nosso
interior para o importante momento que está por iniciar-se.
E confesso que isso, quando acontece, me deixa muito indignado e me obriga a
interpelar o irmão desrespeitoso, na tentativa de harmonizar o ambiente e faze-lo digno
dos Maçons.
Norioval Alves dos Santos (SE)
A indagação tema da semana 10, como se pode ver a olho nú, diz respeito
apenas ao espaço físico conhecido como Sala dos Passos Perdidos das Lojas
Maçônicas Brasileiras, na torcida para que o maçom esteja lembrado, ainda, que o seu
comportamento, postura e ética recomendados, não está restrito àquele diminuto
espaço, mas ao Universo, considerado uma extensão da sua Oficina de trabalho, com o
objetivo precípuo de tornar feliz a humanidade, pela humildade, pela tolerância, pelo
espírito filantrópico, pelo respeito às diferenças e limitações naturais de seus irmãos e
semelhantes, pela disposição ao trabalho fecundo, pela pura fraternidade e pelo amor
ágape.
Assim sendo, amados irmãos, limitar-me-ei ao relato sinótico, do procedimento
adotado pela Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, relativamente à pergunta
epigrafada, para esclarecer que, em nosso Oriente, a Sala dos Passos Perdidos,
devidamente ornamentada, tem servido para a recepção de irmãos do Quadro e
visitantes, onde, além do encontro e reencontro, do bate-papo informal e descontraido,
se processa a preparação introspectiva, a consciência da importância do momento e o
esquecimento das coisas profanas deixadas lá fora, tudo com a finalidade de ingressar,
primeiramente, no Templo de dentro.
Aqui, nesse instante de reflexão e seriedade, o ingresso no Templo Maçônico é
comparado com uma viagem adredemente programada, quando a preocupação se
agiganta pelo que se pode levar na bagagem, com desprezo às coisas fúteis e
desnecessárias.
O Maçom, como bem relatou o irmão Lunardelli, se diferencia dos profanos, dos
maus, dos perversos e dos maus acostumados de todo o gênero, pela sua postura, pelo
seu equilíbrio e pelo discernimento lógico, do bem e do mal.
Não basta vestir-se e dizer-se membro de uma Loja Maçônica, é preciso mesmo,
antes de tudo, agir-se como um verdadeiro Obreiro da Arte Real, comprometido com o
futuro e o progresso da Maçonaria e da humanidade.
Dizer, sem fazer o que diz, "in casu", é o equivalente a não ser, ou a um sacrifício
à-toa, sem qualquer valor moral e espiritual, observação válida, inclusive, para o
deslocamento à Loja Maçônica, nos dias de reuniões ritualísticas, sem propósito e
verdadeiro espírito maçônico.
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Mas aí já estamos entrando nos propósitos e prioridades pessoais de cada um. Sabe
como é, tem IIr.'. que são Maçons. Outros..., estão.
Fernando Cezar Careta (SP)
Todos se retiram da Sala, com exceção do Cobridor Externo, cuja missão é evitar
a entrada de estranhos e de receber retardatários e visitantes.
Pode-se comparar a Sala dos PP\ PP\ ao estado de consciência, onde existe
uma realidade e uma individualidade, ela tem o aspecto de uma sala comum, podendo
ter mesa, poltronas e cadeiras, quadro nas paredes (galeria de ex-veneráveis), estantes.
Enfim, sendo uma sala receptiva onde os Irmãos podem se reunir para tratar de outros
assuntos.
No Templo Maçônico, a sua decoração, como que procura nos mostrar, evocação
simbólica, as verdades da vida. E, pela ação litúrgica, uma forma indutora a um
comportamento moral, somente acessível aos iniciados, através da assimilação e
compreensão da linguagem simbólica.
Em assim sendo, quando sentamos na Sala dos PP\ PP\, conforme o próprio
nome indica, ali podemos contar piadas, rirmo-nos, ler, sentar ou ficar em pé, sem um
compromisso maior, visto que os passos simbólicos que damos, podem não nos levar a
lugar nenhum – inclusive serem considerados passos perdidos.
A Sala dos Passos Perdidos deve ser o local de transição do maçom, do plano
físico para o espiritual. O Irmão, quando chega para uma sessão, após se trocar, deve
refletir sobre esta transição, pois ele vai entrar num lugar sagrado, para algo que talvez
os homens ainda não compreendam... , sim, algo maior.
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11- Por que a Sala dos Passos Perdidos tem esse nome e qual
é a sua diferença fundamental com relação ao Átrio?-
José Linhares de Vasconcelos Filho (CE)
A origem histórica do nome dado a Sala dos Passos Perdidos está na relação com o
Parlamento Britânico, relatam muitos autores. Nicola Aslan, citando Lenning, ensina que este
nome deriva do fato de que se considera todo passo feito antes do ingresso na Fraternidade ou
que não foi feito de acordo com os princípios da Ordem, como um passo perdido.
Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo, haverá um pequeno
compartimento -Átrio- com duas portas: uma para a Sala dos Passos Perdidos e a outra
para o Templo.
No Átrio ficarão as “estrelas” para a recepção dos visitantes e o assento para o
Cobridor, que aí permanece durante as sessões da Loja.
Até onde sei, a origem do nome Sala dos Passos Perdidos é uma espécie de
cópia de Sala assim cognominada existente em anexo do Parlamento Britânico. Mas
acho bastante oportuno supor que aqueles que deram o nome à Sala Parlamentar, já o
teriam copiado de algum lugar mais distante, talvez da Grécia, talvez do Oriente onde
filósofos, pensadores costumavam "perder-se" em profundas elucubrações. A
diferença entre ela e o Átrio é que se trata do Vestíbulo do Templo, onde o Maçom se
prepara para sair do Profano e ingressar no Sagrado.
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Na entrada do Templo tem uma sala que antecede o Átrio , a Sala dos Passos
Perdidos, que deve, se for possível, ser confortável para a recepção dos visitantes e
permanência dos Irmãos do Quadro.
É uma sala de espera, onde os Irmãos reúnem para colocar os paramentos, suas
insígnias, sob a égide do M.`. Cc.`.. troca de cumprimentos, assinar o Livro de Presença.
Uma preparação para o esperado momento em que se lhes sejam franqueada a
entrada no Templo.
Sua mobília poderá ser adequada com às posses da Loja. Há uma
pequena mesa, onde ficam os livros de presença e de registro dos visitantes, onde todos
os Irmãos tem o dever de gravar seu “ne varietur”, comprovação de seus graus com
as credenciais, e a regularidade maçônica dos irmãos visitantes, a cargo do Ir.`. Chanc.`.
Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo haverá um compartimento, o
ÁTRIO, onde tem assento o cobridor, Oficial da Loja encarregado de zelar pela
segurança externa e interna durante os trabalhos dos Irmãos.
O Cobridor externo examina os visitantes que desejam penetrar, para certificar-
se se são Maçons, e na entrada o cobridor interno os recebe depois de autorizado pelo
V.`. M.`. e, mediante a troca dos toques, sinais convencionais e palavra de passe.
O ÁTRIO possui três portas: uma para a Sala dos Passos Perdidos, outra a
Câmara de Reflexões e a terceira para o Templo.
No ÁTRIO, ficarão as espadas e as Estrelas. É um local onde os Irmãos se
desprendem das coisas profanas. Serve como alento de passagem do mundo material
para o espiritual, preparando a parte esotérica de cada Irmão, a introspecção, aplicação
e ascensão do espírito.
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Não possuo recursos para pesquisa quanto à origem da nomenclatura "Sala dos
Passos Perdidos". Imagino que este nome lhe tenha sido assinalado em razão de tratar-
se de um local sem a ritualística da correta movimentação, assim como existe no interior
do Templo, ou mesmo da formação do cortejo no Átrio.
A diferença entre a Sala dos Passos Perdidos com o Átrio é que este último é o
local apropriado para a introspecção, a devida concentração na reunião que em breve
será realizada, a devida elevação vibracional e o início das formalidades litúrgicas
maçônicas.
Quando Aprendiz, fiz um trabalho sobre o assunto. Segue abaixo:
Na frente do Templo deve existir uma ante-sala, a Sala dos Passos Perdidos, tão
confortável quanto possível, para a recepção dos visitantes e permanência dos Obreiros.
É a sala de espera, onde costumam reunir-se todos os maçons para vestir suas
insígnias, darem-se a conhecer aos Expertos, assinar o Livro de Presenças enfim é o
lugar onde se preparam e esperam até o momento em que se lhes franquia a entrada no
Templo, precede imediatamente o Átrio.
Seu mobiliário será adequado às posses da Loja. Sobre uma mesa, nesta sala,
ficam os livros de presença e de registro dos visitantes, onde todos deverão gravar seu
“ne varietur” (“Para que nada seja mudado”, denominação da assinatura que os IIr são
obrigados à apor em todos os diplomas e documentos comprobatórios de seus graus
que credenciam sua personalidade maçônica).
Átrio.
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A Sala dos passos perdidos, tão confortável quanto possível para a recepção
dos visitantes e permanência de obreiros, onde lançam seu ne-varietur no
livro de presença.
Neste local as palavras que são ditas, os movimentos e
gestos, nem sempre são aproveitadas no interior do templo, motivo pelo qual
leva o nome de Passos Perdidos.
O Atrio, com três portas, uma para o templo, outra para a sala dos passos
perdidos e a terceira para a câmara de reflexões, é o local onde fica o
cobridor durante as sessões da loja. Local de preparação espiritual para a
reunião, deve se manter em silencio enquanto aguarda o ingresso no templo.
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"No ano 480 após a saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no quarto ano do
reinado de Salomão, sobre Israel, no mês de Ziv,que é o segundo mês, ele construiu o
Templo de Javé" (I Reis 6:1).
O Templo de Jerusalém era dividido em Ulam, Hekal e Debir, segmentos que
correspondem, respectivamente, ao Átrio, Ocidente e Oriente do templo maçônico.
A evolução do homem atravessa diferentes estágios: da matéria à vida, desta ao
despertar da consciência e desta à consciência divina.
A Sala dos Passos Perdidos está situada "fora" do templo, é o território da
Humanidade como um todo e, simbolicamente, em termos evolucionistas, é um
daqueles estágios representando a fronteira entre o profano e o sagrado , entre o
intelectual e o espiritual.
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destaco os da minha Grande Loja e os de outras que li, citem "O que" é a Sala dos
Passos Perdidos e o Átrio, colocando essas duas "entidades" como partes do espaço de
preparação para entrada no Templo, a primeira citada como um lugar onde se encontram
todos os que estavam com os "passos perdidos", onde se reúnem todos para o alegre
reencontro, e a segunda, o "Átrio" como a ante sala do próprio Templo (ou Loja como
preferem alguns de nossos Irmãos), nenhuma das fontes compulsadas explica o
"porque" dos termos, especialmente do primeiro.
Além disso, muitos mencionam esse termo como derivado de um semelhante,
empregado no Parlamento Inglês, para descrever uma sala onde se reuniriam os
parlamentares antes de suas sessões. Algumas pequenas variações são observadas
nessas descrições. Descontente com esse resultado, pesquisei um pouco mais na
própria Internet e descobri que o termo "Sala dos Passos Perdidos" é empregado em
outros lugares, inclusive no Parlamento Português, com o mesmo sentido. Vejam o texto
que descreve a "Sala dos Passos Perdidos" no parlamento da Republica de Portugal, e
observem as menções sobre as colunas e os textos alegóricos lá incluídos:
"No topo da Escadaria Nobre, a sala dos Passos Perdidos, adjacente à sala das
Sessões, funciona como o grande centro de encontros e desencontros entre
os deputados, membros do governo e jornalistas.A sala, da autoria de Ventura Terra, foi
erguida por cima do átrio,respeitando e seguindo o traçado e dimensões deste, já por si
adaptadas ao desenho original da igreja conventual beneditina. O tecto foi construído
em abóbada de berço - descarregando, nos extremos, em 4 colunas com fuste de
mármore rosa, capitéis compósitos e bases de bronzedourado -, e aligeirado e iluminado
artificialmente através de uma clarabóia de ferro e vidro amarelo e rosado, lembrando as
soluções adoptadas pelos arquitectos-engenheiros franceses e ingleses (muito
particularmente a parisiense Gare d'Orsay, aliás concebida pelo mestre de Ventura
Terra, Victor Laloux, que o viria novamente a influenciar no projecto do Pavilhão
das Colónias, na Exposição de Paris, em 1900).
O tecto está decorado com pinturas em dois grupos de três figuras alegóricas,
um em cada uma das duas lunetas situadas nos extremos da abóbada (a Lei, a Justiça e
a Sapiência; a Independência, a Soberania e a Pátria), respectivamente da autoria de
João Vaz e de Benvindo Ceia. As paredes, de mármore branco e rosa, são marcadas
por 18 pilares duplos adossados, e decoradas, entre eles, com 6 painéis, pintados a óleo
sobre tela por Columbano Bordalo Pinheiro. O pintor, que já se havia dedicado a
decorações em edifícios públicos, tais como as do Museu de Artilharia,
seguiu as exigências da encomenda de 1921 na representação das 22 figuras da História
portuguesa, desde o séc. XIII ao séc. XIX, ligadas à política, à oratória e à administração
pública."
Embora não seja hábito desse nosso seminário, acrescento, para deleite dos
Irmãos, as fotos que recolhi sobre a magnífica "Sala dos Passos Perdidos" do
Parlamento Português, esperando que um dia possamos ter algo parecido para nossas
próprias Lojas.
Para saber mais, visitem http://www.parlamento.pt/visita/passos_perdidos
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A Sala dos Passos Perdidos precede o Átrio, e o caminhar, ainda na referida Sala,
dispensa padronização, sendo os "passos" realmente "perdidos" e, por conseguinte
"passos profanos".
Chegando ao Átrio, cuja denominação possui origem na tradição hebráica, dada
a existência do mesmo em torno do Tabernáculo, e na Idade Média, terreno que rodeava
as Igrejas, encontramos um "território fronteiriço", ou seja, o limite entre o que é
profano e o que é sagrado.
Buda, ao nascer, mediu o Universo dando sete passos em cada direção.
Nós, após a devida preparação, deixaremos o Átrio para adentrarmos ao Templo,
cujos Passos (no 1º grau), possuem ampla ligação com os Sephiroth Malkuth, Yesod e
Tiphereth, e que nos mostram as dificuldades que encontraremos no árduo caminho a
ser percorrido.
Heinz Roland Jakobi (RO)
Contígua ao Átrio deve existir uma ante-sala tão confortável quanto possível, para a
recepção dos visitantes e permanência dos Obreiros antes do início dos trabalhos, a qual
recebe a denominação de Sala dos Passos Perdidos, cujo mobiliário será adequado às posses
da Loja, devendo apresentar quadros alegóricos, estátuas, quadro de avisos, retratos de
personalidades maçônicas ou históricas, poltronas e uma pequena mesa com cadeira, sobre a
qual descansam os Livros de Presenças onde todo Obreiro, do Quadro ou visitante, deve
lançar o seu ne varietur.
A Sala dos Passos Perdidos, saguão ou hall de entrada tem relação e origem do
Parlamento Britânico é uma sala contígua, onde o interessado aguardava-se as decisões do
plenário, ficava andando de um lado para outro ansioso. Primeiro espaço privado que
antecede uma entrada de uma construção maior, quer seja de um Templo, uma Corte de
Justiça, um Parlamento, um Teatro/Cinema, destina-se ao visitante permanecer alguns
instantes fazendo os contatos preliminares, inteirando-se das ações que se seguirão.
Maçonicamente falando é o espaço que antecede o Átrio e o próprio Templo, isto é, a sala de
espera onde os maçons aguardam o momento de adentrarem o templo para suas reuniões
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Sala dos Passos Perdidos é lugar Profano, sem ritualística, esta fora da sala "Templo"
que é Sagrado, onde funciona como sala de visitas, onde recebemos todos aqueles que
chegam, sejam Irmãos ou não, onde devemos recebe-los de maneira cordial e hospitaleira,
deveria ter nessa sala: cadeiras, poltronas, mesa de centro, lavabo, etc... A Sala dos passos
perdidos, tão confortável quanto possível para a recepção dos visitantes e permanência de
obreiros, onde lançam seu ne-varietur no livro de presença.
Átrio - ( do lat., atrium) - Vestíbulo que nos palácios e outros edifícios, vai da
entrada principal à escadaria. Na maioria dos templos Maçônicos não existe esse
compartimento. Geralmente entra-se diretamente no Templo da ante-sala que se utiliza
como Sala dos Passos Perdidos. O átrio difere-se da Sala dos Passos perdidos, porque
nesse local (átrio) já estamos recolhidos internamente, aguardando o instante de
adentrarmos ao Templo. Esse local deve ser de respeito, recolhimento, e absoluto
silêncio. Nos Templos que não possuem átrio, o Mestre de Cerimônias transforma a Sala
dos Passos Perdidos em átrio, quando solicita aos irmãos que façam silêncio e se
preparem condignamente para ingressar no Templo.
A Sala dos Passos Perdidos tem esse nome em razão de se considerar todo
passo feito antes do ingresso na Fraternidade ou que não foi feito de acordo com os
princípios da Ordem, como um passo perdido. A Sala dos Passos Perdidos é a
antecâmara em que são recebidos os visitantes antes de sua admissão no Templo; é
também a "sala de espera" do Templo, que precede imediatamente ao Átrio. O Átrio é o
espaço ou sala que se acha imediatamente à entrada, diante da porta do Templo; nele é
formado o Cortejo para entrada no Templo. No Átrio, ao contrário do que ocorre na Sala
dos PP.: PP.:, deve haver silêncio e concentração, com vistas ao início da Sessão.
O Ritual de Apr.: Maçom da GLMERGS assim se refere à Sala dos Passos
Perdidos e ao Átrio: "Na frente do Templo deve existir uma ante-sala — a Sala dos
Passos Perdidos, tão confortável quanto possível, para a recepção dos visitantes e
permanência dos obreiros. Seu mobiliário será adequado às posses da Loja. Sobre uma
mesinha, nessa sala, ficam os Livro de Registro de Visitantes e o de Presença dos
Obreiros, onde todos lançarão seus NE-VARIETUR. Entre a Sala dos Passos Perdidos e
o Templo haverá um pequeno compartimento — o Átrio —, com três portas: uma para a
Sala dos Passos Perdidos, outra para a Câmara das Reflexões e a terceira para o
Templo. No Átrio, além de algumas cadeiras e armários, ficarão as Estrelas para
recepção dos visitantes e o assento do Cobridor".
Márcio Homem (RS)
A sala dos passos perdidos tem esta denominação originada de uma sala do
mesmo nome no Parlamento Inglês, onde os lordes reunem-se informalmente antes da
entrada no Plenário. Segundo alguns, o nome "passos perdidos" no parlamento derivou-
se de que alguns lordes, demonstrando preocupação, caminhavam introspectos de um
lado para outro, sem chegar a lugar nenhum.
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Na Maçonaria, a Sala dos Passos Perdidos é uma ante-sala destinada a reunir os
obreiros antes do início da Sessão, para que possam descontraidamente
cumprimentarem-se, trocar idéias, colocar os paramentos, etc.
Entre o Templo propriamente dito e a sala dos PP, existe uma pequena câmara
ou saleta, denominado átrio, local onde cessa a informalidade e se forma o cortejo de
entrada. Dependendo da orientação da Loja, pode servir também para invocações
espirituais, leitura de algum texto edificante, meditação, etc; tudo com a finalidade de
preparar-se para iniciar os trabalhos com a calma e a tranqüilidade necessária.
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A Sala dos Passos Perdidos tem esse nome, segundo alguns autores, devido a
relação com o Parlamento Britânico, e a existência de uma sala contigua, onde
aguardava-se as decisões do plenário, e o interessado, ficava andando de um lado para
outro ansioso, aguardando, perdendo seus passos.
Prefiro a outra versão exotérica, na qual Passos Perdidos significam, a perda dos
passos de profano, quando aprende o passo de Aprendiz, em seguida, aprende o passo
de Comp:. e perde o passo de Aprendiz, e finalmente, aprende o passo de Mestre e perde
o passo de Comp:.. A perda desses passos, acontece nessa Sala, onde o Mestre de
Cerimônias ensina os novos passos, simbolizando uma avanço no caminhar em busca
da Verdade.
Átrio - ( do lat., atrium) - Vestíbulo que nos palácios e outros edifícios, vai da
entrada principal à escadaria.
Nos templos Maçônicos mais modestos (a maioria) não existe esse
compartimento. Geralmente entra-se diretamente no Templo da ante-sala que se utiliza
como Sala dos Passos Perdidos.
O átrio difere-se da Sala dos Passos perdidos, porque nesse local (átrio) já
estamos recolhidos internamente, aguardando o instante de adentrarmos ao Templo.
Esse local deve ser de respeito, recolhimento, e absoluto silêncio.
Nos Templos que não possuem átrio, o Mestre de Cerimônias transforma a Sala
dos Passos Perdidos em átrio, quando solicita aos irmãos que façam silêncio e se
preparem condignamente para ingressar no Templo.
Sala dos Passos Perdidos é lugar Profano, daí estar perdido o passo, sem
ritualística está fora da sala "Templo" que é Sagrado. É como a nossa sala de visitas,
onde recebemos todos aqueles que são nossos convidados ou que se fazem convidar ,
sejam Irmãos ou não, onde devemos recebe-los de maneira cordial e hospitaleira.
Deveria ter nessa sala cadeiras, poltronas, mesa de centro, lavabo, etc., onde
cada um porta-se como se estivesse na sala de visitas de um conhecido, vale para os
grupos de pessoas ai "qualquer coisa civilizada" cada um ao seu bel prazer, desde
piadas e conversas de assuntos triviais a verdadeiras reuniões de cunho cultural e
cívico.
Atrio é a ante Câmara que separa o Profano do Sagrado, entendo que é nesta
sala que deveria estar o escaninhos com os acessórios dos Irmãos, entendo que deveria
servir de vestíbulo ou seja aqui é que devemos nos paramentar fora das vistas do
visitantes que podem ser Profanos , já em atitudes de respeito profundo e meditação
prévia, postando-se já em fila ou semi circulo para adentrar ao Templo, não
precisaríamos aqui ser convidados pelo Mestre de Cerimônias, pois estamos cientes da
nossa obrigação.
Sou Católico mas aqui faço um paralelo com um conceito dos Espíritas que dão
o nome de "Casa Transitória" ao abrigo de Velhos ou Enfermos já no fim da Vida
Terrena.
E para finalizar cópia do Aurélio:
Verbete: átrio[Do lat. atriu.]S. m.1. O segundo vestíbulo, nas casas romanas.
2. Anat. Câmara que dá entrada a outra estrutura ou órgão.
3. Anat. Cada uma das duas aurículas (direita e esquerda) do coração.
4. Arquit. Grande sala central, de distribuição da circulação, num edifício; vestíbulo.
5. Arquit. Pátio, interno, de acesso a um edifício; vestíbulo.
6. Arquit. Espaço defeso, situado na frente de edifício.
7. Arquit. Adro.8. Geogr. Depressão em forma de anfiteatro ou de meia coroa,
proveniente da destruição parcial de uma cratera vulcânica.
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Considerando que a Sala dos Passos Perdidos, deve ser o local de transição do
maçom, do plano físico para o espiritual, o átrio de uma Loja Maçônica é na realidade o
inicio do Templo, local onde deveriam estar as duas Colunas simbólicas uma Loja: (J
Jakin e B Boaz), parecidas com as que Hiran (ou Iran) colocou na entrada do templo de
Salomão (Jakin a direita e Boas a esquerda).
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Para que na hora marcada por cada Loja, seus obreiros estejam prontos
para dar inicio aos trabalhos, com perfeita harmonia de pensamentos, e
fluidos positivos.
É muito importante que os Irmãos cheguem sempre um pouco mais cedo do
horário marcado, para a preparação do espírito.
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a Ordem e, porque tem consideração e respeito pelos seus iguais, zangam e tem razão
quando acontecem atrasos, as vezes, para não criar um clima hostil, sentem e
guardam, não extravasando essa zanga, mas levam para dentro do Templo esse mal
estar; haverá condição de criação de egrégora com tal clima mental?
Tem que se respeitar e manter viva a disciplina maçônica e, ela pode e deve
começar pelo respeito ao horário do início das sessões.
Infelizmente os atrasados de carteirinha, são sempre aqueles que "vigiam" o
relógio a sessão inteira.
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Diz-se que pontualidade é uma questão de respeito para com os outros. É fácil
observar numa sessão que a entrada de retardatários geralmente desagrada à maioria
dos presentes, principalmente se o retardatário fizer parte do quadro de Oficiais da Loja.
Essa insatisfação, ainda que velada, irá interferir negativamente na harmonia
daquela reunião. Regulamentos existem para serem cumpridos. Portanto, é importante
que os IIr. não cheguem atrasados à Oficina, por outro lado, é necessário que o
Venerável Mestre evite prorrogar a sessão até o limite do intolerável.
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desleixo para com os demais Irmãos, para com a Loja e, por conseguinte, para com a
nossa Sublime Instituição.
Quanto ao horário de encerramento, mesmo considerando que a grande maioria
das Lojas não ultrapassam duas horas de trabalho, não vemos nada que obste o
prolongamento de uma Sessão, principalmente em dias de palestras, apresentação de
Peças de Arquitetura, e ainda por outros motivos entendidos como relevantes por parte
dos Irmãos, naturalmente sob a atenção do Venerável da Oficina.
Entendo que o horário fixado para o início das Sessões deve ser observado com
o máximo rigor, até por respeito aos demais IIr.:
O problema da não observância do horário de início se agrava ainda mais quando
se trata de uma Loja pequena, com poucos Mestres, o que, fatalmente, fará com que
todos os IIr.: esperem a chegada do retardatário para o início dos TTrab.:
O ideal é que o obreiro chegue ao local das reuniões com antecedência mínima
de 30 minutos, para que possa, com alguma folga, cumprimentar a todos, se paramentar,
assinar o Livro de Presenças e se harmonizar para o início da Sessão.
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A obediência aos horários não é uma prática comum em nosso povo. Outros
povos encaram a pontualidade como uma obrigação do cidadão. Como não temos essa
fama, achamos normal chegar atrasado, como contingência da vida moderna (transito,
enchentes, pane no carro, acidentes e até esquecimento da hora).
Por outro lado temos que praticar a disciplina, até como forma de praticar auto-
educação, submetendo nossas vontades e isso é uma das coisas mais difíceis de se
conseguir. Quando atrasamos, foi "só alguns minutos", mas quando esperamos pelos
atrasados, "temos que esperar por quanto tempo?"
Temos que praticar nossa Tolerância com outros assuntos não com atrasos no
início das sessões.
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