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O GRUPO ADONHIRAMITA DE ESTUDOS

apresenta:

O VENERÁVEL MESTRE
NO RITO ADONHIRAMITA
Sergio Emilião
MI - F R+C
OBSERVAÇÕES
• A apresentação foi baseada no Ritual do Grau de Aprendiz Maçom, Rito Adonhiramita, publicado
pelo Grande Oriente do Brasil - GOB – Edição 2009
• Os comentários refletem apenas a opinião pessoal do apresentador
• O conteúdo desta apresentação não representa a posição oficial do Grande Oriente do Brasil nem
de qualquer Potência Simbólica ou Filosófica na qual o Rito Adonhiramita é praticado
• A apresentação se refere às Sessões Ordinárias
• Todas as dúvidas podem e devem ser dirimidas de forma oficial junto à Secretaria Geral de
Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil

AVISO LEGAL
O ingresso na sala virtual desta apresentação implica na tácita concordância com a íntegra do que
dispõe a Lei Geral de Proteção de Dados, Lei Federal n° 13.709, de 14.08.2018
ETIMOLOGIA DO TERMO

• Na Maçonaria inglesa o Venerável Mestre se denomina


Worshipfull Master, exatamente Venerável Mestre
• Na França o verbete é le Vénérable, igualmente Venerável
Mestre, e assim foi traduzido para o português
• Venerável é um adjetivo de dois gêneros que designa alguém
digno de veneração e respeito
• É esse exatamente o conceito do Mestre que dirige a Loja,
alguém digno de admiração e respeito por parte dos demais
obreiros
• Ou seja, o termo se refere a uma qualidade ou condição
conquistada pela conduta, exemplo e atitudes que é
observada pelos outros, e não por nós mesmos
• O Venerável Mestre é o maçom que mais deve se aproximar
da expressão “ser reconhecido como tal”
VENERANÇA E VENERALATO
• No jargão maçônico este vocábulo se refere ao período de
gestão de um Venerável Mestre
• Os verbetes constam inclusive de alguns dicionários
informais da língua portuguesa
• As regras ortográficas de formação de palavras na língua
portuguesa foram observadas na criação de ambos os
verbetes, dois substantivos derivados do verbo venerar
• No entanto, na minha opinião ambos os termos estão
incorretos conceitualmente
• Venerável é aquele que é digno, passível de veneração ou
adoração, e portanto corresponde aos adjetivos admirável ou
adorável, por exemplo
• Ou seja, estamos nos referindo a um sentimento de terceiros
em relação à pessoa, como no caso dos atores, cantores e
jogadores de futebol
• Nestes exemplos jamais ouvimos alguém se referir ao
período de “admirância” ou “admiralato” de alguém,
inclusive porque falamos de um intervalo efêmero de tempo
• No meu entendimento o correto seria nos referirmos ao
período de gestão ou administração
ORIGEM E INSPIRAÇÃO
• O cargo de Venerável Mestre foi inspirado nas guildas de
pedreiros medievais, período operativo da Maçonaria
• Porém, a denominação era apenas “mestre”
• O mestre nas corporações de pedreiros de ofício era o
profissional mais habilidoso e que melhor conhecia as
técnicas construtivas
• Era um cargo vitalício e geralmente hereditário
• Os pedreiros que obtinham a formação completa
usualmente se desligavam da loja e fundavam sua própria
• Os mestres operativos dirigiam a construção e a
administração destas empresas medievais de construção
civil
• Também era ele quem admitia novos membros e os
submetia a um rito de passagem, transmitindo os toques e
sinais que os identificariam como pedreiros livres
• Cada um dos mestres das guildas possuía sua marca
individual, que era uma espécie de assinatura das obras
realizadas
• Não há qualquer associação do cargo com heróis míticos
A INSERÇÃO NOS RITUAIS
• O cargo de Venerável Mestre, juntamente com o dos
Vigilantes, é o mais antigo da Maçonaria moderna e é
obrigatório em todos os Ritos
• Consta dos primeiros rituais maçônicos
• “Toda promoção entre os maçons será baseada no seu
real valor e mérito pessoal, pois assim serão os Lordes
melhor servidos, os Irmãos não serão envergonhados,
nem a Arte Real menosprezada. Dessa forma nem o
Mestre nem os Vigilantes são escolhidos pela idade, mas
sim por seus méritos”. (Constituições de Anderson,
Londres, 1723)
• Embora as Três Luzes da Maçonaria sejam o Livro da Lei,
o Compasso e o Esquadro, posteriormente O Venerável
Mestre foi batizado juntamente com os Vigilantes como
uma das “Três Luzes da Loja” ou “Três Luzes Menores”
• O Venerável Mestre é citado como “Grão-Mestre da Loja”
na Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita
publicada em 1781
O CONCEITO NA MAÇONARIA ESPECULATIVA

• Não há dúvida de que o cargo de Venerável Mestre foi


inspirado nas guildas de pedreiros medievais
• A diferença fundamental e evidente é que na Maçonaria
Especulativa ele não dirige construções físicas
• Com a adoção do conceito de Lojas Simbólicas o Venerável
Mestre passou a exercer a direção de uma associação
filosófica, cujos novos membros eram admitidos através de
Iniciações
• Surgiu uma escala hierárquica de aprendizado, denominados
de Graus Simbólicos, que passaram a ser concedidos
exclusivamente pelo Venerável Mestre da Loja
• Inicialmente o Venerável Mestre era assessorado por poucos
oficiais, e com o passar do tempo e o surgimento dos Ritos
novas funções foram criadas
A INSTALAÇÃO
• Não há registros de Cerimônias de Instalação antes de 1717
• Nas Constituições de Anderson de 1723 são relacionados os requisitos
para o cargo de Mestre Eleito, que vai dirigir a Loja, mas não se trata de
um Ritual
• A direção da Loja era transmitida de forma simples do Venerável anterior
para o próximo
• A primeira descrição da Cerimônia de Instalação surge em 1760 na obra
Three Distinct Knocks (Três Batidas Distintas)
• Mais tarde, em 1775, William Preston na obra “Ilustrações da Maçonaria”
descreve os deveres do Mestre da Loja
• Ao que parece, o formato definitivo foi adotado somente em 1827 pela
Grande Loja Unida da Inglaterra e vem sendo aperfeiçoado desde então
• Segundo alguns autores a prática da Instalação era própria da Maçonaria
inglesa e não foi adotada pela França a não ser pelo Rito Adonhiramita
• Na Maçonaria brasileira o Cerimonial de Instalação do Venerável Mestre
foi inserido somente em 1927 pela Grande Loja
• A adoção pelo GOB só se deu em 1968, com a publicação de um Ritual
que continha a ritualística para todos os Ritos praticados pelas Lojas
federadas, o que ocorre até nossos dias. Cada Rito possui um
procedimento particular
• A Comissão de Instalação, formada exclusivamente por Mestres
Instalados, é nomeada pelo Grão-Mestre a pedido da Oficina
A INSPIRAÇÃO DA INSTALAÇÃO

• A Cerimônia de Instalação foi inspirada na coroação dos reis britânicos


• Esta, por sua vez, remonta à tradição celta, que sugere a coroação do
primeiro rei da Irlanda no ano 500
• Trata-se de uma tradição mística associada à mitologia das ilhas
britânicas e ao povo denominado Thuata Dé Dannam
• A coroação ou sagração dos reis se dava numa pedra denominada Lia
Fail, uma espécie de oráculo e servia como um trono de pedra no ritual
• É possível que o mito da espada Excalibur das lendas arturianas estar
cravada num pedra, e ser somente removida por um rei digno tenha se
inspirado na tradição celta também
• Há, no entanto, uma clara influência dos ritos de sagração de
cavaleiros, que da mesma forma pode ter sido inspirada na antiga
tradição celta e sincretizada com a prática cristã
O QUE É INSTALAR O VENERÁVEL?
• Há diferença entre Instalação, investidura e posse
• As demais dignidades da Loja são empossadas, apenas o Venerável
Mestre é Instalado
• Instalar é colocar algo em seu devido lugar para que assuma uma
posição definitiva, ou com maior duração, e para que possa funcionar
de forma eficiente e correta
• No caso do Venerável Mestre, ele é Instalado numa cadeira situada no
Oriente, no eixo central do Altar da Sabedoria
• Isso quer dizer que ele recebe a autorização para sentar-se no local
mais elevado do Templo, para que dali possa dirigir com maior
eficiência a Oficina
• É por isso que existe uma hierarquia de posição nas cadeiras do Altar
da Sabedoria, sendo a central ocupada exclusivamente pela maior
autoridade da Loja
• Ao ser instalado nesta cadeira o Venerável Mestre está investido da
responsabilidade de guardar a Coluna da Sabedoria, e em decorrência
desta função recebe o direito de manusear a Espada Flamígera
MESTRE INSTALADO É GRAU?
• NÃO. É uma qualidade
• O Mestre Instalado é um Mestre Maçom do Grau 3, porém, possui
atributos exclusivos que lhe são conferidos na Cerimônia de
Instalação, é isso que o diferencia dos demais Mestres
• Há ensinamentos e fundamentos que são conferidos apenas durante a
Cerimônia de Instalação
• Na Maçonaria brasileira, no âmbito do GOB, e na maioria dos Ritos,
instituiu-se tratar os Mestres que deixaram de ser Veneráveis Mestres
com o título de Mestres Instalados
• Há uma corrente que entende o procedimento como incorreto porque
assim que se deixa o cargo de Venerável Mestre deixa-se também a
cadeira na qual o Mestre Maçom foi Instalado
• Particularmente discordo, pois os atributos da Instalação não são
jamais removidos. Os ex-Veneráveis Mestres não comandam mais as
Oficinas, mas são os únicos além do Venerável Mestre que possuem
autoridade para fazer as mesmas coisas, inclusive Instalar novos
Veneráveis Mestres e manusear a Espada Flamígera se necessário
• Os Mestres Instalados gozam da prerrogativa de sentarem no Oriente
mesmo sem ocupar cargos, aliás, são os únicos que podem fazer isso
à exceção das autoridades maçônicas
O TRONO DE SALOMÃO
• É comum entre os maçons brasileiros se referir à cadeira ocupada pelo
Venerável Mestre nos Templos maçônicos como “Trono de Salomão”
• No meu entendimento a associação é incorreta
• O Venerável Mestre não personifica o rei Salomão. De modo geral todo
Mestre Maçom representa simbolicamente Adonhiram
• Salomão não possuía um trono no Templo de Jerusalém, que aliás, era
frequentado em seu interior apenas pelos sacerdotes levitas. Seu trono
ficava no palácio
• Salomão não fazia reuniões de maçons no Templo de Jerusalém, sua
associação com a Doutrina Maçônica é alegórica
• O Venerável Mestre ocupa um lugar no Altar da Sabedoria, e, portanto,
entendo que o lugar principal deve ser tratado como “Trono da Sabedoria”,
ou simplesmente cadeira do Venerável Mestre
OS PUNHOS

• No Rito Adonhiramita o Venerável Mestre usa punhos na cor


azul escuro com bordados dourados nas extremidades
• Possuem o símbolo de um esquadro envolto em dois ramos de
acácia
• O Venerável Mestre é investido dos punhos na Sessão Magna de
Instalação e Posse das administrações
• Os punhos representam a sua autoridade e poder
• Na hipótese da ausência do titular do cargo, o Mestre que o
substituir durante aquela sessão não deve utilizar os punhos
• Os punhos são uma espécie de bracelete ou luvas de cano
longo, chamados de gauntlet em inglês, e no início da
Maçonaria Especulativa formavam uma peça única com as luvas
• Foram inspirados nas luvas do período operativo, feitas de
tecido mais grosso, que tinham como função proteger as mãos,
os punhos e parte do antebraço dos pedreiros
• Adotaram oficialmente o formato e simbolismo que conhecemos
hoje em 1884
O COLAR DO VENERÁVEL

• Diferentemente dos demais Mestres e Oficiais no Rito


Adonhiramita, O Venerável Mestre, a exemplo dos Vigilantes, não
usam faixa, mas sim um colar onde é pendurada a Joia do cargo
• Possui a cor azul escuro e bordados em dourado
• É investido dele na Sessão Magna de Instalação e Posse das
administrações
• Não possui simbolismo por si só, na verdade é apenas a peça do
vestuário na qual a Joia do cargo é pendurada, esta sim possui
simbolismo próprio
• Os colares sempre foram utilizados como adornos desde as
primeiras civilizações, simbolizando um status diferenciado para
que os utilizava
• Geralmente os colares eram acompanhados de joias, amuletos e
símbolos religiosos e místicos
• Tratava-se de um adorno pessoal para ser visto à distância
• Da mesma forma que os punhos, nos casos de substituição
temporária do titular do cargo, o Mestre que desempenhar a
função durante aquela sessão não deverá utilizá-lo
O AVENTAL DO VENERÁVEL

• No Rito Adonhiramita, O Venerável Mestre usa um avental na cor


azul escuro e bordados em dourado nas extremidades e abeta
• É investido dele na Sessão Magna de Instalação e Posse das
administrações
• É decorado com símbolos do Sol, da Lua, de estrelas, do Tau
invertido na abeta e nas duas borlas, e um de Esquadro
emoldurado por dois ramos de acácia
• Simboliza a qualidade de Venerável Mestre
O MALHETE DO VENERÁVEL
• O Venerável Mestre usa o malhete para simbolizar o seu poder, entendendo-se
esta expressão como instrumento de demonstração de autoridade, e não de
um dom metafísico, paranormal ou sobrenatural
• Recebe o malhete na Sessão Magna de Instalação e Posse da administração
da Loja
• Na antiguidade os malhetes, martelos, maços e instrumentos similares
também representavam o poder pois amplificavam significativamente a força
de quem os usava
• A representação mitológica mais relevante deste conceito é a do martelo
mjolnir da divindade nórdica Thor, deus do trovão
• No período operativo era um maço maior, que possibilitava golpes de maior
intensidade. Ele partia as pedras e as separava em porções menores de
acordo como uso pretendido. Vem daí o simbolismo na Maçonaria
Especulativa, o Venerável Mestre organiza e distribui os obreiros da Loja nas
funções de acordo com sua aptidão
• Geralmente é feito de madeira, mas não há uma padronização
• Não são é o mesmo instrumento de desbaste da Pedra Bruta, no caso do
Venerável Mestre também é uma representação dos cetros reais
A ESPADA FLAMÍGERA
• Este, na minha opinião, é o símbolo maior da qualidade, autoridade e poder do
Venerável Mestre
• É chamada de Flamígera e não de flamejante porque é feita de fogo
• Nas Lojas Simbólicas é representada por uma espada de aço com a lâmina
ondulada simbolizando chamas
• Seu simbolismo foi retirado do Livro do Gênesis da tradição-judaico cristã
• “Deus baniu Adão e Eva e no lado leste estabeleceu seus querubins e uma
espada Flamígera que se movia em todas as direções, evitando assim que
alguém tivesse acesso à árvore da vida”. (Gênesis, 3; 24)
• O Venerável Mestre, portanto, é o guardião da Coluna da Sabedoria, invisível
em nossos Templos, cujo acesso só é permitido pelo Venerável Mestre
• Assim como o querubim bíblico, o Venerável Mestre é investido de um poder
que não é próprio dele, mas emanado do Grande Arquiteto do Universo
• É com esse poder que ele se torna capaz de Iniciar maçons, batizar; conferir
Graus; filiar e regularizar obreiros
• A Espada Flamígera é sempre empunhada com a mão esquerda, pois
representa um poder passivo
• Resumidamente falando, é uma espada forjada na Luz Divina, que é sua matéria
prima
COMO O VENERÁVEL ADMINISTRA A LOJA?

Recursos
Materiais

Recursos
Doutrina
Humanos
OS RECURSOS MATERIAIS

• O espaço físico – o Templo


• Os materiais litúrgicos
• Os materiais administrativos
• Mobiliário
• Os elementos decorativos do Templo
• As Joias dos Cargos
• O Estandarte da Loja
• O Pavilhão Nacional
• A bandeira do GOB
• Equipamentos de som
• O Tesouro da Loja
• O Fundo de Beneficência
OS RECURSOS HUMANOS

• Os obreiros do quadro da Loja


• Os prestadores de serviço
• Os colaboradores
• As Dignidades
• Os Oficiais
OS CARGOS
DIGNIDADES OFICIAIS
• Mestre de Cerimônias
• Primeiro Vigilante ELEITOS PELA JOJA • Hospitaleiro
• Segundo Vigilante • Primeiro Experto
• Orador • Segundo Experto
• Secretário • Arquiteto
• Tesoureiro • Mestre de Banquetes
• Chanceler NOMEADOS PELO • Bibliotecário
VENERÁVEL MESTRE • Porta-Bandeira
• Porta-Estandarte
• Mestre de Harmonia
• Cobridor Externo
• As Dignidades tomam posse na Sessão Magna de Instalação
• Cobridor Interno
• Os Oficiais podem tomar posse na Sessão seguinte
• Nesta hipótese a Sessão será Ordinária, simplificada
• Os Oficiais são nomeados através de ato administrativo do
Venerável Mestre, que deve ser lido pelo Secretário antes da
investidura
• Irmãos filiados podem concorrer a cargos eletivos e serem
nomeados Oficiais
AS COMISSÕES

• São nomeadas pelo Venerável Mestre e compostas por 3


COMISSÕES PERMANENTES Mestres
• O Orador não pode integrar as Comissões (inciso II do art.
122 da Constituição do GOB)
Admissão e Graus • O Tesoureiro e o Hospitaleiro não podem participar da
Finanças Comissão de Finanças (inciso III do art. 122 da
Beneficência Constituição do GOB)
• O Venerável Mestre pode nomear comissões temporárias
(art. 129 do RGF)
Art. 128 do RGF • Podem examinar a qualquer tempo toda a documentação
da Loja referente às suas atribuições (art. 130 do RGF)
A DOUTRINA

• A legislação Maçônica
• Os Rituais
• A ritualística
• A liturgia
LEGISLAÇÃO MAÇÔNICA
• Constituição do Grande Oriente do Brasil
• Constituição do Grande Oriente Estadual
• Regulamento Geral da Federação, RGF, Lei N°0099 de 9 de
dezembro de 2008 EV
• Código Disciplinar Maçônico, Lei N°165, de 7 de
novembro de 2016 EV
• Conselho de Família, Lei N°171, de 5 de abril de 2017
EV
• Código Eleitoral Maçônico, Lei N°153, de 8 de setembro
de 2015 EV
• Código de Processo Penal Maçônico, Lei N°002, de 16 de
abril de 1979 EV
• Comissão Processante das Lojas, Lei N°132, de 25 de
setembro de 2012 EV
• Regimento de Recompensas, Lei N°88, de 21 de setembro
de 2006 EV
• Estatuto da Loja
• Regimento Interno da Loja
• Rituais de todos os Graus

TODA A LEGISLAÇÃO DEVE ESTAR PERMANENTEMENTE ATUALIZADA


A RITUALÍSTICA

• É o desenvolvimento dos Rituais


• Deve ser rigorosamente observada em todas as Sessões
• Compõe-se do comportamento dos obreiros, falas e gestos
• É conduzida pelo Mestre de Cerimônias e executada por todos
os obreiros
• Sinais, esquadrias, movimentação em Loja, pedido da palavra,
etc.
• Definem a identidade do Rito, jamais deve ser negligenciada
• Cabe ao Venerável Mestre observar e fazer cumprir essas
regras
A LITURGIA

• É composta dos cerimoniais


• Etapas especiais em que simbolismos
cênicos e dramatizações são executadas
• Deve ser realizada de modo solene
• Cabe ao Venerável Mestre observar e fazer
cumprir a correta liturgia das Sessões
O SOL E O VENERÁVEL MESTRE
“Assim como, por vontade do Grande Arquiteto do Universo, o Sol
aparece no Oriente para principiar sua carreira e romper o dia, o
Venerável Mestre ali tem assento, para abrir a Loja, ajudar os
obreiros com seus conselhos e iluminá-los com as suas luzes”.

• O Venerável Mestre não é o Sol, mas marca o local onde o Astro


Rei nasce. É uma das razões de possuir uma posição fixa e no
eixo central do Templo
• Em linguagem geográfica, é do Trono do Venerável Mestre que
saem os paralelos que cruzam o templo de Leste a Oeste e por
onde trafega o Sol. É isso que observam por comparação os
Vigilantes através da perpendicular do meridiano
• Portanto o Venerável Mestre é o exemplo máximo a ser
replicado pelos demais obreiros
• Como guardião da Coluna da Sabedoria, é o Venerável Mestre
quem a distribui a luz do conhecimento nas doses necessárias
para os obreiros
• A civilização nasceu no Oriente, e foi de lá que as luzes do
conhecimento retornaram ao Ocidente após as trevas da Idade
Média
• Foi ao Venerável Mestre que suplicamos pela Luz em nossa
Iniciação, e foi ele que nos concedeu
ASSOCIAÇÕES MÍTICAS

Cabala hebraica Astronomia


A CABALA HEBRAICA

• O Venerável Mestre está associado a KETHER, a Coroa, relacionada


ao número UM, a causa, o princípio, a origem, a fonte
• As demais sefirotes são um desdobramento desta emanação
primordial
• KETHER é associada à luz, ao ponto. Trabalha com os Quatro
Mundos, ou Quatro Dimensões: ATZILUT, a Emanação; BERIÁ, a
Criação; YETZIRÁ, a Formação e ASSYIÁ, a Ação
• KETHER também está associada ao Tetragrama Sagrado, IOD-HE-
VAU-HE e aos Quatro Elementos Primordiais, FOGO, ÁGUA, TERRA
E AR
• KETHER também é intitulada de “Ancião dos Dias”, o Primeiro
Logos
• Está relacionada com o AJNA CHAKRA, o Chakra Coronário
• Representa a união com o Criador
A ABÓBODA CELESTE

• O Venerável Mestre está associado ao Sol, exatamente ao local


de seu nascimento
• O Sol simboliza o princípio ativo, positivo e masculino. O pai
• O Sol é o centro gerador da vida, da vitalidade e do poder da
criação
• O Sol se relaciona à ampliação da consciência humana para um
estado superior através da Sabedoria
• Era considerado uma divindade para várias culturas antigas.
Para algumas civilizações era a própria manifestação física do
Criador, como no Atonismo dos egípcios
POSIÇÃO NA PROCISSÃO
POSIÇÃO NO TEMPLO
O HEXAGRAMA
• Se traçarmos retas imaginárias entre as Três Luzes da
Loja veremos desenhado um triângulo com o vértice
voltado para cima
• Representa o Plano Espiritual
• A Chama Sagrada ou Fogo Eterno, desdobrada e
manifestada em Sabedoria, Força e Beleza
• Se traçarmos retas imaginárias entre as duas Dignidades
com assento no Oriente, Orador e Secretário, e o
Cobridor Interno, veremos desenhado um triângulo com
o vértice voltado para baixo
• Representa o Plano Material, a lei, a ordem e a vigília; a
organização, o tempo e o espaço
• Se sobrepusermos essas duas figuras veremos traçado o
Hexagrama, a Estrela de Davi
• Nessa hipótese o Venerável Mestre situa-se no ponto de
emanação, o vértice do Triângulo Espiritual
QUEM OCUPA O ALTAR DA SABEDORIA?

• O Altar da Sabedoria deve possuir no mínimo 3 e no máximo 5 cadeiras


• A cadeira central é sempre ocupada pelo Venerável Mestre da Oficina
• É regulamentado pelo Decreto n° 1.469, de 12 de fevereiro de 2016 EV
• Na primeira cadeira à direita do Venerável Mestre sentam-se o Grão-Mestre Geral ou o Grão-Mestre Geral Adjunto
• Na primeira cadeira à esquerda do Venerável Mestre sentam-se o Grão-Mestre Estadual ou Distrital, ou seus
Adjuntos
• Se o Grão-Mestre Geral ou seu Adjunto não estiverem presentes na Sessão ocupam a primeira cadeira à direita o
Grão-Mestre Estadual ou Distrital ou seus Adjuntos
• Na ausência destas autoridades as cadeiras serão ocupadas de acordo com a Faixa de Tratamento em ordem
hierárquica, do mais alto cargo à direita para o mais baixo à esquerda

NÃO ESTANDO PRESENTES NA SESSÃO AS AUTORIDADES RELACIONADAS NÃO HÁ OBRIGATORIEDADE DE


OCUPAÇÃO DOS ASSENTOS AO LADO DO VENERÁVEL MESTRE
ATRIBUIÇÕES
• O cargo de Venerável Mestre é preenchido através de eleição direta por maioria simples de votos da assembleia. É um
cargos eletivo, a maior das sete Dignidades de uma Loja e representante legal desta
• O cargo possuem regulamentação nos artigos 115 a 117 do RGF
• Compete ao Venerável Mestre:
1. Presidir os trabalhos, manter a ordem e não influenciar nas decisões
2. Nomear os Oficiais e os membros das Comissões
3. Representar a Loja ativa e passivamente em juízo ou fora dele
4. Convocar as reuniões da Loja e das Comissões
5. Exercer a qualquer tempo supervisão e fiscalização dos livros e documentos da Loja
6. Conferir Graus Simbólicos
7. Apurar os votos e declarar o resultado das votações
8. Ler as peças recolhidas no Saco de Propostas e Informações e dar-lhes o devido destino
9. Deixar sob malhete, quando conveniente, o expediente da Loja, à exceção daqueles do GOB
10. Conceder e cassar a palavra
11. Decidir as questões de ordem com base na legislação
12. Suspender ou encerrar os trabalhos na impossibilidade de manutenção da ordem na Sessão
13. Distribuir sigilosamente as sindicâncias
14. Exercer autoridade disciplinar sobre os obreiros
15. Encerrar o Livro de Presenças
16. Assinar juntamente com o Tesoureiro a documentação contábil da Oficina bem como supervisionar despesas e
receitas
17. Autorizar despesas urgentes ad referendum até o limite previsto no Regimento Interno da Oficina
18. Encaminhar anualmente ao GOB a relação de obreiros do quadro e o relatório das atividades da Loja
19. O Venerável Mestre só vota no Escrutínio Secreto ou na necessidade de desempate
REQUISITOS
• Ser Mestre Maçom com o mínimo de 3 anos de interstício desde sua
Exaltação (inciso IV do art. 123 da Constituição do GOB). Esta condição
pode ser isentada pelo Grão-Mestre Geral nos termos do art. 77 da
própria Constituição do GOB)
• Possuir frequência mínima de 50% das Sessões realizadas nos últimos
24 meses contados até o mês anterior de sua candidatura (alínea b,
inciso IV, art. 123 da Constituição do GOB)
• Compromisso, zelo e dedicação, o Venerável Mestre é o exemplo maior
da Loja
• Assiduidade, o Venerável Mestre não deve faltar às Sessões
• Deve conhecer bem os Rituais dos 3 Graus
• Deve conhecer bem a Doutrina, a legislação e os princípios maçônicos
• Deve ser atento
• Deve ter boa dicção e impostação de voz
• Deve ser experiente
• Deve possuir qualidades de liderança
• Deve ser harmonizador, pacificador, conciliador, aglutinador e motivador
• Deve ter bom senso e capacidade de decisão
• Não pode ser inseguro
• Deve ser equilibrado
• Deve ter postura exemplar em Loja e fora dela
POSTURA
• O Venerável Mestre é o líder da Oficina, o “pastor do rebanho”
• Será observado, tido como exemplo e a imagem da Loja está relacionada a ele
• Sua postura e conduta deve ser a mais perfeita possível
• Mais do que nenhuma outra Dignidade, Oficial ou Mestre, deve atuar estritamente em
observância com o ritual e a legislação maçônica
• Não deve errar na leitura, nem titubear na execução da ritualística
• Deve tratar os obreiros com fraternidade, porém exercendo sua autoridade,
promovendo a disciplina e exigindo destes o comportamento compatível
• Deve estar atento à queima de todas das velas, solicitando ao Mestre de Cerimônias a
substituição ou Revigoramento quando necessário
• Jamais é substituído em seu Altar durante as Sessões. Na hipótese de ausência
temporária a Sessão deve ser interrompida
• Deve ter em mente que simboliza a SABEDORIA, a Colunas invisível de nossos
Templos, o primeiro desdobramento da Chama Sagrada ou Fogo Eterno
• Alguns autores afirmam que há uma emanação de energia sutil e superior sobre o
Trono da Sabedoria que irá inspirar e auxiliar o Venerável Mestre na condução dos
trabalhos. Entendo que esta emanação está presente em todos os níveis e cargos da
Loja, mas é necessário estar receptível a esta influência para que ela possa surtir
algum efeito
• Usa o verbo sentado, pois ocupa um Altar. É o último a falar em Loja. Após sua fala
somente o Orador se manifesta quanto à legalidade dos trabalhos, e depois do Orador
somente o Grão-Mestre Geral, Estadual ou Distrital, se presentes na Sessão
• Deve orientar e aconselhar os obreiros dentro e fora de Loja
A JOIA

• A Joia do Venerável Mestre é o Esquadro com as duas


hastes do mesmo tamanho
• Instrumento utilizado na construção civil para aferir e
executar esquadrias, ou ângulos retos, que são a junção
dos sentidos horizontal e vertical, eixos bidimensionais
• Simboliza a retidão que deve nortear seus atos no
tratamento dos obreiros e na condução dos trabalhos
• Não deve haver qualquer desvio ou hesitação
• Representa a conduta justa e perfeita, o equilíbrio
• Não há qualquer conotação mística
O ALTAR DO VENERÁVEL MESTRE
• Sobre o Altar do Venerável Mestre devem constar os seguintes itens:
1. Um candelabro de três braços (com uma vela apenas nas Sessões de Aprendiz)
2. Uma naveta contendo incenso de benjoim ou de rosa
3. Uma Espada Flamígera com o punho voltado para o Sul
4. Um malhete
5. Um Esquadro
6. Um exemplar do Ritual do Grau
7. Um exemplar da Constituição do GOB, e do Grande Oriente Estadual ou Distrital
8. Um exemplar do Regulamento Geral da Federação
9. Um exemplar do Estatuto da Loja e do Regimento Interno
10. Material para escrita
• É construído no nível mais alto do Templo, o degrau da CARIDADE, no Oriente, e
deve-se subir 3 degraus para se chegar até ele
• Deve ter no mínimo uma, e no máximo duas cadeiras de cada lado do Trono da
Sabedoria
• O Altar é uma mesa de tampo retangular com as faces laterais e frontal fechadas,
nas quais deve haver o Esquadro como decoração, sendo permitido também o uso
de outros símbolos maçônicos
• Na projeção do Altar, entre o teto e o piso do Templo há um dossel
• E na parte posterior do Altar, entre este e a parede de fundo do Templo é colocado o
Retábulo
• Não existe padronização de medidas para o Altar, nem determinação do material de
que é feito
FUNÇÕES RITUALÍSTICAS
• O Venerável Mestre dirige a Oficina, mas não impõe sua vontade
• Abre e fecha a Loja, requerendo o auxílio dos demais obreiros
• Comanda o andamento das Sessões nos termos do Ritual
• Alimenta o turíbulo com incenso para a Cerimônia da Incensação
• É incensado por 3 vezes pelo Mestre de Cerimônias
• Executa o Revigoramento e o Adormecimento da Chama da SABEDORIA
• Usa o malhete ritualisticamente, e não sua espada. Em alguns momentos usa a
Espada Flamígera e o hissopo
• Inicia novos maçons e os batiza com o Nome Histórico
• Concede e cassa a palavra em toda a Oficina
• É o responsável pelo planejamento e realização das Sessões
• Concede aumento de salário, filia, regulariza e nomeia membros honorários
• Aplica sanções e punições aos obreiros
• Concede atestados, Quite Placet e Placet Ex-Offício, conforme decisão da
assembleia
• Promove votações, apura e declara o resultado
• Receber e decifrar o conteúdo do Saco de Propostas e Informações
• Assinar os balaústres juntamente com o Orador e Secretário
• Assinar os certificados de presença junto com o Chanceler
• Quando o Venerável Mestre se levanta toda a Loja se levanta, sem necessidade de
qualquer comando
• Suspende os trabalhos por um golpe de malhete se necessário
• Transmite a Palavra Semestral em Cadeia de União
• Promover a Corrente Fraternal
A VÊNIA AO VENERÁVEL MESTRE

• O Venerável Mestre, uma vez no interior do Templo e com as portas


fechadas deve ser saudado
• A vênia ao Venerável Mestre deve ser executada toda vez que a linha
imaginária que delimita o Norte e o Sul é cruzada, e antes de entrar e de
sair do Oriente
• É executada com o Sinal de Saudação quando as mão estiverem livres, e
por um menear de cabeça, e não do corpo, quando transportados
materiais litúrgicos, administrativos ou espadas
FAIXAS DE TRATAMENTO
AUTORIDADE TRATAMENTO

GRÃO-MESTRE GERAL SOBERANO

GRÃO-MESTRE GERAL ADJUNTO SAPIENTÍSSIMO

GRÃO-MESTRE ESTADUAL OU DISTRITAL EMINENTE

GRÃO-MESTRE ESTADUAL OU DISTRITAL ADJUNTO PODEROSO

SECRETÁRIOS GERAIS EMINENTE

SECRETÁRIOS ESTADUAIS E DISTRITAIS PODEROSO

PRESIDENTE DA SAFL SAPIENTÍSSIMO

PRESIDENTE DA PAEL E DO DISTRITO FEDERAL EMINENTE

GARANTES DE AMIZADE EMINENTE

PRESIDENTE DO STEM EMINENTE

PRESIDENTE DO STFM SAPIENTÍSSIMO

PRESIDENTE DO TIBUNAL DE CONTAS EMINENTE

MINISTROS DO STFM EMINENTE

DEPUTADOS FEDERAIS PODEROSO

DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS VENERÁVEL


RECEPÇÃO DO GRÃO-MESTRE
• Quando o Grão-Mestre Geral ingressar em cortejo na oficina o Venerável Mestre deve recebê-lo entre
Colunas, juntamente com o Orador, o Secretário, o Porta-Bandeira e o Porta-Estandarte, além da
Guarda de Honra, deve entregar-lhe ali o malhete, e segui-lo até o Altar da Sabedoria permanecendo
de pé na posição central
• Quando o Grão-Mestre Estadual ou Distrital ingressar em cortejo na Oficina o Venerável Mestre
sozinho, com a Guarda de Honra formada, o aguarda no Ocidente, no limite com o Oriente, antes de
subir os degraus, entrega-lhe ali o malhete e o segue até o Altar da Sabedoria permanecendo de pé
na posição central
• A Bateria Incessante é comandada pelo Primeiro Vigilante
• Se o ingresso for em família, sem formalidades, a passagem do malhete se dará em ambos os casos
no Altar da Sabedoria
O CERIMONIAL DO FOGO

• No Cerimonial do Fogo cabe ao Venerável Mestre revigorar a Chama da SABEDORIA


• O desdobramento da Chama sagrada se dá exatamente nesta ordem: SABEDORIA =
Venerável Mestre; FORÇA = 1° Vigilante, e BELEZA = 2° Vigilante
• No Adormecimento do Fogo a ordem é inversa: BELEZA, FORÇA e SABEDORIA
• Há uma fala ritualística em ambas as cerimônias
• O acendedor deve ser elevado à altura de seus olhos durante a fala e antes de
revigorar a Chama da SABEDORIA
• O Venerável Mestre recebe o acendedor ou o abafador do Mestre de Cerimônias pelo
seu lado esquerdo, passivo, aquele que recebe; e devolve pelo lado direito, ativo, o
que dá
• No caso da Chama da SABEDORIA eventualmente se apagar cabe a ele mesmo
revigorá-la após receber o acendedor do Mestre de Cerimônias, que o acendeu na
Chama Sagrada
• Na hipótese de qualquer uma das Chamas da Loja se apagar, o Venerável Mestre
deverá dar um golpe de malhete, determinar que todos fiquem de pé e solicitar ao
Mestre de Cerimônias que proceda o seu Revigoramento
• Nas sessões do Grau 1 há apenas uma vela no candelabro de cada uma das Três
Luzes da Loja, totalizando exatamente a idade do Aprendiz
A CONCESSÃO DA PALAVRA
• Cabe ao Venerável Mestre conceder a palavra no Oriente, mas pode fazê-lo em toda
Loja. É ele quem concede a palavra às Colunas
• Faz isso apenas dizendo: “- Podeis falar meu Amado Irmão”. A indicação de quem
recebe a concessão deve ser clara para não gerar dúvidas, se for o caso o obreiro
pode ser nominado
• O ideal é que a palavra circule em conformidade com a hierarquia dos cargos no
Oriente, encerrando com os ocupantes do Altar da Sabedoria
• A palavra pode ser cassada pelo Venerável Mestre por um golpe de malhete
• São motivos para cassar a palavra a falta de decoro, assuntos de outros Graus, etc.
• A palavra não retorna. Não existe mais a concessão “por graça”. Só poderá ser
concedida novamente “pela ordem”, nas hipóteses em que for necessário
esclarecimento, ou “por questão de ordem”, nos casos em que houver
descumprimento de normas ritualísticas ou legais
• Não há obrigatoriedade de autorizar desfazer o Sinal do Grau durante a fala dos
obreiros. O que os rituais preveem é a concessão para os Irmãos que possuem
dificuldade em manter a postura e os visitantes de outros Ritos
• Quando é concedido o desfazimento do Sinal a expressão utilizada é: “-Podeis
desfazer o Sinal, meu Amado Irmão”. Ninguém fala “à vontade” em Loja
• Aprendizes e Companheiros não falam em Loja. As exceções são as Sessões de
Finanças e o Escrutínio Secreto, e quem concede a permissão é o Venerável Mestre
• A palavra circula nas seguintes ocasiões: Balaústre; Ordem do Dia; Quarto de Hora de
Instrução; à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular e Análoga ao Ato
A BATERIA INCESSANTE E O USO DO MALHETE
• Os aplausos maçônicos previstos no ritual são executados com os malhetes
no caso das Três Luzes da Loja
• De modo geral é o Venerável Mestre quem comanda, mas no caso do
Venerável Mestre receber uma homenagem, por exemplo, essa Bateria será
comandada pelo 1° Vigilante
• Na hipótese do Venerável Mestre não comandar a Bateria Incessante, podendo
fazê-lo, o 1° Vigilante deve permanecer da mesma forma. Não se questiona a
autoridade do Venerável Mestre
• O 2° Vigilante jamais comanda a Bateria Incessante
• A Bateria Incessante é uma homenagem por aplausos maçônicos e não deve
ser utilizada de outra forma ou com outro objetivo
• Quando o malhete não está sendo utilizado ritualisticamente deve ser mantido
sobre o altar e não junto ao peito
• A Bateria do Grau, sempre que a circunstância reclame, é executada com o
malhete pelas Três Luzes da Loja
• Os malhetes também são utilizados para interromper determinada etapa
ritualística e dar início a outra
• Esotericamente os malhetes tem a propriedade, através de pancadas secas e
bruscas, de alternar a frequência vibratória do Templo
• O golpe deve ser firme, mas não violento
• O Venerável Mestre traz o malhete junto ao coração quando estiver de pé, sem
estar à Ordem
EM VISITA A OUTRAS LOJAS

• O Venerável Mestre deve ir devidamente paramentado em visita a


outras Lojas
• Ele é representante da Loja
• Nesta ocasião ocupará assento no Oriente, como Mestre
Instalado, e nesse caso estará visivelmente representando a Loja
e recebendo as devidas honras, ou, caso haja a possibilidade,
sentará ao lado esquerdo do Venerável Mestre da Loja visitada, a
convite deste
• É recomendável, portanto, que o Venerável Mestre tenha sempre
os paramentos em seu poder
• De acordo com a tradição, apenas o Venerável Mestre usa o verbo
em visita a outras Oficinas, e não é necessário que os obreiros da
Loja se levantem, pois nesse momento ele não está comandando
a Sessão, apenas representando a Oficina
QUEM SUBSTITUI O VENERÁVEL MESTRE?

• Nos termos do que dispõe o art. 118 do RGF, são substitutos do Venerável
Mestre aqueles que o Estatuto ou Rito determinarem
• O mesmo Regulamento, no art. 120, estabelece que cabe ao Primeiro
Vigilante substituir o Venerável Mestre
• No caso do Rito Adonhiramita não há normatização nos Rituais quanto à
sequência de substitutos do Venerável Mestre nas impossibilidades
temporárias
• Tradicionalmente o substituem o Primeiro e o Segundo Vigilantes, e a partir
daí qualquer Mestre Maçom presente na Sessão, sem a necessidade de ser
um Mestre Instalado
• A exceção se dá nos casos de Iniciações, Elevações, Exaltações, Filiações e
Regularizações, onde obrigatoriamente a direção da Loja deverá ser
executada por um Mestre Instalado
CONCLUSÃO
• O Venerável Mestre é o cargo mais importantes de uma Loja Simbólica
• É a maior honraria prestada pela Loja a um de seus membros
• Apesar do glamour, o cargo não nos dá poder, mas sim uma retumbante
responsabilidade
• Deve ser desempenhado com humildade e propósito de servir
• Não se chega lá por ser o melhor, mas sim porque nos deram essa oportunidade,
reconhecendo nosso mérito. Deve haver gratidão
• Por tudo que vimos me parece recomendável que o Mestre que irá ocupar o cargo
esteja bem preparado e ciente do compromisso e responsabilidade, ou seja, tenha
atingido a posição por mérito, e não simplesmente por ordenação cronológica
• O futuro da Loja, do Rito e da Ordem depende diretamente dele
• Não pode haver negligência no seu desempenho
• “Venerável” é alguém digno de veneração, não uma condição eterna. Jamais
devemos nos esquecer disso
• Acima de tudo, devemos ter em mente que o Venerável Mestre também está
aprendendo, e todo apoio deve ser dado a ele. As críticas devem se transformar
em colaboração, pois o sucesso da Loja depende do êxito dele
• Nenhum de nós está preparado para assumir a função, mas se ao deixar o cargo
nos sentirmos mais capazes, não é apenas sinal do dever cumprido, mas
principalmente que aprendemos algo
• Todo maçom deve passar por essa experiência, e deve se preparar desde Aprendiz
• Nenhum Mestre Maçom é o mesmo depois de ocupar o cargo de Venerável Mestre
SALVE VENERÁVEL MESTRE!

O Grupo Adonhiramita de Estudos parabeniza todos os


Veneráveis Mestres Eleitos, Instalados e a serem Instalados, e
lhes deseja sucesso, harmonia e prosperidade em suas
respectivas Oficinas, estendendo os votos para todas as
Dignidades e Oficiais das administrações que ora se iniciam.

QUE O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO OS PROTEJA, GUIE


E ILUMINE!
QUE ASSIM SEJA!!!
O Grupo Adonhiramita de Estudos foi idealizado
por maçons praticantes do Rito. Agrega Irmãos de
todos os Ritos, em todos os Graus e Qualidades,
membros das Potências Simbólicas Regulares,
unidos pelo propósito de fomentar a pesquisa, a
troca de conhecimento, e o debate sobre nossa
Doutrina, história, ritualística e liturgia.
Os temas tratados se referem ao Grau de Aprendiz.

Todos são bem-vindos! Caso haja interesse em


participar, basta solicitar a inclusão no chat.

Agradecemos a todos pela participação, e contamos


com a presença em nossas próximas palestras.
Que o Grande Arquiteto do Universo nos guie e ilumine!

BOA NOITE!

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