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A língua portuguesa provém do latim, o idioma falado por um povo rústico que vivia
no Lácio, região central da Península Itálica. O tempo e a expansão do Império Romano
fizeram com que a língua latina passasse por inúmeras transformações e conquistasse um
papel fundamental na história da civilização ocidental.
Foi justamente uma dessas transformações que deu origem à Língua Portuguesa, num
processo rico e dinâmico, que deve ser entendido em seu permanente movimento, porque toda
língua é um organismo vivo, que serve para os homens estabelecerem relações entre si,
conhecerem outros povos e outras culturas, realizarem transacções comerciais, enfim,
exercitarem sua comunicação diária. Nesse contacto permanente, a língua se constrói,
incorpora novos termos, transforma outros já existentes, influencia outros idiomas e recebe
influências.
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1. A Expansão e as Fases da Língua Portuguesa
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2. O Português Contemporâneo - Séc. XX e XXI
Com o Português não é diferente. A língua que é uma das mais falada do mundo
(cerca de 250.000.000 de falantes) e é a língua oficial de nove países dentre eles: Portugal, do
Brasil e dos países que foram colônias portuguesas: Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor. É, portanto, falado em áreas de todos os
continentes: Europa (Portugal continental, arquipélago dos Açores e ilha da Madeira), África
(arquipélago de Cabo Verde, ilhas de São Tomé e Príncipe e, no continente, Angola, Guiné-
Bissau e Moçambique), Ásia (Macau), Oceania (parte ocidental da ilha de Timor) e América
(Brasil). Isso sem contar os inúmeros dialetos, que misturam o português com o espanhol,
praticados em povoações da Espanha e nas zonas fronteiriças do Brasil. Esse amplo domínio
faz da língua portuguesa a quinta entre as mais faladas do mundo, superada apenas pelas
línguas chinesa, inglesa, russa e espanhola.
A língua portuguesa, costuma passar por constantes modificações. A mais recente
foi o novo acordo ortográfico que entrou em vigor em Janeiro de 2009, com a intenção de
unificar a língua portuguesa nos oito países em que a mesma assume o posto de língua oficial.
Porém, essa não foi a primeira tentativa de unificação, desde o início do século XX,
busca-se estabelecer um modelo de ortografia que possa ser usado como referência nas
publicações oficiais e no ensino. No Brasil já houve três reformas ortográficas: em 1943, 1971
e 2009. Outros factores importantes que influenciam essa constante transformação da língua
portuguesa são:
O estrangeirismo;
Neologismos;
Gírias.
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A maioria das palavras da língua portuguesa tem origem latina, grega, árabe,
espanhola, italiana, francesa ou inglesa Luísa Galvão Lessa (2010, p 25). Essas palavras são
introduzidas em nossa língua por diversos motivos, sejam eles factores históricos,
socioculturais e políticos, modismos ou avanços tecnológicos. As palavras estrangeiras
geralmente passam por um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. A Academia
Brasileira de Letras, órgão responsável pelo Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa,
tem função importante no aportuguesamento dessas palavras. As pessoas, em geral, estão tão
acostumadas com a presença dos estrangeirismos na língua que, muitas vezes, desconhecem
que uma série de palavras tem sua origem em outros idiomas.
Os neologismos podem ser criados a partir de palavras da própria língua do país (como
as palavras "presidenciável" e "carreata", por exemplo) ou a partir de palavras estrangeiras
("roqueiro" e "deleitar", por exemplo). No processo de criação de palavras novas, merecem
destaque as gírias, que surgem num determinado grupo social e, por sua expressividade,
acabam sendo incorporadas à linguagem coloquial de outras camadas sociais.
A gíria é um fenómeno de linguagem especial que consiste no uso de uma
palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua. Pode ser
empregado no intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo que a adopta dos demais,
muitas vezes criando um jargão próprio. Assim, como uma expressão idiomática, é uma
palavra que se caracteriza por não permitir a identificação do seu significado através de seu
sentido literal. Por essa razão, também não é possível traduzi-la para outra língua de modo
literal. As gírias geralmente se originam de acordo com a cultura e peculiaridades de cada
região.
Actualmente a internet exerce grande influência na linguagem principalmente dos
jovens, para comunicarem-se com mais rapidez os internautas estão criando novas formas de
linguagem. O “internetês”, que é uma simplificação informal da escrita. Consiste numa
codificação que utiliza caracteres alfanuméricos (emoticons) e a redução de letras das
palavras. Por exemplo: também = tb, teclar = tc, aqui = aki.
Algumas pessoas acreditam que esta linguagem utilizada na Internet e nos celulares não
afecta e nem deve ser considerada ameaça à escrita culta da língua portuguesa, pois é mais um
modismo dos jovens diante das tecnologias a eles apresentadas. A utilização destes códigos e
abreviações utilizadas pelos internautas acredita-se que podem ser considerados um dos
grandes marcadores identitários da Internet. É uma característica de identidade virtual, pois
são os internautas os criadores desta nova linguagem.
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3. Variação Linguística
Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área
(médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo),
jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.
Podemos perceber que a variação linguística abrange um pouco dos factores
modificadores da língua acima citados, o falar muda de acordo com a região, o meio social,
faixa etária dentre outras características assumidas pelo grupo de falantes de determinada
língua.
Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços
mais comuns podem ser evidenciados em:
Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta;
broco/bloco;
Alternância de “lh” e “i”: muié /mulher; véio/ velho;
Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas
moças;
Desnasalização das vogais postónicas: home/ homem;
Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.
Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ ovo; bebi/bebe.
Ao abordarmos o assunto contemporaneidade em qualquer língua, devemos levar em
consideração que a língua é viva, está sempre em constante mutação, sendo influenciada por
vários aspectos que vão desde os sociopolíticos até a modificação natural que algumas palavras
sofrem por seus falantes.
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4.A Língua Portuguesa e o Mundo
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As manifestações culturais em língua portuguesa são também mais um indício de que
nossa língua é forte e representativa. A premiação de José Saramago com o Prémio Nobel de
Literatura em 1998 é um factor que vem corroborar com essa afirmativa e certamente fez os
olhos do mundo se voltarem um pouco mais sobre essa língua quase desconhecida ou
esquecida.
Portanto, compreender os processos de evolução das línguas, entender que desses
processos depende mesmo a resistência desta língua, que a unidade linguística fortalece uma
nação nos faz reflectir sobre as nossas responsabilidades com relação a nossa língua.
Fernando Pessoa um dia disse e nunca, nem antes nem depois foi tão eloquente, que
sua pátria era a língua portuguesa e é assim que devemos nos colocar no mundo, como filhos
de uma pátria forte a qual devemos amar e respeitar sem no entanto resguardá-la intacta das
influências do mundo.
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5. A Importância da Língua Portuguesa
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Utilizamos o acto de ler para sabermos qual autocarro devemos pegar para
irmos ao trabalho, para lermos uma receita na cozinha, para entendermos documentos no
trabalho, enfim, em quase todos os aspectos de nossas vidas.
2 - Escrita: A escrita é outra base fundamental no convívio em sociedade,
dependemos dela para várias funções. A escrita serve como base para diversas outras
actividades importantes da nossa vida, precisamos escrever em diversas etapas de nossas
vidas, inclusive algumas outras que entrarão nessa lista e são de grande importância para a
vida em sociedade
3 - Comunicação/ Fala: A comunicação é a principal base de convívio em
sociedade, através da fala é que podemos nos comunicar com as outras pessoas, que
vivemos em sociedade. Transmitimos ideias e recebemos as ideias de outras pessoas tudo
graças à comunicação, o que demonstra a importância da língua portuguesa em nosso
quotidiano, pois devemos ser objectivos e claros na hora de nos comunicarmos.
Comunicar-se bem aumenta as chances de sucesso, como também, destaca o
falante de outras pessoas que não se comunicam tão bem.
4 - Interpretação: A interpretação está mais presente em nossas vidas do que a
maioria das pessoas imaginam, utilizamos interpretação para entendermos algo escrito de
uma forma mais subjectiva, para entendermos um filme, uma peça de teatro, etc.
Interpretação não se baseia apenas ao texto, refere-se a signos linguísticos, a mensagens
verbais e não verbais, ao entendimento de imagens e as mensagens passadas através delas,
a semiótica.
5 - Estudo: O português é a fundamental para compreendermos todos os
outros tipos de matérias na escola ou universidade, enfim, é essencial para nossa vida
escolar/académica. Ninguém pode aprender determinados assuntos ou áreas específicas
sem sabe ler, escrever e interpretar correctamente, todos concordamos com isso, então a
aplicação do português está ligada directamente ao nosso aprendizado. Até mesmo para se
aprender a matemática é necessário saber o português primeiro.
6 – Trabalho: Bom, podemos dizer que a maioria dos trabalhos existentes
exigirão que as pessoas sejam alfabetizadas, saibam ler, escrever, interpretar e falar bem.
Está certo que possam existir trabalhos manuais ou outros segmentos em que não é
preciso necessariamente ler e escrever, mas comunicação ou ter conhecimento sobre o
assunto é imprescindível, e as pessoas só conseguiram isso através do português.
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Conclusão
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Bibliografia
Maria Cecília Garcia, Benedita Aparecida Costa dos Reis: Língua Portuguesa – Teoria e
Prática pp: 8,9,12, 2ª Edição revisada e actualizada.
BUENO, Joaquim Silveira. Dicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2000.
CÂMARA JR., Joaquim Matoso. História e estrutura da língua portuguesa. 2ed. Rio de
Janeiro: Padrão, 1979.
HAUY, Amini Boainain. História da língua português: séculos XII, XIII e XIV. São
Paulo: Ática, 1989.
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