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Tradutores e intérpretes da língua
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS NA INCLUSÃO: TRADUTOR OU
PROFESSOR? .......................................................................................................... 3
INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS ...................................................................... 9
TRADUTOR OU PROFESSOR?.............................................................................. 11
ALUNO SURDO X INTÉRPRETE X PROFESSOR: PERSPECTIVA NA ÁREA
EDUCACIONAL INCLUSIVA ................................................................................... 15
O PAPEL DO INTÉRPRETE DE LIBRAS ................................................................ 19
ORIENTAÇÃO AOS PAIS ........................................................................................ 20
REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO SURDO ..................... 21
RESOLUÇÃO DO ENCONTRO DE MONTEVIDÉU................................................. 25
MEDIADOR X INTÉRPRETE: A DIFERENÇA NA FUNÇÃO E NA APRENDIZAGEM
DOS ALUNOS SURDOS ......................................................................................... 28
REGULAMENTO PARA ATUAÇÃO COMO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA
DE SINAIS ............................................................................................................... 29
MODELO COGNITIVO ............................................................................................ 31
MODELO INTERATIVO ........................................................................................... 32
MODELO INTERPRETATIVO .................................................................................. 32
MODELO COMUNICATIVO ..................................................................................... 32
MODELO SOCIOLINGUÍSTICO .............................................................................. 33
MODELO DO PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO ................................................. 33
MODELO BILÍNGUE E BICULTURAL ..................................................................... 34
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS ........................................................................... 35
ATUAÇÃO DOS TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LÍNGUA DE SINAIS .......... 39
Posturas e decisões no ato interpretativo................................................................. 44
Campos de atuação: relatos de experiências ........................................................... 53
QUANTIFICAÇÃO E INTENSIDADE ....................................................................... 55
CLASSIFICADORES ............................................................................................... 57
INCORPORAÇÃO DE ARGUMENTO ...................................................................... 59
CORES .................................................................................................................... 62
ANIMAIS/NATUREZA .............................................................................................. 64
ESCOLAR ................................................................................................................ 67
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SÉRIES.................................................................................................................... 71
DISCIPLINAS........................................................................................................... 73
FACULDADE / CURSOS ......................................................................................... 75
CORPO HUMANO ................................................................................................... 79
HIGIENE .................................................................................................................... 0
DOENÇAS ................................................................................................................. 1
SEXUALIDADE .......................................................................................................... 3
POLÍTICA .................................................................................................................. 5
PAÍSES ...................................................................................................................... 7
ESTADOS E CIDADES DO BRASIL ........................................................................ 11
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16
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INTRODUÇÃO
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capacidade de brigar pela liberdade sem a qual a própria tarefa fenece. (FREIRE,
1997, p. 9-10).
Nesta perspectiva, ser educador é uma atividade profissional que exige
diversos requisitos, entre eles a formação científica em uma dada disciplina. O
educador participa diretamente na vida escolar dos seus alunos. E tem a
responsabilidade de mediar o conhecimento, por meio da interação com os alunos,
assim como escolher uma metodologia de ensino adequada para atingi-los, gerando
motivação e interesse pelo conteúdo trabalhado, sempre voltado para o contexto da
sala de aula. (MARTINS, 2004).
Na busca de resultados, o papel do professor é único e consiste em organizar
situações de aprendizagem para desafiar o aluno a elaborar um novo conhecimento.
A prática educativa, pelo contrário, é algo muito sério. Lidamos com gente, com
crianças, adolescentes ou adultos. Participamos de sua formação. Ajudamo-los ou os
prejudicamos nesta busca. Estamos intrinsecamente a eles ligados no seu processo
de conhecimento.
Podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação,
irresponsabilidade, para o seu fracasso. Mas podemos, também, com nossa
responsabilidade, preparo científico e gosto do ensino, com nossa seriedade e
testemunho de luta contra as injustiças, contribuir para que os educandos se tornem
presenças marcantes no mundo. (FREIRE, 1997).
Segundo as ideias de Freire, a função do professor é tornar significativa a
aprendizagem, as trocas de saberes e experiências entre os colegas da sala, durante
todo o processo pedagógico. Sendo a prática educativa algo sério, a atividade de
educador não pode ser exercida por pessoas despreparadas ou, no caso do intérprete
de língua de sinais, que apenas possuem o domínio de uma dada língua dentro da
sala de aula.
Por lidar diretamente com o aluno surdo, para o intérprete é praticamente
inviável a separação dos papéis e ele acaba tomando ações pertinentes ao professor.
Essa facilidade com que o intérprete se coloca como educador pode ser justificada
pela ideia do senso comum de que ensinar é um simples processo de transferência
de conhecimento. Conceito totalmente errôneo, como nos aponta Freire (1987, p.
118): O professor deve ensinar. É preciso fazê-lo. Só que ensinar não é transmitir
conhecimento. Para que o ato de ensinar se constitua como tal, é preciso que o ato
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em uma escola diferente do que já temos, é fagocitado pela ideia de uma escola que,
devidamente reformada, seja comum a todos. Dito de outro modo mantém a Unidade
– o mesmo.” (SOUZA, 2004, p. 6).
Quando se insere um intérprete de língua de sinais na sala de aula, abre-se,
para o aluno surdo, a possibilidade de apropriar-se do conteúdo escolar na sua língua
natural, por meio de um profissional com competência nesta língua. Supõe-se que
somente o conhecimento da LIBRAS seja suficiente para o aluno apropriar-se do
conhecimento científico/intelectual que o intérprete não possui, que não lhe pertence.
Esse fato já garante o fracasso do intérprete de língua de sinais na sala de aula,
pois, não tendo o conhecimento, não lhe é possível ensinar aquilo que não sabe.
Traduzir é compreender o texto da língua estrangeira; ninguém traduz aquilo que não
compreende. Em nosso caso, intérpretes, os quais têm aprendido a interpretar no
exercício da prática, no que tange à atuação na sala de aula, isso não deveria ocorrer,
pois estamos nos aventurando a ensinar ou a intermediar um conteúdo que não
sabemos.
A inserção do intérprete de língua de sinais na sala de aula não garante que
outras necessidades do aluno surdo, também concernentes à sua educação, sejam
contempladas. A presença do intérprete não assegura que questões metodológicas,
levando em conta os processos próprios de acesso ao conhecimento, sejam
consideradas ou que o currículo escolar sofra ajustes para contemplar peculiaridades
e aspectos culturais da comunidade surda.
Por fim, não há garantia de que o espaço socioeducacional em um sentido
amplo contemple o aluno surdo, pois esse poderá permanecer, de certa forma, às
margens da vida escolar. A presença do intérprete pode mascarar uma inclusão que
exclui. E, sendo esse intérprete generalista, normalmente com uma formação
acadêmica totalmente diferente daquela na qual o surdo está inserido, a aquisição dos
saberes curriculares continua sendo secundária na vida escolar do aluno surdo.
A construção do conhecimento tem caráter social e depende das condições
propiciadas, da qualidade das interações e das relações dialógicas estabelecidas
entre os sujeitos no âmbito da escola. Considerando os alunos surdos, esse
desenvolvimento pode ser dificultado pelas experiências sociais limitadas, em função
da falta de uma língua comum entre os surdos e os colegas ouvintes, entre os surdos
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Educação para “resolver” a inclusão do aluno surdo na escola regular. Vale ressaltar
que essa questão é também vivenciada pelos tradutores, ou seja, tradutor é também
autor?
Traduzir é também escrever, e escrever numa posição carregada de coerções
discursivas, sociais, históricas que os autores não conhecem – ainda que
conheçam,de sua posição, outras tantas. As ideias não são do tradutor, nem a
organização do original; o público do original e o público da tradução não são seus;
afinal, leem-se “autores”. Mas essas ideias, essa organização, só chegam ao público
da obra traduzida por suas mãos: esse público na verdade não lê o autor, mas sua
“criação” pelo tradutor. Só uma concepção de discurso como puro e simples conteúdo
pode entender que o tradutor não é autor – e há autores que dizem que traduzir é
mais “difícil” que escrever obras originais, para não mencionar criadores que, ao
traduzir, não estiveram à altura de suas criações, ao passo que tradutores “não
autores” mostram plenas capacidades autorais. (SOBRAL, 2003, p. 205206).
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de sinais por parte dos intérpretes, para discussões sobre o uso adequado dessa
língua no espaço pedagógico.
Esta é uma questão abordada em outras pesquisas e foco de atenção em
muitas experiências inclusivas (NAPIER, 2002). Todavia, no Brasil, esta questão é
percebida pelos intérpretes que realizam este trabalho, mas pouco ou nada é feito
para suprir essa necessidade.
TRADUTOR OU PROFESSOR?
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A inclusão vem tomando força cada vez mais, a realidade é inegável e deve
acontecer. Nessa perspectiva a Educação encontra-se num “duelo” muito particular
entre dois profissionais que atuam diretamente com os surdos. Nesse contexto
inclusivo existem três personagens: os alunos surdos, o intérprete de Libras e o
professor. É importante que sejam definidas com clareza as funções que cada um
destes exerce nesse processo.
O primeiro personagem é o aluno surdo. Esse possui língua e cultura diferente
daquela que o professor está acostumado a lidar. Também, por lei, tem o direito de
ser incluído em sala e escola de ensino comum. Todavia, a discussão não se ateará
nesse personagem, embora seja o principal.
O segundo personagem é o intérprete de Libras. Esse servirá de canal
comunicativo entre os surdos e as pessoas que lhes cercam. Mas que papel ele
exerce em sala de aula? Como deverá ser sua postura em sala de aula? Há éticas
que limitem ou lhes dê direitos? Quem é ele, enfim, na sala de aula? Na escola?
Seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre pessoas que
compartilham línguas e culturas diferentes como em qualquer contexto tradutório que
vivenciou ou vivenciará. Ele realiza uma atividade humana e que exige dele
estratégias mentais na arte de transferir o contexto, a mensagem de um código
linguístico para outro.
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intérprete em momentos que sua projeção seja para a turma inteira. O atendimento
que o professor faz individualmente a cada aluno ouvinte será importante do mesmo
modo ao aluno surdo. Para isso, o educador precisa aprender e conhecer a língua
desse aluno, que se referindo ao surdo é a Libras.
Esse contato direto, esse atendimento pessoal entre professor e aluno, é que
irá gerar melhor relacionamento, amizade e comprometimento entre os dois. Isso é
imprescindível! Ninguém pode fazer isso por você, professor! No cenário da inclusão
tudo para todos é “muito novo” e não é incomum equívocos acontecerem. É impossível
usar o intérprete para interpretar textos, será melhor que, para alcançar todos, escreva
no quadro, por exemplo.
Jamais fazer uso do intérprete para funções pertinentes tão somente ao seu
ofício, nesse caso ele poderá contestar sua solicitação. Outro exemplo é pedir ao
intérprete para escrever no quadro aquilo que está oralmente ditando para os alunos
ouvintes. Igualmente, será fundamental o professor, após entender e conhecer a
língua e cultura da comunidade surda, disseminar o motivo de sua presença em sala
de aula e sua participação na escola de ensino comum, objetivando conscientizar os
alunos e outras pessoas, pois se assim não agir será apenas integração e não
inclusão, que dispõe de uma mudança tanto na estrutura da escola, nos sistemas,
quanto na consciência de todos.
Por fim, o professor nesse contexto inclusivo exercerá nas atividades
educacionais as mesmas funções que exerce comumente, as Funções
Pedagógicas, sem qualquer temor. Embora definidas as funções de cada profissional
observa-se certa situação aflitiva entre eles e tais necessitam ser sanadas. O
professor normalmente tem muitas dúvidas ou mesmo desconfiança na tradução que
o intérprete realiza, acreditando ser improvável a concretização da interpretação pelo
simples fato do intérprete não haver feito pedagogia, magistério ou não ter intimidade
com os conteúdos escolar.
O intérprete, muitas vezes, vai além de sua interpretação, interferindo naquilo
para qual não foi lhe dado autoridade. Muitos intérpretes são selecionados para
trabalharem nas escolas de todo o país, porém, nem todos estão em condições
profissionais para atuarem. Outro problema advindo do professor é a desconfiança se
o intérprete na hora da prova está ajudando (dando “cola”) ao aluno surdo. Por sua
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vez, o intérprete mantém uma postura inadequada, a ponto de gerar certo incômodo
não só no professor como na turma.
Muitos acreditam que contratando professores que conhecem Libras poderão
ser utilizados para substituir os verdadeiros profissionais intérpretes. Os
procedimentos técnicos são completamente diferentes. Por isso, foram definidas as
funções comunicativas e pedagógicas. Mesmo que o professor conheça muito bem a
Libras ele é professor, a não ser que tenha experiências profissionais dentro da área
de interpretação, mesmo assim é melhor exercê-las em momentos distintos.
Sem falar que o relacionamento do intérprete não se limita a um professor, mas
a vários. Todas essas situações têm gerado um conflito demasiadamente
desagradável e prejudicial ao desenvolvimento de ambos os profissionais e ao aluno.
O primeiro passo é a confiabilidade. Esta precisa ser desenvolvida entre
ambos, professor e intérprete. Quando se trabalha com insegurança, desconfiança é
extremamente incômodo, entretanto, havendo uma mútua confiança não só o trabalho
é mais bem realizado como o ambiente fica mais agradável. O segundo passo, o
respeito, ele será o limitador entre os dois.
Sabe-se que o direito de um termina quando se inicia do outro e se isso houver
ambos saberão os limites de suas funções. Se comunicativas, comunicativas; se
pedagógicas, pedagógicas. O terceiro, a parceria, profundamente importante para o
desenvolvimento escolar do aluno e ele implica na divisão de conteúdos ministrados
em sala de aula. A interpretação, de um modo geral, rende mais quando o intérprete
tem em suas mãos o texto (refere-se a qualquer mensagem, seja falada ou escrita)
que decifrará caso contrário a interpretação será prejudicada, contudo se previamente
ler o texto, na hora da tradução mobilizará esses conhecimentos armazenados em
sua mente e, portanto, interpretará melhor o conteúdo.
Solicita-se que o professor debata com o intérprete o plano de aula e esclareça
dúvidas, caso ele tenha. De igual modo, o intérprete se preocupará em tomar
conhecimento do texto que será usado em sala de aula ou em qualquer outro evento.
Envolvimento educacional é o quarto passo e de grande importância, ele permitirá que
o professor e o intérprete mostrem um ao outro “a deixa”, objetivando ampliar a
formação dos surdos.
O intérprete sabe os pontos em que os surdos se sentem mais fragilizados e
poderá compartilhar essas informações com o professor. O professor, por sua vez,
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sabe pela correção de exercícios e provas quando o aluno está respondendo bem ou
não aos conteúdos e assim informará ao intérprete. Essa troca entre os dois facilitará
o envolvimento e desenvolvimento educacional dos alunos.
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clara que essa integração não passa exclusivamente pela sua colocação na turma
com crianças ouvintes. A verdadeira integração implica em reciprocidade.
A criança surda poderá iniciar seu processo de integração na família, na
vizinhança, na comunidade, participando de atividades sociorecreativas, culturais ou
religiosas com crianças e adultos “ouvintes” e dar continuidade a esse processo na
escola especial ou regular, de acordo com suas necessidades especiais. Garantir ao
aluno surdo um processo de escolarização de qualidade é fator fundamental para sua
integração plena.
A língua de sinais é rica e fácil de aprender. Conhecê-la é muito gratificante e
importante para entender as necessidades e manter a comunicação com os surdos.
Diversas igrejas, comunidades e escolas ministram cursos sobre a língua de sinais
com professores preparados. Também é possível aprender por meio da convivência
com os surdos. Este método é agradável, pois os surdos têm enorme prazer e
paciência em ensiná-los.
O intérprete é a pessoa em que o surdo deposita extrema confiança. Os
serviços de interpretação são necessários em:
• Palestras e conferências;
• Entrevistas e trâmites, como trabalho, consultas médicas, audiências
judiciárias, etc.;
• Aulas em que o professor não seja fluente em LIBRAS e nas
universidades;
• Situações em que a interação entre pessoas surdas e ouvintes não
usuários de Língua de Sinais seja intensa, de longa duração e/ou de relevante
importância.
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compra de determinado tipo de aparelho auditivo – são algumas decisões que não
podem ser mudadas facilmente. A escolha errada pode significar o desperdício de
muitos anos.
Procure descobrir a causa da surdez, pois isso ajudará a planejar as
necessidades de estimulação, além de mostrar quais as chances de outros filhos
nascerem com o mesmo problema. Muitas vezes, é difícil para os pais aceitarem a
criança surda, porém, a união do casal e da família em geral será essencial para a
criança ter uma qualidade de vida melhor.
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de linguagem, sociais e afetivas que lhe escapam justamente por sua condição de ser
usuária de outra língua, tendo acesso aos conteúdos apenas pela mediação do
intérprete.
A criança surda tem um interlocutor único que usa uma linguagem filtrada,
escolar e própria para a tradução, sem outros modelos, sem trocas, sem contato com
tudo que circula no meio e/ou ambiente. (TERUGGI, 2003). Trata-se de uma
experiência restritiva em um momento fundamental de seu desenvolvimento, que
precisa ser considerada.
A situação do aluno surdo incluído faz pensar no texto de Platão, “O mito da
caverna”, presente no diálogo “A República”.
(...) homens vivendo numa caverna cuja entrada se abre para a luz em toda a
sua largura, com um amplo saguão de acesso. Os habitantes desta caverna têm as
pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não podem mudar de posição e olham
apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Bem em frente da entrada da
caverna existe um pequeno muro da altura de um homem e por trás desse muro se
movem homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e
madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. E lá no alto brilha o sol. A
caverna também produz ecos e os homens que passam por trás do muro falam de
modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna (...). Se fosse assim, certamente
os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas
estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes.
Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras,
que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e
que o eco das vozes seria o som real das vozes emitidas pelas sombras (...)
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Traduzir um texto em uma língua falada para uma língua sinalizada ou vice-
versa é traduzir um texto vivo, uma linguagem viva. Acima de tudo, deve haver um
conhecimento coloquial da língua para dar ao texto fluidez e naturalidade ou
solenidade e sobriedade, se ele for desse jeito. Catford (1980) define tradução da
seguinte forma: Tradução pode definir-se como a substituição de material textual
numa língua (LF) por material textual equivalente noutra língua (LM). (...) o termo
equivalente é, sem dúvida, uma palavra-chave (...) Uma tarefa central em teoria de
tradução consiste em definir a natureza e as condições da equivalência de tradução.
Roberts (1992) apresenta seis categorias para analisar o processo de
interpretação, que serão destacadas a seguir por apresentarem as competências de
um profissional tradutor-intérprete:
(1) Competência linguística - habilidade em manipular com as línguas
envolvidas no processo de interpretação (habilidades em entender o objetivo da
linguagem usada em todas as suas nuanças e habilidade em expressar corretamente,
fluente e claramente a mesma informação na língua-alvo). Os intérpretes precisam ter
excelente conhecimento de ambas às línguas envolvidas na interpretação (ter
habilidade para distinguir as ideias principais das ideias secundárias e determinar os
elos que definem a coesão do discurso).
(2) competência para transferência - não é qualquer um que conhece duas
línguas e que tem capacidade para transferir a linguagem de uma para a outra; essa
competência envolve habilidade para compreender a articulação do significado no
discurso da língua-fonte, habilidade para interpretar o significado da língua-fonte para
a língua-alvo (sem distorções, adições ou omissões), habilidade para transferir uma
mensagem na língua-fonte para a língua-alvo sem influência da língua-fonte e
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MODELO COGNITIVO
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MODELO INTERATIVO
MODELO INTERPRETATIVO
MODELO COMUNICATIVO
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MODELO SOCIOLINGUÍSTICO
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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
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não seria uma tradução e sim uma interpretação. Cabe ressaltar, ainda, que este autor
defende que nenhuma tradução pode ter a pretensão de substituir o texto original, pois
é apenas uma tentativa de recriação dele. E sempre poderão ser feitas outras
tentativas.
Não se traduz, afinal, de uma língua para outra e, sim, de uma cultura para
outra. A tradução requer, do tradutor qualificado, um repositório de conhecimentos
gerais, de cultura geral, que cada profissional irá aos poucos ampliando e
aperfeiçoando de acordo com os interesses do setor a que se destine o seu trabalho.
(CAMPOS, 1986).
A tradução se orienta por intermédio de dois fatores que são chamados de
equivalência textual e correspondência formal. Isso quer dizer que uma boa tradução
deve atender tanto ao conteúdo quanto à forma do original, pois a equivalência textual
é uma questão de conteúdo e a correspondência formal, como o nome está dizendo,
é uma questão de forma.
A tradução entre línguas diferentes, como um processo de comunicação,
inevitavelmente, tem alguma perda de informação como qualquer situação de
comunicação e pode ser considerada como um fator implícito nesse processo. Para
Frota (1999), “a tradução passa a ser considerada uma reescritura, um texto que
inevitavelmente transforma o documento estrangeiro, não só devido às diferenças
estritamente linguísticas, mas, sobretudo, devido às diferentes funções que o texto
traduzido pode ter na cultura de chegada”.
Portanto, a tradução, segundo a autora desse ensaio, passa por uma situação
de reescrita, devido às diferenças linguísticas, mas, principalmente, devido às
diferenças culturais da outra língua. Já Wyler (1999) parte do pressuposto de que a
tradução é uma interação verbal, cuja forma e tema se encontram ligados às
condições sociais e reagem de forma muito sensível às flutuações dessas condições.
Na visão de Ladmiral (1979, p.15): A tradução é um caso particular de
convergência linguística: no sentido mais amplo, ela designa qualquer forma de
‘mediação interlinguística’ que permita transmitir informação entre locutores de línguas
diferentes. A tradução faz passar uma mensagem de uma língua de partida (LP), ou
língua-fonte, para uma língua de chegada (LC), ou língua-alvo.
Widdowson (1997) considera que a tradução naturalmente nos leva a associar
a língua a ser aprendida com a que já conhecemos e usá-la para explorar e aumentar
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para a linguagem do autor. No primeiro caso, não se faz uma tradução e, sim, uma
imitação ou uma paráfrase do texto original.
No mundo de hoje, a tradução tem uma missão, que muitas vezes é
considerada não produtiva, por estabelecer uma comunicação média e censurada,
mas representa, na verdade, um meio de trocar ideias entre um indivíduo e outro, é
como se fosse um tipo de estação de rádio subterrânea da qual a humanidade se
utiliza para mandar notícias para o mundo, sem esperança de ser ouvida, porque a
interferência dos sinais é muito forte.
contextos. E aqui amplio dizendo que a formação deste profissional deve ser pensada
tanto para a sua atuação dentro da sala de aula como também para além dos muros
atuação dos tradutores e intérpretes de língua de sinais (TILS): tanto em relação aos
Mas como se configura a história dos TILS? De um modo geral, pode se afirmar
que este profissional se constitui enquanto tal na medida em que os surdos são
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reconhecidos socialmente como grupo linguístico que faz uso da língua de sinais.
Sobre este aspecto Guarinello et alli (2008: 64) afirma que as implicações ao se
dos ouvintes funcione como intérpretes. Fora deste contexto, todavia, sabe-se que a
(1984: 285) afirma que a religião tem sido uma das forças que ajudaram a perpetuar
as línguas minoritárias “tanto entre surdos como entre os índios”. Ainda que o objetivo
alguns fatos que foram fundamentais para constituição dos intérpretes de línguas de
sinais no Brasil:
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Sinais organizado pela FENEIS que propiciou, pela primeira vez, o intercâmbio entre
mesmo.
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língua brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas brasileiras. ...
do intérprete acena para uma atmosfera mais positiva. E é disso que nos fala Souza
(2007: 159) quando afirma que entre os intérpretes já era perceptível “um alentador e
universidades, etc.);
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que o nome esteja presente na sigla quando dizemos “Tradutor e Intérprete de Língua
estudiosos na área de Estudos da Tradução fazem como Kade (1968), que tomam o
termo tradução como hiperônimo (isto é, que engloba todas as modalidades), outros
texto oral de uma língua para outra, ao passo que tradução envolve textos escritos.
intérpretes de Libras clamando por esta demarcação conceitual. Isto ocorre, a meu
sob o termo “tradução” (Santos, 2010). Ainda que esta discussão seja pertinente entre
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outras línguas) nos diversos gêneros textuais. Por exemplo, a literatura surda que vem
sendo registrada na sua “oralidade” pode ter sua versão em escrita de sinais ou
surdos em língua de sinais que podem ter sua versão em um sistema escrito e vice-
o que nos diz o famoso poeta e tradutor Ezra Pound, de que a tradução é uma maneira
distintas na sua profissão. Algumas dessas habilidades perpassam pelos dois campos
das produções linguísticas. Ele(a) não tem a mesma possibilidade que tem o tradutor
quando faz suas opções tradutórias, por exemplo, apoiando-se em outras ferramentas
campo das línguas de sinais, em que na maioria das vezes o ato interpretativo dá-se
intérprete tem que lidar e muitas vezes desconhece? Como trabalhar a mediação de
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Libras. Além disso, considero o ato interpretativo neste cenário o mais complexo de
Guarinello et alli, 2008), uma alternativa tem sido se pensar a formação de intérpretes
para a docência. Quadros (2004: 63), por exemplo, menciona que isto já é pensado
pelo MEC com o objetivo de fazer essa formação com profissionais que já sabem
língua de sinais ou mesmo de intérpretes que possam a vir atuar como professores,
o profissional. A meu ver, mesmo sem formação e legitimação social desta carreira,
essa demanda já está posta na prática. Por isso torna-se urgente discutir os papéis
do intérprete educacional.
isolado, isto é, não é função única do intérprete. A pesquisa mostra onze diferentes
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papéis – papéis estes que foram reconhecidos e atribuídos pelas próprias professoras.
língua de sinais para surdos e também para ouvintes, com o objetivo de facilitar a
considerando-se esta ser uma estratégia para que todos caminhem no mesmo tempo
das aulas, visto que há uma necessidade de que o conteúdo seja ministrado da melhor
forma possível.
surdos, além de estimular a autonomia dos mesmos. O nono papel é o de fazer com
colegas surdos e ouvintes. A autora pontua que o intérprete também tem que fazer
período (entre novembro de 2002 e julho de 2003) para que asserções de tamanha
complexidade em jogo e as tensões com a qual os intérpretes têm que lidar. Nem
lhes falta, por outro lado, a formação específica da área de tradução e interpretação.
Além disso, nem todos os professores regentes lidam facilmente com a presença de
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Há éticas que limitem ou que permitam aos intérpretes certos direitos? Vejamos
inclusão:
comunicativo por parte do intérprete. Isso porque ele tem que processar a informação
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que é expressa em uma determinada língua (no caso língua fonte), fazendo
conhecimento histórico, cultural e social. Afinal ele não funciona (como muitos
Como nos mostra Leite (2005: 74), trata-se de “atores engajados na interação
tradutor – estar presente fisicamente no ato em que ocorre a sua tarefa cria uma
modalidades:
- interpretação simultânea;
- interpretação consecutiva;
- interpretação sussurrada.
exemplo. Assim sendo, cada uma das modalidades supracitadas exige habilidades e
melhor maneira. Como se vê, interpretar é uma atividade altamente complexa. Mas,
seria possível minimizar tantas pressões e dificuldades? Dito de outra forma, quais
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78).
o contexto da interpretação de língua de sinais, Quadros (2004: 76) considera que são
consecutivamente);
com a audiência);
memória de curto prazo (a mensagem deve ser retida em porções suficientes para
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comunidade surda com o objetivo de se conhecer o grupo com o qual trabalha. Por
fim, a autora faz algumas considerações com base nos modelos apresentados:
familiaridade com cada tipo de interpretação e com o assunto (Quadros, 2004: 78).
Tradução de línguas orais. Por razões de tempo e de escopo deste material, destaco
o autor Daniel Gile e o seu Modelo dos Esforços, desenvolvido no início da década de
80 e que, ao contrário dos estudos anteriores aos anos oitenta, não consistia em
a interpretação:
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em quantidade limitada, e
2) consome quase toda essa energia mental, muitas vezes, mais do que o que
ato da interpretação:
perderia sua eficiência quando um dos esforços consume maior atenção do intérprete,
deixando os outros esforços com menos “energia”, digamos assim, para funcionar. Se
complicador, pois sabemos que mesmo com estas estratégias o intérprete trabalha
que se o intérprete está em seu limite máximo de saturação, até mesmo as pequenas
Este modelo teórico de processamento nos explica, até certo ponto, porque certos
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trabalho. O ato interpretativo não é nada simples e inúmeras variáveis estão em jogo.
interpretação:
Assumo com o pesquisador que embora o quadro possa ser útil para fins de
marcado por uma natureza singular e evanescente. Por isso, várias “barreiras”
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língua impõem facilidades ou dificuldades no trânsito entre uma e outra. Isto porque
as línguas não são transparentes; nem os seus significados, pois precisam ser
inferidos no contexto. Tanto o tipo de texto como o contexto são fatores relevantes
caracterizada pela oralidade da língua, não significa afirmar que os discursos são mais
acessíveis. Pelo contrário, muitas vezes os tipos de textos de partida são nebulosos,
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Quadros (2004: 79) discute sobre a problemática que permeia a vida dos TILS
significado estão baseadas nas palavras”. Adiante, a autora nos faz lembrar – em
entre os participantes dos atos de fala”. Essa variação, portanto, imprime dinamismo,
cronológica.
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quanto às escolhas linguísticas, por exemplo. Além disso, tais discursos estão
hospitais, etc.
Libras-Foco em Prática
QUANTIFICAÇÃO E INTENSIDADE
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olhar pontual é realizado com apenas um dedo estendido enquanto que os outros dois
sinais são realizados com as mãos abertas, ou seja, com os dedos estendidos. Dessa
forma, esse tipo de alteração do parâmetro Configuração de Mão iconicamente
representa uma maior intensidade na ação (FICAR-OLHANDOLONGAMENTE) ou
um maior número de referentes sujeitos (TODOS-FICAROLHANDO). Essa mudança
de configuração de mãos, aumentando-se o número de dedos estendidos para
significar uma quantidade maior pode ser ilustrada pelos sinais UMA-VEZ, DUAS-
VEZES, TRÊS-VEZES:
LONGE MUITO-LONGE
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CLASSIFICADORES
Como algumas línguas orais e como várias línguas de sinais, a LIBRAS possui
classificadores, um tipo de morfema gramatical que é afixado a um morfema lexical
ou sinal para mencionar a classe a que pertence o referente desse sinal, para
descrevê-lo quanto à forma e tamanho, ou para descrever a maneira como esse
referente é segurado ou se comporta na ação verbal.
Os classificadores em línguas orais como o japonês e o navajo são sufixos dos
numerais e dos verbos, respectivamente.
Em LIBRAS, como dificilmente se pode falar em prefixo e em sufixo porque os
morfemas ou outros componentes dos sinais se juntam ao radical simultaneamente,
preferimos dizer que os classificadores são afixos incorporados ao radical verbal ou
nominal. Assim, nos exemplos abaixo, pode-se observar o classificador V e V, que
respectivamente, referem-se à maneira como uma pessoa anda e como um animal
anda.
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VOTAR Classificador C
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Classificador B Classificador Y
INCORPORAÇÃO DE ARGUMENTO
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afixação nem por composição, como discutido acima, mas sim pelo que se chama de
incorporação de argumento.
Em LIBRAS, o processo de incorporação de argumento é muito frequente e
visível devido às características espaciais e icônicas dos sinais. Os três verbos abaixo
ilustram esse tipo de incorporação. O primeiro, o verbo BEBER/TOMAR pode ser
usado sem incorporação em sentenças do tipo:
Porém, se o objeto direto do verbo for, por exemplo, café ou chá, o verbo
incorporará este argumento e teremos formas verbais diferentes, como demonstram
as ilustrações a seguir:
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ALUGAR/PAGAR-MENSALMENTE
COMER COMER-MAÇÃ
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CORES
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ANIMAIS/NATUREZA
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ESCOLAR
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SÉRIES
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DISCIPLINAS
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FACULDADE / CURSOS
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CORPO HUMANO
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HIGIENE
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DOENÇAS
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SEXUALIDADE
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POLÍTICA
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PAÍSES
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REFERÊNCIAS
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