Você está na página 1de 4

ESTUDANTE: Ana Júlia Apóstolo de Souza

ESTUDANTE: Tainá Ferreira Dias

Avaliação Crítica do Capítulo sobre Semântica. Livro: "Conecte: Gramática


Reflexiva - Parte 3".

No terceiro volume do livro Conecte, o tema da Semântica é discutido no


trigésimo segundo capítulo, começando na página 381, que é intitulado como
"Introdução à Semântica". Assim, os autores iniciam o assunto através da
delimitação conceitual seguinte: “As palavras têm por sentidos que podem variar,
dependendo do contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, da
palavra terra, que pode assumir sentidos diferentes, dependendo do contexto em
que estiver inserida. Esse e outros aspectos das palavras relacionados ao sentido
são estudados pela semântica." A declaração traz uma perspectiva válida sobre a
natureza contextual e variável do significado das palavras, enfatizando a relevância
da semântica nesse processo. Porém, também poderia destacar as complexidades
intrínsecas à análise semântica, especialmente ao lidar com a abundância e a
flexibilidade da linguagem.
A proposta de definição do objeto em análise é, “a Semântica é a parte da
gramática que estuda os aspectos relacionados ao sentido de palavras e
enunciados.” A afirmação é firme, mas uma crítica construtiva poderia incluir a
ampliação para tratar da interdisciplinaridade da semântica, levando em
consideração os aspectos pragmáticos, a variação semântica, a evolução da
linguagem e a conexão com outras áreas linguísticas.
A seguir, são tratados alguns aspectos abordados pela semântica, a exemplo
de: Sinonímia, antonímia, campo semântico, hiponímia, hipronímia e polissemia.
Desse modo, vamos começar pelos conceitos de Sinonímia E Antonímia. Os
autores trazem que Sinônimos, “são palavras de sentidos aproximados que podem
ser substituídas uma pela outra em contextos diferentes.” Já os Antônimos, “são
palavras de sentidos contrários.” É fundamental levar em consideração a
complexidade e a diversidade dessas relações linguísticas. A contextualização, a
multiplicidade de significados e as sutilezas são elementos decisivos para uma
compreensão abrangente da utilização das palavras na linguagem. Embora seja
verdade que sinônimos tenham sentidos semelhantes, é relevante observar que a
variedade de sinônimos pode variar em intensidade, sutileza e aplicação. Nem todos
os sinônimos são completamente intercambiáveis em todos os contextos. Então, “o
termo mais apropriado para designar os - sinônimos é quase-sinônimo, já que não
existem sinônimos perfeitos. O princípio de economia lingüística nos fala que
nenhuma palavra da língua existe à toa;” (ASSAD, 2004, p. 14). Alguns sinônimos
podem ser mais adequados em determinadas situações do que outros. E assim
como os sinônimos, os antônimos podem ter uma variedade de relações de
oposição. Alguns antônimos representam oposição direta (por exemplo, "rico" e
"pobre"), enquanto outros têm relações mais complexas de contraste (por exemplo,
"comprar" e "vender").
Em relação ao Campo Semântico, os autores trazem o seguinte trecho de um
texto para exemplificar o assunto:

Nesse fragmento, as palavras gavião, patos, andorinhas, melro, corvo e pintassilgo


pertencem ao mesmo campo semântico, pois apresentam familiaridade de sentido.
Também, estão relacionados às aves que possuem um sentido mais amplo. Então,
os “Hipônimos e Hiperônimos” são palavras pertencentes a um mesmo campo
semântico, sendo hipônimo uma palavra de sentido mais específico e o hiperônimo
uma palavra de sentido mais genérico.” No entanto, ao incluir exemplos específicos,
considerar de forma mais abrangente as relações semânticas e estar consciente da
complexidade e ambiguidade em certos casos, é possível enriquecer ainda mais a
compreensão desse conceito. A ideia de que os hipônimos são mais específicos e
os hiperônimos são mais genéricos é válida, mas é importante reconhecer que essa
relação forma uma hierarquia semântica. Em alguns casos, essa hierarquia pode
ser clara, porém em outros, a distinção pode ser sutil e até mesmo subjetiva. Seria
benéfico oferecer exemplos concretos para ilustrar a relação entre hipônimos e
hiperônimos, assim ajudando a tornar o conceito mais palpável e ressaltando como
essas relações funcionam em diferentes contextos.
Sobre a definição de polissemia no livro: “é a propriedade que uma palavra
tem de apresentar vários sentidos.” Entretanto, uma análise crítica poderia
contemplar aspectos adicionais, considerando não apenas a polissemia como a
existência de múltiplos sentidos, mas também abrangendo a variedade e
complexidade desses significados. Alguns termos podem abarcar uma extensa
gama de significados, enquanto outros apresentam variações mais sutis. A
polissemia está frequentemente intrinsecamente vinculada ao contexto em que uma
palavra é empregada. Destaca-se a relevância de reconhecer que os sentidos
polissêmicos de uma palavra são ativados e compreendidos com base no contexto
específico da comunicação.
Por fim, a ambiguidade é definida da seguinte maneira: “é a duplicidade de
sentidos que pode haver em um texto, verbal ou não verbal.” Ainda que a definição
aborde de maneira precisa a dualidade de sentidos presente na ambiguidade, a
adição de detalhes suplementares, como a diversidade de ambiguidades,
intencionalidade, exemplos e considerações culturais, pode enriquecer e ampliar a
compreensão desse conceito. Vale ressaltar que a ambiguidade frequentemente
está sujeita à interpretação do leitor ou espectador. Reconhecer o impacto da
ambiguidade na comunicação, muitas vezes resultando em mal-entendidos, é
crucial. Isso sublinha a importância da clareza na expressão, especialmente em
contextos nos quais uma interpretação ambígua pode acarretar problemas.
Referências

Cereja, William; Cochar, Thereza. Gramática Reflexiva - Texto, Semântica e


Interação - Parte 3. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

ASSAD, Claúdia. A Sinonímia no Dicionário. v.20, p. 17,2004.

Você também pode gostar