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Tema do Trabalho
As Relações lexicais
2.Desenvolvimento.......................................................................................................................... 4
2.3.1.Hiperonímia .................................................................................................................... 6
2.3.2.Hiponímia ....................................................................................................................... 7
3.Conclusão ................................................................................................................................... 10
4.Bibliografia ................................................................................................................................ 11
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1.Introdução
O presente trabalho e o segundo da cadeira de Língua Portuguesa I, o mesmo será de carácter
investigativo, nele sará abordada o conceito de relações lexicais; serão explicadas as principais
relações lexicais; distinguir hiperonímia e hiponímia e definir homonímia e polissemia.
Sublinha-se que saber o significado de uma expressão não implica simplesmente saber sua
definição ou conteúdo semântico. Da mesma forma que conhecemos a definição ou conteúdo de
uma palavra, um falante competente sabe como relacioná-la a outras palavras: Que palavras são
sinônimas? Quais são antônimas? Quais são merônimos, relacionados pela relação de uma parte
a um todo? E quais são hipônimos, relacionados por uma relação é um tipo de?
A descrição e explicação dessas relações têm sido uma dasprincipais tarefas de uma das sub-
áreas da semântica,conhecida como semântica lexical. Relações comosinonímia, antonímia,
meronímia e hiponímia são todas formas de relações paradigmáticas de uma expressão: as
relações que determinam a escolha de um item lexical no lugar de um outro. Na construção de
qualquer enunciado, o falante é confrontado com uma escolha entre vários itens lexicais.
Para o desenvolvimento do trabalho será usada a revisão bibliográfica de várias obras que serão
descritas no final. O trabalho terá a seguinte estrutura: 1. Introdução, 2. Desenvolvimento, 3.
Conclusão, 4. Referências bibliográficas.
Objetivo Geral:
Objectivos específicos:
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2.Desenvolvimento
Ao concebermos o léxico como uma rede de relações e de propriedades, que se materializam nas
unidades lexicais e nas correlações estabelecidas entre elas, estamos isolando dois componentes
fundamentais. De um lado, devemos destacar as propriedades lexicais: cada signo lingüístico, por
mais instrumental que seja, se faz representar por um conjunto de traços conceituais, a forma
ainda mais eficaz de que dispomos para tratar a descrição de significados.
As palavras podem estabelecer diversas relações, sejam elas por origem, por significado, por som,
por área temática etc. A linguística textual utiliza tanto o campo semântico quanto o campo
lexical com o objetivo de um uso mais adequado das palavras da língua portuguesa.
O campo lexical é formado pelas palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento ou
domínio, e está dentro do léxico de alguma língua. As palavras formadas por composição e
derivação a partir de um mesmo radical também fazem parte do mesmo campo lexical.
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Análise das relações semânticas: a hiponímia, a meronímia e a sinonímia.
Neste sentido, trata-se da relação existente entre um item lexical de sentido mais específico
([+específico]) e outro de sentido mais genérico ([+genérico]), que compartilha com o primeiro
determinados traços semânticos. Para Marques, o que ocorre nesse tipo de relação associativa é
uma espécie de transitividade, isto é, “se x é hipônimo de y e y é hipônimo de z, então x é
hipônimo de z” (MARQUES, 1990, p.100). Nestes termos, a hiponímia pode ser definida como
“x é um y”, isto é, se boi é hipônimo de mamífero e mamífero é hipônimo de animal, então boi é
hipônimo de animal. Pode-se dizer, então, que esse tipo de associação provém do fato de o
sentido de um item lexical ser mais abrangente que outro. O ordenamento é estabelecido a partir
do item lexical de sentido mais genérico, ou seja, do mais abrangente.
A segunda relação semântica relevante para o presente trabalho é conhecida como meronímia. O
termo merônimo, segundo Houaiss, significa ‘palavra que designa parte de outra’. Seguindo essa
definição, estudar as relações de meronímia é analisar a composição dos objetos e as associações
que se estabelecem entre itens lexicais a partir das noções [ser constituinte de], [fazer parte de],
[ser componente], etc. Esse tipo de relação acontece quando os itens lexicais relacionados
expressam que são partes constitutivas de outro, como acontece nos pares lexicais aba/chapéu,
pétala/margarida, braço/corpo, artigo/jornal, etc.
A terceira relação semântica relevante para este exercício é a sinonímia. Este tipo de relação
semântica designa a associação entre dois ou mais itens lexicais com sentido muito próximo, ou
seja, que apresentam significação [afim]. A informação importante aqui é que não são os
conteúdos dos itens lexicais em si que dão visibilidade à aproximação de sentido entre eles, mas
a possibilidade de que um possa substituir o outro em contexto lingüístico idêntico, sem alteração
do sentido literal.
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No entanto, há outras condições que facilitam o reconhecimento da relação de identidade entre
dois itens lexicais. Ilari e Geraldi (1999) apresentam, entre outras, as seguintes: 1 - os itens
lexicais devem denotar o mesmo conjunto de objetos “por alusão a alguma propriedade” (p.41);
2 – os itens lexicais devem contribuir da mesma forma para a constituição do sentido do contexto
lingüístico em que ocorrem; 3 – os itens lexicais, quando substituídos em contextos idênticos,
devem manter as condições de verdade do enunciado, ou seja, a substituição não pode acarretar
que “a frase passe de falsa a verdadeira ou vice-versa” (p.41); e 4 – os itens lexicais envolvidos
em uma relação de identidade sofrem sempre algum tipo de especialização, de sentido ou de uso.
2.3.1.Hiperonímia
A hiperonímia é a relação de inclusão na unidade mais geral do significado veiculado por outra
unidade – o hipónimo. É o caso da palavra rosa em relação a flor (hiperónimo).
Exemplos: Explicação:
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2.3.2.Hiponímia
A hiponímia é a relação de sentido não simétrica existente entre duas palavras e estabelecida
segundo critérios de inclusão. É assim que rosa, túlipa, cravo, lírio, etc., estão incluídos em flor.
Hiponímia (do Grego hypo-‘sub’) é a relação lexical descrita pela expressão tipo de. Uma cadeia
de hipônimos defineuma hierarquia de elementos: carro esportivo é umhipônimo de carro, já que
carro esportivo é um tipo decarro. Carro, por sua vez, é um hipônimo de veículo, já quecarro é
um tipo de veículo. Outros exemplos de hiponímiaincluem:
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Na relação semântica de hiperonímia/hiponímia, os hipónimos estão ao nível do sentido
dependentes do hiperónimo, sendo, regra geral, tipos de espécies dos seus hipónimos. (Matos
2010, p.268)
Exemplos: Explicação:
2.4.1.Conceito de homonímia
Segundo Matos (2010, p.265), a homonímia é a relação semântica que ocorre quando duas
palavras distintas, apesar de escritas de forma idênticas, têm significados diversos.
De outra forma Matos explica que a homonímia é um fenómeno linguístico que corresponde a
relação entre palavras que têm significados distintos, ou seja, que se referem a entidades
diferentes, mas que partilham a mesma forma grafémica e fonológica.
Outros exemplos:
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2.4.2.Conceito de Polissemia
Quando a mesma palavra pode adquirir vários significados, existindo entre eles traços de sentido
comuns, diz se polissémica, ou seja, pode assumir vários significados.
Exemplos: Explicação
O meu leitor de CD's está O nome leitor refere o eletrodoméstico com a função
avariado. de ler ou identificar a informação digital de um
Compact Disk.
O Pedro é o leitor mais O nome leitor refere a pessoa que se dedica a ação de
assíduo desta biblioteca ler, enquanto acto de identificar o sentido da
informação veiculada por palavras, frases ou textos.
Em diferentes contextos (cultural, temporal, social, etc), o sentido das palavras pode mudar. A
esse fenômeno chamamos polissemia.
Polissemia- è a multiplicidade de sentidos que uma mesma palavra da língua pode apresentar, em
diferentes contextos de uso.
Veja alguns critério que, respondem pela explicação de muitos casos de diferenciação entre
polissemia e homonímia, representados pela formas contrastantes nos padrões abaixo:
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3.Conclusão
No desenvolvimento do trabalho concluímos que o campo lexical é formado pelas palavras que
pertencem a uma mesma área de conhecimento ou domínio, e está dentro do léxico de alguma
língua. As palavras formadas por composição e derivação a partir de um mesmo radical também
fazem parte do mesmo campo lexical.
Sendo assim consideramos que a compreensão dos fenômenos lexicais ainda constitui um desafio
muito grande para qualquer análise lingüística. Aqui procuramos comentar alguns deles,
selecionando princípios gerais que nos levassem a uma percepção mais orgânica dos dois
fenômenos que foram selecionados para análise. Em trabalhos com léxico, todavia, permanecem
sempre duas sensações: a necessidade de ampliarmos os exemplos em análise e o risco de que
qualquer generalização não sobreviva o próximo exemplo. Esse é um risco que precisamos estar
correndo.
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4.Bibliografia
Abreu, S. P. de; Lara, L. Z. O tratamento semântico do léxico enológico: o caso das impressões
sensoriais. In: Lingüística aplicada à Terminologia e à Lexicologia: Cooperação Internacional:
Brasil e Canadá. NEC/UFRGS, Org. Enilde Faulstich e Sabrina Pereira de Abreu, Porto Alegre:
UFRGS, Instituto de Letras, NEC. 2003.
Houaiss, A.; Villar, M. de S.. 1 ed. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. RJ:
Objetiva, 2001.
Ilari, R.; Geraldi, J. W. 2 ed. Semântica. Série Princípios. São Paulo: Ática, 1985.
Matos at ell, J. C.; Grámatica moderna da lingua portuguêsa, escolar editora; 2010.
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