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Apresentação

Este mapa interpretativo do livro do Apocalipse, tem por finalidade fornecer para o
intérprete do livro uma ideia de tudo o que ele precisa para poder interpretar o
Apocalipse de forma prática e eficiente.

O estudante terá à sua disposição todas as ferramentas, chaves e técnicas


interpretativas que vão ajudá-lo a entender o livro do Apocalipse.

Como o livro do Apocalipse é um livro que exige um conhecimento profundo do Antigo


Testamento e das profecias, e sei, por experiência própria, que demoraria anos para
adquirir tal conhecimento.

Os primeiros capítulos deste guia irão transmitir um pouco desse conhecimento para
o intérprete.
Eu estou usando a palavra estudante e intérprete ao invés de leitor de propósito, pois
este não é um guia para se ler e sim para se estudar.

A leitura casual e desinteressada neste caso não trará o resultado desejado que é a
compreensão do livro em sua totalidade.

Por isso, neste guia nós não iremos começar indo direto para a interpretação do livro,
pois fazendo assim os resultados não seriam satisfatórios.

Irei expor primeiro as dificuldades e as barreiras que impedem as pessoas de


entenderem o livro do Apocalipse. Uma vez conhecendo-as você terá a consciência
que precisa superá-las.

Depois estarei apresentando as ferramentas, técnicas e chaves interpretativas


fornecidas pelo método judaico de interpretação. Você irá conhecer cada uma delas e
saber como cada uma funciona.
Também estarei fazendo um resumo profético dos principais acontecimentos do Antigo
Testamento. Este resumo é fundamental para te ajudar neste processo de aprendizado.
Após o resumo profético eu vou te guiar por toda a interpretação do livro te mostrando, no
passo a passo, tudo o que é necessário para interpretá-lo.

Bom estudo!

Andem no espírito e vivam em amor!


Prof. Antonio Lira
Introdução
Conhecend
o as
dificuldade
s
Conhecendo as
dificuldades
Você não é a única e nem será a última pessoa que tem dificuldades de interpretar o livro
do Apocalipse. Seus símbolos e figuras são um verdadeiro desafio para qualquer intérprete
das Escrituras.

Grandes homens de Deus, ao longo da história, tem tentado interpretar o livro e


fracassaram nesta tentativa. Eles fracassaram porque não conheceram as técnicas certas
que agora estão à sua disposição para interpretar o livro do Apocalipse. Veja o que
disseram alguns desses homens: .
Martinho Lutero queixou-se de que, face a escuridao de seu
estilo, o autor tinha o atrevimento de somar ameacas e
promessas para aqueles que observassem ou desobedecessem
suas palavras, ao mesmo tempo que ninguem entendia o que
estava tentando dizer.
Nele — disse Lutero — “nao se ensina nem reconhece a Cristo;
nele nao se perceberia a inspiracao do Espirito Santo.”
MARTINHO LUTERO
"Ninguém entendia o que estava tentando dizer"

Observe nestas palavras de Lutero que ele não entendia o livro do Apocalipse.

Zwinglio se manifesta de maneira igualmente hostil com relacao


a este livro. "Sobre o Apocalipse — escreveu — “nao nos
interessamos, porque nao e um livro biblico... O Apocalipse nao
possui o sabor da boca ou da mente de Joao. Eu posso, se o
quiser, rechacar seus testemunhos."

"O Apocalipse não possui o sabor da boca ou da mente de João"


ULRIC ZWINGLIO
Ele condenou o livro por ter um estilo literário diferente dos
outros escritos joaninos.
João Calvino foi mais humilde em suas palavras e disse:

"O único livro da Bíblia que eu não entendi foi o Apocalipse."

Estes grandes homens de Deus tiveram grande relevância na


história eclesiástica mas esbarraram em um problema que 99%
dos cristãos enfrentam até os dias de hoje: A dificuldade de se
interpretar o livro do Apocalipse.

O que esses homens não sabiam e que a maioria dos cristãos


não sabem é que existem 3 erros muito comuns cometidos por
aqueles que tentam interpretar o livro do Apocalipse e também
três barreiras a serem superadas.

JOÃO CALVINO
Os 3 maiores erros
cometidos por aqueles que
tentam interpretar o livro
Erro número 1
Alegorização insdiscriminada
das passagens do livro

Por ser o livro do Apocalipse um livro com muitos símbolos e figuras, as pessoas
costumam interpretá-lo de forma alegórica, ou seja, as pessoas acabam espiritualizando
as suas passagens de acordo com a sua imaginação.
A alegorização indiscriminada das profecias coloca os escritores dos 66 livros da Bíblia
como reféns de seus intérpretes.

Alegoria significa "outro sentido."

Esse método alegórico permite ao leitor interpretar as Escrituras de acordo com a sua
imaginação, desconsiderando completamente aquilo que autor queria dizer quando
escreveu algo. E mais ainda, também desconsidera o que os demais autores disseram.
Como surgiu o método alegórico?

O método alegórico de interpretação surgiu através de Filo de


Alexandria que viveu de 20 a.C. a 50 d.C

Filo em sua tentativa de passar para os gregos a cultura


judaica se utilizou desse método na interpretação dos textos
do Antigo Testamento.

Pois a espiritualização das passagens facilitava a Filo de Alexandria


compreensão dos gregos, porque estes estavam acostumados
com a mitologia.
Mais tarde, Orígenes, seu discípulo mais fiel começou a
interpretar os textos das cartas deixadas pelos apóstolos e
também o Antigo Testamento usando esse método nocivo de
interpretação. Pois o método alegórico favorecia as sua ideias
heréticas.

Orígenes

Agostinho de Hipona foi mais longe ainda. Ele pegou


esse método que favorecia as suas ideias amilenistas e
colocou como método oficial de interpretação da Igreja.

Agostinho de Hipona

* Amilenismo é o grupo dentro da escatologia que não


crê em um milênio literal. Para eles, Cristo já reina na
terra através da Igreja.
A partir daí a igreja mergulhou em um período de trevas interpretativas sem precedentes.

O alegorismo só começou a perder sua força com a reforma protestante.

Os reformadores se voltaram para a interpretação literal, que era o método de


interpretação utilizado pelos rabinos judeus, por Jesus e pelos apóstolos.
O método literal de interpretação considera o que o
autor quis dizer e valoriza o contexto bíblico.
O método literal de interpretação é um método seguro
para se interpretar as Escrituras.

Portanto, alegorizar as passagens das Escrituras é se


afastar completamente daquilo que Deus queria dizer
Os reformadores da Suiça quando inspirou os homens de Deus a escreverem o
seu livro.
Alegorizar as passagens é silenciar a Bíblia, pois a
alegorização faz com que a interpretação perca a harmonia
com demais textos.

Fazendo assim acabam cometendo o erro de não examinar


a sua interpretação à luz das Escrituras, pois esta não tem
importância nesse método de interpretação.

E acabam tentando adaptar as Escrituras às suas visões


particulares de interpretação, quando elas deveriam fazer o
contrário, deveriam submeter as suas afirmações à luz das
Escrituras.

Um exemplo de alegorização das Escrituras é a passagem


que fala do milênio.

Para os amilenistas não vai haver um reinado de Cristo de


forma visível sobre a terra. Para eles Cristo já governa na
terra desde o pentecostes.
Portanto eles não creem em um reinado de Cristo literal.
Citarei algumas passagens que são anuladas por quem
acredita nesta forma alegórica de interpretação. As
passagens que vou citar deixam claro um reinado de Cristo
sobre a terra. Observe:

"E deu à luz um filho homem que há de reger todas as


nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para
Deus e para o seu trono."

Apocalipse 12:5

"Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos


se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte;
mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com
ele mil anos."

Apocalipse 20:5,6
"E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as
nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o
que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus
Todo-Poderoso."

Apocalipse 19:15

Fica bem claro nestas passagens que Cristo terá um


governo na terra literal. Mas aqueles que alegorizam as
passagens espiritualizam dizendo que aqui não se trata de
um reinado literal.
Erro número 2
Interpretar o livro de fora para dentro

Um outro erro comum cometido por aqueles que tentam interpretar o


livro do Apocalipse e as profecias é interpretá-lo de fora para dentro.

Sabemos que o livro do Apocalipse é um livro profético e por ele ser


profético, significa que muita coisa ainda está para se cumprir.
As pessoas querem interpretá-lo de fora para dentro. Como assim?

Elas ficam procurando fatos e acontecimentos do cotidiano para


apontar o seu cumprimento no livro e em outras passagens proféticas.
Ou seja, as pessoas observam primeiramente os acontecimentos
recentes e fatos históricos e tentam adaptar aos textos do livro.
Um exemplo típico disto é o apontamento do Anticristo. As pessoas
vivem apontando quem é o Anticristo.
Várias personalidades já fizeram parte desta longa lista: Hitler, Bush,
Obama, Trump, Macrom entre outros.

A regra de ouro da interpretação bíblica é:

"No tocante à interpretação dos textos proféticos os acontecimentos


recentes e fatos históricos, podem até falar, desde que a Bíblia fale
primeiro."

Prof. Antonio Lira


Primeiro temos que buscar todas as respostas
dentro das Escrituras e depois vamos aos fatos
recentes e fontes históricas, sempre submetendo
essas duas últimas à primeira e não o oposto.
Guarde essa frase:

"A Bíblia interpreta ela mesma."

Prof. Antonio Lira

A interpretação deve ser de dentro para fora, ou seja,


primeiro a Bíblia depois outras fontes.
Erro número 3
Não interpretar o livro de forma cronológica

Ao longo dos anos eu tenho observado que muitos intérpretes da


Bíblia tem cometido esse erro. O erro de interpretar os acontecimentos
do livro de forma aleatória pulando as passagens e destruindo a sua
cronologia.

Desconsiderando completamente que o livro do Apocalipse segue uma


sequência natural que trata de passado, presente e futuro. E que para
interpretá-lo corretamente é imperativo que se respeite essa
cronologia.

O Método Judaico tem uma chave chamada de Chave Cronológica, e


eu não tenho tempo de mostrar como essa chave funciona aqui mas
eu quero que você saiba que essa chave evita de você cometer esse
erro.
O próprio livro do Apocalipse que nos fornece essa
chave, ela está lá no capítulo 1 do livro como se
estivesse pendurada na porta.

Muitos leem o livro passam por essa chave e não


percebem a sua existência. Essa chave é poderosa.

Ela divide o livro do apocalipse em 3 partes e nos revela


a sequência cronológica dos acontecimentos do livro de
acordo com a disposição dos capítulos. Ela os divide
em: passado presente e futuro.

Essa chave evita que o intérprete cometa o erro de não


interpretar os acontecimentos do livro de forma
cronológica.
As 3 barreiras que impedem
as pessoas de interpretarem
o livro do Apocalipse
PRIMEIRA BARREIRA
Os parênteses do livro
Apesar do livro do Apocalipse seguir uma sequência
cronológica ele possui muitos parênteses. Os parênteses
do livro constitui uma barreira muito grande que impede as
pessoas de entenderem o livro.

Estes parênteses contém explicações do que foi dito ou


do que será ainda dito, e também contém saltos e
antecipações de eventos que ainda não aconteceram na
sequência cronológica do livro.
Por exemplo, os 144 mil que aparecem no
capítulo 14 estão no monte Sião (Jerusalém)
em pé com o cordeiro em uma posição de
vitória.

Aquilo ainda não aconteceu dentro da sequência


cronológica do livro, é simplesmente uma
antecipação da vitória que eles terão após a
segunda vinda de Cristo que só ocorrerá no
capítulo 19.
Existem ao todo 9 parênteses no livro do Apocalipse:

Os capítulos 7 e 10;

O capítulo 11 até o versículo 14;

Os capítulos 12 e 13;

Os capítulos 14 e 15;

Os capítulos 17 e 18.
Os problemas com os parênteses

Como o livro pretende mostrar principalmente o cumprimento das profecias


ditas pelos profetas anteriormente?

Cerca de 70% do conteúdo que está compreendido entre o capítulo 6 e o


capítulo 20 tem esse viés. E quem não está familiarizado com as profecias
fica perdido pois João, através dos parênteses, explica e antecipa fatos e
acontecimentos que para ele, já devem ser do conhecimento do leitor.
Ele supõe que o leitor não terá dificuldades porque está a par do assunto.
Então ele vai citando os fatos, dando saltos, explicando normalmente pois
para ele todos conhecem as profecias.

Porém hoje em dia cerca de 99% dos leitores não conhecem as profecias,
quando chegam nos parênteses eles se perdem.

Além da falta de conhecimento do conteúdo profético o leitor também se


perde porque na sua leitura ele não sabe o que é parêntese e o que são
ainda as séries de juízo, selos, trombetas e taças e também não sabe onde
termina uma e começa outra.
O tamanho dos parênteses

Até mesmo em uma leitura casual se um parêntese é muito longo com


duas ou 3 linhas facilmente nos perdemos na leitura, e quando voltamos
para a ideia pretendida pelo autor temos que fazer um esforço para voltar
aquele pensamento anterior ao parêntese. Veja esse exemplo abaixo:

Para onde vão as pessoas ímpias quando morrem? Para alguns o destino
da alma e do espírito é o hades ( lugar de destino do espírito de todos os
homens de acordo com a cultura grega, e de acordo com a cultura
hebraica também é o lugar de destino de todos os homens, neste lugar de
acordo com a cultura hebraica existem duas divisões: o lugar de consolo e
o lugar de tormento e ambos os lugares são separados por um abismo)

Outros acreditam que quando o homem morre acaba tudo, ou seja, o


homem não tem esperança de vida eterna. Outros ainda acreditam em
reencarnação.

Observe que quando o parêntese é aberto para explicar o que é Hades,


existe uma certa dificuldade em se retomar a ideia central do texto que é
para onde vão as pessoas quando morrem.
Se você teve dificuldade neste exemplo simples com um parêntese de 5
linhas que está apenas explicando uma ideia, imagina o livro do Apocalipse
que dá saltos e antecipa fatos e acontecimentos de um conteúdo que é
estranho para a maioria dos leitores e com o agravante de ter muitos
símbolos e figuras?

Muitas vezes o parêntese no livro do Apocalipse é longo demais. Existem


parênteses no livro que seu conteúdo se estende por até 4 capítulos.

Essa é uma das principais razões porque as pessoas se perdem e não


conseguem entender o livro.

Para solucionar esse problema dos parênteses do livro eu desenvolvi a


técnica de separação dos parênteses. Essa técnica consiste em separar o
que é parêntese da série de juízos: selos, trombetas e taças para ajudar
quem não está familiarizado com as profecias.
Com essa técnica de separação dos parênteses você verá que a
compreensão do livro se tornará muito mais fácil

Apenas na leitura você já sente a diferença, tente ler o Apocalipse com essa
separação e você verá a gritante diferença.

Eu já fiz essa separação para você e você poderá ter acesso imediatamente
a esta leitura no conteúdo extra..
SEGUNDA BARREIRA
A FALTA DE CONHECIMENTO
DO QUE ACONTECEU ANTES
NOS OUTROS 65 LIVROS
O termo Bíblia significa “conjunto de livros”, ou seja, a
Bíblia é um conjunto de 66 livros e o livro do Apocalipse é
o último livro de uma série de 66 livros.

Normalmente as pessoas cometem o erro de tentar


interpretar o livro do Apocalipse à partir dele. Quando na
verdade ele é o desfecho de um conjunto de 66 livros.

Sendo o livro do Apocalipse o último livro da Bíblia a


maioria dos símbolos, figuras, expressões, ideias
equivalentes e profecias que se veem no livro. Já foram
vistas antes nos outros 65 livros.
Portanto, para poder compreender o livro é necessário
conhecer aquilo que está escrito nos outros 65 livros e
fazer a conexão com o livro do Apocalipse.

Pois a falta de conhecimento do que aconteceu antes nos


outros 65 livros, torna impossível a interpretação do livro.

É como você querer entender um filme de 3 horas


assistindo apenas os 5 minutos finais. Ninguém vai
conseguir entender um filme de 3 horas assistindo os 5
minutos finais.

Para poder compreender o filme seria necessário


conhecer todo o contexto. O mesmo tem acontecido com
quem tem tentado interpretar o livro do Apocalipse sem o
conhecimento do que aconteceu antes nos outros 65
livros.
Aqui surge então um grande problema, pois conhecer o
que ocorreu nos outros 65 livros demandaria muitos anos
de estudo das Escrituras.

A pessoa teria que rastrear por toda a Bíblia todos os


símbolos, figuras, expressões e ideias equivalentes e
também as profecias.

E também depois localizar tudo que está relacionado ao


livro do Apocalipse, ela precisará saber apontar o seu
cumprimento no livro.

Para superar a barreira da falta de conhecimento do que


ocorreu nos outros 65 livros eu desenvolvi dois catálogos.

O primeiro é o catálogo de símbolos, figuras, expressões e


ideias equivalentes.
O segundo é o catálogo de localização profética. Contendo
todas as profecias que se cumprem no livro.

Como eu falei anteriormente a falta de conhecimento do que


ocorreu nos outros 65 livros torna impossível a interpretação
do livro do Apocalipse.

Estes dois catálogos resolvem o problema da falta de


conhecimento do que aconteceu nos outros 65 livros.

O primeiro catálogo contém todos os símbolos, figuras


expressões e ideias equivalentes que ocorreram nos outros 65
livros, e que aparecem no livro do Apocalipse.

O segundo catálogo contém todas as profecias que ocorreram


nos outros 65 livros e que se cumprem no livro do Apocalipse.
Ou seja, já foi feito todo o rastreamento nos outros 65 livros de
todos os símbolos, figuras expressões, ideias equivalentes e
todas as profecias que se cumprem no livro do Apocalipse.

Isso vai poupar anos de pesquisa e estudo para o intérprete do


livro.

Os dois catálogos são devidamente ilustrados e possuem


uma ordem sequencial, versículo por versículo, que vai do
capítulo 1 do livro até o capítulo 22.

Definitivamente estes dois catálogos acabam de vez com o


problema da falta de conhecimento do que ocorreu nos outros
65 livros. Que é a primeira barreira para quem deseja
interpretar o livro do Apocalipse.

Os dois catálogos são exclusivos do Método Judaico de


interpretação.

Para ter acesso aos catálogos basta ir até o módulo


ferramentas e chaves interpretativas. Dos dois cursos que
oferecemos.
TERCEIRA BARREIRA
A falta de uma visão judaica interpretativa das
profecias.
Embora saibamos que a Bíblia foi deixada para toda a
humanidade, e que de uma forma geral, Deus se revela a
todos os povos da terra através dela.

Existem algumas coisas que não podemos esquecer.

A Bíblia é um livro judaico. Ela foi escrita por cerca de 40


autores diferentes em um espaço de 1500 anos mais ou
menos. Destes autores apenas 1 não era judeu. Lucas, o
médico amado, era grego.

Ou seja, 99% dos seus autores eram judeus.


Portanto, seu conteúdo foi escrito em sua maioria para os
judeus e debaixo de uma mentalidade judaica.

O Antigo Testamento contém:

39 livros, 929 capítulos e 23.146 versículos. Em sua maioria


destinados aos judeus e uma pequena parte para os gentios.

No tocante ao Novo Testamento existe uma mudança


significativa.

Com o surgimento da Igreja, Deus passa a falar também para


a Igreja. Ficando o seu conteúdo dividido, falando tanto para
judeus, quanto para a Igreja.
O Novo Testamento possui 27 livros, 260 capítulos, 7.957
versículos divididos para judeus e Igreja e uma pequena parte
para os gentios.

Levando em conta que o Novo Testamento também repete


passagens, citações de ideias do Antigo Testamento em uma
boa parte do seu conteúdo.

Se formos colocar em números de uma forma bem grosseira,

chegaremos à seguinte conclusão:

Cerca de 75% do conteúdo da Bíblia é judaico.


Para você ter uma ideia de como a Bíblia foi escrita
principalmente para os judeus e debaixo de uma mentalidade
judaica, observe as afirmações a seguir.

Segundo o teólogo escocês Willian Barclay, um dos maiores


teólogos do nosso tempo, o livro do Apocalipse possui 245
citações ou alusões ao Antigo Testamento.

Segundo Willian Barclay

"O autor escreve em grego mas pensa como judeu."

Segundo Willian Barclay, 20 dos 39 livros do Antigo Willian Barclay


Testamento são citados no livro do Apocalipse, entre eles:

Ezequiel, Daniel, Êxodo, Levítico, Isaías, Salmos, Jeremias, 1


Crônicas, Sofonias, Joel, Zacarias, entre outros.

Ou seja, o autor do Apocalipse faz uso de mais da metade dos


livros do Antigo Testamento. Portanto, o livro do Apocalipse é
bastante judaico.
Como entender esse livro se não for sob uma ótica judaica?

Para poder entender o Apocalipse vai ser preciso pensar


profeticamente como judeu. E pensar profeticamente como
judeu não é converter-se ao judaísmo.

O método judaico permite ao estudante de escatologia


interpretar o livro do Apocalipse tendo a visão judaica das
profecias sem comprometer a visão de Igreja e sem prejuízo
para a doutrina neotestamentária.

O que vamos fazer é passar a visão original daqueles que


escreveram a Bíblia.

Sem comprometer a sua identidade como Igreja.

Fazemos isso através de 3 chaves interpretativas e um exame


do livro. Conheça agora cada uma das 3 chaves e o exame do
livro.
CHAVES E TÉCNICAS
DE INTERPRETAÇÃO
A primeira chave interpretativa é a chave
dos três povos de representação bíblica.
A segunda chave interpretativa é a chave
judaica das eras.
A terceira chave interpretativa é a chave da
prioridade profética.
Usamos também uma técnica para interpretar o livro que
chamo de Raio X do livro do Apocalipse. Esse exame valida
toda a nossa interpretação.
Chave dos Três Povos de Representação Bíblica

Está comprovado que o livro do Apocalipse é em essência um


livro bastante judaico.

Por ele ser um livro judaico em essência, para interpretá-lo é


preciso ver sob a ótica judaica. Aliás é por esse motivo que
muitos até hoje não conseguiram entender o livro.

Ainda não se deram conta que só é possível entender o livro


se houver uma visão judaica interpretativa das profecias.

É preciso pensar sob uma ótica judaica sem perder a essência


eclesiástica, ou seja, sem perder a identidade como Igreja.
Essa chave irá nos fornecer a visão de um judeu convertido ao
cristianismo que conhece a importância de designar para qual
povo as profecias devem se cumprir.

Quem vai nos fornecer essa chave é um judeu convertido ao


cristianismo e maior intérprete das Escrituras que esse mundo
já conheceu. O apóstolo Paulo.

Será um privilégio poder ver o cumprimento das profecias sob


a ótica judaica. Tendo a mesma visão que o apóstolo Paulo
tinha do cumprimento das profecias.

Ele nos apresenta essa chave em diversas passagens do


Novo Testamento. Eu citarei aqui apenas três referências.
1 Co 10:32; 1Co 1:22-24; Ef 2:11-22

"1 Coríntios 10:32 Não vos torneis causa de tropeço nem a


judeus, nem a gentios, nem à Igreja de Deus;"

Paulo via o cumprimento das profecias atingindo três povos


distintos. Gentios, judeus e Igreja.

Entendendo os povos

Quem são os judeus?

São todos os descendentes de Abraão, aqueles que são da


sua linhagem, ou seja, a nação de Israel.
Quem são os gentios?

São todos os povos da terra que não são judeus.

E quem é a Igreja?

São todos aqueles que pela fé aceitaram a Cristo como


Senhor e Salvador.

Se um judeu aceitar a Cristo se torna Igreja, e se um gentio


aceitar a Cristo se torna Igreja.

Portanto Paulo via o cumprimento das profecias atingindo


esses três povos de forma distinta.

De posse dessa chave será possível identificar para qual povo


determinada profecia está se cumprindo no livro do
Apocalipse.
Também será possível, por exemplo, identificar no livro qual
povo estará na tribulação e qual povo será livre da tribulação.

Será possível identificar vários símbolos e figuras que


aparecem no livro.

Essa chave é tão importante que sem ela fica impossível ter
uma interpretação coerente do livro do Apocalipse e outros
livros da Bíblia.
Chave Judaica das Eras

Uma outra chave que nos fornece uma visão judaica


interpretativa das profecias é a chave judaica das eras.

O judeu acreditava que a história do mundo estava


dividida em duas eras:

A era presente e a era vindoura.

A era presente também é conhecida como este século ou


presente século. Eles acreditavam que o presente século
é mau. O presente século é cheio de maldade, adultério,
prostituição, pobreza, desigualdade e morte.

Da mesma forma os judeus criam que essa era iria


terminar e viria uma era de justiça paz e prosperidade e
não haveria mais morte.
Muitos autores do Novo Testamento por serem judeus
acreditavam em duas eras. Eles deixaram isso claro em
algumas passagens.

Paulo disse em Romanos 12:2

“E não vos conformeis com este século ou presente era,


mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.”

A palavra grega original para século ou era é a palavra


grega "aion"( que nesse contexto significa o sistema
deste mundo que é governado por satanás) e ela se
repete em várias passagens, como veremos a seguir.

Ef 2:7

"Para mostrar nos séculos vindouros, a suprema riqueza


da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo
Jesus."
O autor aos hebreus também vai citar a era vindoura,
veja:

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram


iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra
de Deus e os poderes da era vindoura, e caíram, sim, é
impossível outra vez renová-los para arrependimento...

Hebreus 6:4-6 ARA

Observe que o autor aos hebreus cita a era vindoura. A


visão das duas eras, era um senso comum entre os os
judeus.

Como eu disse anteriormente os judeus acreditam que


este século ou está era presente teria um fim. Um dia
esta era má iria terminar.
E para isso acontecer teria que ser por uma intervenção
divina. Eles acreditavam que apenas Deus poderia por fim
a esta era má e trazer uma nova era de paz prosperidade,
justiça, proteção onde não haveria mais morte e nem
pecado.

Só que tem um detalhe!

Antes dessa era má ir embora e chegar uma nova era ou


século vindouro, haveria um intervalo de tempo.

Esse intervalo de tempo seria o pior momento da


humanidade. Haveria um tempo de tormento e tribulação
jamais experimentado pelo homem.
Onde os poderes do céu seriam abalados, as forças da
natureza iriam se voltar contra o homem numa
intensidade jamais vista.

Fome, pestes, pragas, terremotos, guerras e outros


flagelos iriam atingir o seu clímax neste tempo.

Nós conhecemos este intervalo de tempo na Bíblia como


tribulação.

Esse período também é conhecido como "O dia do


Senhor" e já sabemos que vai durar sete anos.
O apóstolo Pedro como um bom judeu que também cria
em duas eras, na sua segunda carta cita o período de
intervalo falando da tribulação e cita também o fim desta
era e o início de uma nova era, veja:

“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os


céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos
se desfarão abrasados; também a terra e as obras que
nela existem serão atingidas.

Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas,


deveis ser tais como os que vivem em santo
procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda
do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados,
serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos
céus e nova terra, nos quais habita justiça.”

2 Pedro 3:10-13
Observe que os autores do Novo Testamento que eram
judeus tinham uma visão do mundo dividido em duas
eras: A era presente e a era vindoura ou presente século e
século vindouro, como queiram chamar, e que haveria um
intervalo de tempo conhecido como tribulação, entre uma
era e outra.

Esse tipo de crença não veio de graça na mente e no


coração deles. Eles tinham a visão de duas eras porque
leram nos profetas.

Eles estão repetindo várias profecias dos Antigo


Testamento. Eu citarei algumas aqui para você ler
depois.

Is 2:12-19 Is 51:16; 65:17; 66:22; Dn 7:13:14; Dn 9:24:27.

Dito isso eu gostaria de deixar uma reflexão!


Será que nós podemos ver a era presente, o intervalo de
tempo entre uma era e outra, a intervenção divina e a era
vindoura no livro do Apocalipse?

Será que podemos ver essa sequência de


acontecimentos no livro da forma como o judeu cria?

A resposta à nossa breve reflexão é sim. Quando nós


olhamos para o livro do Apocalipse é exatamente o que
vemos.
Ao dividir o livro do Apocalipse, nós vemos a era presente
que vai do capítulo 1 ao capítulo 5.

Vemos o intervalo que conhecemos como tribulação ou


Dia do Senhor que vai do capítulo 6 ao capítulo 18.

Vemos também a intervenção divina alterando o curso


das coisas nos capítulos 19 e 20.

E vemos novos céus e nova terra onde habita a justiça se


cumprindo nos capítulos 21 e 22.
Veja que como os profetas judeus viam o desfecho das
eras, da mesma forma os escritores do Novo Testamento
que eram judeus viam. E da mesma forma o escritor do
Apocalipse que era judeu via. Tanto é que dividiu o livro
de acordo com esta visão.

A chave judaica das eras é a segunda chave que fornece


a visão judaica necessária para se interpretar o livro do
Apocalipse.

De posse desta chave é possível ter um panorama da


crença judaica nas profecias. Esse panorama nos revela
que o livro do Apocalipse é uma mensagem de Deus para
todos os homens.

Porém seu alvo principal são os judeus, pois o


entendimento das duas eras não é tão latente para Igreja
como é para os judeus, pois os profetas do Antigo
Testamento deixaram isso bem fixado na crença deles.
Chave da Prioridade Profética

Você sabe o significado da frase dita por Jesus “os


últimos serão os primeiros e os primeiros os últimos?"

O entendimento da chave da prioridade profética revela o


significado desta frase.

Antes de tudo eu gostaria de mostrar pra você, três


grandes intérpretes das Escrituras que reconheciam que
os judeus tinham prioridade profética.

1) Jesus

O primeiro deles é o nosso Senhor e salvador Jesus


Cristo. Jesus quando enviou os doze à pregar deixa claro
a prioridade dos judeus no plano profético de Deus, veja:
"A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes
instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em
cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as
ovelhas perdidas da casa de Israel;"

(Mateus 10:5,6)

Jesus também deixou claro para quem primeiro havia


sido enviado em outra passagem das Escrituras.

Por ocasião da sua visita nas terras de Tiro e Sidom ele


se deparou com uma mulher Cananeia que implorou pela
libertação de sua filha. Partindo Jesus dali, retirou-se
para os lados de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher
cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor,
Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está
horrivelmente endemoninhada.
"Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus
discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois
vem clamando atrás de nós.
Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas
perdidas da casa de Israel."

(Mt 15:21-24)

À primeira vista parece que Jesus está sendo arrogante


com esta mulher mas na verdade ele está mostrando a
prioridade do seu ministério.

"Não é lícito tirar os pães dos filhos e dá-los aos


cachorrinhos!"

Ele também confirma a prioridade profética dos judeus


quando afirma:

“Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de


Israel.”

Observe que Jesus tinha em mente que os judeus tinham


prioridade profética.
2) Paulo.

O apóstolo Paulo também vai confirmar que Jesus havia


sido enviado primeiro para os judeus observe:

"Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da


circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar
as promessas feitas aos nossos pais;"

Romanos 15:8

Paulo ressalta a abrangência do ministério de Cristo


quando afirma que Cristo era ministro da circuncisão.
Essa expressão “circuncisão é usada por Paulo quando
ele quer se referir aos judeus.

Ele repete essa expressão se referindo aos judeus


também na carta aos gálatas.
"Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da
incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da
circuncisão
(pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o
apostolado da circuncisão também operou eficazmente
em mim para com os gentios)"

Gálatas 2:7,8

Outra passagem que Paulo deixa explícito a prioridade


profética dos judeus é em Romanos 1:16.

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois


é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;
primeiro do judeu, e também do grego."

Romanos 1:16
"Primeiro do judeu"

Portanto, é reconhecido por Paulo que Cristo foi enviado


primeiramente para os judeus,

confirmando assim a sua prioridade profética.

3) João

O terceiro grande intérprete que reconhecia a prioridade


profética de Israel é o apóstolo João.
Ele também vai nos mostrar em seu evangelho que os
judeus tinham prioridade profética.

"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.


Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no
seu nome;"

João 1:11,12
João afirma neste texto que Jesus veio para o que era
seu (povo judeu) mas os seus (povo judeu) não o
receberam.

Por que os judeus tinham prioridade profética?

Em romanos 9 Paulo vai listar oito razões porque os


judeus tinham prioridade.

"Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando


comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência:
tenho grande tristeza e incessante dor no coração;
porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de
Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção e
também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as
promessas; deles são os patriarcas, e também deles
descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos,
Deus bendito para todo o sempre. Amém!"
Primeira razão:

Pertence-lhes a adoção

A promessa de ser filho de Deus foi feita a Abraão e a sua descendência

Segunda razão:

A glória

Deus não foi glorificado na terra através de nenhum outro povo a não ser o povo judeu.
O povo tinha uma história de relacionamento e comunhão com Deus que nenhum outro
povo na terra teve.

Terceira razão:

As alianças

Israel foi a única nação que durante milênios se relacionou com Deus
por meio de alianças.

Entre essas alianças estão: A Edênica, Adâmica, Noética, Abrâmica, Mosaica,


Palestínica, Davinica, entre outras.
Quarta razão:

A legislação pertence a eles

Os judeus foram o único povo que como nação tinham recebido uma lei vinda do próprio
Deus para observar.

Quinta razão:

O culto

De todos os povos da terra a nação judaica como um todo adorava ao único Deus.
Enquanto o mundo era politeísta os judeus mantinham a sua crença monoteísta em Jeová.
Para isso eles tinham leis específicas que normatizavam a forma de cultuar.

Sexta razão:

As promessas foram feitas a eles


Promessas de redenção, de paz, de prosperidade.
Que seria trazida por um governante a quem chamavam de Messias.
Sétima razão:

Os patriarcas

Deus havia feito alianças com esses homens e promessas a eles que precisavam se
cumprir. Deus valorizou esses patriarcas enviando o Cristo para a nação que começou a
partir deles.

Oitava razão:

O Cristo

Jesus veio dos judeus, nada mais justo que priorizar o povo do qual o próprio Cristo fazia
parte.

Paulo com estas oito razões apresentadas deixou claro que os judeus deveriam ser os
primeiros a experimentar o cumprimento das profecias.
"Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros."

Mateus 19:30

Quem são os primeiros e quem são os últimos neste texto?

Os primeiros são os judeus, eles tinham prioridade na época de Jesus e na era apostólica.

Os últimos eram o gentios, Como vimos a pouco. Os gentios que eram os últimos por
causa da rejeição dos judeus ao governo do messias passaram a ser os primeiros.

Até hoje o mundo como um todo experimenta a salvação por meio do evangelho. Enquanto
que os judeus que eram os primeiros estão de fora até hoje, ou seja, os judeus se tornaram
os últimos.
Acontece que eles precisam experimentar a salvação, e isso
irá acontecer no final da tribulação. A nação como um todo
irá reconhecer que mataram o Messias e vão se converter.

"Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de


Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e
olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre
ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão
amargamente por ele, como se chora amargamente pelo
primogênito."

Zacarias 12:10

Como você pode constatar no texto acima existem profecias


que mostram a conversão nacional da nação.
A chave da prioridade profética será muito útil para
interpretar o livro do Apocalipse porque ela mostra que os
judeus voltam a ter prioridade profética novamente com a
saída da Igreja. Nós vemos Israel voltando a ter prioridade
na tribulação.

Logo no inicio da tribulação, no capítulo 7, Deus sela 144 mil


judeus. Doze mil de cada tribo. Esse é o primeiro indício que
Deus voltou a tratar com os judeus.

Depois ele envia duas testemunhas para profetizarem em


Jerusalém. Isso está registrado no capítulo 11 de
Apocalipse.

Logo no capitulo 12 Israel passa a ser perseguido, pois a


mulher de Apocalipse 12 representa a nação de Israel.
Se você quiser saber mais detalhes porque a mulher de
Apocalipse 12 é Israel assista ao vídeo abaixo:

https://youtu.be/gHPZxaytCTw

Nos capítulos 13, 14, 16, 17 e 18, Israel passa a ser o centro
do que é dito no livro.

Deus com a tribulação está provocando a conversão


nacional da nação que volta a ter prioridade profética.

Essa chave é fundamental para passar para o estudante a


visão judaica interpretativa das profecias, e localizar Israel
no livro do Apocalipse.
Raio x do livro do Apocalipse.

Reflexão:

Por que o livro do Apocalipse possui tantas citações ou


alusões ao Antigo Testamento? A resposta a essa
pergunta é a seguinte:

O autor do livro queria confirmar a visão que recebera


como sendo inspirada por Deus.

Ele fez isso citando e apontando o cumprimento das


profecias do Antigo Testamento correspondente a cada
revelação recebida por ele.

Citando o Antigo Testamento o autor do livro do


Apocalipse estava validando a autoridade profética do
que estava escrevendo.
Querendo mostrar com isso que o que escrevia tinha a
mesma autoridade das profecias do Antigo Testamento.
E também que o livro era uma extensão natural das
profecias ditas anteriormente por outros profetas.

O fato é que:

Por ser o livro do Apocalipse bastante judaico e repetir


muitas profecias do Antigo Testamento, apenas um
conhecedor dessas profecias vai poder apontar seu
cumprimento no livro, e conhecer todas as profecias e
saber apontar o seu cumprimento no livro, demandaria
muitos anos de estudo.
O Método Judaico já tem catalogado todas as profecias
que se cumprem no livro. Esse conteúdo está inserido no
catálogo número 2 do método. O catálogo de localização
profética.

Neste catálogo estão contidas todas as profecias do


Antigo Testamento que tem o seu cumprimento no livro
do Apocalipse.

Além do apontamento das profecias do catálogo 2.

O método possui uma outra forma de apontar o


cumprimento das profecias no livro. E validar a
interpretação do livro do capítulo 6 ao 19. Comprovando
que toda a interpretação que está sendo feita está
correta.
Como vimos há pouco, o autor do livro já deixou as pistas
para nós de quais profecias do Antigo Testamento estão
se cumprindo no livro.

Essas pistas foram deixadas quando quis confirmar a


autoridade profética das revelações recebidas por ele.

Aproveitando essas pistas deixada pelo autor do livro nós


fazemos um outro apontamento profético.

Fazemos esse outro apontamento das profecias que se


cumprem no livro por meio de um exame que chamo de
Raio X do livro do Apocalipse.
O Raio X do livro é uma análise feita com os três grandes quadros proféticos da Bíblia.

Nestes três grandes quadros estão condensados o maior número de profecias. São
eles:

O livro de Daniel, o discurso de Jesus no monte das Oliveiras e o livro do Apocalipse.


O exame consiste em cruzar as informações dos principais acontecimentos proféticos
nestes três grandes quadros.
Ao final do exame fica bem claro que o que foi visto no
livro de Daniel e no discurso de Jesus no monte das
oliveiras se cumpre no livro do Apocalipse do capítulo 6
ao 19.

No exame fica confirmado que o livro do Apocalipse é


uma versão expandida de várias profecias que foram
dadas antes.

Esse exame é tão surpreendente que aumenta de forma


significativa a compreensão do livro. E confirma que toda
a interpretação feita do capítulo 6 ao 19 está correta e
100% de acordo com a Bíblia.

Todas as ferramentas técnicas e chaves apresentadas


por alto neste e-book fazem parte do método judaico de
interpretação.

Sem elas é praticamente impossível um leigo fazer uma


interpretação confiável do livro do Apocalipse.
Todas as chaves e técnicas interpretativas que usaremos
irão te ajudar a superar as 3 barreiras e facilitar a sua
compreensão do livro do Apocalipse.
RESUMO PROFÉTICO
Eu estou convencido de que é impossível entender o livro do Apocalipse se o intérprete não
tiver uma visão judaica do cumprimento das profecias para Israel.

Ou seja, para compreender o livro ele precisa estar familiarizado com os textos proféticos
do Antigo Testamento, pois o livro do Apocalipse é uma versão expandida destas
profecias.

As ferramentas, chaves e técnicas interpretativas do Método Judaico irão te proporcionar o


necessário para interpretar o livro. Porém este resumo profético irá te trazer profundidade e
uma compreensão de tudo. Este resumo profético irá funcionar como um nó que amarra
todas as pontas soltas.

Ele irá te trazer clareza no emprego das chaves interpretativas e do Raio x.


Cristo é o personagem central da Bíblia.

"Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito da


profecia."

Apocalipse 19:10

"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida


eterna, e são elas que de mim
testificam;"

João 5:39

Cristo é o personagem central da Bíblia.


Ninguém entenderá a Bíblia se não puder entender tudo o
que envolve a pessoa de Cristo e as duas fases do seu
ministério.

Também é fundamental entender o papel da nação de Israel


no cumprimento das profecias. Portanto, nas próximas
páginas deste guia você conhecerá as duas fases do
ministério de Jesus e também o plano profético de Deus
com Israel.
A queda do homem e suas consequências.

1-Morte (física e espiritual)

O homem morreu espiritualmente ao comer do fruto, isso


significa que ele se separou de Deus. Em consequência desta
separação de Deus, e da morte espiritual o homem agora
passou a morrer também fisicamente.

2 -Perda da autoridade (A autoridade foi entregue a satanás)


Satanás agora passa a ser o deus deste século (mundo)

2 Coríntios 4:4 "nos quais o deus deste século cegou os


entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a
luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus."

Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória


destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu
quiser.

Lucas 4:6
3 -A criação foi afetada

Espinhos, cardos e abrolhos


Animais = carnívoros
Desequilíbrio nas forças da natureza (furacões, tufões, terremotos, tsunames , vulcões etc...

Degradação do planeta
O planeta se volta contra o homem para puni-lo por ele ter pecado.
Um homem causou todos esses problemas( Adão ).

Deus envia outro homem para resolvê-los ( Cristo ).

Romanos 5:17-19

“Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que
recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus
Cristo”. 18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens
para condenação,assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os
homens para justificação e vida. 19 Porque, assim como pela desobediência de um só
homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos
serão constituídos justos.”
,Para resolver cada uma dessas consequências da
queda, Deus promete enviar Cristo, o governante
perfeito. Deus anuncia o seu plano imediatamente após
a queda.

"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua


descendência e o seu descendente. Este te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."

Gênesis 3:15

Aqui está a primeira inferência bíblica a Cristo.


Cristo é a semente da mulher que iria tomar a
autoridade concedida a satanás pelo homem, e iria
reverter todas as outras consequências da queda.
Para Cristo nascer Deus precisaria escolher uma
linhagem, e essa linhagem deveria vir de um homem
que demonstrasse fidelidade em uma aliança feita com
Deus. Deus encontra em Abraão esse homem, e lhe faz
promessas.

"de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te


engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os
que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra."

Gênesis 12:2,3

Deus faz a promessa de uma terra, para ele e para a


sua descendência. ( Ele tomará posse da terra quando
ressuscitar dos mortos, durante o reinado de Cristo ).

"Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e


tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no
reino dos céus."
Mateus 8:11
Deus promete a Abraão um descendente. (Isaque)

Deus diz a ele que todas as nações da terra seriam


abençoadas nele. ( Essa promessa se cumpre por meio
de Cristo )

Ao longo do tempo Deus foi afunilando até chegar na


família que nasceria o Cristo.
As duas fases do ministério de Jesus.

Cristo é da descendência de Abraão conforme a promessa, e a sua obra tem duas fases.

Primeira fase

Redenção da humanidade caída através da sua morte sacrificial.

Essa fase foi cumprida satisfatoriamente em sua primeira vinda. Hoje quem crê em Jesus
recebe a salvação pela fé e remissão dos pecados. Cristo cumpre a sua primeira fase e nos
deixa aos cuidados do Espírito santo.

"Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não
virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei."

João 16:7
Hoje estamos debaixo do ministério do Espírito.

"E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de
os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto,
ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito!"

2 Coríntios 3:7,8

Portanto Jesus cumpriu a sua primeira fase do ministério e nos entregou aos cuidados do
Espírito Santo.

Segunda fase

A segunda fase do ministério de Jesus diz respeito ao Reino.

Está profetizado que Cristo iria reinar à partir de Jerusalém, e seu reinado jamais teria fim.
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo
está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre
o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar
mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo
do Senhor dos Exércitos fará isto."

Isaías 9:6,7

Israel e as nações da terra iriam experimentar um tempo de paz,


saúde plena e prosperidade sem igual sobre o governo do
messias.

Não haveria mais guerras, morte, ou choro. Fauna e flora seriam


restauradas, Cristo reverteria tudo o que Adão causou com a
queda.

Essa segunda fase do ministério de Jesus ainda não se cumpriu,


pois Cristo foi impedido de reinar, por conta da rejeição dos
judeus ao seu ministério.
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam."

João 1:11

A segunda fase do ministério de Jesus será cumprida por


ocasião da sua segunda vinda, quando os judeus após
sofrerem os horrores da tribulação, reconhecerão que
mataram o messias. Como diz o profeta Zacarias.

"E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém


derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para
aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem
pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora
amargamente pelo primogênito. Naquele dia, será grande o
pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no
vale de Megido. A terra pranteará, cada família à parte; a
família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; a
família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte;a
família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a
família dos simeítas à parte, e suas mulheres à parte.Todas as
mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte."

Zacarias 12:10-14
A nação de Israel no plano profético.

É muito comum por sermos Igreja pensar que substituímos


Israel no plano profético de Deus.

Na verdade existe todo um plano profético que precisa


acontecer, de acordo com o que foi profetizado.

Neste plano profético Israel é o centro.

Com a chegada da nova aliança e com a clareza dos textos do


Novo Testamento, muitos tem desprezado os profetas do
Antigo Testamento.

Mas ao longo do estudo você irá constatar que existem


centenas de profecias que precisam se cumprir para o povo
judeu, e para cidade de Jerusalém.

E não posso acreditar que porque a Igreja chegou que Deus


não iria cumprir o que disse ao povo judeu.
Faremos agora uma síntese das principais profecias do Antigo
Testamento. Vamos começar com o livro de Daniel.

O livro de Daniel

O livro de Daniel foi escrito por ocasião do cativeiro Babilônico


que ocorreu no século VI antes de Cristo.

O rei Nabucodonosor invadiu Jerusalém e levou cativo o povo


para a Babilônia, e durante 70 anos o povo ficou cativo na
cidade. Daniel estava entre os exilados e assim como o
restante dos judeus ansiavam por libertação dos seus
opressores.

A maior parte do conteúdo de Daniel tem a ver com a


resposta de Deus ao anseio de libertação que o povo judeu
tinha dos seus inimigos.
Não foi fácil para nenhum judeu aceitar o fato de serem expulsos da terra que Deus dera
a eles.

O povo do cativeiro babilônico olhava para trás e via registrado em suas literaturas, os
feitos poderosos de um Deus que expulsara 32 povos da terra de Canaan com poderes
miraculosos para colocá-los na terra.

Olhando para trás eles viam Abraão, Isaque, Jacó, José, Sansão, Jefté, Davi, Salomão e
outros mais. Apenas uma imagem e um sentimento repousava no coração de todo
Israelita. Nós somos uma nação imbatível e abençoada por Deus.

Olhando para a frente, ou seja, para o futuro, haviam promessas ainda maiores que
colocariam Israel e Jerusalém no topo do mundo. Isso aconteceria quando o messias
que é o centro das profecias chegasse.

Portanto, diante do que até então eles haviam experimentado e de tais promessas
futuras. O judeu andava de peito estufado sabendo que se as coisas estavam boas,
com a chegada do messias as coisas iriam melhorar ainda mais. Acontece que Israel
quebrou por várias vezes as alianças que Deus havia feito com eles e por quebrarem
as alianças eles acabaram recebendo o juízo divino e indo para o cativeiro babilônico.
Agora os judeus estavam vivendo no cativeiro, seu orgulho estava no chão. O povo que
antes era imbatível estava vivendo novamente como escravo, a terra onde eles moravam
viraram um lugar desolado. O templo de Salomão que era o orgulho maior da nação
estava destruído, os utensílios do templo o rei Nabucodonosor levou para a Babilônia.

Tudo o que eles haviam conquistado até ali desaparecera como uma neblina soprada por
um forte vento.

Eles olhavam para os textos bíblicos e liam que no futuro os dias iriam melhorar, que no
futuro o messias viria, que Israel seria restaurado.

Os anos no cativeiro foram passando e algumas perguntas começaram a martelar na


cabeça de cada Israelita.

Quando o messias que traria todas as mudanças viria?

Quando a o povo a cidade de Jerusalém e o templo ficaria livre da opressão dos seus
inimigos?

Quando Israel voltaria a brilhar?


Este anseio por libertação e por respostas divinas sobre o futuro da nação e o
cumprimento das profecias começaram a produzir um tipo de urgência por uma resposta
divina.

Deus levantou alguns profetas neste período para trazer para o povo uma mensagem de
esperança, e para mostrar com mais propriedade aquilo que seria o destino da nação.
Entre os profetas que Deus levantou neste período estão:

Habacuque, Ezequiel, Jeremias, Obadias, Daniel, Zacarias e Ageu.

Dentre todos os profetas citados acima aquele que trouxe mais profecias referente a ao
anseio de libertação foi o profeta Daniel.

Farei um resumo a partir de agora das principais profecias de Daniel.


Antes de tudo é muito importante que você saiba que
tudo o que Deus irá mostrar para Daniel tem a ver com a
resposta divina a este anseio de libertação do povo e da
cidade de Jerusalém de seus opressores e da vinda do
messias.

Logo no capítulo 2 Daniel interpreta o sonho de


Nabucodonosor a interpretação deste sonho nos traz
informações valiosas.

O rei tem a visão em um sonho de uma estátua, e essa


estátua possui cabeça de ouro, peitos e braços de prata,
ventre e quadris de bronze, perna de ferro e pés
misturados com barro e ferro. Em seguida é cortada uma
pedra sem o auxílio de mãos que bate nos pés da
estátua esmiuça tudo e aquela estátua imponente se
desfaz e não há mais vestígio dela.

A pedra se transforma em uma montanha e enche toda a


terra.
Antes de tudo é bom olharmos a interpretação do sonho
tendo o viés apresentado na nossa introdução.

O viés de que eles ansiavam por ser ver livre dos seus
opressores, estavam desejosos pelo levantamento da
nação, pela destruição dos inimigos, e pela vinda do rei
prometido, que traria toda essa mudança.

Observe a interpretação do sonho de Daniel e


acompanhe a todas essas expectativas dos judeus
sendo respondidas.

Nabucodonosor é a cabeça de ouro = Império


Babilônico.

Peitos e braços de prata = Império Medo-persa

Ventre e quadris de bronze = Império Grego

Pernas de ferro = Império Romano

Pés de barro e ferro= Império do anticristo


Pedra cortada sem o auxílio de mãos = Cristo, que
destrói todos os reinos anteriores e estabelece o seu
reino.

Deus começa a responder a Daniel e ao seu povo de


forma clara, ele mostra que:

Cinco impérios iriam dominar a Israel, ou seja, eles


estavam na cabeça de ouro (Babilônia), e os anseios da
nação não seriam atendidos logo.

Ainda viriam mais 4 impérios: medo-persa, grego,


romano e por último o império do anticristo.

Quando o anticristo estivesse no poder, então a pedra


que é Cristo viria e destruiria a todos os opressores da
nação.
A pedra que é Cristo, iria destruir todos os impérios que
dominaram Israel. E depois iria se fazer uma grande
montanha e encher toda a terra.

Montanha e monte na Bíblia simboliza reinado e


governo.

Portanto Daniel capítulo 2, responde ao anseio do povo


que tinha a expectativa da volta do messias, da
destruição dos inimigos e também do levantamento da
nação.

À partir de agora você verá com frequência em nossa


exposição os profetas falando sobre isso com
insistência.

Essa mesma composição de ideias é repetida


novamente no capítulo 7 de Daniel.
Daniel no capítulo 7 tem uma visão, onde ele vê 4
animais, essa visão tem relação com o capítulo 2, com a
estátua vista por Nabucodonosor.

Ele vê um leão, com duas asas = cabeça de ouro


( Império Babilônico)

Um urso com 3 costelas na boca = Peitos e braços de


prata (Império Medo-persa)

Um leopardo com 4 cabeças e 4 asas = Ventre e quadris


de bronze ( Império Grego )

O quarto Animal = Pernas de ferro ( Império Romano )

A cabeça do animal com dez chifres = Pés misturados


barro e ferro ( Império do anticristo )
No capítulo 7 é mostrado que o messias desce do céu,
para por fim ao quarto animal e destruir também os
demais animais e estabelecer o seu reino que durará
para sempre

Deus mais uma vez está respondendo aos anseios do


povo que questionavam sobre:

Quando o messias que traria todas as mudanças viria?

Quando o povo a cidade de Jerusalém e o templo ficaria


livre da opressão dos seus inimigos?

Quando Israel voltaria a brilhar?


Essas palavras registradas em Daniel 7 somadas com
aquilo que foi mostrado no capítulo 2. Mostra a
destruição dos inimigos a redenção da nação e o reinado
do messias.

"Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino


na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e
devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em
pedaços.
Os dez chifres correspondem a dez reis que se
levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se
levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e
abaterá a três reis.
Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos
do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os
santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo,
dois tempos e metade de um tempo.
Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o
domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.
O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo
de todo o céu serão dados ao povo dos santos do
Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os
domínios o servirão e lhe obedecerão."
A profecia das setenta semanas

Quando chegamos no capítulo 9 de Daniel nos deparamos com a profecia mais


importante para a escatologia. A profecia das setenta semanas.

Nesta profecia em 4 versículos estão condensados um longo período de tempo que vai
desde a ordem para edificar Jerusalém, passa pela rejeição de Jesus e vai até a
destruição do Anticristo.
Mas vale a pena salientar que essa profecia foi liberada para responder aqueles anseios
da nação israelita que estamos tratando com insistência neste resumo profético. Veja
que a oração de Daniel logo abaixo reflete muito bem a estes anseios.

"Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu
santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor.Inclina, ó Deus meu,
os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é
chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face
fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.Ó Senhor, ouve; ó Senhor,
perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu;
porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome."

Daniel 9:17-19
A resposta de Deus a Daniel é em cima da oração que ele estava fazendo e tinha a ver
com a libertação do povo judeu e com a desolação de jerusalém.

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para
trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao
Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as
circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de
um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e
até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.
Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que
a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele."

Daniel 9:24-27
Deus mostra nesta profecia, quando o templo seria reconstruído, mostra o aparecimento
do anticristo, também mostra o tempo exato em que o povo judeu seria livre da opressão
e o tempo exato em que o messias iria por fim ao sofrimento da nação que seria
castigada por cinco impérios.

Como esta profecia das setenta semanas é a mais importante para a escatologia é
mandatório que você acesse agora o conteúdo extra logo abaixo e saiba tudo sobre ela,
antes de prosseguir com este estudo.
Deus mostra nesta profecia, quando o templo seria reconstruído, mostra o aparecimento
do anticristo, também mostra o tempo exato em que o povo judeu seria livre da opressão
e o tempo exato em que o messias iria por fim ao sofrimento da nação que seria
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Veremos mais dois profetas que falaram sobre o sofrimento da nação judaica e também
da sua redenção através da vinda do messias.

O profeta Zacarias

Profeta Zacarias foi um homem levantado por Deus para profetizar no tempo da
restauração do povo de Israel do exílio na Babilônia. O nome Zacarias significa “Yahweh
lembra-se”, ou seja, “aquele de quem Deus se lembra”.

O profeta Zacarias nasceu em uma família de sacerdotes ainda na Babilônia.

Sua família estava entre os quase cinquenta mil exilados que retornaram do exílio
babilônico após a permissão do rei Ciro.

Zacarias era filho de Baraquias, porém em algumas passagens bíblicas ele


aparece como sendo filho de Ido, que na verdade era seu avô (Zc 1:11; cf.
Ed 5:1; 6:14; Ne 12:4,16). Para explicar isto, acreditasse que seja possível
que seu pai, Baraquias, tenha morrido quando Zacarias ainda era muito
jovem, ou seu avô, Ido, talvez tenha sido uma figura mais proeminente que
seu pai.
A mensagem profética, tanto do profeta Zacarias quanto o
profeta Ageu, era de encorajamento acerca da obra de
restauração do Templo, além de revelações sobre as bênçãos
futuras da nação.

Como vimos no livro do profeta Daniel, a nação seria restaurada,


porém ainda restava um tempo de sofrimento, pois alguns
inimigos opressores se levantariam contra eles no futuro e o pior
de todos os inimigos ainda estava por vir.

Este inimigo terrível é o anticristo.

Zacarias mostra a conversão do povo judeu no final da tribulação


reconhecendo que transpassaram o messias, mostra o último
cerco a Jerusalém e o momento exato em que Cristo pisa no
monte das Oliveiras para por em liberdade o seu povo destruindo
os exércitos do anticristo.
"Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra
Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas,
e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro,
mas o restante do povo não será expulso da cidade.
Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como
pelejou no dia da batalha.
Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras,
que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente,
e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará
para o norte, e a outra metade, para o sul."

Zacarias 14:2-4
Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor e
também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém.

"Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a
erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.
Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de espanto a todos os cavalos e de loucura os que os
montam; sobre a casa de Judá abrirei os olhos e ferirei de cegueira a todos os cavalos
dos povos."

Zacarias 12:2-4

Essa profecia se cumprirá na segunda metade da tribulação, quando o exército liderado


pelo anticristo invadirá Jerusalém e o Senhor durante a sua segunda vinda pelejará
contra eles.
"Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.
E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça
e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem
pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo
primogênito."

Zacarias 12:9,10
O texto que você acabou de ler mostra que no final da tribulação toda a nação de Israel
irá se converter e reconhecerão que transpassaram o messias.

O capítulo 13 confirma a conversão da nação judaica.

"Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de
Jerusalém, para remover o pecado e a impureza."

Zacarias 13:1

A esta altura você já deve ter percebido que a Igreja não é o Israel de Deus, ou seja, a
Igreja não substitui Israel no plano profético pois percebe-se claramente que Deus tem
um plano profético separado para o povo judeu. E que esse plano se desenrola durante o
período da tribulação e envolve o cerco à cidade de Jerusalém, envolve o anticristo, e
envolve Cristo voltando para socorrer o seu povo após o seu arrependimento.

Portanto não é destino da Igreja se encontrar com o anticristo e sim do povo judeu.
Zacarias nos mostra que Deus tem um plano bem
definido para o seu povo e que eles se encontrarão
com o anticristo que tentará destrui-los e que também
mediante arrependimento eles serão socorridos pelo
messias que eles rejeitaram.

Cristo é aquele que descerá no monte das oliveiras no


mesmo lugar em que foi assunto aos céus. Ele voltará
para pelejar por Israel e fazer do seu povo uma nação
livre para sempre, Israel será uma nação absoluta em
toda a terra sob o governo do messias.

Me parece que a Igreja por falta de conhecimento


pensa que o plano de Deus termina nela com o
arrebatamento. Mas vemos que é um engano pensar
assim. Pois o arrebatamento ocorre apenas para pôr a
Igreja a salvo da tribulação. Depois disso Deus volta a
tratar com o seu povo para se cumprir tudo o que
temos estudado neste resumo profético.
As profecias de Ezequiel

O profeta Ezequiel foi um dos homens levantados por Deus para profetizar na época do
exílio do povo judeu na Babilônia. O nome Ezequiel significa “Deus fortalece” ou “Deus torna
forte”, do hebraico Yeheze’l.

Ezequiel foi levado cativo para o exílio na Babilônia em 597 a.C., logo após o rei
Nabucodonosor ter tomado Jerusalém. Na ocasião foram deportados o rei de Judá,
Joaquim, toda a família real, os artesãos habilidosos e os cidadãos mais proeminentes,
incluindo o profeta Daniel. (2 Reis 24:14).

O grande propósito da mensagem profética do profeta Ezequiel era incentivar os judeus


exilados a permanecerem fiéis a Deus, confiando que Ele iria cumprir a sua promessa de
restauração. Deus haveria de conduzir a nação novamente à sua terra de origem. Ele traria
novamente os tempos de glória para o templo e para Jerusalém. Isso aconteceria após o
fim do julgamento divino sobre os judeus. Esse julgamento era evidenciado pelas provações
e destruições advindas pela ocasião do cativeiro e as que viriam no futuro.
O profeta Ezequiel anunciou o julgamento sobre Jerusalém (Ezequiel 1-24). Ele também
anunciou o julgamento divino sobre as nações estrangeiras (Ezequiel 25-32). Também
profetizou, após a destruição da cidade, a restauração e a misericórdia para o futuro. As
profecias de Ezequiel sobre a restauração da casa de Davi são cumpridas plenamente
apenas em Cristo (Ezequiel 37:24).

Ezequiel também profetizou sobre o culto no milênio, a restauração do templo no milênio e


a divisão das terras de Israel para as doze tribos, por ocasião da vinda do messias.

Ezequiel profetizou no capítulo 37 sobre o vale de ossos secos, na visão do profeta ele via
um vale cheio de ossos secos e espalhados. Ele profetizou e foi unido cada osso ao seu
osso e cresceu carne, tendões e peles e faltou o fôlego de vida. O fôlego de vida ocorre no
final da visão onde se levanta um exército grande em extremo.

O texto também diz que os ossos são toda a casa de Israel, que durante um determinado
período da história estaria espalhados pelo mundo, mas que iriam se juntar novamente.
Essa profecia se cumpriu quase que completamente, pois os judeus ficaram espalhados
pelo mundo desde o ano 70 D.C. até 1948 quando a ONU devolveu as terras que pertenciam
a Israel e os judeus do mundo inteiro começaram a voltar para a sua terra (se unindo cada
osso ao seu osso).
Essa profecia nos mostra que a nação esteve morta
durante 1878 anos. Do ano 70 D.C. até 1948, nenhuma
nação sobreviveria tanto tempo sem pátria. A menos que
fosse plano de Deus eles voltarem a ser uma nação.

Deus de forma milagrosa trouxe de volta os judeus que


estiveram espalhados pelo mundo por quase 2000 anos.

Na visão de Ezequiel os ossos se juntam e depois cresce


carne, tendões e peles. O crescimento dos tendões, carnes,
e peles dessa parte da profecia se cumpriu quando em
1967 Israel resistiu ao ataque de várias nações árabes em
um período conhecido na história como guerra dos seis
dias.

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel,


com o apoio dos EUA, e a frente árabe, formada por
Jordânia, Egito, e Síria, apoiados pelo Kuwait, Iraque,
Argélia, Arábia Saudita, e Sudão.
De forma milagrosa Israel que tinha voltado a ser nação a
menos de 20 anos resistiu à coligação árabe e os derrotou.
Ao fim da guerra dos seis dias Israel foi considerado uma
nação estado.

No cenário atual de acordo com a profecia de Ezequiel, já


se uniu cada osso ao seu osso, já cresceu tendões, carnes,
e peles.

Israel continua morto espiritualmente falando, pois para


nascerem de novo eles precisam reconhecer a Cristo
como Senhor e salvador.

"Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei


entrar o espírito em vós, e vivereis.Porei tendões sobre vós,
farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e
porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o
Senhor."

Ezequiel 37:5,6
Nós sabemos que a conversão da nação se dará no final
da tribulação, onde essa profecia se cumprirá em sua
totalidade.

Mais uma vez no final desta profecia nós veremos Deus


responder a ânsia do povo em querer saber quando a
opressão iria terminar, e quando a nação de Israel seria
levantada novamente.

"Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a


casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se
secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo
exterminados.
Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus:
Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó
povo meu, e vos trarei à terra de Israel.Sabereis que eu sou
o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair
dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e
vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis
que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor."

Ezequiel 37:11-14
O discurso de Jesus no Monte das Oliveiras

Um dos textos bíblicos mais importantes para a o estudo


das profecias é o discurso de Jesus no monte das
Oliveiras. Esse discurso é exposto em Mc 13, Lc 21, e Mt
24.

Este discurso feito por Jesus é um resumo profético de


tudo o que vimos até aqui.

Ele vai mostrar a destruição do templo e a dispersão dos


judeus no ano 70.

"Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas


as nações; e, até que os tempos dos gentios se
completem, Jerusalém será pisada por eles."

Lucas 21:24
Jesus citou também o cerco a Jerusalém pelos exércitos do
anticristo e também sobre o anticristo ter interesse no templo.

Ele falou também do desejo do anticristo em exterminar os


judeus. E aconselhou os judeus fugirem quando isso
acontecesse.

"Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou


o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),então, os
que estiverem na Judeia fujam para os montes; quem estiver
sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;
e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua
capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem
naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no
inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não
tem havido e nem haverá jamais.Não tivessem aqueles dias
sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos
escolhidos, tais dias serão abreviados."

Mateus 24:15-22
Por último Jesus falou sobre a sua vinda que poria fim a
todo o sofrimento dos judeus, e restauraria a sorte da nação
de Israel.

"Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol


escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas
cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão
abalados.
Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos
os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória."

Mateus 24:29,30

Se fizermos uma retrospectiva do que vimos até aqui nos


profetas e compararmos com o que Jesus disse em seu
discurso no monte das Oliveiras nós veremos a repetição
das seguintes ideias.
1-Israel que ansiava pela libertação da tirania das nações opressoras não ficaria livr
logo.

2-Seriam dispersos pelo mundo durante 1878 anos, e após esse período voltaria a s
terra novamente.

3-Iria ainda passar por uma última opressão que seria promovida pelo anticristo.

4-Jerusalém seria cercada pelos exércitos do anticristo a fim de destruir os judeus p


sempre.

5-Quando estivessem em aperto iriam reconhecer que mataram o messias e iriam s


arrepender por terem transpassado o seu salvador.
6-Jesus volta no final da tribulação para por fim a opressão dos gentios sobre
a nação de Israel.

7-Jesus destrói o anticristo e seu exército e reina por mil anos.

8-Israel para sempre é livre dos seus opressores e passa a experimentar a paz
e a prosperidade prometida por Deus e que sempre ansiou.

9-Cristo reina a partir de Jerusalém e Israel passa a ser o cabeça das nações.
Você deve estar se perguntando:

O que esse resumo profético tem a ver com o livro do


Apocalipse?

Quando estudarmos o livro do Apocalipse você irá constatar que


o que vimos nos profetas de forma resumida é o que acontece
no livro do Apocalipse do capítulo 6 ao capítulo 20 do livro.

A complexidade do livro se encontra nestes 15 capítulos. E


normalmente 99% dos intérpretes se perdem por não
enxergarem que o livro do Apocalipse é uma versão expandida
de tudo o que vimos aqui neste resumo profético.

O livro do Apocalipse cita 20 dos 39 livros do Antigo Testamento


e possui 245 citações ou alusões ao Antigo Testamento. É um
livro que qualquer judeu conhecedor das profecias entenderia,
pois o Apocalipse está o saturado delas.
Na verdade ele faz muito sentido para os judeus que
esperam a manifestação do reino através de um governo
messiânico. Mas para a Igreja é um livro não compreendido,
pois esta desconhece completamente as profecias
messiânicas.

A Igreja ainda pensa que vai morar no céu eternamente, pois


não consegue entender que o ministério de Jesus tem duas
fases. A primeira é de redenção e a segunda é a de
implantação do seu reino por ocasião da sua segunda
vinda. para cumprir todas as profecias do Antigo
Testamento.

Pois se vamos viver para sempre no céu como muitos por


falta de conhecimento pensam então todos esses profetas
do Antigo Testamento são mentirosos e não existe um
plano específico para Israel que foi mostrado por todos eles.

A terra termina em ruínas e satanás e o anticristo saem


vitoriosos. Mas ainda bem que quem pensa assim está
enganado. Pois o livro do Apocalipse repete a mesma ideia
concebida pelos profetas e mostram o mesmo desfecho
como veremos em breve no livro.
APLICAÇÃO DO MAPA NO
LIVRO DO APOCALIPSE
A nossa proposta com este mapa não é interpretar todo o livro do Apocalipse, capítulo por
capítulo e versículo por versículo. Isso nós fazemos no curso o Apocalipse em Poucas
Horas, no Guia Definitivo para Interpretar o Livro do Apocalipse, bem como no Curso
Avançado de Escatologia.

A nossa proposta aqui é te dar uma visão geral de como as chaves e técnicas do método
judaico de interpretação funcionam na interpretação do livro.
No curso o Apocalipse em poucas horas.
Primeiro estudamos todo o conteúdo contidos na abertura do

Depois estudamos todo o conteúdo contido no tocar das trom

Em seguida estudamos todo o conteúdo, contido no derrama


Os profetas do Antigo Testamento viam a transição
das eras desta mesma forma.

Os escritores do Novo Testamento viam também


assim.

E o autor do livro do Apocalipse escreveu o livro


com este mesmo arcabouço profético.

A chave judaica das eras é eficiente para transmitir


um pouco da maneira que os judeus viam o
cumprimento das profecias.
Com essa chave vai ser possível apontar no livro do
Apocalipse as profecias se cumprindo para estes
três povos, em tempo, lugar e de forma distinta.

Vai ser possível, por exemplo, apontar qual povo


será o protagonista na tribulação.

E qual destes três povos não vai passar pela


tribulação.
No livro do Apocalipse é possível ver os judeus ocupando
quase todos os capítulos do conteúdo dos parênteses,
que é o período da tribulação.

O Apocalipse faz menção a eles a cidade de Jerusalém e


a outros lugares em Israel direta e indiretamente nos
capítulos 7, 10, 11,12,13,14,16,17,18.

Dos 9 parênteses abertos apenas o capítulo 10 não faz


menção a Israel.

Fica bem claro para nós que Israel voltou a ter prioridade
de salvação no livro do Apocalipse durante a tribulação
que vai do capítulo 6 ao 18.
A chave da prioridade profética nos abre os olhos para 3
realidades no livro

1º Israel é o protagonista na tribulação ocupando cerca


de 60% do conteúdo dos parênteses.

2º Deus está usando a tribulação para provocar a


conversão nacional.

3º É Israel que atravessa a tribulação e não a Igreja.


O Raio x do livro é uma análise feita com os três grandes
quadros proféticos da Bíblia.

Nestes 3 grandes quadros estão condensados o maior


número de profecias.

São eles:

O livro de Daniel, o sermão profético de Jesus no monte


das oliveiras e o livro do Apocalipse.

O exame consiste em cruzar as informações dos


principais acontecimentos proféticos.

Nestes 3 grandes quadros.


Ao final do exame fica bem claro que o que foi visto no
livro de Daniel e no sermão profético de Jesus no monte
das oliveiras se cumpre no livro do Apocalipse do capítulo
6 ao 19.

No exame fica confirmado que o livro do apocalipse é


uma versão expandida de várias profecias que foram
dadas antes.

Esse exame é tão surpreendente que aumenta a


compreensão do livro de forma extraordinária e também
confirma que toda a interpretação feita está correta.

Ou seja ele garante a assertividade da nossa


interpretação em 100%.
Este mapa interpretativo foi desenvolvido para conduzir o aluno na interpretação do livro
do Apocalipse.

Ele é parte integrante, do material de apoio fornecido pelo curso avançado de escatologia
2.0 e também, é uma das ferramentas do método judaico de interpretação.

Sendo proibida a sua comercialização ou compartilhamento total ou parcial sem a


autorização de seus idealizadores.

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Contato: antoniorjpe@hotmail.com
(84) 99900-1873

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