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Apresenta:

UM DETETIVE
INVESTIGA A
BÍBLIA
PARTE 2

O MISTÉRIO DA LINHAGEM
AMALDIÇOADA
ELABORADO POR:
MOACIR R. S. JUNIOR – IGARAPÉ GRANDE - MA
“É impossível que Deus minta”
(Hebreus 6:18).

"Deus, que não pode mentir" (Tito 1:2).

“[Deus] de maneira nenhuma pode negar


- se a si mesmo" (2 Timóteo 2:13).

“... a tua Palavra é a verdade" (João 17:17).

"A soma da tua palavra é a verdade"


(SaImo 119:160).
Se Deus não se contradiz (2 Tm 2.13), e a
Bíblia é a Palavra Dele (Jo 17.17),
conseqüentemente, ela também não
pode se contradizer.
Antes de decretar que
encontrou um ERRO
na Bíblia, o Detetive
Bíblico raciocina como
Santo Agostinho, que
disse:

“Num caso desse,


deve haver erro do
copista, tradução mal
feita do original, ou
então sou eu mesmo
que não consigo
entender...”
Antes de afirmar que a Bíblia se
contradiz, considere as seguintes
possibilidades:

1 – Erro do copista
2 – Tradução mal feita
3 – Grafia inexata
4 – Interpretação forçada
5 – Má compreensão de quem estuda
6 – Falsa aplicação quanto aos sentidos
do texto
Os 17 erros mais
comuns que os
céticos costumam
cometer quando
criticam a Bíblia

A lista a seguir foi transcrita e adaptada do livro “Manual popular de


dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia”, de Norman Geisler e
Thomas Howe (Editora Mundo Cristão).
Assumir que aquilo
que não foi
explicado seja
inexplicável.

Nenhum cientista verdadeiro desiste de seu trabalho, em


desespero, simplesmente porque não consegue explicar um
dado fenômeno. Ele continua a fazer pesquisas com a
confiante expectativa de encontrar uma resposta.
Durante séculos os céticos afirmaram que a
Bíblia mentia ao falar dos hititas, pois ninguém
havia encontrado vestígios deles.
Porém, certo dia, a pá do arqueólogo cavou no
lugar certo e hoje existe um museu inteiro na
Turquia dedicado aos hititas.
Presumir que a
Bíblia é culpada,
até prova em
contrário.

O senso comum nos diz que todos devem ser


considerados inocentes até prova em contrário. Por
que somente a Bíblia deve ser culpada até ser provada
inocente?
Nenhum cientista começa uma investigação
presumindo que está errado; ninguém presume
que os sinais de trânsito estão errados;
ninguém abre todas as embalagens de
alimentos, presumindo que os rótulos estejam
errados; ninguém presume que um remédio
está errado antes de tomá-lo; e ninguém
consulta um médico, presumindo que ele
esteja errado.
Confundir as
nossas falíveis
interpretações com
a infalível
revelação de Deus.

A Bíblia não pode estar errada, mas nós


podemos estar errados quanto a alguma coisa
dela. O significado da Bíblia nunca muda, mas
a nossa compreensão pode mudar.
Se parece haver uma contradição entre a Bíblia
e uma afirmação científica, não devemos nos
apressar, endeusando tal afirmação, pois a
história está cheia de declarações científicas
que o tempo tratou de provar que estavam
erradas.

Exemplos: O átomo “indivisível”, a


“eternidade” do Universo, a prática da sangria
como método de cura, etc.
Falhar na
compreensão do
contexto da
passagem.

Tirando um texto fora do contexto, podemos provar


qualquer coisa ou criar qualquer doutrina absurda.
Ignorar o contexto de um texto é um dos principais
erros dos críticos quando condenam a Bíblia.
Alguém pode afirmar que a Bíblia nega a
existência de Deus, quando diz no Salmo 14.1:
"Não há Deus”.

Entretanto, o contexto ensina claramente: "Diz


o insensato no seu coração: 'Não há
Deus'".
Deixar de interpretar
passagens difíceis à
luz das que são
claras

Se algo é ensinado de forma clara em muitas


passagens claras e parece haver uma
contradição com uma passagem obscura,
quem deve ser investigado melhor: os textos
claros ou os textos obscuros?
O apóstolo Paulo nos ensina (em muitos textos) que a
salvação é pela fé (Rm 4:5; Tt 3:5-7; Ef 2:8-9), porém
Tiago (num único texto) parece ensinar que a salvação
é pelas obras (Tg 2:14-26).
Neste caso, Tiago não deve ser interpretado de maneira
a contradizer Paulo. O apóstolo Paulo está falando da
justificação perante Deus (o que é pela fé somente), ao
passo que Tiago está se referindo à justificação
perante os homens (que não têm como ver a nossa fé,
mas somente as nossas obras).
Basear um ensino
numa passagem
obscura.

A regra prática na interpretação bíblica é: "as coisas


principais são as coisas claras, e as
coisas claras são as coisas principais". Se
algo for importante, isso será ensinado nas Escrituras
de forma bem clara, e, provavelmente, em mais de um
lugar.
Quando não temos certeza, então temos de ter
em mente algumas coisas. Primeiro, não
devemos construir uma doutrina com base
numa passagem obscura. Segundo, quando
uma dada passagem não está clara, não
devemos nunca supor que ela esteja ensinando
o contrário do que uma outra parte nos ensina
com muita clareza. Deus não comete erros na
sua Palavra; mas nós podemos cometer erros
ao tentarmos interpretá-la.
Muitas doutrinas falsas nasceram da
interpretação de uma passagem obscura.
“De outra maneira, que farão os que se
batizam pelos mortos? Se absolutamente
os mortos não ressuscitam, por que
então se batizam por eles?”
(1 Coríntios 15.29).

Há muitas controvérsias entre os teólogos e ninguém


tem plena certeza do que esse versículo quer dizer
exatamente. Apesar disso, os Mórmons se batizam
pelos mortos com base nessa obscura passagem
bíblica.
Esquecer-se de que a
Bíblia é um livro
humano, com
características
humanas.

Exceto pequenas seções, tal como os Dez Mandamentos,


que foram escritos "pelo dedo de Deus" (Êx 31:18), a Bíblia
não foi verbalmente ditada. Seus escritores não foram
secretários do Espírito Santo. Eles foram autores humanos,
que empregaram estilos literários próprios, com seu jeito de
ver as coisas. Esses autores humanos às vezes tomaram
informações de fontes humanas para o que escreveram (Js
10:13; At 17:28; 1 Co 15:33; Tt 1:12).
A Bíblia evidencia também estilos literários humanos
diferentes; da métrica melancólica de Lamentações até
a exaltada poesia de Isaías; da gramática elementar de
João ao complexo grego do livro de Hebreus. As
Escrituras manifestam ainda perspectivas humanas.
No Salmo 23, Davi falou do ponto de vista de um
pastor. Os livros de Reis foram escritos tendo uma
abordagem profética, e Crônicas, a partir de um ponto
de vista sacerdotal. Atos manifesta um enfoque
histórico, e 2 Timóteo, o coração de um pastor.
Assumir que um
relato parcial seja
um relato falso.

Ocasionalmente, a Bíblia expressa a mesma coisa de


diferentes modos, ou pelo menos de diferentes pontos
de vista, em tempos distintos. Portanto, a inspiração
não exclui diversidade de expressão. Cada um dos
quatro autores do Evangelho relata a mesma história
de uma maneira diferente, para um grupo diferente de
pessoas, e às vezes citam o mesmo incidente com
palavras diferentes.
A famosa confissão de Pedro nos Evangelhos:

Em Mateus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus


vivo" (16:16).

Em Marcos: "Tu és o Cristo" (8:29).

Em Lucas: "És o Cristo de Deus" (9:20).


Exigir que as citações
do Antigo Testamento
feitas no Novo
Testamento sejam
sempre exatas.

Os críticos com freqüência apontam para as variações


ocorridas quando o NT cita passagens do AT, como provas
de erro. Entretanto, se esquecem de que uma citação não
tem de ser uma repetição exata do que está escrito. Era
perfeitamente aceitável, tal como hoje, o estilo literário que
dá a essência de uma afirmação ou pensamento, sem que
se empregue precisamente as mesmas palavras. Um mesmo
significado pode ser transmitido sem o uso das mesmas
expressões verbais.
As variações que ocorrem nas citações de textos do AT
feitas no NT enquadram-se em diferentes categorias.
Às vezes é outra pessoa que está falando.
Por exemplo, Zacarias registra que o Senhor está
dizendo: "olharão para mim, a quem
traspassaram" (Zc 12:10).
Quando isto é citado no NT, é João - e não Deus - que
está falando: "verão aquele a quem
traspassaram" (Jo 19:37).
Outras vezes os escritores do NT citam apenas uma
parte do texto do AT.

Jesus fez isso quando esteve na sinagoga da cidade de


Nazaré (Lc 4:18-19 citando lsaías 61:1-2). De fato, ele
parou no meio de uma sentença. Se tivesse ido mais
além, Jesus não poderia ter dito o que disse em
seguida: "Hoje, se cumpriu a Escritura que
acabais de ouvir" (v. 21). É que, precisamente, a
continuação daquela frase - "e o dia da vingança do
nosso Deus" - é uma referência à sua Segunda Vinda.
Algumas vezes, o NT parafraseia ou resume um texto
do AT (por exemplo, Mt 2:6). Outras vezes, mistura dois
textos em um (Mt 27:9-10). Ocasionalmente, uma
verdade geral é mencionada sem a citação de um texto
específico. Por exemplo, Mateus diz que Jesus mudou-
se para Nazaré "para que se cumprisse o que fora dito,
por intermédio dos profetas: Ele será chamado
Nazareno" (Mt 2:23). Note que Mateus não cita um
determinado profeta, mas sim "profetas" em geral, de
modo que seria inútil insistir na procura de um
determinado texto do AT em que esta profecia fosse
encontrada.
Também há momentos em que o NT aplica um texto de
um modo diferente em relação ao AT.
Por exemplo, Oséias aplica "do Egito chamei o meu
filho" à nação messiânica e Mateus, ao produto
daquela nação, o Messias (Mt 2:15 e Os 11:1).
Em caso algum, porém, o NT interpreta de forma errada
ou não aplica corretamente o AT, nem ainda tira
qualquer conclusão do que não esteja presente
naquele texto. Em resumo, o NT não comete erros
quando cita o AT, como acontece quando os críticos
citam o NT.
Assumir que
diferentes narrações
(sobre o mesmo
acontecimento)
sejam falsas.

Pelo simples fato de duas ou mais


narrações do mesmo acontecimento
divergirem entre si, isso não significa
que elas sejam mutuamente exclusivas.
Mateus (28:5) diz que havia um anjo junto ao
túmulo de Jesus depois da ressurreição, ao
passo que João nos informa que havia dois
(20:12). Não há, porém, nenhuma contradição.
De fato, há uma infalível regra matemática que
facilmente explica este problema: onde quer
que haja dois, sempre há um - e nisso não
existe erro! Mateus não escreveu que havia
APENAS UM anjo.
Igualmente Mateus (27:5) nos informa que Judas
“retirou-se, e foi enforcar-se”. Mas Lucas diz que
Judas, "precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas
as suas entranhas se derramaram" (At 1:18). Uma vez
mais, estes dois relatos diferem entre si, mas não são
mutuamente exclusivos. Se Judas enforcou-se numa
árvore à beira de um penhasco, e se o seu corpo caiu
em pontudas rochas embaixo, então suas entranhas se
derramaram para fora, da maneira como tão bem Lucas
descreve.
Presumir que a
Bíblia aprova tudo
o que ela registra.

A inspiração está sobre toda a Bíblia de forma tão


completa e abrangente que ela registra com exatidão e
verdade até mesmo as mentiras e os erros dos que
pecaram. A verdade, na Bíblia, encontra-se no
que ela revela, não em tudo que ela registra.
A mentira de Abraão, o adultério de Davi, a
idolatria de Salomão, as mentiras de Satanás,
as rebeliões, idolatrias e prostituições de
Israel, etc.
Esquecer-se de que
a Bíblia faz uso de
uma linguagem
comum, não-
técnica.

Para que algo seja verdadeiro, não é necessário fazer


uso de uma linguagem erudita, técnica ou, assim
chamada, "científica". A Bíblia foi escrita para pessoas
comuns de todas as gerações, e, portanto, emprega a
linguagem comum, do dia-a-dia e não a científica.
Sabemos que a terra é redonda, mas mesmo
assim, falamos dos quatro pontos cardeais;
que ela gira em torno do sol, mas até os
meteorologistas de hoje mencionam todo dia
sobre a hora do "nascer" e do "pôr-do-sol".
Da mesma forma, para Josué e outros
personagens bíblicos, quem nasce e se move é
o sol e não a terra (Js 10.13; 1.15), e isso não
significa, necessariamente, que eles estejam
errados, mas que apenas usam a linguagem
comum, a mesma usada por todos.
Considerar que
números
arredondados
sejam errados.

É engraçado que todos costumamos arredondar os


números para facilitar uma informação e não somos
criticados. Se a Bíblia faz isso, é alvejada sem piedade.
Como ocorre no linguajar comum, a Bíblia também
(nem sempre) faz uso de números arredondados (1 Cr
19:18; 21:5).
Quando se referiu ao diâmetro como sendo cerca de um
terço da circunferência (em 1 Reis 7.23), isso era suficiente
para a construção do “mar de fundição” (2 Crônicas 4.2), na
medida de um antigo templo hebreu, embora esta precisão
não seja, hoje em dia, suficiente para os cálculos feitos por
um computador, num foguete moderno. Do ponto de vista
da sociedade tecnológica atual, pode ser impreciso tomar
como sendo três o que é na realidade 3,14159265... (o
famoso número PI), mas não temos de esperar precisão
científica numa era pré-cientifica. De fato, isso seria tão
anacrônico como usar um relógio de pulso numa peça de
Shakespeare.
Não observar que a
Bíblia faz uso de
diferentes recursos
literários.

Um livro inspirado não precisa ser composto em um


único estilo literário. Foram seres humanos que
escreveram os livros da Bíblia, e a linguagem humana
não se limita a uma única forma de expressão. Assim,
não há por que supor que apenas uma forma de
expressão ou apenas um gênero literário tenha de ter
sido empregado num livro divinamente inspirado.
A Bíblia revela muitos recursos literários. Vários de
seus livros acham-se inteiramente escritos no estilo
poético (por exemplo, Jó, Salmos, Provérbios). Os
Evangelhos sinóticos estão cheios de parábolas. Em
Gálatas 4, Paulo faz uso de uma alegoria. No NT
acham-se muitas metáforas (por exemplo, 2 Co 3:2-3,
Tg 3:6), e comparações (Mt 20:l; Tg 1:6); Jesus
empregou a sátira (Mt 19:24, 23:24). Figuras de
linguagem são comuns por toda a Bíblia.
Não constitui erro o autor bíblico fazer uso de uma
figura de linguagem, mas é errado tomar uma figura de
linguagem de forma literal.
Esquecer-se de que
somente o texto
original é isento de
erros, e não
qualquer cópia das
Escrituras.

Quando os críticos descobrem um genuíno erro numa


cópia (manuscrito) cometem outro erro fatal. Eles
assumem que o erro se encontra também no texto
original das Escrituras, no texto inspirado. Esquecem-
se de que Deus proferiu o texto original das Escrituras,
não as cópias. Portanto, somente o texto original é
isento de erros.
Embora as atuais cópias das Escrituras sejam muito
boas, elas também não estão isentas de erros. Por
exemplo, 2 Reis 8:26 dá a idade de Acazias como
sendo 22 anos, ao passo que 2 Crônicas 22:2 registra
42 anos. É fácil descobrir o erro.
Este segundo número não pode estar correto, pois
implicaria que Acazias fosse mais velho do que o seu
pai. Obviamente, trata-se de um erro do copista, mas
isso não altera a inerrância do original.
Algumas traduções bíblicas mais recentes não contém
esse erro.
1 – Os erros, muitas vezes encontrados, são apenas
nas cópias dos manuscritos, jamais nos originais.

2 - São erros de menor importância (geralmente em


nomes e em números), que não afetam nenhuma
doutrina da fé cristã.

3 – Esses erros dos copistas são relativamente em


pequenos números (e geralmente envolvendo nomes e
números, especialmente no Antigo Testamento).
4 – Geralmente, pelo contexto ou por outro texto das
Escrituras, podemos saber qual passagem incorre em
erro. Por exemplo, no caso citado anteriormente, a
idade certa de Acazias é 22, e não 42, já que ele não
poderia ser mais velho do que o seu pai.

5 - Finalmente, muito embora possa haver um erro de


cópia, ainda assim a mensagem inteira é perfeitamente
entendida.
Confundir
afirmações gerais
com universais.

Com freqüência, os críticos rapidamente chegam à


conclusão de que afirmações que não mencionam
restrições não admitem exceções. Apoderam-se de
versículos que apresentam verdades gerais e então
regozijam-se em mostrar óbvias exceções. Ao fazerem
isso, se esquecem de que tais afirmações foram feitas
com a intenção de serem generalizações.
AFIRMAÇÃO GERAL – "Quando os caminhos do
homem agradam ao Senhor, faz que até os seus
inimigos tenham paz com ele." (Provérbios 16.7)

EXCEÇÕES - Paulo era agradável ao Senhor, e seus


inimigos o apedrejaram (Atos 14:19). Jesus foi
agradável ao Senhor, e seus inimigos o crucificaram!
AFIRMAÇÃO GERAL – "Ensina a criança no
caminho em que deve andar, e ainda quando for velho
não se desviará dele". (Provérbios 22.6)

EXCEÇÕES - Entretanto, outras passagens da Bíblia


nos mostram que isto nem sempre é verdade. De fato,
alguns homens piedosos na Bíblia (inclusive Jó, Eli e
Davi) tiveram filhos perversos.
Os provérbios não têm a característica de ser garantias
absolutas. Antes, eles expressam verdades que nos
proporcionam conselhos e direções úteis, que cada um
de nós deve aplicar à própria vida, a cada dia.

Não passa de um simples erro presumir que a


sabedoria de um provérbio seja sempre uma verdade
universal. Os provérbios são sabedoria (direções
gerais), não leis (imperativos com aplicação universal).
Esquecer-se de que
uma revelação
posterior sobrepõe-
se a uma anterior.

Muitas vezes os críticos se esquecem do princípio da


revelação progressiva. Deus não revela tudo de uma
só vez, nem determina sempre as mesmas condições
para todos os períodos do tempo. Portanto, algumas de
suas revelações posteriores vão sobrepor-se a
afirmações anteriores.
Houve uma época em que Deus testou a humanidade
proibindo-a de comer o fruto de uma determinada
árvore no jardim do Éden (Gn 2:16-17). Este
mandamento não está mais em vigor, mas a revelação
posterior não contradiz a anterior. Também houve um
período (sob a lei de Moisés) em que Deus ordenou que
animais fossem sacrificados pelo pecado do povo.
Entretanto, desde que Cristo ofereceu o sacrifício
perfeito pelo pecado (Hb 10:11-14), esse mandamento
do AT não está mais em vigor. Aqui, de novo, não há
contradição entre o mandamento posterior e o anterior.
Quando Deus criou a raça humana, ele ordenou que se
comessem apenas frutas e vegetais (Gn 1:29). Mas
depois, quando as condições se alteraram após o
dilúvio, Deus ordenou que se comesse também carne
(Gn 9:3). Tal mudança de uma condição herbívora para
uma carnívora é uma revelação progressiva, mas não
se constitui uma contradição.
Tendo pleno
conhecimento
desses 17 erros
mais freqüentes
entre os críticos
das Sagradas
Escrituras, o
Detetive Bíblico
está preparado
para enfrentar
qualquer desafio na
aventura de
interpretar a
Palavra de Deus.
Ao investigar a
Genealogia de
Jesus, o
Detetive Bíblico
encontrou, pelo
menos, QUATRO
grandes
problemas.
SE JESUS É DESCENDENTE DE SALOMÃO,
POR MEIO DE JECONIAS, COMO PODE TER
DIREITO AO TRONO, SE DEUS JUROU QUE
NENHUM DESCENDENTE DE JECONIAS SE
SENTARIA NO TRONO DE DAVI?
“Vivo eu, diz o Senhor, ainda que
Conias, filho de Jeoiaquim, rei de
Judá, fosse o anel do selo da minha
mão direita, contudo eu dali te
arrancaria; (...)
Assim diz o Senhor: Escrevei que este
homem fica sem filhos, homem que
não prosperará nos seus dias; pois
nenhum da sua linhagem prosperará
para assentar-se sobre o trono de
Davi e reinar daqui em diante em
Judá.”
Jeremias 22.24,30.
APARENTEMENTE, A LINHAGEM DAVÍDICA,
INICIADA COM SALOMÃO, ESTAVA ACABADA E A
PROMESSA DE DEUS A DAVI, QUEBRADA.
O MESSIAS TERIA QUE VIR DA LINHAGEM REAL,
PORÉM AGORA HAVIA UMA “MALDIÇÃO DE
SANGUE” SOBRE AQUELA MESMA LINHAGEM
AO AMALDIÇOAR
JECONIAS, TERIA
DEUS SE
ESQUECIDO DA
PROMESSA FEITA A
DAVI?
Antes de nação
israelita ser levada
para Babilônia, e
enquanto um rei
ainda se assentava
no trono, Deus
anunciou, por meio
de Ezequiel, que iria
suspender o governo
davídico até que
"venha aquele a
quem pertence de
direito"
(Ezequiel 21.27).
“O cetro não se
arredará de Judá,
nem o bastão de
autoridade dentre
seus pés, até que
venha aquele a
quem pertence; e
a ele obedecerão
os povos.”
(Gênesis 49.10)
“E tu, ó profano e ímpio príncipe de
Israel, cujo dia é chegado no tempo da
punição final; assim diz o Senhor Deus:
Remove o diadema, e tira a coroa; esta
não será a mesma: exalta ao humilde, e
humilha ao soberbo. Ao revés, ao revés,
ao revés o porei; também o que é não
continuará assim, até que venha aquele a
quem pertence de direito; e lho darei a
ele.”
(Ezequiel 21.25-27)
MAS, O PROBLEMA PERMANECE – COMO
DEUS IRÁ CONTORNAR A “MALDIÇÃO DE
SANGUE”?
PARA TER O
DIREITO LEGAL
DE SE ASSENTAR
NO TRONO DE
DAVI, O MESSIAS
TEM QUE SER DA
CASA E DA
LINHAGEM DE
DAVI
SER DA CASA DE DAVI SIGNIFICA SER
UM DESCENDENTE BIOLÓGICO DE DAVI
SER DA
LINHAGEM DE
DAVI SIGNIFICA
PERTENCER À
LINHAGEM
REAL
O PROBLEMA É MAIS COMPLICADO DO
QUE SE IMAGINA

SÓ UM DESCENDENTE DE DAVI, POR MEIO DE


SALOMÃO, PODE SE ASSENTAR NO TRONO.
PORÉM, DEVIDO A MALDIÇÃO SOBRE
JECONIAS, NENHUM DESCENDENTE BIOLÓGICO
DE SALOMÃO PODERÁ SER REI
E AGORA,
QUEM É
DIGNO DE SE
ASSENTAR
NO TRONO
DE DAVI?
POR QUE AS DUAS GENEALOGIAS DE
JESUS REGISTRADAS NA BÍBLIA SE
CONTRADIZEM?
DE ACORDO COM O EVANGELISTA MATEUS,
JESUS É DESCENDENTE DE DAVI, POR MEIO
DO SEU FILHO SALOMÃO
“Livro da genealogia de Jesus Cristo,
filho de Davi, filho de Abraão.
(...) e a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi
nasceu Salomão ...
(...) a Eliúde nasceu Eleazar; a Eleazar
nasceu Matã; a Matã nasceu Jacó;
e a Jacó nasceu José, marido de Maria,
da qual nasceu JESUS, que se chama
Cristo.” (Mateus 1.1,6,15,16)
PORÉM, DE ACORDO COM O EVANGELISTA
LUCAS, JESUS É DESCENDENTE DE DAVI, POR
MEIO DO SEU FILHO NATÃ
“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério,
tinha cerca de trinta anos; sendo (como
se cuidava) filho de José, filho de Eli;
(...) Eliaquim de Meleá, Meleá de Mená,
Mená de Matatá, Matatá de Natã, Natã de
Davi,...”
(Lucas 3.23,31)

A solução deste problema, é, na verdade,


muito simples.
JESUS (como todo ser humano) TEM
DUAS GENEALOGIAS

Ascendência Ascendência
paterna materna

José Maria
A ascendência de José foi registrada por
Mateus ou Lucas?
Se Maria for descendente de Davi, por
meio de Salomão, em sua genealogia
aparecerá o amaldiçoado Jeconias

E se Jesus tem o sangue de Maria,


conseqüentemente teria também o sangue de
Jeconias
E tendo o sangue de Jeconias, NÃO PODE
assentar-se no trono de Davi

Logicamente, Maria NÃO É descendente


de Salomão
MAS A COISA CONTINUA COMPLICADA

JESUS SENDO DESCENDENTE DE NATÃ NÃO


PODE SER REI, POIS A LINHAGEM DE NATÃ
NÃO É A LINHAGEM REAL
Pela linhagem de Salomão Jesus não
pode ser rei, devido a “maldição sobre
Jeconias”

Pela linhagem de Natã também não pode,


porque essa não é a linhagem dos reis

PARECE QUE ESSE ENIGMA NÃO TEM


SOLUÇÃO – SERÁ?
UMA SURPREENDENTE SOLUÇÃO DIVINA
– O MESSIAS NASCERÁ DE UMA VIRGEM
O
NASCIMENTO
VIRGINAL (E
MIRACULOSO)
DE CRISTO
RESOLVE O
PROBLEMA DE
UMA VEZ POR
TODAS
QUALQUER FILHO DE MARIA E JOSÉ TERIA
DIREITO AO TRONO DE DAVI (descendência
real), MAS NÃO PODERIA ASSUMIR (maldição de
sangue de Jeconias)
PORÉM, SENDO JOSÉ DESCENDENTE DE
SALOMÃO, E MARIA, DE NATÃ, TUDO FICA
CLARO
JESUS sendo filho SOMENTE de Maria, mas
adotado por José, tem o sangue de Davi e
escapa da “maldição de sangue” de Jeconias
Em outras palavras: Jesus, filho adotivo de José,
tem DIREITO LEGAL ao trono de Davi

Sendo filho de Maria, descendente de Davi, por


meio de Natã, tem o sangue de Davi nas veias –
portanto, é filho legítimo de Davi
APESAR DE ADOTADO POR JOSÉ, JESUS ERA
CONSIDERADO SEU FILHO LEGÍTIMO – SEU
LEGÍTIMO HERDEIRO

“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha


cerca de trinta anos; sendo (como se cuidava)
filho de José, filho de Eli;...”
(Lucas 3.23)
A maldição de Jeconias impede que
qualquer outro ser humano assuma o
trono de Davi, pois é impossível um
homem nascer sem o sangue do pai –
SOMENTE UM – JESUS – REALIZOU ESSA
FAÇANHA
JESUS

Ascendência Ascendência
paterna materna

José Maria
(Mateus 1.º) (Lucas 3)
O NASCIMENTO VIRGINAL É UMA
SURPREENDENTE SOLUÇÃO DIVINA
Através de Sua mãe Maria, Jesus era um
descendente biológico de Davi. QUANDO
MARIA E JOSÉ SE TORNARAM MARIDO E
MULHER, ELE TAMBÉM SE TORNOU O
FILHO LEGAL DE JOSÉ E HERDEIRO DO
TRONO DE DAVI, MAS, NÃO SENDO
BIOLOGICAMENTE RELACIONADO A
JOSÉ, JESUS NÃO TINHA A MALDIÇÃO
DE SANGUE.
QUEM, AFINAL, É O PAI DE JOSÉ?

Mateus 1: ...e Jacó gerou José, marido de Maria,


da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.

Lucas 3: 23 - Jesus tinha cerca de trinta anos de


idade quando começou seu ministério. Ele era,
como se pensava, filho de José, filho de Eli...

JACÓ OU ELI?
Lembrando que esse Jacó não é o patriarca e Eli
não é o juiz do livro de Samuel – Os nomes dos
patriarcas, profetas e juízes eram tão populares
como João, José e Maria são hoje.
TRÊS ESTRANHOS
COSTUMES QUE
EXPLICAM MUITAS
COISAS
1 - O antigo testamento está repleto de
passagens onde avós ou bisavós são tidos como
“Pai”, e também netos e bisnetos tidos como
“filhos”. Este costume era comum ao se relatar
que tal pessoa era descendente de outra.
Assim, os judeus usavam os termos “pai ou
filho”.

“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de


Davi, filho de Abraão.”
(Mateus 1.1)
2 - Outro costume muito comum, e que é
encontrado até hoje, é o genro ser considerado
como filho do sogro e/ou o sogro como pai do
genro. Isso ocorria no momento em que um
homem assumia uma mulher. Neste ato, o
homem passava a ser também considerado
como “filho” do Sogro.
Na língua inglesa, por exemplo, a palavra Sogro
é traduzida por “Father-in-Law” (Pai na Lei) e
Genro “Son-in-Law” (filho na Lei).

Portanto, “FILHO DE”, dependendo da ocasião,


pode tranqüilamente significar “GENRO DE”
3 - Um costume judaico da época era
excluir mulheres de qualquer tipo de
contagem. Isto se estendia também às
genealogias. Quando uma mulher
aparecia na genealogia, era apenas como
ilustração ou informação adicional
relacionada a um homem desta
genealogia, porém não eram peças
importantes nestas.
QUEM, AFINAL, É O PAI DE JOSÉ? JACÓ OU ELI?

Pela lógica, já que é impossível Maria ser filha


de Salomão (Jesus não podia ter o sangue da
linhagem de Jeconias), conseqüentemente JOSÉ
É DESCENDENTE DE SALOMÃO, E SEU PAI É
JACÓ

“... e a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi nasceu


Salomão ...
(...) a Eliúde nasceu Eleazar; a Eleazar nasceu
Matã; a Matã nasceu Jacó;
(...) e a Jacó nasceu José, marido de Maria, da
qual nasceu JESUS, que se chama Cristo.”
(Mateus 1.6,15,16)
E Eli é o pai, isto é, o SOGRO de José, ou
seja, O PAI DE MARIA

“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério,


tinha cerca de trinta anos; sendo (como
se cuidava) filho de José, filho de Eli;
(...) Eliaquim de Meleá, Meleá de Mená,
Mená de Matatá, Matatá de Natã, Natã de
Davi,...”
Lucas 3.23,31
Como Maria (descendente de
Judá) poderia ser parenta de
Isabel (descendente de Levi)?
a) “Houve nos dias do Rei Herodes, rei da Judéia,
um sacerdote chamado Zacarias, da turma de
Abias; e sua mulher era descendente de Arão, e
chamava-se Isabel...” (Lucas 1.5)

b) “Subiu também José, da Galiléia, da cidade de


Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque
era da casa e família de Davi,...”(Lucas 2.4)

c) “Eis que também Isabel, tua parenta concebeu


um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para
aquela que era chamada estéril;” (Lucas 13.6)
“E estes são os nomes dos filhos de Levi,
segundo as suas gerações: Gérson, Coate e
Merári; e os anos da vida de Levi foram cento
e trinta e sete anos.
Os filhos de Gérson: Líbni e Simei, segundo
as suas famílias.
Os filhos de Coate: Anrão, Izar, Hebrom e
Uziel; e os anos da vida de Coate foram cento
e trinta e três anos.
Os filhos de Merari: Mali e Musi; estas são as
famílias de Levi, segundo as suas gerações.
Ora, Anrão tomou por mulher a Joquebede,
sua tia; e ela lhe deu Arão e Moisés; e os
anos da vida de Anrão foram cento e trinta e
sete anos.”
(Êxodo 6.16-20)
Como Maria (descendente de Judá)
poderia ser parenta de Isabel
(descendente de Levi)?

Uma explicação popular (e superficial) – Judá e Levi


são irmãos (filhos de Jacó).
Nada de mais.

Contestação – É claro que todos os filhos de Israel


são parentes, pois todos descendem das 12 tribos –
mas a palavra usada pelo anjo Gabriel implica que
Maria e Isabel eram parentes muito mais próximas.
“Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã
de Nasom; e ela lhe deu Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.”
(Êxodo 6.23)

“Tamar, nora de Judá, lhe deu à luz Pérez e Zerá. Ao todo os


filhos de Judá foram cinco.
Os filhos de Perez: Hezrom e Hamul:
Os filhos de Zerá: Zinri, Etã, Hemã, Calcol e Dara; cinco ao
todo.
Os filhos de Carmi: Acar, o perturbador de Israel, que pecou
no anátema.
De Etã foi filho Azarias.
Os filhos que nasceram a Hezrom: Jerameel, Rão e Quelubai.
Rão foi pai de Aminadabe, e Aminadabe de Nasom,
príncipe dos filhos de Judá;
Nasom foi pai de Salmom, e Salmom de Boaz;
Boaz foi pai de Obede, e Obede de Jessé;” (1 Crônicas 2.4-10)
Arão (descendente de Levi) casou com
Eliseba (descendente de Judá)

Nesse momento – ou muitos anos mais


tarde, com outro casamento – as duas
tribos se misturaram

Portanto, nada de admirar se Maria (filha


de Judá) possuía um parentesco bem
próximo de Isabel (filha de Levi)
O QUE DIZER DA AFIRMAÇÃO BÍBLICA DE
QUE O REINO DE SALOMÃO DURARIA
PARA SEMPRE, SE, NA REALIDADE, ISTO
NUNCA ACONTECEU?
O reino de Salomão
durou para sempre?
Sabemos que o reino
não durou para
sempre. Nesse caso a
profecia falhou, o
profeta mentiu, ou no
mínimo se equivocou.

Será mesmo? Vamos


analisar o texto
profético.
“Quando a sua vida chegar ao fim e você [Davi] se
juntará aos seus antepassados, escolherei um dos
seus filhos para sucedê-lo, e eu estabelecerei o reino
dele. É ele que vai construir um templo para mim, e eu
firmarei o trono dele para sempre. Eu serei seu pai, e
ele será meu filho. Nunca retirarei dele o meu amor,
como retirei de Saul. Eu o farei líder do meu povo e do
meu reino para sempre; seu reinado será estabelecido
para sempre”. E Natã transmitiu a Davi tudo o que o
SENHOR lhe tinha falado e revelado.”
1º Crônicas 17:11-15
Agora vamos olhar a mesma profecia, escrita
provavelmente por um discípulo de Samuel,
talvez o próprio Natã:
“Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz
o Senhor dos exércitos: Eu te tomei da malhada, de
detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o
meu povo, sobre Israel; e fui contigo, por onde quer que
foste, e destruí a todos os teus inimigos diante de ti; e
te farei um grande nome, como o nome dos grandes
que há na terra.
Também designarei lugar para o meu povo, para Israel,
e o plantarei ali, para que ele habite no seu lugar, e não
mais seja perturbado, e nunca mais os filhos da
iniqüidade o aflijam, como dantes, e como desde o dia
em que ordenei que houvesse juízes sobre o meu povo
Israel. A ti, porém, darei descanso de todos os teus
inimigos. Também o Senhor te declara que ele te fará
casa.”
2 º Samuel 7:8-11.
“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com
teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua
descendência, que sair das tuas entranhas, e estabelecerei
o seu reino.
Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei
para sempre o trono do seu reino.
Eu lhe serei pai, e ele me será filho. E, se vier a transgredir,
castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos
de homens; mas não retirarei dele a minha benignidade
como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
A tua casa, porém, e o teu reino serão firmados para sempre
diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.
Conforme todas estas palavras, e conforme toda esta visão,
assim falou Natã a Davi.”
2 º Samuel 7:12-17.
Para quem as palavras abaixo são dirigidas?

“A tua casa, porém, e o teu reino serão


firmados para sempre diante de ti; teu trono
será estabelecido para sempre.”
2 º Samuel 7:16.

O profeta Natã está falando com o rei Davi.


CONCLUSÃO – O QUE VAI
DURAR PARA SEMPRE É O
REINO DE DAVI E NÃO O DE
SALOMÃO
MAS POR QUE O TEXTO DE 1.ª CRÔNICAS 17.11-
15 PARECE SE REFERIR AO TRONO DE
SALOMÃO QUANDO DIZ QUE ESTE DURARÁ
PARA SEMPRE?

Existem, pelo menos, duas hipóteses:


Simplesmente
traduções mal
feitas. Nesse
contexto, vamos
relembrar uma
das regras
clássicas de
interpretação da
Bíblia, citada na
parte 1 deste
estudo.
SIMETRIA – SE TODAS AS PASSAGENS RELACIONADAS
CONCORDAM ENTRE SI E UMA NÃO, ESTA ÚLTIMA DEVE SER
INVESTIGADA E SUA INTERPRETAÇÃO POPULAR
RECONSIDERADA

“Toda palavra de Deus é pura; ele é um escudo


para os que nele confiam.” (Provérbios 30.5)
Quantas vezes o termo “TRONO DE
SALOMÃO” aparece na Bíblia?

NENHUMA VEZ!
Quantas vezes o termo “TRONO DE DAVI”
aparece na Bíblia?
Em outras palavras: SE A BÍBLIA INTEIRA
ENSINA QUE O “TRONO DE DAVI” SERÁ
FIRMADO PRA SEMPRE, UM SÓ TEXTO
QUE AFIRME O CONTRÁRIO DEVE ESTAR,
NO MÍNIMO MAL TRADUZIDO.
Outra coisa a
considerar é que as
palavras que
parecem se aplicar
a Salomão, na
verdade, referem-
se ao FILHO MAIOR
de Davi, o Rei
Messias. Observem
as palavras
usadas:
“Quando a sua vida chegar ao fim e você [Davi] se
juntar aos seus antepassados, escolherei um dos seus
filhos para sucedê-lo, e eu estabelecerei o reino dele.
É ele que vai construir um templo para mim, e eu
firmarei o trono dele para sempre. Eu serei seu pai, e
ele será meu filho. Nunca retirarei dele o meu amor,
como retirei de Saul. Eu o farei líder do meu povo e do
meu reino para sempre; seu reinado será
estabelecido para sempre.”
1º Crônicas 17:11-15
“... Eu serei seu pai, e ele será meu filho.”
1 Crônicas 17.13

“Por que se amotinam as nações, e os povos tramam


em vão? Os reis da terra se levantam, e os príncipes
juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu
ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e
sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que está
sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os
confundirá, dizendo:
Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo
monte. Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu
és meu Filho, hoje te gerei.”
(Salmo 2)
“... É ele que vai construir um templo para
mim.” (1 Crônicas 17.12)

“... e fala-lhe, dizendo: Assim diz o


Senhor dos exércitos: Eis aqui o
homem cujo nome é Renovo; ele
brotará do seu lugar, e edificará o
templo do Senhor.”
(Zacarias 6.12)
CONCLUSÃO

1 - O MESSIAS É FILHO DE DAVI E FILHO


DE DEUS;

2 - EDIFICARÁ O TEMPLO DO SENHOR;

3 - E SEU REINO DURARÁ PARA


SEMPRE
Ao amaldiçoar um dos descendentes de
Salomão, Deus, com uma só tacada,
fechou as portas para qualquer
descendente de Davi assumir o trono no
futuro... Qualquer um que nascer da
“SEMENTE DE HOMEM”
Por isso,
JESUS DE
NAZARÉ teria
que nascer da
junção da
“SEMENTE
DIVINA” com a
“SEMENTE DA
MULHER”
“Eis que conceberás e darás à luz um
filho, ao qual porás o nome de Jesus.
Este será grande e será chamado filho do
Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono
de Davi seu pai; e reinará eternamente
sobre a casa de Jacó, e o seu reino não
terá fim.”
(Lucas 1.31-33)
Só Jesus pode ser o Messias.
1 - Era descendente de Davi através de Maria;
2 - Maria era descendente de Davi;
3 - Deus sempre se referia ao trono de Davi e
não de Salomão. Uma alusão de que o trono
vindo de Salomão não seria o trono “Eterno”;
4 - Eli era de fato o sogro de José e não seu pai;
5 - As profecias messiânicas fazem menção ao
messias com natureza divina e humana, assim
como foi Jesus;
6 - O Senhor retirou o trono da família de
Salomão;
7 - O Senhor nos diz que o Messias seria rei e
sacerdote, uma sombra do que seria o Messias
(homem e Deus). Nos diz também em Isaías e
em Salmos que ele seria humano e divino ao
mesmo tempo;

8 - O Messias é divino e humano, portanto não


poderia ter um pai biológico, senão seria
totalmente humano;

9 - O Senhor disse que a descendência de


Jeconias não reinaria mais em Israel,
amaldiçoando esta;
10 - O sangue de José era amaldiçoado desde
Jeconias;

11 - O Messias não podia ter o sangue


amaldiçoado, pois assim não poderia ser
também Deus;

12 - Com o nascimento virginal, o Messias não


seria contaminado com o sangue amaldiçoado;

13 - O judaísmo esperava um Messias


humanamente comum, e não um com
nascimento virginal;
14 - Jesus não é descendente biológico de
Jeconias, mas sim, legalmente, da mesma
forma que José de Eli;

15 - Jesus foi tido como filho legítimo e não


adotivo, pois ele não era filho de outro homem.
Assim, José o recebeu como filho legítimo;

16 - As profecias dizem que o trono era de Davi


e do Senhor, e que o Messias reinaria nele para
sempre. Assim, apenas um Homem-Deus
poderia reinar eternamente. Sendo o Messias
humano e divino, tem as credenciais certas!
“...E o Cordeiro
os vencerá,
porque é o
Senhor dos
senhores e o Rei
dos reis; ...”
(Apocalipse 19.14)
“E o Senhor será rei
sobre toda a terra;
naquele dia um será
o Senhor, e um será o
seu nome.”
(Zacarias 14.9)
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