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Instruções:
1) Essa aula é mais curta, porque ela inclui um vídeo de uma aula que deve ser
assistida, não apenas como recurso adicional, mas como conteúdo da aula.
2) Ore a Deus, pedindo iluminação no estudo dessa aula.
3) Leia a aula atentamente, sem pressa, estudando o texto.
4) Com a Bíblia aberta, leia todos os textos bíblicos indicados, verificando o
sentido em que estão sendo usados na aula.
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Os autógrafos são os escritos originais. Aqueles que saíram da pena dos escritores.
Disciplina: Introdução à Bíblia
Professor: Dr. Leandro Lima
AULA 4 – A Escritura Completa
Embora cada parte da Bíblia tenha sido escrita em uma determinada época, ela
nunca esteve limitada ao tempo. De fato, Deus se revelou no passado, mas a mensagem
continua significativa para as pessoas de hoje e de sempre. Deus é o mesmo e sua
Palavra também. A mesma denúncia do pecado e o mesmo chamado ao arrependimento
dirigido às pessoas dos tempos bíblicos vale para hoje. Embora tenha havido muito
progresso no mundo, as pessoas ainda são as mesmas e o pecado ainda é o mesmo, pois
continua dominando a sociedade. Da mesma forma as necessidades são as mesmas e a
solução também: Cristo.
Desde sua fundação, a Igreja Romana sustenta outra fonte de autoridade em pé
de igualdade com a Escritura: A tradição. O catolicismo entende que a igreja originou
a Bíblia e não a Bíblia originou a igreja, e, portanto, entre as duas, a igreja tem a
prioridade. Esta é a base para defender muitas doutrinas que foram criadas pelos
concílios, muitas das quais não têm embasamento escriturístico. A Reforma disse não
à teoria da dupla autoridade. No pensamento Reformado, a Escritura tem a primazia.
Esta questão de outra fonte de autoridade continua sendo um problema nos dias atuais,
mas não apenas para Roma, como também para os evangélicos. E nem é preciso pensar
em casos extremos como o dos Mórmons, que sustentam outro livro como fonte de
autoridade, pois o subjetivismo evangélico coloca a autoridade no “Deus me falou”.
As vezes quando crentes conservadores dizem que nada além da Bíblia é
necessário para o crescimento espiritual, são taxados de “frios” e insensíveis à atuação
do Espírito. Mas é a própria Bíblia quem afirma esta suficiência. Paulo escreveu a
Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito
e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). De acordo com este
texto, tudo o que uma pessoa precisa para chegar ao nível espiritual máximo nesta vida,
pode ser encontrado na Escritura. Portanto, a Escritura é suficiente.
Todas essas considerações devem levar o estudante de teologia a uma atitude
de reverência para com a Bíblia. Não podemos nos aproximar dela como juízes, e sim
como servos. Estudar a Escritura precisa ser fonte de vida devocional e aprimoramento
do relacionamento espiritual com Deus. O Deus das Escrituras é o Deus que deseja
estreitar o relacionamento da Aliança com o seu povo. Ele se revelou nessas antigas
páginas porque deseja que o conheçamos melhor, e para que o amemos com mais
intensidade. Ao estudarmos essas “sagradas letras”, podemos ter a certeza de que
estamos nos aprofundando em algo não apenas sagrado, mas confiável, e que pode
aumentar a nossa sabedoria e o nosso vigor espiritual.
Assista ao vídeo:
Aula: As cinco grandes qualidades da Escritura
https://www.youtube.com/watch?v=TqUmetIig5A