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Metrologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI – DR - MG

METROLOGIA

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Curso Técnico em Desenhos e Projetos Mecânicos
Metrologia
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

Unidade Operacional

Centro de Formação Profissional Pedro Martins Guerra

Revisão

Equipe Técnica Centro de Formação Profissional Pedro Martins Guerra

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Curso Técnico em Desenhos e Projetos Mecânicos
Metrologia

Sumário
Apresentação ...........................................................................................05
1. Introdução ............................................................................................06
2. Metrologia.............................................................................................06
2.1 Medição..........................................................................................06
2.2 Métodos de Medição .....................................................................07
2.3 Precisão X Exatidão .......................................................................08
2.4 Unidade .........................................................................................09
2.5 Fatores de Sucesso em um Processo de Medição .......................10
2.6 Recomendações Gerais ................................................................11
3. Unidade de Medidas Lineares..............................................................11
3.1 Unidades Dimensionais..................................................................11
3.2 Medidas Lineares ...........................................................................12
3.3 Unidades Não Oficiais ...................................................................14
4. Transformação de Medidas..................................................................19
4.1 Exercícios.......................................................................................24
5. Régua Graduada..................................................................................25
5.1 Tipos e Usos ..................................................................................26
5.2 Leitura no Sistema Métrico.............................................................28
5.3 Leitura no Sistema Inglés de Polegada Fracionária ......................30
6. Paquímetro...........................................................................................33
6.1 Tipos e Usos .................................................................................34
6.2 Princípio do Nônio ..........................................................................39
6.3 Exercícios ......................................................................................41
6.4 Leitura no Sistema Métrico ............................................................43
6.5 Exercícios ......................................................................................45
6.6 Leitura de Polegada Milesimal ......................................................48
6.7 Exercícios.......................................................................................50
6.8 Leitura de Polegada Fracionária ....................................................51
6.9 Exercícios.......................................................................................57
6.10 Colocação de Medidas no paquímetro em Pol. Fracionária ........59
6.11 Erros de Leitura ............................................................................61
6.12 Técnica de Utilização do Paquímetro ...........................................63
7. Micrômetro ...........................................................................................67
7.1 Princípio de Funcionamento...........................................................68
7.2 Tipos e Usos ..................................................................................70
7.3 Sistema Métrico..............................................................................78
8. Medição Angular ..................................................................................83
9. Goniômetro...........................................................................................83
9.1 Tipos e Usos .................................................................................84
9.2 Leitura do Goniômetro....................................................................87
9.3 Exercício.........................................................................................88
10. Medição Angular ................................................................................90
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10.1 Tipos e Usos ...............................................................................94
10.2 Princípio do Nônio ........................................................................97
10.3 Exercícios ....................................................................................99
10.4 Leitura no Sistema Métrico ........................................................100
10.5 Exercícios ..................................................................................103
11. Referências Bibliográfica..................................................................105

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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento.”
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação Profissional

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1. Introdução
Quando alguém vai à loja de autopeças para comprar alguma peça de reposição,
tudo que precisa é dizer o nome da peça, a marca do carro, o modelo e o ano de
fabricação. Com essas informações, o vendedor é capaz de fornecer exatamente
o que a pessoa deseja em poucos minutos.

Isso acontece devido à normalização, isto é, por causa de um conjunto de normas


estabelecidas de comum acordo entre fabricantes e consumidores. Essas normas
simplificam o processo de produção e garantem um produto confiável, que atenda
às necessidades do consumidor.

Um dos dados mais importantes para a normalização é exatamente a unidade de


medida. Graças a ela, você tem certeza de que o parafuso quebrado que prendia
a roda de seu carro poderá ser facilmente substituído, uma vez que é fabricado
com unidades de medida também padronizadas.

Na Mecânica, o conhecimento das unidades de medida é fundamental para a


realização de qualquer tarefa específica nessa área.

No entanto, não basta saber e conhecer as unidades de medidas, bem como as


sua conversões, é preciso também conhecer os tipos de instrumentos de medidas,
a forma correta de utilização e seleção do instrumento e mais ainda, saber os
processos de leitura de medidas de cada instrumento.

Neste módulo, estaremos tratando destes assuntos, numa abordagem simples e


dinâmica, propiciando um aprendizado consistente e dinâmico, baseado em
atividades rotineiras dos meios de produção na área do metal-mecânica.

2. Metrologia
A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às
dimensões lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de
usinagem permite que se obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada.

2.1 Medição

O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Vejamos um dos


conceitos:
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada
como unidade.”

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2.2 Métodos de Medição
Medição direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com
instrumentos,
aparelhos e máquinas de medir.

Figura 1: Medição Direta .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 11.
Medição indireta por comparação

Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça em relação a outra,


de padrão ou dimensão aproximadas; daí a expressão medição indireta.

Figura 2: Medição Indireta .


Fonte: CALIBRAÇÃO E CERT. DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO – CIMATEC - SENAI - BA, 2002. P. 26.

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2.3 Precisão x Exatidão


Através do exemplo de tiros em um alvo (figura 3) pode-se compreender os
conceitos de precisão e exatidão. Segundo a conceituação gramatical:

• Precisão (precisar = definir claramente) - medidas precisas significam


medidas com pouca dispersão, estando, portanto, relacionada com os conceitos
de repetibilidade e estabilidade, ou seja os erros aleatórios;

• Exatidão (exatamente como o padrão) - medidas exatas implicam


inexistência de erros,

Na prática, o termo precisão é mais difundido, sendo entendido freqüentemente


como
designador da situação (d) na figura 3. Para se definir claramente a situação dos
sistemas de medição deve-se utilizar os parâmetros tendência e incerteza de
medição. Os termos precisão e exatidão não devem ser empregados, por não
serem suficientemente claros.

Figura 3: Precisão x Exatidão.


Fonte: CALIBRAÇÃO E CERT. DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO – CIMATEC - SENAI - BA, 2002. P. 35.

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2.4 Unidade
As unidades estabelecidas para medir uma grandeza são fixadas por definição.
Não dependem, portanto, de quaisquer condições físicas, como temperatura, pressão,
grau de umidade, etc.
Atualmente, prevalecem na prática as unidades do Sistema Internacional (SI).

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2.5 Fatores de sucesso em um processo de medição


Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles
que se preparam para tal fim.

Normas gerais de medição:

1. Tranqüilidade
2. Limpeza
3. Cuidado
4. Paciência
5. Senso de responsabilidade
6. Sensibilidade
7. Finalidade da posição medida
8. Instrumento adequado
9. Domínio sobre o instrumento.

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2.6 Recomendações Gerais
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas.
A grandeza pode ser determinada por comparação e por leitura em escala ou
régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de
medição, mantendo-se assim por maior tempo sua real precisão.

Evite:

1. Choques, quedas, arranhões, oxidação e sujeira;


2. Misturar instrumentos;
3. Cargas excessivas no uso, medir provocando atrito entre a peça e o
instrumento;
4. Medir peças cuja temperatura, quer pela usinagem, quer por exposição a uma
fonte de calor, esteja fora da temperatura de referência;
5. Medir peças sem importância com instrumentos caros.

Cuidados Gerais

1. Use proteção de madeira, borracha ou feltro, para apoiar os instrumentos.


2. Deixe a peça adquirir a temperatura ambiente, antes de tocá-la com o
instrumento de medição.

3. UNIDADE DE MEDIDAS LINEARES

3.1 Unidades Dimensionais


As unidades de medidas dimensionais
representam valores de referência,
que permitem:

- Expressar as dimensões de
objetos (realização de leituras de
desenhos mecânicos);
- Confeccionar e, em seguida,
controlar as dimensões desses
objetos (utilização de aparelhos e
instrumentos de medidas);
Figura 4: Unidades Dimensionais .
Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES,2005. P. 17.

Exemplo: A altura do Cristo Redentor é de 38 metros; a espessura de uma folha


de papel para cigarro é de 30 micrômetros.
- O Cristo Redentor e a folha de papel são objetos.
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- A altura e a espessura são grandezas.
- 38 metros e 30 micrômetros são unidades.

3.2 Medidas Lineares


A necessidade de medir nasceu com o homem. Desde os primeiros tempos, foi
preciso avaliar o tamanho da árvore vista, do animal abatido, da distância
percorrida, etc.

Com o desenvolvimento industrial, a necessidade de medir foi aumentando e


exigindo, ao mesmo tempo, maior precisão nas avaliações. Em primeiro lugar,
adotaram-se como medidas as unidades naturais: pé, braço, passo etc. Depois
foram estabelecidos padrões completamente arbitrários.

O metro

É a medida de comprimento padrão do Sistema Internacional (SI) é definida


atualmente como sendo “o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo,
durante o intervalo de tempo de 1/ 299.792.458 do segundo”.

Mas a definição de metro nem sempre foi essa, varias outras foram utilizadas,
sendo a primeira delas em 1790, quando estabeleceu-se como sendo uma
unidade natural que deveria ser facilmente reproduzida e seus submúltiplos
estabelecidos segundo o sistema decimal. Essa nova unidade deveria ser igual a
décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.

É importante observar que, apesar das várias definições usadas no decorrer dos
anos, o valor do metro não se alterou. Ao contrário, serviram para melhorar a sua
precisão.

Figura 5: Unidade padrão Metro em 1790 .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 18.

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Metros Padrão Universal

O metro padrão universal é a distância materializada pela gravação de dois traços


no plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta de 90% de
platina e 10% de irídio, cuja secção, de máxima rigidez, tem a forma de um X.

Figura 6: Unidade padrão Metro em 1889.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 18.

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3.3 Unidades Não Oficiais
Sistemas Inglês e Americano

Os países anglo-saxões utilizam um sistema de medidas baseado na farda


imperial (yard) e seus derivados não decimais, em particular a polegada inglesa
(inch), equivalente a 25,399 956mm à temperatura de 0ºC.

Os americanos adotam a polegada milesimal, cujo valor foi fixado em 25,400


050mm à temperatura de 16 2/3ºC.

Em razão da influência anglo-saxônica na fabricação mecânica, emprega-se


freqüentemente, para as medidas industriais, à temperatura de 20ºC, a polegada
de 25,4mm.

Área

Área ou superfície é o produto de dois comprimentos.


A unidade SI usada2 para medir área é o metro quadrado
e seu símbolo é m .
Muitas vezes se faz confusão nas medidas de área, pois
um quadrado com 10 unidades de comprimento de lado
contém 10 x 10 = 100 unidades de área (figura).
2 2
Assim 1cm = 10mm, entretanto, 1cm = 100mm , o que explica ao examinarmos a
figura. Da mesma forma:
2 2
1 m = 1m x 1m = 100cm x 100cm = 10000 cm
2 2
1 m = 1000mm x 1000mm = 1.000.000 mm

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Massa

O quilograma (kg) é a unidade SI de massa, com o símbolo kg.

O padrão primário da unidade de massa é o protótipo internacional do quilograma


do BIPM. Este protótipo é um cilindro de platina (90%) – irídio (10%), com
diâmetro e altura e altura iguais a 39mm.

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Pressão

Na área industrial trabalhamos com três conceitos de pressão:

Pressão Atmosférica ou Barométrica - É a pressão do ar e da atmosfera


vizinha.
Pressão Relativa ou Manométrica - É a pressão tomada em relação à pressão
atmosférica. Pode assumir valores negativos (vácuo) ou positivos (acima da
pressão atmosférica).
Pressão Absoluta - É a pressão tomada em relação ao vácuo completo ou
pressão zero. Portanto só pode assumir valores positivos.

O Pascal é a unidade SI de pressão, e o seu símbolo é Pa.


Um Pascal é a pressão de uma força de 1 Newton exercida numa superfície de 1
metro quadrado.

Relações entre Unidades de Pressão

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Temperatura

O Kelvin é unidade SI de temperatura, e o seu símbolo é K.


1
O Kelvin é definido como a fração da temperatura termodinâmica do ponto
273,15
tríplice da água (equilíbrio simultâneo das fases sólidas, líquida e gasosa).
Na prática utiliza-se o grau Celsius (ºC).
Existem também as escalas Rankine e Fahrenheit.

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Força

Força é uma grandeza vetorial, derivada do produto da massa pela aceleração,


ou seja, quando se aplica uma força F em um corpo de massa m, ele se move
com uma aceleração a, então:

F=m.a

O Newton é a unidade SI de força, e o seu símbolo é N.

Rotação

A velocidade de rotação é dada em RPM (número de rotações por minuto).

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4. Transformação de Medidas
Transformar polegada em milímetro.

Transformar polegadas inteiras em milímetros.

Para se transformar polegada inteira em milímetros, multiplica-se 25,4mm, pela


quantidade de polegadas por transformar.

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Transformar fração da polegada em milímetro.

Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da fração


e divide-se o resultado pelo denominador.

Transformar polegada inteira e fracionária em milímetro.

Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma


fração imprópria e, a seguir, opera-se como no 2º Caso.

Transformar milímetro em polegada.

Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a quantidade de milímetros


por 25,4 e multiplica-se o resultado pela divisão (escala) de 128, aproxima-se o
resultado para o inteiro mais próximo, dando-se para denominador a mesma
divisão tomada, e, a seguir, simplifica-se a fração ao menor numerador.

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ou então:

Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04, dando-se como


denominador à parte inteira do resultado da multiplicação a menor fração da
polegada, simplificando-se a fração, quando necessário.

Transformar sistema inglês ordinário em decimal.

Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador


da fração pelo denominador.

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Transformar sistema inglês decimal em ordinário.

Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em


decimal por uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma
divisão tomada, simplificando-se a fração, quando necessário.

Com os dois tipos de transformações de medidas apresentados nesta folha,


completamos o total dos seis mais freqüentemente utilizados pelo Inspetor de
Medição.

Transformar polegada decimal em milímetro.

Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor em


decimal da polegada por 25,4.

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Transformar milímetro em polegada decimal.

Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos utilizar dois


processos:

1º Processo:
Divide-se o valor em milímetro por 25,4.

2º Processo:
Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937".

Observação: A constante 0,03937" corresponde à quantidade de milésimos de


polegada contida em 1 milímetro.
1mm = 0,03937

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Observação: A diferença do resultado entre o 1º e 2º processo, conforme mostram


os exemplos acima, passa a ser desprezível, considerando-se ambos os
processos corretos.

4.1 Exercícios
1) Transforme em Milímetros:
5/32” =
5/16” =
1/128” =
1 1/5” =

2) Transforme em Polegada Ordinária:


1,5875mm =
19,05mm =
25,00mm =

3) Transforme em Polegada Decimal:


5/64” =
3/16” =
1/2” =
1 7/8” =

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4) Transforme em Polegada Ordinária:


0,125” =
0,4375” =
1,375” =

5) Transforme em Polegada Decimal:


6,35mm =
11,1125mm =
60,325mm =
79,375mm =

6) Transforme em Milímetros:
0,0625” =
0,001” =
1,500” =
2,625” =

5. Régua graduada
Introdução

A régua graduada, o metro articulado e a trena são os mais simples entre os


instrumentos de medida linear. A régua apresenta-se, normalmente, em forma de
lâmina de aço-carbono ou de aço inoxidável. Nessa lâmina estão gravadas as
medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), conforme o sistema métrico, ou em
polegada e suas frações, conforme o sistema inglês.

Régua graduada

Utiliza-se a régua graduada nas medições com erro admissível superior à menor
graduação. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5 mm ou ". As réguas
graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000,
1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6") e 300
mm (12").

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Figura 7: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 30.

5.1 Tipos e usos


Régua de encosto interno: Destinada a medições que apresentam faces internas
de referência.

Figura 8: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 31.
Régua sem encosto: Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto
de referência.

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Figura 9: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 31.
Régua com encosto: Destinada à medição de comprimento a partir de uma face
externa, a qual é utilizada como encosto.

Figura 10: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 31.
Régua de profundidade: Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.

Figura 11: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 32.

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Régua de dois encostos: Dotada de duas escalas: uma com referência interna e
outra com referência externa. É utilizada principalmente pelos ferreiros.

Figura 12: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 32.

Régua rígida de aço-carbono com seção retangular: Utilizada para medição de


deslocamentos em máquinas-ferramenta, controle de dimensões lineares,
traçagem etc.

Figura 13: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 32.

Características

De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento,


bordas retas bem definidas, e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais
tratados termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados,
bem definidos, uniformes, eqüidistantes e finos.
A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas
internacionais.

5.2 Leitura no sistema métrico


Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte
equivale a 1 mm. Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir
mostra, de forma ampliada, como se faz isso.

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Figura 14: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 33.

Verificando o entendimento

Leitura de milímetro em régua graduada. Leia os espaços marcados e escreva o


numeral à frente das letras, abaixo da régua.

Figura 15: Régua graduada.


Fonte: TELECURSO 2000, 2000. P. 29.

a) ...... b) ..... c) ..... d) ...... e) ...... f) ...... g) ...... h) ...... i) ..... j) .....

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Figura 16: Régua graduada.


Fonte: TELECURSO 2000, 2000. P. 29.

l) ...... m) ...... n) ......

Figura 17: Régua graduada.


Fonte: TELECURSO 2000, 2000. P. 30.

o) ...... p) ...... q) ......

5.3 Leitura no sistema inglês de polegada fracionária


Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de
precisão chegam a apresentar 32 divisões por polegada, enquanto as demais só
apresentam frações de polegada. A ilustração a seguir mostra essa divisão,
representando a polegada em tamanho ampliado.

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Figura 18: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 34.

Observe que, na ilustração anterior, estão indicadas somente frações de


numerador ímpar. Isso acontece porque, sempre que houver numeradores pares,
a fração é simplificada.

Exemplo:

1” → 1”
16 16

1” → 1” = 2” → 1 (para simplificar, basta dividir por 2)


16 16 16 8

1” + 1” + 1” + 1” + 1” = 6” = 3”
16 16 16 16 16 16 8

e assim por diante...

A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do


objeto. Na leitura, deve-se observar sempre a altura do traço, porque ele facilita a
identificação das partes em que a polegada foi dividida.

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Figura 19: Régua graduada .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 34.

Assim, o objeto na ilustração acima tem 1 1” (uma polegada e um oitavo de


18
polegada) de comprimento.

Verificando o entendimento

Faça a leitura de frações de polegada em régua graduada.

Figura 20: Régua graduada.


Fonte: TELECURSO 2000, 2000. P. 31.

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Figura 21: Régua graduada.


Fonte: TELECURSO 2000, 2000. P. 32.

Conservação

· Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas


comuns de trabalho.
· Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação.
· Não flexionar a régua: isso pode empená-la ou quebrá-la.
· Não utilizá-la para bater em outros objetos.
· Limpá-la após o uso, removendo a sujeira. Aplicar uma leve camada de óleo fino,
antes de guardar a régua graduada.

6. Paquímetro
O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas,
externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com
encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor.

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Figura 22: Paquímetro .


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 36.

O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de


folga. Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier. Essa escala
permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. O paquímetro é
usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena. Os
instrumentos mais utilizados apresentam uma resolução de: 0,05 mm, 0,02 mm,
1/128”ou 0.001". As superfícies do paquímetro são planas e polidas, e o
instrumento geralmente é feito de aço inoxidável. Suas graduações são calibradas
a 20ºC.

6.1 Tipos e usos


Paquímetro universal

É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. Trata-


se do tipo mais usado.

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Figura 23: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 37.
Paquímetro universal com relógio

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição interna externo


de profundidade de ressalto.

Figura 24: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 37.

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Paquímetro com bico móvel (basculante)

Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros


diferentes.

Figura 25: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 38.

Paquímetro de profundidade

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc. Esse
tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.
Veja a seguir duas situações de uso do paquímetro de profundidade:
• haste simples
• haste com gancho

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Figura 26: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 38.

Paquímetro duplo

Serve para medir dentes de engrenagens.

Figura 27: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 39.

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Paquímetro digital

Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle
estatístico.

Figura 28: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 39.
Traçador de altura

Esse instrumento baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do


paquímetro, apresentando a escala fixa com cursor na vertical. É empregado na
traçagem de peças, para facilitar o processo de fabricação e, com auxílio de
acessórios, no controle dimensional.

Figura 29: Traçador de altura.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 40.

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6.2 Princípio do nônio
A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português
Pedro Nunes e ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores. O nônio
possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.

Figura 30: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 40.

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões


equivalentes a nove milímetros (9 mm).
Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o
primeiro traço da escala móvel.

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Figura 31: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 41.

Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm


entre o terceiros traços e assim por diante.

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Cálculo de resolução

As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser


calculadas pela sua resolução. A resolução é a menor medida que o instrumento
oferece. Ela é calculada utilizando-se a seguinte fórmula:

Resolução: UEF
NDN

UEF = unidade da escala fixa


NDN = número de divisões do nônio

Exemplo:

Nônio com 10 divisões

Resolução = 1 mm = 0,1 mm
10 divisões
Nônio com 20 divisões

Resolução = 1 mm = 0,05 mm
20 divisões

Nônio com 50 divisões

Resolução = 1 mm = 0,02 mm
50 divisões

6.3 Exercícios
Marque com um X a resposta correta.

Exercício 1
Para medir dimensões lineares internas, externas, de profundidade e de ressaltos,
usa-se o seguinte instrumento:
a) graminho;
b) régua graduada;
c) compasso;
d) paquímetro.

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Exercício 2
Quando é necessário grande número de medidas com rapidez, usa-se o
paquímetro:
a) universal, com relógio indicador;
b) com bico móvel;
c) de profundidade;
d) duplo.

Exercício 3
Para medir peças cônicas ou com rebaixos, que apresentam diâmetros diferentes,
usa-se paquímetro:
a) de profundidade;
b) com bico móvel (basculante);
c) com relógio indicador;
d) universal com relógio.

Exercício 4
Com o paquímetro duplo mede-se:
a) passo de engrenagem;
b) coroa de engrenagem;
c) dentes de engrenagem;
d) pinhão de engrenagem.

Exercício 5
A escala do cursor do paquímetro chama-se:
a) escala fixa;
b) escala de milímetros;
c) escala de polegadas;
d) nônio ou vernier.

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6.4 Leitura no Sistema Métrico
Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio
correspondente à leitura em milímetro.
Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles
coincidir com um traço da escala fixa.
Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio.
Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados,
aseguir, exemplos de leitura:

Exemplos

Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

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Figura 32: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 43.

Figura 33: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 43.

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6.5 Exercícios
Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

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6.6 Leitura de Polegadas Milesimal
No paquímetro em que se adota o sistema inglês, cada polegada da escala fixa
divide-se em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde a:
1" (que é igual a 0,025”)
40
Como o nônio tem 25 divisões, a resolução desse paquímetro é:

O procedimento para leitura é o mesmo que para a escala em milímetro.


Contam-se os traços(0,025“) estão à esquerda do ZERO do nônio, e a seguir,
somam-se os milésimos de polegada indicados pelo ponto em que um dos traços
do nônio coincide com o traço da escala fixa.

Figura 34: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 45.

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6.7 Exercícios
Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

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6.8 Leitura de Polegadas Fracionária
No sistema inglês, a escala fixa do paquímetro é graduada em polegada e frações
de polegada. Esses valores fracionários da polegada são complementados com o
uso do nônio.

Para utilizar o nônio, precisamos saber calcular sua resolução:

Figura 35: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 47.

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Observe o exemplo abaixo, note que o zero (0) da escala fixa ultrapassou a marca
3"
de , porém não coincidiu o traço subseqüente do nônio, logo devemos observar
4
qual o traço do nônio coincidiu com a escala fica, que neste caso foi o traço
3"
correspondente a .
128

Figura 36: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 48.
Para se obter a leitura final devemos somar as duas medidas obtidas na escala
fixa e no nônio.

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Importante observar que sempre que possível as frações deverão ser


simplificadas.

Você deve ter percebido que medir em polegada fracionária exige operações
mentais. Para facilitar a leitura desse tipo de medida, recomendamos os seguintes
procedimentos:

1º passo - Verifique se o zero (0) do nônio coincide com um dos traços da escala
fixa. Se coincidir, faça a leitura somente na escala fixa.

Figura 37: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 49.
2º passo - Quando o zero (0) do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do
nônio coincidi com um traço qualquer da escala fixa.

Figura 38: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 50.

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3º passo - Verifique na escala fixa quantas divisões existem antes do zero (0) do
nônio.

5º passo - Multiplique o número de divisões da escala fixa (3º passo) pelo


numerador da fração escolhida (4º passo). Some com a fração do nônio (2º passo)
e faça a leitura final.

Figura 39: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 50.

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6.9 Exercícios
Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

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6.10 Colocação de Medida no Paquímetro em Polegadas
Fracionária
Para abrir um paquímetro em uma medida em polegada fracionária, devemos:

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6.11 Erros de Leitura


Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de
leitura no paquímetro, como, por exemplo:

a) paralaxe;
b) pressão de medição.

A graduação da escala auxiliar (nônio) não está no mesmo plano da graduação da


escala principal, portanto poderão ocorrer erros de paralaxe na determinação da
coincidência dos traços. Ao medir com o instrumento, deve-se evitar fazê-lo em
qualquer direção para minimizar a possibilidade de ocorrência do referido erro.

Paralaxe

Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe,


pois devido a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da
escala fixa com outro da móvel.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente


tem uma espessura mínima(a), e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os
traços do nônio(TN) são mais elevados que os traços da escala fixa(TEF).

Figura 40: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 54.

Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando


sobrepostos os traços TN e TEF, cada um dos olhos projeta o traço TN em
posição oposta, o que ocasiona um erro de leitura.

Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura


situando o paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.
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Figura 41: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 55.
Pressão de medição

Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma


mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua, o que altera a
medida. Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a
sensibilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador
regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão.

Figura 42: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 55.

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Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado:
nem muito preso, nem muito solto. O operador deve, portanto, regular a mola,
adaptando o instrumento à sua mão.

Caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da mola devem ser
1"
ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando de volta
8
aproximadamente. Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave,
porém sem folga.

Figura 43: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 56.

6.12 Técnica de utilização do paquímetro


Para ser usado corretamente, o paquímetro precisa ter:
· seus encostos limpos;
· a peça a ser medida deve estar posicionada corretamente entre os encostos.

É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do


objeto a ser medido.
O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.
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Figura 44: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 56.

Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel
toque a outra extremidade.

Figura 45: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 57.

Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem
que os encostos a toquem.

Recomendações para utilização do paquímetro para determinar medidas


externas, internas, de profundidade e de ressaltos.

Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais
profundamente possível entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste
na ponta dos bicos.

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Figura 46: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 57.
Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da
peça devem estar bem apoiadas.

Figura 47: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 57.
Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente
possível. O paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo
medida.

Figura 48: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 58.

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Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies de
medição das orelhas devem coincidir com a linha de centro do furo.

Figura 49: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 58.

Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e a mínima leitura para
faces planas internas.

No caso de medidas de profundidade, apóia-se o paquímetro corretamente


sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.

Figura 50: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 58.

Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para


ressaltos perpendicularmente à superfície de referência da peça.

Para esse tipo de medição não se deve usar a haste de profundidade, porque ela
não permite um apoio firme.

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Figura 51: Paquímetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 59.
Conservação

· Maneje o paquímetro sempre com cuidado, para evitar choques.


· Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, pois pode causar
danos.
· Evite arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.
· Ao realizar a medição, não pressione o cursor além do necessário.
· Limpe e guarde o paquímetro em local apropriado, após sua utilização.

7. Micrômetro
Origem e função do micrômetro

Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer
sua patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de
maneira simples.

Com o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições


mais rigorosas e exatas do que o paquímetro.

Na França o micrômetro é conhecido como Palmer, em homenagem ao seu


inventor.

Figura 52: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica
– SENAI - ES, 2005. P. 60.

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Metrologia

7.1 Princípio de Funcionamento


O princípio utilizado é o do sistema parafuso e porca. Assim, se, numa porca fixa,
um parafuso der um giro de uma volta, haverá um avanço de uma distância igual
ao seu passo.

CADA VOLTA COMPLETA DO PARAFUSO CORRESPONDE


A UM PASSO DE DESLOCAMENTO

Figura 53: Parafuso.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 60.

Desse modo, dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores


que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do
parafuso.

Figura 54: Parafuso.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 60.

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Nomenclatura

Figura 55: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 61.

Principais componentes do micrômetro:

Arco
É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar astensões,
e munido de protetor anti-térmico, para evitar a dilatação pelo calordas mãos.

Parafuso Micrométrico
É construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC.
Rosca retificada, garantindo alta precisão no passo. Sua função é realizar o
deslocamento da haste para medição da peça a ser medida.
Haste ou Contator
Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos são
de metal duro, de alta resistência ao desgaste.
Fixador ou Trava
Permite a fixação de medidas.
Luva Externa
Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do
instrumento.

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Tambor
Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a complementação
das medidas. Cada volta do tambor, corresponde a deslocamento igual ao passo
do fuso micrométrico.
Porca de Ajuste
Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico.
Catraca
Assegura uma pressão de medição constante.

Características

Os micrômetros caracterizam-se pela capacidade, resolução e aplicação.

A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1"),


variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1"). Podem chegar a 2000
mm (ou 80").

A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; 0,001" ou 0,0001".

No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estão


juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha
longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor.

Figura 56: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 62.

7.2 Tipos e Usos


Para diferentes usos no controle de peças, encontram-se vários tipos de
micrômetros, tanto para medições em milímetros como em polegadas, variando
também sua capacidade de medição.
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De profundidade

Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são


fornecidas juntamente com o micrômetro.

Figura 57: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 62.

Com arco profundo

Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças.

Figura 58: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 63.

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Metrologia

Com disco nas hastes

O disco aumenta a área de contato possibilitando a medição de papel, cartolina,


couro, borracha, pano etc. Também é empregado para medir dentes de
engrenagens.

Figura 59: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 63.
Para medição de roscas

Este micrômetro construído especialmente para medir roscas triangulares, possui


as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas intercambiáveis,
conforme o passo para o tipo da rosca a medir.

Figura 60: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 63.

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Curso Técnico em Desenhos e Projetos Mecânicos
Metrologia
Com contato em forma de V

É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem


número ímpar de cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.).

Os ângulos em V dos micrômetros para medição de ferramentas de 3 cortes é de


60º; 5 cortes, 108º e 7 cortes, 128º34’17".

Figura 61: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 64.

Para medir parede de tubos

Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste
móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.

Figura 62: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 64.

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Curso Técnico em Desenhos e Projetos Mecânicos
Metrologia
Contador mecânico

É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador
mecânico. Facilita a leitura independentemente da posição de observação (erro de
paralaxe).

Figura 63: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 64.

Digital eletrônico

Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.

Figura 64: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 65.

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Metrologia
IMICRO - Utilizado para a medição de diâmetro interno.

Figura 65: IMICRO.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 65.

O IMICRO e um instrumento de alta precisão: os seus 3 contatores permitem um


alojamento perfeito do instrumento no furo por medir, encontrando-se facilmente a
posição correta de medição.

IMICRO para a medição de grandes diâmetros.

Figura 66: IMICRO.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 65.

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Mecanismo do IMICRO

Figura 67: IMICRO.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 66.

Recomendações

1. Evitar choques, quedas, arranhões e sujeira.


2. Não medir peças fora da temperatura ambiente.
3. Não medir peças em movimento.
4. Não forçar o micrômetro.

Conservação

1. Depois do uso, limpar cuidadosamente o instrumento.


2. Guardar o micrômetro em estojo próprio.
3. O micrômetro deve ser guardado destravado e com os contatores ligeiramente
afastados.

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Exercício
Identifique as partes principais do micrômetro abaixo:

Figura 68: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 67.

Parte do Micrômetro:

A) _________________________
B) _________________________
C) _________________________
D) _________________________
E) _________________________
F) _________________________
G) _________________________
H) _________________________
I) _________________________
J) _________________________
K) _________________________
L) _________________________

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7.3 Sistema Métrico

Cálculo de leitura

Micrômetro com resolução de 0,01 mm

A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada


passo.

A resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor


deslocamento do seu fuso. Para obter a medida, divide-se o passo pelo número
de divisões do tambor.

Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será:

0,5 mm = 0,01 mm
50
Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01mm no

fuso.

Figura 69: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 68.

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Leitura no micrômetro com resolução de 0,01 mm:

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.

3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.


Exemplos:

a)

b)

Figuras acima 70: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 69.

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Exercícios
Faça a leitura e escreva a medida na linha.

a)

b)

c)

d)

Figuras acima 71: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 70.

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Micrômetro com resolução de 0,001 mm

Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à


leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura
do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio.

Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução será:

Resolução = 0,001mm

Leitura no micrômetro com resolução de 0,001 mm:

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros na mesma escala.

3º passo - leitura dos centésimos na escala do tambor.

4º passo -leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, verificando qual
dos traços do nônio coincide com o traço do tambor.

A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.

Exemplos:

a)

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b)

Exercício

É importante que você aprenda a medir com o micrômetro. Faça a leitura e


escreva as medidas indicadas nas figuras e escreva a medida.

a)

b)

Figuras acima 72: Micrômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 72, 73.

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8. Medição Angular
Unidades de Medição Angular

A técnica da medição não visa somente a descobrir o valor de trajetos, de


distâncias, ou de diâmetros, mas se ocupa também da medição dos ângulos.

Sistema Sexagesimal

O sistema que divide o círculo em 360º graus, e o grau em minutos e segundos é


chamado sistema sexagesimal. É este o sistema
freqüentemente utilizado em mecânica. A unidade do ângulo é o grau. 0 grau se
divide em 60 minutos, e o minuto se divide em 60 segundos. Os símbolos usados
são: grau (º), minuto (') e segundo (").
Exemplo: 54º31'12" lê-se: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

9 Goniômetro
É um instrumento que serve para aferir ângulos.

Figura 73: Goniômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 82.

O goniômetro simples, também é conhecido como transferidor de grau.

Utilizado em medidas angulares que não necessitam extremo rigor. Sua menor
divisão é de 1º (um grau). Há diversos modelos de goniômetro.
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9.1 Tipos e Usos


Para usos comuns, em casos de medidas angulares que não exigem extremo
rigor, o instrumento indicado é o goniômetro simples (transferidor de grau).

Figura 74: Transferidor de grau.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 83.

A figura a seguir mostra um goniômetro de precisão. O disco graduado e o


esquadro formam uma só peça, apresentando quatro graduações de 0º a 90º. O
articulador gira com o disco do vernier, e, em sua extremidade, há um ressalto
adaptável à régua.
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Figura 75: Goniômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 84.

Exemplos de diferentes medições de ângulos de peças ou ferramentas, mostrando


várias posições da lâmina.

Figura 76: Transferidor de grau.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 84.

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Divisão Angular

Em todo tipo de goniômetro, o ângulo reto (90º) apresenta 90 divisões. Assim


cada divisão equivale a 1º (um grau). Observe abaixo a divisão do disco graduado
do goniômetro.

Figura 77: Goniômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 85.

Cálculo da resolução

Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' (5 minutos) para cada traço do nônio.
Dessa forma, se é o 2º traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa,
adicionamos 10' aos graus lidos na escala fixa; se for o 3º traço, adicionamos 15';
se o 4º, 20' etc.

A resolução é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos


de medida com nônio.

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Ou seja:

9.2 Leitura do Goniômetro


Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio.
Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido
anti-horário.

A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero (0) nônio,
seguindo a mesma direção da leitura dos graus.

Figura 78: Goniômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 86.

Assim, nas figuras acima, as medidas são, respectivamente:

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Utilização do Nônio

Nos goniômetros de precisão, o vernier (nônio) apresenta 12 divisões à direita, e à


esquerda do zero do nônio (fig.13). Se o sentido da leitura for à direita, usa-se o
nônio da direita; se for à esquerda, usa-se o nônio da esquerda.

Figura 79: Goniômetro.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 86.

9.3 Exercícios
Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

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10 Relógio Comparador
Instrumento de medição por comparação, dotado de uma escala e um ponteiro,
ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato. Utilizado para comparar
(medir) folgas, desgastes e empenos em componentes ou conjuntos mecânicos.

O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação.


As diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas
mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.

Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido


horário, a diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão
que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será
negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.

Figura 79: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 93.

Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem


resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo,
os mais comuns são de 1 mm, 10 mm, .250" ou 1".

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Constituição

O relógio comparador é constituído de:

Figura 80: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 94.
Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em
relação a ponta de contato (vertical). E, caso apresentem um curso que implique
mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal,
outro menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal.

Figura 81: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica
– SENAI - ES, 2005. P. 94.

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Metrologia
Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis,
podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que
será medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios


comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições
especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas etc.

Dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessuras de chapas:

Figura 82: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 95.

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das
vantagens é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro
ou de defeitos, como conicidade, ovalização etc.

Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de


uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador,
no qual pode-se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve ser previamente
calibrado em relação a uma medida padrão de referência.
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Metrologia

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou


súbito.

Figura 83: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 96.
Relógio comparador eletrônico

Este relógio possibilita uma leitura rápida, indicando instantaneamente a medida


no display em milímetros, com conversão para polegada, zeragem em qualquer
ponto e com saída para mini processadores estatísticos.

Figura 84: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 96.

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Metrologia
10.1 Mecanismos de amplificação
Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por
alavanca e mista.

Amplificação por engrenagem

Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de


amplificação por engrenagens.

As diferenças de grandeza que acionam o ponto de contato são amplificadas


mecanicamente.

A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem
de engrenagens que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador.

Figura 85: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 97.

Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a


um deslocamento de 1 mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100
divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.

Figura 86: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica
– SENAI - ES, 2005. P. 97.

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Metrologia
Amplificação por alavanca

Consiste no movimento da mesma, provocado pela subida da ponta apalpadora.


Este sistema, embora tenha um campo de medição restrito, alcança uma precisão
de até 0,001mm.

Figura 87: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 98.

O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores


com alavancas, cuja capacidade de medição é limitada pela pequena amplitude
do sistema basculante.

Assim, temos:

Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, a despeito do


esforço em contrário produzido pela mola de contato. O ponteiro-alavanca,
mantido em contato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à
graduação.

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Metrologia
A figura abaixo representa a montagem clássica de um aparelho com capacidade
de ± 0,06 mm e leitura de 0,002 mm por divisão.

Figura 88: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 99.

Amplificação Mista

Resulta da combinação alavanca e engrenagem, que permite o aumento da


sensibilidade a 0,001mm, sem reduzir a capacidade de medição. Os relógios de
0,01mm de precisão são os mais utilizados. Sua capacidade de medição é
geralmente de 10mm.

Controle do Relógio

Antes de medirmos uma peça com o relógio, devemos estar certos de que este se
encontra aferido. Para verificarmos possíveis erros, fazemos, com o auxílio de um
suporte de relógio, a medição de blocos-padrão de medidas diferentes e
observamos se as medidas registradas no relógio correspondem às dos blocos.
São encontrados também calibradores específicos para relógios comparadores.

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Figura 89: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 99.
Recomendações
• Ao utilizar o relógio, desça suavemente o apalpador sobre a peça.
• Ao retirar a peça, levante ligeiramente o apalpador.
• O relógio deverá estar perpendicular à superfície da peça, para que não se
cometam erros de medidas.
• Evite choques, arranhões e sujeiras.
• Mantenha o relógio guardado em estojo próprio.

10.2 Aplicações dos Relógios Comparadores

Figura 90: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 100.

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Figura 91: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 100.

Figura 92: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 101.

Figura 93: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 102.

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Figura 94: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 102.

Conservação

• Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.


• Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça.
• Evitar choques, arranhões e sujeira.
• Manter o relógio guardado no seu estojo.
• Os relógios devem ser lubrificados internamente nos mancais das engrenagens.

10.3 Relógio com Ponta de Contato de Alavanca


(Apalpador)
É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco
possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições.

Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática


do movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual
seleciona a direção do movimento de medição ascendente ou descendente.

O mostrador é giratório com resolução de 0.01 mm, 0.002 mm,0.001" ou .0001".

Figura 95: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 102.

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Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de
aplicações, tanto na produção como na inspeção final.

Exemplos:

- Excentricidade de peças.
- Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.
- Paralelismos entre faces.
- Medições internas.
- Medições de detalhes de difícil acesso.

10.4 Tipos de Aplicações

Figura 96: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 103.

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Figura 97: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 103.

Para medidas de distâncias entre furos e rasgos, existem relógios especiais com
pontas longas e reversíveis, ajustáveis a vários ângulos.

Figura 98: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 104.

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Figura 99: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 104.

Figura 100: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 104.

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A sensibilidade ou resolução, indicada no relógio indicador universal, só será
exata quando na execução de uma medição, o eixo da ponta reversível se
encontrar paralelo à superfície por medir. Veja as figuras abaixo:

Figura 101: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 105.

10.5 Exercícios
1) Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

Figura 102: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 106.
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2) Faça a leitura e a escreva abaixo da figura.
Observações
• A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.
• Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

Figuras acima 103: Relógio Comparador.


Fonte: Apostila de Metrologia Básica – SENAI - ES, 2005. P. 106.

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11 Referências Bibliográficas

AUTOR. Telecurso 2000; Curso Profissionalizante- Metrologia I. Edição. São


Paulo. Edições Globo, 1996.

Apostila SENAI. ES. Metrologia- Noções Básicas. 1ª edição – Vitória, 2005.

Apostila SENAI-BA CIMATEC – Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia.


Calibração e Certificação de Sistemas de Medição. Salvador, 2002.

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