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DESENHO
TÉCNICO
MECÂNICO
Itabira
2004
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração/Organização
Edilson José Gomes
Geraldo Magela de Oliveira
Luiz Antônio Madeira
Unidade Operacional
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 05
4. ESCALAS .................................................................................................... 41
4.1 Tipos e Empregos ................................................................................. 41
6. PERSPECTIVA ........................................................................................... 63
6.1 Isométrica ............................................................................................... 63
6.2 Exercícios ............................................................................................... 68
Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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INTRODUÇÃO
Quando alguém quer transmitir um recado pode utilizar a fala ou passar seus
pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem
fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha,
acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na forma de desenho.
A escrita, a fala e o desenho representam idéias e pensamentos. A representação
que vai interessar neste curso é o desenho.
Figura 1 – Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega) do período mesolítico (6000 – 4500
A. C.)
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1. LINHAS CONVENCIONAIS
Tipos de Linhas
APLICAÇÃO GERAL
LINHA DENOMINAÇÃO
(ver figuras 1.1 e 1.2 e outras)
A Contínua larga A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis
B Contínua estreita B1 linhas de interseção
imaginárias
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
____________________ B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções
rebatidas na própria vista
B7 linhas de centros curtas
C Contínua estreita a mão livre (1) C1 limites de vistas ou cortes
parciais ou interrompidas se
o limite não coincidir com
linhas de traço e ponto
(Figura 1.3)
D Contínua estreita em ziguezague (1) D1 esta linha destina-se a
desenhos confeccionados
por máquinas (Figura1.4)
E Tracejada larga (1)
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F Tracejada estreita (1) F1 contornos não visíveis
___ ___ ___ ___ __ F2 arestas não visíveis
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Figura 1.1
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2. PROJEÇÕES ORTOGONAIS
2.1 VISTAS ESSENCIAIS
Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada
(representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o nome de
"projeção".
PROJEÇÃO
PEÇA
Figura 2.1
Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. Para representar a caixa vista de
frente, consideramos um plano vertical e vamos representar nele esta vista. A
vista de frente é, por isso, também denominada projeção vertical e/ou elevação.
Figura 2.2
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V.F
Figura 2.3
Figura 2.4
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V.C.
Figura 2.5
Figura 2.6
Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até seis vistas;
entretanto, uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser representada
por um numero de vistas que nos dê a idéia completa de peça, um número de
vistas essenciais para representá-la a fim de que possamos entender qual é a
forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de vistas
principais.
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Figura 2.7
Figura 2.8
Figura 2.9
Figura 2.10
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Na vista lateral esquerda das projeções das peças abaixo, existem linhas
tracejadas. Elas representam as arestas não visíveis.
Figura 2.12
LINHAS DE CENTRO
Figura 2.13
Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado direito da
peça, usa-se a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da elevação,
conforme exemplos seguintes.
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Figura 2.14
Figura 2.15
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Figura 2.16
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2.2 EXERCÍCIOS
1. Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas.
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Nos exemplos seguintes estão representadas peças com duas vistas. Continuará
havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda
vista aquela que melhor complete a representação da peça.
Figura 2.18
Nos exemplos seguintes estão representadas peças por uma única vista. Neste
tipo de projeção e indispensável o uso de símbolos.
Figura 2.19
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2.4 EXERCÍCIOS
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2. Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (elevação e
planta) e coloque os números correspondentes como no exemplo 1.
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3. DIMENSIONAMENTO E SIMBOLOGIA
Você já sabe que, embora não existam regras fixas de cotagem, a escolha da
maneira de dispor as cotas no desenho técnico depende de alguns critérios. Os
profissionais que realizam a cotagem dos desenhos técnicos devem levar em
consideração vários fatores, como por exemplo: forma da peça; forma e
localização dos seus elementos; tecnologia da fabricação; função que esta peça
irá desempenhar e a precisão requerida na execução e no produto final.
Observe a vista frontal de uma peça cilíndrica formada por várias partes com
diâmetros diferentes.
Neste desenho, foi realizada uma cotagem em cadeia. Observe que, na cotagem
em cadeia, cada parte da peça é cotada individualmente. A parte identificada pela
letra A, por exemplo, mede 25 mm de comprimento. Já a cota 12 indica o
comprimento da parte C. Analise você mesmo as demais cotas.
Você deve ter reparado que a cotagem da peça não está completa. Foram
inscritas apenas as cotas que indicam o comprimento de cada parte da peça, para
ilustrar a aplicação do sistema de cotagem em cadeia.
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Observe a perspectiva cotada e, ao lado, a vista frontal do pino com rebaixo. Note
que a perspectiva apresenta apenas duas cotas, enquanto que a vista frontal
apresenta a cotagem completa.
foi prolongada uma linha auxiliar a partir da face de referência tomada como base
para indicação das cotas de comprimento 35 e 45. No desenho técnico da peça
não se usa a expressão: "face de referência".
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As cotas 30, 21, 32, 13 e 19 foram determinadas a partir da linha básica vertical.
A expressão linha básica não aparece no desenho técnico. Você deve deduzir
qual foi a linha do desenho tomada como referência analisando a disposição das
cotas.
É claro que a cotagem do desenho anterior não está completa. Foram indicadas
apenas as cotas relacionadas com a linha básica escolhida, para que você
identificasse com facilidade este tipo de cota.
Analise agora um exemplo de desenho técnico cotado por mais de uma linha
básica.
Figura 3.5
Essa peça apresenta uma curvatura irregular. Observe que algumas cotas foram
determinadas a partir da linha básica, que corresponde à linha de simetria
horizontal da peça. Outras foram determinadas a partir da face de referência
identificada pela letra A. Veja a mesma peça, representada em vista única cotada.
As cotas indicadas a partir da linha básica são: 24, 12, 11,20,29,35 e 39. As cotas
indicadas a partir da face de referência são: 96, 86, 71, 56, 41, 26 e 13.
Cotagem aditiva: este tipo de cotagem pode ser usado quando houver limitação
de espaço e desde que não cause dificuldades na interpretação do desenho. Veja
a mesma placa com 6 furos, que você estudou cotada em paralelo, agora com
aplicação de cotagem aditiva.
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Figura 3.9
O mesmo ponto 0 serve de origem para a indicação das cotas em duas direções,
como você pode ver no desenho técnico a seguir.
Existe uma outra maneira de indicar a cotagem aditiva: consiste na cotagem por
coordenadas.
Figura 3.12
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SÍMBOLO SIGNIFICADO
Indica que a superfície deve permanecer bruta, sem acabamento, e as
rebarbas devem ser eliminadas.
Indica que a superfície deve ser alisada, apresentando dessa forma marcas
pouco perceptíveis à visão.
Indica que a superfície deve ser polida, e assim ficar lisa, brilhante, sem
marcas visíveis.
Tabela 3.1 - Símbolos de acabamento superficial e seu significado
Avaliação da Rugosidade
Figura 3.15
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Figura 3.16
A remoção de material sempre ocorre em processos de fabricação que envolvem
corte, como por exemplo: o torneamento, a fresagem, a perfuração entre outros.
Quando a remoção de material não é permitida, o símbolo básico é representado
com um círculo, como segue.
Figura 3.17
O símbolo básico com um círculo pode ser utilizado, também, para indicar que o
estado de superfície deve permanecer inalterado mesmo que a superfície . venha
a sofrer novas operações.
Figura 3.18
Você já sabe que o valor da rugosidade tanto pode ser expresso numericamente,
em mícrons, como também por classe de rugosidade.
O valor da rugosidade vem indicado sobre o símbolo básico, com ou sem sinais
adicionais.
Figura 3.19
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Figura 3.20
Nesse exemplo, a superfície considerada deve ter uma rugosidade Ra
compreendida entre um valor máximo N 9 e um valor mínimo N 7 que é o mesmo
que entre 6,3 µm e 1,6 µm. Para saber a equivalência das classes de rugosidade
em mícrons (µm), basta consultar a tabela de Características da rugosidade (Ra),
vista anteriormente.
Quando for necessário definir a direção das estrias isso deve ser feito por um
símbolo adicional ao símbolo do estado de rugosidade.
Os símbolos para direção das estrias são normalizados pela NBR8404/84. Veja, a
seguir, quais são os símbolos normalizados.
Figura 3.21
Lembre-se de que as estrias não são visíveis a olho nu por serem características
microgeométricas. A indicação da direção das estrias, no desenho técnico,
informa ao operador da máquina qual deve ser a posição da superfície a ser
usinada em relação à ferramenta que vai usiná-Ia.
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Figura 3.22
Figura 3.23
Figura 3.24
Figura 3.25
Figura 3.26
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Quando for necessário indicar esse valor, ele deve ser representado à esquerda
do símbolo, de acordo com o sistema de medidas utilizado para cotagem. Veja
um exemplo.
Figura 3.27
Figura 3.28
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Figura 3.29
O símbolo pode ser ligado à superfície a que se refere por meio de uma linha de
indicação, como no próximo desenho.
Figura 3.30
Note que a linha de indicação apresenta uma seta na extremidade que toca a
superfície. Observe novamente o desenho anterior e repare que o símbolo é
indicado uma vez para cada superfície. Nas peças de revolução, o símbolo de
rugosidade é indicado uma única vez, sobre a geratriz da superfície considerada.
Veja.
Figura 3.31
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Figura 3.32
Se a peça faz parte de um conjunto mecânico, ela recebe um número de
referência que a identifica e informa sobre a posição da peça no conjunto. Nesse
caso, a indicação do estado de superfície vem ao lado do número de referência
da peça, como no próximo desenho.
Figura 3.33
Figura 3.34
Figura 3.35
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de N 10 a N 12
de N 7 a N 9
de N4 a N6
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4. ESCALAS
Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção de uma peça,
nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peça.
Por exemplo: é impossível representar no desenho uma mesa de três metros de
comprimento em seu tamanho real, como é também difícil ou quase impossível
representar em seu tamanho natural uma peça para relógio, com três milímetros
de diâmetro.
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Neste exemplo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas.
− 1:2,
− 1:2,5,
− 1:5 e
− 1:10 até
− 1:100.
Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta,
estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram,
também, os valores reais da peça.
− 2:1,
− 5:1e
− 10:1.
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Desenho Peça
1 : 2
Figura 4.4 – Isto significa que 2mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho.
1 2
Figura 4.5 – 1 = Escala 1:1
2 = Escala 1:2
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4.2 EXERCÍCIOS
1. Complete as lacunas:
DIMENSÃO DA DIMENSÃO NO
ESCALA
PEÇA DESENHO
42 1:2
1:1 70
1:2 22
35 175
65 1:2,5
1:5 40
8 2:1
25,4 25,4
145 29
16 2:1
5:1 260
75 30
220 1:10
1:2,5 16
2:1 74
60 12
2,6 10:1
5:1 72
1,2 12
1:2,5 15
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5. CORTES E SEÇÕES
5.1 INTRODUÇÃO
Os cortes são utilizados em desenhos de peças e conjuntos, para facilitar a
interpretação de detalhes internos que, através das vistas, sem o emprego do
corte, seriam de difícil interpretação.
Figura 5.2
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Figura 5.3
Figura 5.4
Figura 5.5
A seguir, temos outro exemplo, em que a peça foi cortada por um plano horizontal
e a parte de cima, retirada.
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Figura 5.6
Figura 5.7
Observação: Pelo exposto, vimos que as vistas que não são atingidas pelos
cortes não sofrem alteração em sua representação.
5.2 HACHURAS
As hachuras servem para evidenciar as áreas de cortes. São utilizados traços
estreitos inclinados a 45º em relação às linhas principais do contorno ou eixos de
simetria.
Figura 5.8
Figura 5.9
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Figura 5.10
Figura 5.11
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Figura 5.12
Observação: Deve ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imaginamos
retirada a parte da peça que impedia a visão; porém, para o traçado das outras
vistas a referida parte é considerada como não retirada.
Figura 5.13
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Nas vistas em corte, os detalhes não visíveis poderão ser omitidos, desde que
não dificultem a leitura do desenho.
Figura 5.14
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Figura 5.15
Figura 5.16
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5.6 EXERCÍCIOS
Complete os desenhos em corte total e meio corte, conforme o exemplo.
Exemplo
1.
2.
3.
4.
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A parte cortada é limitada por uma linha de ruptura e pelo contorno do desenho
da peça.
Figura 5.17
5.8 SEÇÕES
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou partes de peças,
evitando vistas desnecessárias, que nem sempre identificam a peça.
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Figura 5.18
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5.9 RUPTURAS
Rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de peças
que, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor
aproveitamento de espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem
às convenções abaixo.
Figura 5.23
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Figura 5.24
Figura 5.25
Como as áreas atingidas pelo corte são semelhantes, fica difícil, à primeira vista,
dizer qual das peças atingidas pelo corte está representada na vista hachurada.
Para responder a essa questão, você precisa, antes, estudar omissão de corte.
Assim, você será capaz de:
Omissão quer dizer falta, ausência. Nas representações com omissão de corte, as
hachuras são parcialmente omitidas.
Analisando o próximo exemplo, você vai entender as razões pelas quais certos
elementos devem ser representados com omissão de corte. Compare as duas
escoras, a seguir.
Figura 5.26
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Figura 5.27
Figura 5.28
Note que, embora a nervura seja uma parte maciça, ela foi representada no
desenho técnico sem hachuras. Na vista em corte, as hachuras da nervura foram
omitidas.
Dentre os elementos que devem ser representados com omissão de corte você
estudará também nervuras, orelhas, braços de polias, dentes e braços de
engrenagens.
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Figura 5.33
O corte foi imaginado vendo-se a peça de frente. A vista onde o corte aparece
representado é a vista frontal. A nervura foi atingida pelo corte no sentido
longitudinal. Na vista frontal, a nervura está representada com omissão de corte.
Abaixo da vista frontal vem o nome do corte: Corte AA. O local por onde passa o
plano de corte vem indicado na vista superior, pela linha traço e ponto estreita,
com traços largos nas extremidades. As setas apontam a direção em que foi
imaginado o corte. As letras, ao lado das setas, identificam o corte. A vista lateral
aparece representada normalmente, da maneira como é vista pelo observador.
Figura 5.34
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Vamos imaginar que a peça foi atingida por um plano de corte longitudinal
vertical, para poder analisar as nervuras.
Numa representação normal de corte, toda a área maciça atingida pelo corte
deveria ser hachurada, como mostra o desenho a seguir.
Figura 5.35
Mas esta representação daria uma idéia falsa da estrutura da peça. Então, é
necessário imaginar a omissão de corte na nervura longitudinal.
Figura 5.36
Nas vistas ortográficas desta peça, a vista representada em corte é a vista frontal.
Na vista frontal, a nervura atingida longitudinalmente pelo corte é representada
com omissão de corte. A nervura transversal é representada hachurada.
Figura 5.37
Figura 5.38
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Mecânica
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Neste caso, a vista atingida pelo corte é a lateral. A nervura longitudinal deve ser
representada hachurada, porque foi atingida pelo corte transversal. A nervura
transversal deve ser representada com omissão de corte. Observe, com atenção,
as vistas ortográficas da peça, cortada pelo plano transversal.
Figura 5.39
Analise uma outra possibilidade. Imagine a mesma peça cortada por um plano de
corte longitudinal horizontal.
Figura 5.40
Tanto a nervura longitudinal como a nervura transversal foram atingidas pelo corte
no sentido transversal. Então, não há necessidade de representar as nervuras
com omissão de corte. No desenho técnico, as duas nervuras devem ser
hachuradas.
Braços de polias também devem ser representados com omissão de corte. Veja
um exemplo, comparando as duas polias, representadas a seguir.
Figura 5.41
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Mecânica
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Figura 5.42
Numa representação normal, as vistas das duas polias ficariam iguais. Veja.
Figura 5.43
Para diferenciar as representações das duas polias e para dar uma idéia mais real
da estrutura da peça, os braços da polia são representados com omissão de corte
no desenho técnico.
Figura 5.44
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Figura 5.45
Figura 5.46
Figura 5.47
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Mecânica
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6.PERSPECTIVA
A perspectiva, por ser desenho ilustrativo, auxilia a interpretação de peças,
embora em muitos casos, não possa mostrar todos os detalhes.
Figura 6.1
Figura 6.2
Figura 6.3
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Mecânica
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Figura 6.4
Figura 6.5
2º) Marque, sobre os eixos que partem para a direita e para a esquerda, a medida
do diâmetro da circunferência, e trace, com linhas finas, a perspectiva isométrica
da figura circunscrita à circunferência. Para facilitar a construção esboço, coloca-
se em cada vértice do quadrado em perspectiva isométrica uma letra.
Figura 6.6
3º) Marque os pontos médios das linhas entre as letras AB, BC, CD e DA. A partir
das letras A e C, trace linhas retas, passando por estes pontos. Na interseção (no
cruzamento) destas retas, marque os pontos 1 e 2 (centro dos arcos menores); A
e C (centro dos arcos maiores).
Figura 6.7
4º) Agora, trace linhas curvas, tendo os pontos 1 e 2 como centro dos arcos
tangentes às linhas isométricas. Pela mesma forma, complete a elipse, traçando
os arcos maiores com centro nas letras A e C.
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Mecânica
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Figura 6.5
5º) Analise agora a forma da elipse isométrica e, se necessário, procure dar a ela
uma forma agradável.
Figura 6.6
Figura 6.7
Figura 6.8
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Mecânica
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2º) Marque os pontos E, F, G e H, que são os pontos médios dos segmentos AB,
BC, CD e DA, respectivamente. Trace a partir de C, linhas que passam por E e H;
a partir de A, linhas que passam por F e G, determinando os pontos M e N. Com
centro em C, trace o arco tangente aos pontos H e E. Com centro em M, trace o
arco tangente aos pontos G e H. Neste traçado obtemos a curvatura da face
superior do objeto.
Figura 6.9
3º) Para a face inferior do objeto, use o mesmo processo, para traçar o arco. A
ligação entre as duas faces, é feita através de uma linha reta tangente aos arcos.
Figura 6.10
4º) Finalmente, reforce o traçado dos arcos e das arestas visíveis. Apague as
linhas que foram usadas para a construção e analise cuidadosamente o esboço.
Figura 6.11
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Mecânica
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6.2 EXERCÍCIOS
Marque a letra correspondente à perspectiva correta.
1.
2.
3.
4.
5.
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7. CONJUNTOS MECÂNICOS
7.1 DESENHO DE CONJUNTO
Desenho de conjunto é o desenho da máquina, dispositivos ou estrutura, com
suas partes montadas.
O primeiro conjunto que você vai estudar, a fim de interpretar desenhos para
execução de conjunto mecânico é o grampo fixo.
Figura 7.1
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Uma vez que as peças são desenhadas da mesma maneira como devem ser
montadas no conjunto, fica fácil perceber como elas se relacionam entre si e
assim deduzir o funcionamento de cada uma.
Figura 7.2
Por meio dessa perspectiva você tem a idéia de como o conjunto será montado.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.3
Interpretação da Legenda
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Mecânica
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Figura 7.4
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Mecânica
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Figura 7.5
Figura 7.6
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Mecânica
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Tabela 7.1
Os nomes das peças que compõem o grampo fixo são: corpo, encosto móvel,
parafuso, manípulo e cabeça. Para montagem do grampo fixo são necessárias
duas cabeças e uma unidade de cada uma das outras peças.
Todas as peças são fabricadas com aço ABNT 1010-1020. Esse tipo de aço é
padronizado pela ABNT. Os dois primeiros algarismos dos numerais 1010 e 1020
indicam o material a ser usado, que nesse caso é o aço-carbono.
Todas as peças do grampo fixo são fabricadas com o mesmo tipo de aço. Mas, as
seções e as medidas do material de fabricação são variáveis.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Cada peça que compõe o conjunto mecânico deve ser representada em desenho
de componente.
Apenas as peças padronizadas, que não precisam ser executadas pois são
compradas de fornecedores externos, não são representadas em desenho de
componente.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.7
Figura 7.8
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Não há indicações de tolerâncias específicas, pois trata-se de uma peça que não
exige grande precisão. Apenas a tolerância dimensional geral foi indicada: ±0,1.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.10
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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O corpo está representado pela vista frontal e duas vistas especiais: vista de A e
vista de B.
A vista frontal apresenta um corte parcial e uma seção rebatida dentro da vista.
O corte parcial mostra o furo roscado. O furo roscado tem uma rosca triangular
métrica normal. A rosca é de uma entrada.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.11
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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A legenda nos informa que o parafuso está desenhado em escala natural (1:1), no
1º diedro.
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.12
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.13
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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8. TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
8.1 SÍMBOLOS CONVENCIONAIS
Convenções de Fluxogramas
SÍMBOLO NOME
Válvula de gaveta
Válvula globo
Válvula macho
Válvula de agulha
Válvula borboleta
Redução
Tampão
Flange cego
Raqueta
Figura “8”
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Linha de ar de instrumentos
Filtro de linha
Purgador de vapor
Junta de expansão
Ejetor
Bomba centrífuga
Bomba alternativa
Compressor
Permutador de calor
Forno
Vasos diversos
Do sistema ou do processo
Vazão de líquido
Vazão de gás
Temperatura
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Mecânica
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Pressão
Convenções de Plantas
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Figura 7.14
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Mecânica
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Válvula gaveta Válvula macho Válvula globo Válvula de controle Válvula de retenção
Válvula de segurança Válvula solenóide Válvula de 3 vias Válvula com volante para
correntes
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Mecânica
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Mantenedor Mecânico
Mecânica
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Mecânica
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Mecânica
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Figura 7.19 – Ancoragens para trechos de grande extensão com junta de expansão para
evitar efeitos da dilataçao
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Mecânica
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Referências Bibliográficas
1. TELECURSO 2000 – PROFISSIONALIZANTE – Mecânica Leitura e
Interpretação de Desenho Técnico Mecânico – volumes 1, 2 e 3 – Editora
Globo – São Paulo – 1995
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