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SUMÁRIO

Introdução ..................................................................................................................................................... 02

Mas o que é mesmo Desenho Técnico ....................................................................................................... 03

Quais as diferenças entre Desenho Técnico e Desenho Artístico? ............................................................. 04

Como é elaborado um Desenho Técnico ..................................................................................................... 05

Principais tipos de papéis (folhas) utilizadas em Desenhos técnicos .......................................................... 06

Figuras Geométricas .................................................................................................................................... 07

Os Sólidos Geométricos e Sólidos de Revolução ........................................................................................ 10

Desenho Arquitetônico ................................................................................................................................. 14

História .......................................................................................................................................................... 15

Normatização................................................................................................................................................ 15

Elementos do Desenho ................................................................................................................................ 17

Materiais de Desenho ................................................................................................................................... 19

Escalas ......................................................................................................................................................... 25

Perspectivas ................................................................................................................................................. 27

Aplicação do Desenho Projetivo no Desenho de Arquitetura ...................................................................... 37

A Planta Baixa .............................................................................................................................................. 41

Cortes ........................................................................................................................................................... 44

Fachadas ...................................................................................................................................................... 45

Montagem do Equipamento na Caixa de Incêndio ...................................................................................... 48

O Mapa de Riscos Ambientais ..................................................................................................................... 50

Bibliografia ..................................................................................................................................................... 61
Técnico em Segurança do Trabalho

DESENHO TÉCNICO
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INTRODUÇÃO

Considerando a necessidade de representar figuras, ambientes e lay-


out, bem como, interpretar projetos em segurança do trabalho, surge a
alternativa da aprendizagem do desenho técnico, como instrumento para essa
finalidade.

Para obtermos um bom desempenho no desenvolvimento do Desenho


Técnico, precisamos, além de conhecer todo o material e instrumentos de
Desenho, desenvolver algumas qualidades especificas tais como: a limpeza, a
ordem, a atenção, o capricho, a exatidão e, sobretudo, a perseverança. Um
Desenho para ser bem executado, exige uma técnica que vai desde a
qualidade do papel, do lápis, da borracha e dos demais materiais e
instrumentos, à sua postura laboral.

Não podemos, no entanto, nos esquecer que nós, meu caro aluno,
necessitamos tomar consciência de que o aprendizado flui com mais facilidade
quando existe o espírito de equipe. A experiência acadêmica e do mundo do
trabalho nos mostra que a troca de informações se faz necessária entre
aqueles que desenvolvem uma atividade laboral. Nesse contexto, chamamos a
atenção para o desenho, tendo em vista que necessitamos, não apenas,
acumular conteúdo teórico, mas desenvolver a nossa habilidade motora,
utilizando corretamente os instrumentos do desenho para que venhamos a
produzir com satisfação e qualidade.

Mas para conhecer melhor o que é disciplina e quais as suas aplicações


para nós, vejamos os conceitos que se seguem:

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Desenho técnico
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre e outras

- Veja, ao lado, o desenho de uma peça


mecânica segundo as convenções do desenho
técnico.

O desenho técnico é um ramo especializado do desenho, caracterizado pela


sua normatização e pela apropriação que faz das regras da geometria descritiva. Tal
forma de desenho é utilizada como base para a atividade projetual em disciplinas
como a arquitetura, o design e a engenharia. O desenho técnico, é a ferramenta mais
importante num projeto, por ser o meio de comunicação entre quem projeta e quem
fabrica. Nele constam todas as informações referentes ao projeto. Existem dois
modelos de representação: pelo método europeu (ou do primeiro diedro) e
pelo método americano (ou do terceiro diedro).

Mas o que é mesmo, Desenho Técnico?

Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar


seus pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a
mensagem fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando
alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel
na forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho representam idéias e
pensamentos. A representação que vai interessar neste curso é o desenho.

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Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de


comunicação. E essa representação gráfica trouxe grandes contribuições para
a compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos
antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até
suas ideias.

As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do


tempo, à medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua
cultura. Veja algumas formas de representação da figura humana, criadas em
diferentes épocas históricas.

A representação do corpo humano transmite a idéia de volume. Esses


exemplos de representação gráfica são considerados desenhos artísticos.
Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de
representação gráfica, usada, entre outras finalidades, para ilustrar
instrumentos de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E esse tipo de
desenho também sofreu modificações, com o passar do tempo.

Quais as diferenças entre o desenho técnico e o desenho artístico?

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por


profissionais de uma mesma área, como, por exemplo, na mecânica, na
marcenaria, na eletricidade. Maiores detalhes sobre o desenho técnico você
aprenderá no decorrer deste curso. Por enquanto, é importante que você saiba
as diferenças que existem entre o desenho técnico e o desenho artístico. Para
isso, é necessário conhecer bem as características de cada um.

Os artistas transmitiram suas idéias e seus sentimentos de maneira


pessoal. Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a realidade. O
desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. Já o
desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com exatidão todas
as características do objeto que representa.

Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas


previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos os elementos do
desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são normalizados.
Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com
normas específicas. Nesses desenhos, as representações foram feitas por
meio de traços, símbolos, números e indicações escritas, de acordo com
normas técnicas.

No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT -


Associação Brasileira de Normas Técnicas. Nesta disciplina você vai conhecer
a aplicação das principais normas técnicas referentes ao desenho técnico
mecânico, de acordo com a ABNT.

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Como é elaborado um desenho técnico

Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho


de vários profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o
projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser. Depois representa suas
ideias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O
esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho
preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração
do projeto, que ainda pode sofrer alterações. Depois de aprovado, o desenho
que corresponde à solução final do projeto será executado pelo desenhista
técnico. O desenho técnico definitivo, também chamado de desenho para
execução, contém todos os elementos necessários à sua compreensão.

O desenho para execução, que tanto pode ser feito na prancheta como
no computador, deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que
dispõem sobre o assunto.

- Desenho técnico de marcenaria.


- Desenho técnico mecânico.
- Desenho técnico de arquitetura.

O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que


vai executar a peça. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico
para que possa executar a peça. Quando o profissional consegue ler e
interpretar corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar
exatamente como será a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é
necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia e os
princípios de representação da geometria descritiva.

Geometria descritiva: a base do desenho técnico - O desenho técnico, tal


como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao matemático francês
Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de representação gráfica que existiam
até aquela época não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos de forma
completa, correta e precisa. Monge criou um método que permite representar,
com precisão, os objetos que têm três dimensões (comprimento, largura e
altura) em superfícies planas, como, por exemplo, uma folha de papel, que tem
apenas duas dimensões (comprimento e largura).Esse método, que passou a
ser conhecido como método Mongeano, é usado na geometria descritiva. E os
princípios da geometria descritiva constituem a base do desenho técnico.

Veja: À primeira vista, pode parecer complicado. Mas, não se preocupe.


Acompanhando este curso, você será capaz de entender a aplicação da
geometria descritiva no desenho técnico. Basta aprender ou recordar algumas
noções básicas de geometria, que serão apresentadas posteriormente.

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Papéis especiais utilizados no desenho técnico

Vamos conhecer agora os papéis especiais de


dimensões normalizadas mais utilizados nos
Desenhos Técnicos, que são os da série A cujos
tamanhos principais são (medidas em milímetros) :

A0 - 841 x 1189

A1 - 594 x 841

A2 - 420 x 594

A3 - 297 x 420

A4 - 210 x 297

A5 - 148 x 210

Modalidades
Para cada área da tecnologia existe uma especialização diferente do
desenho técnico, normalmente envolvendo normatização específica. Alguns
exemplos são os que seguem:

 Desenho mecânico - voltado ao projeto de máquinas, motores,


peças mecânicas, etc.

 Desenho arquitetônico - voltado ao projeto


de arquitetura, desenho urbano, paisagismo, etc.

 Desenho técnico de moda - voltado para desenhar a estrutura


técnica das roupas.

FONTE: http://www.google.com.br/imgres?um

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Na figura ao lado, podemos ver


os formatos de papel mais
utilizados em Desenho Técnico

Figuras geométricas

Se olhar ao seu redor, você verá que os objetos Introdução têm forma,
tamanho e outras características próprias. As figuras geométricas foram criadas
a partir da observação das formas existentes na natureza e dos objetos
produzidos pelo homem. Nesta aula você vai conhecer ou recordar os diversos
tipos de figuras geométricas. Todos os objetos, mesmo os mais complexos,
podem ser associados a um conjunto de figuras geométricas. Você terá mais
facilidade para ler e interpretar desenhos técnicos mecânicos se for capaz de
relacionar objetos e peças da área da Mecânica às figuras geométricas.

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Figuras Geométricas Elementares

Ponto

Pressione seu lápis contra uma folha de papel. Observe a marca deixada
pelo lápis: ela representa um ponto. Olhe para o céu, numa noite sem nuvens:
cada estrela pode ser associada a um ponto. O ponto é a figura geométrica
mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem largura,
nem altura. O ponto A dá origem a duas semi-retas. No desenho, o ponto é
determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para identificá-lo, usamos letras
maiúsculas do alfabeto latino, Lê-se: ponto A, ponto B e ponto C.

Linha

Podemos ter uma ideia do que é linha, observando os fios que unem os
postes de eletricidade ou o traço que resulta do movimento da ponta de um
lápis sobre uma folha de papel. A linha tem uma única dimensão: o
comprimento. Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos
dispostos sucessivamente. O deslocamento de um ponto também gera uma
linha.

Linha reta ou reta

Para se ter a idéia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta é
ilimitada, isto é, não tem início nem fim. As retas são identificadas por letras
minúsculas do alfabeto latino. Por exemplo uma reta r:

Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas


partes, chamadas semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de origem,
mas não tem fim.

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço


limitado de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos
segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta são chamados de
extremidades.

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Plano

Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o


tampo de uma mesa. Você pode imaginar o plano como sendo formado por um
conjunto de retas dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o
resultado do deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano é
ilimitado, isto é, não tem começo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-
se representá-lo delimitado por linhas fechadas.

Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: a


(alfa), b (beta) e g (gama), que você pode ver nos planos representados na
figura acima. O plano tem duas dimensões, normalmente chamadas
comprimento e largura. Se tomamos uma reta qualquer de um plano, dividimos
o plano em duas partes, chamadas semiplanos.
Posições da reta e do plano no espaço

A geometria, ramo da Matemática que estuda as figuras geométricas,


preocupa-se também com a posição que os objetos ocupam no espaço. A reta
e o plano podem estar em posição vertical, horizontal ou inclinada. Um tronco
boiando sobre a superfície de um lago nos dá a ideia de uma reta horizontal. O
pedreiro usa o prumo para verificar a verticalidade das paredes. O fio do prumo
nos dá a ideia de reta vertical. Um plano é vertical quando tem pelo menos uma
reta vertical; é horizontal quando todas as suas retas são horizontais. Quando
não é horizontal nem vertical, o plano é inclinado. Veja as posições da reta e do
plano.

Figuras geométricas planas

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no


mesmo plano. A seguir você vai recordar as principais figuras planas. Algumas
delas você terá de identificar pelo nome, pois
são formas que você encontrará com muita
frequência em desenhos mecânicos.

Observe a representação de algumas


figuras planas de grande interesse para
nosso estudo:

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As figuras planas com três ou mais lados são chamadas polígonos.


Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo
plano.

Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes


planos, temos um sólido geométrico.

Analisando a ilustração acima e a seguir você entenderá bem a diferença entre


uma figura plana e um sólido geométrico.

Os sólidos geométricos têm três


dimensões: comprimento, largura e altura.
Embora existam infinitos sólidos
geométricos, apenas alguns, que
apresentam determinadas propriedades, são
estudados pela geometria.

Os sólidos que você estudará neste


curso têm relação com as figuras
geométricas planas mostradas
anteriormente. Os sólidos geométricos são
separados do resto do espaço por
superfícies que os limitam. E essas
superfícies podem ser planas ou curvas.

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Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas,


estudaremos os prismas, o cubo e as pirâmides. Dentre os sólidos geométricos
limitados por superfícies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que
são também chamados de sólidos de revolução.

É muito importante que você conheça bem os principais sólidos


geométricos porque, por mais complicada que seja, a forma de uma peça
sempre vai ser analisada como o resultado da combinação de sólidos
geométricos ou de suas partes.

Prismas

O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode


imaginá-lo como uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros,
como mostra a ilustração:

O prisma pode também ser imaginado como o resultado do


deslocamento de um polígono. Ele é constituído de vários elementos. Para
quem lida com desenho técnico é muito importante conhecê-los bem. Veja
quais são eles nesta ilustração, a seguir:

Verificando o entendimento...

Analise a figura ao lado, ou imagine, uma caixa de fósforos


fechada. Compare com a ilustração e responda:

Quantas faces, arestas e vértices tem esse prisma?


..................................................... faces.
..................................................... arestas.
..................................................... vértices.
As respostas corretas são: 6 faces (no desenho vemos apenas 3 faces; as outras 3 estão ocultas); 12 arestas (as linhas
tracejadas, no desenho, representam as arestas que não podemos ver diretamente); 8 vértices (os vértices são os
pontos em que as arestas se encontram).

Note que a base desse prisma tem a forma de um


quadrado. Por isso ele recebe o nome de prisma regular ou
cubo (hexaedro regular), O prisma que apresenta as seis
faces formadas por quadrados iguais recebe o nome de
cubo.

Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma


denominação específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o
triângulo, é chamado prisma triangular. Quando todas as faces do sólido
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geométrico são formadas por figuras geométricas iguais, temos um sólido


geométrico regular.

Pirâmides

A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por


polígonos. Você pode imaginá-la como um conjunto de
polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que
diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de
imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar
todos os pontos de um polígono qualquer a um ponto P do
espaço. É importante que você conheça também os
elementos da pirâmide: O nome da pirâmide depende do
polígono que forma sua base. Na figura ao lado, temos uma pirâmide
quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da pirâmide é
sempre igual ao nu mero de lados do polígono que forma sua base mais um.
Cada lado do polígono da base é também uma aresta da pirâmide. O número
de arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base vezes dois.
O número de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais
um. Os vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice
principal é o ponto de encontro das arestas laterais.

Verificando o entendimento

Agora é a sua vez: resolva o exercício seguinte.


Analise a pirâmide ao lado e responda:

a) Qual o nome do polígono que forma a base da pirâmide?


...................................................................................
b) Que nome recebe este tipo de pirâmide?
...................................................................................
c) Quantas faces tem esta pirâmide?
...................................................................................
d) Quantas arestas tem esta pirâmide?
...................................................................................
e) Quantos vértices tem esta pirâmide?
...................................................................................
Verifique se você respondeu corretamente: a) O polígono da base é um
triângulo. b) Esta é uma pirâmide triangular. c) Esta pirâmide tem quatro
faces. d) Esta pirâmide tem seis arestas. e) Esta pirâmide tem quatro vértices.

Quando a base da pirâmide é um triângulo equilátero e as faces laterais


são formadas por triângulos equiláteros, iguais aos da base, temos o sólido
geométrico chamado tetraedro. O tetraedro é, portanto, um sólido geométrico
regular, porque todas as suas faces são formadas por triângulos equiláteros
iguais.
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Sólidos de revolução

Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser


formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa
ação de rodar, dar uma volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido
de revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor do eixo
formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz. O cilindro, o cone
e a esfera são os principais sólidos de revolução.

Cilindro

O cilindro é um sólido geométrico, limitado


lateralmente por uma superfície curva. Você pode
imaginar o cilindro como resultado da rotação de um
retângulo ou de um quadrado em torno de um eixo que
passa por um de seus lados. Veja a figura ao lado. No
desenho, está representado apenas o contorno da
superfície cilíndrica. A figura plana que forma as bases
do cilindro é o círculo. Note que o encontro de cada base
com a superfície cilíndrica forma as arestas.

Cone

O cone também é um sólido geométrico limitado


lateralmente por uma superfície curva. A formação do cone
pode ser imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em
torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura
plana que forma a base do cone é o círculo. O vértice é o
ponto de encontro de todos os segmentos que partem do
círculo.

Na figura acima, o cone está representado por um equipamento de


segurança. O encontro da superfície cônica com a base dá origem a uma
aresta.

Dica I - Triângulo equilátero é a figura plana que tem três ângulos


internos iguais.

Dica II - Triângulo retângulo é o triângulo que apresenta um ângulo


interno de 90º.

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Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado por
uma superfície curva chamada superfície esférica. Podemos
imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um
semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro.

Veja os elementos da esfera na figura ao lado. O raio da esfera


é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um
de seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmento de reta que
passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos.

Desenho Arquitetônico
O desenho arquitetônico é, em
um sentido estrito, uma especialização
do desenho técnico normatizado voltada
à execução e a representação
de projetos de arquitetura. Em uma
perspectiva mais ampla, porém,
o desenho de arquitetura poderia ser
encarado como todo o conjunto de
registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou
não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto,
manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre
o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Desta
forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento, seja por parte
do desenhista ou do leitor do desenho. Por este motivo, este tipo de desenho
costuma ser uma disciplina importante nos primeiros anos das faculdades de
arquitetura. O desenho arquitetônico também costuma se constituir em uma
profissão própria: os desenhistas técnicos (ou a sua versão atual, representada
pelos cadistas - ou manipuladores do softwares CAD) são comuns nos
escritórios de projeto.

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História

Detalhe de um projeto produzido no século XIX

O desenho começou a ser usado como meio


preferencial de representação do projeto arquitetônico a
partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia
conhecimentos sistematizados de geometria descritiva, o
que tornava o processo mais livre e sem nenhuma
normatização.

Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a


demandar maior rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas
necessitavam agora de um meio comum para se comunicar e com tal eficiência
que evitasse erros grosseiros de execução de seus produtos. Desta forma,
instituíram-se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas
de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam os estudos feitos
durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no século
anterior. Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de
arquitetura) era naquele momento considerado um recurso tecnológico
imprescindível ao desenvolvimento econômico e industrial.

A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho


arquitetônico tenha passado a ser executado predominantemente em
ambiente CAD (ou seja, de forma eletrônica). Por outro lado, para grande parte
dos profissionais, o desenho à mão ainda é a gênese e o principal meio para a
elaboração de um projeto.

Normatização

A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto


de normas internacionais sob a supervisão da ISSO (ISO é a sigla de
International Organization for Standardization, ou Organização Internacional
para Padronização) Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas
próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.
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No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:

 NBR 10647 - Desenho Técnico


 NBR-10067 – Princípios gerais de representação em Desenho Técnico
 NBR 10068 - Folha de desenho – Layout e dimensões
 NBR 8402 – Letras Técnicas
 NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas -
Larguras das linhas.
 NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura
 NBR 10126 - Cotagem em Desenho Técnico
 NBR 13531 - Elaboração de projetos de edificações – atividades
técnicas
 NBR 8196 – Emprego de Escalas

Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda-se a adequação


a tais normas quando da apresentação de desenhos para fins de execução de
obras ou em situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus
projetos à aprovação em prefeituras), por outro lado admite-se algum nível de
liberdade em relação a elas em outros contextos.

Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo,


normalmente os arquitetos utilizam-se de métodos de desenho próprios
apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se
afastam das determinações das normas.

Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam


uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a
diferentes publicações, por exemplo.

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Elementos do desenho

Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se


uso dos diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria
euclidiana e na geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico
manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas
(tramas).

Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio


desenho (o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o
conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.

As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas,


os cortes e seções e as elevações (ou alçados).

Traços
Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis
(visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras.

Espessura dos traços

Pesos e categorias de linhas

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do


diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente
usam-se quatro espessuras de pena:
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 Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar


elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas
indicativas, linhas de projeção, etc.
 Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em
vista.
 Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos
que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.
 Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos
especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para
representar também elementos em corte, como a pena anterior).

Tipos de traços
Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:

 Traço contínuo. São as linhas comuns.


 Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível"
(ou seja, que esteja além do plano de corte).
 Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas
de planos de corte.

Tramas
Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados
aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do
traço mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado
ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

Folhas
Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do
tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-
se os desenhos em papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram arte-
finalizados em papel vegetal (desenhados à nanquim).

As folhas, como já vimos anteriormente, devem seguir os mesmos


padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um
módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção
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equivalente a raiz quadradade 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0


(a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1
corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro
daquela.

A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e


A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos
menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc.
Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito
comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao
invés da A0. Isto costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir
desde módulo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho,
normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.

Materiais de desenho

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de


materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura
tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto,
ainda são eventualmente usados para checar algum problema com os
desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas
técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em
uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve para
conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma
escala em uma de suas bordas visíveis.

CAD

Desenho gerado em um programa do tipo CAD

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A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral


exige a operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente
demandam um hardware robusto e de alta capacidade de processamento,
e memória. Atualmente, o principal programa para lidar com estes tipos de
desenho é o AutoCad, um software produzido pela empresa
americana Autodesk. O formato em que nativamente grava seus arquivos,
o .dwg, é considerado o padrão "de facto" no mercado da construção
civil para troca de informações de projeto.
Existem, no entanto, diversos outros softwares de CAD para
arquitetura. A maioria deles nem sempre é capaz de ler e escrever
arquivos no formato .dwg, embora muitos utilizem-se do alternativo
formato .dxf. Além de programas CAD destinados ao desenho técnico de
uma forma geral, como o AutoCAD e oMicrostation, também existem
softwares designados especificamente para o trabalho
de projetoarquitetônico, como o ArchiCAD, o ArchiStation, o Autodesk
Architectural Desktop, o Revit, entre outros, com os quais é possível
visualizar o modelo arquitetônico em suas várias etapas de projeto, mais
do que meramente representá-lo na forma de desenho técnico.

Desenho à mão
A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram
utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão
com auxílio de instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos
destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura,
dada a sua informatização.

Prancheta de desenho

Uma mesa, normalmente inclinável, na qual é


possível manter pranchas de desenho em
formatos grandes (como o A0) e onde se
possam instalar reguas T ou paralelas.

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Régua T ou Régua paralela

Estas réguas eram instrumentos para traçado


de retas paralelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um
par de esquadros.

Par de esquadros.

Elementos para auxiliar o traçado de retas em ângulos pré-


desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.

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Escalímetro

FONTE:http://vfco.brazilia.jor.br/historia/outros/escalimetro-para-
ferreomodelismo-HO.shtml
Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com
a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.

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Lapiseiras ou lápis e Borracha

Adequados às espessuras desejadas.

FONTE:http://www.google.c
om.br/imgres?um

A mina de grafite apresenta grau de dureza variável


sendo classificada de três modos:
Por número
N . 1 - grafite macia - de traço forte é usada para destacar traços e fazer esboços.
N . 2 - grafite média - de traço médio é usada para escrita em geral e traços pouco
relevantes.
N 3 - grafite dura - de traço fraco é usada para traços que não precisem ser
destacados, mas necessitam de muita exatidão.
Por letras
Letra B - grafite macia - equivalente à grafite N . 1.
Letra HB e F - grafite média - equivalente à grafite N . 2.
Letra H - grafite dura - equivalente à grafite N . 3.
Por Números e Letras
2B, 3B, .... , 6B - grafites muito macias.
2H, 3H, .... , 9H - grafites muito duras
É importante destacar que nesta classificação os números que antecedem as letras
indicam o aumento ou a diminuição do grau de dureza da grafite.

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Compasso

Instrumento utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências


e transportar medidas lineares

FONTE:http://www.google.com.br/

Transferidor

Instrumento utilizado para medir e traçar ângulos


Existem dois modelos:
o de meia volta (180º - figura esquerda) e o de volta inteira (360º - figura direita)

360º
180 º

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Escalas
O desenho de um objeto, por diversas razões, nem sempre poderá
ser executado com as dimensões reais do mesmo. Tratando-se de um
objeto muito grande, teremos de desenhá-lo em tamanho menor que o seu
tamanho real, conservando suas proporções em todas as medidas. Assim
como um objeto muito pequeno será desenhado em tamanho maior que o
seu real tamanho, com o mesmo respeito as suas proporções.

Esta relação entre objeto e desenho tem o nome de ESCALA.

Uma escala pode ser:

Natural: as medidas do desenho e do objeto são iguais.


Relação única: 1/1 ou 1:1;

De Redução ou Reduzida:
as medidas do desenho são menores que as do objeto.
2/1 ou 2:1;

De Ampliação ou Ampliada:
as medidas do desenho são maiores que as do objeto.
1/20, 1/25, 1/50, 1/75, 1/100, 1/125 ou
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 ou 1:125;

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Portanto, a notação de uma escala representa:


1 / 20 – “Um para vinte” o desenho é vinte vezes menor que o tamanho
real do objeto representado no desenho, ou seja, foi reduzido vinte
vezes;
5 / 1 – “ Cinco para um” o desenho é cinco vezes maior que o tamanho
real do objeto representado no desenho, ou seja, foi ampliado cinco
vezes.

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A escala é definida pela fórmula:

onde:
• E é a escala
• d é a distância na projeção (desenho)
• D é a distância real.

Observações:
• O valor indicado nas cotas se refere sempre às medidas reais do
objeto, independentemente do mesmo ter sido ampliado ou
reduzido no desenho;
• Dimensões de ângulos (graus) permanecerão inalteradas em
relação à escala utilizada no desenho.

Perspectiva

Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de


profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós
parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores.
O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a
um modo especial de representação gráfica: a perspectiva.
Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em
um único plano, de maneira a transmitir a noção de profundidade e
relevo.

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Existem diferentes tipos de perspectiva. Vejamos como fica a


representação de um cubo em três tipos diferentes de perspectiva:

Perspectiva Cônica

Perspectiva Cônica Oblíqua


podendo ter 1, 2 ou mais pontos de fuga

Perspectiva Cavaleira

Também chamada de perspectiva cilíndrica (ou paralela) oblíqua.


Nesta perspectiva a vista frontal é representada em tamanho real e todas
as arestas situadas no plano do desenho são representadas horizontal ou
verticalmente, sem redução.

Podem apresentar diferentes ângulos de projeção: 30º, 45º ou 60º


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Perspectiva Isométrica

Perspectiva Cilindrica Ortogonal, apresentando dois ângulos iguais de projeção: 30º (esq./dir.)

 Neste tipo de perspectiva o desenho é baseado num sistema de três semi-


retas que têm o mesmo ponto de origem e forma entre si três ângulos de
120°. Estas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos
isométricos.

 Estes eixos podem ser representados nas mais variadas posições, mas
sempre formando, entre si, ângulos de 120°. O traçado de qualquer
perspectiva isométrica parte sempre destes três eixos.

Exemplo de perspectiva isométrica e eixos isométricos


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A primeira fase do traçado da perspectiva de um prisma consiste em marcar as


medidas aproximadas do comprimento, da altura e da largura do modelo nos eixos
isométricos (x,y,z – formam entre si, ângulos de 120°). Conhecendo estes elementos,
já podemos traçar a perspectiva do modelo.

Definição de Projeção Ortogonal


Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por
sua projeção sobre um plano. A Figura seguinte mostra o desenho resultante da
projeção de uma forma retangular sobre um plano de projeção. Os raios projetantes
tangenciam o retângulo e atingem o plano de projeção formando a projeção
resultante.

Este tipo de projeção é denominado


Projeção Ortogonal (do grego ortho =
reto + gonal = ângulo), pois os raios
projetantes são perpendiculares ao
plano de projeção.

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Exemplos de Projeções Ortogonais

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VLE

Vista lateral
esquerda
VF – Vista de frente

VS – Vista superior

PAREDES
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15
cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas
paredes externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado,
mas não obrigatório.

Convenciona-se para paredes


altas (que vão do piso ao teto)
traço grosso contínuo, e para
paredes a meia altura, com traço
médio contínuo, indicando a
altura correspondente.
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Porta interna
Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou
seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota. Exceto no caso de
lavabos, banheiros, áreas de serviço onde há pisos molhados.

Porta externa
A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas
diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a
parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes
são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos.
Por esta razão as portas de sanitários desenham se como as externas.

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JANELAS
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m,
sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas
em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis.

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O desenho em cada uma das etapas de um projeto

Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um


desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem
etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente
são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes
projetos.

 Estudo preliminar. O estudo preliminar, que envolve a análise das


várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma
série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir
as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais
livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das
etapas posteriores.
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 Anteprojeto. Nesta etapa, com as várias características do projeto já


definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização
funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e
detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma
quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da
construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se
trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são
anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente
gráfico-computacional para permitir melhor compreensão do projeto.
 Projeto legal ou Projeto de licenciamento. Corresponde ao conjunto
de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização
de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de
apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas
mesmas escalas do anteprojeto.
 Projeto executivo ou Projeto de execução. Esta etapa corresponde à
confecção dos desenhos que
são encaminhados à obra,
sendo, portanto, a mais
trabalhada.
 Devem ser desenhados todos os
detalhes do edifício, com um
nível de complexidade
adequado à realização da
construção. O projeto básico
costuma ser trabalhado em
escalas como 1:50 ou 1:100,
assim como seu detalhamento é
elaborado em escalas como
1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente,
1:1.

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APLICAÇÃO DO DESENHO PROJETIVO NO DESENHO DE ARQUITETURA


E NA SEGURANÇA DO TRABALHO

O desenho técnico de um objeto qualquer fica solucionado pela


representação de sua perspectiva, suas vistas e secções. Para isso empregam-
se princípios, regras e convenções próprias do desenho projetivo.

No desenho de arquitetura serão adotados as mesmas regras e


princípios, uma vez que é uma modalidade do desenho técnico. Entretanto, as
suas convenções são diferentes, em parte.

Com a finalidade de análise, observemos o desenho, a seguir:

A PERSPECTIVA

Como qualquer outro objeto, temos aqui uma residência representada em três dimensões.
São vistos o plano da cobertura e seus complementos: os maciços que constituem as paredes
e as aberturas (portas e janelas).

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O DIAGRAMA DA COBERTURA

A vista de cima da residência é denominada “Diagrama da Cobertura”,


onde podemos ver:

- Contornos visíveis da platibanda e da caixa d’água;

- Contornos não visíveis das paredes (sob a laje).

OBSERVE-SE AINDA QUE:

- Linhas grossas contínuas representam os contornos visíveis da caixa d’água

(primeiro plano);

- Linhas médias contínuas representam os contornos visíveis da platibanda

(segundo plano)

- Linhas finas tracejadas representam os contornos não visíveis das paredes.

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As designações das características da cobertura (laje plana


impermeabilizada), cotas, título e escala devem ser posicionadas de modo a
facilitar a leitura e devem ser escritas em caligrafia técnica.

O PLANO SECANTE HORIZONTAL

ESTE PLANO HORIZONTAL SITUA-SE ACIMA DO PEITORIL DAS


JANELAS, CONVENCIONALMENTE, A UMA ALTURA DE 150 CM TOMADA
EM RELAÇÃO AO PISO.

A SECÇÃO SE FARÁ EM TODA A EXTENSÃO HORIZONTAL


(PARALELA AO PISO) DA RESIDÊNCIA.

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A SECÇÃO HORIZONTAL

A SECÇÃO HORIZONTAL PODE SER OBTIDA, ELIMINANDO-SE A


PARTE SUPERIOR ACIMA DO PLANO SECANTE HORIZONTAL.

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A PLANTA BAIXA

A vista de cima da secção horizontal dá origem à PLANTA BAIXA,

onde podemos ver:


- Superfícies cortadas dos elementos estruturais (paredes e pilares);

- Aberturas (portas e janelas), no plano, acima ou abaixo dele;

- Todos os pisos e seus revestimentos;

- Equipamentos dos banheiros, cozinha e área de serviço;

- Projeção do beiral.

OBSERVE-SE AINDA:

- Linhas grossas
contínuas representam
os contornos dos
maciços cortados;

- Linhas médias
contínuas representam
as convenções de
portas, janelas e
equipamentos
sanitários;

- Linhas finas contínuas


representam os
revestimentos
impermeáveis dos pisos
e linhas de cota e
chamada;

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- Linha fina tracejada representa a projeção dos beirais;

- Linhas grossas mistas (traço-ponto) indicam a posição dos cortes verticais;

- A designação dos compartimentos (estar, cozinha, dormitórios, etc.), cotas e títulos


posicionam-se do modo a facilitar a leitura, escritos em caligrafia técnica.

O PLANO SECANTE VERTICAL

Este plano secciona verticalmente (perpendicular ao piso) a edificação,

em toda a sua extensão.

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A SECÇÃO VERTICAL

Obtêm-se a secção vertical destacando uma das partes cortadas, anterior ou


posterior ao plano de corte, conforme o sentido indicado.

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O CORTE

A vista frontal de uma secção vertical dá origem a um corte, onde se vê:

- Superfícies cortadas dos elementos estruturais – alicerces (“sapatas” das fundações),


laje e piso;

- Paredes e suas aberturas (portas e janelas);

- Laje de forro e platibanda;

- Equipamento sanitário no banheiro, cozinha e área de serviço;

- perfil do terreno.

OBSERVE-SE AINDA:

- Linhas grossas contínuas representam elementos construtivos cortados (paredes e


lajes);

- Linhas médias contínuas representam as convenções de aberturas (portas e janelas),


os maciços não cortados (arestas e contornos visíveis em projeção) e o equipamento
sanitário.

- Linhas finas contínuas representam os revestimentos impermeáveis, as linhas de cota


e de chamada e as convenções de aterro e de terreno natural.

- O concreto nas lajes e nas vergas está representado com uma convenção própria.

- O título (designação do corte e da escala) e as cotas, posicionam-se de modo a facilitar


a leitura, escritos em caligrafia técnica.

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A FACHADA

A vista de frente do objeto (projeção) dá origem à FACHADA ou ELEVAÇÃO,


onde se vê:

- Arestas e contornos visíveis em seus diferentes planos;

- Paredes com seus revestimentos;

- Aberturas (portas e janelas), com suas subdivisões;

- Cobertura e seus complementos (platibanda, caixa d’água);

- perfil do terreno no plano da fachada

OBSERVE-SE AINDA:

- Linhas grossas contínuas representam arestas e contornos visíveis em primeiro plano


(platibanda);

- Linhas médias contínuas representam arestas e contornos visíveis em segundo plano


(paredes e esquadrias);

- Linhas finas contínuas para representação de revestimentos e outros elementos


construtivos;

- O título (designação da fachada e escala) posiciona-se de modo a facilitar a leitura.

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CONVENÇÕES E NORMAS

Em arquitetura, como em qualquer outro ramo da tecnologia, as linhas,


as cores e as hachuras que representam materiais em corte ou em vistas
(elevações) formam o conjunto de caracteres da linguagem gráfica que é o
desenho técnico.

Há também uma representação específica para os elementos


construtivos, caracterizada por uma “forma” que sempre se relaciona com
esses elementos e, ao mesmo tempo, através da espessura dos traços, tipo de
hachuras ou código de cores, comunica aspectos referentes ao próprio
conteúdo de projeções.

EXEMPLOS:

- Dois traços grossos: representam maciços “cortados” ou “vistos” em primeiro


plano;

- Dois traços grossos, tendo o espaço entre eles


pintado de vermelho: representam paredes “cortadas”;

- Dois traços grossos, tendo o espaço entre eles


hachurado, indicando concreto: representam lajes (ou
vigas, pilares, etc.) de concreto “cortado”.

A seguir, um resumo das convenções de linhas cores e de hachuras


mais utilizados em desenho de arquitetura, e sua aplicação nos elementos
construtivos correspondentes:

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CONVENÇÕES DE LINHAS, CORES E HACHURAS

Há ainda que se considerar nas edificações, a “Reserva Técnica de


Incêndio”, de modo a garantir provisão de água para casos de combate a
incêndios, mesmo quando no reservatório não houver mais água para o
consumo normal da edificação, conforme veremos no diagrama, a seguir:

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APLICAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO N A SEGURANÇA DO TRABALHO

IMPORTANTE!

Como sabemos, a importância do Desenho Técnico na área de Segurança


do Trabalho está associada à necessidade de leitura e interpretação de projetos
das áreas de Arquitetura e Engenharia Civil, objetivando a análise da saúde dos
trabalhadores executores das obras e dos trabalhadores que, posteriormente,
ocuparão o ambiente construído.
A prática profissional do Técnico em Segurança do Trabalho o levará a
desenhar tecnicamente: mapas de risco, rotas de fuga, layout de postos de
trabalho, etc.

 O Mapa de Riscos Ambientais é uma representação gráfica dos fatores


presentes nos locais de trabalho, que podem afetar a saúde ou riscos de
acidentes para os trabalhadores. Os elementos envolvidos no processo de
trabalho que podem causar riscos são: materiais, equipamentos, ambiente e
organização do trabalho (ritmo, método, posturas, jornada, turnos,
treinamento, etc.).

 O mapa é desenhado sobre a Planta Baixa do ambiente ou da empresa.


Nela, os riscos são identificados através de uma simbologia que apresenta
cor e tamanho variado de círculos.

 No caso de canteiros de obra o mapa de risco, é desenhado sobre a planta


de locação ou sobre a planta do canteiro de obras.

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Lembrando que os riscos são divididos em cinco grupos:

Vejamos alguns exemplos de Mapas de Riscos Ambientais:

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Vamos agora pôr em prática o que aprendemos:

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BIBLIOGRAFIA

BORNANCINI, Jose Carlos M; PETZOLD, Nelson Ivan. Desenho tecnico


basico: fundamentos teoricos e exercicios a mao livre. 4.ed. Porto Alegre:
Sulina, 1981. 2v.

PEREIRA, Aldemar. Desenho técnico básico. 9. ed., de acordo com as novas


normas brasileira. Rio de Janeiro: F. Alves, 1990. 127p.

MANFÉ, Giovanni; POZZA, Rino; Colonização. Desenho técnico mecânico:


para as escolas técnicas e ciclo básico das faculdades de engenharia. Rio de
Janeiro: Hemus, c1975. 3v.

SILVA, Arlindo. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros


Técnicos e Científicos, 2006. 475 p.

NEIZEL, Ernst; DÖRING, Kurt; VERL, Karl Meier zu. Desenho técnico para a
construção civil. São Paulo: EPU, EDUSP, 1974-1976. 2v.

CAMBIAGHI, Silvana. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos


e urbanistas. São Paulo: Senac São Paulo, 2007. 269p.

GUIMARÃES, Euclides. Desenho 2 de arquiteto: croquis, estudos e


anotações. Belo Horizonte: AP Cultural, 2007. 175p.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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