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9
786557 420256
ISBN 978-65-5742-025-6
Matemática e suas Tecnologias GEOMETRIA
Área do conhecimento:
> ENSINO MÉDIO Matemática


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Bonjorno
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Matemática
> ENSINO MÉDIO Área do conhecimento:
Matemática e suas Tecnologias

GEOMETRIA
PROFESSOR
MANUAL DO

20/04/21 11:25
PRISMA MANUAL DO
PROFESSOR

José Roberto Bonjorno

Matemática
• Licenciado em Pedagogia pela Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras “Professor
Carlos Pasquale”.

Matemática e suas Tecnologias


• Bacharel e licenciado em Física pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Área do conhecimento:
• Professor de Matemática e Física em escolas
do Ensino Fundamental e Médio desde 1973.

José Ruy Giovanni Júnior


• Licenciado em Matemática pela Universidade
de São Paulo (USP).
• Professor e assessor de Matemática em

> ENSINO MÉDIO


escolas do Ensino Fundamental e Médio
desde 1985.

GEOMETRIA
Paulo Roberto Câmara de Sousa
• Mestre em Educação pela Universidade
Federal da Paraíba (UFPB).
• Especialização em Educação Matemática
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE).
• Licenciado em Matemática pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE).
• Professor de Matemática em escolas do Ensino
Fundamental e Médio desde 1974.
• Professor de programas de formação
continuada e pós-graduação desde 1990.
• Professor do Departamento de Matemática
do Centro Acadêmico do Agreste – UFPE.

1a edição
São Paulo – 2020

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Copyright © José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Júnior e
Paulo Roberto Câmara de Sousa, 2020

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira


Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita
Edição Cibeli de Oliveira Chibante Bueno (coord.)
Alan Mazoni Alves, André Luiz Ramos de Oliveira, Bianca Cristina Fratelli,
Carlos Eduardo Bayer Simões Esteves, Camila Silvestre, Cristina Silva dos Santos,
João Alves de Souza Neto, Juliana Montagner, Lísias Cruz, Luciana Moura,
Luís Felipe Porto Mendes, Marcos Antonio Silva, Teresa Christina Dias,
Valéria Elvira Prete
Preparação e Revisão Maria Clara Paes (sup.)
Ana Lúcia P. Horn, Carolina Ramos Manley, Daniela Nanni, Danielle Costa,
Desirée Araújo, Eliana Vila Nova de Souza, Jussara Rodrigues Gomes,
Pedro Henrique Fandi, Priscilla Freitas, Yara Affonso
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido
Imagem de capa Maxx-Studio/Shutterstock.com
Arte e Produção Isabel Cristina Corandin Marques (sup.)
Adriana Maria Nery de Souza, Débora Jóia, Eduardo Benetorio, Gabriel Basaglia,
Kleber Bellomo Cavalcante, Nadir Fernandes Racheti, Rodrigo Bastos Marchini,
Maria Paula Santo Siqueira (assist.)
Diagramação VSA Produções
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens)
Ilustrações Casa Paulistana, Selma Caparroz
Allmaps, Sonia Vaz (cartografia)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bonjorno, José Roberto
   Prisma matemática : geometria : ensino médio :
área do conhecimento : matemática e suas tecnologias /
José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Júnior,
Paulo Roberto Câmara de Sousa. – 1. ed. – São Paulo :
Editora FTD, 2020.
  Bibliografia.
   ISBN 978-65-5742-024-9 (Aluno)
   ISBN 978-65-5742-025-6 (Professor)
   1. Matemática (Ensino médio) I. Júnior, José Ruy
Giovanni. II. Sousa, Paulo Roberto Câmara de. III.
Título.
20-43449 CDD-510.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Matemática : Ensino médio   510.7
Aline Graziele Benitez – Bibliotecária – CRB-1/3129

Em respeito ao meio ambiente, as folhas


deste livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
com origem certificada.

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610


de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
EDITORA FTD. CNPJ 61.186.490/0016-33
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP Avenida Antonio Bardella, 300
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br

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APRESENTAÇÃO
Este livro tem o objetivo de estimular você a compreender a
Matemática para utilizá-la em seu dia a dia e na continuação dos
seus estudos. Além disso, busca favorecer o desenvolvimento de
competências e habilidades que o auxiliem a ser um cidadão crítico,
criativo, autônomo e responsável. Na sociedade contemporânea é
muito importante que você seja capaz de ler a realidade, enfrentar
novos desafios e tomar decisões éticas e fundamentadas.
Além dos conteúdos matemáticos específicos, o livro ainda
traz possibilidades de explorar o uso de recursos tecnológicos,
como softwares de geometria dinâmica e planilhas eletrônicas, e
de refletir sobre as relações entre a Matemática e outras áreas do
conhecimento.
Desejamos que essa obra contribua para que você reflita e
interfira na sociedade em que está inserido a partir de conhecimentos
cientificamente fundamentados.

Bons estudos!
Os Autores

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CONHEÇA Ícones das Atividades

SEU LIVRO CALCULADORA ATIVIDADE EM GRUPO ATIVIDADE EM DUPLA

CAPÍTULO

1
Ver as Orientações para o professor.
Agora, reúna-se a um colega, e façam o que se pede em cada item. NÃO ESCREVA
NO LIVRO

Áreas
1. Vocês já tinham ouvido falar sobre o trabalho desenvolvido por uma ONG?
Pesquisem se, na região onde vocês moram, há alguma ONG que se dedique à
construção ou reforma de moradias populares.
2. Vocês acham relevante que haja especificações para a construção de moradias de
> A BNCC NESTE CAPÍTULO: programas sociais? O que poderia acontecer, na opinião de vocês, se as dimen-
No Brasil, assim como em outros países do mundo, sões das moradias pudessem ser livres?
• Competências gerais
o acesso à moradia ainda é um desafio para muitas

SUNSHINE SEEDS/SHUTTERSTOCK.COM
da BNCC: 1, 4, 7, 9 e 10 3. Vocês já fizeram algum trabalho voluntário ou participam de uma organização
pessoas. Inúmeras famílias não possuem condições que ajuda outras pessoas? Se participam desse tipo de ação, troquem suas ex-
• Competências específicas
dignas de habitação e, muitas vezes, com poucos
e habilidades da área
de Matemática e suas
Tecnologias:
recursos disponíveis, acabam vivendo em locais inade-
quados. As organizações não governamentais (ONGs)
periências com os colegas. Caso não tenham participado, vocês têm vontade
de fazer parte de projetos de voluntariado? Debatam a respeito da importância
desse tipo de trabalho para a sociedade.
Abertura de Capítulo
• Competência específica 2: são entidades sem fins lucrativos que, entre outros
EM13MAT201
• Competência específica 3:
propósitos, auxiliam na captação de verbas e na distri-
buição do orçamento para auxiliar as camadas menos
Nas páginas de abertura você
EM13MAT307
• Competência específica 5:
EM13MAT505 e
favorecidas da população.
Algumas dessas ONGs promovem campanhas espe-
é convidado a observar textos
EM13MAT506
• Competência específica
cíficas voltadas para esse fim e realizam projetos para
a construção de moradias populares e para a recons- e/ou imagens relacionados ao
da área de Ciências trução de lares de pessoas que sofreram com alguma
da Natureza e suas
Tecnologias:
catástrofe natural, como enchentes, terremotos, fura-
cões e tsunamis.
conteúdo do Capítulo e responder
• Competência específica 1
O texto na íntegra das
Muitos conjuntos habitacionais concebidos por meio
de programas sociais, governamentais ou não, seguem
a questões que têm como objetivo
competências gerais,
competências específicas e
habilidades da BNCC citadas
uma série de especificações que ajudam a padronizar
as construções. Entre as especificações, encontram-se, proporcionar um momento de
encontra-se ao final do livro. por exemplo, a área útil da residência (espaço interno
sem considerar a área das paredes) e as dimensões de reflexão a respeito do contexto
tanques, pias, corredores e cômodos. Essas medidas são
muito importantes para garantir conforto e acessibili-
dade aos moradores.
apresentado. Além disso, são
apresentadas as competências
gerais, competências específicas
■ Construção de uma casa de baixo
custo, realizada por membros de
e habilidades da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) que
uma comunidade em Soweto, na
África do Sul. Fotografia de .

se pretende desenvolver com o


10 11
estudo do Capítulo.
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> ATIVIDADES RESOLVIDAS > ATIVIDADES NÃO ESCREVA


NO LIVRO Considere um cilindro e um prisma com mesma altura h e bases de áreas iguais a Sb contidas
em um plano a.
3. Dado um paralelepípedo reto retângulo de Sl = 3 ? (a ? h) h Sl = 3 ? (a ? a) h Sl = 3a2 7. Dado um cubo de aresta 8 cm, calcule a área 14. (FCMSC-SP) Dispondo de uma folha de cartoli-
dimensões 5 cm, 4 cm e 3 cm, determine a Como Sl = 10 m2, temos: total do cubo. 384 cm2 na medindo 50 cm de comprimento por 30 cm

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


área total da superfície do paralelepípedo. 10 10 30 de largura, pode-se construir uma caixa aber-
3a2 = 10 h a2 = ha= = h 8. A diagonal de um paralelepípedo reto retân- h
3 3 9 ta cortando-se um quadrado de 8 cm de lado b
30 gulo mede 13 dm, e a diagonal da base, 5 dm.
3 cm ha= m, pois a . 0. em cada canto da folha (ver figura abaixo).
Determine as três dimensões do paralelepípe-
3
A base é um triângulo equilátero cujo lado do, sendo a soma das medidas de todas as 8 cm
a
5 cm mede a. Assim: suas arestas igual a 76 dm. 3 dm, 4 dm e 12 dm
30 cm As bases têm áreas iguais e valem Sb.
10
3 9. Um prisma pentagonal regular tem 20 cm de
4 cm a2 3 10 3 2
Sb = = 3 h Sb = m altura. A aresta da base do prisma mede 4 cm. Qualquer plano b paralelo às bases e que intersecte os dois sólidos determina neles secções
4 4 12 Determine sua área lateral. 400 cm2 transversais congruentes às respectivas bases. Como as áreas das bases do cilindro e do prisma
Resolução Cálculo da área total: 50 cm
3 cm 10 3  3 10. Um prisma reto tem por base um triângulo são iguais e valem Sb, então as secções transversais também têm área igual a Sb.
VI St = Sl + 2 ? Sb = 10 + 2 ? = 10  1+  Qual será o volume dessa caixa, em centíme-
6  isósceles com medidas indicadas na figura. Portanto, pelo princípio de Cavalieri, concluímos que calcular o volume
12  St = 132 dm2 tros cúbicos? V = 3 808 cm3
I II III IV 5 cm  3 r do cilindro é equivalente a calcular o volume do prisma.
Portanto, St = 10  1+  m2. 3 dm 15. (UnB-DF) Em um prisma triangular regular, a Como o volume do prisma é dado pelo produto da área da base pela medida
 6 
área lateral é o quádruplo da área da base.
V 4 cm 5. Felipe está construindo uma piscina no Sabendo que o triângulo da base pode ser h da altura, então o volume do cilindro também o será, e podemos escrever:
8 dm
1 volume do cilindro = (área da base) ? (medida da altura)
quintal de sua casa no formato de um bloco Sabendo que a altura do prisma é igual a inscrito em uma circunferência de raio 2 dm,
A superfície do paralelepípedo é formada por 3
retangular que possui internamente 8 me- do perímetro da base, calcule a área total da calcule a área total do prisma em decímetros
seis faces retangulares, indicadas na planifica- Em um cilindro circular reto de raio r, a área da base é dada por Sb = pr 2.
tros de comprimento, 4 metros de largura e superfície do prisma. quadrados e multiplique o resultado por 3.
ção anterior. Note que I = III, II = IV e V = VI. 54 dm2 Portanto, o volume do cilindro é dado por:
1,5 metro de profundidade. O revestimento es-
Calculando cada área, temos:
colhido por Felipe para cobrir a área interna 11. (UFRN) Atualmente, uma das técnicas muito 16. Calcule a área total dos prismas retos ilustrados.
SI = 4 cm ? 5 cm = 20 cm2 V = Sb ? h h V = pr 2h
da piscina é formado por quadrados de cerâ- utilizadas no cultivo de hortaliças é a pro- a) b)
SII = 3 cm ? 5 cm = 15 cm2 dução em estufas (plasticultura), pois, entre
mica com 25 cm de lado vendidos por R$ 1,50 470 cm2 280 m2
SV = 4 cm ? 3 cm = 12 cm2 outros fatores, possibilita a proteção contra
a unidade. Considerando que não haverá es-
Então:
paço entre os quadrados, calcule o valor que chuvas, frio, insetos e um aumento da produ- 15 cm > FÓRUM NÃO ESCREVA
NO LIVRO

St = 2SI + 2SII + 2SV tividade, que pode atingir até 200%, como no 7m
Felipe deve gastar para comprar a quantidade 10 m
St = 2(20 + 15 + 12) = 2 ? 47 = 94 exata de revestimento necessário para cobrir exemplo da abóbora italiana. 1 192 m2
3m
Economia de água
Portanto, a área total da superfície é de 94 cm2. a área interna da piscina. 8 cm 6m
É sabido da importância de se economizar água. Uma pessoa com bons hábitos de
4. Em um prisma triangular regular, a medida a Resolução 5 cm consumo consegue economizar cerca de 40 litros de água por dia! No entanto, a responsabi-
3 cm
da aresta da base é igual à medida h da altura A área total de um paralelepípedo reto retân-
do prisma. Sabendo que a área lateral é 10 m2, 3 cm 70 m 17. (UFPE) Uma formiga (ignore seu tamanho) en- lidade por mudança nos hábitos de consumo dos recursos hídricos não deve partir somente
gulo é dada por St = Sl + 2 ? Sb.
calcule a área total do prisma. 8m contra-se no vértice A do paralelepípedo reto dos indivíduos, mas também de todos os setores da economia.
Por se tratar de uma piscina, o revestimento
Considerando uma estufa como a represen- ilustrado a seguir.15 u.m. Por exemplo, em 2018, foi divulgada uma pesquisa pelo IBGE que apontou que, em 2015,
Resolução não será colocado em uma das faces do para-
tada acima, em que o triângulo da fachada é B o setor agropecuário foi o setor da economia que teve o pior desempenho na utilização de
Planificando a superfície do prisma, temos: lelepípedo. Assim, temos:
isósceles, calcule a área de plástico utilizado água: para cada 1 real de riqueza gerada, foram gastos 91,58 litros de água. Para se ter uma
St = 8 ? 4 + 2 (4 ? 1,5) + 2 (8 ? 1,5) = 68 m2
para revesti-la totalmente (exceto o piso).
A área de cada revestimento é: ideia, o setor agropecuário gerou, em 2015, R$ 263,6 bilhões de riqueza.
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

12. Em um paralelepípedo reto retângulo, o compri-


ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

AR = 0,25 ? 0,25 = 0,0625 m2 Fontes dos dados: COSTA, D. Saiba quais setores da economia são menos eficientes no uso da água. O Globo, 16 mar. 2018. Disponível em:
ANANALINE/SHUTTERSTOCK.COM

O total de unidades necessárias para o reves- mento é o dobro da largura, e a altura é 15 cm. https://oglobo.globo.com/economia/saiba-quais-setores-da-economia-sao-menos-eficientes-no-uso-da-agua-22496692.
Sabendo que a área total é 424 cm2, calcular as di- Acesso em: 5 ago. 2020. PIB da agropecuária tem alta de 1,8% em 2015. Revista Safra, 4 mar. 2016. Disponível em:
h=a h 68 8
timento é de = 1088. mensões desconhecidas desse paralelepípedo. 4 http://revistasafra.com.br/pib-da-agropecuaria-tem-alta-de-18-em-2015/. Acesso em: 5 ago. 2020.
0, 0625
a a
Felipe precisará comprar 800 unidades. Como 13. As dimensões de um paralelepípedo reto re-
8 cm; 4 cm • Junte-se a seus colegas, e debatam sobre a questão da economia dos recursos naturais e a respeito
A 9
a
cada unidade custa R$ 1,50, então o custo total do alcance, do impacto e da responsabilidade de cada pessoa e de cada instituição. Debatam,
tângulo são números consecutivos. Sabendo
do revestimento é dado por: Qual a menor distância que ela precisa per- também, sobre como lidar com o seguinte dado: a agropecuária é um dos setores que mais geram
que a soma das medidas de todas as suas
A face lateral é um retângulo de dimensões 1088 ? 1,5 = 1 632 correr para chegar ao vértice B (caminhando riqueza no país, mas também é um dos que mais consomem recursos naturais. Como equilibrar
arestas é 84 cm, calcule a área total da super-
a e h. O custo do revestimento será de R$ 1.632,00. sobre a superfície do paralelepípedo)? essa situação? Resposta pessoal.
fície desse paralelepípedo. 292 cm2

86 87 114

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Atividades resolvidas e Atividades Fórum


As atividades resolvidas apresentam uma forma organizada de resolução e deve ser É uma oportunidade de trocar e
um momento de reflexão e busca de outras formas de resolução. Já as atividades compartilhar ideias com seus colegas
são variadas e visam a prática do conteúdo em estudo. Há também oportunidade de e o professor a partir de temas
elaboração, análise de atividades e compartilhamento com seus colegas e o professor. contemporâneos.

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> HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
> EXPLORANDO
DIÁLOGOS A TECNOLOGIA > CONEXÕES
DIÁLOGOS
Uma aproximação de p Análise: área que Professor, para instalar a versão do GeoGebra Clássico 5 nos computadores da sua escola, acessar o
site <https://www.geogebra.org/download?lang=pt> (acesso em: 15 jul. 2020).
Os cálculos da área do círculo e de suas partes envolvem o
estuda mais profunda-
mente a natureza de Explorando polígonos inscritos na circunferência Arquitetura
número irracional p. O texto a seguir aborda a aproximação usada conjuntos de números
De acordo com o que estudamos, a área (A) de um polígono regular é o produto de A Arquitetura é uma das profissões em que são feitos muitos projetos utilizando
pelos egípcios, além de alguns fatos a respeito da Geometria na reais e de funções, tal
seu apótema (m) pelo semiperímetro (p), A = p ? m. Vimos também que todo polígono conceitos do desenho técnico. Para ser um arquiteto, é necessário realizar o curso
história da Matemática. como suas características
e propriedades. regular pode ser inscrito em uma circunferência. de Arquitetura e Urbanismo, um dos mais concorridos em diversas universidades
Um pouco sobre a abrangência da Geometria Utilizando essas informações, podemos criar um arquivo no GeoGebra em que do Brasil. Mas você sabe o que faz um arquiteto? Leia o texto a seguir para conhecer
De uma forma simplista muitos consideram a Matemática englobando essencialmente a é possível construir um polígono regular com tantos lados quanto desejarmos e, em um pouco mais a respeito dessa profissão.
Geometria, a Álgebra e a Análise.
A Geometria é provavelmente a mais antiga das três áreas e surgiu, sem dúvida, da neces-
seguida, o programa calcula o valor de sua área. Desse modo, podemos comparar o
sidade dos povos de medir terras, construir moradias, templos, monumentos etc. valor obtido com a fórmula anterior.
No início, pelo que se sabe, a Geometria era simplesmente uma coleção de conhecimentos prá- Para realizar esta atividade, utilizaremos a versão instalada do GeoGebra Classic 5. A profissão de arquiteto
2
 d Para isso, siga o roteiro a seguir: Arquiteto é o profissional que projeta e idealiza os
ticos, como por exemplo, a fórmula aproximada da área A do círculo de diâmetro d, A =  d _  ,
 9 espaços para os mais diversos usos humanos. O profissional
conhecida dos egípcios desde o ano 1500 antes de Cristo. Comparando-se com a expressão correta, formado em Arquitetura e Urbanismo [...] está apto a traba-
pd 2 I. No Campo de entrada, localizado no rodapé da página, digite "A = (0, 0)" para lhar em órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais),
, verifica-se que, essencialmente, a fórmula aproximada corresponde a adotar para p um valor
4 criar o ponto A, de coordenadas (0, 0). em empresas privadas, em organizações não governamen-

TTERSTOCK.COM
da ordem de 3,16.
tais ou como profissional autônomo, no desenvolvimento
Os gregos realmente dispuseram-se a organizar a Geometria como uma ciência e trataram de
de projetos de edifícios, de urbanismo e de paisagismo e,
ordenar os fatos geométricos procurando demonstrar certas proposições a partir de outras mais

JACOB LUND/SHU
ainda, em restauração de monumentos, em estudos de
simples; culminaram nos anos 300 antes de Cristo com a publicação dos “Elementos” de Euclides. II. Em seguida, digite "B = (1, 0)", para criar o ponto B(1, 0).
impactos ambientais e arquitetura de interiores.
Trata-se da primeira exposição dedutiva da Geometria Elementar de que se tem notícia, par-
[...]
tindo de certos postulados ou axiomas que eram proposições simples representando uma certa
■ Os arquitetos [...] este profissional deverá obter conhecimento das diferentes
evidência natural. Sobre os “Elementos”, disse Einstein, numa certa ocasião: “Quem não soube
são responsáveis áreas que envolvem a sua formação: ciências da natureza, ciências
entusiasmar-se por este livro em sua juventude, não nasceu para pesquisador teórico.” Apesar III. Utilizando a ferramenta Círculo dados centro e Um de seus pontos, , pelos projetos
das demonstrações de Euclides estarem cheias de apelos à intuição, utilizando postulados admi- exatas – aplicadas à Arquitetura e Urbanismo – e ciências humanas,
marque primeiro o ponto A e, depois, o ponto B. O programa fornecerá uma de imóveis e, em
VITALY KOROVIN/SHUTTERSTOCK.COM
LUKASZ SZWAJ/SHUTTERSTOCK.COM;

tidos tacitamente, não se pode negar que seu trabalho constituiu-se, durante muitos séculos, em através da apropriação, construção e socialização de conhecimentos
circunferência de raio 1, cujo centro é o ponto A, e B é um de seus pontos. alguns casos, a teórico-práticos que garantam: a valorização da criatividade intelec-
um modelo de apresentação matemática, com forte influência na cultura do ocidente. construção de
[...] tual; a capacidade de compreender e traduzir as necessidades sociais
uma maquete é

KEO/SHUTTERSTOCK.COM
OLIVA, W. M. A independência do axioma das paralelas e as geometrias não euclidianas. Revista do Professor de Matemática, do indivíduo, de grupos e da sociedade em geral; e uma visão social
uma das etapas
Rio de Janeiro, n. 2. Disponível em: http://www.rpm.org.br/cdrpm/2/8.htm. Acesso em: 14 jul. 2020. de mundo, comprometida com a cidadania e com a transformação da
IV. Utilizando a ferramenta Ampliar, , clique sobre a circunferência até que ela do projeto.
sociedade brasileira.
se ajuste ao espaço disponível. [...]
GUIA de Profissões: arquitetura e urbanismo. Portal da Universidade Estadual Paulista, [2020].
Disponível em: https://www2.unesp.br/portal#!/guiadeprofissoes/humanidades/arquitetura-e-
urbanismo/. Acesso em: 14 jul. 2020.
■ O papiro de
Ahmes foi V. Crie um Controle deslizante. Na caixa

PASSION ARTIST/SHUTTERSTOCK.COM
escrito por de diálogo aberta (Figura 1), nomeie-o
volta de
1650 a.C. e
como n e selecione a opção Inteiro.
contém diver- Além disso, altere os valores min e máx
REINO UNIDO

sos problemas para 1 e 200, respectivamente. Mantenha

IMAGENS: GEOGEBRA
matemáticos, o incremento em 1.
entre eles, um
MUSEU BRITÂNICO, LONDRES,

que fala a res-


peito da área ■ Figura 1
do círculo.
TTERSTOCK.COM
ANTON WATMAN/SHU

22 40 68

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C01-010-043-LA-G21.indd 22 15/09/20 20:44 D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C01-010-043-LA-G21.indd 40 17/09/20 11:02 D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C02-044-075-LA-G21.indd 68 16/09/20 00:46

História da Matemática Explorando a tecnologia Conexões


Nesta seção você vai ter a oportunidade Nesta seção você terá a oportunidade Nesta seção você vai explorar temas
de ler textos de história da Matemática de aprofundar conhecimentos diversos relacionados ao conteúdo
relacionados aos conteúdos que estão matemáticos e desenvolver o em estudo, com a finalidade de
sendo estudados no Capítulo. pensamento computacional, com ou desenvolver a competência leitora, a
sem o auxílio de tecnologias digitais. cidadania e o senso crítico por meio de
atividades investigativas, pesquisas e
discussão com os colegas.

Glossário
> DIÁLOGOS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESCREVA
6. (UFABC-SP) Observe a figura. As duas áreas 7. (OBMEP) A figura mostra um quadrilátero con-

Explicação de termos matemáticos


NO LIVRO
retangulares são utilizadas para o plantio de vexo ABCD de área 1 e pontos P, Q, R e S tais
cana-de-açúcar, sendo que a área R está para que alternativa b
1. (UFRGS-RS) Considere AB um segmento de 4. (UFRGS-RS) A partir de um hexágono regular a área H na razão de 9 para 5. Sabe-se que
AP =
AB
, BQ =
BC
, CR =
CD
e DS =
DA
.
comprimento 10 e M um ponto desse segmen- de lado unitário, constroem-se semicírculos um hectare (ha) de cana produz 8 mil litros de 3 3 3 3
to, distinto de A e de B, como na figura abai-
xo. Em qualquer posição do ponto M, AMDC é
de diâmetros também unitários, conforme
indicados na figura abaixo.
etanol. Dado: 1 ha = 10 000 m2 alternativa d
R
C
ou da língua portuguesa.
EDITORIA DE ARTE

quadrado e BME é triângulo retângulo em M. H D


F
1,5 km R
C D

Pense e responda
S Q
A E
3 km
OBMEP

B B
A M A
Pode-se concluir, então, que as áreas R e H, P
UFRGS.

B juntas, produzem:
Momentos que valorizam, por meio
UFRGS.

D
E Qual é a área do quadrilátero PQRS?
a) 2,5 ? 106 litros de etanol. 1 7
Tomando x como a medida dos segmentos C b) 3,6 ? 106 litros de etanol. a) d)
3 9

de questões, sua participação na


AM e EM, para que valor(es) de x as áreas
A medida da área sombreada é alternativa a c) 4,5 ? 106 litros de etanol. 5 6
do quadrado AMDC e do triângulo BME são b) e)
3 3 _p d) 5,6 ? 106 litros de etanol. 9 7
iguais?
a) . d) 3 3 + p . 2
e) 6,2 ? 106 litros de etanol. c)
construção de seu conhecimento
10 10 4 4
a) 0 e . d) 0, e 10. p 3
3 3 b) . 3 3
e) .
b) 0, 2 e 3. e) 5. 4 2
3 3

para que você interaja, investigue e


10 c) .
c) . alternativa c
3 4 > PARA REFLETIR NÃO ESCREVA
NO LIVRO

2. (Unicamp-SP) No triângulo ABC exibido na fi- 5. (Udesc-SC) O projeto de uma casa é apresen- Neste Capítulo, retomamos o conceito de área de polígonos e do círculo e de suas partes.

reflita sobre o conteúdo em estudo.


gura a seguir, M é o ponto médio do lado AB, tado em forma retangular e dividido em qua-
e N é o ponto médio do lado AC. Aprofundamos nosso estudo, refletindo sobre a variação da área e do perímetro de polígonos
tro cômodos, também retangulares, conforme
A ilustra a Figura 3.
regulares em função do comprimento dos lados. Vimos como a medida do ângulo interno de
N polígonos regulares está diretamente relacionada à possibilidade de ladrilhamento do plano.
C Nas páginas de abertura, abordamos o trabalho das ONGs e os programas sociais dire-

Para ler • Para assistir


wc quarto 1
M cionados para a construção e a reforma de moradias populares.
Na seção Conexões, conhecemos o índice de áreas verdes (IAV) de uma cidade e pudemos
UNICAMP.

pensar sobre a importância de parques e praças arborizados nas grandes cidades.


B

Se a área do triângulo MBN é igual a t, então


a área do triângulo ABC é igual a quarto 2 cozinha e sala integradas
Vamos refletir a respeito das aprendizagens do Capítulo 1:
• Você se lembrava como calcular a área de figuras como o quadrado, o triângulo e o losango? Para acessar • Para ouvir
• A partir da área do círculo, podemos calcular a área de uma coroa circular e do setor circular.
UDESC.

a) 3t. c) 4t. alternativa c Você se recorda como?


d) 3 2t.
Sugestões de livros, links,
b) 2 3t. Figura 3: Projeto de uma casa de quatro
• Vimos que a variação da área de um polígono regular em função da medida do compri-

cômodos.
3. (Unifor-CE) Um pequeno terreno retangular mento do seu lado é modelada pela função quadrática. E qual função modela a relação
tem área de 104 m2. Sabendo que seu com- Sabendo que a área do banheiro (wc) é igual a entre o perímetro e a medida do lado de um polígono regular?
3 m2 e que as áreas dos quartos 1 e 2 são, res-
primento tem 3 m a menos que o dobro de
sua largura, é correto concluir que a medida
desse comprimento está entre: alternativa b
pectivamente, 9 m2 e 8 m2, então a área total
do projeto desta casa, em metros quadrados,
• Ao escolher polígonos regulares para ladrilhar um plano, qual critério geométrico devemos
considerar? filmes, podcasts etc. a fim de
é igual a: alternativa c • Sobre o estudo relacionado às áreas de polígonos regulares inscritos na circunferência,

complementar o conteúdo do livro.


a) 14 m e 16 m d) 8 m e 10 m as atividades da seção Explorando a tecnologia ajudaram você a compreender melhor
b) 12 m e 14 m e) 6 m e 8 m a) 24 c) 44 e) 56
esse tema? Respostas pessoais
c) 10 m e 12 m b) 32 d) 72

42 43
Saiba que...
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Apresentação de uma dica


Atividades interessante ou informação
Para refletir relevante a respeito do conteúdo.
complementares Neste momento você vai ter a
Nesta seção você vai encontrar oportunidade de refletir sobre o que
questões de exames oficiais estudou em cada um dos capítulos
relacionadas aos conteúdos e fazer uma autoavaliação de seu
estudados. É uma oportunidade de desempenho.
você verificar seu conhecimento em
relação ao que estudou no Capítulo.

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SUMÁRIO
CAPÍTULO CAPÍTULO
Geometria espacial
1 Áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2 de posição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
» Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 » Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
» Área de polígonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 » Noções primitivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Área do retângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Área do quadrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
» Postulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Postulados da reta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Área do paralelogramo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Postulados do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Área do triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Área do losango . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 » Determinação do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Área do trapézio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
» Posições relativas de duas
» Área do círculo e de suas partes. . . . . 19 retas no plano e no espaço . . . . . . . . . . . . . . . 52
Área do círculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
» Posições relativas de uma reta e
Área do setor circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
um plano no espaço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Área da coroa circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
» Posições relativas de dois
História da Matemática planos no espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
• Uma aproximação de p. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
» Paralelismo no espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
» Polígonos regulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Teoremas sobre paralelismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Elementos de um polígono regular inscrito
em uma circunferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 » Perpendicularismo no espaço . . . . . . . . 59
Relações métricas nos polígonos regulares . . . 24 Perpendicularismo entre reta e plano . . . . . . . . . . . . 60
Área de um polígono regular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Planos perpendiculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Teoremas sobre perpendicularismo. . . . . . . . . . . . . . . . 61
» Área e perímetro de um
polígono regular em função » Projeção ortogonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
da medida dos lados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Projeção ortogonal de um ponto
sobre um plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
» Razão entre áreas de Projeção ortogonal de uma reta
polígonos semelhantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 sobre um plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Projeção ortogonal de uma figura
» Ladrilhamento do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 sobre um plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Conexões • Áreas verdes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Conexões • Arquitetura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
PASSION ARTIST/SHUTTERSTOCK.COM

Explorando a tecnologia Explorando a tecnologia


• Explorando polígonos inscritos • Programando posições relativas de
na circunferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 retas e de planos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Atividades complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Atividades complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Para refletir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Para refletir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

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CAPÍTULO CAPÍTULO

3 Poliedros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 4 Corpos redondos . . . . . . . . . 108

» Poliedros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 » Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110


Poliedros convexos e poliedros
não convexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 » Cilindro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Poliedro regular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Secções de um cilindro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Poliedros de Platão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Área da superfície de um cilindro reto . . . . . . . . . . 113
Volume de um cilindro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
» Prismas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Prisma regular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 » Cone. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Paralelepípedos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Secções de um cone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Secção transversal de um prisma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Área da superfície de um cone reto. . . . . . . . . . . . . . . 121
Área da superfície de um prisma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Volume de um cone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

História da Matemática Conexões


• A Academia de Platão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 • Água: recurso e disponibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Volume. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Volume de um paralelepípedo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 » Esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Volume de um cubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Volume de uma esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Princípio de Cavalieri. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Área de uma superfície esférica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Volume de um prisma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Secção de uma esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

» Pirâmides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 História da Matemática


Pirâmide regular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 • Arquimedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

Secção transversal de uma pirâmide. . . . . . . . . . . . . . 96


» Projeções cartográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Área da superfície de uma pirâmide . . . . . . . . . . . . . . 96
Projeção cilíndrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Volume de uma pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Projeção cônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Conexões • Arte e Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Projeção plana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140

Explorando a tecnologia Explorando a tecnologia


• Construção de modelos de sólidos geométricos . . . . 104 • Áreas e volumes de corpos redondos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144

Atividades complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Atividades complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

Para refletir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Para refletir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

» Respostas das Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152


» Base Nacional Comum Curricular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
» Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
» Siglas de vestibulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Orientações para o professor .................................................................................................................................................................................................. 161

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NESTE VOLUME
Os conteúdos desenvolvidos neste Volume buscam proporcionar que você, estudante,
exercite sua curiosidade intelectual, investigando diversas situações de forma reflexiva e
crítica, seja no contexto da própria Matemática, seja em outros contextos, interpretando
dados para tomar decisões éticas e socialmente responsáveis.
O uso das tecnologias oferece recursos interativos que ampliam as possibilidades de
estudo, permitindo melhor compreensão dos conceitos envolvidos, desenvolvem a auto-
nomia e a curiosidade, contribuindo para que você seja protagonista de seu aprendizado.

Objetivos do Volume:
• Compreender e fazer uso de diferentes linguagens matemáticas (simbólica, algébrica e gráfica),
ampliando as possibilidades de se comunicar, ler e interpretar situações do dia a dia.
• Analisar e compreender problemas e demandas do cotidiano para refletir e propor ações
e soluções que utilizem conceitos como perímetro, área, volume, massa, capacidade, entre
outras grandezas.
• Compreender e utilizar diferentes estratégias, procedimentos e registros de representação
matemática (algébrico, geométrico e computacional) para descrever processos de resolu-
ção de problemas, verificação de resultados e argumentação.
• Apropriar-se de vocabulário específico da Matemática para construir argumentação
consistente.
• Investigar e estabelecer conjecturas que envolvam conceitos e propriedades matemáticas,
observando padrões, experimentações e, quando possível, utilizando tecnologias, além
de compreender o papel da demonstração na validação de proposições.
• Refletir e debater sobre questões relacionadas à importância de áreas verdes em espaços
urbanos, bem como a preservação ambiental e a presença da tecnologia na agricultura.
Além disso, temas como consumo e distribuição de água, preocupação com resíduos
gerados por embalagens, estrutura atômica presente na composição dos cristais, entre
outros, também são colocados em discussão.
• Estimular discussões justas e respeitosas, a fim de promover a socialização de ideias, a
prática colaborativa e o respeito ao outro e às diferenças.

Justificativas dos objetivos:


Por meio dos objetivos apresentados, pretende-se que você seja capaz de utilizar a
linguagem matemática para se expressar, escolhendo a representação mais adequada para
cada situação (visual, algébrica etc). Tal competência contribui para o desenvolvimento do
pensamento científico e do raciocínio lógico para a sua formação como cidadão crítico e
reflexivo, que investiga, pesquisa e comunica informações em diversas áreas do conheci-
mento, em especial, na linguagem científica.

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Além disso, as situações propostas visam contribuir com sua capacidade de argumentação,
sempre com base em fatos e dados para justificar suas escolhas e tomadas de decisão, de maneira
ética e socialmente responsável.
De modo geral, os conteúdos desenvolvidos neste Volume buscam ampliar o repertório sobre
conceitos da Geometria plana e da Geometria espacial, por meio da retomada de temas já estu-
dados, porém considerando uma abordagem mais formal que possibilite maior aprofundamento,
destacando demonstrações e estudo de projeções.
O estudo de área de superfícies possibilita que você retome o cálculo de área de figuras planas,
utilizando diferentes estratégias e trabalhando com a dedução de expressões que podem ser
aplicadas na resolução de problemas em diferentes contextos.
A abordagem de processos utilizados para obter a medida de volume de sólidos geométricos,
incluindo o princípio de Cavalieri, permite ampliar a compreensão sobre as expressões conhecidas,
bem como sua aplicação na resolução de situações.
O trabalho envolvendo diferentes grandezas permite consolidar a compreensão sobre medidas,
contribuindo para a solução de problemas do dia a dia e tomadas de decisão sobre estratégias de
resolução de situações envolvendo área e volume.
As atividades relacionadas à construção de algoritmos e suas formas de representação, bem
como as que utilizam softwares, contribuem para o desenvolvimento do pensamento compu-
tacional e do raciocínio lógico. Aquelas relacionadas à elaboração de problemas favorecem a
investigação de situações e promove a reflexão e a consolidação dos conceitos estudados a partir
da construção do pensamento matemático.
A análise e a reflexão de situações envolvendo temas das Ciências da Natureza e suas
Tecnologias, a partir de textos de divulgação científica, permitem uma visão mais ampla e contri-
buem para que você desenvolva argumentos consistentes, assim como o debate sobre temas de
relevância social contribui para uma formação crítica e cidadã.
As atividades que propõem discussões coletivas contribuem para a socialização de ideias
e a colaboração, mobilizam a descoberta e a pesquisa como estratégia de aprendizagem, esti-
mulam o respeito às diferenças e desenvolvem a capacidade de argumentação e de tomada
de decisões.

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CAPÍTULO

>
1
A BNCC NESTE CAPÍTULO:
Áreas
No Brasil, assim como em outros países do mundo,
• Competências gerais
da BNCC: 1, 4, 7, 9 e 10
o acesso à moradia ainda é um desafio para muitas
pessoas. Inúmeras famílias não possuem condições
• Competências específicas
e habilidades da área dignas de habitação e, muitas vezes, com poucos
de Matemática e suas recursos disponíveis, acabam vivendo em locais inade-
Tecnologias: quados. As organizações não governamentais (ONGs)
• Competência específica 2: são entidades sem fins lucrativos que, entre outros
EM13MAT201
propósitos, auxiliam na captação de verbas e na distri-
• Competência específica 3:
buição do orçamento para auxiliar as camadas menos
EM13MAT307
favorecidas da população.
• Competência específica 5:
EM13MAT505 e Algumas dessas ONGs promovem campanhas espe-
EM13MAT506 cíficas voltadas para esse fim e realizam projetos para
• Competência específica a construção de moradias populares e para a recons-
da área de Ciências trução de lares de pessoas que sofreram com alguma
da Natureza e suas catástrofe natural, como enchentes, terremotos, fura-
Tecnologias:
cões e tsunamis.
• Competência específica 1 Muitos conjuntos habitacionais concebidos por meio
O texto na íntegra das de programas sociais, governamentais ou não, seguem
competências gerais,
competências específicas e uma série de especificações que ajudam a padronizar
habilidades da BNCC citadas as construções. Entre as especificações, encontram-se,
encontra-se ao final do livro. por exemplo, a área útil da residência (espaço interno
sem considerar a área das paredes) e as dimensões de
tanques, pias, corredores e cômodos. Essas medidas são
muito importantes para garantir conforto e acessibili-
dade aos moradores.

10

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Ver as Orientações para o professor.
Agora, reúna-se a um colega, e façam o que se pede em cada item. NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. Vocês já tinham ouvido falar sobre o trabalho desenvolvido por uma ONG?
Pesquisem se, na região onde vocês moram, há alguma ONG que se dedique à
construção ou reforma de moradias populares.
2. Vocês acham relevante que haja especificações para a construção de moradias de
programas sociais? O que poderia acontecer, na opinião de vocês, se as dimen-
sões das moradias pudessem ser livres?

SUNSHINE SEEDS/SHUTTERSTOCK.COM
3. Vocês já fizeram algum trabalho voluntário ou participam de uma organização
que ajuda outras pessoas? Se participam desse tipo de ação, troquem suas ex-
periências com os colegas. Caso não tenham participado, vocês têm vontade
de fazer parte de projetos de voluntariado? Debatam a respeito da importância
desse tipo de trabalho para a sociedade.

■ Construção de uma casa de baixo


custo, realizada por membros de
uma comunidade em Soweto, na
África do Sul. Fotografia de .

11

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Introdução
Na abertura deste Capítulo, vimos como algumas
ONGs auxiliam na construção de moradias para famí-
lias sem recursos. Nesse processo de construção ou
na reforma de um imóvel, muitas atividades envolvem

OM
K.C
medições e cálculos de áreas e perímetros. Neste Capítulo,

OC
ST
R
TE
UT
S/S
H veremos como calcular a área de algumas figuras planas.
IRA
NE

C AI
O PE D
ER
As áreas que precisamos determinar no dia a dia nem
sempre são de polígonos perfeitos, mas saber como realizar
■ Hospital de campanha esse cálculo nos ajuda a fazer uma boa aproximação de áreas
montado no Estádio
que não têm uma forma específica.
do Pacaembu, em
São Paulo (SP) para
tratamento de pacien- Área de polígonos
tes com covid-19.
Fotografia de 2020.
O Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, conhecido como
Pacaembu, em São Paulo, teve seu campo de futebol, de 105 m de com-
primento por 68 m de largura, ocupado por um hospital de campanha
PENSE E durante 84 dias, em 2020, para o tratamento de pacientes com covid-19.
RESPONDA
Para determinar a área do hospital de campanha, utilizando essas
Calcule a área do informações, podemos realizar uma aproximação, calculando a área do
campo de futebol do campo de futebol. Para isso, precisamos retomar o cálculo da área de
Estádio do Pacaembu um retângulo visto no Ensino Fundamental. A seguir, veremos como
e determine a
determinar a área desse e de outros polígonos.
porcentagem ocupada
pelo hospital de
campanha montado
em 2020, sabendo
Área do retângulo
que a área do hospital A área S de um retângulo de lados de medidas b e h, com b e h
era de 6 300 m2. reais positivos, é dada pelo produto da medida da base b pela medida
7 140 m2; aproximadamente da altura h.
88%
EDITORIA DE ARTE

S=b?h
b
PARA
ASSISTIR

ÁREA de figuras planas: qualquer área com uma única fórmula: "porque sim” não é resposta. 2020.
Vídeo (20min22s). Publicado pelo canal A Matemaníaca por Julia Jaccoud. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=l0z1uXO_sMA. Acesso em: 28 jul. 2020.
Esse vídeo apresenta, de maneira clara e sucinta, como obter as fórmulas de áreas de figuras planas.

12
Área do quadrado

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Todo quadrado é um retângulo com lados de medidas iguais. Logo, a a
área S de um quadrado é igual ao produto das medidas de seus lados (a).

S = a2 a

Área do paralelogramo
Vamos considerar um paralelogramo ABCD cuja base mede b e a altura, h como
mostra a figura a seguir.
A B A B

h h

D b C D H C H'
b
Projetando ortogonalmente os vértices A e B desse paralelogramo sobre a reta
que passa pelos pontos D e C, obtemos A os pontos H e H’, B A B

respectivamente, determinando o retângulo ABH’H, como


indicado na figura ao lado. Os triângulosh AHD e BH’C são con- h
gruentes pelo caso LAAO (Lado, Ângulo, Ângulo Oposto). Desse
modo, eles têm a mesma área.
Logo, a área S do paralelogramo
D ABCDbé igual à área
C do D H C H'
retângulo ABH’H: b
PENSE E
S=b?h RESPONDA

Imagine que o lado


O resultado obtido independe do lado escolhido para ser a base
CD do paralelogramo
do paralelogramo. Caso tivéssemos escolhido o outro lado do parale- ABCDfique
 fixo e o
logramo como base, e sua respectiva altura, o resultado seria o mesmo. lado AB deslize sobre
a reta AB. Que figuras
obtemos? Qual é a
Área do triângulo área dessas figuras
obtidas? Justifique
Vamos considerar um triângulo ABC cuja base BC mede b, e a altura
sua resposta.
relativa a essa base mede h. Ver as Orientações
para o professor.
A área S do triângulo ABC é igual à metade do produto da medida
A
da base pela altura relativa a essa base.

b?h h
S=
2
B b C

13

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A
Outra maneira de calcular a área de um triângulo
qualquer é a partir da medida de seus três lados.
c b
Seja um triângulo ABC em que a, b e c são, res-
h
pectivamente, as medidas dos lados BC, AC e AB e
x a_x h é a medida da altura AH relativa ao lado BC, como
B H C mostra a figura ao lado.
a
A área S do triângulo é dada por:
SAIBA QUE...

Heron de Alexandria a +b + c
foi um matemático S = p ? ( p _ a) ? ( p _ b) ? ( p _ c ) , em que p = é
2
grego que viveu por
o semiperímetro do triângulo.
volta do ano 100. Ficou
conhecido pela fórmula
para o cálculo da área Essa expressão para o cálculo da área de um triângulo é conhe-
de um triângulo e que cida como fórmula de Heron.
leva seu nome. O livro
em que apresenta essa PARA
ACESSAR
fórmula, A métrica,
só foi encontrado CLUBES DE MATEMÁTICA DA OBMEP. Sala de estudo: fórmula de Herão.
em 1896. [2020]. Disponível em: http://clubes.obmep.org.br/blog/sala-de-estudo-
Fonte dos dados: BOYER, C. formula-de-herao-2/. Acesso em: 28 jul. 2020.
B. História da matemática.
Tradução de Elza F. Gomide. São Esse site apresenta várias maneiras de realizar a demonstração da
Paulo: Edgard Blücher, 1974. fórmula de Heron.

Área do triângulo retângulo


B
Em um triângulo retângulo ABC, o cateto
AB é a altura relativa ao lado AC e vice-versa.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Assim, sendo AB = c, AC = b e S a área do tri- c

ângulo retângulo ABC, temos:

b?c A b C
S=
2

Área do triângulo equilátero


A
Em um triângulo equilátero, todos os lados
são congruentes, todos os ângulos internos são
a a
congruentes e toda altura é também bissetriz e h
mediana. Vamos considerar um triângulo equilátero
ABC como mostra a figura ao lado.
B a M a C
A área S do triângulo equilátero ABC é dada por: 2 2

a2 3
S=
4

14
PENSE E
RESPONDA
a? h
Partindo da expressão S = para o cálculo da área do triângulo,
2
a2 3
como chegar à expressão S = para o triângulo equilátero?
4 Ver as Orientações para
DICA: Use o teorema de Pitágoras para determinar a medida da altura h. o professor.

Área do losango
Todo losango é um paralelogramo cujas medidas dos lados são
iguais e as diagonais são perpendiculares entre si.
Observe que o losango pode ser decomposto em quatro triângulos
congruentes de mesma área. Assim, sua área S é a soma das áreas desses
quatro triângulos:
1 D d
S = 4 ? S* = 4 ? ? ? =
(D ? d ) D
2 2 2 2

D?d
Então: S=
2

Portanto, a área de um losango é igual à metade do produto das


medidas das diagonais. d

Em um losango:
PENSE E
• os ângulos opostos são congruentes. RESPONDA
• as diagonais são bissetrizes dos ângulos internos. Quais dessas propriedades
• as diagonais se intersectam no ponto médio. são verdadeiras para todos os
paralelogramos? Justifique.
Ver as Orientações para o professor.

Área do trapézio
b

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Vamos considerar um trapézio cujas base maior, base menor e altura
medem B, b e h, respectivamente. Traçando uma diagonal nesse tra- h h
pézio, obtemos dois triângulos: um de base B e altura h e outro de base
b e altura h, como mostra a figura ao lado.
B
A área S do trapézio é a soma das áreas desses dois triângulos:

S=
B?h b?h
+ =
B ? h +b ? h
=
( B + b) ? h
2 2 2 2

Então: S = ( B + b) ? h
2

Portanto, a área de um trapézio é igual à metade do produto da


soma das medidas das bases pela medida da altura.

15

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

1. As bases de um trapézio medem, respectiva- 3. Determine a área do quadrilátero ILHA repre-


mente, 10 cm e 2,8 cm. Se a medida de cada sentado a seguir.
um dos outros dois lados é 6 cm, qual é a área 5
desse trapézio?
L
4
Resolução
Como os lados não paralelos têm medidas 3
iguais, o trapézio é isósceles.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


D C 2 H
2,8 cm

1 I

6 cm 6 cm A
h 0
0 1 2 3 4 5

d Resolução
A B
E
10 cm Inicialmente, observamos que o quadrilátero
é não convexo.
Vamos calcular a medida d no triângulo CEB
Precisamos então, decompor a figura em po-
para determinar a altura do trapézio:
lígonos cuja área sabemos calcular. Uma pos-
10 _ 2, 8 7,2 sibilidade é considerar os triângulos ILA e LHA.
d= = h d = 3,6 cm
2 2 A área do quadrilátero ILHA é a área do triân-
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângu- gulo ILA menos a área do triângulo LHA.
lo CEB, temos: No triângulo ILA, considerando a base como o
h2 + 3,62 = 62 h h2 = 23,04 lado LA, a altura relativa a esse lado pode ser
Logo, h = 4,8 cm. obtida com o auxílio da malha quadriculada e
Cálculo da área do trapézio: vale 3 u.c. (unidades de comprimento). Assim:
4 ?3
AILA = = 6 h AILA = 6 u.a. (unidades de
(10 + 2, 8) ? 4, 8 (12, 8 ? 4, 8) 2
S= = = 30,72 área)
2 2
Usamos raciocínio análogo no *LHA e deter-
Portanto, S = 30,72 cm2.
minamos sua área:
2. Calcule a área do triângulo ABC. ALHA =
4 ?1
= 2 h ALHA = 2 u.a.
y (cm) 2
C De posse desses valores, conseguimos deter-
6
minar a área do quadrilátero ILHA:
4 AILHA = AILA _ ALHA = 6 _ 2 = 4 h
h AILHA = 4 u.a.
2 Portanto, a área do quadrilátero ILHA é 4 uni-
A B
dades de área.
0 2 4 6 8 10 x (cm) PENSE E
RESPONDA

Resolução A decomposição proposta na atividade 3 é


A base do triângulo mede 8 cm (10 _ 2 = 8), a única possível para resolvê-la? Se não,
e a altura, 4 cm (6 _ 2 = 4). Logo: indique uma outra possibilidade. O enunciado
b?h 8? 4 dessa atividade fornece todas as informações
A= h A= =16
2 2 necessárias para a resolução?
Assim, a área do triângulo ABC é 16 cm2. Ver as Orientações para o professor.

16

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. Calcule a área das figuras a seguir. 6. Considere o retângulo ABCD a seguir.


12 cm
a) 80 cm x
D
8 200 cm 2 C

80 cm
30 cm
140 cm
b) R
x
4 cm
18 cm2
M 9 cm N A B
c) A Sabendo que AB = 27 cm e AD = 21 cm, calcu-
le o valor de x de modo que a soma das áreas
7 cm 8 cm dos retângulos em azul seja a maior possível.
12 5 cm2 7. (Enem/MEC) Para decorar a fachada de um
B C
edifício, um arquiteto projetou a colocação
9 cm
de vitrais compostos de quadrados de lado
d) medindo 1 m, conforme a figura a seguir.
30 m 40 m
B

30 m

1 950 m2
40 m
A P Q C

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


2. Uma parede retangular tem 2,4 m de compri-
mento por 90 cm de largura. Quantos azulejos
quadrados de lado medindo 45 cm são neces-
sários, no mínimo, para cobrir essa parede?
11 azulejos
3. Se aumentarmos a medida do lado de um D
quadrado em 4 cm, sua área será aumentada
em 56 cm2. Qual é a medida da diagonal do Nesta figura, os pontos A, B, C e D são pontos
quadrado inicial? 5 2 cm médios dos lados do quadrado e os segmen-
4. O que ocorre com a área de um quadrado se 1
tos AP e QC medem da medida do lado
aumentarmos em 20% a medida de seu lado? 4
aumenta 44% do quadrado. Para confeccionar um vitral,
5. (Vunesp-SP) Uma parede de 350 cm de altura são usados dois tipos de materiais: um para a
e 500 cm de comprimento será revestida de parte sombreada da figura, que custa R$ 30,00
azulejos quadrados iguais. Desprezando-se a o m2, e outro para a parte mais clara (regiões
necessidade de deixar espaço entre os azule- ABPDA e BCDQB), que custa R$ 50,00 o m2.
jos e supondo-se que não haverá perdas pro- De acordo com esses dados, qual é o custo
venientes do corte deles: dos materiais usados na fabricação de um
a) determine o número de azulejos de 20 cm vitral? alternativa b
de lado necessários para revestir a parede;
437,5 azulejos a) R$ 22,50 d) R$ 42,50
b) encontre a maior dimensão de cada peça
de azulejo para que não haja necessidade b) R$ 35,00 e) R$ 45,00
de cortar nenhum deles. 50 cm c) R$ 40,00

17

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8. (Udesc-SC) Maria precisa comprar piso para o seu apartamento cuja planta baixa pode ser vista na
figura. Devido aos recortes necessários para a colocação do piso, o mestre de obras solicitou 10% a
mais da metragem total do apartamento. alternativa c
1m 4,5 m

2,1 m De acordo com as instruções do mes-


135°
tre de obras, Maria deve comprar
2,5 m

sacada

sala de
estar aproximadamente:
a) 38 m2
sala de b) 37 m2

3,5 m
cozinha
jantar
c) 40 m2
d) 39 m2
banheiro

quarto e) 42 m2

1m
1m
UDESC.

> FÓRUM
P21-3-MAT86-5-01-LA-LIL-020

Você sabe o que é uma horta comunitária?


São áreas públicas nas quais são plantadas hortaliças,
legumes e alguns frutos para consumo dos moradores. Nos
espaços urbanos existem muitas áreas públicas ociosas, que
não possuem uma destinação definida e acabam se tornando
um depósito de entulhos e focos de contaminação, enquanto
muitas famílias menos favorecidas não possuem acesso a
alimentos saudáveis. Por meio da implantação de hortas
JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK.COM

comunitárias, o solo urbano passa a ser aproveitado para a


produção de alimentos, livres de agrotóxicos, que servirão
para alimentar essas famílias, solucionando os problemas de
falta de alimentos e de carência nutricional, além de gerar
renda com a venda do excedente. Muitas hortas comunitárias ■ Pessoas trabalhando em horta
são construídas por estudantes em ambientes escolares ou comunitária em Salvador (BA).
próximas a escolas. Fotografia de 2019.
Fonte dos dados: OLIVEIRA, G. B. de; CALVO, P. A. N.; CASTRO, P. G. de. Horticultura urbana. Bisus: PUC-SP, São Paulo, v. 1, 2018. Disponível em:
https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/bisus2018-vol1-horticultura-urbana.pdf. Acesso em: 13 jul. 2020.

NÃO ESCREVA
Após ler o texto, reúna-se a um colega e façam o que se pede a seguir. NO LIVRO

• Inicialmente, respondam às questões: Vocês conhecem alguma horta comunitária? Já participaram


da organização e manutenção desse tipo de projeto?
• Abram uma roda de conversa com a turma e com o professor e debatam a respeito dos benefícios
de uma horta comunitária para a comunidade local e seus impactos sociais e na saúde.
Respostas pessoais.

18
Área do círculo e de

KLEYTON KAMOGAWA/
SHUTTERSTOCK.COM
suas partes
Atualmente, a agricultura tem lançado mão de equi-
pamentos cada vez mais tecnológicos para aumentar e
melhorar a produtividade. A irrigação das culturas por meio
do sistema chamado de pivô central é um deles. Trata-se
de uma máquina que faz a irrigação de água da plantação
e cobre uma área de forma circular do campo considerado.
PARA ■ Campo de cultivo
ASSISTIR sendo irrigado pelo
sistema de pivô central.
ENTENDA como o braço de um pivô central de irrigação gira. São Paulo: Cerro Largo (RS).
Globo Rural, 2014. Vídeo (3 min). Disponível em: https://globoplay.globo. Fotografia de 2018.
com/v/3336969/. Acesso em: 28 jul. 2020.
Esse vídeo mostra como funciona o sistema de irrigação de pivô central.

No exemplo apresentado no vídeo do boxe Para assistir, o pivô central tem um braço de
580 m e é capaz de irrigar uma área de 100 hectares. Para poder estabelecer essa relação entre as
dimensões do pivô central e a área atendida, é preciso saber como calcular a área de um círculo.
É o que veremos a seguir.

Área do círculo
Vamos considerar um círculo cujo raio mede r. Dividindo-o em um número par de partes iguais,
como feito a seguir, podemos observar que essas partes podem formar uma figura que lembra um
paralelogramo. Quanto mais aumentarmos a quantidade dessas partes que dividem o círculo, mais a
base da figura formada se aproximará de pr, ou seja, da metade do comprimento da circunferência.
5 306 600 m2 ou
r PENSE E 530,660 ha (1 ha =
EDITORIA DE ARTE

r r RESPONDA = 1 hm2).

• Em 2009, foi instalado,


pr no estado do Tocantins,
o maior pivô central do
Dessa forma, quanto mais aumentarmos a quantidade de partes,
mundo, com um raio de
mais a área da figura se aproxima da área de um paralelogramo de 1 300 m. Qual é a área
lados de medidas pr e r. irrigada por esse pivô?
Portanto, ao aumentar indefinidamente a quantidade de partes Use p 1 3,14.
que dividem o círculo, a área do círculo e a da figura vão coincidir, • Essa área é maior ou
concluindo-se que a área do círculo é dada por: S = pr ? r = pr2. menor do que a área
Logo, a área de um círculo de raio r é dada por: de 100 ha irrigada pelo
pivô central apresen-
S = pr2 tado no vídeo?
É maior.

19
Área do setor circular
Denominamos setor circular a região do círculo delimitada por um
setor dos seus ângulos centrais.
circular
Vamos calcular a área de um setor circular relativo a um ângulo
r central a, montando uma regra de três simples que relacione a medida
a
r
do ângulo central e a área:

360° –––– pr2 a ? pr 2


  Portanto: Sa =
a –––– Sa 360°

PENSE E
RESPONDA
Área da coroa circular
A coroa circular é a região compreendida entre duas circunferên-
Reúna-se a um colega
para realizar as cias concêntricas (de mesmo centro) que estão em um mesmo plano e
atividades a seguir. têm as medidas de seus raios diferentes.
• Pesquisem o que
coroa circular
é um segmento R
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

circular.
• Debatam e regis-
O r
trem uma maneira
para calcular a área
de um segmento
circular. Em seguida,
compartilhem com
A área S de uma coroa circular é igual à diferença entre a área do
os demais colegas
e com o professor. círculo maior e a do círculo menor cujos raios medem, respectivamente,
Vocês pensaram da R e r. Nesse caso, temos: S = pR2 _ pr2 = p(R2 _ r2)
mesma maneira?
Ver as Orientações para Assim: S = p(R2 _ r2)
o professor.

> ATIVIDADE RESOLVIDA

 é um Resolução
4. Na figura, ABCD é um quadrado e BD
A área da parte colorida de verde é igual à
arco de circunferência de centro A. Qual é
área do quadrado ABCD menos a quarta parte
a área da parte colorida de verde?
22 da área do círculo de raio a.
( )
2
Considere p 1 . Squadrado = a2 h Squadrado = 14
7
D C Logo, Squadrado = 14
22
?14
Scírculo pa 2 Scírculo
= h = 7 = 11
4 4 4 4
Assim: S = Squadrado _ Scírculo = 14 _ 11 = 3
4
Portanto, a área da parte colorida é 3 cm2.
A B
a = 14 cm

20

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

9. Qual é a medida do diâmetro de um círculo 15. Duas circunferências concêntricas têm raios
de área 100p dm ? 20 dm 2
iguais a 50 cm e 40 cm, conforme indica a figura.
Calcule a área destacada em verde.
10. (ESPM-SP) Da área de um quadrado, retira- S = 75p cm2
mos a área correspondente a um círculo de
diâmetro igual à metade da medida do lado
do quadrado. A área restante, em percen- 40 cm
30º
tagem da área original do quadrado, vale
50 cm
aproximadamente: alternativa d
a) 50% c) 75% e) 90%
b) 60% d) 80%
11. O jardim de uma praça no centro de uma ci- 16. Uma praça é formada por um retângulo de
comprimento 100 m e largura 40 m e dois se-
dade tem forma semicircular com diâmetro
micírculos com diâmetro coincidindo com o
medindo 15 m. Qual é a área desse jardim?
28,125p m2 lado menor do retângulo. R$ 50.253,00
12. Sabendo que r = 10 cm, calcule a área da região
3m
colorida de azul na figura. (Adote p 1 3,14.) 100 m
S = 628 cm2
40 m
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

3m
r r
r r Em torno da praça será construída uma cal-
çada de 3 m de largura, cujo preço por metro
quadrado é R$ 50,00. Calcule o custo total
desse projeto. (Adote p 1 3,14.)
13. (Insper-SP) Uma pizzaria vende pizzas circu- 17. (UFRGS-RS) Considere um quadrado de lado 1.
lares com 32 cm de diâmetro, divididas em 8
Foram construídos dois círculos de raio R com
pedaços iguais. O dono do estabelecimento
centros em dois vértices opostos do quadrado
pensou em criar uma pizza de tamanho maior,
e tangentes entre si; dois outros círculos de
a ser dividida em 12 pedaços iguais, de modo
raio r com centros nos outros dois vértices do
que a área de cada um deles seja igual à área
quadrado e tangentes aos círculos de raio R,
de um pedaço da pizza menor. Para isso, o di-
como ilustra a figura abaixo.
âmetro da pizza de 12 pedaços deve ser apro-
ximadamente igual a: alternativa b
a) 36 cm c) 44 cm e) 52 cm
b) 40 cm d) 48 cm
14. Determine a área da região colorida de laranja
UFRGS.

da figura. (Dados: R1 = 3 m, R2 = 5 m.)


S = 16p m2
A área da região sombreada é alternativa e
 2 
R1
a) 
 2
+ 1 p.

(
d) 1+ 2 − 1 p. )
 2 
R2 (
b) 2 − 1 p. ) e) 1+ 
2
_1 p.
 1   
c) 1 +  2 −  p.
 2

21

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> HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
Uma aproximação de p Análise: área que
estuda mais profunda-
Os cálculos da área do círculo e de suas partes envolvem o mente a natureza de
número irracional p. O texto a seguir aborda a aproximação usada conjuntos de números
pelos egípcios, além de alguns fatos a respeito da Geometria na reais e de funções, tal
história da Matemática. como suas características
e propriedades.
Um pouco sobre a abrangência da Geometria
De uma forma simplista muitos consideram a Matemática englobando essencialmente a
Geometria, a Álgebra e a Análise.
A Geometria é provavelmente a mais antiga das três áreas e surgiu, sem dúvida, da neces-
sidade dos povos de medir terras, construir moradias, templos, monumentos etc.
No início, pelo que se sabe, a Geometria era simplesmente uma coleção de conhecimentos prá-
2
 d
ticos, como por exemplo, a fórmula aproximada da área A do círculo de diâmetro d, A =  d _  ,
 9
conhecida dos egípcios desde o ano 1500 antes de Cristo. Comparando-se com a expressão correta,
pd 2
, verifica-se que, essencialmente, a fórmula aproximada corresponde a adotar para p um valor
4
da ordem de 3,16.
Os gregos realmente dispuseram-se a organizar a Geometria como uma ciência e trataram de
ordenar os fatos geométricos procurando demonstrar certas proposições a partir de outras mais
simples; culminaram nos anos 300 antes de Cristo com a publicação dos “Elementos” de Euclides.
Trata-se da primeira exposição dedutiva da Geometria Elementar de que se tem notícia, par-
tindo de certos postulados ou axiomas que eram proposições simples representando uma certa
evidência natural. Sobre os “Elementos”, disse Einstein, numa certa ocasião: “Quem não soube
entusiasmar-se por este livro em sua juventude, não nasceu para pesquisador teórico.” Apesar
das demonstrações de Euclides estarem cheias de apelos à intuição, utilizando postulados admi-
VITALY KOROVIN/SHUTTERSTOCK.COM
LUKASZ SZWAJ/SHUTTERSTOCK.COM;

tidos tacitamente, não se pode negar que seu trabalho constituiu-se, durante muitos séculos, em
um modelo de apresentação matemática, com forte influência na cultura do ocidente.
[...]
OLIVA, W. M. A independência do axioma das paralelas e as geometrias não euclidianas. Revista do Professor de Matemática,
Rio de Janeiro, n. 2. Disponível em: http://www.rpm.org.br/cdrpm/2/8.htm. Acesso em: 14 jul. 2020.

■ O papiro de
Ahmes foi
escrito por
volta de
1650 a.C. e
contém diver-
RES, REINO UNIDO

sos problemas
matemáticos,
entre eles, um
MUSEU BRITÂNICO, LOND

que fala a res-


peito da área
do círculo.

HUT TERSTOCK.COM
ANTON WATMAN/S

22
Polígonos regulares
No Ensino Fundamental você já estudou algumas características
dos polígonos regulares. Vamos ver algumas outras, inclusive como

SC
calcular suas áreas. Mas, antes, veja alguns exemplos de situações

OT
T
RI
CH
AR
envolvendo polígonos regulares.

DS
ON
/S
H
Você conhece uma chave de boca? Sabe para que ela serve?

UT
TE
RS
TO
A chave de boca é uma ferramenta muito utilizada por mecâni-

CK
.CO
M
cos de automóvel quando precisam soltar ou apertar parafusos dos ■ Chave de boca sendo utili-
carros. Esses parafusos, em sua maioria, possuem o formato sexta- zada para soltar uma porca
sextavada.
vado, ou seja, vistos de cima, lembram um hexágono regular.
O
No esporte também podemos identificar polígonos regu-
lares. Basta dar uma olhada nos tatames de competição
do UFC (sigla de Ultimate Fighting Championship,
uma organização americana de artes marciais
mistas, também conhecida como Mixed Martial
Arts – MMA), os famosos octógonos.
Um polígono é regular quando apresenta O O
todos os seus lados congruentes e também
todos os ângulos internos congruentes. Um
fato bastante significativo é que todo polígono
regular pode ser inscrito em uma circunferência.

/
LC
A seguir, vamos estudar alguns polígonos regula-

L
FA
S F
G E /Z U
MA R I
res e relacionar seus elementos com os da circunferência

Y I TA
T T OT
O O O

GE FF B
na qual ele está inscrito. Observe, nas figuras a seguir,

JE
exemplos de polígonos regulares inscritos em circunferências. ■ Área de competição de UFC.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

O O O O

■ Triângulo equilátero inscrito. ■ Quadrado inscrito. ■ Pentágono inscrito. ■ Hexágono inscrito.

Elementos de um polígono regular inscrito em


uma circunferência
O O O
E D

O centro O e o raio r da circunferência na qual o polígono regular está F C


O
inscrito são denominados, respectivamente, centro e raio do polígono. r
m
A distância m do centro O até o ponto médio M de um lado do polígono
A B
regular denomina-se apótema do polígono. M
E D
O O 23
F C
O

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A B
E D

E D
F O C
r
F m C
O
A rB
m
M
Os ângulos cujos lados são dois lados consecutivos do EA M DB
polígono são chamados de ângulos internos do polígono. A E D
medida de cada ângulo interno de um polígono de n lados é F C

dada por b =
(n _ 2) ?180° . O
F C
n O
A B
Um ângulo a cujo vértice está no centro da circunferência
EA DB
circunscrita ao polígono regular e cujos lados passam por dois
vértices consecutivos desse polígono é chamado de ângulo E D
O
central do polígono. F C
aO
A medida de um ângulo central de um polígono regular é F C
360° A a B
dada por a = , sendo n o número de lados do polígono.
n A B

Relações métricas nos polígonos


regulares
Quando consideramos a medida l do lado de um polígono regular, a medida m
do apótema do mesmo polígono e a medida r do raio da circunferência na qual esse
polígono está inscrito, podemos estabelecer relações métricas entre essas medidas.
Vamos estudar como obter essas relações no quadrado, no hexágono regular e
no triângulo equilátero inscritos em uma circunferência.

Quadrado
C
Considere o quadrado ABCD, inscrito em uma circunferên-

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


cia de raio r, representado na figura. Aplicando o teorema de
Pitágoras ao triângulo AOD, temos: O
D B
m
PENSE E l = r + r h l = 2r h l = r 2
2 2 2 2 2 r
M l
RESPONDA
Assim:
A
Analise a
representação l= r 2
do quadrado
ABCD, inscrito na
circunferência de raio O segmento de reta OM é congruente aos segmentos DM e MA.
r, e justifique por que Observe, na figura anterior, que:
os segmentos OM, DM l r 2
m + m = l h 2m = l h m = h m=
e MA são congruentes. 2 2
Essa é uma Portanto:
característica que só
vale nos quadrados? r 2
m=
Justifique. 2
Ver as Orientações
para o professor.

24

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Hexágono regular
Considere o hexágono regular ABCDEF, inscrito em uma circunfe- D C
rência de raio r, representado na figura. Observe que:

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


• med FOA ( )
 = 360° = 60°
6 E
O B

• OA 2 OF e OFA 2 OAF  (pois o triângulo OAF é isósceles) r
m
 = 60° , pois 180° _ 60° = 60° e
( ) ( )
l
Assim, med OFA  = med OAF
2 F
M
A
podemos concluir que o triângulo OAF é equilátero.
Como AOF é um triângulo equilátero, então:

l=r
FA l r
Como = = , então:
2 2 2
2
r r2 3r 2 r 3
r = m +   h r2 = m2 +
2 2
h m2 = h m=
 2 4 4 2
Assim:

r 3
m=
2

Triângulo equilátero
Considere o triângulo equilátero ABC, inscrito em uma circunferên- B

cia de raio r, representado na figura. Observe que AD é o lado de um


hexágono regular inscrito em uma circunferência, então, pelo que vimos, l
AD = r. Dessa forma, pelo teorema de Pitágoras: O
m r
(BD)2 = l2 + (DA)2 h (2r)2 = l2 + r2 h 4r2 = l2 + r2 h
h l2 = 3r2 h l = r 3 C M A

Assim: D

l=r 3

Agora, aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo OMA, temos:


2
r 3
(OA) = (OM) + (MA) h r = m + 
2 2 2 2 2
h
 2 
2 2
r
h m2 = r2 _ r ? 3 h m2 = r h m =
4 4 2
Portanto:

r
m=
2

25

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Área de um polígono regular
Vamos considerar os polígonos regulares a seguir, em que:
• l é a medida do lado;
• m é a medida do apótema;
• O é o centro do polígono;
• n ? l é a medida do perímetro (2p, em que p é a medida do semiperímetro do
polígono).
l

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


l
O O
l
O l
O
m m m
m

■ Triângulo equilátero. ■ Quadrado. ■ Pentágono regular. ■ Hexágono regular.

Unindo o centro O de um polígono regular de n lados a cada um dos seus vérti-


ces, esse polígono fica decomposto em n triângulos isósceles congruentes.
Como a medida da altura de cada um desses triângulos é igual à medida do
apótema do polígono, a área de cada um desses polígonos é igual a n vezes a área

do triângulo formado: A =
(n ? l?m) .
2
Como nl é a medida do perímetro do polígono, a área também pode ser
expressa por:

2 pm
A= hA=p?m
2

A área de um polígono regular de n lados é igual ao produto da medida p, do


semiperímetro, pela medida m, do apótema.

Área e perímetro de um
polígono regular em função
PENSE E
da medida dos lados
RESPONDA
Considere a situação a seguir.
Junte-se a um colega
Para cercar um terreno quadrado de 4 metros de lado, Antônio usou
e avaliem a suposição
de Antônio. Ele estava 16 metros de arame. Seu cliente, satisfeito com o trabalho realizado,
correto? Justifiquem a pediu que ele colocasse cerca em outro terreno, também quadrado,
resposta. mas com o quádruplo da área do primeiro. Antônio ficou pensando se
usaria, então, o quádruplo da metragem de arame.
Não. Resposta esperada: Se a área
quadruplica, o perímetro dobra.
26

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Para compreender melhor o problema, vamos relacionar o perímetro P e a área S
de um quadrado, em função da medida x do seu lado:

x (em metro) P (em metro) S (em metro quadrado)

1 4 1

2 8 4

3 12 9

4 16 16

5 20 25

6 24 36

7 28 49

8 32 64

n 4n n2

Analisando esses dados, podemos perceber que, ao dobrarmos a medida do


lado do quadrado, seu perímetro também dobra, porém, sua área quadruplica. Ao
triplicarmos a medida do lado, o perímetro triplica, mas área passa a ser multipli-
cada por 9, ou seja, 32. Assim, podemos perceber que a variação do perímetro do
quadrado em função do lado é linear, enquanto a variação da área é quadrática.
Voltando para o problema de Antônio, o novo terreno tem área de 64 m2 (4 ? 16 m2)
e, portanto, ele precisará de 32 metros de arame para cercá-lo.
Agora, vamos observar essas variações graficamente:

P (área S
(perímetro y=4x
do quadrado) do quadrado)
8 8 y = x2
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1

_2 _1 0 1 2 3 4 5 x (medida _2 _1 0 1 2 3 4 5 x (medida
_1 _1 do lado)
do lado)
■ Variação do perímetro do quadrado em ■ Variação da área do quadrado em
função da medida x do lado. função da medida x do lado.

Para construir esses gráficos, consideramos apenas valores de x . 0, pois x repre-


senta a medida do lado do quadrado.
O perímetro P de um quadrado é diretamente proporcional à medida de seu
lado e é modelado pela função afim dada por P(x) = 4x. Já a área S do quadrado, em
função da medida x do lado, corresponde à função quadrática definida por S(x) = x2.

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

5. Determine a área S de um quadrado inscrito em uma circunferência de 5 dm de raio.


Resolução
Nesse caso, o lado do quadrado é dado por: l = r 2 , ou seja, l = 5 2 dm.
( )
2
Logo, S = l2 = 5 2 = 50
Portanto, S = 50 dm2.
6. Determine a medida R do raio da circunferência inscrita no hexágono re- E D

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


gular cujo lado mede 4 cm.
Resolução
O
A medida do raio da circunferência inscrita em um polígono regular é igual F C
à medida do apótema desse polígono. Assim, R = m. m

r 3
Para o hexágono regular, temos: l = r e m = , em que r é a medida A M B
2
do raio da circunferência circunscrita ao hexágono.
De acordo com o enunciado, temos l = r = 4 cm. Assim:
4 3
m= =2 3
2
Logo a medida R do raio da circunferência inscrita é 2 3 cm.
7. Sabendo que uma circunferência tem 10 cm de raio, determine a medida do lado e a medida do
apótema do hexágono regular nela inscrito.
Resolução
Como temos um hexágono regular inscrito em uma circunferência de raio r, sabemos que l = r,
e portanto, l = 10 cm.
r 3
Nessas condições a medida m do apótema do hexágono regular é dada por m = , ou seja,
2
10 3
m= .
2
Logo, m = 5 3 cm.
8. Observe o gráfico representado e faça o que se pede a seguir.
y
a) Escreva a lei de formação da função representada. f
b) Considerando que essa função representa a variação 6
do perímetro P de um polígono regular em função 5
da medida do seu lado, identifique esse polígono, 4
justificando.
3
Resolução
2
a) Conhecemos dois pares ordenados do gráfico: (0, 0) e
1
(1, 5). Como se trata de uma reta, tem-se que f(x) = ax + b.
Como a função passa por (0, 0), b = 0. Assim, f(x) = ax. _2 _1 0 1 2 3 4 5 x
Para x = 1, y = 5. Logo, a = 5. _1
Portanto, a lei de formação da função é f(x)= 5x,
com x . 0.
b) A lei da função é f(x) = 5x. Isso quer dizer que, para uma medida x do lado desse polígono, o
perímetro é 5x. Como se trata de um polígono regular, todos os lados têm mesma medida, então
concluímos que esse polígono é um pentágono regular.

28

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

18. Dado um triângulo equilátero, cujo lado mede 24.O apótema de um hexágono regular mede
6 cm, calcule: 6 3 cm. Nessas condições, determine:
a) o raio da circunferência circunscrita; 2 3 cm a) a medida do seu lado; 12 cm
b) a medida do apótema. 3 cm b) sua área. 216 3 cm2

19. Na circunferência de raio 2 cm está inscrito 25. Na figura a seguir, o quadrado ABCD está ins-
um hexágono regular. Qual é a área desse crito em uma circunferência. Sabendo que o
polígono? 10,38 cm2 lado desse quadrado mede a, expresse, em
(Adote 3 1 1,73.) função de a, a área da região sombreada.
p 
20. Calcule as áreas dos polígonos regulares re- D C a2  _1 u2
2 
presentados a seguir.
a) b)

A B
10 cm
8 cm

20 cm
26. Observe a relação entre a medida dos lados e o
200 cm2 600 3 cm2 perímetro de um polígono regular. Identifique
21. A figura a seguir foi recortada de uma carto- qual é esse polígono regular e justifique sua
lina e é formada por um hexágono regular e resposta. Decágono; a medida do lado é x e o perímetro, 10x.
seis quadrados. Cada lado do hexágono mede
10 cm. Medida do lado 2 3 4 5
Medida do perímetro 20 30 40 50

27. Considerando os estudos sobre a variação da


ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

área e do perímetro de um polígono regular


em função da medida do lado, elabore um
problema e resolva-o. Depois troque-o com
20 cm
um de seus colegas e resolva o problema
proposto por ele. Em seguida, discutam as
soluções, verificando se chegaram às mesmas
conclusões e quais procedimentos utilizaram.
Considerando 3 1 1,73, quantos centímetros Resposta pessoal.
28. (Ence-RJ) A figura abaixo representa um hexá-
quadrados de cartolina foram usados para
gono regular.
fazer a figura? 859,5 cm2
F A
22. Calcule a área de um triângulo equilátero, sa- Raio = 4 cm
bendo que seu apótema mede 3 cm. 27 3 cm2
23. São dados dois quadrados: um inscrito e E B

outro circunscrito à mesma circunferência. r


Raio = 4 cm
Determine a razão entre:
D C
a) o perímetro do quadrado inscrito e o do
quadrado circunscrito; 2 Cal cule:
2
b) a área do quadrado inscrito e a do quadra- a) a medida do seu apótema; m = 2 3 cm
1
do circunscrito. b) a área da região colorida de verde.
2
72 3 _ 32 p cm2
3
29

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29. Calcule a área de um hexágono regular cujo 32. Observe a sequência de figuras abaixo, forma-
lado mede 6 cm. 54 3 cm 2
das por quadrados alaranjados congruentes:
30. (UEL-PR) Algumas figuras geométricas são

EDITORIA DE ARTE
utilizadas em símbolos, como, por exemplo,
a “Estrela de David” (Figura 1).

Considere a medida do lado de um quadrado


como sendo 1 unidade de comprimento

UEL.
(u.c.), e a área desse quadrado como 1 unidade
de área (u.a.), e copie o quadro a seguir no seu
■ Figura 1 ■ Figura 2 caderno, completando-o.

Medida do lado
1 2 3 4 5
(em u.c.)
Medida do
4 8 12 16 20
perímetro (em u.c.)
Medida da área
Figura 3 1 4 9 16 25
■ (em u.a.)
A partir das Figuras 1 e 2, desenhou-se um
esquema, representado na Figura 3, que não
33. (Enem/MEC) Uma empresa produz tampas
circulares de alumínio para tanques cilíndricos
obedece a uma escala. Sabe-se que, na Figura
a partir de chapas quadradas de 2 metros de
3, estão representados uma circunferência de
lado, conforme a figura. Para 1 tampa grande,
centro no ponto O e um triângulo equilátero
a empresa produz 4 tampas médias e 16 tam-
(ABC), inscrito nessa circunferência.
pas pequenas.
Considerando que o raio da circunferência é Grande Média Pequena
de 48 cm, responda aos itens a seguir.
2m

a) Determine a medida do lado do triângulo

ENEM.
ABC. Justifique sua resposta apresentando os
2m
cálculos realizados na resolução deste item.
Ver as Orientações para o professor. Área do círculo: pr2
b) Determine a área representada pela cor
cinza na Figura 3. Justifique sua resposta As sobras de material de produção diária das
apresentando os cálculos realizados na re- tampas grandes, médias e pequenas dessa
solução deste item. 88 cm2 empresa são doadas, respectivamente, a três
entidades: I, II e III, para efetuarem reciclagem
31. Em algumas cidades, serão construídas praças do material. A partir dessas informações, po-
na forma de octógono regular. Para isso, foi de-se concluir que:
elaborado um projeto, em que consta a me- a) a entidade I recebe mais material do que a
dida m do lado do octógono, uma vez que o entidade II;
comprimento do lado poderia variar confor- b) a entidade I recebe metade do material da
me o local para a construção da praça. entidade III;
a) Faça um esboço do polígono regular que c) a entidade II recebe o dobro de material da
representa a praça. entidade III;
Ver as Orientações para o professor.
b) Qual a função que relaciona o perímetro P e d) as entidades I e II recebem, juntas, menos
a medida do lado m do octógono regular? material do que a entidade III;
P(m) = 8m
c) Construa o gráfico que representa essa e) as três entidades recebem iguais quantida-
função. Ver as Orientações para o professor. des de material. alternativa e

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Razão entre áreas de polígonos
semelhantes
Podemos definir o que são polígonos semelhantes:

Dois polígonos são semelhantes quando satisfazem duas


condições: os ângulos correspondentes são congruentes e os
lados correspondentes são proporcionais.

No Ensino Fundamental, você provavelmente estudou a semelhança de triângulos.


A partir dessa semelhança, algumas consequências podem ser demonstradas. Veja,
a seguir, uma delas.
Se dois triângulos são semelhantes, com razão de semelhança k, então:
I. a razão entre os perímetros também é k;
II. a razão entre duas alturas homólogas também é k;
III. a razão entre duas bissetrizes homólogas também é k;
IV. a razão entre as áreas é igual a k2.
Podemos definir o que são polígonos semelhantes:
É possível demonstrar que as consequências I a IV apresentadas são válidas para
figuras que podem ser decompostas em um número finito de polígonos.

Ladrilhamento do plano
Na instalação de pisos e azulejos em cozinhas e banheiros, por exemplo, o termo
usado na construção civil é "assentar" (o piso ou o azulejo). Nesse processo, para
obter um bom acabamento, os profissionais precisam recobrir a maior área possí-
vel utilizando apenas peças inteiras. Porém, normalmente, é necessário fazer o que
chamam de "recorte", assentando pedaços dessas peças para recobrir totalmente
a superfície.
Em Matemática, a ideia de ladrilhamento está associada ao recobrimento do
plano utilizando determinadas composições de polígonos.
WITTYBEAR/SHUTTERSTOCK.COM

31

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Considere a situação a seguir.
Carlos foi contratado para assentar pisos em determinada superfície retangular. Para obter
um bom acabamento, ele pretende recobrir a maior área possível dessa superfície utilizando
apenas pisos inteiros e de um único modelo, dentre os modelos A, B ou C indicados a seguir.
Modelos de pisos

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


PENSE E
RESPONDA

Dentre os A B C
três modelos
apresentados, qual
você recomendaria
que Carlos utilizasse Se Carlos utilizar o piso do modelo A, poderá compor um ladrilha-
a fim de evitar, o mento seguindo o padrão indicado a seguir. Note que, para determinar
máximo possível, os esse padrão, não é necessário realizar nenhum recorte do piso do
recortes? modelo A.
Ver as Orientações
para o professor.

SAIBA QUE...
■ Composição com pisos
A ideia de do modelo A
ladrilhamento é
utilizada em diferentes Porém, se Carlos utilizar o piso do modelo B ou do modelo C, ele
manifestações teria as seguintes situações:
artísticas. Por
exemplo, o artista
gráfico holandês
Escher, em suas
obras de tesselação,
partia de figuras ■ Composição com ■ Composição com
geométricas para pisos do modelo B pisos do modelo C
criar imagens, como
de peixes ou de aves,
Observe que na composição com pisos do modelo B não é possível
que se encaixavam
encaixar um novo piso desse mesmo modelo na região triangular deter-
perfeitamente. A
minada pelos pontos destacados em vermelho. Também, na composição
tesselação é um tipo
com pisos do modelo C, não é possível encaixar um novo piso desse
de pavimentação, com
peças de mosaico, de modelo para recobrir a região triangular determinada pelos pontos des-
uma superfície plana. tacados em azul.
Isso indica que, ao utilizar o piso do modelo B, no mínimo a cada
três pisos assentados, Carlos teria de fazer um recorte do piso original.
Semelhantemente, ao utilizar o piso do modelo C, no mínimo a cada dois pisos assentados, seria
necessário realizar ao menos um recorte do piso original.
Assim, ao utilizar o modelo B ou o modelo C, seria necessário fazer mais recortes nos pisos
para conseguir recobrir toda a superfície retangular. Portanto, o modelo A é mais adequado à
necessidade de Carlos.
Essa situação nos dá ideia do que, em Matemática, denominamos ladrilhamento do plano,
que é o recobrimento do plano com base em determinado padrão geométrico. Esse padrão pode
ser composto de um único polígono ou da combinação de diferentes polígonos.

32

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Então, surge uma questão: será que é possível ladrilhar um plano utilizando qualquer padrão
geométrico? A resposta para essa pergunta é não!
Os polígonos utilizados para fazer o ladrilhamento devem obedecer às seguintes condições:
• a intersecção entre os polígonos é sempre um vértice ou um lado ou é vazia;
• a distribuição ao redor de cada vértice é sempre a mesma, obedecendo a um padrão.
Considere um triângulo equilátero ABC.

A B A

A B
  
É possível compor um ladrilhamento com seis triângulos equiláteros congruentes ao triângulo
ABC, todos concorrendo no vértice A.
Denotamos esse ladrilhamento por 3.3.3.3.3.3 ou {6, 3}. A notação {6, 3} indica que são seis
vértices coincidentes e que o polígono regular considerado possui três lados.
Veja outros exemplos:
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

b = 120º

M = 120º

µ = 120º

■ Notação: {4, 4}, ou seja,


quatro vértices coincidem, ■ Notação: {3, 6}, ou seja, três vértices ■ A medida do ângulo
e o polígono regular possui coincidem, e o polígono regular interno de um hexágono
quatro lados. possui seis lados. regular é 120°.

Para ser possível obter um ladrilhamento, é necessário que a soma da medida dos ângulos
internos dos polígonos, relativos aos vértices coincidentes, seja 360°.
O ladrilhamento do plano também pode ser feito pela composição de dois ou mais polígonos
regulares convexos com lados congruentes, de modo que o padrão de cada vértice obedeça
sempre à mesma ordem.
A figura a seguir representa uma maneira de obter o ladrilhamento do plano utilizando
octógonos regulares e quadrados. PENSE E
RESPONDA

Quais são as medidas


dos ângulos internos
dos polígonos
regulares que
compõem essa figura?
135º, (do octógono regular);
90 º (do quadrado)
33

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C01-010-043-LA-G21.indd 33 17/09/20 11:02


Os ladrilhamentos também podem ser feitos com alguns polígonos congruentes,
ainda que sejam não regulares. Na figura a seguir, por exemplo, o padrão geomé-
trico utilizado é composto de triângulos que não são regulares.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


> ATIVIDADES RESOLVIDAS
9. Considere dois pentágonos regulares cuja medida do lado do primeiro pentágono é o dobro da
medida do lado do segundo. Sabendo que a área do primeiro pentágono é 200 cm2, determine a
área do segundo pentágono regular.
Resolução
Polígonos regulares de mesmo número de lados são sempre semelhantes entre si.
Sendo l1 a medida do lado do primeiro pentágono e l2 a medida do lado do segundo, temos:
l
l1 = 2l2 h 1 = 2 = k (razão de semelhança entre os lados)
l2
Indicando por A1 a área do primeiro pentágono e por A2 a área do segundo, a razão entre as duas
áreas deve ser igual ao quadrado de k. Logo:
A1 200 200
= k2 h = 22 h = 4 h A2 = 50
A2 A2 A2
Portanto, a área do segundo pentágono regular é igual a 50 cm2.
10. Para fazer o ladrilhamento de uma superfície, Caio comprou pisos em formato de octógonos regulares.
Ao iniciar o trabalho de revestimento, notou que não seria possível recobrir todo o piso. Observe:
a) Explique o motivo pelo qual Caio não conseguirá ladrilhar a superfície
usando somente pisos nesse formato.
b) Caio resolveu voltar à loja para comprar algum outro piso que se en-
caixe perfeitamente ao ladrilhamento já iniciado. Ele deve procurar
por pisos no formato de qual polígono regular?
Resolução
a) A medida do ângulo interno no octógono regular é dada por b =
( 8 _ 2 ) ?180° = 135° e 135 não
é divisor de 360. 8
Com dois octógonos regulares, a soma dos ângulos justapostos em um mesmo vértice é 270°;
com três octógonos regulares, essa soma passa a 405°. Assim, usando somente octógonos regu-
lares não é possível ladrilhar o piso.
b) Sabemos que a medida de cada ângulo interno do octógono regular é igual a 135°. Assim, temos:
2 ? 135° + x = 360°, em que x é a medida do ângulo do polígono regular desconhecido.
Assim, temos: x = 360° _ 270°
Logo, x = 90°.
O polígono regular que possui ângulos iguais a 90° é o quadrado.

34

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C01-010-043-LA-G21.indd 34 15/09/20 20:51


> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

34.Justifique se a afirmação seguinte é verdadei- 38. (Unip-SP) PQR é um triângulo com 27 cm2
Ver as Orientações para o
ra ou falsa: professor.
de área. A, B, C, D, E e F são pontos mé-
“Se triplicarmos a medida do lado de um qua- dios dos segmentos PB, AQ, QD, CR, RF e EP,
drado, então sua área também triplicará.”. respectivamente. alternativa d
P
35. (UFRN) Miguel pintará um painel retangular
com motivos geométricos. As duas regiões
destacadas, a região 1 (FGKM), contida no A
quadrado FGLM, e a região 2 (HILK), contida
no paralelogramo HILM, conforme figura abai- F
xo, serão pintadas de vermelho. Sabe-se que a B
tinta utilizada para pintar uma região qualquer
depende proporcionalmente de sua área. Q E
F G H I
C

1 K D
2
R
UFRN.

M L J
A área da região hachurada, em centímetros
3 quadrados, é:
Se Miguel gastasse, na pintura da região 1,
7 a) 9 d) 18
da tinta vermelha de que dispõe, poderíamos
afirmar que alternativa d b) 12 e) 21
a) o restante de tinta vermelha daria, exata- c) 15
mente, para a pintura da região 2. 39. Observe o ladrilhamento a seguir, composto
b) o restante de tinta vermelha seria insufi- de polígonos regulares.
ciente para a pintura da região 2.
c) a região 2 seria pintada e ainda sobrariam
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE
3
de tinta vermelha.
7 1
d) a região 2 seria pintada e ainda sobraria
de tinta vermelha. 7

36. (Mack-SP) Um engenheiro fez a planta de um


apartamento, de modo que cada centímetro
do desenho corresponde a 50 centímetros a) Identifique os polígonos que estão desta-
reais. Então a área real de um terraço que cados em azul.
tem 20 cm2 na planta é, em metros quadrados, dois hexágonos regulares e quatro quadrados
b) Na parte central desse ladrilhamento, há
igual a: alternativa c
um polígono. Diga qual é esse polígono,
a) 2 d) 8 justificando sua resposta. triângulo equilátero
b) 4 e) 10 Ver as Orientações para o professor.
40.O pátio de uma escola tem formato retangu-
c) 5 lar, com 3,5 m de largura por 5,5 m de com-
37. Ao utilizarmos a combinação de dois hexágo- primento. A direção decidiu recobrir essa área
nos regulares e dois triângulos equiláteros, com ladrilhos quadrados com 12 cm de lado.
cujos lados tenham a mesma medida, é pos- Quantos ladrilhos serão necessários para re-
sível ladrilhar o plano? Justifique sua resposta. vestir todo o pátio? 1 337 ladrilhos
Ver as Orientações para o professor.

35

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41. Usando um software de geometria dinâmica, 44.Uma construtora decidiu inovar e encomen-
como o GeoGebra, investigue se é possível dou ladrilhos no formato de dodecágonos
fazer um ladrilhamento utilizando apenas pen- regulares (polígonos de 12 lados congruen-
tágonos regulares. Registre o passo a passo do tes). Ao se depararem com esses ladrilhos
resultado e justifique suas conclusões. de formato inusitado, alguns pedreiros dis-
Ver as Orientações para o professor.
seram que não seria possível usar apenas
42. (FGV-SP) A figura indica um hexágono regular esse ladrilho, pois sobraria espaço entre
ABCDEF, de área S1, e um hexágono regu-
eles. Ao ouvir os colegas, o mestre de obras
lar GHIJKL, de vértices nos pontos médios dos
encontrou a solução para esse problema.
apótemas do hexágono ABCDEF e área S2.
alternativa e Ele afirmou que somente com os ladrilhos
A B no formato de dodecágonos regulares, de
fato, não era possível recobrir todo o piso,
H mas se esses ladrilhos fossem combinados
I com outro tipo de ladrilho poligonal, o pro-
G
blema estaria resolvido.
F C
J a) Explique por que não é possível usar
L somente os ladrilhos em formato de do-
K decágono regular para cobrir todo o piso,
FGV.

sem deixar espaço. Se possível, utilize um


E D software de geometria dinâmica para auxi-
liar na sua explicação. Ver as Orientações
Nas condições descritas, S2 é igual a para o professor.
b) Considerando a solução dada pelo mes-
3 7 S1 3
a) c) e) tre de obras, que tipo de ladrilho seria
4 25 16 possível combinar com o dodecágono
8 1
b) d) regular para satisfazer às condições de
25 5 ladrilhamento? triângulo equilátero
43. (OBMEP) Dois quadrados de papel se sobre- 45. (Fuvest-SP) A figura representa sete hexágo-
põem como na figura. A região não sobrepos- nos regulares de lado 1 e um hexágono maior,
ta do quadrado menor corresponde a 52% de cujos vértices coincidem com os centros de
sua área e a região não sobreposta do quadra- seis dos hexágonos menores. Então, a área do
do maior corresponde a 73% de sua área. Qual pentágono hachurado é igual a: alternativa e
é a razão entre o lado do quadrado menor e o
lado do quadrado maior? alternativa a
EDITORIA DE ARTE

73%

52%
OBMEP.

a) 3 3 d) 3
3 2 4
a) c) e)
4 3 5 3
b) 2 3 e)
5 4 2
b) d)
8 7 3 3
c)
2

36

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46. (Enem/MEC) Na construção civil, é muito comum a utilização de ladrilhos ou azulejos com a forma
de polígonos para o revestimento de pisos ou paredes. Entretanto, não são todas as combinações de
polígonos que se prestam a pavimentar uma superfície plana, sem que haja falhas ou superposições
de ladrilhos, como ilustram as figuras:
IMAGENS: ENEM.

■ Figura 1: Ladrilhos retangulares ■ Figura 2: Heptágonos regulares não pavi-


pavimentando o plano mentam o plano (há falhas ou superposição)

A tabela traz uma relação de alguns polígonos regulares, com as respectivas medidas de seus ân-
gulos internos.
Nome Triângulo Quadrado Pentágono Hexágono Octógono Eneágono

Figura

Ângulo interno 60° 90° 108° 120° 135° 140°

Se um arquiteto deseja utilizar uma combinação de dois tipos diferentes de ladrilhos entre os po-
lígonos da tabela, sendo um deles octogonal, o outro tipo escolhido deverá ter a forma de um
a) triângulo. c) pentágono. e) eneágono.
b) quadrado. alternativa b d) hexágono.

47. (CP2) Alguns polígonos regulares, quando postos juntos, preenchem o plano, isto é, não deixam
folga, espaço entre si. Por outro lado, outras combinações de polígonos não preenchem o plano.
A seguir, exemplos desse fato: a Figura 1, formada por hexágonos regulares, preenche o plano; a
Figura 2, formada por pentágonos e hexágonos regulares, não preenche o plano.
COLÉGIO PEDRO II

■ Figura 1 ■ Figura 2

Na Figura 2, a medida x do ângulo é igual a


a) 14°. d) 8°.
b) 12°. alternativa b
c) 10°.

37

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> DIÁLOGOS
CONEXÕES
Áreas verdes
As áreas verdes, em centros urbanos, são fundamentais para diversos aspectos,
entre eles, a melhora na qualidade no ar. Leia o texto a seguir.

A importância das áreas verdes nas cidades


Desde a Antiguidade, as áreas verdes e jardins tinham finalidades de passeio, lugar
para expor luxo e de repouso. Atualmente com os problemas gerados pelas cidades moder-
nas, elas e os parques e jardins são uma exigência não só para a ornamentação urbana,
mas também como necessidade higiênica, de recreação e principalmente de defesa do
meio ambiente diante da degradação das cidades.
SOUTHERN WIND/SHUTTERSTOCK.COM

[...]
Além de servirem como equilíbrio do ambiente urbano e de locais de lazer, também
podem oferecer um colorido e plasticidade ao meio urbano.
Outro fator importante referente à vegetação é a arborização das vias públicas que
serve como um filtro para atenuar ruídos, retenção de pó, oxigenação do ar, além de
oferecer sombra e a sensação de frescor.
LIMA, V.; AMORIM, M. C. de C. T. A importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades. Revista Formação,
Presidente Prudente, v. 1, n. 13, p. 139-165, 2006. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/
viewFile/835/849. Acesso em: 8 jul. 2020.

■ Vista aérea do parque no entorno do


Mosteiro Nossa Senhora das Graças, em
Belo Horizonte (MG). Fotografia de 2013.
RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

38
Índice de Áreas Verdes
Indicadores e índices são números que procuram descrever um deter-
minado aspecto da realidade, ou apresentam uma relação entre vários
deles [...]. Dentre alguns indicadores que expressam a qualidade ambiental
de uma cidade, destaca-se: o Índice de Áreas Verdes (IAV) que mede a
relação entre a quantidade de área verde (m²) e a população que vive em
determinada cidade.
[...] em termos gerais, o IAV é aquele que denota a quantidade de
espaços livres de uso público, em km² (quilômetro quadrado) ou m² (metro
quadrado) dividido pela quantidade de habitantes de uma cidade.
[...]
TAVC = E áreas de parques (m²) + E áreas de praças (m²)
SAIBA QUE...
TAVC
IAV = E é o símbolo utilizado
NH
para o somatório,
que indica a soma de
Onde: determinados números.
TAVC = Total de áreas verdes consideradas É também a décima
(parques e praças) oitava letra do alfabeto
IAV = Índice de área verdes grego, que corresponde
NH = Número de habitantes ao S maiúsculo.
TOLEDO, F. dos S.; MAZZEI, K.; SANTOS, D. G. dos. Um índice de áreas verdes (IAV) na cidade de Uberlândia /
MG. REVSBAU, Piracicaba, v. 4, n. 3, p. 86-97, 2009. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/
revsbau/article/view/66415/38256. Acesso em: 8 jul. 2020.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um mínimo


de 12 m2 de área verde por habitante.
Fonte dos dados: PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Área verde por habitante.. São Paulo, 2020.
Disponível em: https://2013-2016-indicadores.cidadessustentaveis.org.br/area-verde-por-habitante.
Acesso em: 15 jul. 2020.

Agora, faça o que se pede nas atividades a seguir. NÃO ESCREVA


NO LIVRO

1. Em sua opinião, por que é importante ter áreas verdes na cidade? Há


áreas verdes em sua cidade? Converse com seus colegas sobre esses
WATIN/SHUTTERSTOCK.COM

espaços. Resposta pessoal.


2. A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, possuía, em 2014,
PENSE E
62 961 882 m2 de áreas verdes (praças e parques). Na mesma data, a po- RESPONDA
pulação da cidade era de 1 409 351 habitantes.
Que conceitos
Fonte dos dados: PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Área verde por habitante:
Porto Alegre, RS. São Paulo, 2020. Disponível em: https://2013-2016-indicadores. matemáticos você
cidadessustentaveis.org.br/br/RS/porto-alegre/area-verde-por-habitante. Acesso em: 8 jul. 2020. utilizou para realizar
Calcule o índice de áreas verdes (IAV) de Porto Alegre, em 2014 e compare as atividades desta
com o índice mínimo estabelecido pela ONU. seção? porcentagem e área
IAV = 44,6744 m2/hab. O índice está acima do recomendado pela ONU.

39
> DIÁLOGOS
EXPLORANDO A TECNOLOGIA
Professor, para instalar a versão do GeoGebra Clássico 5 nos computadores da sua escola, acessar o
site <https://www.geogebra.org/download?lang=pt> (acesso em: 15 jul. 2020).
Explorando polígonos inscritos na circunferência
De acordo com o que estudamos, a área (A) de um polígono regular é o produto de
seu apótema (m) pelo semiperímetro (p), A = p ? m. Vimos também que todo polígono
regular pode ser inscrito em uma circunferência.
Utilizando essas informações, podemos criar um arquivo no GeoGebra em que
é possível construir um polígono regular com tantos lados quanto desejarmos e, em
seguida, o programa calcula o valor de sua área. Desse modo, podemos comparar o
valor obtido com a fórmula anterior.
Para realizar esta atividade, utilizaremos a versão instalada do GeoGebra Classic 5.
Para isso, siga o roteiro a seguir:

I. No Campo de entrada, localizado no rodapé da página, digite "A = (0, 0)" para
criar o ponto A, de coordenadas (0, 0).

II. Em seguida, digite "B = (1, 0)", para criar o ponto B(1, 0).

III. Utilizando a ferramenta Círculo dados centro e Um de seus pontos, ,


marque primeiro o ponto A e, depois, o ponto B. O programa fornecerá uma
circunferência de raio 1, cujo centro é o ponto A, e B é um de seus pontos.

IV. Utilizando a ferramenta Ampliar, , clique sobre a circunferência até que ela
se ajuste ao espaço disponível.

V. Crie um Controle deslizante. Na caixa


PASSION ARTIST/SHUTTERSTOCK.COM

de diálogo aberta (Figura 1), nomeie-o


como n e selecione a opção Inteiro.
Além disso, altere os valores min e máx
para 1 e 200, respectivamente. Mantenha
IMAGENS: GEOGEBRA

o incremento em 1.

■ Figura 1

40
VI. Para evitar que o polígono fique muito grande à medida que aumentamos o valor de n,
vamos limitar a medida do raio da circunferência em função do número de lados. Assim,
digite "C=(cos(2*pi/n),sen(2*pi/n))" no Campo de entrada para criar o ponto C.

VII. Mova o controle deslizante para n = 3, de tal forma que o ponto C fique visível.

VIII.Utilizando a ferramenta Polígono


regular, , clique primeiro sobre
o ponto B e, depois, em C. Para o
número de lados, digite "n". Assim,
o valor do controle deslizante n é
que vai determinar o número de
lados do polígono.
Observe que na Janela de Álgebra
aparece um objeto chamado

IMAGENS: GEOGEBRA
pol1 e, ao lado, um número. Esse
número representa a área do
polígono inscrito construído.

Agora, faça o que se pede nas NÃO ESCREVA


NO LIVRO a) Utilizando a ferramenta Distância, com-
atividades a seguir. Ver as Orientações
para o professor.
primento ou perímetro, , meça o
1. Durante a construção, definimos o intervalo
apótema e anote.
do controle deslizante de 1 a 200. Explique o
que acontece quando n = 1 e n = 2. b) Com a mesma ferramenta anterior, meça
um dos lados do triângulo e anote.
2. Para n = 3, o polígono na tela será um triân-
c) Calcule a área do triângulo equilátero,
gulo equilátero.
usando a fórmula do semiperímetro.
• Utilizando a ferramenta Reta perpendicu-
d) Compare o valor calculado com o valor for-
lar, , trace uma reta perpendicular a um necido pelo GeoGebra.
dos lados do triângulo, a partir do ponto A. 3. O que acontece com o valor da área quando
• Marque o ponto de intersecção dessa reta aumentamos o número de lados?
com o lado do triângulo, utilizando a ferra-
4. Ao definir n = 200, o polígono inscrito se pa-
menta Interseção de dois objetos, . rece com qual figura? O que podemos afir-
A distância entre esse ponto e o ponto A é o mar sobre o valor da área do polígono para
apótema desse triângulo. esse caso?

41

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> DIÁLOGOS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. (UFRGS-RS) Considere AB um segmento de 4. (UFRGS-RS) A partir de um hexágono regular


comprimento 10 e M um ponto desse segmen- de lado unitário, constroem-se semicírculos
to, distinto de A e de B, como na figura abai- de diâmetros também unitários, conforme
xo. Em qualquer posição do ponto M, AMDC é indicados na figura abaixo.
quadrado e BME é triângulo retângulo em M. F
C D
A E

B
A M
UFRGS.

UFRGS.
D
E
Tomando x como a medida dos segmentos C
AM e EM, para que valor(es) de x as áreas
do quadrado AMDC e do triângulo BME são A medida da área sombreada é alternativa a
iguais? 3 3 _p
a) . d) 3 3 + p .
10 10 4 4
a) 0 e . d) 0, e 10. p
3 3 b) . 3 3
e) .
b) 0, 2 e 3. e) 5. 4 2
10 3 3
c) . alternativa c c) .
3 4
2. (Unicamp-SP) No triângulo ABC exibido na fi- 5. (Udesc-SC) O projeto de uma casa é apresen-
gura a seguir, M é o ponto médio do lado AB, tado em forma retangular e dividido em qua-
e N é o ponto médio do lado AC. tro cômodos, também retangulares, conforme
A ilustra a Figura 3.
N
C
wc quarto 1
M
UNICAMP.

Se a área do triângulo MBN é igual a t, então


a área do triângulo ABC é igual a quarto 2 cozinha e sala integradas
UDESC.

a) 3t. c) 4t. alternativa c


b) 2 3t. d) 3 2 t. ■ Figura 3: Projeto de uma casa de quatro
cômodos.
3. (Unifor-CE) Um pequeno terreno retangular
tem área de 104 m2. Sabendo que seu com- Sabendo que a área do banheiro (wc) é igual a
primento tem 3 m a menos que o dobro de 3 m2 e que as áreas dos quartos 1 e 2 são, res-
sua largura, é correto concluir que a medida pectivamente, 9 m2 e 8 m2, então a área total
desse comprimento está entre: alternativa b do projeto desta casa, em metros quadrados,
é igual a: alternativa c
a) 14 m e 16 m d) 8 m e 10 m
b) 12 m e 14 m e) 6 m e 8 m a) 24 c) 44 e) 56
c) 10 m e 12 m b) 32 d) 72

42

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6. (UFABC-SP) Observe a figura. As duas áreas 7. (OBMEP) A figura mostra um quadrilátero con-
retangulares são utilizadas para o plantio de vexo ABCD de área 1 e pontos P, Q, R e S tais
cana-de-açúcar, sendo que a área R está para que alternativa b
a área H na razão de 9 para 5. Sabe-se que AB BC CD DA
AP = , BQ = , CR = e DS = .
um hectare (ha) de cana produz 8 mil litros de 3 3 3 3
etanol. Dado: 1 ha = 10 000 m2 alternativa d C
R
EDITORIA DE ARTE

H D
1,5 km R
S Q
3 km

OBMEP
B

Pode-se concluir, então, que as áreas R e H, A


P
juntas, produzem:
Qual é a área do quadrilátero PQRS?
a) 2,5 ? 106 litros de etanol. 1 7
b) 3,6 ? 106 litros de etanol. a) d)
3 9
c) 4,5 ? 106 litros de etanol. 5 6
b) e)
d) 5,6 ? 106 litros de etanol. 9 7
2
e) 6,2 ? 106 litros de etanol. c)
3

> PARA REFLETIR NÃO ESCREVA


NO LIVRO

Neste Capítulo, retomamos o conceito de área de polígonos e do círculo e de suas partes.


Aprofundamos nosso estudo, refletindo sobre a variação da área e do perímetro de polígonos
regulares em função do comprimento dos lados. Vimos como a medida do ângulo interno de
polígonos regulares está diretamente relacionada à possibilidade de ladrilhamento do plano.
Nas páginas de abertura, abordamos o trabalho das ONGs e os programas sociais dire-
cionados para a construção e a reforma de moradias populares.
Na seção Conexões, conhecemos o índice de áreas verdes (IAV) de uma cidade e pudemos
pensar sobre a importância de parques e praças arborizados nas grandes cidades.
Vamos refletir a respeito das aprendizagens do Capítulo 1:
• Você se lembrava como calcular a área de figuras como o quadrado, o triângulo e o losango?
• A partir da área do círculo, podemos calcular a área de uma coroa circular e do setor circular.
Você se recorda como?
• Vimos que a variação da área de um polígono regular em função da medida do compri-
mento do seu lado é modelada pela função quadrática. E qual função modela a relação
entre o perímetro e a medida do lado de um polígono regular?
• Ao escolher polígonos regulares para ladrilhar um plano, qual critério geométrico devemos
considerar?
• Sobre o estudo relacionado às áreas de polígonos regulares inscritos na circunferência,
as atividades da seção Explorando a tecnologia ajudaram você a compreender melhor
esse tema? Respostas pessoais

43

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CAPÍTULO

>
2
A BNCC NESTE CAPÍTULO:
Geometria espacial
de posição
O mundo em que vivemos é tridimensional. Você já pensou como
poderíamos representar objetos do mundo real em superfícies bidimen-
• Competências gerais da
BNCC: 1, 4, 5, 6 e 7 sionais, como uma folha de papel ou a tela do computador? Para realizar
• Competências específicas essa tarefa são usados conhecimentos da geometria espacial, assunto
e habilidades da área deste Capítulo.
de Matemática e suas Profissionais como engenheiros, arquitetos, designers são algumas das
Tecnologias:
pessoas que precisam realizar essa representação do mundo real, dese-
• Competência específica 3: nhando peças automobilísticas, plantas de imóveis etc. Para isso, é preciso
EM13MAT315
saber os fundamentos do desenho técnico e da geometria descritiva.
• Competência específica 4:
EM13MAT405 Os desenhos técnicos são representações gráficas de formas,
• Competência específica 5 dimensões e posições de um objeto seguindo algumas regras e
padrões. Essas regras são necessárias para que qualquer pessoa que
• Competências
específicas da área de tenha acesso ao desenho consiga entendê-lo e interpretá-lo, sem pre-
Ciências da Natureza e cisar de explicações adicionais.
suas Tecnologias: A geometria descritiva é a área do conhecimento dedicada a fazer
• Competência específica 2 essa transposição do mundo real (3D) para a folha de papel ou para a
• Competência específica 3 tela do computador (2D). Isso pode ser feito usando as vistas e projeções
O texto na íntegra das ou as perspectivas.
competências gerais,
competências específicas e
habilidades da BNCC citadas
encontra-se ao final do livro.
REAMOLKO/SHUTTERSTOCK.COM

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VIVIANE MOOS/CORBIS/GETTY IMAGES
Ver as Orientações para o NÃO ESCREVA
NO LIVRO
professor.
Agora reúna-se a mais dois colegas, e façam
o que se pede em cada item.
1. O que significa dizer que algo é tridimensio-
nal? E que algo é bidimensional?
2. No Brasil, as normas para a realização do dese-
nho técnico são coordenadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Vocês já
conheciam ou já fizeram um desenho técni-
co? Quais são as principais diferenças entre o
desenho técnico e o desenho artístico?
3. No desenho técnico, podemos ter repre-
SCHAB/SHUTTERSTOCK.COM

■ Os projetistas são os profissionais sentações por meio das perspectivas e das


especializados em realizar projetos projeções. Vocês conhecem essas técnicas?
dos mais diversos temas utilizando Pesquisem sobre cada uma delas e sobre os
os conceitos do desenho técnico.
principais tipos de perspectiva.

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Introdução
No Ensino Fundamental estudamos vários aspectos dos poliedros. Agora, no Ensino Médio,
vamos formalizar algumas ideias vistas em anos anteriores, como a definição matemática de
prismas e pirâmides. Para isso, são necessários alguns conceitos da chamada geometria espacial
de posição, que estuda a posição entre os entes geométricos e é o tema deste Capítulo.
Além disso, como vimos na abertura, o desenho técnico, muito presente em áreas como o
design, a Arquitetura e a Engenharia, utiliza conceitos da geometria descritiva, relacionada com
a geometria de posição.

Noções primitivas
Para iniciar os estudos da geometria espacial de posição, precisamos partir de algumas
noções que são aceitas sem definição. Essas noções são as de ponto, reta e plano e são chama-
das de noções primitivas.
Veja a seguir como essas noções são representadas.

r
A

■ Ponto A. Em geral, para dar nome aos pontos, ■ Reta r. Para nomear as retas, é comum usarmos
usamos letras maiúsculas de nosso alfabeto. letras minúsculas de nosso alfabeto.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


■ Plano a. Para nomear os planos, usamos
as letras gregas minúsculas.
a

Essas representações são úteis para o estudo de Geometria, pois permitem a visualização
de alguns conceitos por meio de esquemas. No entanto, elas apenas dão uma ideia do que
são esses conceitos geométricos, uma vez que eles não existem no mundo real. Apesar disso,
alguns objetos do cotidiano lembram a forma das representações dessas noções primitivas.
Assim, podemos dizer, por exemplo, que o ponto-final da ortografia lembra um ponto, uma
corda esticada lembra uma reta e uma folha de papel lembra um plano. Na Geometria, o ponto
não tem dimensão, enquanto o ponto-final tem dimensões, mesmo que pequenas. Da mesma
maneira, a reta é ilimitada, ou seja, não tem começo nem fim e não tem espessura. O plano
também não é limitado, ou seja, se estende em todas as direções e também não tem espessura.
Qualquer outro conceito geométrico diferente das noções primitivas precisa ser definido com
base nessas noções primitivas ou em outros conceitos já estabelecidos anteriormente.

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Ao longo deste Capítulo, apresentaremos diversas afirmações, que podem ser divi-
didas em três tipos:
• Postulados ou axiomas: são proposições (afirmações matemáticas) aceitas sem
necessidade de demonstração.
• Definições: são proposições feitas a partir de noções primitivas, de definições anteriores
ou de resultados já demonstrados. As definições também não são demonstradas.
• Teoremas: são proposições enunciadas com base em postulados, em definições e
em resultados já demonstrados. Só têm validade se forem demonstrados, ou seja,
validados com base em uma argumentação lógica.
Nesta coleção, não apresentaremos a demonstração de todos os teoremas enun-
ciados, apenas a de alguns considerados importantes ou cuja demonstração auxilie no
entendimento de algum conteúdo.
Ainda a respeito dos teoremas, eles são essencialmente constituídos de duas partes,
a hipótese e a tese. A hipótese é o conjunto de afirmações que supomos verdadeiras,
e a tese é aquilo que queremos demonstrar como verdadeiro. A demonstração de
um teorema é o raciocínio percorrido para se chegar da hipótese à tese usando os
resultados admitidos e/ou demonstrados anteriormente. Para demonstrar um teorema,
explicitamos o que é a hipótese e o que é a tese.
Para fazer a demonstração de um teorema, podemos utilizar diversas técnicas esta-
belecidas ao longo do desenvolvimento da Matemática. Alguns exemplos de tipos de
demonstração são: demonstração direta, demonstração por absurdo, demonstração
por contrapositiva, princípio da indução finita e demonstração por contraexemplo.
A demonstração por absurdo, por exemplo, consiste em admitir que a tese não é
verdadeira e, utilizando argumentos lógicos, chegar a algum resultado que contraria um
ou mais elementos da hipótese ou um dos postulados apresentados. Como a hipótese
é o que supomos verdadeiro e os postulados são admitidos como verdadeiros, por essa
técnica de demonstração chegamos a uma contradição e concluímos que a tese é falsa,
ou seja, a tese é verdadeira e o teorema está demonstrado. A teoria matemática que valida
essa técnica pertence ao campo da Lógica.
Para iniciar os estudos da geometria espacial, ou seja, a geometria do espaço, apre-
sentamos a seguir a definição de espaço no contexto da Geometria.

Espaço é o conjunto formado por todos os pontos.


EDITORIA DE ARTE

Além disso, também precisamos retomar as definições de reta paralela e de


b
reta concorrente. Assim:
a P
Duas retas são concorrentes quando têm apenas um ponto comum.

As retas a e b são concorrentes e o ponto P é o único ponto comum entre elas.


Usando a notação de conjuntos, podemos escrever: a " b = {P}.

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PENSE E
RESPONDA Duas retas são paralelas quando são coplanares (estão em um
Dê exemplos mesmo plano) e não têm ponto comum.
de situações do
cotidiano que

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


c
podemos relacionar
d c ∕∕ d
com retas paralelas.
Este símbolo significa paralelo a.
Respostas pos-
síveis: As linhas
paralelas de um
campo de futebol,
a faixa de pedes- As retas c e d são paralelas, pois estão no mesmo plano e não têm ponto comum
tres etc. entre elas. Usando a notação de conjuntos, escrevemos: c " d = @ ou c " d = { }

Postulados
As primeiras proposições que vamos apresentar são alguns postulados relacio-
nados a pontos, retas e planos que serão utilizados no estudo da geometria espacial.

Postulados da reta
A B
R1: Em uma reta, bem como fora dela, existem infinitos pontos.
■ A [ r e B { r. r

R2: Dois pontos distintos determinam uma única reta que os


B contém.
r

r s
A R3: Por um ponto A, fora de uma reta r, passa uma única reta
s paralela à reta r.

O postulado R3 também é conhecido como postulado de Euclides. Por causa


desse postulado, dizemos que estudamos uma Geometria Euclidiana.
Existem geometrias em que esse postulado não é verdadeiro. Por exemplo, a que
tem como modelo uma esfera. Pensando em uma relação com o globo terrestre, os
meridianos seriam algumas das retas nesse modelo de geometria.

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Postulados do plano

P1: Em um plano, bem como fora dele, existem infinitos pontos.

B
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

ISNIPER/SHUTTERSTOCK.COM
A
a
■ A [ a e B { a.

PENSE E
P2: Toda reta que tem dois pontos distintos em um plano está
RESPONDA
contida nesse plano.
• Se os pontos não
fossem distintos,
A A ainda assim o postu-
lado R2 seria válido?
B B E no caso do P2?
a a r
A[a B[a r¡a Justifique.
■ A [ a e B { a. ■ r¡a
• No postulado P3,
o que acontece se
P3: Três pontos que não estão em uma mesma reta (não coli- os pontos forem
neares) determinam um único plano. colineares?

Ver as Orientações para o


A A professor.
C C
B B
a
■ A, B e C não colineares. ■ plano a.

P4: Uma reta contida em um plano divide-o em duas regiões


denominadas semiplanos.

A a1
r
r C
a2 B
a
r¡a ■ a1ae1 eaa2:2:semiplanos
semiplanos dede
origem r r.
origem
■ r¡a

A reta r é considerada a origem dos semiplanos, e os semiplanos


a1 e a2 são ditos opostos.
Um segmento de reta que liga um ponto qualquer de a1 a um ponto
qualquer de a2 tem um único ponto em comum com a reta r.

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P5: Um plano divide o espaço em duas regiões denominadas semiespaços.

A
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

semiespaço E1 O plano a é considerado a origem


P
semiespaço E2 dos semiespaços.
a
Uma reta determinada por dois
B pontos, um em cada semiespaço, inter-
r
secta necessariamente o plano.
y


b

a P6: Por uma reta passam infinitos planos.

A partir desses postulados, poderemos enunciar definições e teoremas da geo-


metria espacial de posição.

Determinação do plano
Um plano pode ser determinado de quatro maneiras distintas. Acompanhe cada
uma delas a seguir.
1a) Pelo postulado P3 do plano

Três pontos distintos e não alinhados determinam um único plano.

a
A A
C C
B B

Além da indicação usando as letras gregas, também podemos denotar um plano


pelos pontos que o determinam. Assim, escrevemos plano ABC para o plano deter-
minado pelos pontos A, B e C.

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2a) Pelo teorema a seguir.

Teorema 1: Uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.

Demonstração r r
B
Seja r uma reta e P um ponto fora dessa a
reta. Pelo postulado R1 existem dois pontos
distintos A e B em r. Dessa forma, como os P
P
pontos A, B e P não são colineares, pelo pos-
tulado P3 eles determinam um único plano. A

3a) Pelo teorema a seguir.

Teorema 2: Duas retas concorrentes determinam um único plano.

Demonstração
Sejam duas retas r e s concorrentes no ponto P. Considerando um ponto A sobre
a reta r, distinto do ponto P (que existe pelo postulado R1), sabemos pelo teorema 1
que a reta s e o ponto A, exterior a s, determinam um único plano a.
a
P P A r
r
s s

Observe que esse plano a contém a reta s, por construção, e também contém a reta
r, por nele estarem situados os pontos P e A da mesma reta (postulado P2 do plano).

4a) Pelo teorema a seguir.

Teorema 3: Duas retas paralelas determinam um único plano.

Demonstração
Sejam as retas paralelas r e s. Pelo postulado R1, considerando um ponto P em
r e dois pontos A e B distintos em s, determinamos o plano a, uma vez que P, A e B
são três pontos não alinhados (postulado P3 do plano).
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

r s
r
a
P s
B
A

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PENSE E
RESPONDA
Posições relativas de duas
Observe a retas no plano e no espaço
representação do bloco
retangular ABCDEFGH No início deste Capítulo, retomamos os conceitos de retas concorren-
em que estão tes e retas paralelas. Essas definições são utilizadas para retas coplanares,
destacadas as retas r,
ou seja, que estão em um mesmo plano. Agora, vamos ampliar os estudos
s, t e u.
de posição relativa de duas retas para retas no espaço.
• Indique um par de
Para determinar quais são as possíveis posições relativas de retas,
retas contidas em
um mesmo plano. observamos se as retas estão em um mesmo plano e se há pontos em
• Indique um par de
comum entre elas.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


H s G
retas que estão em
planos distintos. E F r
Duas retas são coplanares quando
C
existe um plano que as contém. D
Respostas possíveis:  r e t;
 retas t
retas r e s; retas FG e BC. A B
u

Respostas possíveis: retass e


Por exemplo, na figura ao lado, as retas r e s são coplanares. Veja
u; retas s e t; retas GH e AD. que elas são concorrentes no ponto E (pelo teorema 2, determinam um
único plano). Duas retas complanares são:

Concorrentes quando Paralelas quando


têm apenas um ponto não têm ponto comum.
comum.

b c

SAIBA QUE... d c ⁄⁄ d
a " b = {P}

a P ■

Uma reta suporte c"d=@


que contém dois
pontos ou contém um
segmento de reta é
a reta que passa por Coincidentes quando têm todos os pontos comuns.
esses dois pontos ou
passa pelo segmento
de reta que os contém. e9f
e 9 f ou e = f
Este símbolo significa identicamente igual a.

PENSE E
RESPONDA
Duas retas são reversas quando não existe um plano que as contém.
Duas retas reversas
têm ponto comum? h
Justifique sua a
resposta. g
Ver as Orientações para o professor.

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Com as classificações apresentadas, podemos montar um fluxo- PENSE E
RESPONDA
grama que nos auxilia a compreender cada um dos casos de posições
relativas de duas retas no plano e no espaço. Reúna-se a um colega
e debatam: essa
Início é a única maneira
de representar as
Sim. Não. Não. posições relativas de
As retas têm As retas têm As retas duas retas no plano
As retas são
apenas um ponto todos os pontos são
coplanares?
comum? comuns? paralelas. e no espaço por meio
de um fluxograma?
Não. Sim. Sim.
Justifiquem sua
As retas são As retas são resposta e, caso
As retas são reversas.
concorrentes. coincidentes. não seja a única,
construam outro
fluxograma.
Fim
Não. Ver as Orientações
para o professor.

Posições relativas de uma reta


e um plano no espaço
Agora, vamos ver como uma reta e um plano podem estar posi- PENSE E
cionados no espaço. Para isso, vamos observar o número de pontos RESPONDA
comuns que eles têm. Reúna-se a um
r colega e construam
um fluxograma para
Uma reta r e um plano a são secan-
identificar as posições
tes, ou concorrentes, quando têm um A
relativas de uma reta
único ponto em comum. a
e um plano no espaço.
■ r " a = {A}
Ver as Orientações para o
s professor.

Uma reta s e um plano b são parale-


los quando não têm ponto em comum. b
■ s"b=@
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

B t
Uma reta t está contida em um
A
plano y quando ambos têm em comum y
todos os pontos da reta t.
■ t¡y

Pelo postulado P2, basta que a reta t e o plano y tenham mais de um


ponto comum para que essa reta esteja contida nesse plano.

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Posições relativas
de dois planos no espaço
Para finalizar as posições relativas, vamos ver como dois planos no espaço podem se rela-
cionar. Mais uma vez, vamos observar os pontos comuns entre eles.

PENSE E r
RESPONDA Dois planos a e b são b
a

secantes, ou concorrentes,
Reúna-se a um
colega, e construam quando têm uma única reta
um fluxograma para em comum.
■ a"b=r
identificar as posições
relativas de dois
planos no espaço. a
Dois planos a e b são para-
Ver as Orientações para o lelos quando não têm ponto b
professor.
em comum.
■ a"b=@

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Dois planos a e b são coincidentes
a=b
quando têm mais de uma reta em comum
(3o e 4o casos da determinação do plano).
■ a = b ou a 9 b

> ATIVIDADE RESOLVIDA

1. Dados, em um plano, duas retas distintas tangentes a uma mesma circunferência, classifique as
afirmações a seguir em verdadeiras ou falsas, justificando-as.
a) As retas são necessariamente concorrentes. c) As retas podem ser paralelas.
b) As retas são necessariamente paralelas.
Resolução
Para cada item, vamos buscar um contraexemplo para comprovar que a afirmação é falsa ou utili-
zaremos os resultados já estudados para mostrar que a afirmação é verdadeira.
a) Essa afirmação é falsa, pois, caso as retas sejam tangentes em pontos diametralmente opostos
da circunferência, elas serão paralelas.
b) Essa afirmação é falsa, pois as retas só serão paralelas na situação indicada no item anterior. Em qual-
quer outra situação, as retas serão concorrentes.
c) Como vimos nos itens anteriores, as retas podem ser paralelas ou concorrentes. Então essa afir-
mação é verdadeira. Note que a afirmação traz uma possibilidade e não uma afirmação absoluta,
válida para todos os casos. Isso faz com que não precisemos demonstrá-la, mas apenas determi-
nar um caso que a atenda.

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

Ver as Orientações para o professor.


1. Leia as afirmações a seguir. 5. Considere um ponto M em um plano a e uma
reta r, secante a a, que o "fura" em um ponto
I. pontos distintos determinam
distinto de M. Reúna-se com um colega e
uma única reta.
façam o que se pede em cada item.
II. Em um plano, estão contidas retas. a) Façam um desenho que represente a
situação.
III. Uma reta em um plano divide-o em duas
b) Verifiquem se a frase a seguir é verdadeira
regiões, denominadas . ou falsa. Justifiquem sua resposta.
IV. Por uma reta passam planos. Existem infinitas retas contidas em a que
passam pelo ponto M e pelo ponto de
V. Podemos determinar um plano de
intersecção de r e a.
maneiras.

As palavras que preenchem corretamente as 6. Observando a figura a seguir, responda.


lacunas, na ordem, são: H G

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


a) dois – infinitas – semiespaços – infinitos E F
- quatro
b) infinitos – infinitas – semiespaços – infini-
tos – quatro
alternativa c
c) dois – infinitas – semiplanos – infinitos D C
– quatro A B
d) infinitos – duas – semiplanos – dois 
a) Qual é a posição da reta BF em relação ao
– infinitas
plano ABC? secante
e) dois – duas – semiplanos – dois – infinitas 
b) Qual é a posição da reta FG em relação ao
2. Quantos são os planos determinados por três plano FGH? Está contida.
retas distintas, duas a duas, paralelas entre si? • Reúna-se a um colega, e elaborem duas ou-
um ou três
3. Quantos são os planos determinados por qua- tras perguntas sobre posições relativas com
tro pontos, dois a dois, distintos entre si? base na figura. Depois troquem com outra
Ver as Orientações para o professor. dupla e confiram juntos as respostas.
4. Dada a figura, considere a reta suporte de Resposta pessoal.
cada segmento de reta da figura e identifique: 7. Observando a figura seguinte, responda.
V
F

A H
G
B C I
D C
D E A B
 
Resposta possível: AB e EI
a) um par de retas reversas; a) Qual é a posição relativa entre os planos
b) um par de retas coplanares;   VAB e VBC? secantes
Resposta possível: AB e AC
c) dois pares de retas concorrentes;
     b) Qual é a intersecção dos planos ABC e VBC?

Resposta possível: AC e BA , FH e HI
d) dois pares de retas paralelas. c) Há planos paralelos na figura? não a reta BC

    
Resposta possível: CE e HI , BC e DE

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Paralelismo no espaço
Estudamos as posições relativas de duas retas, de uma reta e um plano e de dois planos. Em
alguns desses casos, falamos a respeito de paralelismo no espaço. Vamos retomar essas ideias:
• Duas retas são paralelas quando são coplanares e não têm ponto em comum.
• Uma reta é paralela a um plano quando eles não têm ponto em comum.
• Dois planos são paralelos quando não têm ponto em comum.

Teoremas sobre paralelismo


Apresentaremos, agora, alguns teoremas relacionados ao paralelismo que se destacam no
estudo da geometria espacial.

Teorema 4: Se uma reta r é paralela a um plano a e se um plano b contém


r e é secante a a, segundo uma reta s, então as retas r e s são paralelas.

Para demonstrar esse teorema, vamos primeiro explicitar a hipótese e a tese.


r
Hipótese

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


r ⁄⁄ a Tese s a

b¢r r ⁄⁄ s
a"b=s
   b

Demonstração
contradição
Vamos realizar a demonstração por absurdo. Para isso, admitimos
r
que a negação da tese seja verdadeira, isto é, r não é paralela a s. Se isso
A fosse verdade, como r e s estão contidas no plano b, elas seriam retas
s a concorrentes e teriam um ponto A em comum. Mas, como s ¡ a, o ponto
A pertenceria a r e a a, o que contraria a hipótese r ⁄ a.
Como chegamos a uma contradição da hipótese, concluímos que
b a afirmação inicial de que r não é paralela a s é falsa. Portanto, r é
paralela a s.
PENSE E
RESPONDA Teorema 5: Se uma reta r, não contida em um plano a, é para-
Quais são a hipótese e lela a uma reta s, contida em a, então r e a são paralelos.
a tese no teorema 5?
r
Ver as Orientações para o
professor. s

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PENSE E
Teorema 6: Se a e b são planos paralelos, então qualquer reta RESPONDA

r contida em a é paralela ao plano b. Reúna-se a um colega


e debatam a respeito
a das questões a seguir.
r Usem os resultados
vistos até aqui para
justificar as respostas.
• Dados dois planos
b
paralelos a e b,
podemos ter retas
Teorema 7: Se um plano a contém duas retas, r e s, concorren- em a e em b que
tes e ambas paralelas a outro plano, b, então a e b são paralelos. não sejam paralelas?
Justifiquem.
• Podemos ter retas
r a
A paralelas contidas
s
em dois planos
b
secantes entre si?
Justifiquem.
Ver as Orientações para
o professor.

> ATIVIDADE RESOLVIDA

2. Dentre as afirmativas a seguir, referentes à II.A afirmação é falsa, pois podemos ter r ⁄⁄ a,
Geometria de posição, determine a única que r ⁄⁄ b e r ⁄⁄ t, em que t = a " b, como mos-
é falsa. tra a figura a seguir.
I. Se dois planos são paralelos, então toda r
a
t
reta de um deles é paralela ou é reversa a
qualquer reta do outro. b

II. Se uma reta é paralela a dois planos, então


os planos são paralelos.
III.Se dois planos paralelos intersectam um
terceiro, então as intersecções são retas
paralelas. III.A afirmação é verdadeira. Se a " b = @,
r ¡ a e s ¡ b, então r " s = @.
Resolução Como r " s = @, r ¡ y e s ¡ y, então r ⁄⁄ s.
I. A afirmação é verdadeira. Se r ¡ a, s ¡ b e
a " b = @, então r " s = @. Logo, r ⁄⁄ s ou
r é reversa a s. Na figura, r ⁄⁄ s e r é reversa a t.
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

a
t b
s b
r
r a s

Portanto, a única alternativa falsa é a II.

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

8. A figura a seguir representa um sólido geomé- 10. (UFPE) A figura abaixo ilustra um prisma hexa-
trico chamado prisma reto de base hexagonal. gonal regular ABCDEFA1B1C1D1E1F1.
Nessa figura, temos:
F1 E1
• as bases são os hexágonos regulares ABCDEF

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


e PQRSTU; A1 D1
• os planos que contêm as bases são paralelos; F E
• os segmentos de reta que unem as bases A B1 C1 D
são paralelos entre si. Por exemplo: AP ⁄⁄ CR ;
• os segmentos de reta que unem as bases B C
são perpendiculares às bases.
U T Analise a veracidade das afirmações seguin-
P S tes, referentes às posições relativas de retas e
Q R planos contendo vértices desse prisma.
V a) A reta contendo a aresta AB e a reta con-
tendo a aresta D1E1 são paralelas entre si.
F E
V b) A reta contendo a aresta AB e a reta con-
D tendo a aresta C1D1 são reversas.
A
B C
V c) O plano contendo a face ABB1A1 e o plano
A partir dessas informações, faça o que se
contendo a face DEE1D1 são paralelos.
pede em cada item. 

Resposta possível: ST
F d) O plano contendo a face ABB1 A1 e o plano
a) Indique uma reta paralela à reta DE.
 contendo a face CDD 1 C1 são paralelos
b) A reta BC é paralela ao plano que contém entre si.
o hexágono PQRSTU? Justifique.
Resposta esperada: Sim, teorema 6.
 pelo F e) A reta contendo a aresta AB é paralela ao
c) Sabendo que EF e UF são paralelas ao plano contendo a face CDD1C1.
plano que contém o quadrilátero BCRQ, o
que podemos afirmar sobre esse plano e 11. (ITA-SP) Quais são as sentenças falsas?
o plano que contém o quadrilátero EFUT? I. Se dois planos são secantes, todas as retas
Justifique sua resposta. Resposta esperada: de um deles interceptam o outro.
Os planos são paralelos, pelo teorema 7.
9. (PUC-SP) Qual das afirmações abaixo é II. Se um plano contém duas retas distintas e
verdadeira? paralelas a outro plano, então esses planos
a) Se duas retas concorrentes de um plano são paralelos.
são respectivamente paralelas a duas retas III.Em dois planos paralelos distintos, todas as
de outro plano, então esses planos são retas de um são paralelas ao outro plano.
paralelos. alternativa a
IV.Se uma reta é paralela a um plano, então
b) Por uma reta dada pode-se conduzir um essa reta é paralela a infinitas retas desse
plano paralelo a um plano dado. plano.
c) Por qualquer ponto é possível conduzir V. Se uma reta é paralela a um plano, então é
uma reta que se apoie em duas retas re- paralela a todas as retas do plano.
versas dadas.
a) I; II; III d) II; III; IV
d) Se uma reta é paralela a dois planos, então
b) I; II; V alternativa b e) I; II; IV
esses planos são paralelos.
c) I; III; IV
e) Existem planos reversos.

58

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Perpendicularismo no espaço
Vimos que duas retas coplanares podem ser concorrentes, paralelas
ou coincidentes. No caso de retas concorrentes, podemos ainda classi-
ficá-las de acordo com o ângulo entre elas.

Duas retas concorrentes são perpendiculares quando


formam entre si um ângulo de 90°.

rÀs
Este símbolo significa perpendicular a.
PENSE E
RESPONDA
Duas retas concorrentes são oblíquas quando formam
um ângulo diferente de 90°. Você já ouviu falar na
expressão "colocar no
Agora vamos ver o que acontece com o ângulo entre retas reversas. esquadro"? Se sim,
Para isso, precisamos compreender o que é ângulo entre retas reversas. em que contexto?
Sejam r e s duas retas reversas. Consideremos sobre a reta r um Pesquise o significado
dessa expressão e
ponto P e por ele tracemos a reta s’, paralela à reta s, como mostra a
qual a relação dela
figura a seguir. O ângulo 0 formado pelas retas r e s’ é, por definição, com o conteúdo
o ângulo formado pelas retas reversas r e s. É possível demonstrar que apresentado aqui.
esse ângulo não depende do ponto P escolhido. Resposta pessoal.
s‘
P
0

s //s‘
s a r

Quando essas retas formam um ângulo de 90°, são chamadas de PENSE E


ortogonais. RESPONDA

s‘ // s Na definição de ângulo
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

P
entre retas reversas,
s‘
por que podemos
■ r e s são retas reversas traçar a reta s', paralela
ortogonais. à reta s no ponto P?
s a Resposta esperada: O postulado
r R3 garante essa construção.
Agora vamos estudar o perpendicularismo entre reta e plano.

59

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Perpendicularismo entre reta e plano
Vimos que uma reta e um plano podem ser paralelos, secantes ou a reta pode
estar contida no plano. No caso de a reta ser secante ao plano, vamos ver que ela
pode ser perpendicular ou oblíqua a esse plano.
■ rÀa r
a Sejam uma reta r e um plano a secantes em um ponto P.
Dizemos que r é perpendicular a a quando r é perpendi-
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

P
cular a todas as retas de a que passam por P.

Toda reta que intersecta um plano e não é perpendicular a


a
ele é chamada oblíqua a esse plano.
■ r é oblíqua a a.

Teorema 8: Se uma reta r é perpendicular a duas retas concorrentes


s e t de um plano a, então ela é perpendicular ao plano a.

É possível demonstrar que o teorema 8 é uma condição necessária e suficiente


para determinar a perpendicularidade entre reta e plano. Isso quer dizer que para
a reta r ser perpendicular ao plano a, basta que ela seja perpendicular a duas retas
concorrentes de a que passam pelo ponto P. Esse raciocínio será utilizado em outros
conteúdos deste Capítulo.
H G
Por exemplo,observe ao lado a figura
 docubo apoiado
 no
E F plano a. Como BF é perpendicular a AB e a BC , então BF é per-
a
D C pendicular ao plano ABC.
A B A seguir, são apresentadas algumas propriedades do perpen-
   
■ BF ⊥ AB e BF ⊥ BC dicularismo que podem ser demonstradas.
r
PENSE E P
rÀ a
RESPONDA Propriedade 1: Por um ponto P
Se tivermos a reta fora de um plano a passa uma única
secante ao plano a reta r perpendicular a a.
perpendicular a
apenas uma reta
r
contida no plano,
podemos garantir a
que a reta secante Propriedade 2: Dois planos dis-
é perpendicular ao tintos perpendiculares a uma mesma
plano? Justifique. b reta são planos paralelos.
Não. Ver as
Orientações para o professor.

60

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Planos perpendiculares a

Vimos que dois planos podem ser coincidentes, paralelos ou r


secantes. Vamos ver agora que, neste último caso, eles podem ser per-

EDITORIA DE ARTE
pendiculares ou oblíquos. b

Dados dois planos secantes a e b, a é perpendicular a b


se existe uma reta r contida em um deles que é perpendicular
ao outro.

PENSE E
Se dois planos secantes não são perpendiculares, eles são deno- RESPONDA
minados oblíquos. Qual é a diferença
entre falarmos que
"uma reta e um plano
são perpendiculares"
Teoremas sobre perpendicularismo e que "uma reta e um
Apresentamos a seguir alguns teoremas sobre perpendicularismo. plano formam um
ângulo de 90°"?

Teorema 9: Se uma reta r é perpendicular a um plano a, então Ver as Orientações para o


professor.
r faz ângulo de 90° com qualquer reta contida em a.

Teorema 10: Se uma reta r, secante a um plano a, forma um


ângulo de 90° com duas retas concorrentes s e t desse plano a,
então a reta r é perpendicular ao plano a.

Teorema 11: Sejam uma reta r e um plano a tais que r À a no


ponto A. Sendo s uma reta de a que passa pelo ponto A e t uma
reta de a perpendicular à s e concorrente com esta num ponto
B 5 A, então qualquer reta que passa pelo ponto B e por um
ponto C de r é perpendicular à reta t.

Teorema 12: Duas retas distintas, r e s, perpendiculares a um


mesmo plano a, são paralelas.
OM
CK.C
STO
TER
HUT
I Z/S
AX E

61

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

3. Considere as retas r, s e t distintas, tais que Resolução


s À r e t À r. Relativamente às retas s e t, po- Ilustrando o enunciado, temos a figura a seguir.
demos afirmar que: r

I. Elas podem ser unicamente paralelas ou


concorrentes.
a
II. Elas podem ser unicamente paralelas ou
reversas. Agora, analisaremos cada uma das afirmações.
III.Elas podem ser unicamente concorrentes I. Falsa, pois existe um plano b ⁄ a que con-
ou reversas. tém r. Em b existe uma reta s, s ⁄ r e s não
IV.Elas podem ser paralelas, concorrentes ou está contida em a.
reversas.
r
V. Elas podem ser unicamente reversas. s
b
Qual dessas afirmações é verdadeira?
Resolução a
Uma das maneiras de resolver esse problema
é desenhando as retas como retas suporte de II. Falsa. Considerando b do item I, existe s À r,
arestas de um cubo. No cubo ABCDEFGH, re- s ¡ b, s ⁄ a; logo, s não é perpendicular a a.
presentado na figura a seguir, sejam r a reta
 s
r
que passa por B e C, que indicaremos por BC ,
b
e s a retaque
 passa por A e B, que indicare-
mos por AB . Note que s À r. Nas condições do
a
enunciado, podemos ter:
D C r III.Falsa. Considere s do item II. Existe uma reta
t, t ¡ a e t ⁄ s; t é ortogonal a r e não é per-
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

B s
pendicular a a.
A
s
r
H G
b

E
F a t

• t = CD

, então s À r, t À r e s ⁄ t. Portanto, nenhuma das proposições é
• t = BF , então s À r, t À r e s e t são retas verdadeira.
concorrentes.
 PENSE E
• t = CG , então s À r, t À r e s e t são retas RESPONDA
reversas.
Portanto, a afirmação verdadeira é a IV. • Existe uma reta t que seja perpendicular
à reta r e ao plano a? Se t existe, como
4. Sejam um plano a e uma reta r, paralela a a. construir essa reta? Ela é única? Justifique
Quais proposições a seguir são verdadeiras? suas respostas.
I. Toda reta paralela à r está contida em a. • Existe uma reta s que seja paralela à reta r
II. Toda reta perpendicular à r é perpendicular e esteja contida no plano a? Se s existe,
a a. como construir essa reta? Ela é única?
III.Toda reta ortogonal à r é perpendicular a a. Justifique suas respostas.

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

12. A figura a seguir mostra uma porta entreaber- 15. (Fatec-SP) A reta r é a intersecção dos planos a
ta e o canto de uma sala. e b, perpendiculares entre si. A reta s, contida
em a, intercepta r no ponto P. A reta t, per-
pendicular a b, intercepta-o no ponto Q, não
r b pertencente a r. Nessas condições, é verdade
x
a
t que as retas: alternativa e
s z a) r e s são perpendiculares entre si.
y
b) s e t são paralelas entre si.
c) r e t são concorrentes.
a) Que posições relativas têm as retas suporte
d) s e t são reversas.
que contêm r e s; s e t; x e r; y e t?
paralelas; perpendiculares; reversas; reversas e) r e t são ortogonais.
b) Que posições relativas têm a reta suporte
de t e o plano suporte de a? E a reta supor- 16. (EEM-SP)
te de r e o plano suporte de b? I. Duas retas reversas podem ser ambas per-
paralelos; secantes
13. A figura seguinte representa um cubo. pendiculares a uma mesma reta t.
Observando-a, determine as posições relativas: II. Se r é uma reta de um plano e s uma para-
H G lela ao mesmo plano, então, certamente, r
e s são paralelas.
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

E F III.Se uma reta é perpendicular a um plano,


então ela é perpendicular a qualquer reta
D C do plano.
Relativamente às afirmações acima, podemos
A B afirmar que: alternativa e
 
a) das retas EF e FG. perpendiculares a) todas são verdadeiras.
 
b) das retas EF e BC. reversas ortogonais b) somente I e II são verdadeiras.
c) somente II e III são verdadeiras.
14. (EsPCEx-SP) Considere duas retas r e s no es-
d) somente II é verdadeira.
paço e quatro pontos distintos, A, B, C e D, de
modo que os pontos A e B pertencem à reta r e) somente I é verdadeira.
e os pontos C e D pertencem à reta s. Dentre 17. (Fuvest-SP) É correta a afirmação: alternativa e
as afirmações abaixo: a) Se dois planos forem perpendiculares, todo
 
I. Se as retas AC e BD são concorrentes, então plano perpendicular a um deles será para-
r e s são necessariamente concorrentes. lelo ao outro.
II. Os triângulos ABC e ABD serão sempre b) Se dois planos forem perpendiculares, toda
coplanares. reta paralela a um deles será perpendicular
 
III.Se AC e BD forem concorrentes, então as ao outro.
retas r e s são coplanares. c) Duas retas paralelas a um plano são
Pode-se concluir que: alternativa c paralelas.
a) somente a I é verdadeira. d) Se duas retas forem ortogonais reversas,
b) somente a II é verdadeira. toda ortogonal a uma delas será paralela
à outra.
c) somente a III é verdadeira.
e) Se duas retas forem ortogonais, toda
d) as afirmações II e III são verdadeiras. paralela a uma delas será ortogonal ou
e) as afirmações I e III são verdadeiras. perpendicular à outra.

63

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Projeção ortogonal
Na abertura deste Capítulo, vimos algumas ideias do desenho técnico. Uma delas
é a projeção, que consiste em projetar as vistas de um objeto em planos. As mais
comuns são as vistas frontal, superior e lateral.
Veja abaixo um exemplo de uma peça e suas vistas.
vista lateral
vista frontal esquerda

Essa projeção é chamada de projeção ortogonal,


pois é feita perpendicularmente ao plano de projeção,
EDITORIA DE ARTE

e as vistas são chamadas de ortográficas. Ela é muito


utilizada nos projetos de fabricação de peças industriais.
vista superior

PARA
ASSISTIR

Saiba um pouco mais a respeito das vistas ortográficas com este vídeo:
CROQUI de vistas ortográficas. 2019. Vídeo (9min18s). Publicado pelo canal Markoni
Heringer. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Xizs0iUwQCA.
Acesso em: 14 jul. 2020.

Veremos a seguir o conceito de projeção ortogonal relativa a um ponto, a uma


reta e a uma figura qualquer, que são a base para a execução dos projetos.

> FÓRUM

Como os espaços públicos são projetados?


Você já parou para pensar quem são as pessoas que projetam espaços públicos como
praças e parques? A equipe responsável por esses projetos é formada por diversos profis-
sionais, entre eles, arquitetos e engenheiros, que os desenvolverão para que empreiteiros e
pedreiros possam executá-los. Existem diversos fatores a serem levados em consideração ao
planejar uma obra como essa.
Após ler o texto, reúna-se a mais dois colegas e façam o que se pede NÃO ESCREVA
NO LIVRO
a seguir.
1. Quais são os fatores que vocês acham que devem ser levados em conta ao se fazer o projeto
arquitetônico de uma praça ou de um parque público? Respostas possíveis: público-alvo, iluminação,
tipo de utilização, tipo de pavimentação, estrutura do terreno, sustentabilidade.
2. Na sua cidade há algum espaço público que foi revitalizado para poder ser mais utilizado?
Pesquisem quais alterações foram feitas e como isso contribuiu para o uso desse espaço.
Resposta pessoal.
3. Pesquisem a respeito da importância da Arquitetura no melhor aproveitamento do uso do
espaço público pela população. Em seguida, montem uma roda de discussão para debater
o tema. Resposta pessoal.

64
Projeção ortogonal de um
ponto sobre um plano
Consideremos um ponto P e um plano a, P { a.
Pelo ponto P, tracemos a reta r perpendicular ao plano a. Pela propriedade 1,
essa reta é única e intersecta a no ponto P'.
r

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


P
a
A projeção ortogonal de um ponto P sobre um plano a é o
P‘
ponto P', P' [ a, de modo que PP ' À a. Se P [ a, definimos P' 9 P.

Projeção ortogonal de uma


reta sobre um plano

A projeção ortogonal de uma reta r sobre um plano a é a figura obtida


pelas projeções ortogonais, sobre a, de todos os pontos de r.

Consideremos, primeiramente, o caso em que a reta r é oblíqua a um plano a e


que intersecta o plano no ponto A, conforme mostra a figura 1.
Tomando outro ponto, B de r, determinamos o ponto B', que é a projeção orto-
gonal de B sobre o plano a (figura 2).
r
r
B
a
a
A
A B' r'

■ Figura 1 ■ Figura 2
Pelo postulado R2, obtemos, então, a reta r', determinada pelos pontos A e B', e
que é a projeção ortogonal da reta r sobre o plano a.
HELGA CHIRK/SHUTTERSTOCK.COM

65

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PENSE E Vejamos, agora, casos em que a reta r não é oblíqua ao plano a.
RESPONDA
• Se r é paralela a a, então r' é uma reta no plano a paralela a r.
Como você acha que
poderíamos definir A B

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


a projeção ortogonal r
de um segmento de a
reta AB sobre um
r‘
plano a? A‘ B‘
Ver as Orientações para o
professor.
■ A': projeção ortogonal de A sobre a.
B': projeção ortogonal de B sobre a.

• Se r está contida em a, então r' coincide com r.


• Se r é perpendicular a a, então a projeção ortogonal de r sobre a é o
ponto em que a reta r intersecta o plano a.

Projeção ortogonal de uma figura


sobre um plano
PENSE E
RESPONDA A projeção ortogonal de uma figura F sobre um plano a
é a figura F' obtida pelas projeções ortogonais de todos os
Como é a projeção
pontos de F sobre a
ortogonal de um
polígono convexo
sobre um plano a,
sabendo que ele está
F F
contido em um plano
b, perpendicular a a?
Um segmento de reta.
F‘

a a

Se a figura F está contida em um plano b paralelo ao plano a, então


F' é congruente a F.

F
b

F‘
a

66

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> ATIVIDADE RESOLVIDA
5. Mostre que a projeção ortogonal de um seg- A

mento de reta oblíquo a um plano, sobre esse


B
plano, é menor do que o segmento. P

Resolução a

Para demonstrar esse resultado, vamos pri-


meiro identificar quem são a hipótese e a tese. A‘ B‘

Hipótese Por construção, A'B'BP é um retângulo e, por-


AB oblíquo a a Tese tanto, A ' B ' 9 PB .
A ' B ' é a proje- A’B’ , AB Também por construção, *ABP é retângulo
ção ortogonal em P . Então, PB , AB, pois AB é a hipotenusa
de AB sobre a desse triângulo.
Portanto, de A ' B ' 9 PB e PB , AB, concluímos
A que A’B’ , AB.
Agora, vamos considerar o caso em que A { a
B e B [ a. (o caso A [ a e B { a é análogo)
a A

a
A‘ B‘

A‘ B
Primeiramente, vamos considerar o caso em
que A { a e B { a. '.
Nesse caso, *ABA’ é retângulo em A
Traçamos um segmento paralelo ao segmen- Então A’B , AB, pois AB é a hipotenusa desse
to A ' B ' passando por B e que intersecta o seg- triângulo. Como B [ a, B’ 9 B.
mento AA ' no ponto P. Portanto, A’B’ , AB.

> ATIVIDADES NÃO ESCREVA


NO LIVRO

18. Observando o cubo da figura, responda. 19. (UEA-AM) Uma haste de metal foi presa entre
H dois muros, ambos perpendiculares ao solo,
G
V1 nos pontos A e B, conforme mostra a figura.
B
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

E F

A
D C
V2
solo
G D
A B
C E
F
a) Qual é a projeção ortogonal do ponto G H

sobre o plano ABC? o ponto C A projeção ortogonal dessa haste, no solo, é


b) Qual é a projeção ortogonal do ponto A representada na figura pelo segmento
sobre o plano BCF? o ponto B a) HF d) CE alternativa d
c) Qual é a projeção ortogonal do ponto V1 b) GD e) CF
sobre o plano ABC? o ponto V2 c) CD

67

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> DIÁLOGOS
CONEXÕES
Arquitetura
A Arquitetura é uma das profissões em que são feitos muitos projetos utilizando
conceitos do desenho técnico. Para ser um arquiteto, é necessário realizar o curso
de Arquitetura e Urbanismo, um dos mais concorridos em diversas universidades
do Brasil. Mas você sabe o que faz um arquiteto? Leia o texto a seguir para conhecer
um pouco mais a respeito dessa profissão.

A profissão de arquiteto
Arquiteto é o profissional que projeta e idealiza os
espaços para os mais diversos usos humanos. O profissional
formado em Arquitetura e Urbanismo [...] está apto a traba-
lhar em órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais),
em empresas privadas, em organizações não governamen-
M
TERSTOCK.CO

tais ou como profissional autônomo, no desenvolvimento


de projetos de edifícios, de urbanismo e de paisagismo e,
UT

ainda, em restauração de monumentos, em estudos de


JACOB LUND/SH

impactos ambientais e arquitetura de interiores.


[...]
■ Os arquitetos [...] este profissional deverá obter conhecimento das diferentes
são responsáveis áreas que envolvem a sua formação: ciências da natureza, ciências
pelos projetos exatas – aplicadas à Arquitetura e Urbanismo – e ciências humanas,
de imóveis e, em através da apropriação, construção e socialização de conhecimentos
alguns casos, a teórico-práticos que garantam: a valorização da criatividade intelec-
construção de
tual; a capacidade de compreender e traduzir as necessidades sociais
uma maquete é
KEO/SHUTTERSTOCK.COM

do indivíduo, de grupos e da sociedade em geral; e uma visão social


uma das etapas
de mundo, comprometida com a cidadania e com a transformação da
do projeto.
sociedade brasileira.
[...]
GUIA de Profissões: arquitetura e urbanismo. Portal da Universidade Estadual Paulista, [2020].
Disponível em: https://www2.unesp.br/portal#!/guiadeprofissoes/humanidades/arquitetura-e-
urbanismo/. Acesso em: 14 jul. 2020.

68
Durante a execução de um projeto arquitetônico, o
profissional precisa fazer diversos desenhos para que
a execução da obra saia como o planejado. Para isso,
são usadas as vistas e as projeções. Além da projeção
ortogonal que estudamos, os arquitetos também uti-
lizam a projeção cônica.

Um dos arquitetos mais reconhecidos mundial-


mente é o espanhol Antoni Gaudí (1852-1926). Sua
obra mais famosa é a basílica de La Sagrada Família,
localizada em Barcelona (Espanha) e um ícone da
arquitetura catalã. O monumento recebe, anual-
mente, cerca de três milhões de visitantes. Um fato
M
/SHUTTERSTOCK.CO

curioso é que, ainda hoje, a obra não está concluída.


Antoni Gaudí assumiu a construção em 1883, traba-
lhando nela até 1926, ano de sua morte. Atualmente,
WIRESTOCK IMAGES

a construção ainda segue com diversos arquitetos


se inspirando nas obras de Gaudí a fim de concluir
esse ícone mundial.
Fonte dos dados: JONES, R. Clássicos da arquitetura: La Sagrada Familia - Antoni Gaudi.
ArchDaily, c2008-2020. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787647/ ■ Vista frontal da basí-
classicos-da-arquitetura-la-sagrada-familia-antoni-gaudi. Acesso em: 14 jul. 2020.
lica de La Sagrada

KEO/SHUTTERSTOCK.COM
Família, localizada em
Barcelona (Espanha).
A conclusão das obras
Agora, faça o que se pede nas atividades a seguir. NÃO ESCREVA
NO LIVRO está prevista para .
1. Você já tinha ouvido falar na profissão de arquiteto? Na região onde você Fotografia de .
mora existe alguma universidade que disponibilize esse curso de gradua-
ção? Pesquise a respeito do curso: qual é a duração, quantas vagas há, qual PENSE E
RESPONDA
é o processo de ingresso etc. Resposta pessoal.
Que conceitos
2. Você conhece outras profissões que utilizem desenho técnico e projeções
matemáticos
no seu dia a dia? Pesquise sobre o assunto e compartilhe os resultados com
podem ser
os demais colegas da turma. Resposta pessoal. Resposta esperada: Profissões como
engenheiro e designer (de interiores, de embalagens). relacionados com
3. Reúna-se a dois colegas e escolham um monumento ou um edifício que seja as atividades
conhecido na sua cidade. Pesquisem quem foi o responsável pela concepção desta seção?
do projeto: foi um arquiteto? Ele tem outros projetos na cidade? Apresentem Resposta esperada:
a pesquisa feita para o restante da turma. Resposta pessoal. Projeção ortogonal.

4. Reúna-se a dois colegas e escolham um objeto para fazer a projeção orto-


gonal das vistas frontal, superior e lateral. Resposta pessoal.

69
> DIÁLOGOS
EXPLORANDO A TECNOLOGIA

Programando posições relativas


de retas e de planos
Para que os computadores executem tarefas é necessário que sejam programados
para tal. Essa programação pode ser feita em diversas linguagens e formas. Para esta
atividade, vamos utilizar o Scratch, um software que pode ser usado on-line pelo link
<https://scratch.mit.edu/> (acesso em: 14 jul. 2020) ou pode ser baixado para o com-
putador e usado off-line.
O Scratch utiliza uma linguagem de programação em blocos. Basta identificar os
comandos que deseja executar – à esquerda da tela – e arrastar os blocos para a área
de trabalho – no centro da tela. Não se esqueça de garantir que seu bloco, isto é, sua
sequência de comandos, seja coerente e atenda a seu objetivo. Explore a plataforma:
veja as ferramentas, os tutoriais e divirta-se com alguns programas já prontos na aba
Explorar do site.
Nesta atividade, será explorada a posição relativa entre duas retas com base nas
propriedades verificadas, isto é, será construído um programa que vai perguntar sobre
uma série de propriedades envolvendo duas retas e, com base nas respostas fornecidas,
retornará um resultado sobre a posição relativa entre essas retas.
Para construir esse programa é preciso pensar em quais são as perguntas neces-
sárias para determinar precisamente a posição relativa entre duas retas. Usaremos o
fluxograma construído na página 53 para isso, acompanhando os passos a seguir.

I. Adicione na área de trabalho o bloco que está na barra lateral na catego-


ria Eventos. Ao clicar na bandeira verde no topo direito, o programa será executado.

II. Na categoria Sensores, arraste o bloco , encaixe-o no passo


anterior e altere a pergunta para "As retas são coplanares? Responda sim ou não.".
TOPIC SENTENCES/SHUTTERSTOCK.COM

IMAGENS: SCRATCH

70
III. Note que se a resposta dada pelo usuário for diferente de "sim" ou "não", o com-
putador pode interpretar as informações equivocadamente, apresentando um
erro ou chegando a uma conclusão errada. Para que isso não aconteça, vamos
garantir que as únicas respostas possíveis sejam "sim" ou "não", clicando em

Controle e arrastando o bloco para o código.

SCRATCH

IV. Agora, clique em Som e arraste o bloco


para dentro da chave ante-
rior; repita a pergunta, colocando um aviso
de erro no início da frase. Para isso, arraste
um novo bloco de criação de pergunta e
SCRATCH

escreva "Erro! Digite corretamente a res-


posta! As retas são coplanares? Responda
sim ou não.".

V. É preciso avisar o programa de que ele


deve parar de repetir essa notificação de
erro e seguir com o código quando a res-
posta "sim" ou "não" for dada. Para fazer
SCRATCH

isso, adicione essa verificação no losango


vazio posicionado logo após "repita até que". Como há duas respostas possíveis,
em Operadores, arraste o bloco para dentro desse losango e, na
sequência, arraste para cada um dos losangos do bloco anterior.

VI. Agora clique em Sensores e arraste o


bloco para dentro da primeira
igualdade e substitua o "50" por "sim".
Repita o processo para a segunda igual-
SCRATCH

dade e troque o "50" por "não".

71

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VII. Agora que as respostas foram dadas, é necessário instruir o programa sobre o
que fazer com elas. Se a resposta for "sim", é necessário perguntar se as retas

têm um único ponto comum. Para isso, em Controle, arraste o bloco

SCRATCH
para o fim do bloco anterior e preencha o losango com o bloco .

VIII. Caso a resposta seja "não", as retas são rever-


sas e precisamos notificar o usuário sobre
isso. Para isso, clique em Sensores, arraste o
bloco para o "senão"
e digite "As retas são reversas". Pressione
Enter para encerrar o programa.
SCRATCH

IX. Com isso, finalizamos a primeira pergunta a


ser feita para descobrir a posição relativa entre
duas retas. Para fazer as demais perguntas, a
estrutura é muito parecida com a da primeira.
Assim, repita o que foi criado até aqui. Vá até a
primeira pergunta, clique com o botão direito,
selecione Duplicar e arraste o bloco copiado
para dentro do "se". Troque as perguntas
para "As retas têm apenas um ponto comum?
Responda sim ou não.". Não esqueça de trocar
a pergunta no erro também.
SCRATCH

Se a resposta for "sim", a conclusão é que as retas são concorrentes. Para notificar
essa resposta para o usuário, mova o bloco copiado do "senão" para o "se" e altere
o texto para "As retas são concorrentes". Pressione Enter para encerrar o programa.

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X. Para o caso em que a resposta seja "não", precisamos perguntar se as retas têm
todos os pontos comuns. Para isso, repita os passos anteriores para copiar o
bloco da pergunta e altere as perguntas e respostas correspondentes. O pro-
grama final ficará assim:

SCRATCH

Pressione a bandeira verde e teste as perguntas que aparecerão na tela da direita.


Experimente dar respostas erradas também, para observar as mensagens de erro.

NÃO ESCREVA
Agora, faça o que se pede nas atividades a seguir. NO LIVRO
Ver as Orientações para o professor.
1. Crie um programa para determinar a posição relativa entre uma reta e um plano.
2. Crie um código que diga qual é a posição relativa entre dois planos considerados.

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> DIÁLOGOS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. Analise as afirmações a seguir e indique qual 5. (Vunesp-SP) Entre todas as retas suportes das
delas é falsa. alternativa d arestas de um certo cubo, considere duas, r e
a) Três pontos distintos de uma circunferência s, reversas. Seja t a perpendicular comum a r
definem um plano. e a s. Então: alternativa c
b) O centro e os extremos de um diâmetro de a) t é a reta suporte de uma das diagonais de
uma circunferência não definem um plano. uma das faces do cubo.
c) Dois diâmetros distintos de uma circunfe- b) t é a reta suporte de uma das diagonais do
rência definem um plano. cubo.
d) Se dois pontos de uma circunferência per- c) t é a reta suporte de uma das arestas do
tencem a um plano, então a circunferência cubo.
está contida nesse plano. d) t é a reta que passa pelos pontos médios
e) Dadas uma reta e uma circunferência em das arestas contidas em r e s.
um mesmo plano e que não se intersectam, e) t é a reta perpendicular a duas faces do
há somente uma reta paralela à reta dada cubo, por seus pontos médios.
que passa pelo centro da circunferência.
6. (Enem/MEC) O acesso entre dois andares de
2. (Vunesp-SP) Considere o cubo da figura. Das uma casa é feito através de uma escada cir-
alternativas abaixo, aquela correspondente a
cular (escada caracol), representada na figura.
pares de vértices que determinam três retas,
Os cinco pontos A, B, C, D e E sobre o corrimão
duas a duas reversas, é: alternativa e
estão igualmente espaçados, e os pontos P, A
D C
e E estão em uma mesma reta. Nessa escada,
A uma pessoa caminha deslizando a mão sobre
B
o corrimão do ponto A até o ponto D.
H C
G E
E F

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


B
D
a) (A, D), (C, G), (E, H) d) (A, E), (B, C), (D, H)
b) (A, E), (H, G), (B, F) e) (A, D), (C, G), (E, F)
c) (A, H), (C, F), (F, H)
3. (UERN) Seja um plano a e uma reta s secante a
A
a. Para qualquer reta r contida em a, é correto
P
afirmar: alternativa e
a) r e s podem ser paralelas, apenas. A figura que melhor representa a projeção
b) r e s podem ser reversas, apenas. ortogonal sobre o piso da casa (plano) do ca-
c) r e s podem ser concorrentes, apenas. minho percorrido pela mão dessa pessoa é:
alternativa c
d) r e s podem ser paralelas ou reversas. a) d)
e) r e s podem ser reversas ou concorrentes.
4. (URRN) Um plano é determinado por:
alternativa d b)
a) uma única reta. e)
b) duas retas quaisquer.
c) três pontos quaisquer.
d) uma reta e um ponto não pertencente a c)
ela.
e) uma reta e um ponto a ela pertencente.

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7. (UEPB) Entre as proposições dadas abaixo, a 8. (UFAL) Sejam a e b dois planos perpendicula-
única correta é: alternativa b res entre si. A reta r é perpendicular ao plano
a) Dois planos que possuem 3 pontos em a e a reta s é perpendicular ao plano b. Nessas
comum são coincidentes. condições: alternativa c
b) Duas retas concorrentes determinam um a) a reta r não pode ter pontos comuns com
único plano. o plano b.
c) Os pontos (_1, 2), (3, 1) e (2, 3) são colineares. b) as retas r e s são concorrentes.
d) Se duas retas, r, s, do espaço são paralelas c) as retas r e s podem ser reversas.
a um plano a, então r e s são paralelas. d) a reta s está contida em um plano perpen-
e) Dados dois pontos distintos, A, B, do espaço, dicular a a.
existe um único plano que os contém. e) as retas r e s são paralelas entre si.

> PARA REFLETIR NÃO ESCREVA


NO LIVRO

Neste Capítulo, vimos que a geometria espacial de posição é uma das áreas da Matemática
em que o método dedutivo está muito presente. Ele consiste em demonstrar resultados a
partir de noções primitivas, definições e postulados, que são aceitos sem demonstração.
Vimos alguns tipos de demonstrações e fizemos algumas ao longo do Capítulo. Estudamos
também as posições relativas entre os principais entes geométricos (ponto, reta e plano) no
plano e no espaço.
Estudamos o conceito de paralelismo e de perpendicularismo e como eles se relacionam.
Vimos também alguns teoremas e propriedades relacionados a esses conceitos. Outro conte-
údo abordado foi o de projeção ortogonal e sua relevância para projetistas e para o trabalho
com vistas e projeções.
Nas páginas de abertura, foi discutido como o desenho técnico é importante para repre-
sentarmos o nosso mundo tridimensional em um suporte bidimensional (como a folha de
papel). Depois de ter estudado o conteúdo deste Capítulo, você consegue reconhecer que
esses conceitos podem auxiliá-lo a fazer essa transposição utilizando o desenho técnico e a
geometria descritiva?
Vamos refletir a respeito das aprendizagens do Capítulo 2: Respostas pessoais.
• Você já conhecia algum dos conteúdos apresentados neste Capítulo? Qual(is)?
• Você consegue identificar se há um entendimento mais claro do funcionamento da estru-
tura lógica da geometria espacial e da Matemática como um todo?
• Você se sente confiante para realizar uma demonstração em Matemática?
• Você consegue reconhecer se houve um aprofundamento em relação ao que você conhecia
sobre o conceito de posições relativas? E de projeções ortogonais?
• Você consegue relacionar o conteúdo visto neste Capítulo com algumas das tarefas execu-
tadas por arquitetos, engenheiros e projetistas?

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CAPÍTULO

>
3
A BNCC NESTE CAPÍTULO:
Poliedros
A beleza dos cristais é de encher os olhos, não é mesmo?
Estes cristais, na sua forma mais pura, lembram poliedros,
• Competências gerais assunto deste Capítulo.
da BNCC: 3, 4 e 7
A ciência que estuda os cristais é chamada Cristalografia,
• Competências específicas cujos estudos são importantes para o avanço tecnológico de
e habilidades da área
diversas áreas, entre elas, a engenharia dos materiais.
de Matemática e suas
Tecnologias: Os cristalógrafos classificam esses minerais conforme o
• Competência específica 3: sistema cristalino a que pertencem: cúbico, tetragonal, hexa-
EM13MAT309 gonal, trigonal, ortorrômbico, monoclínico ou triclínico. Esse
• Competência específica 5: sistema foi definido de acordo com a disposição, de modo
EM13MAT504 geométrico, dos átomos dos cristais. O arranjo desses átomos
• Competência específica garante algumas propriedades ao cristal, como a dureza e o
da área de Ciências formato. O tipo de arranjo atômico, por exemplo, é o que dife-
da Natureza e suas rencia um frágil carbono de um diamante inquebrável.
Tecnologias:
• Competência específica 1
O texto na íntegra das
competências gerais,
competências específicas e
habilidades da BNCC citadas
encontra-se ao final do
livro.
MONIKA WISNIEWSKA/SHUTTERSTOCK.COM; STELLARI.STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

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NÃO ESCREVA
Agora reúna-se a um colega, e façam o que se pede em cada item. NO LIVRO
Ver as Orientações para o professor.
1. Observe a imagem. Quais formas geométricas, planas ou espaciais, você consegue identificar?
2. Na região onde vocês moram, há mineração de algum tipo de cristal? Qual(is)? Caso não tenha,
faça uma breve pesquisa a respeito da mineração de cristais no Brasil: locais onde ocorre, prin-
cipais cristais extraídos e o destino desses recursos.
3. Escolham um dos sistemas cristalinos citados no texto e respondam às questões:
• Qual sistema foi escolhido?
• Por que vocês acham que esse sistema recebe esse nome?
• Qual é o formato das células cristalinas desse sistema? Pesquisem em livros ou na internet a
respeito do formato das células do sistema cristalino e encontrem o nome de um cristal que
pertença a ele.

■ Pedras semipreciosas: fluorita,


quartzo, quartzo esfumaçado e
quartzo rosa.

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Poliedros
É comum encontrarmos no dia a dia objetos cujos formatos lembram sólidos
geométricos. Basta observarmos ao nosso redor, pois eles estão presentes na arqui-
tetura, na engenharia, nas artes plásticas, entre outras áreas do nosso cotidiano.
Neste Capítulo, vamos estudar os sólidos geométricos conhecidos como poliedros.
Frequentemente, na arquitetura e engenharia, os projetos e as construções
utilizam formatos que lembram poliedros para, por exemplo, obter o melhor apro-
veitamento da área ou mesmo para criar ambientes mais agradáveis à vista. Observe
a seguir o prédio da Biblioteca Nacional de Belarus, país do Leste Europeu. Obra dos
arquitetos Viktor Kramarenko e Mikhail Vinogradov, o prédio é conhecido como
"diamante bielorrusso" e tem formato de um poliedro.
Os poliedros são sólidos formados por um número finito de polígonos e pela
região do espaço limitada por eles, em que:
• cada lado de um desses polígonos é comum a dois, e somente dois, polígonos;
• a intersecção de dois desses polígonos é um lado comum ou é um vértice comum
ou é vazia.

BAHDANOVICH ALENA/
SHUTTERSTOCK.COM

■ Prédio da Biblioteca Nacional de


Belarus. Fotografia de .

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Observe alguns exemplos de poliedros:
vértices

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


face

aresta

Em um poliedro, destacamos os seguintes elementos: SAIBA QUE...

• faces: são os polígonos que formam a superfície do poliedro; Observação:


• arestas: são os lados comuns a duas faces do poliedro; A palavra "poliedro" é
• vértices: são os vértices das faces do poliedro. formada por poli, do
grego polys (muitos
Assim como os polígonos são nomeados pelo seu número de lados, ou vários), e edro, do
os poliedros são nomeados pelo seu número de faces. Observe a seguir grego hedra (face),
o nome e o respectivo número de faces de alguns poliedros. ou seja, um poliedro
seria um sólido de
Nome do poliedro Número de faces muitas faces.
tetraedro 4
pentaedro 5
hexaedro 6
heptaedro 7
octaedro 8
■ Tetraedro: 4 faces.
eneaedro 9
decaedro 10
undecaedro 11
dodecaedro 12
icosaedro 20 ■ Dodecaedro: 12 faces.

Poliedros convexos e poliedros não convexos


Em um poliedro, se qualquer reta, não paralela a nenhuma das faces, intersecta suas faces
em, no máximo, dois pontos, dizemos que ele é convexo; caso contrário, é um não convexo.
Exemplos:
Poliedros convexos Poliedros não convexos

Neste Capítulo, concentraremos nossos estudos nos poliedros convexos.

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Relação de Euler
Existe uma relação importante que envolve o
número de faces (F), o número de arestas (A) e o número
de vértices (V) de um poliedro convexo. Essa relação é
válida para todo poliedro convexo e recebe o nome de

ROOK76/SHUTTERSTOCK.COM
relação de Euler, em homenagem ao matemático suíço
Leonhard Euler (1707-1783).

V_A+F=2 ■ Selo postal da Suíça em


homenagem a Leonhard Euler.
Veja alguns exemplos:

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Poliedro

F    
A    
V    
V_A+F= _+=  _  +  =   _  +  =   _  +  = 

A relação de Euler pode ser empregada para determinar o número de um dos elementos
(faces, arestas ou vértices) de um poliedro convexo, desde que os outros dois sejam conhecidos.
Um poliedro em que é válida a relação de Euler é conhecido como poliedro euleriano.
Os poliedros convexos são todos eulerianos. Sendo assim, em todo poliedro convexo vale a
relação V _ A + F = 2.
Observação:
Há poliedros não convexos para os quais vale a relação de Euler.
Na figura, temos um exemplo.
A = 15
■ Poliedro não
V = 10
convexo em que
F=7 a relação de Euler
V _ A + F = 10 _ 15 + 7 = 2 Ver as Orientações para o professor. é válida.

Poliedro regular
Um poliedro convexo é regular quando suas faces são polígonos regulares e congruentes entre
si e quando em todos os vértices concorre o mesmo número de arestas.
É possível provar que existem somente cinco poliedros regulares: tetraedro, hexaedro, octa-
edro, dodecaedro e icosaedro.
Observe a seguir representações dos cinco poliedros regulares e as respectivas planificações
de suas superfícies.

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• 4 faces triangulares • 12 faces pentagonais
• 4 vértices • 20 vértices

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


• 6 arestas • 30 arestas

■ Tetraedro regular. ■ Planificação da superfície. ■ Dodecaedro regular. ■ Planificação da superfície.

• 6 faces quadrangulares • 8 faces triangulares


• 8 vértices • 6 vértices
• 12 arestas • 12 arestas

■ Hexaedro regular. ■ Planificação da superfície. ■ Octaedro regular. ■ Planificação da superfície.

• 20 faces triangulares
• 12 vértices
• 30 arestas

■ Icosaedro regular. ■ Planificação da superfície.

Poliedros de Platão
Os poliedros de Platão levam o nome do filósofo grego Platão (428/427-348/347 a.C.), que os
utilizava para explicar alguns fenômenos naturais.
Para que um poliedro seja considerado um poliedro de Platão, é necessário que as faces do
poliedro tenham o mesmo número de arestas, em todos os vértices concorra o mesmo número
de arestas e seja válida a relação de Euler. Assim, os poliedros de Platão englobam todos os
poliedros regulares convexos, e existem somente cinco classes de poliedros de Platão: tetraedros,
hexaedros, octaedros, dodecaedros e icosaedros.
Nos poliedros de Platão, as faces não precisam ser polígonos regulares; assim, nem todo
poliedro de Platão é regular.

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

1. Em um poliedro convexo, o número de faces Resolução


é 11 e o número de vértices é 18. Calcule o nú- Pelo enunciado, o poliedro possui oito faces,
mero de arestas. sendo seis quadrangulares e duas hexagonais.
Resolução Vamos determinar o número de arestas:
Pela relação de Euler, V _ A + F = 2, vá- Seis faces quadrangulares: 6 ? 4 = 24 arestas
lida para qualquer poliedro convexo, Duas faces hexagonais: 2 ? 6 = 12 arestas
temos: F = 11 e V = 18. Logo, V _ A + F = Como cada aresta foi contada duas vezes,
= 2 h 18 _ A + 11 = 2 h A = 27. temos:
Portanto, o poliedro tem 27 arestas. 2A = 24 + 12 h 2A = 36 h A = 18
Aplicando a relação de Euler, temos:
2. Um poliedro convexo tem seis faces quadran-
gulares e duas hexagonais. Calcule o número V _ A + F = 2 h V _ 18 + 8 = 2 h V = 12
de vértices desse poliedro. Assim, o número de vértices é 12.

> ATIVIDADES NÃO ESCREVA


NO LIVRO

1. Em um poliedro convexo, o número de arestas O número de faces triangulares e o núme-


é 16 e o número de faces é nove. Determine o ro de faces quadradas desse poliedro são,
número de vértices. 9 vértices respectivamente:
a) 8 e 8. c) 6 e 8. e) 6 e 6.
2. Um poliedro convexo tem cinco faces qua-
drangulares e duas faces pentagonais. b) 8 e 6. d) 8 e 4.
Determine o número de arestas e o número 6. Em uma publicação científica de 1985, foi di-
de vértices. 15 arestas e 10 vértices vulgada a descoberta de uma molécula tri-
3. (Fatec-SP) Um poliedro convexo tem 3 faces com dimensional de carbono, na qual os átomos
4 lados, 2 faces com 3 lados e 4 faces com 5 lados. ocupam os vértices de um poliedro convexo
Calcule o número de vértices desse poliedro. cujas faces são 12 pentágonos e 20 hexágonos
12 vértices regulares. Em homenagem ao arquiteto esta-
4. (Mack-SP) Determine o número de vértices de dunidense Buckminster Fuller, a molécula foi
um poliedro que tem três faces triangulares, denominada fulereno. 60 átomos e 90 ligações
uma face quadrangular, uma pentagonal e
Fonte dos dados: BRASIL. Ministério do Trabalho. Fundacentro.
duas hexagonais. 10 vértices Fulerenos. Disponível em: http://antigo.fundacentro.gov.br/
nanotecnologia/fulerenos. Acesso em: 22 ago. 2020.
5. (Unifesp-SP) Considere o poliedro cujos vérti- Determine o número de átomos de carbono
ces são os pontos médios das arestas de um nessa molécula e o número de ligações repre-
cubo. alternativa b sentadas pelas arestas do poliedro.

■ Representação
de molécula
EDITORIA DE ARTE

ALEXANDRE ARGOZINO NETO

de fulereno
(imagem
sem escala;
cores-fantasia).

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Prismas
Agora, vamos estudar os prismas, suas características, seus elementos e as
maneiras de calcular a área da superfície e o volume de um prisma.
Vamos considerar dois planos paralelos a e b, um polígono convexo, contido em
a, e uma reta r secante a esses planos e que não intersecta o polígono.
r r

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


b b
F E
A D
a B C a

A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta parale-


los à reta r, com uma extremidade em um ponto de um polígono convexo e a outra
no plano b, é denominada prisma.
Considerando o prisma representado na figura a seguir, destacamos os seguintes
elementos:
• bases: são os polígonos convexos congruentes ABCDEF e A’B’C’D’E’F’ situados nos
planos paralelos a e b (planos das bases);
• faces laterais: são os paralelogramos ABB’A’, BCC’B’, ..., AFF’A’;
• vértices: são os vértices das faces do prisma, A, B, ..., E’, F’;
• arestas das bases: são os lados dos polígonos das bases AB, BC, ..., F’A’;
• arestas laterais: são os segmentos de reta AA’, BB’, ..., FF’;
• altura: é a distância entre os planos das bases.
F‘ E‘
Podemos classificar os prismas de acordo com
A‘ base D‘
o número de lados dos polígonos das bases. Por C‘
b B‘
exemplo, os prismas podem ser:
aresta lateral altura
• triangulares: quando as bases são triângulos;
F E
• quadrangulares: quando as bases são
A
quadriláteros; D
a B C
• pentagonais: quando as bases são pentágonos,
e assim por diante. aresta da base face lateral

É comum, em nosso cotidiano, encontrar-


DIFFERR/SHUTTERSTOCK.COM

T.W. VAN URK/SHUTTERSTOCK.COM

mos objetos que lembram o formato de


prismas, como o contêiner utilizado para
transportar diversos tipos de produtos e os
pavimentos hexagonais utilizados em praças
e calçadas.

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De acordo com a inclinação das arestas laterais em relação aos planos das bases, os prismas
podem ser retos ou oblíquos.
Em um prisma reto, as arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases, e em um
prisma oblíquo, as arestas laterais são oblíquas aos planos das bases.
Exemplos:
Prismas retos Prismas oblíquos

As bases de um
prisma hexa-
gonal regular
são hexágonos
regulares; suas
faces laterais
são retângulos ■ Prisma pentagonal. ■ Prisma triangular. ■ Prisma hexagonal. ■ Prisma quadrangular.
congruentes.
PENSE E
Prisma regular

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


RESPONDA

Sabendo que a figura Se o prisma for reto e as bases forem polígonos


ao lado apresenta regulares, o prisma é dito regular. Um exemplo é a
um prisma hexagonal figura ao lado, que representa um prisma hexagonal
regular, que figuras regular.
geométricas
compõem suas bases
e suas faces laterais?
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos recebem nomes especiais.
• Paralelepípedo: é um prisma cujas bases são paralelogramos.
• Paralelepípedo reto retângulo ou bloco retangular: é um prisma reto cujas bases e faces
laterais são retângulos. O paralelepípedo reto retângulo é um caso particular do paralelepípedo.
• Cubo ou hexaedro regular: é um prisma reto cujas faces são todas quadradas. O cubo é um
caso particular do paralelepípedo reto retângulo.
Exemplos:

■ Paralelepípedo. ■ Paralelepípedo reto ■ Cubo.


retângulo.

Secção transversal de um prisma


a A intersecção de um prisma com um plano paralelo às suas bases é
denominada secção transversal do prisma.
secção Observe na figura que a secção transversal de um prisma é um
transversal
polígono congruente aos polígonos das bases.

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Área da superfície de um prisma
Em um prisma, definimos:
• área da base (Sb) como a área de um dos dois polígonos que formam
as bases;
• área lateral (Sl) como a soma das áreas de todas as faces laterais;
• área total (St) como a soma da área lateral e das áreas das bases.
Assim, podemos escrever:

St = Sl + 2Sb

> HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A Academia de Platão
O filósofo grego Platão (428/427-348/347 a.C.) contribuiu, de forma contundente, para a
estruturação da matemática da Grécia antiga por meio de sua escola em Atenas, a Academia.

A Academia de Platão
[...] Perto do ano de 377 a.C., Platão fundou em Atenas uma escola, a Academia, que durante
um século dominaria a vida filosófica da cidade. A Academia era um espaço destinado ao estudo,
pesquisa e ensino da filosofia e da ciência, e talvez tenha sido o primeiro exemplo
de instituição de ensino e pesquisa de alto nível. [...] Platão herdou de Pitágoras
a ideia de que a matemática estruturava o universo. Tinha, no entanto, uma
concepção geométrica, contrastando com a concepção aritmética pitagórica.
[...]
No tempo de Platão, três célebres problemas receberam a atenção
dos matemáticos [...]. Os três problemas são enunciados a seguir:
Duplicação do cubo. Encontrar o lado x de um cubo que tem
SHUTTERSTOCK.COM

como volume duas vezes o volume de um cubo de lado a.. [...] O pro-
JOYCE NELSON/

blema equivale, portanto, a encontrar o valor 3 2 usando régua e


compasso.
Trisseção do ângulo. Dado um ângulo 0, encontrar, usando
a régua e o compasso, o ângulo 0/3.
Quadratura do círculo. Encontrar o lado x de um quadrado
que tenha a mesma área de um círculo de raio r [...], o que equi-
vale a determinar o valor de p usando régua e compasso.
Esses problemas viriam a desafiar os matemáticos por mais
de dois milênios, a ponto de a expressão “quadratura do círculo”
ter se tornado sinônimo de problema impossível de ser resolvido.
Demonstrações para a impossibilidade de resolver esses proble-
mas seriam produzidas apenas no século XIX. ■ Estátua de Platão presente na
MOL, R. S. Introdução à história da Matemática. Belo Horizonte: CAED-UFMG, 2013. p. 37-38. Academia de Atenas, Grécia.
Disponível em: http://www.mat.ufmg.br/ead/wp-content/uploads/2016/08/introducao_a_
historia_da_matematica.pdf. Acesso em: 30 jul. 2020.
Fotografia de 2019.

85
> ATIVIDADES RESOLVIDAS
3. Dado um paralelepípedo reto retângulo de Sl = 3 ? (a ? h) h Sl = 3 ? (a ? a) h Sl = 3a2
dimensões 5 cm, 4 cm e 3 cm, determine a Como Sl = 10 m2, temos:
área total da superfície do paralelepípedo. 10 10 30
3a2 = 10 h a2 = ha= = h
3 3 9
3 cm 30
ha= m, pois a . 0.
3
A base é um triângulo equilátero cujo lado
5 cm mede a. Assim:
10
4 cm 3
a2 3 10 3 2
Sb = = 3 h Sb = m
4 4 12
Resolução Cálculo da área total:
3 cm 10 3  3
VI St = Sl + 2 ? Sb = 10 + 2 ? = 10  1+ 
12  6 
I II III IV 5 cm  3
Portanto, St = 10  1+  m2.
 6 
V 4 cm 5. Felipe está construindo uma piscina no
quintal de sua casa no formato de um bloco
A superfície do paralelepípedo é formada por
retangular que possui internamente 8 me-
seis faces retangulares, indicadas na planifica-
tros de comprimento, 4 metros de largura e
ção anterior. Note que I = III, II = IV e V = VI.
1,5 metro de profundidade. O revestimento es-
Calculando cada área, temos:
colhido por Felipe para cobrir a área interna
SI = 4 cm ? 5 cm = 20 cm2
da piscina é formado por quadrados de cerâ-
SII = 3 cm ? 5 cm = 15 cm2
mica com 25 cm de lado vendidos por R$ 1,50
SV = 4 cm ? 3 cm = 12 cm2
a unidade. Considerando que não haverá es-
Então:
paço entre os quadrados, calcule o valor que
St = 2SI + 2SII + 2SV
Felipe deve gastar para comprar a quantidade
St = 2(20 + 15 + 12) = 2 ? 47 = 94 exata de revestimento necessário para cobrir
Portanto, a área total da superfície é de 94 cm2. a área interna da piscina.
4. Em um prisma triangular regular, a medida a Resolução
da aresta da base é igual à medida h da altura A área total de um paralelepípedo reto retân-
do prisma. Sabendo que a área lateral é 10 m2, gulo é dada por St = Sl + 2 ? Sb.
calcule a área total do prisma. Por se tratar de uma piscina, o revestimento
Resolução não será colocado em uma das faces do para-
Planificando a superfície do prisma, temos: lelepípedo. Assim, temos:
St = 8 ? 4 + 2 (4 ? 1,5) + 2 (8 ? 1,5) = 68 m2
A área de cada revestimento é:
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

AR = 0,25 ? 0,25 = 0,0625 m2


O total de unidades necessárias para o reves-
h=a h 68
timento é de = 1088.
0, 0625
a a
Felipe precisará comprar 800 unidades. Como
a
cada unidade custa R$ 1,50, então o custo total
do revestimento é dado por:
A face lateral é um retângulo de dimensões 1088 ? 1,5 = 1 632
a e h. O custo do revestimento será de R$ 1.632,00.

86

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

7. Dado um cubo de aresta 8 cm, calcule a área 14. (FCMSC-SP) Dispondo de uma folha de cartoli-
total do cubo. 384 cm2 na medindo 50 cm de comprimento por 30 cm
8. A diagonal de um paralelepípedo reto retân- de largura, pode-se construir uma caixa aber-
gulo mede 13 dm, e a diagonal da base, 5 dm. ta cortando-se um quadrado de 8 cm de lado
Determine as três dimensões do paralelepípe- em cada canto da folha (ver figura abaixo).
do, sendo a soma das medidas de todas as 8 cm
suas arestas igual a 76 dm. 3 dm, 4 dm e 12 dm
30 cm
9. Um prisma pentagonal regular tem 20 cm de
altura. A aresta da base do prisma mede 4 cm.
Determine sua área lateral. 400 cm2
50 cm
10. Um prisma reto tem por base um triângulo
Qual será o volume dessa caixa, em centíme-
isósceles com medidas indicadas na figura.
St = 132 dm2 tros cúbicos? V = 3 808 cm3

3 dm 15. (UnB-DF) Em um prisma triangular regular, a


área lateral é o quádruplo da área da base.
8 dm Sabendo que o triângulo da base pode ser
1
Sabendo que a altura do prisma é igual a inscrito em uma circunferência de raio 2 dm,
3 calcule a área total do prisma em decímetros
do perímetro da base, calcule a área total da
superfície do prisma. quadrados e multiplique o resultado por 3.
54 dm2
11. (UFRN) Atualmente, uma das técnicas muito 16. Calcule a área total dos prismas retos ilustrados.
utilizadas no cultivo de hortaliças é a pro- a) b)
dução em estufas (plasticultura), pois, entre 470 cm2 280 m2
outros fatores, possibilita a proteção contra
chuvas, frio, insetos e um aumento da produ- 15 cm
tividade, que pode atingir até 200%, como no 7m
10 m
3m
exemplo da abóbora italiana. 1 192 m2
8 cm 6m
5 cm
3 cm
3 cm 70 m 17. (UFPE) Uma formiga (ignore seu tamanho) en-
8m contra-se no vértice A do paralelepípedo reto
Considerando uma estufa como a represen- ilustrado a seguir.15 u.m.
tada acima, em que o triângulo da fachada é B
isósceles, calcule a área de plástico utilizado
para revesti-la totalmente (exceto o piso).
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

12. Em um paralelepípedo reto retângulo, o compri-


mento é o dobro da largura, e a altura é 15 cm.
Sabendo que a área total é 424 cm2, calcular as di- 8
mensões desconhecidas desse paralelepípedo. 4
8 cm; 4 cm
13. As dimensões de um paralelepípedo reto re- A 9
tângulo são números consecutivos. Sabendo
que a soma das medidas de todas as suas Qual a menor distância que ela precisa per-
arestas é 84 cm, calcule a área total da super- correr para chegar ao vértice B (caminhando
fície desse paralelepípedo. 292 cm2 sobre a superfície do paralelepípedo)?

87

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Volume
Para medir a quantidade de espaço que um sólido S ocupa, preci-
samos comparar esse sólido com uma unidade de medida de volume.
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

O número real V positivo, obtido por essa comparação, é chamado de


volume do sólido.
Vamos adotar como unidade de medida padrão um cubo cuja aresta
 u.c. mede 1 u.c. (unidade de comprimento), conhecido como cubo unitário.
Consideremos que o volume desse cubo unitário seja de 1 (u.c.)3.

Volume de um paralelepípedo
Um caminhoneiro transporta sacos de areia em um caminhão com
carroceria do tipo baú, que tem capacidade de 4 000 kg e comprimento
igual a 5,32 m, largura de 2,08 m e 2,2 m de altura.
Para calcular o volume da carroceria desse caminhão, podemos
representar a carroceira por meio de um paralelepípedo reto retângulo
de dimensões 5,32 m, 2,08 m e 2,2 m. Observe:

, m
VERESHCHAGIN DMITRY/
SHUTTERSTOCK.COM

, m

, m

Para calcular esse volume, devemos multiplicar as três dimensões


■ Existem diversos tama-
nhos de caminhões-baú,
do paralelepípedo: comprimento, largura e altura. Observe:
mas todos eles possuem V = 5,32 m ? 2,08 m ? 2,2 m 1 24,34 m3
uma carroceria em
formato que lembra um No caso geral de um paralelepípedo qualquer, prova-se que o
paralelepípedo. volume V desse paralelepípedo de dimensões com medidas a, b e c é
SAIBA QUE... dado por:
Lembre-se de que c
a grandeza volume
se relaciona com a V=a?b?c
b
grandeza capacidade; a
desse modo, Como o produto a ? b equivale à área da base Ab e c é a medida h
podemos também
da altura, podemos dizer que o volume do paralelepípedo é igual ao
relacionar suas
unidades de medida. produto da área da base pela medida da altura:
Veja um exemplo:
V = Sb ? h
1 m3 = 1 000 L

88

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 88 18/09/20 18:04


Volume de um cubo

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


Em um cubo, as três dimensões têm a mesma medida e, indicando
a
cada uma delas por a, seu volume é dado por:

V = a ? a ? a h V = a3 a
a

Princípio de Cavalieri
Apresentamos o cálculo que determina o volume do paralelepí- SAIBA QUE...
pedo reto retângulo e do cubo. No entanto, a fórmula para o cálculo do O princípio de
volume de outros sólidos pode não ser tão simples assim e, para esta- Cavalieri foi
belecê-la, precisamos de um resultado matemático, conhecido como desenvolvido
princípio de Cavalieri. pelo matemático
Vamos considerar duas pilhas de papel sulfite idênticas com a italiano Francesco
Bonaventura Cavalieri
mesma quantidade de folhas em cada pilha, colocadas sobre uma mesa.
(1598-1647).

altura

Essas pilhas podem ser dispostas sobre a mesa de diferentes formas, como podemos obser-
var na figura. Observe que qualquer plano paralelo ao plano da mesa que intersecta as pilhas
determinará intersecções de mesma área, que poderemos considerar como uma folha de sulfite.
Além disso, em ambas as pilhas, temos a mesma quantidade de folhas, ou seja, as pilhas têm o
mesmo volume. Essa é a ideia do princípio de Cavalieri.

Considere dois sólidos A e B de mesma altura com as bases contidas em um mesmo


plano horizontal a. Traçando um plano b, paralelo a a e secante aos sólidos, determinamos
duas secções transversais cujas áreas são S1 e S2.

S1 S2
h
A B b

a a

O princípio de Cavalieri afirma que, se para todo plano b, nas condições anteriores, tivermos
S1 = S2, então os sólidos A e B terão o mesmo volume.
O princípio de Cavalieri pode ser demonstrado; no entanto, não o faremos aqui por envolver
conceitos matemáticos que não são estudados no Ensino Médio. Vamos considerá-lo verdadeiro
e aplicá-lo para a determinação do volume de alguns sólidos.

89

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Volume de um prisma
Certo fabricante de itens alimentícios tem em seu catálogo um produto cuja embalagem
lembra um prisma de base hexagonal, como podemos ver na imagem.

SELMA CAPARROZ
Para propósitos de armazenamento, o fabricante precisa saber qual o volume de cada emba-
lagem. Como ele pode determinar isso?
Para responder a essa pergunta, vamos usar o princípio de Cavalieri e determinar uma
fórmula para calcular o volume de um prisma.
Seja A um sólido de altura h e área da base Sb. Considere, ainda, um paralelepípedo reto retân-
gulo B de mesma altura h e área da base também Sb e que ambos estão apoiados no plano a.

A B

EDITORIA DE ARTE
h
b

Sb Sb
a

Qualquer plano b, paralelo ao plano a, que intersecte os sólidos A e B, determina secções


transversais congruentes às respectivas bases. Como as áreas das bases de A e B são iguais e
valem Sb, então as secções transversais também têm área igual a Sb. Portanto, pelo princípio
de Cavalieri, concluímos que o volume do prisma A é igual ao volume do paralelepípedo reto
retângulo B.
Como o volume do paralelepípedo reto retângulo é dado pelo produto da área da base Sb pela
medida da altura h, então o volume do prisma Vprisma também será calculado da mesma forma.
Assim, podemos escrever:

Vprisma = Sb ? h

PENSE E
RESPONDA

Qual o volume da embalagem, sabendo que a área da base da embalagem é


igual a 6 cm2 e que cada embalagem tem 10 cm de altura? 60 cm3

90

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 90 14/09/20 14:03


> FÓRUM
Reciclagem de embalagens
Atualmente, a questão do lixo, relacionado ao descarte de embalagens, tem se tornado
um grande problema, mesmo em pequenas cidades. Leia o texto a seguir e, em seguida,
discuta com seus colegas as questões propostas.

Embalagem: quanto mais simples, melhor


Você já prestou atenção na quantidade e variedade de embalagens que acompanham os produtos
que consumimos? Será que precisamos de todas elas? É certo que as embalagens são muito úteis:
protegem os produtos contra sujeira e o ataque de insetos e roedores, conservam os produtos por
mais tempo e os deixam mais atraentes, facilitam o transporte e trazem informações importantes
para o consumidor. O problema é que, depois de cumprir sua função, elas acabam indo para o lixo.
O pior é que as embalagens estão ficando cada vez mais sofisticadas e complexas. Com o
aperfeiçoamento das técnicas de conservação de produtos, novos materiais foram agregados às
embalagens para torná-las mais eficientes. Essas misturas, no entanto, dificultam tanto a sua
degradação natural como a sua reciclagem.
CONSUMO sustentável: manual de educação. Brasília, DF: MMA: MEC: Idec, 2005. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso em: 30 jul. 2020.
Resposta pessoal.
NÃO ESCREVA
Após ler o texto, faça o que se pede a seguir. NO LIVRO

Reflita, discuta com seus colegas e enumerem ações que podem ser adotadas por nós e pelas
empresas para minimizar os problemas causados pelo lixo. Em seguida, elaborem um quadro
contendo todas as boas práticas sugeridas.

> ATIVIDADE RESOLVIDA


6. (Enem/MEC) Um petroleiro possui reservatório cálculo, considere desprezíveis as espessuras
em formato de um paralelepípedo retangular das placas divisórias. Após o fim do vazamento,
com as dimensões dadas por 60 m x 10 m de base o volume do petróleo derramado terá sido de
e 10 m de altura. Com o objetivo de minimizar o a) 1,4 x 103 m3 c) 2,0 x 103 m3 e) 6,0 x 103 m3
impacto ambiental de um eventual vazamento, b) 1,8 x 103 m3 d) 3,2 x 103 m3
esse reservatório é subdividido em três compar-
timentos, A, B e C, de mesmo volume, por duas Resolução
placas de aço retangulares com dimensões de Vamos calcular o volume da região acima das
placas e do compartimento C, onde está o
7 m de altura e 10 m de base, de modo que os com-
furo que provocará o vazamento.
partimentos são interligados, conforme a figura.
Assim, temos:
Assim, caso haja rompimento no casco do reser-
V = 60 ? 10(10 _ 7) + (60 : 3) ? 10 ? 7
vatório, apenas uma parte de sua carga vazará.
V = 1 800 + 1 400
V = 3 200
10 m Dessa maneira, o volume de petróleo derra-
EDITORIA DE ARTE

mado é igual a 3,2 ? 103 m3.


7m A B C Outro modo de resolver é calcular o volume
10 m
total do reservatório e subtrair o volume dos
60 m compartimentos A e B.
Suponha que ocorra um desastre quando o V = 60 ? 10 ? 10 _ 2(60 : 3) ? 10 ? 7
petroleiro se encontra com sua carga máxima: V = 6 000 _ 2 800
ele sofre um acidente que ocasiona um furo V = 3 200
no fundo do compartimento C. Para fins de A resposta correta é a alternativa d.

91
> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

18. Qual é o volume de argila necessário para pro- 23. (UFRN) Quando se diz que, numa região, caiu
duzir 5 000 tijolos, tendo cada tijolo a forma uma chuva com precipitação de 10 mm de água,
de um paralelepípedo com dimensões 18 cm, isso significa que cada metro quadrado dessa
9 cm e 6 cm? 4,86 m3 região recebeu 10 litros de água da chuva.
Uma caixa-d’água de 1,5 m de altura, 0,8 m

SHUTTERSTOCK.COM
de largura e 1,4 m de comprimento, com uma

ALIS PHOTO/
abertura na face superior, na forma de um
quadrado com 40 cm de lado, recebeu água
diretamente de uma chuva de 70 mm.
19. As medidas das arestas de um paralelepípedo Admitindo-se que a caixa só tenha recebido
reto retângulo formam uma progressão geo- água da chuva, pode-se afirmar que o nível
1 da água nessa caixa aumentou: alternativa b
métrica. Se a menor das arestas mede cm
2 a) 0,8 cm b) 1 cm c) 1,2 cm d) 2 cm
e o volume de tal paralelepípedo é 64 cm3,
calcule as medidas das outras arestas. 24.Uma barra de chocolate tem o formato da fi-
4 cm e 32 cm.
gura a seguir. Calcule o volume de chocolate
20. (UEPB) Um reservatório em forma de cubo,
contido nessa barra. (Use 3 = 1,73.) 83,04 cm3
cuja diagonal mede 2 3 m, tem capacidade

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


igual a: alternativa c
a) 4 000 litros d) 2 000 litros
b) 6 000 litros e) 1 000 litros
c) 8 000 litros 4 cm cm
4 cm 12
21. Uma empresa alimentícia vai começar a pro-
4 cm
duzir bombons de chocolate em formatos de
cubo de aresta 4 cm e de paralelepípedo reto 25. Uma pizzaria projetou uma caixa para colocar
retângulo com comprimento de 6 cm, largura suas pizzas no formato de um prisma regular
de 5 cm e altura de 2 cm em três tipos, choco- reto com base octogonal com lado de medida
late ao leite, meio amargo e branco. A seguir, x e com altura de medida y. Reservaram um
temos as dimensões dos bombons e os custos espaço para armazenamento das caixas e ve-
dos chocolates. Resposta pessoal. rificaram que era possível montar 10 pilhas de
40 caixas cada. Determine uma fórmula para
Tipo 1 2 o volume que as caixas ocuparão.
O volume das caixas é 800x2y 1 + 2 . ( )
Dimensões (cm) 4x4x4 6x5x2 26. Um prisma reto, de ferro, de densidade apro-
ximada 7,5 g/cm3, tem por base um trapézio
Tipos Ao leite Meio amargo Branco isósceles, como indica a figura.
H 34 cm G SAIBA QUE...
Custo
0,03 0,05 0,04 16 cm
(R$/cm3) Densidade de
E F
um corpo é a
Elabore um problema envolvendo as dimensões 40 cm
razão entre
dos bombons, associando ao custo por cm3. a massa e o
D C
22. (UEPG-PR) As medidas internas de uma caixa- 15 cm 15 cm volume desse
-d’água em forma de paralelepípedo retângu- A B corpo.
lo são: 1,2 m, 1 m e 0,7 m. Sua capacidade é de:
Determine:
a) 8 400 L c) 840 L e) n.d.a. a) o volume desse sólido; 12 000 cm3
b) 84 L d) 8,4 L alternativa c b) a massa desse sólido. 90 kg

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27. Um arquiteto fez o projeto para construir uma 29. (UFRGS-RS) Um sólido geométrico foi cons-
coluna de concreto que vai sustentar uma truído dentro de um cubo de aresta 8, de
ponte. A coluna tem a forma de um prisma- maneira que dois de seus vértices, P e Q,
hexagonal regular de aresta de base 2 m e al- sejam os pontos médios respectivamente
tura do prisma 8 m. Calcule: das arestas AD e BC, e os vértices da face
a) a área lateral da estrutura de madeira que superior desse sólido coincidam com os vér-
deve ser utilizada para a construção da coluna; tices da face superior do cubo, como indica-
96 m2
b) o volume de concreto necessário para preen- do na figura a seguir.
cher a forma da coluna. 48 3 m3
H G
28. (Ufersa-RN) De uma viga de madeira de sec-

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


ção quadrada de lado l = 10 cm, extrai-se uma E F
cunha de altura h = 15 cm, conforme a figura.

D
C
P
15 cm Q
A B

10 cm O volume desse sólido é: alternativa c


10 cm
a) 64 d) 512
O volume da cunha é: alternativa c
a) 250 cm3 c) 750 cm3 b) 128 e) 1 024
b) 500 cm3 d) 1 000 cm3 c) 256

Pirâmides
Além dos prismas, há um outro grupo de poliedros cujo formato pode ser associado a objetos
do cotidiano.
Esse tipo de poliedro é denominado pirâmide.

Considere um plano a, um polígono convexo, contido em a, e um


ponto V que não pertence a a.
Pirâmide é a figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que têm uma extremidade no ponto V e a outra em
um ponto do polígono.
V V

E
A D A E D
B C B C
a a

93

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Considerando a pirâmide representada na figura a seguir, destacamos os seguin-
tes elementos:
• base: é o polígono convexo ABCDE contido no plano a;
• vértice da pirâmide: é o ponto V; os vértices da base são os pontos A, B, C, D, E;
• faces laterais: são os triângulos VAB, VBC, ..., VEA;
• arestas da base: são os lados do polígono da base AB, BC, ..., EA;
• arestas laterais: são os segmentos de reta VA, VB, ..., VE;
• altura: é a distância entre o ponto V e o plano da base, a.
vértice V Podemos classificar as pirâmides de acordo com o
número de lados do polígono da base. Por exemplo, as
altura pirâmides são:
face lateral
• triangulares: quando a base é um triângulo;
aresta D C
lateral
• quadrangulares: quando a base é um quadrilátero;
E B • pentagonais: quando a base é um pentágono, e assim
base
a A por diante.
aresta da base V
V
V

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


E
A C
D C A D

B A B B C
■ Pirâmide triangular. ■ Pirâmide quadrangular. ■
AVS-IMAGES/
STOCK.COM Pirâmide pentagonal.

■ Pirâmide de Quéops,
SHUTTERSTOCK.COM; HILCH/SHUTTER
ALEXANDRU NIKA/SHUTTERSTOCK.COM;

localizada em Gizé, no
Egito. Fotografia de
2015. Ela é a única das
sete maravilhas do
Y/FOTOARENA

mundo antigo que se


mantém até hoje.
JOANA KRUSE/ALAM

LY FRANCE/AFP
JAVIER GIL/ON

■ Entrada do Museu do Louvre, em Paris, na


França. Fotografia de 2016. A pirâmide feita de
vidro e aço foi planejada pelo arquiteto I. M. Pei
e inaugurada em 1989 como uma nova entrada
para suportar o fluxo de pessoas no museu.

94

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 94 14/09/20 14:05


Pirâmide regular
Numa pirâmide, se a projeção ortogonal do vértice sobre o plano da base é o
centro O da base, ou seja, o centro da circunferência circunscrita ao polígono da base,
a pirâmide é reta. Se a projeção ortogonal do vértice sobre o plano da base não é o
centro da base, a pirâmide é oblíqua.
Uma pirâmide regular é uma pirâmide reta que tem como base um polígono
regular. V
Considerando a pirâmide regular de base quadrada representada na figura a
seguir, destacamos os seguintes elementos geométricos: a
• altura da pirâmide: é a medida do segmento de reta VO, que liga o vértice h g
V ao plano da base, indicada por h; B
• faces laterais: são triângulos isósceles congruentes; O m M

l
r
• arestas laterais: são congruentes e sua medida é indicada por a;
l A
• arestas da base: são congruentes, compõem o polígono que forma a
base, e sua medida é indicada por l;
• apótema da base: é o apótema do polígono regular da base, ou seja, o segmento
OM, e sua medida é indicada por m;
• raio da base: é o raio da circunferência de centro O na qual o polígono da base
está inscrito e sua medida é indicada por r;
V
• apótema da pirâmide: é a altura de cada face lateral (correspondente
à altura VM relativa à base de um triângulo isósceles), cuja medida é
indicada por g. a
h
g
Nas pirâmides regulares, podemos determinar as medidas de todos a B
os seus elementos conhecendo alguns deles. Considere a pirâmide m
O M
regular representada na figura a seguir e observe os triângulos r

l
retângulos VMB, VOM, VOA e OMA. l A
Aplicando o teorema de Pitágoras, temos as seguintes relações: Esse é um bom momento para in-
centivar os estudantes a relacionar
• *VMB • *VOM • *VOA os triângulos indicados na figura
da pirâmide com as representa-
V
ções deles. Isso reforça o trabalho
V V com noção espacial.

• *OMA
g a
h a O
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

h g
r
m

M B M A
l l
2 O m M O r A 2
2 2
l l
a = g +   g =h +m
  
a =h +r
   r = m +  
2 2

95

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 95 18/09/20 18:09


PENSE E
RESPONDA
Secção transversal de
A pirâmide que uma pirâmide
possui quatro faces A intersecção de uma pirâmide com um plano paralelo à sua base
idênticas, sendo
é denominada secção transversal da pirâmide.
todas elas triângulos
equiláteros, é É possível provar que a secção transversal de uma pirâmide é um
chamada de tetraedro polígono semelhante ao polígono da base.
regular. V
Como todas as
faces são triângulos

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


equiláteros, todas
as arestas (da base A‘ C‘
e da lateral) são
congruentes. y B‘
Utilizando a imagem a A C
seguir, que representa
um tetraedro regular
e alguns de seus ! B
elementos, determine
a altura (h) da
pirâmide em função
de sua aresta de Área da superfície de
medida a.
h= a 6
D uma pirâmide
3
a
A figura a seguir representa a planificação da superfície de uma
a
g h a pirâmide quadrangular regular.
B
C
H a
superfície lateral
a M
A

base

Em uma pirâmide, definimos:


• área da base (Sb) como a área do polígono da base da pirâmide;
• área lateral (Sl) como a soma das áreas de todas as faces laterais;
• área total (St ) como a soma da área lateral e da área da base.
Então, podemos escrever:

St = Sl + Sb

96

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 96 14/09/20 14:07


Volume de uma pirâmide V

pirâmide Q
Considere a pirâmide P, de altura h e base ABCDE de área d

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


A1, contida em um plano horizontal a, e um plano b, paralelo E‘ D‘
A2
a a e secante à pirâmide. O plano b determina uma secção b A‘ C‘
B‘
transversal A’B’C’D’E’ de área A2, que é base da pirâmide Q pirâmide P h

de altura d (pirâmide menor) e semelhante à base ABCDE.


D
No Capítulo 1 deste livro, estudamos um pouco sobre
E A1
semelhança de polígonos e vimos, também, que se AB e A´B´ C
a
são os comprimentos dos lados correspondentes de dois A B
polígonos semelhantes de áreas F e F´, então:
2
F  AB 
= 
F '  A' B ' 
Note, na figura anterior, que as respectivas faces laterais das pirâmides Q e P são
triângulos semelhantes.
Usando semelhança de triângulos, pode-se demonstrar que as bases de áreas A1
2
h A1  h 
e A2 são polígonos semelhantes, com razão de semelhança , então, =  .
d A2  d 
Agora, considere duas pirâmides M e N de mesma medida h de altura, com bases
de mesma área AM e AN contidas em um plano horizontal a. Qualquer plano b, para-
lelo a a e secante às pirâmides, determina duas secções transversais de áreas SM e
SN, respectivamente.
d
SM SN
b h

AM AN
a

Vimos anteriormente que a razão entre a área da base e da secção transversal


2 2
A  h  A h
de cada pirâmide vale M
=  e N
=  .
SM  d  SN  d 
A A
Logo, M = N .
SM SN
Como AM = AN, concluímos que SM = SN para qualquer plano b paralelo a a.
Com isso, pelo princípio de Cavalieri, como todas as secções transversais de E F
duas pirâmides de mesma altura têm áreas iguais, então seus volumes são iguais.
Provamos, assim, que duas pirâmides de mesma base e com mesma D

altura têm volumes iguais. Esse fato será utilizado a seguir para determinar
o volume de uma pirâmide.
B C
Para calcular o volume de uma pirâmide qualquer, primeiramente, vamos
considerar o prisma reto de base triangular a seguir. A

97

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 97 14/09/20 14:08


Esse prisma pode ser decomposto em três pirâmides triangulares, como mostram
as figuras a seguir.
D
E F E ■ Pirâmide III.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


D D

B C

A
■ Pirâmide I. ■ Pirâmide II. C B C
Observe que:
• as pirâmides I e II têm a mesma altura (altura do prisma), têm bases congruentes
(*ABC 2 DDEF, pois cada triângulo é uma base do prisma) e, portanto, pelo resul-
tado da página anterior, as pirâmides I e II têm o mesmo volume;
• considerando as pirâmides II e III com respectivas bases CEF e BCE, a altura (dis-
tância do ponto D ao retângulo BCFE) dessas pirâmides é a mesma, têm bases
congruentes (*CEF 2 *BCE, pois cada um desses triângulos é a metade do retân-
gulo BCFE) e, portanto, novamente pelo resultado da página anterior, as pirâmides
II e III têm o mesmo volume.
Logo, as pirâmides I, II e III têm o mesmo volume, ou seja, V1 = V2 = V3.
Seja Vprisma = V1 + V2 + V3 (soma dos volumes das três pirâmides) e considerando
V1 = V2 = V3 = V, temos:
Vprisma
Vprisma = V + V + V h Vprisma = 3V h V =
3
1
Assim, o volume de cada pirâmide é igual a do volume do prisma triangular
3
dado. Como o volume do prisma é Vprisma = Sb ? h, podemos escrever:
Vprisma S ?h
V= hV= b
3 3
V Essa é a fórmula de cálculo do volume de uma pirâmide triangular.
Agora, vamos mostrar que ela também é válida para uma pirâmide qualquer.
Para isso, considere uma pirâmide de altura medindo h cuja base é um polígono
E convexo de n lados com área Sb. A figura mostra um exemplo para n igual a 5.
Como o polígono é convexo, a partir de um dos vértices da base traçamos
A D
todas as (n − 2) diagonais do polígono da base, obtendo (n − 2) triângulos.
B C Podemos dividir a pirâmide em (n − 2) pirâmides triangulares de mesma altura
da pirâmide original e área da base S1, S2, ..., Sn _ 2, traçando planos determinados
por essas diagonais e pelo vértice V. O volume V da pirâmide será igual à soma dos
volumes das (n − 2) pirâmides triangulares. Então, pelo resultado anterior:
1 1 1 1
V = ? S1 ? h + ? S2 ? h + ... + 3 ? Sn − 2 ? h h V = ? h (S1 + S2 + ... + Sn − 2)
3 3 3
Mas Sb = S1 + S2 + ... + Sn − 2. Então, o volume de uma pirâmide qualquer de
altura medindo h e área da base Sb é igual a:

1
V= S ?h
3 b

98

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

7. Em uma feira de artesanato, foi construída uma tenda com tecido no formato de uma pirâ-
mide hexagonal regular com 8 m de altura e aresta da base medindo 4 3 m. Considerando
que quem armou a tenda deixou uma das faces laterais como porta (sem fechamento do
tecido), calcule a quantidade de tecido necessária para a cobertura da tenda.
Resolução
Primeiro vamos representar a tenda e sua base:

g O
h m
l
m B
O A M B
M l
l A 2

No triângulo AOB, m é a medida do apótema da base, então:

l 3 4 3? 3
m= hm= =6hm=6
2 2
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo VOM, temos:
g2 = 62 + 82 h g2 = 36 + 64 = 100 h g = 10, pois g . 0.
Cálculo de área Sf de uma face da pirâmide:

l? g 4 3 ?10
Sf = h Sf = = 20 3 h Sf = 20 3
2 2
Como uma das faces laterais não usará tecido (porta), a área lateral será dada por:
5 ? 20 3 m2 = 100 3 m2

Portanto, serão necessários 100 3 m2 de tecido.


8. Calcule o volume de uma pirâmide cuja base é um quadrado de 3 cm de lado e sua altura
mede 10 cm.
Resolução
Observe a pirâmide da figura.
V
1
Como V = ? S ? h, precisamos determinar a área da base (Sb).
3 b
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

A base é um quadrado, logo:


Sb = l2 h Sb = 32 = 9 h Sb = 9 cm2
10 cm
Cálculo do volume (V):
1 1
V = ? Sb ? h h V = ? 9 ? 10 = 30 h V = 30 cm3
3 3
Portanto, o volume da pirâmide é 30 cm3.
3 cm

99

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9. Em uma pirâmide hexagonal regular, a aresta da base mede l = 2 cm. Sabendo que a área lateral
da pirâmide é 30 cm2, calcule o volume da pirâmide.
Resolução
Seja a pirâmide a seguir.
Apótema da base (m):
A base é um hexágono regular, logo:
l 3 a 3
m= hm= = 3 hm= 3
g 2 2
h
Como a base é hexagonal, a pirâmide tem seis faces laterais:
S 30
Sf = l h Sf = = 5 h Sf = 5
EDITORIA DE ARTE

6 6
Apótema da pirâmide (g):
l? g 2g
m
Sf = h5= hg=5
l 2 2
Altura da pirâmide (h):
( )
2
g2 = h2 + m2 h 52 = h2 + 3 h h = 22 , pois h . 0.
Área da base (Sb):
Como a base é um hexágono regular, sua área é igual a seis vezes a área do triângulo equilátero de
aresta l = 2 cm.
l2 3 4 3
Sb = 6 ? h Sb = 6 ? = 6 3 h Sb = 6 3 cm2
4 4
Volume da pirâmide (V):
1 1
V = Sb ? h h V = ? 6 3 ? 22 = 2 66 h V = 2 66
3 3
Portanto, o volume da pirâmide é 2 66 cm3.
10. Considere um tetraedro regular ABCV de aresta de medida a = 4 cm, em que AM é uma mediana
do triângulo equilátero ABC, base do tetraedro.
A partir dessas informações, determine:
a) a medida da mediana AM;
b) a medida da altura do tetraedro;
c) a área total da superfície do tetraedro.
Resolução
a) Em um triângulo equilátero, a mediana coincide com a altura. Assim, a medida da mediana AM
é igual à medida da altura relativa ao lado BC do triângulo equilátero ABC de lado de medida a,
ou seja:
a 3 4 3
AM = = =2 3
2 2
Portanto, a medida da mediana AM é 2 3 cm.
a 6
b) Vimos que a medida h da altura de um tetraedro regular é dada por h = . Então:
3
a 6 4 6
h= =
3 3
4 6
Portanto, a medida da altura do tetraedro é cm.
3
c) A área total St da superfície de um tetraedro regular é dada por St = a 2 3 . Então:
St = a 2 3 = 4 2 3 =16 3
Portanto, a área total da superfície do tetraedro é 16 3 cm2.

100

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

30. Considere a pirâmide quadrangular regular 33. Em uma pirâmide regular de base quadrada, a
indicada na figura e determine o que se pede. medida do perímetro da base é 40 cm. Sabendo
V que a altura da pirâmide mede 12 cm, calcule a
D área lateral da superfície dessa pirâmide. 260 cm2
C
4 cm
34.Calcule a área lateral da superfície de uma
O M pirâmide triangular regular cuja aresta lateral
A
mede 13 cm e o apótema da pirâmide mede
12 cm B 12 cm. 180 cm2

a) A medida do apótema da base. 6 cm 35. A figura a seguir mostra uma pirâmide de


base triangular em que todas as arestas têm
b) A medida do apótema da pirâmide. 2 13 cm
medida igual a 15 cm. Determine a área total
c) A medida da aresta lateral. 2 22 cm da superfície dessa pirâmide. 225 3 cm2
d) A área total da superfície da pirâmide.
(
48 3 + 13 cm2 )
31. Considere a pirâmide hexagonal regular indi-
cada na figura e determine o que se pede. h

V
15 cm

6 cm
E
36. Um artista projetou uma pirâmide regular
F
de base quadrada para ser exposta na en-
D
A trada de uma universidade. A pirâmide tem
O
8 cm 4 metros de altura e o quadrado da base da
B C pirâmide tem lado de 6 metros. As faces late-
rais da pirâmide devem ser pintadas, mas há
a) A medida do apótema da base. 4 3 cm uma restrição: a pirâmide não deve ser mo-
b) A medida do apótema da pirâmide. 2 21 cm nocromática, ou seja, é necessário usar mais
c) A medida da aresta lateral. 10 cm de uma cor na pintura. Veja o rendimento de
d) A área total da superfície da pirâmide. cada uma das cores de tinta disponíveis.
(
48 3 2 + 7 cm2 ) Resposta pessoal.
32. (Vunesp-SP) A ilustração mostra uma pirâmide Cor Rendimento (m2/L)
regular de base quadrada cuja altura tem a
mesma medida que as arestas da base. Pelo Amarelo 28
ponto médio M da altura OQ traça-se o seg- Azul 24
mento MN perpendicular à aresta OA. Se 'a'
expressa a medida de MN, determine o volu- Laranja 25
me da pirâmide em função de 'a'. V = 8a 3 3
Rosa 27
O
Roxo 22
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

a
N M Verde 24
D
A Vermelho 22
Q
B C Elabore um problema envolvendo: custo,
quantidade de cores e quantidade de demãos.

101

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37. (FUC-MT) Determine o volume de uma pirâmi- 41. Uma pedra preciosa tem a forma de um octae-
de cuja planificação é: V = 16 u3 dro regular de aresta 8 mm, conforme indica a
3
3 2 figura. Calcule o volume dessa pedra.
512 2
mm3
3

2 8 mm

38. (UFPA) Uma pirâmide triangular regular tem


9 cm3 de volume e 4 3 cm de altura. Qual a
medida de aresta da base? alternativa b 42. (UFMA) A figura a seguir
a) 2 cm d) 3 cm representa um paralelepí-
3 pedo retângulo, no qual
b) 3 cm
e) cm está inscrito um octaedro
c) 2 2 cm 3
cujas 8 faces são triângu-
39. (UFPE) Uma pirâmide hexagonal regular tem los equiláteros com 1 cm
a medida da área da base igual à metade da de lado. (Obs.: octaedro
área lateral. Se a altura da pirâmide mede 6 cm, é o sólido resultante da
assinale o inteiro mais próximo do volume da reunião de duas pirâmi-
pirâmide, em cm3. Dado: use a aproximação: des quadrangulares de
3 1 1,73. 1 83 cm3 bases congruentes.)
Nessas condições, é correto afirmar que o
volume do paralelepípedo, em centímetros
cúbicos, é: alternativa a
2
a) c) 2
2
d) 3
3
b) e) 2 2
2
43. (Unicamp-SP) Uma pirâmide regular, de base
40.(UFPR) As figuras a seguir apresentam um quadrada, tem altura igual a 20 cm. Sobre a
bloco retangular de base quadrada, uma pi- base dessa pirâmide constrói-se um cubo de
râmide cuja base é um triângulo equilátero, e modo que a face oposta à base do cubo corte
algumas de suas medidas. a pirâmide em um quadrado de lado igual a
a) volume do bloco retangular: 128 u3; área da base da
pirâmide: 16 3 u2 5 cm. Faça uma figura representativa dessa
situação e calcule o volume do cubo.
Ver as Orientações para o professor.
44.(UFPE) Os vértices de um tetraedro são um
8 dos vértices de um cubo de aresta 30 cm e os
três vértices ligados a ele por uma aresta do
4
cubo, como ilustrado na figura abaixo. Se V é
4 8
8 o volume do tetraedro, em cm3, assinale V/100.
45 cm3
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

a) Calcule o volume do bloco retangular e a


área da base da pirâmide.
b) Qual deve ser a altura da pirâmide, para
que seu volume seja igual ao do bloco
retangular? 8 3 u

102

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C03-076-107-LA-G21.indd 102 18/09/20 18:14


> DIÁLOGOS
CONEXÕES
Arte e Geometria
Amilcar de Castro (1920-2002) foi um artista brasileiro que produziu muitas obras
de arte com inspirações na Geometria. Leia o texto a seguir.

Amílcar de Castro
Artista plástico, nasceu em 1920, na ■ Obra de Amilcar de Castro de

IMAGEM LICENCIADA PELO INSTITUTO


cidade mineira de Paraisópolis. Formou-se  – Material: madeira.
em Direito, mas não exerceu a profissão. Em

AMILCAR DE CASTRO
1944 inscreve-se na Escola de Arquitetura
e Belas Artes em Belo Horizonte, frequen-
tando o curso livre de desenho e pintura de
Alberto da Veiga Guignard, e o de escul-

IMAGEM LICENCIADA PELO INSTITUTO AMILCAR


tura figurativa com Franz Weissmann. Com

DE CASTRO. FOTO: EDUARDO ALONSO


Guignard, foi introduzido na técnica do
lápis duro, com o qual sulcava as folhas de
papel, primeiro índice dos cortes que faria
nas chapas de ferro que o tornariam o mais
importante escultor brasileiro em atividade,
reconhecível pelas monumentais esculturas
em chapas de ferro cortadas e dobradas. ■ Obra de Amilcar de Castro de , com
FGV CPDOC. Amílcar de Castro. Rio de Janeiro, c2020.
a qual ganhou o prêmio da II Bienal de
Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/ São Paulo, em  – Material: cobre.
biografias/amilcar_de_castro. Acesso em: 31 jul. 2020. Dimensão:  cm x  cm x  cm.
1. b) Espera-se que os estudantes respondam que essa caixa deve ter as dimensões maiores do
PARA que as da peça e que todos os lados devem ser iguais, por exemplo: 50 cm x 50 cm x 50 cm.
ASSISTIR

AMILCAR de Castro. Direção: João Vargas Penna. Brasil: Porta Curtas, 2003. Vídeo (13 min). Disponível
em: http://portacurtas.org.br/filme/?name=amilcar_de_castro. Acesso em: 31 jul. 2020.
O documentário Amilcar de Castro apresenta o processo de criação do artista e a relação de suas obras
com a Geometria.

Agora, faça o que se pede nas atividades a seguir. NÃO ESCREVA


NO LIVRO

1. Observe uma escultura de Amilcar de Castro:


IMAGEM LICENCIADA PELO INSTITUTO

A partir das dimensões da obra dadas pelo artista, faça o que se pede:
a) Calcule o volume. 12 800 cm3.
AMILCAR DE CASTRO

b) Suponha que será necessário transportar essa peça para uma expo-
sição em uma escola da cidade. Para isso, a transportadora separou
uma caixa no formato de um cubo. Com um colega, estimem as
dimensões dessa caixa que será utilizada para o transporte da peça.
■ Escultura Década .
2. Você conhece outro artista brasileiro que utiliza elementos de Dimensões:  cm x
Geometria em suas obras? Se sim, compartilhe com os colegas. Caso x  cm x  cm. Esculpida
não conheça, faça uma breve pesquisa e apresente-a aos colegas. em madeira de baraúna.
Resposta pessoal. Aproveitar esse momento e falar aos estudantes a respeito do Instituto Inhotim (MG), um dos maiores museus a céu aberto
do mundo. Acessar mais informações pelo site do instituto disponível em <https://www.inhotim.org.br/> (acesso em: 31 jul. 2020).
103
> DIÁLOGOS
EXPLORANDO A TECNOLOGIA
Construção de modelos de sólidos geométricos
Vamos utilizar o GeoGebra para construir um modelo de sólido geométrico e, em
seguida, observar sua planificação. Para isso, acompanhe os passos a seguir.
I. Utilizando a ferramenta Polígono regular, , marque os pontos A(0,0) e B(0,2)
no plano cartesiano e, em seguida, digite "3" na caixa de diálogo que será aberta
para informar o número de lados. Na Janela de visualização, será criado um triân-
gulo equilátero de lado de medida 2 unidades. Automaticamente, o GeoGebra vai
nomear esse polígono como pol1.
II. No menu Exibir, clique na opção Janela de
visualização 3D. Ao lado da Janela de visuali-

IMAGENS: GEOGEBRA; EDITORIA DE ARTE


zação aparecerá uma outra janela, mostrando
um sistema cartesiano tridimensional que está
interligado com o sistema cartesiano da Janela
de visualização. O plano cinza na Janela de
visualização 3D representa o plano da Janela
de visualização em que construímos o triân-
Ver as Orientações
gulo equilátero. para o professor.
III. Ao clicar na Janela de visualização 3D, uma nova barra de ferramentas substituirá a
anterior, com instrumentos para a construção de elementos no campo tridimensional,
como planos e sólidos geométricos. Veja a imagem a seguir.

IV. Clique na seta do menu com o ícone e escolha a ferramenta Extrusão para
prisma ou cilindro, , e, em seguida, clique no triângulo na Janela de visualiza-
ção 3D. Na sequência, digite "2" na caixa de diálogo aberta para informar a altura do
prisma. Desse modo, será construído um prisma regular de base triangular com altura
medindo 2 unidades. A tela do software ficará semelhante à imagem a seguir.
DMI T/SHUTTERSTOCK.COM

104

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V. Para planificar o prisma, no mesmo menu do item anterior, escolha
a ferramenta Planificação e, na Janela de Álgebra, clique no
item que está abaixo da opção Prisma, como mostra a imagem a
seguir.
Janela de Álgebra
fx
Número
b=1
Planificação
c = 15,46
Polígono
pol 1 = 1,73
Ponto
A = (0, 0)
B = (0, 2)
C = (_1.73,1)
D = (0, 0, 2)
E = (0, 2, 2)
F = (_1.73, 1, 2)
G = (0, 0, 0)

IMAGENS: GEOGEBRA; EDITORIA DE ARTE


H = (0 2, 0)
I = (_1.73, 1, 0)
J = (2, 0, 0)
K = (2, 2, 0)
L = (_1, 3.73, 0)
M = (_2.73, 2.73, 0)
N = (_2.73, _0.73, 0)
O = (_1, _1.73, 0)
P = (3.73, 1, 0)
Prisma
a = 3.46
Quadrilátero
faceABED = 4
faceACFD = 4
faceBCFE = 4
faceGHKJ = 4
faceGINO = 4
faceHIML = 4

VI. Você perceberá que alguns elementos foram acrescentados à cons-


trução e um Controle deslizante foi criado. Os novos elementos são
as faces do prisma que, juntas, formam a respectiva planificação. Ao
alterar o valor do Controle deslizante, é possível visualizar o pro-
cesso de planificação do prisma na Janela de visualização 3D. Ao
final, a tela do software ficará semelhante à imagem a seguir.

Agora, faça o que se pede na atividade a seguir. NÃO ESCREVA


NO LIVRO
DMI T/SHUTTERSTOCK.COM

1. Considere dois prismas regulares: o primeiro, cuja base é um triângulo


equilátero de lado 4, e o segundo, cuja base é um hexágono regular de
lado 2. Utilizando o GeoGebra, faça o que se pede.
a) Determine as alturas dos prismas, de modo que o volume de ambos
seja igual. A altura do prisma de base triangular deve ser 1,5 vez maior do que a
altura do prisma de base hexagonal.
b) Qual desses prismas apresenta maior área lateral?
O prisma de base triangular.

105

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> DIÁLOGOS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. (UFCG-PB) Um professor de Matemática, em 5. (Famerp-SP) Dois cubos idênticos, de aresta


uma aula de Geometria, pediu que cada aluno igual a 1 dm, foram unidos com sobreposição
construísse um poliedro convexo regular com perfeita de duas das suas faces. P é vértice de
20 faces triangulares. Podemos afirmar que o um dos cubos, Q é vértice do outro cubo e R
número de vértices do poliedro construído é vértice compartilhado por ambos os cubos,
por cada aluno é igual a: alternativa b conforme indica a figura.
a) 28 d) 27 R
P
b) 12 e) 41
c) 19
2. (EsPCEx-SP) Um poliedro convexo, com 13 vérti- Q
ces, tem uma face hexagonal e 18 faces forma-
das por polígonos do tipo P. Com base nessas A área do triângulo de vértices P, Q e R é igual a
informações, pode-se concluir que o polígono 6 6
a) dm2 alternativa a d) dm2
P é um: 2 6
a) dodecágono. d) quadrilátero. 6 2 3
b) dm2 e) dm2
b) octógono. e) triângulo. 3 3
alternativa e
c) pentágono. 3
c) dm2
3. (UFJF-MG) A figura abaixo corresponde à pla- 2
nificação de um determinado poliedro: 6. (Unicamp-SP) Um paralelepípedo retângulo
tem faces de áreas 2 cm2, 3 cm2 e 4 cm2. O vo-
lume desse paralelepípedo é igual a
a) 2 3 cm3 c) 24 cm3
b) 2 6 cm3 alternativa b d) 12 cm3
7. (Fuvest-SP) A figura mostra uma escada maci-
ça de quatro degraus, todos eles com formato
de um paralelepípedo reto retângulo.
20 cm
O número de vértices desse poliedro é
a) 12 alternativa a d) 30
EDITORIA DE ARTE

10 cm
b) 18 e) 36
ILUSTRAÇÕES:

c) 21 50 cm
4. (UFPI) Um poliedro convexo, constituído de
A base de cada degrau é um retângulo de di-
faces triangulares e quadrangulares, possui
mensões 20 cm por 50 cm, e a diferença de al-
20 arestas, e a soma dos ângulos de suas faces
tura entre o piso e o primeiro degrau e entre os
é igual a 2 880º. É correto afirmar que esse po-
degraus consecutivos é de 10 cm. Se essa escada
liedro possui: alternativa a
for prolongada para ter 20 degraus, mantendo o
a) 8 faces triangulares. mesmo padrão, seu volume será igual a alternativa a
b) 12 vértices. a) 2,1 m3 d) 4,2 m3
c) 10 faces. b) 2,3 m3 e) 6,0 m3
d) 8 faces quadrangulares. c) 3,0 m3

106

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8. (Unicamp-SP) Se um tetraedro e um cubo 10. (UFRJ) A grande pirâmide de Quéops, antiga
têm áreas de superfície iguais, a razão entre construção localizada no Egito, é uma pirâ-
o comprimento das arestas do tetraedro e o mide regular de base quadrada, com 137 m
comprimento das arestas do cubo é igual a de altura. Cada face dessa pirâmide é um
a) 2 3 c) 2 3 alternativa c
4
triângulo isósceles cuja altura relativa à base
mede 179 m. A área da base dessa pirâmide,
b) 2 3
4
d) 4 2 4 3
em metro quadrado, é: alternativa d
9. (UEG-GO) Em um curso de dobraduras, a ins-
trutora orientou que fosse construída uma pi-
râmide de base quadrada, de lado igual a 3 cm a

EDITORIA DE ARTE
h
e altura igual a 10 cm. O volume dessa pirâmide
é igual a alternativa b
a) 25 cm3 d) 9 cm3
b) 30 cm3 e) 12 cm3
a) 13 272 c) 39 816 e) 79 432
c) 13 cm3
b) 26 544 d) 53 088

> PARA REFLETIR NÃO ESCREVA


NO LIVRO

Na abertura deste Capítulo, conhecemos a ciência que estuda os cristais, a Cristalografia.


Vimos que os minerais são classificados conforme seu sistema cristalino e possuem configu-
rações geométricas bem claras, que determinam diversas propriedades físicas e químicas do
cristal.
Ainda neste Capítulo, vimos o que são poliedros, estudamos a relação de Euler e compre-
endemos os critérios para que um poliedro seja de Platão.
Em seguida, foi dada maior ênfase aos prismas e às pirâmides e à determinação das áreas
e dos volumes desses sólidos geométricos.
Conhecemos o trabalho do artista Amilcar de Castro, que usa a Geometria para criar
formas tridimensionais bastante inusitadas.
Vamos refletir sobre as aprendizagens deste Capítulo:
• Você conhecia a relação de Euler, a igualdade que relaciona a quantidade de vértices, arestas
e faces de um poliedro?
• Você sabia que existem apenas cinco classes para os poliedros de Platão?
• Como você diferencia um prisma de uma pirâmide?
• O estudo das áreas e dos volumes dos paralelepípedos é bastante explorado pela indústria
de embalagens. Explique por quê.
• O teorema de Pitágoras, tema abordado no Ensino Fundamental – Anos Finais, é muito
utilizado no estudo da Geometria espacial. Cite um exemplo, envolvendo pirâmides, no
qual seja necessário utilizar esse teorema.
• Outros artistas brasileiros, como Lygia Clark e Franz Weissmann, também têm como base
do seu trabalho a Geometria. Faça uma pesquisa sobre eles. Respostas pessoais.

107

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CAPÍTULO

>
4
A BNCC NESTE CAPÍTULO:
Corpos redondos
Observe essas formas sinuosas do Centro Cultural Internacional
Oscar Niemeyer, o equilíbrio dessa construção, as simetrias, o modo
• Competências gerais
da BNCC: 1, 2, 4 e 10 como a luz é refletida, tudo isso projetado pelo arquiteto brasileiro
• Competências específicas
Oscar Niemeyer (1907-2012), cujas obras são mundialmente conheci-
e habilidades da área das em razão das curvas e da representação moderna explorando
de Matemática e suas formas arredondadas. Aliás, esse é o assunto da vez!
Tecnologias: Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro e se formou arquiteto pela
• Competência específica 2: Escola Nacional de Belas Artes, em 1934. Viajou pelo mundo e
EM13MAT201
projetou construções importantes, como o Palácio do Congresso
• Competência específica 3:
Nacional, o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada (todos em
EM13MAT309
Brasília), o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Rio de
• Competência específica 4:
EM13MAT405 Janeiro), o Conjunto Copan e o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez,
• Competência específica 5: popularmente chamado de Oca (ambos em São Paulo), a Estação
EM13MAT504 e Cabo Branco (Paraíba), o Conjunto Arquitetônico da Pampulha
EM13MAT509 (Minas Gerais), entre outras obras nacionais e internacionais.
• Competências específicas O que vemos nas construções projetadas por Niemeyer é a
da área de Ciências presença marcante das curvas e dos formatos arredondados. O
da Natureza e suas arquiteto explorou essas formas para alcançar o equilíbrio dessas
Tecnologias:
imensas construções. Parece até que algumas partes flutuam,
• Competência específica 1
mesmo compostas por toneladas de concreto.
• Competência específica 3
Fonte dos dados: FUNDAÇÃO OSCAR NIEMEYER. Disponível em: http://www.niemeyer.org.br.
O texto na íntegra das Acesso em: 11 ago. 2020.
competências gerais,
competências específicas e
habilidades da BNCC citadas
encontra-se ao final do livro.
ANA DEL CASTILLO/SHUTTERSTOCK.COM

108
HNK/SHUTTERSTOCK.COM
NÃO ESCREVA
Agora reúna-se a um colega, e façam o que se pede em cada item. NO LIVRO
Ver as Orientações para o professor.
1. Você já ouviu falar de Oscar Niemeyer? Conhece alguma de suas obras?
2. Façam uma pesquisa sobre uma das construções citadas no texto. Elaborem uma ficha
contendo as seguintes informações: ano de inauguração da construção, local e utilização
do espaço (se é um museu, um prédio residencial etc.).
3. Observe a imagem e descreva as formas geométricas que você identifica.

■ Centro Cultural
Internacional Oscar
Niemeyer, localizado
em Astúrias, Espanha.
Fotografia de 2019.

109

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C04-108-151-LA-G21.indd 109 14/09/20 18:11


Introdução
No Capítulo anterior, estudamos os sólidos geométricos chamados de poliedros.
Neste Capítulo, iremos estudar os sólidos geométricos que têm pelo menos uma parte
de sua superfície curva, denominados corpos redondos: cilindro, cone e esfera.
Diversos objetos que utilizamos no dia a dia apresentam formas arredondadas,
como copos, panelas, entre outros. Na arquitetura, também observamos formas
arredondadas, como nas construções. Na indústria, os tanques de gás natural têm
o formato esférico, modelo mais recomendado para esse tipo de produto.
TTERSTOCK.COM

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS; HNK/SHUTTERSTOCK.COM


K.COM; HNK/SHU
TO/SHUTTERSTOC
CINTHIA_MSPEIXO

■ A Catedral Basílica Menor Nossa Senhora ■ Estação de tratamento de água no Rio de


da Glória, também conhecida como Janeiro (RJ). Alguns reservatórios dessas
Catedral de Maringá, localizada em estações possuem formato cilíndrico. A.PAES/SHUTTERSTOCK.COM

Maringá (PR), lembra o formato de um Fotografia de 2015.


cone. Fotografia de 2019.

■ Depósito de gás liquefeito de


petróleo (GLP) em refinaria de
Coari (AM). Fotografia de 2006.

110

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Cilindro
Dados dois planos paralelos a e b, um círculo C de centro O e raio r contido em a e uma reta
t secante aos planos a e b que não intersecta C, a figura geométrica formada pela reunião de
todos os segmentos de reta paralelos à reta t, com uma extremidade em um ponto do círculo C
e a outra no plano b, é denominada cilindro circular ou simplesmente cilindro.
t
t

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


b b

O r
C C
a a

Considerando o cilindro representado na figura a seguir, destacamos os seguintes elementos:


• bases: são os círculos de raio r e centros O e O’ situados nos planos paralelos a e b, respectivamente;
• raio da base: é o raio do círculo C;
• altura: é a distância entre os planos paralelos a e b, cuja medida indicaremos por h;
• eixo: é a reta OO’ que contém os centros das bases;
• geratrizes: são os segmentos de reta paralelos ao eixo e cujas extremidades são pontos das
circunferências das bases, cuja medida indicaremos por g.

base
O' r '
b
geratriz (g) altura (h)

base O r
C
a
eixo

De acordo com a inclinação das geratrizes em relação aos planos das bases, os cilindros
podem ser oblíquos ou retos.

O' O'

g h g=h

O O
Cilindro oblíquo Cilindro reto

Um cilindro é oblíquo quando as geratrizes são oblíquas aos planos das bases e é reto quando
as geratrizes são perpendiculares aos planos das bases.

111

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Um cilindro reto também pode ser obtido pela rotação completa de
um retângulo de lados de medidas r e g em torno do eixo OO’. Assim, o
cilindro reto também é denominado cilindro de revolução.

O'
O'

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


g g=h

O O r
r

Secções de um cilindro
secção A secção obtida pela intersecção de um cilindro com um plano para-
transversal lelo às suas bases é denominada secção transversal do cilindro.
A secção obtida pela intersecção de um cilindro com um plano que
contém seu eixo é denominada secção meridiana do cilindro.
A secção meridiana de um cilindro reto é um retângulo de dimen-
sões 2r (medida do diâmetro das bases do cilindro) e h (medida da altura
do cilindro).

PENSE E A 2r B
RESPONDA O' B
A
A secção meridiana
Observe a imagem
do cilindro h
anterior e responda:
qual figura
geométrica plana é
O C D
determinada pela C secção meridiana
secção transversal do D
cilindro?
Se a medida da altura do cilindro for igual à medida do diâmetro
A secção transversal é um
círculo congruente às bases. da base, ou seja, h = 2r, então a secção meridiana é um quadrado e o
cilindro é chamado de cilindro equilátero.

O'
VITALY SOSNOVSKIY/SHUTTERSTOCK.COM

secção h = 2r
meridiana
O do cilindro

2r

112

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Área da superfície de
um cilindro reto
Vamos planificar a superfície de um cilindro reto de altura medindo
h e raio da base r para determinar a área da sua superfície.
base

r
superfície lateral
r
EDITORIA DE ARTE

C = 2pr
h h

r
PENSE E
RESPONDA
r
base Observando a imagem
dada anteriormente
e considerando
A superfície total de um cilindro reto é formada pela superfície
as fórmulas
lateral e pela superfície das duas bases circulares. Como podemos apresentadas ao
observar pela planificação, a área dessa superfície é a área do retângulo lado, determine
de dimensões 2pr e h mais as áreas das bases, cada uma delas com área uma fórmula para

VITALY SOSNOVSKIY/SHUTTERSTOCK.COM
equivalente à área de um círculo de raio r. obter a área total
Assim, temos: da superfície de
um cilindro reto
• área da base (Sb): • área lateral (Sl): relacionando o raio e
a altura do cilindro.
Sb = pr 2 Sl = 2prh
St = 2pr(h + r)

Volume de um cilindro
CHINGYUNSONG/SHUTTERSTOCK.COM
Considere a situação a seguir.
Em um treinamento do Corpo de Bombeiros,
uma mangueira acoplada a um caminhão foi
esticada e completamente preenchida com água
para testes, formando um cilindro reto. Para o
planejamento de futuras ações, deseja-se saber
o volume de água necessário para preencher o
interior dessa mangueira.
Para responder a questões como essa, é
necessário calcular o volume do cilindro, o
que veremos a seguir como fazer.
■ Bombeiro conectando uma man-
gueira cilíndrica ao caminhão.

113

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Considere um cilindro e um prisma com mesma altura h e bases de áreas iguais a Sb contidas
em um plano a.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


b h

As bases têm áreas iguais e valem Sb.

Qualquer plano b paralelo às bases e que intersecte os dois sólidos determina neles secções
transversais congruentes às respectivas bases. Como as áreas das bases do cilindro e do prisma
são iguais e valem Sb, então as secções transversais também têm área igual a Sb.
Portanto, pelo princípio de Cavalieri, concluímos que calcular o volume
r do cilindro é equivalente a calcular o volume do prisma.
Como o volume do prisma é dado pelo produto da área da base pela medida
h da altura, então o volume do cilindro também o será, e podemos escrever:
volume do cilindro = (área da base) ? (medida da altura)
Em um cilindro circular reto de raio r, a área da base é dada por Sb = pr 2.
Portanto, o volume do cilindro é dado por:
V = Sb ? h h V = pr 2h

> FÓRUM NÃO ESCREVA


NO LIVRO

Economia de água
É sabido da importância de se economizar água. Uma pessoa com bons hábitos de
consumo consegue economizar cerca de 40 litros de água por dia! No entanto, a responsabi-
lidade por mudança nos hábitos de consumo dos recursos hídricos não deve partir somente
dos indivíduos, mas também de todos os setores da economia.
Por exemplo, em 2018, foi divulgada uma pesquisa pelo IBGE que apontou que, em 2015,
o setor agropecuário foi o setor da economia que teve o pior desempenho na utilização de
água: para cada 1 real de riqueza gerada, foram gastos 91,58 litros de água. Para se ter uma
ideia, o setor agropecuário gerou, em 2015, R$ 263,6 bilhões de riqueza.
Fontes dos dados: COSTA, D. Saiba quais setores da economia são menos eficientes no uso da água. O Globo, 16 mar. 2018. Disponível em:
ANANALINE/SHUTTERSTOCK.COM

https://oglobo.globo.com/economia/saiba-quais-setores-da-economia-sao-menos-eficientes-no-uso-da-agua-22496692.
Acesso em: 5 ago. 2020. PIB da agropecuária tem alta de 1,8% em 2015. Revista Safra, 4 mar. 2016. Disponível em:
http://revistasafra.com.br/pib-da-agropecuaria-tem-alta-de-18-em-2015/. Acesso em: 5 ago. 2020.

• Junte-se a seus colegas, e debatam sobre a questão da economia dos recursos naturais e a respeito
do alcance, do impacto e da responsabilidade de cada pessoa e de cada instituição. Debatam,
também, sobre como lidar com o seguinte dado: a agropecuária é um dos setores que mais geram
riqueza no país, mas também é um dos que mais consomem recursos naturais. Como equilibrar
essa situação? Resposta pessoal.

114
> ATIVIDADES RESOLVIDAS

1. Uma lata tem o formato cilíndrico reta, com 2. Calcule a área total do sólido obtido pela rota-
as medidas indicadas na figura. Nessas con- ção completa de um retângulo de dimensões
dições, responda: 4 cm e 12 cm em torno do lado:
5 cm a) menor; b) maior.
Resolução
12 cm a) O sólido obtido nesse caso é um cilindro
reto de raio da base 12 cm e altura 4 cm.

4
a) Qual é a quantidade mínima de papel, em
12
cm2, necessária para cobrir a superfície la-
teral dessa lata?
St = 2pr(h + r) h
b) Qual é a área total da superfície dessa lata?
h St = 2p ? 12 (4 + 12) h St = 384p
Use p = 3,14.
Portanto, St = 384p cm2.
Resolução b) O sólido obtido nesse caso é um cilindro
Planificando a superfície do cilindro, temos: reto de raio da base 4 cm e altura 12 cm.
5 Assim:
2 ? p ? 5 = 10p

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


12 12

5 4

St = 2p ∙ 4(12 + 4) h St = 128p
a) Área lateral (Sl): Portanto, St = 128p cm2.
Sl = 10p ? 12 = 120p h Sl = 120p cm2
3. Um líquido que ocupa uma altura de 10 cm em
Considerando p = 3,14, temos: determinado recipiente cilíndrico será transfe-
Sl = 120 ? 3,14 = 376,8 rido para outro recipiente, também cilíndrico,
A quantidade mínima de papel é 376,8 cm2. com diâmetro duas vezes maior do que o pri-
b) Área total (St): meiro. Qual será a altura ocupada pelo líquido
nesse segundo recipiente?
St = Sl + 2 ? Sb = 376,8 + 2 ∙ (p52) = 376,8 +
+ 50p = 376,8 + 50 ? 3,14 = 533,8 h Resolução
h St = 533,8 cm2 Vamos indicar o volume de líquido no primei-
ro recipiente por V1, e, no segundo, por V2.
Podemos também calcular diretamente
pela fórmula V1 = pr2h e V2 = pR2H

St = 2pr(h + r) h St = 2 ? p ? 5 ? (12 + 5) = Do enunciado: R = 2r e h = 10 cm.


= 10p ? 17 Como o volume de líquido é o mesmo:
V1 = V2 h pr2h = p(2r)2H
St = 170 ? (3,14) = 533,8 h St = 533,8 cm2 h 10
Portanto, a área total da superfície da lata r2h = 4r2H h H = = = 2,5
4 4
é 533,8 cm2. Portanto, H = 2,5 cm.

115

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. Um cilindro reto tem altura igual a 5 cm e raio 7. Em um cilindro equilátero, a área da secção
da base medindo 6 cm. Determine: meridiana vale 400 cm2. Calcule:
a) área da base; 36p cm2 c) área total. 132p cm2 a) a altura do cilindro; 20 cm
b) área lateral; 60p cm2 b) a área total da superfície do cilindro. 600p cm2
2. Determine a área lateral de um cilindro cujo 8. (UEMG) Uma empresa de produtos de lim-
perímetro da base é 62,8 cm e cuja altura é a peza deseja fabricar uma embalagem com
metade do raio da base. Adote p = 3,14. 314 cm2 tampa para seu produto. Foram apresentados
3. Da rotação completa de um retângulo de di- dois tipos de embalagens com volumes iguais.
mensões 5 cm e 9 cm obtém-se um cilindro A primeira é um cilindro de raio da base igual a
reto cuja área da base é 25p cm2. Calcule a 2 cm e altura igual a 10 cm; e a segunda, um pa-
área total desse cilindro. 140p cm2 ralelepípedo de dimensões iguais a 4 cm, 5 cm
e 6 cm. O metro quadrado do material utilizado
4. A área lateral de um cilindro é 20p cm2. Se na fabricação das embalagens custa R$ 25,00.
o raio da base mede 5 cm, calcule a altura h Considerando-se p = 3, o valor da embalagem
desse cilindro. 2 cm que terá o menor custo será: alternativa a
5. (UFG-GO) A figura a seguir representa uma a) R$ 0,36 c) R$ 0,54
moeda semelhante à de vinte e cinco centa- b) R$ 0,27 d) R$ 0,41
vos de real, com 20 mm de diâmetro e 3 mm
de espessura.
9. (Enem/MEC) Um artesão possui potes cilíndri-
cos de tinta cujas medidas externas são 4 cm
de diâmetro e 6 cm de altura. Ele pretende
adquirir caixas organizadoras para armazenar
EDITORIA DE ARTE

seus potes de tinta, empilhados verticalmente


com tampas voltadas para cima, de forma que
as caixas possam ser fechadas.
No mercado, existem cinco opções de caixas
organizadoras, com tampa, em formato de
Em cada face circular da moeda está inscri- paralelepípedo reto retângulo, vendidas pelo
to um prisma heptagonal regular, em baixo mesmo preço, possuindo as seguintes dimen-
relevo, com 1 mm de profundidade. Apenas sões internas: alternativa d
uma das faces está visível na figura, mas a
Comprimento Largura Altura
outra face é idêntica a ela. Após a fabricação, Modelo
(cm) (cm) (cm)
a moeda é banhada com uma substância
antioxidante. I 8 8 40
Desconsiderando a existência de inscrições II 8 20 14
e outras figuras na superfície da moeda, cal-
III 18 5 35
cule a área da superfície a ser banhada com
antioxidante. IV 20 12 12
p
Dados: p = 3,14 e sen   = 0,4. 928,4 mm2 V 24 8 14
7 
Qual desses modelos o artesão deve adquirir
6. Quantos centímetros quadrados de folha de para conseguir armazenar o maior número de
flandres são necessários para construir uma
potes por caixa?
lata de óleo, com tampa, no formato de um
a) I c) III e) V
cilindro reto, tendo 8 cm de diâmetro de base
e 18 cm de altura? 176p cm2 b) II d) IV

116

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10. (UFRGS-RS) Considere o sólido obtido pela re- 13. Um cilindro reto tem área lateral de 30p cm2
volução do retângulo ABCD em torno da reta e área total de 80p cm 2 . Determine seu
r, conforme indicado na figura a seguir. volume. 75p cm3
14. (UEG-GO) Em uma festa, um garçom, para ser-
vir refrigerante, utilizou uma jarra no formato
de um cilindro circular reto. Durante o seu
trabalho, percebeu que com a jarra comple-
tamente cheia conseguia encher oito copos
de 300 mL cada. Considerando-se que a altura
da jarra é de 30 cm, então a área interna da
base dessa jarra, em cm2, é: alternativa d
UFRGS

a) 10 c) 60
b) 30 d) 80
O volume do sólido obtido é alternativa d
15. Certo produto de limpeza é vendido em dois
a) 16p. c) 100. e) 100p. recipientes cilíndricos:
b) 84. d) 84p.
(1) lata de raio da base igual a 3,1 cm e altura
11. Considere o sólido composto de dois cilindros 11,6 cm;
retos, conforme indica a figura. Calcule: (2) lata de raio da base igual a 3,1 cm e altura
2 510p cm2
a) a área total da superfície desse sólido. 16,6 cm.
b) o volume total desse sólido. 13 725p cm3 Os preços desse produto são R$ 0,70 e R$ 1,10,
30 cm respectivamente, para as latas (1) e (2).
V1 1 350 cm3; V2 1 500 cm3
a) Calcule os volumes em cada recipiente.
b) Qual das duas embalagens apresenta me-
lhor preço para o consumidor?
A lata (1) apresenta melhor preço para o consumidor.
45 cm
16. (Ulbra-RS) A Gestão Ambiental visa ao uso
de práticas que garantem a conservação e a
preservação da biodiversidade, a reciclagem
EDITORIA DE ARTE

9 cm das matérias-primas e a redução do impacto


ambiental das atividades humanas sobre os
40 cm recursos naturais. Consciente da importância
de reaproveitar sobras de madeira, uma ser-
12. (Enem/MEC) Para resolver o problema de
raria que trabalha apenas com madeira de
abastecimento de água foi decidida, numa
reflorestamento resolveu calcular a sobra de
reunião do condomínio, a construção de uma
madeira na confecção de peças cilíndricas.
nova cisterna. A cisterna atual tem formato ci-
Para confeccionar uma peça cilíndrica, a ser-
líndrico, com 3 m de altura e 2 m de diâme-
raria faz os cortes adequados em um prisma
tro, e estimou-se que a nova cisterna deverá
quadrangular de arestas da base 5 cm e altura
comportar 81 m3 de água, mantendo o formato
0,8 m e obtém um cilindro de 5 cm de diâ-
cilíndrico e a altura da atual. Após a inaugura-
metro e 0,8 m de altura. A sobra de madeira
ção da nova cisterna a antiga será desativada.
na fabricação de mil destas peças é, em cm3
Utilize 3,0 como aproximação para p.
(utilize p = 3,14), a seguinte: alternativa c
Qual deve ser o aumento, em metros, no raio
da cisterna para atingir o volume desejado? a) 4,3 ? 10_5 d) 1 570
a) 0,5 c) 2,0 e) 8,0 b) 430 e) 2 000
b) 1,0 d) 3,5 alternativa c c) 4,3 ? 105

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17. O sólido de madeira indicado na figura é utili- 18. É possível construir caixas-d’água cilíndricas
zado para enrolar cabos telefônicos. usando duas chapas de aço retangulares para
5 cm 5 cm revestimento lateral e duas chapas de aço
quadradas para as bases. As chapas retangu-

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


lares são encurvadas e soldadas e as chapas
quadradas são cortadas em círculos inscritos
e soldadas. Essas chapas são vendidas por
200 reais o metro quadrado.
Elabore um problema no qual seja necessá-
30 cm rio determinar o preço aproximado do gasto
com chapas de aço para construir uma cai-
Os cilindros das extremidades têm 80 cm de xa-d’água de volume acima de 20 mil litros a
diâmetro e o cilindro interno, 20 cm de diâ- partir da altura da caixa-d’água.
metro. Determine o volume de madeira gasto Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos cálculos.
para construir esse sólido. 19 000p cm3 Resposta pessoal.

Cone
Além do cilindro, há outro grupo de corpos redondos, cuja forma pode ser asso-
ciada a objetos do cotidiano, como funis, casquinha de sorvete e cones de trânsito.
Esse tipo de corpo redondo, que é denominado cone, estudaremos a seguir.
Dado um plano a, um círculo C contido em a e um ponto V que não pertence
a a, a figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta que
têm uma extremidade no ponto V e a outra em um ponto do círculo C é denominada
cone circular ou, simplesmente, cone.
V
CHAN
CHAI
HOW

C
HARN

a
/SHU
T TERS
LIPING/SHUTTERSTOCK.COM

TOCK
.C
OM

■ Os cones de trânsito, como o próprio


nome já diz, lembram cones.

118

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Considerando o cone representado na figura a seguir, destacamos os seguintes elementos:
vértice V

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


altura (h)
base

r
O
C
geratriz (g)
a

eixo raio da base

• base: é o círculo C de raio r e centro O situado no plano a;


• eixo: é a reta OV;
• vértice: é o ponto V;
• raio da base: é o raio do círculo C;
• altura: é a distância do ponto V ao plano da base, e indicaremos sua medida por h;
• geratriz: é qualquer segmento de reta cujos extremos são o vértice V e um ponto qualquer
da circunferência da base, e indicaremos sua medida por g.
De acordo com a inclinação do eixo do cone em relação ao plano da base, um cone pode
ser oblíquo ou reto.
Um cone é oblíquo quando seu eixo é oblíquo ao plano da base e é reto quando seu eixo
é perpendicular ao plano da base.

V V

g g
h

O O
Cone oblíquo Cone reto

Um cone circular reto também pode ser obtido pela rotação completa de um triângulo
retângulo em torno do eixo de um dos catetos. Assim, o cone reto também é denominado cone
de revolução.

V V

P r O O

119

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Secções de um cone
PENSE E A secção obtida pela intersecção de um cone com um plano para-
RESPONDA lelo à sua base é denominada secção transversal do cone.
Qual é a forma
secção
geométrica plana transversal

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


determinada pela
secção transversal
de um cone?

A secção transversal de
um cone é um círculo.

A secção obtida pela intersecção de um cone com um plano que


contém seu eixo é denominada secção meridiana do cone.
No cone circular reto, a secção meridiana é um triângulo isósceles
de base 2r e lados congruentes medindo g.

g
h

r B
r O
A

Quando a secção meridiana for um triângulo equilátero, ou seja,


PENSE E g = 2r, o cone é chamado de cone equilátero.
RESPONDA

Observando as figuras V
dos cones retos ao
lado, utilize o  teorema
de Pitágoras no g = 2r
triângulo VBO para h

determinar uma
relação entre as B
r
medidas da geratriz O
r
g, altura h e raio r
A
da base de um cone
circular reto. ■ Cone equilátero
g 2 = h2 + r 2
A relação que você obteve no Pense e Responda é muito impor-
tante na resolução de problemas que tratam de cones.

120

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C04-108-151-LA-G21.indd 120 17/09/20 18:40


Área da superfície de um cone reto
Vamos planificar a superfície de um cone reto de raio da base r e geratriz g para
determinar sua área.
V
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE
g a g

g superfície lateral

r
base

A superfície total do cone é formada pela superfície da base (círculo) mais a


superfície lateral (um setor circular). Assim, temos:
• área da base (Sb): é a área do círculo de raio r.

Sb = pr2

• área lateral (Sl): a área da superfície lateral de um cone corresponde à área de


um setor circular de raio g (geratriz do cone) e arco de comprimento 2pr, que é
o comprimento da circunferência da base do cone. Atenção: o ângulo central do
arco precisa estar em radianos.

superfície lateral
g
■ Setor circular
V a 2pr correspondente à
superfície lateral
g do cone. PENSE E
RESPONDA

Observando as
imagens dadas
Como a área do setor circular é proporcional ao comprimento do anteriormente
arco correspondente, é possível determinar a área da superfície lateral e considerando
(Sl) pela regra de três a seguir: as fórmulas
apresentadas,
comprimento do
área do setor
determine uma
arco do setor fórmula para obter
a área total da
2pg pg2
superfície de um cone
2pr Sl reto relacionando
o raio da base e a
2 p r ? pg 2 geratriz do cone.
2pr ? pg2 = 2pg ? Sl h Sl = h Sl = prg St = pr(g + r)
2 pg

121

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Volume de um cone DA
KIN
YA
/
Considere a situação a seguir. SH
UT
TE
RS
TO
Um doce muito famoso e tradicional no Brasil CK
.CO
M
é o canudinho de doce de leite. Ele consiste em
uma massa fina frita em formato que lembra
um cone que é recheado com doce de leite
cremoso. Exatamente por ser muito famoso,
o dono de uma confeitaria decidiu produzir e
vender esse doce.
■ Cones de sorvete.
Para determinar quanto de doce de leite seria neces-
sário fazer, é preciso responder duas perguntas: quantas unidades de canudinhos ele pretende
produzir por dia e qual a quantidade de doce de leite necessária para preencher cada canudo.
Mas como calcular essa quantidade?
Assim como fizemos para determinar o volume de uma pirâmide, no Capítulo anterior, aplicando
o princípio de Cavalieri, podemos utilizar o mesmo raciocínio para determinar o volume de um cone.
Considere um cone C e uma pirâmide P de mesma altura de medidas h e bases de mesma área
Sb, contidas em um plano horizontal a. Qualquer plano b, paralelo ao plano a, distante h' do vértice
e secante aos sólidos C e P determina duas secções transversais de áreas S1 e S2, respectivamente.

2
S2  h' 
Sabemos que para pirâmides vale a igualdade =   . Prova-se
Sb h
PENSE E
2
que a relação análoga vale também para cones, ou seja, S1 =  h'  .
RESPONDA

Voltando ao problema Sb h


do recheio de doce S1 S2
Logo, = e, portanto, S1 = S2.
de leite, se o dono da Sb Sb
doceria fez 800 mL
de doce de leite, EDITORIA DE ARTE

aproximadamente C P h'
quantos canudos com h
S1 S2
3 cm de diâmetro por b
8 cm de altura ele Sb Sb
poderá preencher?
Saiba que 1 cm3 = 1 mL. a
42 canudos

Assim, pelo princípio de Cavalieri, podemos concluir que o volume da pirâmide P é igual ao
volume do cone C e podemos escrever:
área da base ? altura
Vpirâmide = Vcone =
3

1 1
V= Sb ? h h V = pr 2 ? h
3 3

122

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS

4. Um fabricante resolveu fazer a embalagem Resolução


para um de seus produtos no formato de Primeiro, vamos determinar o raio do cone:
um cone reto, com 8 cm de diâmetro e 12 Sb = 9p cm2 h pr2 = 9p h r2 = 9 h r = 3 h
cm de altura. Qual será a quantidade míni- h r = 3 cm
ma do material utilizado para cobrir toda a Cálculo da altura do cone:
superfície dessa embalagem? Use p = 3,14 e Pelo teorema de Pitágoras, temos:
10 = 3,16. g2 = r2 + h2
(3 10 ) = 32 + h2 h h2 = 90 _ 9 h
2

Resolução
Modelo de embalagem: h h2 = 81 h h = 9 h h = 9 cm
Cálculo do volume do cone:
4 1 1
4
V = pr2 ? h h V = p ? 32 ? 9 h
3 3
h V = 27p h V = 27p cm3
12 g
12 Portanto, o volume do cone é 27p cm3.
6. (UFV-MG) O trapézio retângulo a seguir sofre
Aplicando o teorema de Pitágoras, temos: uma rotação de 360° em torno da base maior.
Sabendo-se que AB = 3 cm, CE = 5 cm e que
g2 = 122 + 42 = 144 + 16 = 160
o volume do sólido obtido é 84p cm3, deter-
g = 160 = 4 10 mine AC.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


g = 4 10 cm A C
Vamos agora determinar a área da base (Sb): 5 cm
3 cm
Sb = pr2 = p ? 42 = 16p h Sb = 16p cm2
Cálculo da área lateral (Sl): B D E
Sl = prg = p ? 4 ? 4 10 = 16 p 10
Resolução
h Sl = 16 p 10 cm2
O volume do cilindro gerado pela rotação do
Cálculo da área total (St):
retângulo ABCD pode ser determinado pela di-
St =Sb +Sl = 16p+ 16 p 10 = 16p 1+ 10 h ( ) ferença entre o volume do sólido e o volume
(
h St = 16p 1+ 10 cm2 ) do cone gerado pela rotação do triângulo CDE.
O triângulo CDE é retângulo em D. Indicando
Como 10 = 3,16, obtemos: a medida de DE por h, aplicamos o teorema
St = 16 ? (3,14) ? (1 + 3,16) = 50,24 ? (4,16) 2 209 de Pitágoras no *CDE e obtemos:
Portanto, a quantidade mínima será de 209 cm2 52 = h2 + 32 h h2 = 16 h h = 4, ou seja,
de material. h = 4 cm.
Cálculo do volume do cone:
5. Em um cone reto, a área da base é 9p cm2 e a 1 1
geratriz mede 3 10 cm. Determine o volume Vcone = pr 2 ? h h Vcone = p ? 32 ? 4 = 12p h
3 3
do cone. h Vcone = 12p cm3
Cálculo do volume do cilindro:
Vcilindro = Vsólido _ Vcone = 84p _ 12p = 72p h
h Vcilindro = 72p cm3
h g = 3 √10 cm Seja a medida AC = x, temos:
Vcilindro = pr2 ? x h 72p = p ? 32 ? x h x = 8 h
h x = 8 cm
r
Portanto, AC = 8 cm.

123

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

19. Um funil de papel no formato de um cone reto 22. A geratriz de um cone equilátero mede 20 cm.
tem 6 cm de diâmetro e 4 cm de altura. Qual Calcule a área da base (Sb) desse cone.2
100p cm
é a área lateral desse funil? (Use p = 3,14.)
Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos
23. Determine a altura de um chapéu de cartoli-
na de formato cônico construído a partir de
cálculos. 47,1 cm2
um setor circular de raio 15 cm e ângulo cen-
20. Considere o triângulo retângulo ABC da figura. tral de 120°. 10 2 cm
C 24.A superfície lateral de um cone circular reto é
feita com uma peça circular de papel de 20 cm
p
de diâmetro cortando-se fora um setor de ra-
5
8 cm dianos. Calcule a altura do cone que tem essa
superfície lateral. 19 cm
25. Uma cooperativa agrícola vai construir um silo
B 6 cm A para armazenamento de cereais em grãos. O silo
terá o formato indicado na figura. O corpo será
Determine a área total do sólido obtido pela
cilíndrico e a base terminará em um funil cônico.
rotação completa do triângulo em torno do
6m
lado:

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


a) AC ; 96p cm2 b) AB . 144p cm2
10 m
21. (UERJ) Uma linha poligonal fechada de três
lados limita um triângulo de perímetro l. Se
ela gira em torno de um de seus lados, gera 4m
uma superfície de área S igual ao produto de l
pelo comprimento da circunferência descrita Para que a superfície desse silo não enferru-
pelo baricentro G da poligonal. je, será necessário pintá-lo externamente. Se
A figura a seguir mostra a linha (ABCA) que dá com uma lata de tinta pode-se pintar 10 m2,
uma volta em torno de BC. qual é o número mínimo de latas para pintar
e a superfície total desse silo? Use p = 3,14.
C Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos
cálculos. 27 latas.
26. É dada a superfície de um cone circular reto
3 cm (sem fundo) de raio R e altura H. Cortando-o
r
G
por uma de suas geratrizes e abrindo tal su-
A perfície, obtém-se um setor circular plano
B
4 cm conforme a figura a seguir.

a) Esboce a figura gerada e indique o cálcu-


lo da área de sua superfície que é igual a a
36p cm2. Ver as Orientações para o professor.
b) Calcule a distância r do baricentro G dessa
linha ao eixo de rotação. H

SAIBA QUE... R

Baricentro é o ponto de encontro das medianas Qual é a relação entre R e H para que o ângulo
de um triângulo (denotado por G). a seja 45°? H = 3 7 R

124

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27. Considere uma pirâmide de base triangular e 33. Uma ampulheta pode ser considerada como
um cone, ambos de mesma altura H, de acor- formada por dois cones retos idênticos, uni-
do com a figura a seguir. dos pelo vértice, inscritos em um cilindro reto.
D E Determine a razão entre o volume de um dos
cones e o volume do cilindro. 1
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

6
34.A medida dos lados de um triângulo equilá-
C
tero ABC é 5 dm. O triângulo gira em torno de
A l B uma reta r do plano do triângulo, paralela ao
lado BC e passando pelo vértice A. Calcule o
A pirâmide ABCD tem como base um triângu- volume do sólido gerado pela rotação desse
lo equilátero ABC de lado l, e o cone, de vér- triângulo. 125p dm3
2
tice E, tem como base um círculo de mesma B r
área que o triângulo ABC.
Supondo que a base da pirâmide de base
triangular e a base do cone estão em um
A
mesmo plano, determine uma fórmula para
calcular o volume do cone de vértice E, rela-
2
cionando a medida de l e de H. V = l H 3
12 C
28. (ITA-SP) As medidas, em metros, do raio da
base, da altura e da geratriz de um cone cir-
cular reto formam, nesta ordem, uma pro- 35. Cisternas são depósitos que captam e armaze-
gressão aritmética de razão 2 metros. Calcule nam água da chuva. São muito utilizadas em re-
a área total deste cone em m2. 96p m2 giões em que há escassez de água e passaram
a ser adotadas também em grandes centros ur-
29. Um cone circular reto tem 3 cm de raio e 15p cm2 banos por causa do racionamento gerado pelos
de área lateral. Calcule seu volume. 12p cm3 baixos níveis de água das represas. Um modelo
30. Considere um triângulo retângulo e isósceles de reservatório muito utilizado é formado por
cuja hipotenusa mede 2 cm. Determine o vo- um cilindro sobreposto por um cone de mesma
lume do sólido obtido pela rotação completa base, como é possível ver na figura.
desse triângulo em torno da hipotenusa. 2 p cm3
3
31. O raio da base de um cone de revolução mede
3 cm, e o perímetro de sua secção meridiana
SELMA CAPARROZ

mede 16 cm. Determine seu volume. 3


12p cm
32. Na figura a seguir, tem-se um recipiente no
formato de um cone circular reto, com um lí-
quido que atinge metade de sua altura. Se V
Uma escola pretende construir uma cisterna
é a capacidade do cone, qual é o volume do
cujo reservatório terá o mesmo formato do
líquido? V’ = V
8 modelo da imagem. Entre as especificações
do projeto, a escola decidiu que a cisterna
deve ter altura máxima de 4 metros e capaci-
dade para armazenar no mínimo 12 mil litros
h e no máximo 24 mil litros de água.
h Elabore um problema envolvendo a constru-
2 ção de uma cisterna que atenda às necessida-
des e condições dessa escola. Resposta pessoal.

125

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> DIÁLOGOS
CONEXÕES
Água: recurso e disponibilidade
Leia o texto a seguir a respeito da água como recurso natural e sua disponibili-
dade no Brasil.

Água: um recurso cada vez mais ameaçado


A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todas as espécies que habitam
a Terra.
[...]
Os alimentos que ingerimos dependem diretamente da água para a sua produção. Necessitamos
da água também para a higiene pessoal, para lavar roupas e utensílios e para a manutenção da
limpeza de nossas habitações. Ela é essencial na produção de energia elétrica, na limpeza das
cidades, na construção de obras, no combate a incêndios e na irrigação de jardins, entre outros.
As indústrias utilizam grandes quantidades de água, seja como matéria-prima, seja na remoção de
impurezas, na geração de vapor e na refrigeração. Dentre todas as nossas atividades, porém, é a
agricultura aquela que mais consome água – cerca de 70% de toda a água consumida no planeta é
utilizada pela irrigação. [...]
[...]
De maneira geral, o Brasil é um país privilegiado quanto ao volume de recursos hídricos, pois
abriga 13,7% da água doce do mundo. Porém, a disponibilidade desses recursos não é uniforme. [...]
mais de 73% da água doce disponível no país encontra-se na bacia Amazônica, que é habitada por
menos de 5% da população. Apenas 27% dos recursos hídricos brasileiros estão disponíveis para
as demais regiões, onde residem 95% da população do país [...]. Não só a disponibilidade de água
não é uniforme, mas a oferta de água tratada reflete os contrastes no desenvolvimento dos Estados
brasileiros. Enquanto na região Sudeste 87,5% dos domicílios são atendidos por rede de distribuição
de água, no Nordeste a porcentagem é de apenas 58,7%.
O Brasil registra também elevado desperdício: de 20% a 60% da água tratada para consumo
IADAMS/SHUTTERSTOCK.COM

se perde na distribuição, dependendo das condições de conservação das redes de abastecimento.


BRASIL. Ministério da Educação. Ministério do Meio Ambiente. Manual de educação para o
consumo sustentável. Brasília, DF: Consumers International/MMA/MEC/IDEC, 2005. p. 26; 28-29.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso em: 7 ago. 2020.

126
NÃO ESCREVA
Agora, faça o que se pede na atividade a seguir. NO LIVRO

1. Como podemos ver, a oferta de água no mundo é escassa (e no Brasil não é diferente),
de modo que precisamos ter uma noção completa de como consumimos esse recur-
so. Pensando nisso, foi criado o conceito de pegada hídrica, que consiste em saber
o volume de água que é utilizada durante todo o processo de produção de um bem
ou de um serviço. Por exemplo, a média global da pegada hídrica para 1 kg de carne
bovina é 15,5 mil litros de água.
Esse conceito foi criado em 2002 e um de seus pioneiros foi o professor neerlandês
Arjen Hoekstra (1967-2019).
Fonte dos dados: EMBRAPA. Contando Ciência na web. Disponível em: https://www.embrapa.br/contando-
ciencia/agua/-/asset_publisher/EljjNRSeHvoC/content/consumo-de-agua-para-producao-
Respostas pessoais. de-um-produto/1355746?inheritRedirect=false. Acesso em: 7 ago. 2020.
a) Em grupo, pesquise mais informações sobre o conceito de pegada hídrica e seu
valor para alguns bens e serviços que vocês consomem normalmente.
b) O que vocês acham desse conceito? De que modo ele pode nos ajudar a econo-
mizar água?
OM
K .C
C
TO
RS
TE
UT
SH
K/
CZY
WA
NO

■ Rio Amazonas, o maior rio


do mundo em volume de
água. Fotografia de 2016.

127
Esfera
SAIBA QUE... Muitos objetos e construções que vemos em nosso cotidiano possuem
O planeta Terra tem, formatos que lembram esferas ou partes de uma esfera. Apesar de não
por definição, a forma constituírem rigorosamente esferas, possuem um formato muito próximo
de um geoide, que tem ao delas e, por isso, para alguns cálculos, pode-se tratar esses objetos
a superfície irregular. como esferas e é isso, inclusive, que faremos aqui.
Uma bola de futebol é um exemplo de um objeto com formato
muito próximo ao de uma esfera, mas que não constitui rigorosamente
P uma esfera. A própria Terra, como sabemos, é muito parecida com
r uma esfera quando observada à distância, mas por vários motivos,
EDITORIA DE ARTE

O como o fato de ser achatada nos polos, não possui o formato de


uma esfera.
Vamos considerar um ponto O e um número real r positivo como
indicado na figura.
O conjunto de todos os pontos P do espaço, cuja distância ao ponto
O é igual a r, é denominado superfície esférica de centro O e raio r.
O sólido limitado por uma superfície esférica chama-se esfera.
Dessa maneira, a esfera de centro O e raio r é o conjunto dos pontos
do espaço cuja distância ao ponto O é menor ou igual a r.
De modo bastante simples, podemos dizer que a superfície esférica
é a "casca", enquanto a esfera é a reunião da "casca" com o "miolo".
As denominações centro e raio são aplicadas indiferentemente a
uma superfície esférica ou à esfera por ela limitada.

■ Domo da Rocha, parte


do Santuário Nobre,
ou Monte do Templo
(nome dado por
muçulmanos e judeus,
respectivamente),
onde também está
localizada a Mesquita de
Al Aqsa, em Jerusalém.
Fotografia de 2020.
DMITRIY FELDMAN SVARSHIK/
SHUTTERSTOCK.COM

128

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C04-108-151-LA-G21.indd 128 17/09/20 18:41


Dada uma esfera, destacamos os seguintes elementos:
• eixo: é qualquer reta que contém o centro da esfera, e indicamos
por e;
• polos: são os pontos de intersecção da superfície esférica com o eixo
e, e indicamos por P1 e P2;
• equador: é a circunferência de uma secção obtida por um plano per-
pendicular ao eixo e e que passa pelo centro da esfera;
• paralelo: é a circunferência de uma secção obtida por um plano per-
pendicular ao eixo e. É, portanto, paralelo ao equador;
• meridiano: é a circunferência de uma secção obtida por um plano
que contém o eixo e.
e
polo P1
meridiano
paralelo

r O equador

polo P2

Os círculos obtidos pela intersecção da esfera com um plano que SAIBA QUE...
passa pelo centro O são chamados círculos máximos.
Os mesmos
Fixado um eixo e, o equador é um particular círculo máximo que elementos da esfera
divide a esfera em duas partes iguais chamadas de hemisférios. foram adotados para
hemisfério dividir a Terra. Ela
é dividida em dois
círculo máximo hemisférios (Norte
O e Sul), a partir da
linha do equador,
que corresponde à

3D_KOT/SHUTTERSTOCK.COM
uma circunferência
hemisfério
máxima do planeta,
medindo 40 075 km.
A esfera também pode ser obtida pela rotação completa de um
semicírculo em torno de um eixo que contém seu diâmetro. Por isso, o
eixo e também é chamado de eixo de rotação.
e e

A A
A
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

r r
O r O O

B B B

129

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Volume de uma esfera
Rolamentos são peças utilizadas em máquinas
para reduzir o atrito entre partes móveis. O rola-
mento pode ficar preso a uma superfície fixa,
permitindo que um eixo acoplado na parte
interna gire livremente, ou ele pode ficar com
a parte interna presa a um eixo fixo e permitir
que a parte externa gire livremente.
O rolamento mais utilizado é o de esferas,
formado por um anel externo, um anel interno,
várias esferas (que são as principais responsá-
veis pelo movimento com baixo atrito) e uma
gaiola que mantém as esferas em seus lugares.
Além disso, o rolamento recebe uma lubrificação
e, por fim, é blindado para evitar o acúmulo de pó
em seu interior.
FE
DO
RO Cada peça que compõe o rolamento é, em geral,
VI
feita de aço, de modo que é preciso fundi-lo para
VA
N
SE
RG
EE
VI
CH
/S
HU
colocá-lo em uma forma. Para saber quanto de aço irá
TT
ER
ST
OC
nas formas das esferas, é necessário determinar o volume
K .C
OM dessas esferas. E como fazemos isso?
■ O rolamento de
Para calcular o volume de uma esfera de raio r, vamos utilizar o
esferas é o mais princípio de Cavalieri. Considere um cilindro equilátero de altura 2r e raio
conhecido e da base r. Retirando dois cones circulares retos, de altura r e raio da base
utilizado de todos. r, cujas bases coincidem com as bases desse cilindro, obtemos o sólido A,
representado na figura a seguir na cor laranja.

S 2r
EDITORIA DE ARTE

■ Sólido A
O volume do sólido A é igual à diferença entre o volume do cilindro
equilátero e os volumes dos dois cones circulares retos, ou seja:
WAJ/SHUTTERSTOCK.COM

1 2 2 3 4 3
VA = Vcilindro _ 2Vcone = pr2 ? 2r _ 2 ? pr ? r = 2pr3 _ pr = pr
3 3 3

130

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Agora, vamos considerar uma esfera E de raio r e o sólido A, apoiados em um
mesmo plano a, conforme mostra a figura a seguir.
A
E

r C
O 2r
r
r
a

Considere também um plano b paralelo a a que secciona a esfera E e o sólido A


a uma distância d do centro da esfera O, como mostra a figura a seguir.
A
E

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


C
O
r d
d d
R
b
a

O plano b determina um círculo na esfera E, cujo raio indicaremos por R. Pelo


teorema de Pitágoras, temos:
r2 = R2 + d2 h R2 = r2 _ d2
Assim, a área S1 do círculo é dada por:
S1 = pR2 = p(r2 _ d2) I
A secção determinada pelo plano b no sólido A é uma coroa circular de raios r
e d e sua área S2 é dada por:
S2 = p(r2 _ d2) II
Assim, comparando I e II , verificamos que a área da secção plana da esfera
E (círculo) é igual à área da secção plana do sólido A (coroa circular).
Pelo princípio de Cavalieri, a esfera E tem o mesmo volume que o sólido A e,
4 3
portanto, o volume V da esfera é dado por: V = pr
3
PARA
TACIO PHILIP SANSONOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM

OUVIR

MATEMÁTICA das esferas. Campinas: Unicamp. Podcast. Disponível em: https://m3.ime.


unicamp.br/recursos/1272. Acesso em: 8 ago. 2020.
Você imagina quantas moedas de 1 real são necessárias para recobrir uma quadra de
vôlei? E quantas laranjas podem preencher o espaço de uma sala de aula? Ouça o podcast
Matemática das esferas e surpreenda-se.

131
> ATIVIDADES RESOLVIDAS

7. Um silo tem o formato de um cilindro circular 8. Para medir o diâmetro de uma esfera maciça,
reto (com fundo) sob uma semiesfera, como João utilizou a seguinte estratégia: colocou
na figura. Determine o volume desse silo, sa- certa quantidade de água em um cilindro de
bendo que o raio do cilindro mede 2 m e que raio 10 cm e altura 20 cm. Em seguida, mergu-
a altura do silo mede 8 m. lhou a esfera na água, de modo que ela ficou
totalmente submersa. Ele, então, verificou que
a altura da água no cilindro subiu 2 cm. Assim,

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


pôde determinar o diâmetro da esfera. Qual é
esse diâmetro?
Resolução
10 cm 10 cm
10 cm
Resolução 2 cm
2 cm
O volume do silo é igual à soma dos volumes
de uma semiesfera de raio 2 m e de um cilin-
dro de raio 2 m e altura 6 m. Sem Com
a esfera a esfera
2m
A estratégia de João é correta, pois o volu-
me de água deslocada (e conhecida, pois se
6m trata de um cilindro) é equivalente ao volu-
me da esfera.
O volume de água deslocada corresponde ao
4 volume de um cilindro de raio 10 cm e altura
? p? 23 16 p 2 cm.
Vsemiesfera = 3 = m3
2 3 Vdeslocado = pr2 ? h = p ? 102 ? 2 = 200p cm3
4
Vcilindro = p ? 22 ? 6 = 24p m3 Vesfera = pR3 = 200p h R = 3 150 cm
3
16 p 88 88 p 3 O diâmetro é igual a 2 ∙ 3 150 cm, aproxima-
Logo: Vsilo = + 24 p = p h Vsilo = m
3 3 3 damente 10,6 cm.

> ATIVIDADES NÃO ESCREVA


NO LIVRO

36. Calcule, aproximadamente, a capacidade em 37. O recipiente da imagem é uma semiesfera de


mililitros do recipiente indicado na figura. madeira cuja densidade é 0,7 g/cm3 e raios
Adote p = 3,14. internos e externos conforme a indicação.
Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos Calcule sua massa em quilogramas. 4,52 kg
cálculos. 3 334,68 mL
6 cm
17 cm
10 cm cilindro 20 cm

esfera

18 cm

132

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38. Um reservatório no formato de uma semies- 42. (PUC-RS) A região R da figura está limitada por
fera tem 18 m de diâmetro. Qual é o volume três semicírculos.
de água que cabe nesse reservatório? 486p m3 y
R
39. (Unifesp-SP) Um recipiente, contendo água,

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


tem a forma de um cilindro circular reto de
altura h = 50 cm e raio r = 15 cm.

_2 _1 0 1 2 x

h Sabendo que R efetua uma volta completa em


água torno do eixo x, calcule o volume do sólido
gerado. 8p
r 43. Em uma festa de arrecadação de fundos em
uma escola, os pais de uma estudante resol-
Este recipiente contém 1 litro de água a menos veram fazer brigadeiros para vender durante
que sua capacidade total. a festa. Solicitando ajuda à filha, pediram a ela
a) Calcule o volume de água contido no cilin- que confeccionasse caixinhas de papel-cartão
dro (use p = 3,14). 34,325 L para colocar cada um dos brigadeiros. As cai-
b) Qual deve ser o raio R de uma esfera de xinhas confeccionadas deveriam ter formato
ferro que, introduzida no cilindro e to- cúbico, com todas as faces coladas, com ex-
talmente submersa, faça transbordarem ceção da tampa. Antes de ser armazenado
exatamente 2 litros de água? 8,95 cm na caixinha, o brigadeiro é colocado em uma
forminha de formato cilíndrico, de modo que
40.Uma esfera está inscrita em um cilindro equi- metade do doce, de formato esférico, fique
látero de raio a. Qual é a razão entre o volume para fora da forminha.
V1 da esfera e o volume V2 do cilindro? 2
3
41. Uma casquinha de sorvete, no formato de 2 cm
cone, tem 3 cm de diâmetro e 6 cm de pro- 4 cm
fundidade. Depois de totalmente preenchi-
da, ainda é adicionada meia bola de sorvete,
conforme a imagem.
Já o recipiente cilíndrico que armazena o 4 cm
sorvete possui 18 cm de diâmetro e 5 cm de Forme pequenos grupos com seus colegas
altura. e, juntos, respondam às questões a seguir.
Para todas as situações necessárias, consi-
derem p = 3,14.
Utilizem a calculadora para auxiliá-los nos
cálculos.
a) Qual é o volume, aproximado, de cada
brigadeiro? aproximadamente 33,49 cm3
b) Qual é a capacidade aproximada das formi-
■ Casquinha cônica com ■ Recipiente nhas de formato cilíndrico? 25,12 cm3
meia bola de sorvete. contendo sorvete. c) Sabendo que cada folha de papel-cartão
tem 50 x 70 centímetros, quantas caixi-
Determine o número de casquinhas que
nhas de aresta igual a 4 cm poderão ser
podem ser servidas com o sorvete armazena-
confeccionadas?
do em um recipiente cheio. 60 casquinhas 36 caixinhas.

133

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Área de uma superfície esférica
Agora que já aprendemos como determinar o volume de uma esfera, vamos usar
esse resultado para verificar o cálculo da área de uma superfície esférica.
Uma esfera pode ser imaginada como a reunião de vários sólidos, parecidos com
"pirâmides", de vértices em C (centro da esfera), como representado na figura a seguir.
área da base de
uma das pirâmides: Si
EDITORIA DE ARTE

C
r

De fato, esses sólidos não são verdadeiramente pirâmides, pois a "base" de cada
sólido é uma superfície arredondada. Entretanto, vê-se que, quantos mais sólidos
considerarmos, mais a base deixa de ser arredondada e se torna mais plana, se
aproximando, assim, da forma de uma pirâmide.
A altura de cada "pirâmide" é o raio r da esfera.
Considere uma esfera de centro C decomposta em uma quantidade de n sólidos
parecidos com pirâmides cujos vértices se encontram no centro da esfera.
Desse modo, a superfície esférica fica dividida em n "polígonos", bases das
pirâmides, cujas áreas chamaremos de S1, S2, S3, ..., Sn. Para n muito grande, cada
"polígono" tem área e perímetro muito pequenos e a soma das áreas de todos esses
polígonos se aproxima da área da superfície esférica S:
S1 + S2 + S3 + ... + Sn 1 S I
Além disso, quanto maior for o número n, mais a soma dos volumes de todas
essas "pirâmides" se aproxima do volume da esfera. O volume de uma pirâmide é
1
dado por Vpirâmide = S ? h e, sendo h = r (raio da esfera) e Sb = Si, que é a área
3 b
do i-ésimo polígono, podemos escrever o volume da i-ésima pirâmide como
1
Vi = Si ⋅ r , i = 1, 2, ..., n.
3
Assim, se V é o volume da esfera, para n muito grande, temos:
V 1 V1 + V2 + V3 + ... + Vn
S ?r S ?r S ?r S ?r 1
V 1 1 + 2 + 3 + ... + n = ? r(S1 + S2 + S3 + ... + Sn) II
3 3 3 3 3
Substituindo I em II :
1
V1 S?r
3
4 pr 3 4 pr 3 1
Logo, como V = , temos: 1 S ? r h S 1 4pr2
3 3 3
Vimos que, quanto maior for o número n, mais S se aproxima de 4πr 2 . Logo,
fazendo n tender ao infinito, obtemos a igualdade S = 4pr2.

134

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Secção de uma esfera
Ao seccionar uma esfera por um plano a, a intersecção entre o plano e a esfera é um círculo,
como representado na figura a seguir.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


centro da
esfera O

secção
da esfera

Quando o plano passa pelo ponto O (centro da esfera), como já vimos, o círculo obtido é
chamado de círculo máximo.

> ATIVIDADES RESOLVIDAS


9. A professora Cristina produziu com os estu- Resolução
dantes de sua turma da pré-escola enfeites de a) Cálculo do raio da esfera:
Natal no formato de esferas, com 12 cm de diâ- S = 676p h 4pr2 = 676p h r2 = 169
metro cada uma. Para pintar a superfície des- Como r é positivo, temos r = 13.
sas esferas, ela dispõe de uma latinha de tinta, Portanto, o raio da esfera é r = 13 cm.
na qual o fabricante afirma ser possível pintar b) Cálculo do volume:
até 5 m2 de superfície com esse conteúdo. 4 4 8 788
V = pr3 h V = p ? 133 h V = p,
Nessas condições, qual é o número má- 3 3 3
ximo de enfeites que a turma de Cristina 8 788
ou seja, V = p cm3
poderá pintar? 3 8 788
Portanto, o volume da esfera é V = p cm3.
Resolução 3
12 11. Uma esfera de raio 8 cm é seccionada por um
Em cada esfera: r = h r = 6 cm. plano distante 5 cm de seu centro. Calcule o
2
Sesfera = 4pr2 = 4 ? p ? 62 raio do círculo encontrado pela secção.
Sesfera = 144p cm2 Resolução
A intersecção do plano a com a esfera deter-
Considerando p = 3,14, temos:
mina a secção indicada na figura.
Sesfera = 452,16 cm2. secção
Como é possível pintar até 5 m2 (50 000 cm2) A
B r
50 000 a
com a latinha de tinta, temos: 1 110,58 5 cm 8 cm
452,16 O
Portanto, a turma da professora Cristina pode-
rá pintar até 110 enfeites.

10. Uma esfera cuja superfície tem área igual a Do triângulo retângulo OBA:
82 = 52 + r2 h 64 = 25 + r2 h r2 = 39
676p cm2. Nessas condições, determine:
Como r é positivo, r = 39 cm.
a) a medida do raio da esfera;
Portanto, o raio do círculo encontrado pela
b) o volume da esfera. secção é 39 cm.

135

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

44.Sabendo que a área de uma superfície esférica 50. Uma esfera é seccionada por um plano a dis-
é 8p cm , calcule o raio da esfera. 2 cm
2
tante 12 cm do centro da esfera. O raio da sec-
ção obtida é 9 cm. Calcule o volume da esfera.
45. Um plano a secciona uma esfera de raio 20 cm. 4 500p cm3
A distância do centro da esfera ao plano a é 51. Uma igreja possui uma cúpula abobadada
12 cm. Calcule a área da secção obtida. 2 com formato externo de uma semiesfera de
256p cm diâmetro medindo 12 metros.
46. Qual é a área total da superfície esférica gera-
da pela rotação completa do semicírculo da
figura em torno de seu diâmetro AB? 100p cm2

OPIS ZAGREB/SHUTTERSTOCK.COM
AO = 5 cm

A O B

47. Supondo que a Terra seja uma esfera perfeita,


e sabendo que seu raio é de aproximadamen- ■Diversos templos religiosos possuem abóbadas
te 6 400 km, determine: (ou domos) no formato semiesférico. Um dos
mais famosos é o da Basílica de São Pedro, no
a) a área total da superfície terrestre (use p = 3);
491 520 000 km2 Vaticano. Fotografia de 2019.
b) o valor percentual que ocupa o continente Para evitar vazamentos será aplicado externa-
americano, cuja área é de 42 215 000 km2, mente uma manta asfáltica apenas na região
em relação à superfície total da Terra. da abóbada. A empresa que instala a manta
Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos cálculos. asfáltica cobra R$ 120,00 por metro quadrado
aproximadamente 8,59%
48.Chamamos de fuso esférico a superfície ge- para a instalação da manta. Qual será o valor
rada pela rotação, por um ângulo de medida da instalação da manta asfáltica nessa abóba-
a (0° , a < 360°), de uma semicircunferência da? Considere p = 3,14. R$ 27.129,60
de raio r em torno do eixo que contém seu Utilize a calculadora para auxiliá-lo nos cálculos.
diâmetro, como mostrado na figura a seguir. 52. Chamamos de cunha esférica o sólido gera-
e pr 2a do pela rotação, por um ângulo de medida a
90° (0° , a < 360°), de um semicírculo de raio r
fuso esférico
em torno do eixo que contém seu diâmetro,
como mostrado a seguir. pr a
3

270°
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

r e
arco
equatorial cunha esférica

r
a r arco
equatorial

Dê a fórmula que calcula a área do fuso esférico r


r a
em função da medida do ângulo a e do raio r. r
r
49. (Faap-SP) A área da superfície de uma esfe-
ra e a área total de um cone reto são iguais. Escreva a fórmula que calcula o volume de
Determine o raio da esfera, sabendo que o vo- uma cunha esférica, em função da medida
lume do cone é 12p dm3 e o raio da base é 3 dm. do ângulo a e do raio r.
6 dm

136

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> HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Arquimedes
A contribuição de Arquimedes para o desenvolvimento da Matemática foi tão importante
que a Medalha Fields traz, em seu anverso, a efígie de Arquimedes, com seu nome escrito
em grego e a seguinte inscrição: TRANSIRE SVVM PECTVS MVNDOQVE POTIRE (Superar as
próprias limitações e dominar o universo).
Essa medalha foi proposta pelo professor John Charles Fields (1863-1932) e começou a ser
concedida em 1936 aos matemáticos que desenvolvam pesquisas de destaque.
Leia a seguir um texto sobre os estudos de Arquimedes sobre a esfera e o cilindro.

Arquimedes, a esfera e o cilindro


[...] Plutarco, um escritor grego do 1o século d.C., é autor de um livro chamado “As Vidas dos
Homens Ilustres”[...] Em particular, conta Plutarco que de todas as descobertas que Arquimedes
fez, a que o geômetra mais apreciava era a relação de áreas e volumes de um cilindro e da esfera
nele contida [...]. Mais precisamente, consideremos uma esfera de raio R, inscrita num cilindro
circular reto, de altura 2R e cuja base tem raio R (Fig. l).

EDITORIA DE ARTE
VE AE 2
= =
VC AC 3

■ Figura l. “... entre o muito que inventou parece-me que o que mais apreciava era a demonstração da
proporção que há entre o cilindro e a esfera nele contida, pelo que pediu a seus parentes que, quando
morresse, mandassem colocar sobre sua sepultura um cilindro contendo uma esfera com uma inscrição
da proporção pela qual o que contém excede o conteúdo” (Plutarco). Cícero quando servia na Sicília como
questor, encontrou uma lápide com uma esfera inscrita num cilindro, pelo que julgou haver descoberto o
túmulo de Arquimedes. Cuidou então de restaurá-lo, já que ele se encontrava totalmente abandonado.
3 3
Então o volume do cilindro é do volume da esfera, e a área total do cilindro também é
2 2
da área da esfera. Ainda segundo Plutarco, Arquimedes teria pedido a seus parentes e amigos
que quando morresse mandassem colocar sobre sua sepultura um cilindro contendo uma esfera,
com uma inscrição da proporção acima referida. Cícero, quando exercia funções de magistrado
romano na Sicília, encontrou uma lápide contendo uma esfera inscrita num cilindro. Como ele
mesmo conta, julgou ter achado o túmulo de Arquimedes e cuidou de restaurá-lo. Segundo o autor
Howard Eves [...], há pouco mais de vinte anos, em 1965, durante uma escavação para construir
um hotel em Siracusa, uma escavadeira deu com uma pedra com a mesma figura antiga de um
cilindro contendo uma esfera. Assim, o túmulo de Arquimedes teria sido novamente encontrado
OLEX RUNDA/SHUTTERSTOCK.COM

nos tempos modernos. Mas desta vez faltou alguém com a clarividência de um Cícero e, ao que
parece, esse túmulo está agora definitivamente perdido...
ÁVILA, G. Arquimedes, a esfera e o cilindro. Revista do Professor de Matemática,
Rio de Janeiro, n. 10. Disponível em: http://www.rpm.org.br/cdrpm/10/3.htm. Acesso em: 8 ago. 2020.

137
Projeções cartográficas
Uma parte de nosso estudo com cilindros e cones foi com o cálculo da área de suas super-
fícies. Para isso, observamos a planificação desses sólidos geométricos. No entanto, essa não
foi a maneira utilizada para obter a superfície da esfera, o que nos traz uma dúvida: é possível
planificar uma esfera?
A resposta é não, não é possível planificar uma esfera. Então como podemos representar
sua superfície no plano?
Junto a essa questão, devemos responder, também, a outra pergunta: para que representar
uma superfície esférica no plano?
A resposta para essas perguntas aparece quando vemos um planisfério.

Planisfério
90º N 180º 150º O 120º O 90º O 60º O 30º O 0º 30º L 60˚ L 90º L 120º L 150º L 180º
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
GROENLÂNDIA
(DIN)
Círculo Polar Ártico
SUÉCIA
ISLÂNDIA NORUEGA FINLÂNDIA FEDERAÇÃO RUSSA
60º N
ALASCA CANADÁ
(EUA)
UCRÂNIA
CAZAQUISTÃO MONGÓLIA
UZBEQUISTÃO
ESTADOS GEÓRGIA
ARMÊNIA
AZERBAIJÃO QUIRGUISTÃO
COREIA
UNIDOS TURQUIA TURCOMENISTÃO TADJIQUISTÃO DO NORTE
JAPÃO
TUNÍSIA
CHIPRE
LÍBANO
SÍRIA
AFEGANISTÃO CHINA COREIA
DO SUL
30º N MARROCOS
IRAQUE
ISRAEL JORDÂNIA IRÃ
PAQUISTÃO NEPAL
ARGÉLIA
OCEANO
KUWAIT BUTÃO
Trópico de Câncer BAHAMAS * SAARA LÍBIA CATAR

OCIDENTAL EGITO EMIRADOS


BAREIN
BANGLADESH TAIWAN
HAITI
23º 27’ N MÉXICO CUBA REPÚBLICA DOMINICANA
ARÁBIA ÁRABES UNIDOS I. Formosa
PACÍFICO
Havaí/Sandwich BELIZE JAMAICA PORTO RICO
MAURITÂNIA
MALI
SAUDITA
OMÃ ÍNDIA MIANMAR
LAOS
(EUA) CABO VERDE SENEGAL NÍGER Ilhas Marianas
(EUA) GUATEMALA HONDURAS CHADE ERITREIA TAILÂNDIA VIETNÃ do Norte (EUA)
SUDÃO IÊMEN
OCEANO EL SALVADOR
NICARÁGUA GÂMBIA
GUINÉ-BISSAUGUINÉ
BURKINA
FASSO DJIBUTI CAMBOJA FILIPINAS Guam (EUA) ILHAS MARSHALL
BENIN

NIGÉRIA
TOGO
COSTA DO

GANA

COSTA RICA VENEZUELA


PACÍFICO
MARFIM

GUIANA SERRA LEOA REPÚBLICA SUDÃO ETIÓPIA


PANAMÁ CENTRO- DO SUL BRUNEI MICRONÉSIA
SURINAME LIBÉRIA SOMÁLIA PALAU
CAMARÕES -AFRICANA
Equador COLÔMBIA GUIANA FRANCESA (FRA)
GUINÉ UGANDA SRI LANKA MALÁSIA
0º EQUATORIAL CONGO QUÊNIA
MALDIVAS

EQUADOR SÃO TOMÉ E GABÃO


REPÚBLICA
RUANDA CINGAPURA NAURU
KIRIBATI PRÍNCIPE DEMOCRÁTICA BURUNDI INDONÉSIA
OCEANO DO CONGO
TANZÂNIA SEICHELES
PAPUA
NOVA GUINÉ ILHAS SALOMÃO
PERU BRASIL COMORES
OCEANO TIMOR LESTE TUVALU

SAMOA Polinésia Francesa


ATLÂNTICO ANGOLA
ZÂMBIA MOÇAMBIQUE
TONGA (FRA) BOLÍVIA
ZIMBÁBUE
MALAUÍ
ÍNDICO VANUATU
FIJI
ic h

NAMÍBIA MADAGASCAR
Trópico de Capricórnio BOTSUANA
PARAGUAI
Meridiano de Greenw

23º 27’ S SUAZILÂNDIA AUSTRÁLIA


Nova Caledônia
(FRA)
MAURÍCIO
CHILE
30º S ÁFRICA LESOTO
DO SUL
URUGUAI

ARGENTINA NOVA
ZELÂNDIA
I. Tasmânia

Is. Falkland/Malvinas
(RUN) Kerguelen
(FRA)
(RUN) SUÉCIA FINLÂNDIA
PORTO Ilhas Virgens
Anguila (RUN) 60º S NORUEGA
RICO (EUA) Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO ESTÔNIA
(EUA) ANTÍGUA E BARBUDA
LETÔNIA
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS DINAMARCA LITUÂNIA
I. Montserrat (RUN) REINO FED. RUSSA
I. Guadalupe (FRA) UNIDO
PAÍSES
BAIXOS BELARUS
A N T Á R T I D A IRLANDA POLÔNIA
DOMINICA ALEMANHA
BÉLGICA
I. Martinica (FRA) LUXEMBURGO REP. TCHECA UCRÂNIA
LIECHTENSTEIN ESLOVÁQUIA
ÁUSTRIA MOLDÁVIA
SANTA LÚCIA SUÍÇA ESLOVÊNIA HUNGRIA
FRANÇA CROÁCIA ROMÊNIA
SÃO VICENTE E GRANADINAS BARBADOS SAN MARINO BÓSNIA-
Crimeia
-HERZEGÓVINA SÉRVIA
MÔNACO MONTENEGRO KOSOVO BULGÁRIA

GRANADA ANDORRA ITÁLIA MACEDÔNIA TURQUIA


ESPANHA ALBÂNIA
VATICANO
0 2 500 PORTUGAL GRÉCIA
ALLMAPS

TRINIDAD E TOBAGO
MALTA

I. de Creta

Fonte: IBGE. Atlas Geográfico Escolar. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/


mapas_mundo/mundo_planisferio_politico_a3.pdf. Acesso em: 11 set. 2020.

Mapas são representações planas de um objeto aproximadamente SAIBA QUE...


esférico, a Terra. Eles são importantes pois permitem a visualização de Planisférios são
diversos detalhes que seriam impossíveis em globos, já que estes pre- mapas que mostram
cisariam ser muito grandes, o que os tornariam difíceis de manusear e todo o planeta de
de transportar. uma só vez. Também
são chamados de
mapa-múndi.
SHUTTERSTOCK.COM
ANTONGRACHEV/

138
Como não existe uma representação plana perfeita da esfera (uma planificação)
é de se imaginar que as representações que existam apresentem algum tipo de
distorção. Por isso, procuraram-se maneiras de desenhar um mapa que, de alguma
forma, apresentasse poucas distorções, seja nos comprimentos, seja nas áreas ou
nos formatos dos continentes. Essas "maneiras" são as projeções cartográficas.
Cada projeção cartográfica foca em manter fiel algum aspecto, que pode ser a
dimensão, forma etc., em detrimento de outro. Por isso, cada projeção cartográfica
responde a um determinado objetivo de quem o apresenta, seja político, seja eco-
nômico ou cartográfico.
PARA
ACESSAR

O QUE É a projeção Gall-Peters, mapa que promete acabar com '4 séculos de visão
colonialista' do mundo. BBC Brasil, 23 mar. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/internacional-39349115. Acesso em: 10 ago. 2020.
Reportagem interessante da BBC Brasil sobre os aspectos políticos envolvidos nas
projeções cartográficas.

Cada projeção é conhecida pela superfície em que o globo terrestre é projetado.


Neste livro estudaremos a projeção cilíndrica, a cônica e a plana; portanto, aquelas
em que o globo terrestre é projetado, respectivamente, sobre um cilindro, um cone
e um plano.

Projeção cilíndrica
É a projeção dos paralelos e meridianos sobre um cilindro que envolve a Terra e
que, posteriormente, é planificado.
SELMA CAPARROZ

■ Projeção cilíndrica.

SAIBA QUE...

Na bibliografia cartográfica, já foram


descritas 400 projeções distintas.

139
Projeção cônica
É a projeção do globo terrestre sobre um cone, planificando-o depois. Sua utilização se dá
quando queremos representar as latitudes médias. Nessa projeção, as distorções aumentam
conforme se afasta do paralelo de contato com o cone, de modo que essa projeção é utilizada
quando queremos produzir mapas regionais.

SELMA CAPARROZ
■ Projeção cônica.

Projeção plana
Também conhecida como projeção azimutal, é aquela feita sobre um plano a partir de um
determinado ponto, ou seja, de um ponto de vista. Essas projeções deformam áreas distantes
desse ponto de vista central. São bastante utilizadas para a representação das áreas polares.

SELMA CAPARROZ

■ Projeção plana.

PENSE E
RESPONDA

As projeções cartográficas possuem duas classificações principais: quanto à superfície de projeção e


quanto às propriedades. As projeções vistas anteriormente são classificações dadas de acordo com a
superfície de projeção.
Equivalente, conforme e equidistante são classificações dadas às projeções de acordo com suas
propriedades. Faça uma pesquisa sobre essas três classificações e aponte suas características.
Ver as Orientações para o professor.

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> ATIVIDADES RESOLVIDAS
12. Dentre todas as projeções cartográficas existentes, talvez as mais famosas sejam a de Mercator, de
Peters e a projeção de Mollweide. Observe a seguir as características de cada uma delas.

• A projeção de Mercator é uma projeção conforme e cilíndrica, bastante utilizada para repre-
sentar o mundo. As distorções ocorrem mais nos polos.
• A projeção de Peters é uma projeção cilíndrica e equivalente, que distorce o formato dos
continentes, porém se aproxima mais das áreas deles.
• A projeção de Mollweide, atualmente usada nos mapas-múndi, corrige as distorções pro-
vocadas pela projeção de Mercator. Possui formato elíptico, compondo um achatamento dos
polos. Consegue um bom resultado para a região central do mapa com relação à preservação
das áreas, mas ainda permanecem as distorções nos polos.

Agora, observando os dois mapas a seguir, qual o tipo de projeção de cada um deles? Quais caracte-
rísticas foram usadas para sua resposta?

MAPAS: CASA PAULISTANA


■ Mapa 1 ■ Mapa 2
Resolução
No mapa 1, observa-se que as distorções aparecem nos extremos, na região dos polos. No mapa 2,
observa-se que, a partir da linha do equador, os intervalos entre os paralelos vão diminuindo, de-
formando o formato dos continentes, que aparentam ter uma área maior do que, de fato, possuem.
Para a construção do mapa 1 foi aplicada a projeção de Peters e, no mapa 2, a projeção de Mercator.
13. Leia a tirinha a seguir.

© JOAQUÍN SALVADOR LAVADO (QUINO)


TODA MAFALDA/FOTOARENA

QUINO, J. L. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2010. p. 348. (Tira 2).

Na tirinha, a personagem Liberdade decide inverter o mapa e utilizá-lo de ponta-cabeça, de modo


que o Norte ficará para baixo, enquanto o Sul ficará na parte de cima. Supondo que ela esteja
usando um mapa cuja projeção é de Mercator, ela pode fazer isso? Justifique.
Resolução
Sim, pode. Como visto, mapas são projeções do globo no plano e a projeção indicada só faz
referência à técnica utilizada para fazer a projeção. A orientação dos mapas é uma convenção,
mas, mesmo que de ponta-cabeça, o mapa continuará servindo ao seu propósito.

141

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> ATIVIDADES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

53. Leia a tirinha a seguir.

© JOAQUÍN SALVADOR LAVADO (QUINO)


TODA MAFALDA/FOTOARENA
QUINO, J. L. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2010 . p. 18. (Tira 4).

Agora, responda às questões a seguir: Ver as Orientações para o professor.


a) Na tirinha, Mafalda mostra um globo terrestre para seu ursinho. Se ela quisesse mostrar mais
detalhes geográficos da Terra, o globo seria suficiente? Justifique.
b) Em que sentido a personagem disse que a Terra original é um desastre? Que tipo de mapa ela
poderia usar para embasar sua fala?
54.(UERJ)

UERJ
WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: Yukon ho! São Paulo: Conrad, 2008.

Na tirinha, Calvin e o tigre Haroldo usam um globo terrestre para orientar sua viagem da Califórnia,
nos Estados Unidos, para o território do Yukon, no extremo norte do Canadá. Considerando as áreas
de origem e destino da viagem pretendida, nota-se que o tigre comete um erro de interpretação no
último quadrinho. Esse erro mostra que Haroldo não sabe que o globo terrestre é elaborado com
base no seguinte elemento da linguagem cartográfica: alternativa a
a) escala pequena. c) técnica de anamorfose.
b) projeção azimutal. d) convenção equidistante.

55. Leia o texto a seguir.


[...] pode-se pensar o Eurocentrismo como um conjunto de categorias e imagens de
mundo adaptável às alterações na organização do poder global, mas sempre emitido a
partir de um ponto de vista do centro europeu/ocidental desse sistema.
BORTOLUCI, J. H. Formas e categorias do pensar eurocêntrico.
Revista Eletrônica de Ciências Sociais, Juiz de Fora, ano 2, v. 5, p. 170, dez. 2008. Disponível em:
https://pesquisa-eaesp.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/arquivos/formas_e_categorias_do_pensar_eurocentrico.pdf.
Acesso em: 11 ago. 2020.

A partir do texto anterior, pesquise por planisférios construídos a partir das três projeções cartográficas
mais utilizadas (Mercator, Peters e Mollweide) e reflita sobre a definição de Eurocentrismo. Como ela está
refletida nos mapas? O Eurocentrismo está refletido nos mapas quando eles colocam a Europa no centro do mapa (uma analogia
ao centro do mundo) e, muitas vezes, diminuem a diferença de tamanho dela para outras partes do planeta.

142
56. a) A região representada é a região da Terra que compreende a
Antártida, Oceania, boa parte da América do Sul e o sul da África.
56. Observe a projeção a seguir e responda às
perguntas.

Projeção plana polar

GASPAR, J. A. Cartas e projeções cartográficas.


Lisboa: Lidel, 2005.
SONIA VAZ

As relações do plano de projeção à superfície


Fonte: IBGE. Introdução à cartografia. Disponível projetada mostradas nas figuras são identifi-
em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
livros/liv64669_cap2.pdf. Acesso em: 12 ago. 2020. cadas, respectivamente, em: alternativa a
a)
a) Qual região está sendo representada na 1. 2. 3.
projeção plana?
b) Qual é a medida do ângulo â? a = 30°

b) 1. 2. 3.

c) 1. 2. 3.
SONIA VAZ

d) 1. 2. 3.
57. (Enem/MEC) Projeção cartográfica é uma trans-
formação que faz corresponder, a cada ponto
da superfície terrestre, um ponto no plano.

e) 1. 2. 3.
ENEM

143
> DIÁLOGOS
EXPLORANDO A TECNOLOGIA
Áreas e volumes de corpos redondos
SAIBA QUE... Para que os computadores executem tarefas, é necessário que
O Scratch é uma sejam programados para tal. Essa programação pode ser feita em
linguagem de diversas linguagens e formas; para esta atividade, será utilizado
programação o Scratch.
desenvolvida Para iniciar o projeto, é necessário clicar em Criar na barra de menu.
pelo Media Lab do Essa é a página em que será desenvolvido o programa.
Massachussets
Além disso, depois de criar uma página, também é possível trocar o
Institute of
Technology (MIT), em idioma para Português Brasileiro no ícone do mapa-múndi.
2007. Essa linguagem
está disponível em

SCRATCH
<https://scratch.mit.
edu/> (acesso em: 10
ago. 2020). O Scratch é uma linguagem de programação em blocos. Basta iden-
tificar os comandos que deseja executar – à esquerda da tela – e arrastar
os blocos para a área de trabalho – no centro da tela. Não se esqueça de
garantir que seu bloco, isto é, sua sequência de comandos, é coerente
e resulta no seu objetivo. Explore a plataforma: veja as ferramentas, os
tutoriais e divirta-se com alguns programas já prontos na área Explorar,
que fica no menu da tela inicial.
Nesta atividade, será criado um programa que, com base na infor-
mação das medidas da altura e do raio da base, calcula o volume de
um cilindro.
Para que um programa seja executado, é necessário inicializá-lo
com algum comando específico. No caso do Scratch, um dos coman-
dos possíveis para a inicialização é clicar na bandeirinha verde. Para isso,
precisamos inserir o bloco a seguir no programa. Ele está disponível em
Eventos.
GLUIKI/SHUTTERSTOCK.COM

SCRATCH

Depois disso, será adicionado o desenvolvimento do programa. O


objetivo aqui será calcular o volume do cilindro. Para isso, lembre-se
de como é feito esse cálculo: devemos multiplicar a área da base do
cilindro, que é um círculo, pela medida de sua altura. Assim, são neces-
sárias duas informações: as medidas do raio da base (r) e da altura (h)
do cilindro.

144
Quando o usuário do nosso programa inserir os dados necessários para o cálculo,
será preciso armazená-los em algum lugar para, posteriormente, efetuarmos os cál-
culos. Esse armazenamento de informações é feito em variáveis.
Para criar uma variável, clique na aba Variáveis e escolha Criar uma variável.
No programa que estamos criando, precisaremos criar três variáveis: uma delas será
chamada de RAIO, a outra, de ALTURA e a terceira, de VOLUME.

FOTOS: SCRATCH
Se a variável estiver selecionada em azul, o valor dela será apresentado na tela
quando o programa estiver sendo executado. Caso não queira deixar as variáveis
visíveis para o usuário, basta deixar sem selecionar.

Vamos deixar selecionado em azul somente a variável VOLUME para que ela
apareça na tela mais à direita.

GLUIKI/SHUTTERSTOCK.COM

Para que seja possível inserir o valor do raio, clique na aba Sensores, arraste
o bloco , encaixe-o no passo anterior e altere a pergunta para
Qual o raio?.
Para que o valor informado esteja associado à variável RAIO, vá em Variáveis,
arraste o bloco para baixo da pergunta e troque minha variá-
vel por RAIO. Em seguida, clique em Sensores e arraste o bloco para o
lugar do 0.

145

D3-MAT-EM-3073-LA-V5-C04-108-151-LA-G21.indd 145 17/09/20 18:43


Seu programa estará assim, neste momento:

FOTOS: SCRATCH
Esse passo garante que a variável RAIO assuma o valor informado na resposta
da pergunta. Repetindo o mesmo processo para a altura, obtemos:

Com as variáveis RAIO e ALTURA assumindo os valores inseridos pelo usuário do


nosso programa, podemos, então, passar ao cálculo do volume.
Para isso, arraste um novo bloco alterando minha variável
para VOLUME.
Agora, é necessário usar os operadores para efetuar os cálculos. Os operadores
GLUIKI/SHUTTERSTOCK.COM

correspondem aos blocos associados às operações matemáticas.


O cálculo do volume do cilindro é dado pela fórmula V = pr2h, que é exatamente
V = prrh. Portanto, é preciso colocar quatro multiplicações de operadores.
Vá em Operadores, arraste para o lugar do zero e, em cada um dos
espaços, arraste duas novas multiplicações.
Seu programa ficará assim:

146

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Vamos preencher as lacunas com os valores necessários para a rea-
lização do cálculo. Na primeira, vamos usar 3,14 (escreva 3.14) como uma
aproximação para p. As demais lacunas receberão as variáveis RAIO (duas
vezes) e ALTURA. Observe.

FOTOS: SCRATCH
Faça um teste de execução clicando na bandeira verde na tela no lado
direito.
Assim, é esperado que na tela da direita apareça a pergunta:

Digite o valor do raio desejado. No exemplo, será digitado 5. Em


seguida, pressione a tecla Enter. Na sequência, aparecerá a pergunta para
digitar a altura. Repita o procedimento anterior. No exemplo, usamos 6.
O valor do volume será dado na tela da direita, ao lado da variável
VOLUME. 1. Resposta pessoal. Professor, uma possível resposta é um programa
com estrutura do código semelhante à anterior, substituindo-se a variá-
vel VOLUME por ÁREA e efetuando os respectivos cálculos.
NÃO ESCREVA
Agora, faça o que se pede nas atividades a seguir.
GLUIKI/SHUTTERSTOCK.COM

NO LIVRO

1. Crie um programa para determinar a área da superfície do cilindro e faça


alguns testes para verificar o que ocorre ao mudarem os valores informados
nas variáveis.
2. Crie um programa que calcule o volume de um cone e, ao final, escreva na
tela: "O volume do cone é ...", emitindo um som de aplausos.
Os estudantes precisarão aplicar a fórmula do cálculo do volume do cone e, em seguida, aprender como inserir um
som. Para isso, devem explorar os comandos relacionados ao botão Som e ao botão Aparência.
147

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> DIÁLOGOS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES NÃO ESCREVA
NO LIVRO

1. (Enem/MEC) Um fabricante de creme de leite 4. (Uespi-PI) A área da superfície de um lago


comercializa seu produto em embalagens ci- é estimada em 62 060 m2. Estudo realizado
líndricas de diâmetro da base medindo 4 cm aponta que todo o volume de água que caiu
e altura de 13,5 cm. alternativa b nesse lago, nos 15 primeiros dias de julho, foi
O rótulo de cada uma custa R$ 0,60. Esse fa- de 640 000 litros. Imaginando que toda essa
bricante comercializará o referido produto água de chuva fosse colocada no interior de
em embalagens ainda cilíndricas de mesma um cilindro, cuja área da base fosse metade
capacidade, mas com a medida do diâmetro da área da superfície do lago, a medida inteira
da base igual à da altura. mais próxima da altura que o nível da água
Levando-se em consideração exclusivamente alcançaria, em milímetros, é: alternativa d
o gasto com o rótulo, o valor que o fabricante a) 18 c) 20 e) 23
deverá pagar por esse rótulo é de b) 19 d) 21
2
a) R$ 0,20, pois haverá uma redução de na 5. (UEA-AM) Um determinado bombom é vendi-
3
superfície da embalagem coberta pelo do nas embalagens A e B, ambas com volumes
rótulo. iguais. A embalagem A possui formato de um
1 paralelepípedo reto-retângulo, com área da
b) R$ 0,40, pois haverá uma redução de na su-
3 base igual a 144 cm2 e a embalagem B possui
perfície da embalagem coberta pelo rótulo.
formato de um cilindro circular reto. As figuras
c) R$ 0,60, pois não haverá alteração na capa- mostram as dimensões das duas embalagens,
cidade da embalagem. em centímetros. alternativa b
1
d) R$ 0,80, pois haverá um aumento de na ■ Embalagem A ■ Embalagem B
3
superfície da embalagem coberta pelo
rótulo.
2
e) R$ 1,00, pois haverá um aumento de na su-
3 15 h
perfície da embalagem coberta pelo rótulo.
2. (PUCCamp-SP) Uma piscina circular tem 5 m

UEA
de diâmetro. Um produto químico deve x
x x
ser misturado à água na razão de 25 g por
500 litros de água. Se a piscina tem 1,6 m de Usando p = 3, a medida da altura da embala-
profundidade e está totalmente cheia, quanto gem B, indicada por h, é igual a
do produto deve ser misturado à água?
a) 15 cm. c) 25 cm. e) 18 cm.
(Use: p = 3,14.) alternativa b
b) 20 cm. d) 22 cm.
a) 1,45 kg c) 1,65 kg e) 1,85 kg
b) 1,55 kg d) 1,75 kg 6. (UFRGS-RS) Um tanque no formato de um ci-
lindro circular reto, cujo raio da base mede 2 m,
3. (FGV-SP) Certa lata de bebida energética tem tem o nível da água aumentado de 25 cm após
forma cilíndrica com dimensões de 2p cm de uma forte chuva. Essa quantidade de água cor-
diâmetro e 10 cm de altura. Se a lata tivesse responde a 5% do volume total de água que
secção quadrada de lado 2p e conservasse o cabe no tanque. alternativa c
mesmo volume, a redução percentual na sua Assinale a alternativa que melhor aproxima o
altura seria de aproximadamente: alternativa d volume total de água que cabe no taque, em m3.
a) 25% c) 27% e) 29% a) 57 c) 63 e) 69
b) 20% d) 22% b) 60 d) 66

148

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7. (Epcar-MG) Uma fábrica de brinquedos usa, 11. (Fuvest-SP) Um reservatório de água tem o
para embalar um jogo de montar, latas com formato de um cone circular reto. O diâmetro
formatos de prisma regular e tampa de pirâ- de sua base (que está apoiada sobre o chão
mide regular como em (1). A fábrica decide horizontal) é igual a 8 m. Sua altura é igual a
mudar a embalagem, passando a usar latas 12 m. A partir de um instante em que o reserva-
cilíndricas do mesmo material com tampas tório está completamente vazio, inicia-se seu
cônicas como em (2). alternativa c enchimento com água a uma vazão constante
de 500 litros por minuto. O tempo gasto para
que o nível de água atinja metade da altura do
3r 3r
ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

reservatório é de, aproximadamente,


alternativa c
a) 4 horas e 50 minutos.
b) 5 horas e 20 minutos.
h h
c) 5 horas e 50 minutos.
r r d) 6 horas e 20 minutos.
(1) (2) e) 6 horas e 50 minutos.
Sabendo que as tampas são ocas e com apoio Dados:
apenas na superfície, pode-se dizer que a p é aproximadamente 3,14.
razão entre os volumes (1) e (2) é O volume V do cone circular reto de altura
2p 3 3 3 h e raio da base r é
a) c)
9 2p 1
V = pr 2h.
2 3 p 3 3
b) d)
3rp 2p
12. (AFA-SP) Num cone reto, a medida do raio
8. (Unifor-CE) Um triângulo retângulo é tal que da base, da altura e da geratriz estão, nessa
as medidas de seus lados, em centímetro, são ordem, em progressão aritmética de razão
numericamente iguais aos termos de uma igual a 1. Sabendo-se que a soma dessas me-
progressão aritmética de razão 1,5. Girando- didas é 12 dm e que a área total da superfície
-se esse triângulo em torno do cateto menor, deste cone é igual à área da superfície de uma
obtém-se um sólido cujo volume, em centí- esfera, a medida do raio da esfera, em dm, é
alternativa a
metro cúbico, é: alternativa a a) 6 c) 5
a) 54p c) 48p e) 40,5p 15
b) d) 2
b) 52,5p d) 45p 2

9. (Cefet-PR) O raio de um cone equilátero cujos 13. (Uespi-PI) Um prisma hexagonal regular, com
valores numéricos de sua área total e de seu lado da base medindo 3 cm e altura 8 cm, está
volume se equivalem, em unidades de com- inscrito em uma esfera, como ilustrado a seguir.
primento (u.c.), é: alternativa a Qual a área da superfície da esfera? alternativa e

a) 3 3 3 e) 1 c)
3
b) 3 d)
3
10. (UFPA) Num cone reto, a altura é 3 m e o diâ-
metro da base é 8 m. Então, a área total, em
metros quadrados, vale: alternativa b
a) 92p cm2 d) 98p cm2
a) 52p c) 20p e) 12p b) 94p cm2 e) 100p cm2
b) 36p d) 16p c) 96p cm2

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14. (Faculdade Albert Einstein) Em uma palestra, 16. (UEG-GO) Observe a figura a seguir.
um cientista ilustrou comparativamente o
tamanho dos planetas do sistema solar com
auxílio da foto a seguir.

UEG
Fonte: <http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=
capitulo_3_geoprocessamento_e_mapas>. Acesso em: 17 ago. 2016.
FACULDADES ALBERT EINSTEIN

Os tipos de projeções cartográficas represen-


tados na figura são, respectivamente:
Terra
a) cilíndrica, azimutal e cônica
Júpiter Plutão b) azimutal, cilíndrica e cônica alternativa b
(www.colegioweb.com.br) c) cônica, azimutal e cilíndrica
No entanto, o cientista disse que essa foto d) azimutal, cônica e cilíndrica
dificulta a percepção correta da diferença e) cilíndrica, cônica e azimutal
de tamanho entre os planetas. Para ilustrar
17. (UFRGS-RS) Fundindo três esferas idênticas e
o que dizia, ele pediu para a plateia consi-
maciças de diâmetros 2 cm, obtém-se uma
derar que todos os planetas são esféricos e
única esfera maciça de raio alternativa a
que o tamanho do raio do planeta Júpiter é
11 vezes o tamanho do raio do planeta Terra. a) 3
3. c) 2
6. e) 6.
Em seguida, lançou a seguinte pergunta: se b) 2
4. d) 3.
associarmos o planeta Terra a uma bola de fu-
tebol, o planeta Júpiter deverá ser associado, 18. (Unisc-RS) Analise as afirmativas a seguir.
aproximadamente, a quantas dessas bolas? I. Cilíndrica, Cônica e Plana são as três
A resposta correta para a pergunta do pales- principais classificações das projeções
trante é alternativa e cartográficas.
a) 2048. c) 33. e) 1331. II. Nas Projeções Cartográficas Equivalentes,
b) 121. d) 22. busca-se manter a proporcionalidade das
áreas apresentadas e, principalmente, a
15. (Uneb-BA) Considere-se que exatidão dos ângulos e das formas como
• cápsulas, de formato cilíndrico e extremi- ocorre, por exemplo, na Projeção de Peters.
dades hemisféricas, contêm determinado III. Uma das mais conhecidas Projeções
medicamento em microesferas de 1,0 mm Cartográficas Conformes é a de Mercator.
de diâmetro; Nesse caso, as áreas de latitudes altas apre-
•o comprimento total de cada cápsula sentam menos distorções em relação às de
mede 15 mm, e o diâmetro de cada he- latitudes baixas.
misfera mede 6 mm. Assinale a alternativa correta. alternativa a
É correto afirmar que o número máximo de a) Somente a afirmativa I está correta.
microesferas que cabem no interior de cada
cápsula, admitindo-se desprezíveis os espaços b) Somente a afirmativa II está correta.
entre elas, é alternativa 03 c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
01) 500 03) 702 05) 804 d) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
02) 681 04) 765 e) Nenhuma das alternativas está correta.

150
19. (ESPM-SP) Um reservatório de água é cons- 20. A figura mostra uma esfera inscrita em um
tituído por uma esfera metálica oca de 4 m cubo de aresta 4 cm (note que o plano de cada
de diâmetro, sustentada por colunas metáli- face do cubo é tangente à esfera). Calcule a
cas inclinadas de 60° com o plano horizontal área total da superfície esférica. alternativa c
e soldadas à esfera ao longo do seu círculo
equatorial, como mostra o esquema abaixo.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE


h 4 cm

4 cm

10 m a) 4p cm2
b) 8p cm2
Sendo 3 = 1,73, a altura h da esfera em rela-
c) 16p cm2
ção ao solo é aproximadamente igual a:
a) 2,40 m c) 3,20 m e) 3,60 m d) 32p cm2
b) 2,80 m d) 3,40 m alternativa c e) p cm2

> PARA REFLETIR NÃO ESCREVA


NO LIVRO

Neste Capítulo, estudamos os corpos redondos — com especial destaque para os cálculos
das áreas e volumes —, cilindros, cones e esferas. Vimos a impossibilidade de planificar uma
esfera e, dessa maneira, estudamos as projeções cartográficas, considerando o planeta Terra
uma esfera.
Nas páginas de Abertura, vimos as formas sinuosas das construções de Oscar Niemeyer.
Pudemos perceber a importância do trabalho desse brasileiro para a arquitetura mundial.

Vamos refletir a respeito das aprendizagens deste Capítulo: Respostas pessoais.


• Você já conhecia o cilindro, o cone e a esfera?
• Para os cálculos das áreas de cilindros e cones, precisamos calcular a área de círculos. Você
lembra como se faz esse cálculo?
• Você conhecia as cisternas, usadas para a captação da água das chuvas?
• Com relação às projeções cartográficas, destaque duas vantagens da projeção de Mercator
e duas vantagens da projeção de Peters.

151

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> RESPOSTAS DAS ATIVIDADES
Capítulo 1 • Áreas 27. Resposta pessoal.
28. a) 2 3 cm
Atividades 72 3 _ 32 p
b) cm2
1. a) 8 200 cm 2 3
b) 18 cm2
29. 54 3 cm2
c) 12 5 cm2
30. a) 12 cm
d) 1 950 m2
b) 88 cm2
2. 11 azulejos
31. b) P(m) = 8m
3. 5 2 cm
32.
4. aumenta 44% Medida do lado (em u.c.)     
5. a) 437,5 azulejos
Medida do perímetro (em u.c.)     
b) 50 cm
6. 12 cm Medida da área (em u.a.)     

7. alternativa b
33. alternativa e
8. alternativa c
34. Falsa.
9. 20 dm
35. alternativa d
10. alternativa d
36. alternativa c
11. 28,125p m2
37. Sim. Como cada ângulo interno do hexágono
12. 628 cm2 regular mede 120°, e cada ângulo interno do triân-
13. alternativa b gulo equilátero mede 60°, temos: 2 ? 120° + 2 ? 60° =
= 360°, que corresponde à soma necessária para
14. 16p m2 que as figuras se encaixem perfeitamente.
15. 75p cm2 38. alternativa d
16. R$ 50.253,00 39. a) dois hexágonos regulares e quatro quadrados
17. alternativa e b) triângulo equilátero
18. a) 2 3 cm 40. 1 337 ladrilhos
b) 3 cm 41. Não é possível. Resposta pessoal.
19. 10,38 cm2 42. alternativa e
20. a) 200 cm 2
43. alternativa a
b) 600 3 cm2
44. a) Porque cada ângulo interno do dodecágono
21. 859,5 cm2 regular mede 150°. Assim, unindo dois dodecá-
gonos regulares e congruentes a fim de obter um
22. 27 3 cm2
ladrilhamento, obtém-se um ângulo de 300°, res-
2 tando 60° para completar a soma necessária.
23. a)
2 b) triângulo equilátero
1
b) 45. alternativa e
2
46. alternativa b
24. a) 12 cm
b) 216 3 cm2 47. alternativa b
p 
25. a2  _1 u2 Atividades complementares
2 
1. alternativa c
26. Decágono regular. Se x é a medida do lado, o perí-
metro será expresso por 10x. 2. alternativa c

152

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3. alternativa b 13. a) perpendiculares
4. alternativa a b) reversas ortogonais

5. alternativa c 14. alternativa c

6. alternativa d 15. alternativa e

7. alternativa b 16. alternativa e


17. alternativa e
Capítulo 2 •  eometria espacial
G 18. a) o ponto C
de posição b) o ponto B
c) o ponto V2
Atividades
19. alternativa d
1. alternativa c
Atividades complementares
2. um ou três
1. alternativa d
3. Nenhum plano se colineares, ou um único plano
2. alternativa e
se coplanares, ou quatro planos se não forem
coplanares. 3. alternativa e
 
4. a) Resposta possível: AB e EI 4. alternativa d
 
b) Resposta possível: AB e AC 5. alternativa c
    
c) Resposta possível: AC e BA , FH e HI
    6. alternativa c
d) Resposta possível: CE e HI , BC e DE
7. alternativa b
5. b) Falsa. Resposta pessoal.
8. alternativa c
6. a) secante
b) Está contida. Capítulo 3 • Poliedros
ƒ Resposta pessoal.
Atividades
7. a) secantes 1. 9 vértices

b) a reta BC
2. 15 arestas e10 vértices
c) não
 3. 12 vértices.
8. a) Resposta possível: ST
4. 10 vértices.
b) Sim, pelo teorema 6.
c) Os planos são paralelos, pelo teorema 7. 5. alternativa b
6. 60 átomos e 90 ligações
9. alternativa a
7. 384 cm2
10. a) V
b) V 8. 3 dm, 4 dm e 12 dm
c) V 9. 400 cm2
d) F 10. 132 dm2
e) F
11. 1 192 m2
11. alternativa b
12. 8 cm; 4 cm
12. a) r e s são paralelas;
13. 292 cm2
s e t são perpendiculares;
14. 3 808 cm3
x e r são reversas;
15. 54 dm2
y e t são reversas
b) A reta suporte de t é paralela ao plano suporte de 16. a) 470 cm2
a; a reta suporte de r é secante ao plano suporte de b. b) 280 m2

153

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17. 15 u.m. Atividades complementares
18. 4,86 m 3
1. alternativa b
19. 4 cm e 32 cm 2. alternativa e
20. alternativa c 3. alternativa a
21. Resposta pessoal. 4. alternativa a
22. alternativa c 5. alternativa a
23. alternativa b 6. alternativa b
24. 83,04 cm3 7. alternativa a
25. 800x y ? 1 + 2 .
2
( ) 8. alternativa c
26. a) 12 000 cm 3
9. alternativa b
b) 90 kg
10. alternativa d
27. a) 96 m2
b) 48 3 m3 Capítulo 4 • Corpos redondos
28. alternativa c
Atividades
29. alternativa c
1. a) 36p cm2 b) 60p cm2 c) 132p cm2
30. a) 6 cm
2. 314 cm2
b) 2 13 cm
3. 140p cm2
c) 2 22 cm
d) 48(3 + 13 ) cm2 4. 2 cm

31. a) 4 3 cm 5. 928,4 mm2.

b) 2 21 cm 6. 176p cm2
c) 10 cm 7. a) 20 cm
d) 48 3 2 + 7 cm2( ) b) 600p cm2
3
32. 8a 3 8. alternativa a
33. 260 cm 2
9. alternativa d
34. 180 cm 2
10. alternativa d
35. 225 3 cm 2
11. a) 2 510p cm2
36. Resposta pessoal. b) 13 725p cm3
16 3 12. alternativa c
37. V = u
3
13. 75p cm3
38. alternativa b
14. alternativa d
39. 1 83 cm3
15. a) V1 1 350 cm3; V2 1 500 cm3
40. a) 128 u³; 16 3 u 2
b) A lata (1) apresenta melhor preço
b) 8 3 u
16. alternativa c

512 2 17. 19 000p cm3


41. mm3
3 18. Resposta pessoal.
42. alternativa a 19. 47,1 cm2
43. 1 000 cm3 20. a) 96p cm2
44. 45 cm 3
b) 144p cm2

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21. a) ST = p ? R ? (g + R) h ST = p ? 4 ? (5 + 4) h pr 2 ?a
h ST = 36p cm 2 48.
90°
b) r = 1,5 cm
49. 6 dm
22. 100p cm2
50. 4 500p cm3
23. 10 2 cm
51. R$ 27.129,60
24. 19 cm
pr 3 ?a
52.
25. 27 latas 270°
26. H = 3 7R 53. a) Não seria suficiente. Resposta pessoal.
l2 H 3 b) Resposta pessoal.
27. V =
12
54. alternativa a
28. 96p m2
55. O Eurocentrismo está refletido nos mapas quando eles
29. 12p cm3 colocam a Europa no centro do mapa (uma analogia
2p ao centro do mundo) e, muitas vezes, diminuem a dife-
30. cm3 rença de tamanho dela para outras partes do planeta.
3
56. a) Antártida, Oceania, boa parte da América do Sul
31. 12p cm3
e o sul da África.
V
32. V’ = b) a = 30°
8
57. alternativa a
1
33.
6 Atividades complementares
125p 1. alternativa b
34. dm3
2
2. alternativa b
35. Resposta pessoal.
3. alternativa d
36. 3 334,68 mL 4. alternativa d
37. 4,52 kg 5. alternativa b
38. 486p m3 6. alternativa c
39. a) 34,325 L 7. alternativa c
b) 8,95 cm 8. alternativa a
2 9. alternativa a
40.
3
10. alternativa b
41. 60 casquinhas 11. alternativa c
42. V = 8p 12. alternativa a
43. a) aproximadamente 33,49 cm 3
13. alternativa e
b) aproximadamente 25,12 cm3 14. alternativa e
c) 36 caixinhas 15. alternativa 03
44. 2 cm 16. alternativa b
45. 256p cm 2
17. alternativa a
46. 100p cm2 18. alternativa a

47. a) 491 520 000 km2 19. alternativa c


b) aproximadamente 8,59% 20. alternativa c

155

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> BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as compe- § a segunda sequência de letras indica a área (três letras) ou
tências são identificadas por números (de 1 a 10) e as o componente curricular (duas letras): MAT = Matemática
habilidades, por códigos alfanuméricos, por exemplo, e suas Tecnologias; LGG = Linguagens e suas Tecnologias;
EM13MAT103, cuja composição é explicada da seguinte LP = Língua Portuguesa; CNT = Ciências da Natureza e suas
maneira: Tecnologias; CHS = Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
§ as duas primeiras letras indicam a etapa da Educação § os três números finais indicam a competência especí-
Básica, no caso, Ensino Médio (EM); fica (1o número) e a habilidade específica (dois últimos
números).
§ o primeiro par de números indica que as habilidades
descritas podem ser desenvolvidas em qualquer série A seguir, os textos na íntegra das competências gerais,
do Ensino Médio (13); competências específicas e habilidades mencionadas
nesta obra.

Competências gerais da Educação Básica


1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente e disseminar informações, produzir conhecimen-
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e tos, resolver problemas e exercer protagonismo e
digital para entender e explicar a realidade, conti- autoria na vida pessoal e coletiva.
nuar aprendendo e colaborar para a construção de 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
uma sociedade justa, democrática e inclusiva. apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à possibilitem entender as relações próprias do mundo
abordagem própria das ciências, incluindo a inves- do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
e a criatividade, para investigar causas, elaborar e autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
testar hipóteses, formular e resolver problemas e 7. Argumentar com base em fatos, dados e informa-
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos ções confiáveis, para formular, negociar e defender
conhecimentos das diferentes áreas. ideias, pontos de vista e decisões comuns que
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísti- respeitem e promovam os direitos humanos, a cons-
cas e culturais, das locais às mundiais, e também ciência socioambiental e o consumo responsável
participar de práticas diversificadas da produção em âmbito local, regional e global, com posiciona-
artístico-cultural. mento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
visual, sonora e digital –, bem como conheci- conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
mentos das linguagens artística, matemática promovendo o respeito ao outro e aos direitos
e científica, para se expressar e partilhar infor- humanos, com acolhimento e valorização da
mações, experiências, ideias e sentimentos em diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
diferentes contextos e produzir sentidos que seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
levem ao entendimento mútuo. dades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, respon-
informação e comunicação de forma crítica, signifi- sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
cativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais tomando decisões com base em princípios éticos,
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Matemática e suas Tecnologias no Ensino Médio:


competências específicas e habilidades
Competência específica 2 – Propor ou partici- como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade,
par de ações para investigar desafios do mundo das implicações da tecnologia no mundo do trabalho,
contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente entre outros, mobilizando e articulando conceitos, pro-
responsáveis, com base na análise de problemas sociais, cedimentos e linguagens próprios da Matemática.

156

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(EM13MAT201) Propor ou participar de ações adequa- (EM13MAT405) Utilizar conceitos iniciais de uma
das às demandas da região, preferencialmente para sua linguagem de programação na implementação de algo-
comunidade, envolvendo medições e cálculos de perí- ritmos escritos em linguagem corrente e/ou matemática.
metro, de área, de volume, de capacidade ou de massa.
Competência específica 5 – Investigar e estabele-
Competência específica 3 – Utilizar estratégias, cer conjecturas a respeito de diferentes conceitos e
conceitos, definições e procedimentos matemáticos propriedades matemáticas, empregando estratégias
para interpretar, construir modelos e resolver proble- e recursos, como observação de padrões, experi-
mas em diversos contextos, analisando a plausibilidade mentações e diferentes tecnologias, identificando a
dos resultados e a adequação das soluções propostas, necessidade, ou não, de uma demonstração cada vez
de modo a construir argumentação consistente. mais formal na validação das referidas conjecturas.
(EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a (EM13MAT504) Investigar processos de obtenção da
obtenção da medida da área de uma superfície (recon- medida do volume de prismas, pirâmides, cilindros e
figurações, aproximação por cortes etc.) e deduzir cones, incluindo o princípio de Cavalieri, para a obten-
expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais ção das fórmulas de cálculo da medida do volume
(como o remanejamento e a distribuição de plantações, dessas figuras.
entre outros), com ou sem apoio de tecnologias digitais.
(EM13MAT505) Resolver problemas sobre ladrilha-
(EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que mento do plano, com ou sem apoio de aplicativos de
envolvem o cálculo de áreas totais e de volumes de geometria dinâmica, para conjecturar a respeito dos tipos
prismas, pirâmides e corpos redondos em situações ou composição de polígonos que podem ser utilizados
reais (como o cálculo do gasto de material para reves- em ladrilhamento, generalizando padrões observados.
timento ou pinturas de objetos cujos formatos sejam
(EM13MAT506) Representar graficamente a variação
composições dos sólidos estudados), com ou sem apoio
de tecnologias digitais. da área e do perímetro de um polígono regular quando
os comprimentos de seus lados variam, analisando e
(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um classificando as funções envolvidas.
fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve
(EM13MAT509) Investigar a deformação de ângulos e
um problema.
áreas provocada pelas diferentes projeções usadas em
Competência específica 4 – Compreender e utilizar, cartografia (como a cilíndrica e a cônica), com ou sem
com flexibilidade e precisão, diferentes registros de repre- suporte de tecnologia digital.
sentação matemáticos (algébrico, geométrico, estatístico,
computacional etc.), na busca de solução e comunicação
de resultados de problemas.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias no Ensino Médio:


competências específicas

Competência específica 1 – Analisar fenômenos Competência específica 3 – Investigar situa-


naturais e processos tecnológicos, com base nas intera- ções-problema e avaliar aplicações do conhecimento
ções e relações entre matéria e energia, para propor ações científico e tecnológico e suas implicações no mundo,
individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produ- utilizando procedimentos e linguagens próprios das
tivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem Ciências da Natureza, para propor soluções que con-
as condições de vida em âmbito local, regional e global. siderem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos
Competência específica 2 – Analisar e utilizar inter-
variados, em diversos contextos e por meio de dife-
pretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
rentes mídias e tecnologias digitais de informação e
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o fun-
comunicação (TDIC).
cionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo,
e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.

157

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> BIBLIOGRAFIA COMENTADA
ALMEIDA, L. W. de.; SILVA K. P. da; VERTUAN, R. E. Modelagem § Apresenta aspectos sobre os alimentos saudáveis e con-
matemática na educação básica. São Paulo: Contexto, 2016. tribui para a adequação de uma rotina de alimentação
§ Essa obra proporciona oportunidades de integração saudável.
envolvendo atividades normalmente desenvolvidas nas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
aulas de Matemática e situações do dia a dia, no que
Básica. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC:
tange a aspectos econômicos, sociais e ambientais.
contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília,
BONOMI, M. C.; LAURO, M. M. Funções elementares, DF, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
equações e inequações: uma abordagem utilizando gov.br/images/implementacao/contextualizacao_temas_
microcomputador. 1. ed. São Paulo: CAEM-IME/USP, 2001. contemporaneos.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020.
§ Esse material aborda aspectos sobre o ensino de funções § Documento explicativo sobre os Temas Contemporâneos
afim e quadrática a partir do uso de softwares. Transversais a serem abordados na Educação Básica.

BOYER, C. História da Matemática. Tradução de Helena CARRANO, P.; DAYRELL, J. Juventude e Ensino Médio: quem
de Castro. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. é este aluno que chega à escola In: DAYRELL, J.; CARRANO,
P.; MAIA, C. L. Juventude e Ensino Médio: sujeitos e cur-
§ O livro aborda fatos e estudos da história da Matemática, rículos em dialogo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014. p.
destacando a fascinante relação da humanidade com 101-133. Disponível em: https://educacaointegral.org.br/
números, formas e padrões ao longo do tempo. wp-content/uploads/2015/01/livro-completo_juventude
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum -e-ensino-medio_2014.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020.
Curricular: educação é a base. Brasília, DF, 2018. Disponível § Como o próprio título indica, trata-se de um texto que
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ procura “descrever” o jovem atual.
BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em:
COELHO, J. R. P. O GeoGebra no ensino das funções
14 ago. 2020.
exponenciais. Campos dos Goytacazes: UENF, 2016.
§ Documento oficial contendo um conjunto de orien-
§ O material explora a utilização do software GeoGebra e
tações que norteia a (re)elaboração dos currículos de
de planilhas no estudo das funções exponenciais.
referência das escolas das redes pública e privada de
ensino de todo o Brasil. Traz os conhecimentos essen- DOMINGUES, H. H.; IEZZI, G. Álgebra moderna. 4. ed.
ciais, as competências, habilidades e aprendizagens reformulada. São Paulo: Atual, 2003.
pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da § Essa obra apresenta conceitos matemáticos como
Educação Básica. conjuntos, funç ões, entre outros, destacando demons-
trações e a importância de uma linguagem formal na
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares
escrita matemática.
Nacionais da Educação Básica. Brasília, DF, 2013.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php? EVES, H. Introdução à história da Matemática. Tradução de
option=com_docman&view=download&alias=15548- Hygino H. Domingues. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192. Acesso § O livro aborda vários fatos e estudos da Matemática
em: 14 ago. 2020. organizados de forma cronológica.
§ As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas
obrigatórias para a Educação Básica e orientaram a FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pes-
elaboração da BNCC. Elas são discutidas, concebidas e quisa. 18. ed. Campinas: Papirus, 2012. (Coleção Magistério:
fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Formação e Trabalho Pedagógico).
§ Essa obra propõe reflexões sobre a construção de um
BRASIL. Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília, saber mais integrado e livre, destacando a integração
DF: Presidência da República, 2017. Disponível em: http:// de diferentes áreas de conhecimento permeando o pro-
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/ cesso de ensino e aprendizagem.
l13415.htm. Acesso em: 14 ago. 2020.
§ Lei que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação PORTAL DA OBMEP. Rio de Janeiro. Disponível em: https://
Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do portaldaobmep.impa.br/. Acesso em: 14 ago. 2020.
Ensino Médio, ampliando o tempo mínimo do estudante § Portal que disponibiliza materiais teóricos, videoaulas e ati-
na escola de 800 horas para 1 000 horas anuais (até 2022) vidades interativas sobre matemática na Educação Básica.
e definindo uma nova organização curricular, mais flexí-
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da
vel, que contemple a Base Nacional Comum Curricular
informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012. (Coleção Papirus
(BNCC), conhecida como o Novo Ensino Médio.
Educação).
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a popula- § Essa obra busca refletir sobre as relações entre educação e
ção brasileira. 2a. ed. Brasília, DF, 2014. Disponível em: https:// tecnologias, evitando jargões, teorias e abordagens espe-
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_popu cíficas desses campos de conhecimento, de modo que
lacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. as discussões propostas fossem mais acessíveis a todos.

158
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio https://www.nilsonjosemachado.net/sema20100831.pdf.
de Janeiro: SBM, 2006. 3 v. (Coleção do professor de Acesso em: 14 ago. 2020.
Matemática). ƒ Esse material apresenta aspectos históricos sobre o
ƒ Livro que aborda conceitos matemáticos desenvolvidos número de Euler, que contribuem para ampliar o estudo
no Ensino Médio, destacando demonstrações e ativida- sobre o tema.
des de aprofundamento.
PONTE, J. P.; BROCADO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações
LOPES, C. A. E.; NACARATO, A. M. (org.). Escritas e leituras matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica,
na educação matemática. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
2009. ƒ Nessa obra são apresentadas algumas vantagens em
ƒ Livro que traz um compilado de artigos discutindo perspec- se trabalhar com investigações matemáticas em sala
de aula, destacando o estabelecimento de conjecturas,
tivas consideradas fundamentais no ensino de Matemática,
reflexões e formalização do conhecimento matemático
que deve focalizar os saberes do aluno, incentivando a
pelos estudantes.
criação dos próprios procedimentos e desenvolvimento
do raciocínio e da criatividade, priorizando a aquisição e SKOVSMOSE, O. Educação matemática crítica: a questão
comunicação em linguagem matemática. da democracia. Tradução de Abgail Lins, Jussara de Loiola
Araújo. 6. ed. Campinas: Papirus, 2013. (Coleção Perspectivas
MACHADO, N. J. Epistemologia e didática: as concepções em Educação Matemática).
de conhecimento e inteligência e a prática docente. 6. ed.
ƒ Neste livro, as discussões destacam a importância da
São Paulo: Cortez, 2005
perspectiva democrática na educação matemática e
ƒ Essa obra apresenta reflexões que buscam articular o seu caráter emancipatório, enfatizando o papel da
questões epistemológicas e ações docentes, bem como modelagem na educação matemática.
analisar formas usuais do trabalho escolar propondo
alternativas didáticas. ROQUE, T. História da Matemática: uma visão crítica, des-
fazendo mitos e lendas. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MELO, M. C. P.; JUSTULIN, A. M. A resolução de proble- ƒ Esse é o primeiro livro de história da Matemática escrito
mas: uma metodologia ativa na construção do conceito por um autor brasileiro. Na verdade, uma autora, que apre-
de semelhança de triângulos. In: Encontro Paranaense senta um olhar crítico de como a história da Matemática
de Educação Matemática, XV. Anais [...]. Londrina, 2019. tem sido contada ao longo do tempo.
Disponível em: http://www.sbemparana.com.br/eventos/
index.php/EPREM/XV_EPREM/paper/viewFile/1019/881. SOARES, E. C. Uma investigação histórica sobre os loga-
Acesso em: 14 ago. 2020. ritmos com sugestões didáticas para a sala de aula.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio
ƒ Apresentação teórica e prática da metodologia de reso-
Grande do Norte, Natal, 2011.
lução de problemas.
ƒ Explora o trabalho com logaritmos em situações de sala
MONTEIRO, M. S.; CERRI, C. História dos números com- de aula, considerando uma perspectiva histórica.
plexos. São Paulo: CAEM – IME-USP, 2011. Disponível em:
UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para
https://www.ime.usp.br/~martha/caem/complexos.pdf.
Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendi-
Acesso em: 14 ago. 2020. zagem. Jomtien, 1990. Brasília, DF, 1990. Disponível em:
ƒ Apresenta informações sobre o desenvolvimento dos https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000086291_
números complexos ao longo da história. por. Acesso em: 14 ago. 2020.
ƒ Documento importante para conhecimento do pro-
PATERLINI, R. R. Técnicas de máximos e de mínimos. RPM,
fessor e que foi um dos suportes para a elaboração da
Rio de Janeiro, n. 35. Disponível em: http://www.rpm.org.
BNCC.
br/cdrpm/35/6.htm. Acesso em: 14 ago. 2020.
ƒ Artigo no qual são investigadas situações-problema por WAGNER, E. Por que as antenas são parabólicas RPM,
meio de diferentes técnicas para se encontrar os valores Rio de Janeiro, n. 33. Disponível em: http://rpm.org.br/
de máximo ou de mínimo da função. cdrpm/33/3.htm. Acesso em: 14 ago. 2020.
ƒ Artigo que apresenta uma reflexão sobre a forma para-
CARVALHO, J. P. de. Um problema de Fibonacci. RPM, Rio bólica das antenas.
de Janeiro, n. 17. Disponível em: http://www.rpm.org.br/
cdrpm/17/2.htm. Acesso em: 14 ago. 2020. ZABALA, A.; ARNAU, L. Como aprender e ensinar compe-
ƒ Apresenta uma explicação sobre a história do matemá- tências. Tradução de Carlos Henrique Lucas Lima. Porto
tico Leonardo Fibonacci e como ele chegou à sequência Alegre: Artmed, 2010.
de Fibonacci. ƒ Uma obra que apresenta um novo enfoque no ensino
e na aprendizagem de competências, priorizando as
POMMER, W. M. O número de Euler: possíveis abordagens capacidades cognitivas, em relação à aquisição de
no ensino básico. São Paulo: FEUSP, 2010. Disponível em: conhecimento.

159
> SIGLAS DE VESTIBULARES
AFA-SP: Academia da Força Aérea UEPB: Universidade Estadual da Paraíba
Cefet-PR: Centro Federal de Educação Tecnológica do UEPG-PR: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Paraná UERJ: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
EEM-SP: Escola de Engenharia Mauá UERN: Universidade Estadual do Rio Grande do Norte
Ence-RJ: Escola Nacional de Ciências Estatísticas Uespi-PI: Universidade Estadual do PiauÍ
Enem/MEC: Exame Nacional do Ensino Médio UFABC-SP: Universidade Federal do ABC
Epcar-MG: Escola Preparatória de Cadetes do Ar UFAL: Universidade Federal de Alagoas
EsPCEx-SP: Escola Preparatória de Cadetes do Exército UFCG-PB: Universidade Federal de Campina Grande
ESPM-SP: Escola Superior de Propaganda e Marketing Ufersa-RN: Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Faap-SP: Fundação Armando Alvares Penteado UFG-GO: Universidade Federal de Goiás
Famerp-SP: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto UFJF-MG: Universidade Federal de Juiz de Fora
Fatec-SP: Faculdade de Tecnologia de São Paulo UFMA: Universidade Federal do Maranhão
FCMSC-SP: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa UFPA: Universidade Federal do Pará
de São Paulo
UFPE: Universidade Federal de Pernambuco
FGV-SP: Fundação Getulio Vargas
UFPI: Universidade Federal do Piauí
FUC-MT: Universidade Católica Dom Bosco
UFPR: Universidade Federal do Paraná
Fuvest-SP: Fundação Universitária para o Vestibular
UFRGS-RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Insper-SP: Instituto de Ensino e Pesquisa
UFRJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro
ITA-SP: Instituto Tecnológico da Aeronáutica
UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Mack-SP: Universidade Presbiteriana Mackenzie
UFV-MG: Universidade Federal de Viçosa
OBMEP: Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas Ulbra-RS: Universidade Luterana do Brasil
PUCCamp-SP: Pontifícia Universidade Católica de UnB-DF: Universidade de Brasília
Campinas Uneb-BA: Universidade do Estado da Bahia
PUC-RS: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Unicamp-SP: Universidade Estadual de Campinas
do Sul Unifesp-SP: Universidade Federal de São Paulo
PUC-SP: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Unifor-CE: Universidade de Fortaleza
Udesc-SC: Universidade do Estado de Santa Catarina Unip-SP: Universidade Paulista
UEA-AM: Universidade do Estado do Amazonas Unisc-RS: Universidade de Santa Cruz do Sul
UEL-PR: Universidade Estadual de Londrina URRN: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
UEG-GO: Universidade Estadual de Goiás Vunesp-SP: Fundação para o Vestibular da Universidade
UEMG: Universidade do Estado de Minas Gerais Estadual Paulista

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