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Ensino Fundamental
Anos finais | 7° ano
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
Gustavo Isaac Killner
João Batista Aguilar
Editor responsável:
2 1 9 0 6 7 André Zamboni
ISBN 978-65-5744-744-4
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida
2 900002 190670 e produzida por SM Educação.
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor de Ciências e Biologia.
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.
22-112948 CDD-372.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
PROFESSOR
O mundo contemporâneo apresenta muitos
desafios para quem discute e pratica educação.
Estamos cercados de informações e de situações
que requerem ferramentas diferenciadas das que
eram usadas há algumas décadas. Como selecio-
nar as informações a que temos acesso? Como
olhar criticamente para a sociedade em que vive-
mos e ensinar nossos estudantes a enfrentar as
demandas que se apresentam, a solucionar pro-
blemas e a tomar decisões?
A reflexão sobre essas questões nos faz per-
ceber que educar, nos dias de hoje, exige um
trabalho voltado para a formação de estudantes
que não fiquem restritos ao consumo das in-
formações do mundo contemporâneo, mas que
sejam capazes de interpretar a realidade, arti-
culando os conhecimentos construídos às habili-
dades de investigação e aos valores de convivên-
cia harmoniosa com a diversidade, com o espaço
e com a natureza.
Esperamos que esta coleção seja de grande
apoio nessa tarefa e que, assim, possamos par-
ticipar da construção de um mundo mais justo
e solidário.
Bom trabalho!
Equipe editorial
Desenvolvimento de
O ESTUDANTE COMO aprendizagens para uso
SUJEITO DA APRENDIZAGEM do conhecimento de
modo crítico e reflexivo.
Cidadão pleno e
atuante na sociedade.
É nesse contexto que as noções de habilidade e de competência vêm sendo amplamente debatidas
na educação. De acordo com Perrenoud (2000), podemos considerar habilidade a capacidade de se ex-
pressar verbalmente ou de realizar determinadas operações matemáticas, por exemplo. Competência,
por sua vez, é a faculdade de mobilizar um conjunto de saberes, de capacidades, de informações, etc.,
ou seja, de habilidades, para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. Assim, a ha-
bilidade de realizar operações matemáticas e a habilidade de se expressar verbalmente podem ser usa-
das em conjunto, por exemplo, para negociar com os colegas e solucionar um problema de orçamento.
HABILIDADE COMPETÊNCIA
• Com as pessoas próximas que se sentem frágeis e indefesas em seu dia a dia.
SOLIDARIEDADE • Com as pessoas que têm doenças graves ou algum tipo de limitação.
• Com as vítimas de desastres naturais.
VII
Aspectos
físicos Aspectos
emocionais
ID/BR
EDUCAÇÃO INTEGRAL
Aspectos
Aspectos afetivos
cognitivos
Aspectos
sociais
brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implemen-
tação. Brasília: MEC/SEB, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_
contemporaneos.pdf. Acesso em: 30 maio 2022.
IX
A determinação dessas competências pela BNCC, em consonância com o que foi apresentado
anteriormente, evidencia a proposta de um ensino com foco no desenvolvimento da capacidade
de aprender a aprender, de saber lidar com a disponibilidade cada vez maior de informações, de
atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, de aplicar conhe-
cimentos para resolver problemas, de ter autonomia para tomar decisões, de ser proativo para
identificar os dados em uma situação e buscar soluções, de conviver e aprender com as diferenças
e as diversidades.
A BNCC explicita as aprendizagens essenciais a ser desenvolvidas em cada componente curri-
cular sem fixar currículos, mas incentivando a contextualização do que se aprende e o protagonis-
mo do estudante. Essa abordagem possibilita maior equidade educacional, pois procura assegurar
que todos tenham acesso à educação sem distinção de cor, gênero ou condição socioeconômica.
XII
XIII
ANÁLISE SÍNTESE
Procedimento e Reunifica os fatos e
habilidade cognitiva a 1
2 possibilita uma visão
ser desenvolvida pelos mais abrangente da
estudantes. situação em estudo.
METODOLOGIAS ATIVAS
A expressão “metodologias ativas” vem sendo bastante usada no meio educacional para tratar
de abordagens que transformam as aulas em experiências de aprendizagem mais significativas e
também para se referir a estratégias de ensino que privilegiam a ação do estudante como autor do
próprio aprendizado, em oposição ao uso exclusivo de abordagens mais tradicionais, que se valem,
em sua maioria, da exposição de conteúdo.
A metodologia ativa se caracteriza pela inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política
e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados na atividade do
aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem.
(Bacich; Moran, 2018, p. 17.)
Nesse sentido, as demandas da sociedade atual vêm requerendo que a escola procure mudar o
modo como orienta a construção de conhecimentos, já que, hoje, os estudantes podem ter à dispo-
sição tecnologias e ferramentas digitais que lhes permitem acessar informações e interagir com o
conhecimento de forma rápida. Dessa forma, o contexto contemporâneo propicia o uso das metodo-
logias ativas, pois vivemos em um momento em que se combinam a disponibilidade das tecnologias
de informação e de comunicação com as demandas de transformação da sociedade atual.
As metodologias ativas são estratégias de ensino que indicam novos caminhos para as práticas
pedagógicas, pois se propõem a deixar as aulas mais interessantes e dinâmicas e a possibilitar maior
autonomia aos estudantes, valorizando suas opiniões, suas reflexões, seus conhecimentos prévios e
suas experiências, de modo a torná-los mais preparados para atuar na vida em sociedade.
XIV
XVI
↓
CULTURA DO QUESTIONAMENTO
ARGUMENTAÇÃO
Uma educação voltada à formação de sujeitos críticos, conscientes e questionadores, que
agem orientados por princípios éticos e democráticos, deve propiciar o desenvolvimento da com-
petência argumentativa dos estudantes. Essa competência possibilita a eles reconhecer o que é
proveniente do senso comum, distinguir fatos de opiniões, analisar premissas e pressupostos e
avaliar argumentos de autoridades, para formar opiniões próprias com base em critérios obje-
tivos. Além disso, lhes favorece a participação atuante na sociedade, ao oferecer subsídios para
que exponham suas ideias e seus conhecimentos, de maneira clara, organizada, respeitosa e
em conformidade com os direitos humanos. Como explica Fiorin (2016, p. 9), a vida em sociedade
[…] trouxe para os seres humanos um aprendizado extremamente importante: não se poderiam
resolver todas as questões pela força, era preciso usar a palavra para persuadir os outros a fazer
alguma coisa. Por isso, o aparecimento da argumentação está ligado à vida em sociedade e,
principalmente, ao surgimento das primeiras democracias. No contexto em que os cidadãos
eram chamados a resolver as questões da cidade é que surgem também os primeiros tratados
de argumentação. Eles ensinam a arte da persuasão.
Todo discurso tem uma dimensão argumentativa. Alguns se apresentam como explicitamente
argumentativos (por exemplo, o discurso político, o discurso publicitário), enquanto outros não
se apresentam como tal (por exemplo, o discurso didático, o discurso romanesco, o discurso lí-
rico). No entanto, todos são argumentativos: de um lado, porque o modo de funcionamento real
do discurso é o dialogismo; de outro, porque sempre o enunciador pretende que suas posições
sejam acolhidas, que ele mesmo seja aceito, que o enunciatário faça dele uma boa imagem. Se,
como ensinava Bakhtin, o dialogismo preside à construção de todo discurso, então um discurso
XVII
LEITURA INFERENCIAL
O processo inferencial permite e garante a organização dos sentidos elaborados pelo leitor
em sua interação com o texto. A capacidade de realizar uma leitura em níveis inferenciais é uma
característica essencial para a compreensão da linguagem, pois, assim como o leitor memoriza
as informações explícitas de um texto, ele também incorpora as informações inferidas. Desse
modo, compreender a linguagem é entender as relações entre o que está explícito no texto e
aquilo que o leitor pensa, conclui e infere por conta própria, com base em seu conhecimento
de mundo e em suas experiências de vida. Fazer inferências possibilita ao leitor refletir e gerar
novos conhecimentos com base em informações presentes no texto, os quais passam, então, a
fazer parte do conjunto de saberes desse leitor.
LEITURA INFERENCIAL
João Picoli/ID/BR
Informações Informações presentes no Conhecimentos e
presentes no texto contexto experiências do leitor
Construção de sentido
XVIII
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
De acordo com o senso comum, imagina-se que o pensamento computacional diz respeito a
saber navegar na internet, utilizar as redes sociais, enviar e-mails e utilizar ferramentas digitais
para elaborar um texto ou resolver uma equação. Contudo, o pensamento computacional está
relacionado a estratégias usadas para solucionar problemas de maneira eficaz.
O pensamento computacional é uma distinta capacidade criativa, crítica e estratégica humana
de saber utilizar os fundamentos da computação, nas mais diversas áreas do conhecimento,
com a finalidade de identificar e resolver problemas, de maneira individual ou colaborativa,
através de passos claros, de tal forma que uma pessoa ou uma máquina possam executá-los
eficazmente.
(Kurshan, 2016 apud Brackmann, 2017, p. 29.)
Essa estratégia de ensino e aprendizagem está próxima do pensamento analítico, que, assim
como a matemática, a engenharia e a ciência, busca, entre outros objetivos, aprimorar a proposi-
ção de soluções para problemas. De acordo com a BNCC,
[…] [o] pensamento computacional […] envolve as capacidades de compreender, analisar, de-
finir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica
e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos.
(Brasil, 2018, p. 474.)
Em suma, o pensamento computacional pode ser entendido como um conjunto de habilidades
empregadas para identificar e resolver problemas, cuja solução proposta pode ser executada por
um computador ou uma pessoa. Para que isso aconteça, podem ser utilizados conceitos e práticas
comuns à computação, mas não restritos a ela, como a simplificação de situações-problema a
partir da identificação de seus elementos essenciais e de similaridades com contextos anterio-
res, a decomposição de problemas em partes menores e a definição de uma sequência de ações
para a realização e a automação de tarefas (Grover; Pea, 2013). Também tomamos como base os
XIX
XX
Com relação às Ciências da Natureza, convém ao professor pôr em discussão e buscar ma-
neiras de incorporar a diversidade de interesses e as motivações dos estudantes às atividades,
tanto individuais como coletivas, que envolvem resolução de problemas, argumentação, troca
de opiniões e escuta. Desse modo, o desenvolvimento das competências leitora e argumentativa
pode se dar de forma mais orgânica e integrada ao projeto de vida do estudante. Além disso, o
professor pode desafiar o estudante a realizar pesquisas e a produzir análises críticas de temas
que agucem sua curiosidade e tenham relação com sua identidade, sempre com base na ciência e
em informações idôneas. Assim, o professor poderá ajudar o estudante a ultrapassar barreiras
e limites, acolhendo-o e motivando-o a traçar seu percurso para além da sala de aula.
XXI
XXII
Equidade, como a própria BNCC explicita, significa, na prática, reconhecer que as necessi-
dades dos estudantes são diferentes.
Ao fazer as escolhas curriculares, é papel de cada rede considerar a comunidade que a integra,
de forma ampla, assim como devem ficar nas mãos das escolas e dos professores as escolhas
necessárias para que esse currículo dialogue com a realidade de seus estudantes e os engaje no
desejo de aprendizagem. Ou seja, a equidade se explicita a cada escolha feita pelos atores que
compõem cada rede estadual e municipal de ensino e cada comunidade escolar, e essas decisões
devem, necessariamente, dialogar com os diferentes perfis culturais e socioeconômicos que cada
sala de aula acolhe.
Sabemos que não se trata de uma tarefa fácil. Por isso, sob essa perspectiva, é preciso en-
gajamento, colaboração e respeito mútuo, para que seja possível garantir um melhor índice nas
aprendizagens e uma cultura de paz na comunidade escolar e em seu entorno.
Nesse sentido, a escola, ao exercer o compromisso de formar cidadãos atentos aos direitos
humanos e aos princípios democráticos, deve envolver as famílias de forma direta e intencional,
ou seja, é necessária a presença das famílias em encontros formativos nos quais sejam discutidos
temas para que toda a comunidade escolar pactue valores e práticas que visem à cooperação e à
resolução de conflitos de modo não violento. Entre os inúmeros benefícios sociais que esse diálogo
é capaz de gerar estão a construção de uma cultura de paz e a potencialização da capacidade de
aprendizagem das crianças e dos jovens.
Ao se falar de cultura de paz, é importante despertar a atenção dos estudantes para a forma
como eles se expressam, tanto em situações presenciais quanto nas interações virtuais, e propor-
cionar situações de aprendizagem que mobilizem competências como empatia, respeito, respon-
sabilidade, comunicação e colaboração. Deve-se desnaturalizar qualquer forma de violência, com
atenção especial à saúde mental dos estudantes.
Dessa maneira, é necessário frisar a extrema importância do combate ao bullying no ambiente
escolar. Sobre esse tema, o trecho do artigo a seguir define bem o que é o bullying e traz importante
orientação sobre o que fazer, caso essa prática seja identificada na turma.
[…]
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas,
feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo
bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem
uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação,
humilhação e maltrato.
[…]
10. O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. “Se algo ocorre e o professor se
omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo
caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes
Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da
Sociedade Brasileira de Pediatria. O professor pode identificar os atores do bullying: autores,
espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas
é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difí-
cil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado?
Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho”.
21 perguntas e respostas sobre bullying. Nova Escola, 1o ago. 2009. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola. Acesso em: 30 maio 2022.
Outra estratégia que pode colaborar para a promoção da cultura de paz é a comunicação não
violenta (CNV), sistematizada pelo psicólogo estadunidense Marshall Rosenberg (1934-2015).
XXIV
PROJETO DE VIDA
Outro elemento do currículo com alto potencial engajador é o trabalho com os projetos de vida
dos estudantes, que vem ganhando cada vez mais espaço e valorização, pois pode ser um grande
conector do trabalho pedagógico como um todo, inclusive em Ciências da Natureza. O projeto de
vida ganhou destaque nos currículos brasileiros a partir da publicação da BNCC, que o apresenta
como dimensão estruturante para o desenvolvimento integral dos estudantes.
O desenvolvimento de competências é um processo contínuo de aprendizagem. Assim, os ob-
jetos de estudo devem ganhar maior complexidade ao longo dos anos finais do Ensino Fundamen-
tal, de acordo com as etapas de desenvolvimento cognitivo e emocional que fazem parte desse
momento de transição, como dissemos anteriormente, da infância para a adolescência. O intuito
é que os estudantes, que geralmente chegam ao 6o ano bastante dependentes da família e de con-
dução para cada atividade escolar, atinjam, ao final do 9o ano, um nível de autoconhecimento e de
autonomia condizente com sua idade e com seus aspectos pessoais e possam ingressar no Ensino
Médio capazes de fazer escolhas conscientes diversas.
Nessa jornada, o trabalho com o projeto de vida pode oferecer uma oportunidade para que os
jovens desenvolvam não apenas o autoconhecimento, mas também a comunicação, a colaboração
e o respeito a diversos pontos de vista. Eles podem investigar o que imaginam para seu futuro, de
forma dinâmica e interessante, e aprender a problematizar a realidade, escolher caminhos e de-
senvolver a autonomia na transição da vida infantil para a adolescência e para a juventude.
Além do potencial engajador para os estudantes, outro ponto a ser destacado no trabalho com
o projeto de vida é que ele pode representar a oportunidade de promover a integração curricular.
Quando falamos de superar a fragmentação curricular, nos referimos à colaboração entre áreas,
não de forma abstrata, mas, acima de tudo, entre pessoas, que são as que fazem, de fato, a edu-
cação e a escola. Quando os corpos docente e discente conseguem definir espaços e estratégias
eficazes para acolher e buscar soluções conjuntas para problemas reais, o trabalho colaborativo
torna-se parte da cultura escolar e o currículo, de fato, favorece a aprendizagem dos jovens.
AVALIAÇÃO E AUTOAVALIAÇÃO
Em seus aspectos mais abrangentes, a avaliação em Ciências da Natureza não difere da que
deve ser realizada em outras disciplinas. De acordo com Zabala (1998, p. 201):
Por que avaliar? O aperfeiçoamento da prática educativa é o objetivo básico de todo educador.
[…] E para melhorar a qualidade do ensino é preciso conhecer e poder avaliar a intervenção
pedagógica dos professores, de forma que a ação avaliadora observe simultaneamente os pro-
cessos individuais e os grupais. Referimo-nos tanto a processos de aprendizagem como aos
de ensino, já que, desde uma perspectiva profissional, o conhecimento de como os meninos
e meninas aprendem é, em primeiro lugar, um meio para ajudá-los em seu crescimento e, em
segundo lugar, é o instrumento que tem que nos permitir melhorar nossa atuação na aula.
Nesse sentido, entendemos – concordando com Zabala – que o processo de avaliação deve
ser permanente e global. Isso quer dizer que devemos considerar a avaliação um contínuo per-
manente de observação, acompanhamento e análise crítica da aprendizagem dos estudantes e,
consequentemente, do processo de ensino. É importante que o professor perceba que a avaliação
entendida como coleta, sistematização e análise de dados tem caráter investigativo e de pesqui-
sa muito significativo. A análise permanente dos dados coletados deve permitir o diagnóstico, o
XXV
Análise
Diagnóstico
CICLO AVALIATIVO
Intervenção
Avaliação inicial
Considerando que o conhecimento se dá na interação do sujeito com o meio no qual ele está
inserido, o estudante é concebido como alguém que constrói conhecimentos dentro e fora da es-
cola. Os conhecimentos prévios nem sempre estão corretos sob o ponto de vista científico, mas são
importantes para que o professor tome decisões sobre os caminhos a serem trilhados em sala de
aula. Então, é necessário que o professor conheça o que o estudante já sabe a respeito de deter-
minado assunto, para que possa organizar o trabalho educativo de modo que não repita conteúdos
desnecessários nem proponha um desafio maior que as possibilidades do estudante naquele mo-
mento. Assim, a investigação realizada pelo professor para levantar os conhecimentos prévios do
estudante caracteriza a própria avaliação inicial, que servirá de subsídio para a organização de sua
proposta hipotética de intervenção. Nesta coleção, a seção Primeiras ideias, na abertura da unida-
de, e o boxe Para começar, nas aberturas de capítulo, são momentos de apoio para a realização de
uma sondagem diagnóstica dos conhecimentos prévios dos estudantes quando o trabalho com um
novo tema for iniciado.
Avaliação reguladora
No processo de aplicação da proposta de intervenção, será necessário fazer ajustes para se
adequar às necessidades de cada estudante, conforme os resultados vão surgindo. A avaliação re-
guladora, então, pode ser vista como um replanejamento por parte do professor. Desse modo, é im-
portante que não haja apenas um momento final de avaliação, quando, muitas vezes, já não há mais
tempo de redirecionar o trabalho, caso os objetivos não estejam sendo alcançados. Além disso, a
XXVI
ABERTURA DE UNIDADE
A unidade inicia-se com um pequeno tex- UNIDADE 3
to introdutório e a indicação dos capítulos
que a compõem. Na seção Primeiras ideias, GEODINÂMICA
há perguntas que permitem aos estudantes O planeta Terra foi formado há cerca de 4,6 bilhões de anos
e, desde então, está em constante transformação, seja pela
acessar brevemente seu repertório e seus movimentação dos continentes, seja pelo processo de formação
de cordilheiras e de ilhas.
Nesta unidade, vamos estudar os fenômenos naturais envolvidos
conhecimentos prévios sobre o tema e com- nessas transformações e suas consequências para os seres vivos.
partilhá-los. CAPÍTULO 1
Formação da Terra
CAPÍTULO 2
Planeta dinâmico
resse dos estudantes para o tema da unidade e 4. Em que ocasiões os fenômenos naturais são considerados catástrofes?
CAPÍTULOS
O conteúdo da unidade está organizado em
capítulos, de dois a quatro por unidade. Os ca-
pítulos estão diretamente relacionados à com-
preensão dos termos, dos conhecimentos e
dos conceitos científicos fundamentais. O texto
principal é associado a ilustrações, fotografias,
micrografias, gráficos, mapas, tabelas, entre
outros recursos, a fim de facilitar o entendimen-
to do conteúdo e propiciar o contato dos estu-
dantes com diversas formas de organização de
informações. Ideias-chave e termos essenciais
são destacados no texto.
XXVIII
Gráficos: ID/BR
78% músculos intercos
tais entrada de ar
leva ao aument
o
de volume da
0,04%
construção do conhecimento.
caixa torácica
0,96% ,
com consequente
diminuição de
Calasans/ID/BR
21% pressão
interna, o que músculos
favorece
a entrada de ar intercostais
Gás carbônico nos
Outros pulmões.
Gás oxigênio
Ilustrações: Hudson
Nitrogênio diafragma
y/Fotoarena
e Física CRC).
77. ed. esquemáticas
sem proporção nos gráficos desta página. entrando
PANTANAL altura: 1,5 m
BIODIVERSIDADE DO e períodos se-
Boca Raton: CRC
Press, 1997. (Representaçõe
de alagamento
de tamanho;
cores-fantasia s
entre períodos
Fonte de pesquis .)
ibilidade de
de Oliveira/Alam
194
fundamentos de
anatomia e fisiologi Bryan Derrickson. Corpo A alternância ão única de dispon ificada se
a. 8. ed. Porto humano: nal uma condiç divers
Alegre: Artmed,
2012. p. 469. cos cria no Panta uma fauna muito
permitiu que
alimentos. Isso .
Fernando Quevedo
nesse bioma a, o cervo-
desenvolvesse o), a onça-pintad
GA_CIE_7_LE_4ED_
ra (maior roedor do mund feros que com-
alguns dos mamí
-do-pantanal
194
Imagens
ções e possibilidades de vivenciar atitudes
morador
Pantaneiro é o
l que tem
Andre Dib/Pulsar
3m
comprimento:
da região do Pantana
is tradicionais.
hábitos cultura
iro é
A rotina do pantane
regime de
determinada pelo
17/05/22 13:31
facilitando a consulta.
Nos rios, por exemplo, cujo fluxo de água vai das áreas mais
altas para as mais baixas, a água próxima à nascente costuma
ser pobre em matéria orgânica e rica em gás oxigênio.
foz: local onde as águas de um rio, um À medida que segue seu curso em direção à foz, o rio carrega
córrego ou um riacho desembocam em outro mais sedimentos e matéria orgânica e tende a reter menos gás
corpo de água, como o mar. oxigênio. A presença de matéria orgânica torna o solo de suas
nascente: local onde afloram as águas de margens fértil, ou seja, um solo que permite o bom desenvol-
um rio, um córrego ou um riacho. vimento de plantas.
Os lagos, em especial os mais profundos, apresentam três
zonas distintas. Veja no esquema a seguir.
superfície, tem
muita luz, e as
Esquema de um lago. Nesse algas planctônicas
ambiente, há três zonas distintas: realizam a
a zona litorânea, a zona limnética fotossíntese.
e a zona profunda. (Representação
sem proporção de tamanho e
distância; cores-fantasia.)
A zona profunda recebe menos
luz e tem temperatura mais
baixa que as demais zonas.
156
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16/05/22 15:26
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
CIÊNCIA DINÂMICA
Pautada na leitura de textos e em
questões para discussão, a seção tra-
balha o caráter mutável das explicações
científicas, o papel das controvérsias na
construção do conhecimento, a histó-
ria da ciência, o trabalho em equipe e a
construção de teorias, como a elabora-
ção de um consenso entre várias cola-
borações. Essa seção também contribui
para o desenvolvimento do letramento
científico, ao propor reflexões sobre a
natureza das ciências e os fatores éticos
e políticos que circundam sua prática.
AMPLIANDO HORIZONTES
Por meio de textos de circulação so-
cial, a seção evidencia que os conteúdos
estudados estão relacionados a questões
importantes da sociedade e que nos colo-
camos diante delas alicerçados nos valo-
res que adotamos. A intenção é permitir
o desenvolvimento de outro aspecto do
letramento científico: o entendimento
das relações existentes entre ciência,
tecnologia, sociedade e meio ambiente,
com reflexão e formação em valores.
XXX
INVESTIGAR
A seção, que aparece duas vezes em
cada volume, propõe atividades de caráter
investigativo voltadas para a aplicação de
metodologias de pesquisa de forma mais
organizada e orientada, incluindo estudos
com bibliografia e entrevista, entre outros.
Essa seção está estruturada da seguin-
te forma: Para começar (contextualização
e apresentação da proposta), O problema
(questão a ser investigada), A investigação
(apresentação do procedimento e do ins-
trumento de coleta de dados), Prática de
pesquisa (texto instrucional sobre como
realizar a atividade), Questões para dis-
cussão (indagações relacionadas à forma
como a atividade foi realizada e aos resul-
tados obtidos) e Comunicação dos resulta-
dos (orientação a respeito do compartilha-
mento do conhecimento produzido).
O organizador gráfico a seguir apresenta a programação das metodologias desenvolvidas em
cada volume da coleção.
INSTRUMENTO COMUNICAÇÃO
INVESTIGAR PROCEDIMENTO
DE COLETA DOS RESULTADOS
Unidade Pesquisa
documental Análise documental
6 Animais sinantrópicos Múltiplas
e pesquisa de e entrevista
campo
6o
ANO
Unidade
Conhecendo as Pesquisa
Fontes bibliográficas Apresentação
9 deficiências e os meios bibliográfica e
e questionário aberto oral e debate
de superá-las entrevista
Unidade Pesquisa
Construindo um Fontes de pesquisa Apresentação
bibliográfica
2 modelo de motor e construção de um oral e
e testes
a vapor modelo demonstração
empíricos
7o
ANO
XXXI
Unidade
O uso de modelos Pesquisa
1 Fontes bibliográficas Exposição visual
na ciência bibliográfica
9o
ANO
Unidade
A sobrevivência Pesquisa
6 Fontes bibliográficas Debate
humana fora da Terra bibliográfica
ATIVIDADES INTEGRADAS
Ao final de cada unidade, a seção re-
toma e integra conteúdos estudados nos
capítulos. O trabalho com essa seção
pode ser considerado uma possibilidade
de avaliação final, assim como um meio
essencial para levar os estudantes a de-
senvolver processos cognitivos mais com-
plexos, uma vez que eles devem ampliar
as relações conceituais construídas ao
longo da unidade, além de solucionar os
diferentes problemas apresentados nas
atividades. A questão de valor, ao final da
seção, retoma a discussão a respeito do
valor principal explorado na unidade.
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO
A seção apresenta questões que visam levar os estudan- IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 5
tes a verificar o próprio progresso, refletindo sobre suas Capítulo 1 – Os sistemas ecológicos e o ambiente
• Compreendo o que são sistemas ecológicos e os exemplifico?
• Caracterizo os sistemas ecológicos em níveis de organização:
des específicas.
134
INTERAÇÃO
A seção oferece aos estudantes a opor- INTE RAÇ ÃO
tunidade de planejar e realizar projetos,
trabalhar coletivamente e intervir em seu TODOS PELA
meio; portanto, é um trabalho voltado es- REDUÇÃO DE
EMISSÕES DE
pecificamente para o desenvolvimento de GÁS CARBÔNICO
competências. As atividades propostas
nessa seção ampliam as possibilidades de A
s emissões de gás carbônico
decorrentes de diversas
atividades humanas estão
associadas ao aqueciment
global. Estima-se que cerca o
de 90% do CO emitido em
atividades humanas seja 2
gerado pela queima de com-
bustíveis fósseis e nas indústrias,
enquanto os outros quase
Images
século.
Neste projeto, você e os colegas
Tonkovic/iStock/Getty
e implementar uma ação vão pesquisar, selecionar
TEMA PRODUTO
6º Reciclagem e transformações
Composteira na escola
ANO da matéria orgânica
XXXIII
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Movimentos
Unidade 1
Movimentos, Capítulo 2:
forças e Forças
máquinas
Capítulo 3:
Máquinas
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 2 Energia térmica
Temperatura e
calor Capítulo 2:
Propagação e efeitos do calor
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 3 Formação da Terra
Geodinâmica Capítulo 2:
Planeta dinâmico
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Ar e seres vivos
Unidade 4 Capítulo 2:
Ar e atmosfera Poluição do ar
Capítulo 3:
Mudanças na atmosfera
Fechamento de unidade
XXXIV
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 5 Os sistemas ecológicos e o ambiente
Os seres vivos e
o ambiente Capítulo 2:
Grandes ambientes terrestres
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal
Unidade 6
Capítulo 2:
Ambientes do Mata Atlântica, Caatinga e Pampa
Brasil
Capítulo 3:
Ecossistemas aquáticos
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
O que a ecologia estuda
Unidade 7 Capítulo 2:
Ecologia Relações ecológicas
Capítulo 3:
Matéria e energia nos ecossistemas
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Sistema respiratório
Unidade 8 Capítulo 2:
Sistema digestório
Funcionamento
do corpo Capítulo 3:
humano Sistema circulatório
Capítulo 4:
Sistema urinário
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Diversidade de organismos e saúde
Unidade 9
Capítulo 2:
Saúde individual Sistemas de defesa do corpo humano
e coletiva
Capítulo 3:
Ações para a saúde coletiva
Fechamento de unidade
Interação
Todos pela redução de emissões de gás carbônico
XXXV
1. Atmosfera • Atmosfera: definição, características e camadas • Forma, (EF06CI11) Identificar as diferentes ca-
2. Hidrosfera • Hidrosfera: corpos de água e ciclo da água estrutura e madas que estruturam o planeta Terra
3. Geosfera • Água doce, água salobra e água salgada movimentos (da estrutura interna à atmosfera) e suas
Unidade 2 – Planeta Terra
VALOR
Respeito à natureza
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Visita a um museu geológico para observação
de amostras
CIÊNCIA DINÂMICA
Hipóteses e evidências sobre a idade da Terra.
1. Proprieda- • Propriedades gerais da matéria: massa e volume • Misturas (EF06CI01) Classificar como homogênea ou
des dos • Propriedades específicas da matéria: homogêneas heterogênea a mistura de dois ou mais mate-
materiais densidade e solubilidade e heterogê- riais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.).
2. Misturas e • Estados físicos da matéria neas (EF06CI02) Identificar evidências de trans-
substâncias • Misturas homogêneas e misturas • Separação de formações químicas a partir do resultado de
3. Transfor- heterogêneas materiais misturas de materiais que originam produtos
mações • Separação de misturas • Materiais diferentes dos que foram misturados (mistura
Unidade 4 – Materiais
de materiais • Transformações físicas e químicas sintéticos de ingredientes para fazer um bolo, mistu-
• Evidências de transformações químicas • Transfor- ra de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
• Materiais naturais e materiais sintéticos mações (EF06CI03) Selecionar métodos mais ade-
químicas quados para a separação de diferentes siste-
VALOR
mas heterogêneos a partir da identificação de
Criatividade na solução de problemas
processos de separação de materiais (como
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS a produção de sal de cozinha, a destilação de
Construção de um filtro simples e teste de petróleo, entre outros).
elementos filtrados (EF06CI04) Associar a produção de medi-
AMPLIANDO HORIZONTES camentos e outros materiais sintéticos ao
Transformações aplicadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, re-
reaproveitamento de resíduos conhecendo benefícios e avaliando impactos
socioambientais.
XXXVI
seres vivos • Classificação biológica e grupos de seres vivos vida trutural e funcional dos seres vivos.
2. Grupos de VALOR (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
seres vivos Justiça – direito à educação se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
digitais), que os organismos são um com-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS plexo arranjo de sistemas com diferentes
Pesquisa e construção de um modelo de níveis de organização.
célula
CIÊNCIA DINÂMICA
Aspectos históricos da classificação dos seres
1. Os animais • Origem e diversidade dos animais • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
2. Invertebra- • Poríferos, cnidários, platelmintos e unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
dos mais nematódeos vida digitais), que os organismos são um com-
complexos • Moluscos, anelídeos, artrópodes e • Interação plexo arranjo de sistemas com diferentes
equinodermos entre os níveis de organização.
Unidade 6 – Invertebrados
1. Peixes e • Cordados e protocordados • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
anfíbios • Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
Unidade 7 – Vertebrados
1. Sistema • Sistema esquelético, estrutura e função dos • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
esquelético ossos; articulações unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
2. Sistema • Tecido muscular e tipos de músculo vida digitais), que os organismos são um com-
Unidade 8 – Locomoção humana
muscular • Movimentos voluntários e movimentos • Interação plexo arranjo de sistemas com diferentes
3. Movimento involuntários entre os níveis de organização.
e saúde • Atividade física e saúde sistemas (EF06CI07) Justificar o papel do sistema
VALOR locomotor e nervoso na coordenação das ações mo-
Responsabilidade diante das regras sociais nervoso toras e sensoriais do corpo, com base na
análise de suas estruturas básicas e res-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS pectivas funções.
Construção de modelo de articulação e
(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sus-
observação do mecanismo de ação dos
tentação e a movimentação dos animais
músculos
resultam da interação entre os sistemas
AMPLIANDO HORIZONTES muscular, ósseo e nervoso.
Respeito às regras de acessibilidade
XXXVII
mento do Respeito a nós mesmos • Lentes digitais), que os organismos são um com-
sistema corretivas plexo arranjo de sistemas com diferentes
nervoso PRÁTICAS DE CIÊNCIAS níveis de organização.
Experimento com a percepção tátil (EF06CI07) Justificar o papel do sistema
3. Sistema
sensorial CIÊNCIA DINÂMICA nervoso na coordenação das ações mo-
Revisão e questionamento de dados pela ciência toras e sensoriais do corpo, com base na
análise de suas estruturas básicas e res-
INVESTIGAR
pectivas funções.
Pesquisa bibliográfica e entrevista sobre
direitos das pessoas com deficiência e (EF06CI08) Explicar a importância da visão
acessibilidade (captação e interpretação das imagens) na
interação do organismo com o meio e, com
base no funcionamento do olho humano,
selecionar lentes adequadas para a corre-
ção de diferentes defeitos da visão.
(EF06CI10) Explicar como o funciona-
mento do sistema nervoso pode ser afe-
tado por substâncias psicoativas.
7O ANO
OBJETO(S) DE
CAPÍTULOS CONTEÚDOS HABILIDADE(S)
CONHECIMENTO
1. Movimen- • Movimento: referencial, trajetória, • Máquinas (EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo
tos deslocamento e velocidade simples da história, das máquinas simples e pro-
2. Forças • Movimento uniforme (MU) e movimento • História dos por soluções e invenções para a realização
3. Máquinas uniformemente variado (MUV) combustíveis de tarefas mecânicas cotidianas.
• Aceleração e das (EF07CI05) Discutir o uso de diferentes
Unidade 1 – Movimentos, forças e máquinas
XXXVIII
2. Planeta VALOR
dinâmico Solidariedade com as vítimas de desastres ambientais de um ecossistema afetam suas populações,
naturais • Fenômenos podendo ameaçar ou provocar a extinção de
naturais espécies, alteração de hábitos, migração etc.
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (vulcões, (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais
Modelo de movimentação de placas terremotos (como vulcões, terremotos e tsunamis) e
AMPLIANDO HORIZONTES e tsunamis) justificar a rara ocorrência desses fenô-
Refugiados de catástrofes naturais • Placas menos no Brasil, com base no modelo das
tectônicas placas tectônicas.
e deriva (EF07CI16) Justificar o formato das costas
continental brasileira e africana com base na teoria da
deriva dos continentes.
1. Ar e seres • Ar e composição da atmosfera • Equilíbrio (EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio ter-
vivos • Trocas gasosas dos seres vivos termodinâ- modinâmico para a manutenção da vida na
2. Poluição • Poluentes, poluição do ar mico e vida Terra, para o funcionamento de máquinas
do ar • Alterações na atmosfera, efeito estufa, na Terra térmicas e em outras situações cotidianas.
3. Mudanças aquecimento global e camada de ozônio • Fenômenos (EF07CI11) Analisar historicamente o uso da
na atmos- naturais e tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes
VALOR
fera impactos dimensões da vida humana, considerando in-
Honestidade – recusa à fraude e ao engano
ambientais dicadores ambientais e de qualidade de vida.
intencional
Unidade 4 – Ar e atmosfera
ambiente
Responsabilidade diante das próximas gerações
2. Grandes
ambientes PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
terrestres Construção de um diorama para representar
relações entre organismos
CIÊNCIA DINÂMICA
Evolução da ciência aplicada à conservação
XXXIX
estuda • Cadeia e teia alimentar impactos danças nos componentes físicos, biológi-
2. Relações ambientais cos ou sociais de um ecossistema afetam
VALOR
ecológicas suas populações, podendo ameaçar ou
Respeito a todas as formas de vida
3. Matéria provocar a extinção de espécies, alteração
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS de hábitos, migração etc.
e energia
Teste de condições na germinação de sementes
nos
ecossis- CIÊNCIA DINÂMICA
temas Implicações do desenvolvimento tecnológico
nos ecossistemas (uso do DDT)
1. Sistema • Estrutura e função dos sistemas respiratório, • Composição (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma
Unidade 8 – Funcionamento
XL
2. Movimen-
tos da Lua • Lua e seus movimentos de rotação e de eclipses, com base nas posições relativas
translação entre Sol, Terra e Lua.
• Fases da Lua e eclipses (EF08CI13) Representar os movimentos de
VALOR rotação e translação da Terra e analisar o
papel da inclinação do eixo de rotação da
e da Lua
Respeito às culturas
Terra em relação à sua órbita na ocorrên-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS cia das estações do ano, com a utilização de
Modelo para estudo da distribuição da modelos tridimensionais.
radiação solar na Terra (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
Modelo para simular e estudar as fases da Lua padrões de circulação atmosférica e oceâ-
AMPLIANDO HORIZONTES nica e ao aquecimento desigual causado
Conhecimentos indígenas sobre os fenômenos pela forma e pelos movimentos da Terra.
astronômicos
1. Clima e • Principais zonas climáticas da Terra • Clima (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
tempo • Formação de ventos e circulação de massas padrões de circulação atmosférica e oceâ-
Unidade 2 – Clima e meteorologia
1. Fontes de • Fontes renováveis e fontes não renováveis • Fontes e (EF08CI01) Identificar e classificar dife-
energia • Combustíveis tipos de rentes fontes (renováveis e não renová-
Unidade 4 – Produção e consumo de energia
2. Geração • Usinas geradoras e panorama energético do energia veis) e tipos de energia utilizados em resi-
de energia Brasil • Transforma- dências, comunidades ou cidades.
elétrica VALOR ção de (EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de
Respeito à natureza energia geração de energia elétrica (termelétri-
• Uso cas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas se-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS melhanças e diferenças, seus impactos
consciente
Construção de um aquecedor solar socioambientais, e como essa energia
de energia
AMPLIANDO HORIZONTES elétrica chega e é usada em sua cidade, comuni-
Iniciativas para a produção de energia limpa dade, casa ou escola.
XLI
1. Reprodução • Reprodução assexuada e reprodução sexuada • Mecanismos (EF08CI07) Comparar diferentes proces-
dos organis- • Algas reprodutivos sos reprodutivos em plantas e animais
mos • Evolução das plantas em relação aos mecanismos adaptativos
Unidade 6 – Reprodução vegetal
2. Algas e e evolutivos.
• Reprodução e diversidade de briófitas,
plantas sem pteridófitas, gimnospermas e angiospermas
sementes • Órgãos vegetativos
3. Plantas com
sementes VALOR
Responsabilidade diante das próximas
gerações
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Observação de protalos de samambaia
Análise de frutos e de sementes
AMPLIANDO HORIZONTES
Plantas, alimentação humana e uso de
agrotóxicos
• Reprodução em vertebrados
brados em relação aos mecanismos adaptativos
VALOR
2. Reprodução e evolutivos.
Criatividade na solução de problemas.
em verte-
brados PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Pesquisa sobre ciclo reprodutivo e contágio de
verminoses
CIÊNCIA DINÂMICA
Importância da comunicação e da troca de
informações entre pesquisadores
XLII
9O ANO
OBJETO(S) DE
CAPÍTULOS CONTEÚDOS HABILIDADE(S)
CONHECIMENTO
1. Constitui- • Modelos atômicos: Dalton, Thomson, • Estrutura da (EF09CI03) Identificar modelos que des-
ção da Rutherford e Bohr matéria crevem a estrutura da matéria (constitui-
matéria ção do átomo e composição de moléculas
Unidade 1 – Matéria: estrutura
problemas
micas
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Pesquisa e construção de uma Tabela
Periódica
CIÊNCIA DINÂMICA
Representação das substâncias
INVESTIGAR
Uso de modelos na ciência
1. Estados • Modelo microscópico para os estados físicos • Estrutura da (EF09CI01) Investigar as mudanças de
físicos e da matéria e as mudanças de estado físico matéria estado físico da matéria e explicar essas
Unidade 2 – Formação de substâncias
XLIII
1. Astros no • Universo, corpos celestes, Sistema Solar e • Composição, (EF09CI14) Descrever a composição e a
Universo galáxias estrutura e estrutura do Sistema Solar (Sol, plane-
2. Um olhar • Astronomia localização tas rochosos, planetas gigantes gasosos
para o • Origem do Universo: explicações mitológicas do Sistema e corpos menores), assim como a locali-
Universo e explicações científicas Solar no zação do Sistema Solar na nossa Galáxia
Universo
Unidade 6 – Universo e Sistema Solar
1. Como os • Biogênese, geração espontânea e hipóteses • Ideias (EF09CI10) Comparar as ideias evolu-
seres vivos sobre a origem da vida evolucio- cionistas de Lamarck e Darwin apresen-
surgem? • Lamarquismo, darwinismo e a teoria sintética nistas tadas em textos científicos e históricos,
2. Evolução da evolução identificando semelhanças e diferenças
Unidade 8 – Evolução
dos seres • Evidências da evolução; evolução humana entre essas ideias e sua importância para
vivos explicar a diversidade biológica.
VALOR
3. A evolução Justiça – direito à educação (EF09CI11) Discutir a evolução e a diver-
acontece sidade das espécies com base na atuação
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS da seleção natural sobre as variantes de
Leitura e análise de fontes primárias sobre uma mesma espécie, resultantes de pro-
ideias evolucionistas cesso reprodutivo.
AMPLIANDO HORIZONTES
Direito à educação formal
VALOR
Responsabilidade diante das próximas com base na análise de ações de consu-
ambientais na escola
XLV
Objetivos e Justificativa
Objetivos explicita os objetivos Ambientes do Brasil Mapa da unidade
UNIDADE 6
de aprendizagem a serem OBJETIVOS
O quadro sintetiza os
desenvolvidos em cada capítulo Capítulo 1 – Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal
• Conhecer mais os biomas brasileiros Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal.
os desequilíbrios ambientais causados pelas atividades antrópicas tendem a afetar diretamente o ser conteúdos, as habilidades
que compõe a unidade – e na
humano e os demais seres vivos.
e competências e os temas
• Identificar as características e a distribuição geográfica desses biomas.
Quanto às competências, a unidade promove as competências gerais da Educação Básica 2, 6, 7
• Perceber a biodiversidade desses biomas. e 9 e as competências específicas de Ciências da Natureza 2, 3, 5, 7 e 8, em especial aquelas rela-
• Reconhecer as principais ameaças a esses biomas. cionadas à consciência socioambiental (competências geral 7 e específicas 5 e 8), a características,
contemporâneos transversais
• fenômenos e processos do mundo natural (competência específica 3) e ao respeito e à valorização da
cimento, proteção e respeito a comunidades tradicionais (como o Decreto Presidencial n. 6 040, de diversidade de saberes e culturas (competências gerais 6 e 9 e específica 5).
2007).
MAPA DA UNIDADE
presente. Justificativa traz a
Capítulo 2 – Mata Atlântica, Caatinga e Pampa
• Conhecer mais os biomas brasileiros Mata Atlântica, Caatinga e Pampa.
• Identificar as características e a distribuição geográfica desses biomas e conhecer sua biodiver-
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
desenvolvidos em
fundamentação pertinente a
sidade. CAPÍTULO 1 – CERRADO, FLORESTA AMAZÔNICA E PANTANAL
cada capítulo.
• Entender as principais ameaças a esses biomas. • Cerrado: características, biodiversidade e BOXE VALOR (EF07CI07) (CGEB6)
ameaças A vida do pantaneiro (CGEB7)
• Reconhecer padrões e identificar semelhanças. • Floresta Amazônica: características, (CGEB9)
biodiversidade e ameaças
esses objetivos.
Capítulo 3 – Ecossistemas aquáticos • Pantanal: características, biodiversidade e
(CECN3)
ameaças (CECN5)
• Conhecer as características e a biodiversidade de ambientes costeiros, como praias arenosas, res-
(CECN8)
tingas, costões rochosos e manguezais.
• Identificar as características da zona marinha e as ameaças a esse ecossistema. CAPÍTULO 2 – MATA ATLÂNTICA, CAATINGA E PAMPA
• Conhecer as características dos ecossistemas de água doce e as ameaças a esses ecossistemas.
Sobre a unidade
e ameaças Identificar padrões e (CGEB6)
• Reconhecer que as comunidades tradicionais, como os caiçaras, detêm um conjunto de saberes • Caatinga: características, biodiversidade e classificar (CGEB7)
próprios, valorizar e respeitar a diversidade cultural. ameaças
(CECN2)
competências gerais da
• Pampa: características, biodiversidade e
(CECN3)
JUSTIFICATIVA ameaças
respeito às competências
e a diversidade cultural das comunidades tradicionais e sua forma de convívio com os ecossistemas.
específicas de Ciências
A riqueza de biomas e de ecossistemas no Brasil é grande e, nesse sentido, a unidade aborda os
principais biomas presentes no território brasileiro, suas características e sua biodiversidade, bem
demais conteúdos da coleção, bem como as ameaças ao equilíbrio e à manutenção desses biomas.
O capítulo 1 aborda os biomas Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal, o capítulo 2 trata dos
Respostas e comentários
frear com a ação de uma força ou com
a necessidade de energia para isso.
os temas da unidade de maneira mais
didáticas sobre as
equilibrada, considerando os diferentes
Apresenta eventuais
prévios dos estudantes a respeito dos con-
ceitos de movimento, força e máquinas.
questões da seção
• Se julgar pertinente e for possível, tra-
ga para a sala de aula alguns objetos
Conseguimos perceber, de forma intuitiva, quando os corpos considerados máquina simples, como
complementos às respostas
estão em repouso ou em movimento. A escolha de uma máquina uma cunha, uma chave de fenda ou um
Primeiras ideias.
cortador de unhas.
para executar uma tarefa também é feita, muitas vezes, de • Ao trabalhar os conhecimentos prévios
modo intuitivo. da turma, especialmente nas seções
de atividades propostas no
Primeiras ideias e Leitura da imagem e
no boxe Para começar, procure explorar
Nesta unidade, serão estudados os conceitos científicos aspectos que se aproximem da realidade
relacionados a esses temas. dos estudantes e, sempre que possível,
contextualize as informações que eles
Livro do Estudante.
apresentam com aquelas que serão trata-
das na unidade. Complemente a contex-
tualização com perguntas que permitam
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 evidenciar diferenças de conhecimentos,
Movimentos Forças Máquinas habilidades, atitudes e valores.
PRIMEIRAS IDEIAS
LEITURA DA IMAGEM
1. Uma pessoa sentada no banco de trás de um automóvel está em repouso ou em
movimento? Explique. RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
1. Se julgar pertinente, ao falar sobre a
2. É possível manter uma bicicleta em movimento sem a ação de uma força? O que
foto de abertura da unidade, trabalhe
é preciso fazer para aumentar a velocidade da bicicleta? E para freá-la? em conjunto com o professor de His-
3. Como você faria para deslocar um objeto pesado sem precisar fazer muita força? tória. Verifique se é possível que ele
Resposta pessoal. Provavelmente, os estudantes responderão que usariam algum instrumento que reduzisse a comente o que foi o modelo fordista e
força a ser exercida por ele. Essa questão ajuda a introduzir o estudo sobre o tema das máquinas. qual foi a importância desse modelo
para a industria.
2. A foto em preto e branco já remete,
em geral, ao passado. Além disso, o
9 modelo dos veículos que estão sendo
montados ajuda a perceber que pode
se tratar de uma foto antiga. Ela foi
tirada em uma fábrica de automóveis
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A017.indd 9 17/05/22 15:09
na França, em 1968.
3. Chame a atenção dos estudantes para
os equipamentos de proteção que as
pessoas da foto estão usando, como
óculos, luvas, uniformes feitos de ma-
terial resistente, entre outros que não é
possível perceber. Diga a eles que o uso
desse tipo de equipamento é uma nor-
ma de segurança para evitar ferimentos
graves dentro das fábricas e que essa
norma vigora até os dias atuais.
que muitos jovens têm para frequentar 1. O que você acha que está acontecendo na cena retratada
a escola, devido à necessidade de tra- nessa foto? Resposta pessoal. A foto retrata a montagem de automóveis,
9 balhar, e a atuação individual e coletiva em uma linha de produção no modelo fordista.
para garantir o direito ao trabalho. 2. Em que década essa cena deve ter ocorrido? Em sua opinião,
Se julgar pertinente, permita que os o processo retratado ocorre da mesma forma atualmente?
Respostas pessoais.
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estudantes relatem experiências de 3. Você consegue identificar máquinas na cena? Caso
pessoas que enfrentam o desemprego. consiga, cite algumas delas.
Evite que nomes ou outras formas de 4. Resposta pessoais.
identificação sejam mencionados, para
evitar constrangimentos. 4. Para muitas pessoas, ter um trabalho remunerado é
fundamental para que possam suprir suas necessidades
Essa cena ocorreu em
básicas. Em sua opinião, ter um trabalho deve ser um uma fábrica na região
Valor
direito de todo cidadão? Explique. de Yvelines, na França.
trabalhado naquele
momento e sobre o
qual os estudantes
vão refletir. 10 11
XLVI
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Victoria P./Shutterstock.com/ID/BR
NO CAPÍTULO Os seres vivos podem ser classificados com base no modo de • Pergunte aos estudantes como os orga-
desenvolvidas
obtenção do alimento. nismos autótrofos obtêm alimento a partir
NOS ECOSSISTEMAS
Apresenta orientações
(EF07CI08) Avaliar como os impactos pro- Os autótrofos, como plantas, algas e certos tipos de bactérias, de matéria inorgânica e verifique se eles
vocados por catástrofes naturais ou mu- são capazes de produzir o próprio alimento a partir de substân- compreendem que esses organismos fa-
danças nos componentes físicos, biológicos cias mais simples e energia. Quando a luz é a fonte de energia, zem isso utilizando uma fonte de energia
ou sociais de um ecossistema afetam suas *Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar a ingestão de outros seres vivos ou a produção do próprio alimento. externa, como a luz do sol. Verifique se
esse processo é chamado fotossíntese. Quando a fonte de ener-
no capítulo ou na
Nesse momento, é importante ouvir as concepções não científicas e alternativas dos estudantes, aproveitando para
para a abordagem e o
populações, podendo ameaçar ou provocar esclarecer gia é obtida por meio de transformações químicas que envolvem os estudantes diferenciam fotossínte-
a extinção de espécies, alteração de hábi- PARA COMEÇAR OS SERES VIVOS PRECISAM DE ALIMENTO
eventuais dúvidas materiais do ambiente (portanto, sem a luz como fonte de ener- se de quimiossíntese e, se necessário,
tos, migração etc. deles. Os vegetais usados na alimentação
esclareça que ambos os processos são
Os seres vivos estabelecem Todos os organismos precisam de energia e de matéria para gia), o processo é chamado quimiossíntese. são exemplos de produtores.
várias relações com o viver, se desenvolver e se reproduzir. Os seres vivos utilizam os Já os heterótrofos, como animais, fungos e vários tipos de realizados por seres autótrofos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
seção
ambiente. Entre as mais alimentos como fonte de matéria para constituir o próprio corpo microrganismos, não são capazes de produzir o próprio alimen- • Promova uma discussão de modo que os
encaminhamento dos
Menciona as
um indivíduo. Comente que essas neces- essenciais à sobrevivência. PRODUTORES, CONSUMIDORES E DECOMPOSITORES que é observado. Isso facilita o estudo
habilidades da
energia utilizada nessas transformações fica armazenada nas Direta ou indiretamente, eles são a fonte de matéria orgânica é um consumidor. Entre os
BNCC relacionadas
tais e estruturas explicativas das camaleão (Chamaeleo sp.) está alimento. mentam de consumidores primários são os consumidores se-
Ciências da Natureza) e 3 (compreender predando um inseto.
cundários; e assim por diante.
características e fenômenos relativos
comprimento Os decompositores são seres heterótrofos, como fungos e
ao mundo natural). (sem a cauda):
30 cm
bactérias, que se alimentam de resíduos orgânicos (organismos
ao conteúdo a ser
mortos, fezes, folhas caídas, etc.). Eles transformam a matéria
orgânica desses resíduos em substâncias simples, que ficam
livres no ambiente e podem ser novamente utilizadas pelos pro-
As nitrobactérias presentes no solo
dutores. Assim, os decompositores promovem a reciclagem dos são exemplos de decompositores.
materiais nos ecossistemas. Foto ao microscópio eletrônico,
estudado. Também
imagem colorizada, aumento de
cerca de 5 600 vezes.
GUDKOV ANDREY/
Shutterstock.com/ID/BR
está presente na
seção Investigar. 178 179
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 178 Mas, apesar do sentimento de alarme, o orga- 13/05/22 14:34 ameaçam parar a máquina viva. Afinal, após meros
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 179 11/05/22 17:52
nismo está longe de correr perigo. Por incrível que dez dias sem comer, um indivíduo emagrece na ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS A ESTRUTURA DAS COMUNIDADES ECOSSISTEMA
A hora da fome: por que precisamos pareça, um indivíduo adulto e saudável pode ficar proporção de até 10% do total de seu peso, ou cer-
comer? • Antes da leitura do texto desta página do As comunidades têm características próprias. Uma delas é Um ecossistema é formado pelas relações
até dez ou vinte dias em completa abstinência de ca de 7 quilos num homem de 70 quilos. Os bati-
Livro do Estudante, pergunte à turma: “Qual comprimento: 60 cm
ocorrer tanto em hábitats que acabaram de se formar quanto A biosfera compreende todos os ambientes da Terra nos
minação e o estabelecimento de plantas.
GA_CIE_7_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U7_163A188.indd 178 28/07/22 11:26 GA_CIE_7_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U7_163A188.indd 179 28/07/22 11:26 em ambientes estáveis que sofreram perturbações. Veja as ilus- quais há vida. Ela é o nível de organização de maior escala na
trações a seguir. ecologia e engloba biomas, ecossistemas, comunidades, popu-
lações e organismos.
(In)formação
A B
Ilustrações: Bugbite/ID/BR
O estudo da biosfera envolve a análise dos movimentos
globais do ar e da água, dos fluxos de energia, dos ciclos dos Entre as interferências humanas,
estão a grande liberação de gases
componentes químicos presentes nos sistemas ecológicos e do de efeito estufa (como o gás
modo como todos esses fatores interagem no planeta. carbônico) na atmosfera, os danos à
camada de ozônio, o desmatamento
Apresenta textos
As correntes oceânicas e os ventos, por exemplo, influenciam a em grandes áreas florestais e os
formação dos diversos climas na Terra. Esses climas, por sua vez, vários tipos de poluição. Na foto de
influenciam a forma como os organismos se distribuem no planeta. 2021, chaminés soltando fumaça
Nesse exemplo, uma comunidade estável tem sua Inicialmente, instalam-se os organismos de espécies em Cubatão (SP).
estrutura perturbada por um deslizamento de terra, que pioneiras, como gramas e outras ervas.
Em outras palavras, o clima influencia a quan-
tidade e o tipo de plantas de certa região. Por sua
formação do professor
biosfera atuam e interagem uns com os outros
contribui para o estudo das causas e das conse-
quências de certas variações climáticas. Por meio
Espécies pioneiras, então, modificam o meio no qual Essas plantas, por sua vez, alteram as características desses estudos, por exemplo, é possível estabe-
ou subsidiar o trabalho
se instalaram, gerando condições para que árvores e do ambiente, oferecendo condições para outros tipos de lecer se essas variações são naturais ou se são
Atividade
arbustos ocupem o local. plantas, mas tornando o hábitat inadequado para grande
parte das espécies pioneiras. A comunidade atinge uma
causadas pelo ser humano e, ainda, como elas
configuração com relativa estabilidade. interferem nos diversos ecossistemas do planeta.
168 169
EQUILÍBRIO NO PANTANAL
Leia o texto a seguir para os estudantes.
Sem o tucano-toco, a população de manduvis
é prejudicada. E, sem o manduvi, a arara-azul é
prejudicada, pois não tem onde fazer seus ninhos.
11/05/22 17:32 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_163A170.indd 169 11/05/22 17:32
Proposta de
Organize os estudantes em grupos e peça-
O manduvi (Sterculia apetala), também conhe- -lhes que façam o que se pede.
cido como amendoim-de-bugre, produz frutos 1. Discutam a estratégia reprodutiva do
que servem de alimento a diversos pássaros. manduvi.
Porém, o único pássaro que consegue abrir
2. O que aconteceria se os tucanos desapa-
atividade extra
esse fruto e engolir sua semente é o tucano-
recessem dessa comunidade?
-toco (Ramphastos toco), que acaba sendo um
dos principais responsáveis pela dispersão de
sementes dessa planta.
com os estudantes.
seus ninhos no manduvi.
168
e comentários. Neles,
devemGause observou as
conhecê-los emespécies
outros de proto-
contextos. caramujos foram soltos no ambiente, onde se
b) Os decompositores. Poderiam ocupar A vidaalimento
havia em grupo traz, em geral,
suficiente para asbenefícios
duas A competição pode ocorrer entre indivíduos de uma mesma
zoários
VerifiqueParamecium
o tipo decaudatum e Paramecium
associação que eles reproduziram rapidamente, espalhando-se
diferentes posições na teia, pois os resí- RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS para todos ose indivíduos
espécies envolvidos,
que P. aurelia como mais
se sobressaiu espécie, em uma relação intraespecífica. É o caso da compe-
aurelia em meios de cultura separados e em por todo o país.
duos de todos os seres vivos dela servem podem fazer entre o conhecimento que possibilidades de reprodução e realização de tição entre machos na disputa por atenção de fêmeas para a
um mesmo meio de cultura. Esse caramujo tornou-se um problema ambien- na disputa por esse recurso.
de alimento para os decompositores. vem do senso comum e o os conceitos esforços conjuntos para defender o grupo e ob- reprodução, ou entre grupos de pombos na disputa por alimento.
tal, pois compete por recursos com os caramu- 6. a) Resposta possível: Grande dispo-
c) Resposta possível: planta ∫ lagarta ∫
categoria 1 categoria 2 aqui abordados.
Crescimento de duas espécies de jos nativos, invade plantações e é hospedeiro de ter alimentos.
•paramécio
Muitas vezes, mesmo em textos de di- nibilidade de alimento e ausência de
∫ pássaro ∫ serpente ∫ gavião. vermes causadores de doenças no ser humano. Em algumas espécies, os organismos se comprimento: 14 m
vulgação científica,
Crescimentoaisolado
palavra colônia tem mantêm fisicamente unidos. Nesse caso, diz-
2. Aproveite esta atividade para explorar os
Indivíduos (por mL)
P. aurelia
-seb)que
O interesse comercial foi o princi-
exemplo 1 exemplo 2 exemplo 1 exemplo 2 800o significado de formação coletiva de
conceitos de taxa de natalidade e de taxa os indivíduos formam colônias. É o que
Artur Keunecke/Pulsar Imagens
UIG/Getty Images
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
eventuais dificuldades.
como o e-mail solicitado na atividade 7).
De olho na Base
INTERAÇÃO HABILIDADE DESENVOLVIDA E
OBJETIVOS DA SEÇÃO
Indica e comenta
Habilidades a habilidade ou a
(EF07CI13) Descrever o mecanismo na-
tural do efeito estufa, seu papel funda-
mental para o desenvolvimento da vida na
Terra, discutir as ações humanas respon-
EMISSÕES DE
dados sobre as emissões de gás carbônico
e analisá-los.
• Avaliar as fontes consultadas quanto à
a serem desenvolvidos
das taxas de emissão de gás carbônico.
• Trabalhar em grupo, dividir tarefas e
mediar conflitos para elaborar uma
A
proposta de ação e implementá-la na
e as habilidades da
s emissões de gás carbônico decorrentes de diversas comunidade escolar.
atividades humanas estão associadas ao aquecimento
global. Estima-se que cerca de 90% do CO2 emitido em ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
atividades humanas seja gerado pela queima de com-
• Sugerimos que este projeto seja reali-
bustíveis fósseis e nas indústrias, enquanto os outros quase
zado ao longo do segundo bimestre, em
BNCC relacionadas
10%, pela modificação no solo, como o desmatamento.
Diversos esforços vêm sendo feitos para que populações,
sincronia com o estudo da atmosfera, de
empresas e governos do mundo todo se comprometam em di- modo que os estudantes reflitam sobre
minuir as emissões de gás carbônico. No entanto, os resulta- os impactos que as alterações antrópi-
dos não têm sido animadores. Em 2021, as emissões voltaram cas podem causar nesse componente do
planeta. Outra possibilidade é realizar o
ao tema abordado na
a crescer após uma queda considerável em 2020, como con-
sequência das restrições impostas à população, como o confi- projeto no primeiro bimestre, no contexto
namento e o isolamento social devido à pandemia de covid-19. do estudo do desenvolvimento das má-
Um artigo publicado na revista científica Environmental quinas térmicas, para que os estudantes
Research Letters (tradução nossa: Cartas de pesquisas am- reflitam de que maneira essas inovações
bientais) alerta que, com mais de 41 gigatoneladas de CO2
seção Interação.
acarretaram impactos socioambientais
emitidas por ano no planeta, “o tempo está se esgotando”
com o passar do tempo.
Tonkovic/iStock/Getty Images
253
Aula(s)
1
Ação
Apresentação do projeto aos estudantes e organização dos grupos.
13/05/22 18:32
indicação do número de
6e7
plementado.
XLVII
GA_CIE_7_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_FINAIS_253A256.indd 253 28/07/22 16:22
XLVIII
XLIX
LiMA, E. C. de S. Algumas questões sobre o desenvolvimen- PiAget, J. Psicologia e pedagogia. 9. ed. Rio de Janeiro:
to do ser humano e a aquisição de conhecimentos na escola: Forense Universitária, 2008.
currículo básico para a escola pública do Estado do Para- Nessa obra, que é resultado de quarenta anos de pesqui-
ná. 3. ed. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2003. sas sobre novos métodos psicológicos aplicados à peda-
Essa obra foi desenvolvida com base na análise e na gogia, o autor demonstra as falhas da pedagogia tradicio-
reflexão sobre a prática docente que tem como meta nal e retrata a história das tentativas mais importantes
uma sociedade mais justa, em que todos podem ter que vêm sendo feitas nessa área há mais de meio século.
acesso ao conhecimento e dele se apropriar.
RosenBerg, M. Comunicação não violenta: técnicas para
LoPes, A. C. Políticas de integração curricular. Rio de Ja- aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
neiro: Eduerj, 2008. 5. ed. São Paulo: Ágora, 2021.
Nesse livro, o autor analisa a política de organização de Obra do fundador da comunicação não violenta, que
currículos com base na história do pensamento curri- cresceu em um bairro turbulento de Detroit, nos Esta-
cular e procura esclarecer por que as reformas educa- dos Unidos, e, também por isso, se interessou por novas
cionais e a integração curricular estão tão presentes nas formas de comunicação, para criar alternativas pacíficas
discussões atuais sobre currículo escolar. de diálogo que amenizassem o clima de violência com o
qual convivera.
Luckesi, C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2018. WAAl, F. de. A era da empatia: lições da natureza para
O livro apresenta estudos sobre a avaliação da aprendi- uma sociedade mais gentil. São Paulo: Companhia das
zagem escolar, bem como proposições para torná-la Letras, 2009.
mais viável e construtiva para estudantes e professores. Tomando por base estudos realizados com macacos-
-prego e chimpanzés, o autor mostra, nessa obra, co-
MAchAdo, N. J. Conhecimento e valor. São Paulo: Moder- mo diversos animais, incluindo os seres humanos, es-
na, 2004. tabeleceram ao longo da evolução uma tendência à
Nesse livro, o autor reuniu ensaios que tratam da relação empatia, à capacidade de se colocar no lugar do outro.
entre conhecimento e valor, em que as desigualdades so-
ciais e o papel da educação são colocados em debate. ZABAlA, A. As relações interpessoais em sala de aula: o pa-
pel dos professores e dos alunos. In: zABAlA, A. A prática
MorAn, J. A importância de construir projetos de vida educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
na educação. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/ O autor aborda propostas para melhorar a prática
moran/wp-content/uploads/2017/10/vida.pdf. Acesso em: educativa.
30 maio 2022.
Nesse artigo de divulgação científica, o autor apre- 21 perguntas e respostas sobre bullying. Nova Escola,
senta algumas perspectivas para o diálogo sobre a 1o ago. 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/
área de projeto de vida. conteudo/336/bullying-escola. Acesso em: 30 maio 2022.
Nesse artigo, especialistas respondem a 21 perguntas
orgAnizAção PAn-AMericAnA dA sAúde (Opas). Folha infor- sobre bullying e ainda apresentam dicas práticas sobre
mativa sobre covid-19. Disponível em: https://www.paho. como combater situações de violência sistêmica na sala
org/pt/covid19. Acesso em: 30 maio 2022. de aula.
Reinaldo Vignati/ID/BR
No atletismo, as provas de corrida podem ser, por Lua
exemplo, de 100 m, 200 m, 5 000 m e 10 000 m. Os atle-
tas que disputam essas provas são classificados em maré
morta
velocistas ou em fundistas. Os velocistas disputam as Sol
duas provas mais curtas, e os fundistas, as duas pro-
vas mais longas. Com base nas informações apresentadas e nas ima-
gens, podemos deduzir que:
As tabelas a seguir mostram os atletas que atingiram
recordes mundiais em provas de corrida sem barreiras, a) o Sol tem mais massa que a Lua, está mais próxi-
na sua categoria. mo da Terra e é o astro que exerce a maior força
de atração sobre os oceanos.
Distância Velocista Tempo b) a força de atração que o Sol exerce sobre os ocea-
100 m Usain Bolt 9,58 s nos é semelhante à da Lua, ou seja, ambos provo-
200 m Usain Bolt 19,19 s cam a mesma variação no nível das marés.
c) a força que o Sol e a Lua exercem sobre os ocea-
Distância Fundista Tempo
nos é um exemplo de força de contato.
Kenenisa
5 000 m
Bekele
12 min 37,03 s d) na maré morta ocorre menor elevação do nível das
marés que na maré viva, pois há pouca influência
Kenenisa
10 000 m 26 min 17,05 s da força gravitacional da Lua sobre os oceanos.
Bekele
e) a maré viva demonstra que, quando o Sol e a Lua
A respeito da comparação entre o velocista e o fundis- estão praticamente alinhados, as forças de atração
ta que detêm esses recordes, pode-se dizer que: desses corpos sobre os oceanos se somam e pro-
a) tanto o maior velocista quanto o maior fundista da vocam um grande aumento no nível das marés.
atualidade alcançaram seus recordes apenas nas
provas mais curtas. Questão 3
b) enquanto Usain Bolt atinge a velocidade média Em uma cozinha, é possível encontrar exemplos de
de 10,4 m/s em sua prova mais rápida, Kenenisa máquinas simples que facilitam a abertura de alimen-
Bekele atinge 6,6 m/s em sua prova mais rápida. tos e de embalagens. Veja as imagens a seguir.
c) os tipos físicos dos dois atletas e a maneira de cor-
Reinaldo Vignati/ID/BR
rer são idênticos.
d) Kenenisa Bekele poderia correr a prova dos 100 m
e tornar-se um velocista, mas Usain Bolt não se-
ria bom fundista na prova dos 5 000 m.
Quebra-nozes. Abridor de latas. Abridor de garrafas.
e) Usain Bolt poderia correr a prova dos 5 000 m e
tornar-se um fundista, mas Kenenisa Bekele não Os exemplos apresentados se referem a máquinas
seria bom velocista na prova dos 100 m. simples do tipo:
a) cunha, uma vez que apresentam dois planos incli-
Questão 2 nados apoiados uns nos outros pela base, forman-
As marés consistem no aumento ou na diminuição do objetos pontiagudos que perfuram e abrem as
periódica do nível dos oceanos. Elas são causadas embalagens e o alimento.
pelas forças gravitacionais do Sol e da Lua. Observe b) alavanca, por serem peças rígidas que giram em
os esquemas (fora de proporção) a seguir. torno de um ponto de apoio, aumentando a força
aplicada em uma de suas extremidades e possibi-
Reinaldo Vignati/ID/BR
Reinaldo Vignati/ID/BR
placa
Sul-Americana
Questão 4 e Nazca
placa d
Para derreter um bloco de gelo, um estudante
embrulhou-o em um cobertor de lã. Ele conse-
guiu derreter o bloco de gelo? Em relação ao encontro da placa de Nazca com a
a) Não, porque o cobertor isolou o gelo do ambiente. placa Sul-Americana, é possível afirmar que:
b) Sim, porque o cobertor forneceu calor ao gelo. a) o choque faz com que a placa de Nazca, mais pesa-
c) Não, porque o cobertor ficou com a mesma da, mergulhe sob a placa Sul-Americana, mais leve,
temperatura do gelo. e esta se movimente na mesma direção da primeira.
d) Sim, porque o cobertor ficou molhado. b) quando placas de limites divergentes se chocam,
suas bordas podem sofrer grande compressão e
e) Não, porque o cobertor ficou molhado. se elevar, formando cadeias montanhosas, como
a cordilheira dos Andes.
Questão 5
c) o choque entre essas placas é responsável pelos
Quando um dente é afetado por uma cárie, o den- frequentes terremotos e pelas erupções vulcâni-
tista remove a parte afetada, limpa a área e cas que ocorrem no Brasil.
preenche a cavidade com um material específico.
d) placas de limites convergentes se chocam e ime-
Ao realizar esse procedimento odontológico co-
diatamente se afastam, formando o magma expe-
nhecido como restauração dentária, além de le- lido pelos vulcões da região andina.
var em consideração a qualidade e a durabilidade
do material utilizado, o dentista deve avaliar a e) o deslizamento da borda ocidental da placa Sul-
dilatação desse material, pois: -Americana resultou na estrutura da cordilheira
dos Andes e é também responsável pelos frequen-
a) ao ser aquecida durante a ingestão de ali- tes terremotos e pelas erupções vulcânicas nos
mentos, a restauração pode se dilatar mais países andinos.
que o esmalte do dente e, assim, danificar
sua estrutura.
Questão 7
b) ao ser resfriada durante a ingestão de alimen-
A foto a seguir mostra um dos vulcões mais ativos da
tos, a restauração pode se contrair e impedir o
atualidade.
crescimento do dente.
c) quanto maior a dilatação térmica do material,
maior a durabilidade da restauração.
Fotos593/Shutterstock.com/ID/BR
d) quanto maior a contração térmica do material,
maior o risco de o dente contrair novas cáries.
e) grandes variações na dilatação de uma restau-
ração afetam a estrutura dos demais dentes.
Questão 6
A cadeia montanhosa que se estende do Chile à
Colômbia originou-se do choque entre a placa
Sul-Americana e a placa de Nazca, que está loca-
lizada sob o oceano Pacífico. A área de encontro
dessas placas tectônicas faz parte do chamado
Círculo de Fogo do Pacífico. Vulcão Tungurahua, no Equador.
LII
B
Ann & Steve Toon/Nature PL/Fotoarena
Questão 14
Região central da África. O gráfico a seguir mostra a variação do número de
bactérias no sangue de uma pessoa. Com base nes-
Considerando os grandes biomas terrestres, pode- se gráfico, podemos afirmar que:
mos dizer que as fotos A e B retratam, respectiva-
mente:
ID/BR
3
a) a floresta tropical e a savana. Células/mL
b) a taiga e o deserto.
c) a tundra e os campos. 2 4
d) a taiga e a savana.
e) a floresta temperada e a tundra.
1
Questão 12
O umbuzeiro é uma árvore cujas raízes profundas Tempo
armazenam água e nutrientes. Essa característica
corresponde a uma adaptação às condições:
a) da restinga, bioma com solo arenoso, típico do se- a) a pessoa foi infectada pelas bactérias na fase 2.
miárido brasileiro. b) o início da fase 4 pode ter sido causado pelo uso
b) do Cerrado, pois protege a planta das queimadas de antibióticos.
naturais que ocorrem nesse bioma. c) o crescimento observado na fase 3 se deve à
c) da Caatinga, bioma típico do semiárido brasileiro, abundância de alimento.
com baixas precipitações o ano todo. d) as bactérias não se alimentam na fase 1.
LIV
Fotografia/ID/BR
c) ingerindo excesso de ferro.
d) saudável.
e) com problemas de coagulação.
Questão 20
O trecho a seguir trata do gerenciamento dos resí-
duos sólidos nas cidades.
[…]
No caso dos resíduos sólidos urbanos, o gerencia-
mento integrado envolve diferentes órgãos da admi-
nistração pública e da sociedade civil. A Prefeitura,
Após analisar os dados, podemos concluir que: como gestora urbana, é a principal responsável pelo
gerenciamento de resíduos do município. Cabe a ela
a) consumir cinco copos desse alimento diariamen- organizar o sistema de limpeza urbana e o manejo de
te satisfaz todas as necessidades nutricionais de resíduos sólidos e definir de que forma o gerencia-
uma pessoa em um dia. mento vai funcionar […], considerando as atividades
b) o alimento é rico em açúcares e, consequente- de coleta domiciliar (regular e seletiva), transbordo,
mente, tem função energética. transporte, triagem para fins de reutilização ou reci-
c) o alimento é uma fonte importante de gorduras, clagem, tratamento (inclusive por compostagem),
por isso faz parte do grupo dos alimentos regu- disposição final, varrição, capina e poda de árvores
ladores. em vias e logradouros públicos, e outros eventuais
d) o alimento apresenta grande quantidade de vita- serviços.
minas que ajudam a regular diversas atividades […]
metabólicas. Resíduos sólidos urbanos. Em: São Paulo (estado). Secretaria do
Meio Ambiente. Caderno de Educação Ambiental 6: resíduos sólidos.
e) o alimento é rico em cálcio, um mineral essencial 2. ed. São Paulo: SMA, 2014. p. 36.
à saúde dos ossos.
Com base nesse trecho, podemos dizer que a sepa-
Questão 19
ração de material reciclável nas residências é:
O hemograma é um exame que detecta a quantidade
a) dispensável, quando há um sistema de coleta,
de elementos sanguíneos. Veja um exemplo a seguir.
transporte, triagem e tratamento dos resíduos só-
Valor Valores de lidos descartados.
Elemento
encontrado referência b) ineficaz, diante da falta de alternativas viáveis para
5,2 milhões/ 4,5 a 5,9 a coleta e o transporte desses resíduos sólidos.
Hemácias
mm3 milhões/mm3 c) pouco eficaz, se não houver uma política públi-
ca que direcione esses resíduos ao seu destino
Hemoglobina 14 g/dL 12 a 17,5 g/dL apropriado.
d) recomendável, se considerarmos que o gover-
4 500 a
Leucócitos 35 000/mm3
11 000/mm3 no não é responsável pelo destino dos resíduos
sólidos.
150 000 a e) obrigatória, se considerarmos que cada cidadão é
Plaquetas 250 000/mm3
400 000/mm3
responsável pelo lixo produzido em sua residência.
LVI
LXI
35 360
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 30 240
NE
CO 25 120
SE
S
20 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
35 360
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 30 240
NE
CO 25 120
SE
S
20 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXII
35 360
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N 30 240
NE
CO 25 120
SE
S
20 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
40 360
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N 30 240
NE
CO 20 120
SE
S 10 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXIII
40 360
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N
30 240
NE
CO 20 120
SE
S 10 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
32 300
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 24 200
NE
CO 16 100
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXIV
36 180
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N
30 120
NE
CO 24 60
SE
S 18 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
40 120
Mapa e gráfico: ID/BR
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
N 32 80
NE
CO
24 40
SE
S
16 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXV
40 240
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N
32 160
NE
CO 24 80
SE
S 16 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
Foto de 2020.
32 240
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 24 160
NE
CO 16 80
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXVI
Foto de 2020.
32 240
Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N
24 160
NE
CO 16 80
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
32 240
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 24 160
NE
CO 16 80
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXVII
32 300
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Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N
24 200
NE
CO 16 100
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
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Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 24 160
NE
CO 16 80
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
LXVIII
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Precipitação (mm)
Temperatura (ºC)
Mapa e gráfico: ID/BR
N
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NE
CO 16 80
SE
S 8 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
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Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 30 240
NE
CO 20 120
SE
S 10 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
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Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N
30 160
NE
CO 20 80
SE
S 10 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
40 360
Precipitação (mm)
Mapa e gráfico: ID/BR
Temperatura (ºC)
N 30 240
NE
CO 20 120
SE
S
10 0
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média Precipitação média
Fonte de pesquisa dos climogramas: Climate change knowledge portal (tradução nossa: Portal de conhecimento sobre mudanças climáticas).
Banco Mundial. Disponível em: https://climateknowledgeportal.worldbank.org/country/brazil/climate-data-historical. Acesso em: 6 jun. 2022.
LXX
André Catani
Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor de Ciências e Biologia.
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.
22-112948 CDD-372.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
Equipe editorial
Nelson Provazi/ID/BR
EConheça
COLETIVA seu livro alimentos. Isso permitiu que uma fauna muito dive
desenvolvesse nesse bioma.
A capivara (maior roedor do mundo), a onça-pinta
-do-pantanal e a ariranha são alguns dos mamífero
Manter uma vida saudável, muitas vezes, não depende apenas põem a fauna do Pantanal.
Insetos, moluscos, crustáceos e peixes, como su
de escolhas individuais. Há diversos fatores que podem
ABERTURA DE UNIDADE
aumentar ou diminuir as chances de se contrair doenças.
rado, pacu, jaú e piranha, formam a base da alimen
grande número de espécies de aves. Entre elas, estã
AUTÓTROFOS E HETERÓTROFOS
que situação?
1. Que sintomas costumam aparecer em uma pessoa gripada? Você sabe o que 1. Você já viu alguma cena como a retratada nessa foto? Em
2. Você sabe dizer qual é a importância da injeção que o
que situação?
Victoria P./Shutterstock.com/ID/BR
causa a gripe ou a covid-19? menino está recebendo?
1. Que sintomas costumam aparecer em uma pessoa gripada? Você sabe 3.oVocê
2. Quando adquirimos determinadas doenças, é comum, depois de certo tempo,
que sabe explicar por que o menino e a enfermeira estão
obtenção do alimento. 2. Quando adquirimos determinadas doenças, é comum, depois de certo tempo,
alimentos contaminados? Converse sobre isso com a turma. acesso aos serviços de saúde pode causar na vida das pessoas. o coronavírus, em
3. Você sabe explicar por que o menino e a enfermeira estão peixes e outros vertebrados, como capivaras e serpentes.
Presidente Prudente
• O que você considera essencial para todas as pessoas no (SP). Foto de 2021.
que diz respeito à saúde?
que os sintomas causados por elas comecem a desaparecer, e a pessoa usando máscara? 219 221
iníciouma doença?
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 220 17/05/22 10:53 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 221 13/05/22 17:59
são capazes de produzir o próprio alimento Noa partir dedecada unidade, você é
substân- Uma imagem vaina instigar
a retratada sua os prejuízos que a faltaQuestão
foto. Reflita sobre de de valor A pesca e a caça predatórias e o contrabando de
3. Você já ouviu falar de alguma doença contraída pela ingestão de água ou deacesso aos serviços de saúde pode causar na vida das pessoas.
apresentado
cias mais simples e energia. Quando a luz é a fonte ao tema
de energia,
alimentos que vai estudar.
contaminados? Converse sobre isso com a turma. curiosidade.
• O que você considera essencial para todas as pessoas Aqui,no você vai refletir entre as principais ameaças ao bioma Pantanal.
esse processo é chamado fotossíntese. Quando a fonte
Primeiras de ener-
ideias
que diz respeito à saúde?
Leitura da imagem sobre valores como A captura de peixes em época reprodutiva reduz
pacidade desses animais de gerar descendentes, o
gia é obtida por meio de transformações químicas quevão
As questões envolvem
estimular você a contar As questões orientam219 a leitura da respeito, solidariedade, essas espécies em risco de extinção. A caça, espec
materiais do ambiente (portanto, sem a luz ocomo
que sabe sobredeo ener-
fonte assunto e a levantar imagem e permitem estabelecer justiça, entre outros. GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 220 17/05/22 10:53
onças e de jacarés, é um grave problema. Pressio
Os vegetais usados na alimentação
gia), o processo é chamado quimiossíntese. algumas hipóteses sobre ele. são exemplos de produtores. relações entre o que é mostrado e
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 219 17/05/22 12:47
aumento das áreas destinadas à pecuária, as on
passar a se alimentar do gado e, por isso, acabar
Já os heterótrofos, como animais, fungos e vários tipos de o que você conhece do assunto. tas por fazendeiros.
microrganismos, não são capazes de produzir o próprio alimen- As aves são frágeis e não resistem ao transpo
3 MATÉRIA E ENERGIA
Responda sempre no caderno.
Victoria P./Shutterstock.com/ID/BR
vação do bioma pantaneiro, como as queimadas ileg
Os seres vivos podem ser classificados com base no modo de
obtenção do alimento.
NOS ECOSSISTEMAS O pensamento computacional 1. Sobre as ameaças à floresta Amazônica, 5. Em 1838, os naturalistas alemães Von Spix
Os autótrofos, como plantas, algas e certos tipos de bactérias,
O pensamento computacional Decomposição: dividir um responda: (1781-1826) e Von Martius (1794-1868) descre-
Buffaloboy/Shutterstock.com/ID/BR
1
são capazes de produzir o próprio alimento a partir de substân- problema complexo em
1. Sobre as ameaças à floresta Amazônica,
veram muitos biomas brasileiros. 5.Leia um trecho Em 1838, os naturalistas alemães Von Spix
agrotóxicos nas plantações (os quais contaminam a
Você já ouviu falar em pensamento computacional? É co- a) Além da exploração de madeira, quais outras
Decomposição: dividir um
Buffaloboy/Shutterstock.com/ID/BR
problemas menores e mais 1 da obra deles e responda às questões a seguir.
cias mais simples e energia. Quando a luz é a fonte de energia, atividades humanas têm ameaçado seria-
mum relacionar esse conceito com algo realizado somente por
responda:mente a preservação desse bioma? (1781-1826) e Von Martius (1794-1868) descre-
fáceis de resolver, dando
esse processo é chamado fotossíntese. Quando a fonte de ener- atenção aos detalhes. problema complexo em
gia é obtida por meio de transformações químicas que envolvem Você já ouviu
máquinas modernas,falar em pensamento
os computadores. computacional? É co-
No entanto, o pensa-
problemas menores e mais As regiões situadas mais altas, mais secas, eram
de alimentos, por serem A matéria que constitui os alimentos é formada por substân- produzidos por estes. Como fazer podem ser ignoradas. repetem em diferentes revestidas de matagal cerrado, em parte sem folhas,
Nacional, 1938.
essenciais à sobrevivência.
cias simples, como água, sais minerais e compostos de carbo- áreas deOrganizem-se
conhecimento. De modo geral, ele se baseia nas qua-
em grupos de três estudantes. Pensem em processos, para solucioná- a floresta? a) Qual é o bioma descrito nesseetrecho?
no, disponíveis no solo, na atmosfera e nos ambientes aquáticos. PRODUTORES, CONSUMIDORES E DECOMPOSITORES
1
Algoritmo: criar um 4 as margens ostentavam um tapete de finas gramí-
Quais são os modos de tro etapas indicadas
alguma nos quadros
situação-problema desta
que seja comum página.
no cotidiano. conjunto de regras (o los com mais eficiência. b) Que características citadas no trecho refe-
comprimento (sem
Para que essas substâncias simples sejam transformadas na Os organismos também podem ser classificados de acordo
obtenção de alimento dos matéria dos alimentos, é preciso energia. Na maioria dos ecos- com seu papel no ecossistema.
comprimento (sem Por exemplo: Como tornar a casa ou a escola mais susten-
Nestatável,
atividade, você e osquantidades
colegas de vão
algoritmo) que qualquer
utilizar o pensamento
pessoa (ou máquina) pode 2. As fotos a seguir mostram um trecho da flores-
rem-se a características desse neas,
bioma? todas em flor, por entre as quais surgiam gru-
ID/BR
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
alimento. 1 poderia ser feito para situação? 450 38
camaleão (Chamaeleo sp.) está mentam de consumidores primários são os consumidores se-
Precipitação (mm)
Temperatura (oC)
300 26
é um consumidor. Entre os
30 cm
pessoa (ou máquina) pode 250 22
mortos, fezes, folhas caídas, etc.). Eles transformam a matéria tável,Nacomo
4 etapa daorganizar grandes
abstração, analisem quantidades
o que realmente é importante parade ainformação
so- Cerrado em Campinápolis (MT), 2021.
20
livres no ambiente e podem ser novamente utilizadas pelos pro- na biblioteca daque
objetivo de evitar escola
a água daouchuvaemcaiaum
dentrocomputador,
de uma casa, a cor daetc.
casa solução do problema. • O número de tipos de plantas epífitas
que existem na floresta Amazônica é
150 14
12
Indica o tamanho
tável?
ParaQual?
concluirQue medidas poderiam ser tomadas para melhorar essa iniciativa?
Responda sempre no caderno.
Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 14., 2010, Dourados. Anais
Floresta Amazônica é umaem Belterra (PA), 2019.
4. A arara-canindé
às questões.
ave típica da floresta [...]. Dourados, MS: UFMT, 2010. Disponível em: http://rigeo.
Se não tem, o que poderia ser feito para modificar essa situação?
1. Qual foi a solução encontrada por seu grupo para o problema que escolheram? Amazônica. cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/1064. Acesso em: 7 mar. 2022.
2. Qual dos passos do tópico “Como fazer” foi mais difícil de executar? Por quê? a) Como pode ser caracterizada a biodiversi- a) Qual é o mês mais quente em Poconé? E o
3 Na 3.etapa de reconhecimento de padrões, identifiquem aspectos comuns a dade da floresta Amazônica? Comente. mais frio?
Temperaturas máximas e mínimas e
de outros organismos. Consumidores que se alimentam de pro-
Troquem de algoritmo com outro grupo e verifiquem diferenças e semelhanças
médio aproximado
problemas parecidos aocriaram.
qualVocêsvão resolver. Nessa etapa, vocês podem pesqui-
ID/BR
dutores são chamados consumidores primários; os que se ali- do ser vivo.
4 Na etapa da abstração, analisem o que realmente é importante para a so- 450 38
36
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 178 13/05/22 14:34 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 179 11/05/22 17:52
lução do problema. Por exemplo: Ao se construir um telhado com o único
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_029A042.indd 37 17/05/22 15:01 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_135A144.indd 144 400 17/05/22 13:31 34
consumidores se-
tem pouca importância e, portanto, pode ser ignorada. 28
Precipitação (mm)
Temperatura (oC)
300 26
5 Por fim, no caderno ou em um programa de edição de texto, elaborem 24
esquemas podem apresentar o conteúdo a ser estudado. conclusões, entre outras atividades. que você estudou no capítulo.
3. Troquem de algoritmo com outro grupo e verifiquem diferenças e semelhanças cada um desses biomas.
entre os algoritmos que vocês criaram. Vocês acreditam que o algoritmo elaborado Fonte de pesquisa: Francisco F. N. Marcuzzo; Murilo R. D.
mortos, fezes, folhas caídas, etc.). Eles transformam a matéria pelo outro grupo funcionaria também? Justifiquem. 3. Qual é o principal fator que torna as terras do
Pantanal férteis?
Cardoso; Denise C. de R. Melo. Distribuição temporal da
frequência de chuvas no bioma Pantanal. Em: Simpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 14., 2010, Dourados. Anais
Rio de Janeiro e Paraná. Prati- As propriedades inseticidas do DDT foram na pele para combate a piolhos. Posterior- O DDT foi banido de vários países, a co-
As propriedades inseticidas do DDT foram lizavam na pele para combate a piolhos. Posterior-
foi em programas de controle de doenças tro- a produção de agrotóxicos publicaram artigos
tecnologia, sociedade e
Rio de Janeiro (RJ). Foto de 1966.
próprias da natureza da
ainda hoje o DDT pode ser encontrado nos locais em que foi aplicado.
servadas viveEconômica
na Ilha
Aplicadadas Peças,
(Ipea), ano 4, ed. 34, 10 no li- Disponível em: http://www.ipea.gov.br/
Eliana Simonetti. Frutos da terra. Revista Desafios do Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa
maio 2007. dial paraumaprevenção
revisão. Química Nova,de tifov. 25,em
São Paulo, soldados,
n. 6, nov./dez. que
2002. Disponível o uti- Tanta foi a quantidade que se estimou que
Claudio D’Amato; João P. M. Torres; Olaf Malm. DDT (dicloro difenil tricloroetano): toxicidade e contaminação ambiental –
em: https://www.scielo.br/j/qn/a/BzwjyybkzCgv
desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1155:reportagens-materias&Itemid=39.
toral norte do Paraná. O centro da vila Acesso em: 7 mar. 2022.
jX6tpykf9gf/?lang=pt. Acesso em: 17 fev. 2022.
cada cidadão norte-americano Em discussão ingeriu, atra- Responda sempre no caderno.
Durante o período de ampla utilização do DDT, surgiram muitos casos de mor- 1. Por que a descoberta das propriedades inseticidas do DDT causou tanto impacto?
cientistas
NOAA/SPL/Fotoa
Mundial?
onde há 1.alguém
A urbanizaçãodoente,
tem forçado uma festa.
os caiçaras Osa relação que mantiveram com os
a romper preocupados com esses efeitos nocivos, mas o marco histórico foi a publicação do
ecossistemas onde conviveram por séculos. Por quê? livro Primavera silenciosa, de Rachel Carson (1907-1964), em setembro foi em de 1962.programas de controle
3. Por que osde doenças
fabricantes tro-começaram a difamar Rachel Carson após a
de pesticidas
terrenos 2.não são cercados, mas não se publicação de Primavera silenciosa?
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 184
os conceitos de luta contra a malária. Sua eficá-
cia contra formas adultas dos mosquitos e seu
prolongado efeito residual fizeram com que no 11/05/22 17:52 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 185
185
11/05/22 17:52
estudiosos.
praia de Calhaus, em Paraty (RJ).
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 159 17/05/22 13:24
a de fazer canoas e tecer redes; além Foto de 2021. período de 1946-1970 todos os programas de
do conhecimento de ervas medicinais. controle se apoiassem quase que totalmente
Eliana Simonetti. Frutos da terra. Revista Desafios do Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa em seu emprego.
Econômica Aplicada (Ipea), ano 4, ed. 34, 10 maio 2007. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/ Homem aplicando DDT para combater mosquitos no
desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1155:reportagens-materias&Itemid=39. Rio de Janeiro (RJ). Foto de 1966. […]
Acesso em: 7 mar. 2022. Claudio D’Amato; João P. M. Torres; Olaf Malm. DDT (dicloro difenil tricloroetano): toxicidade e contaminação ambiental –
uma revisão. Química Nova, São Paulo, v. 25, n. 6, nov./dez. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/BzwjyybkzCgv
jX6tpykf9gf/?lang=pt. Acesso em: 17 fev. 2022.
4 Para refletir
1. A urbanização tem forçado os caiçaras a romper a relação que mantiveram com os
Responda sempre no caderno.
água nas áreas em que o pesticida havia sido aplicado. Em 1945, já havia cientistas
NOAA/SPL/Fotoa
2. Por que é importante transmitir os conhecimentos e os valores, como a bondade, às preocupados com esses efeitos nocivos, mas o marco histórico foi a publicação do
gerações seguintes?
3. Por que se deve respeitar a cultura e o modo de vida dos povos e das comunidades
179 livro Primavera silenciosa, de Rachel Carson (1907-1964), em setembro de 1962.
Para se prevenir contra acusações dos fabricantes de pesticidas, Carson
tradicionais, como a caiçara?
pesquisou muito e montou uma rede de colaboração com cientistas de diferen-
A bióloga
tes países. Ela foi diagnosticada com câncer durante a elaboração do livro, mas
159 Rachel Carson. conseguiu lançá-lo em vida.
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GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 159 17/05/22 13:24
184 17/08/22 17:02 GA_C
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GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 184 11/05/22 17:52
GA_C
Quando
1. Copie oos cientistas
a seguir no descobriram
caderno e complete-o o buraco naprincipais
camada de- de ozônio sobre a Antártida, já sabiam qual era a principal causa
s e não resistem ao transporte feito por 1. Você conhecia a vida
Como estão as condições de saneamento Parte III – Leitura e interpretação dos dados 1. Copie o esquema a seguir no caderno e complete-o com os nomes das principais de-
esquema com os nomes das plano de saneamento, mas, sobretudo, com a
da diminuição dos níveis de ozônio: os CFCs. Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que determinava a gradual
1 remodelação urbana feita pelo presidente
básico em minha comunidade? Veja algumas delas: fesas do organismo contra infecções. DEFESAS DO ORGANISMO Rodrigues Alves (1902-1906), que decidiu
do pantaneiro? O que o
Fabio Eugenio/ID/BR
os obriga a apanhar um grande número de
• Nos gráficos de barras verticais, a altura de cada barra mostra a variação de modernizar a cidade e tomar medidas drásti-
básico em minha comunidade? proibição da fabricação e da utilização desses compostos. O buraco na região da Antártida ainda é considerado grande,
quantidade entre as variáveis indicadas na posição horizontal. Um gráfico cas para combater as epidemias. Cortiços e
Para começar
de setores costuma expressar uma relação de proporcionalidade entre as DEFESAS DO ORGANISMO distância sumidouro
casebres […] foram demolidos e deram lugar
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza, periodicamente,
surpreendeu? Comente.
diferentes partes que compõem uma realidade. Gráficos de linha apresen- 2. Leia a tira a seguir e, depois, responda às questões. caixa de fossa séptica a grandes avenidas […].
mínima de
mas muitos cientistas acreditam que ele sofrerá uma redução gradual13/05/22 ao longo dos anos.
a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico com o objetivo de investigar a oferta
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_103A107.indd 106 19:37
inspeção Em 1904, a cidade foi assolada por uma
tam a sequência numérica de uma variável ao longo do tempo, mostrando a 30 metros
2. Qual é a importância do
Para começar
infraestrutura de saneamento básico pode ter nas condições ambientais, na saúde em que você vive? toriedade da vacinação […].
tante, etc.).
e na qualidade de vida da população de diferentes locais do Brasil. b) Por que a fossa tem de estar, no mínimo, Com a imposição da vacinação obrigatória,
Após selecionar e interpretar os dados mais relevantes para a pesquisa, redijam
2. Leia a tira a seguir e, depois, responda às questões.
2
Decreto Presidencial
nidade em que vive e suas implicações na saúde das pessoas. vacinavam as pessoas à força. Isso causou
110
car a conclusão a que o grupo chegou com base nas informações coletadas. uma repulsa pela maneira como foi feita. […]
aO PROBLEMA
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico com o objetivo deIV –investigar a oferta 6. Leia o texto a seguir e, depois, responda à
camada de ozônio
Que serviços de saneamento básico são ofertados na comunidade em que vivo?
tradicionais?
sem sobre o que vocês gostariam de mudar e quais aspectos são prioritários começou a apresentar sintomas como náuseas, vômitos e diarreias algum tempo depois mesmo antes […] [de o] indivíduo apresentar a) Segundo o texto, quais motivos levaram a
Nesta
Prática pesquisa, você vai investigar a situação do saneamento
de pesquisa básico
para que essa mudançada comu-
aconteça. de pisar descalço no solo. Além disso, sua pele adquiriu forte coloração amarelada. população a se rebelar contra a vacinação
b) Por que as pessoas que têm essa doença ficam com a pele amarelada? Vacina [contra] covid-19 não dispensa medidas de b) Em sua opinião, a vacinação deve ser obri-
proteção individual contra o coronavírus. Ministério
1 Forme um grupo de quatro integrantes. Vocês vão pesquisar dados a respeito gatória? Justifique sua resposta.
1. Observem os gráficos e o texto que vocês produziram. Qual das formas de apresen- 4. O gráfico a seguir foi obtido em uma pesquisa com crianças residentes em uma cidade da Saúde, 26 abr. 2021. Disponível em: https://
O2 PROBLEMA
da cobertura de serviços de saneamento básico no município em que vivem. www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia- c) Escolha uma doença para a qual exista vacina,
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C3_108A116.indd Parasitoses intestinais das 110 13/05/22 19:35
tação dos dados facilita a visualização e a compreensão do assunto: a forma no estado de Minas Gerais que apresentavam algumas parasitoses.
sanitaria/2021/04/vacina-covid-19-nao-dispensa- como poliomielite, covid-19 ou sarampo, por
Procurem – em sites confiáveis da internet, como o do IBGE, em bibliotecas da gráfica ou a textual? Comentem a resposta. Após a análise do gráfico e com crianças medidas-de-protecao-individual-contra-o-
exemplo, e realize uma pesquisa em fontes
Que serviços de saneamento básico são ofertados na comunidade
cidade ou na prefeitura do município – pesquisas, estudos, planos e relatórios
de instituições governamentais, ou de empresas especializadas, sobre a cober-
em
2. A oferta de serviços que vivo?
de saneamento básico na comunidade, no municí- base em seus conhecimentos so-
Fernando Gonsales. Níquel participantes do Projeto Nadar na cidade
Náusea. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/
coronavirus. Acesso em: 23 fev. 2022.
confiáveis sobre a história da imunização con-
143
pio, no estado em que vocês vivem pode ser considerada adequada? bre parasitas, responda às ques- de Montes Claros, MG (2011) tra essa doença. Depois, elabore um material
O que Procurem
o quadro atual dorecentes.
saneamento básico da comunidade
tura de saneamento básico no município e, mais especificamente, no bairro Justifiquemem que vivo diz
a resposta. tões a seguir. cartunsdiarios. Acesso em: 11 maio
• Segundo 2022.
o texto, quais são as formas de
ID/BR
A INVESTIGAÇÃO
Parte II – Seleção de dados
Comunicação dos resultados b) Em dupla, pesquisem a parasitose
19%
A revolta da vacina
Enterobius
vermicularis
1 Observem o título e a legenda dos gráficos e das tabelas e identifiquem b) Que causada
doenças causadas
pelo verme nematódeo por bactérias você conhece?
No início do século XX, o Rio de Janeiro já era
Schistosoma
8. O Calendário Nacional de Vacinação in-
• Procedimento:
o assunto que cada um pesquisa bibliográfica
deles aborda. Verifiquem e análise
os dados e como eles
estão representados. Selecionem as informações que os ajudem a obter
de dados.Exposição dos gráficos Enterobius vermicularis. Escrevam 19%
lindo, mas a falta de saneamento básico e as pés-
mansoni
simas condições de higiene faziam da cidade um
forma as vacinas básicas que devem ser
tomadas no Brasil. Ele está disponível em
Em dia e local determinados pelo professor, exponham para a co- um texto descrevendo o modo de
• Instrumento de coleta: fontes bibliográficas.
respostas para as questões principais da pesquisa que estão fazendo. munidade escolar os gráficos que vocês produziram. Disponham-nos 3. O morador deos sintomas
contágio, uma região e as formas onde não há dez. rede deem:coleta
http://www. de esgoto nem tratamento
Ronilson Ferreira Freitas e outros. EFDeportes.com, Buenos
rela, varíola e peste. de água
foco de epidemias, principalmente febre ama-
[…] Com medidas impopu-
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/
Quando os cientistas descobriram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, já sabiam qual era a principal causa
Aires, ano 16, n. 163, 2011. Disponível saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-
de prevenção dessa parasitose.
Verifiquem as fontes dos dados e certifiquem-se de que eles foram obti-
2
dos de uma instituição confiável.
de forma que a leitura e o entendimento das informações sejam facili-
tados para as pessoas que visitarem a exposição. começou a apresentar sintomas nadar.htm. como
Acesso em: 23náuseas, vômitos e diarreias algum
efdeportes.com/efd163/parasitoses-intestinais-em-projeto-
fev. 2022. tempo depois
lares e polêmicas, Oswaldo Cruz, além de ter
sido o responsável pela estruturação da saúde
vacinacao (acesso em: 23 fev. 2022).
Gil Tokio/Pingado/ID/BR
da diminuição dos níveis de ozônio: os CFCs. Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que determinava a gradual
nacionais de vacinação para assegurar
Prática de pesquisa vocês obtiveram e justificar a importância dessas informações para os da de um tanque enterrado que recebe o esgoto, retém a parte sólida e inicia o processo A população da cidade revoltou-se contra o o direito à saúde?
dd 143 17/05/22 13:31
moradores do município.
a) Considerando
biológico de purificaçãoesses sintomas,
da parte líquida, que tipo
evitando a contaminação da água dee dodoença
solo. ele provavelmente contraiu?
248 Parte I – Levantamento de dados 249 250 b) Por que as pessoas que têm essa doença ficam com a pele amarelada? proibição da fabricação e da utilização desses compostos. O buraco na região da Antártida ainda é considerado grande, 251
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 248
1 Forme um grupo de quatro integrantes. Vocês vão pesquisar dados a respeito
da cobertura de serviços de saneamento básico no município em que vivem. 13/05/22 17:43 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 249 17/05/22 12:52
4.
no estado de Minas Gerais que apresentavam algumas parasitoses.
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 250
mas muitos cientistas acreditam que ele sofrerá uma redução gradual ao longo dos anos.
O gráfico a seguir foi obtido em uma pesquisa com crianças residentes em uma cidade
17/05/22 10:48 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 251 13/05/22 17:43
Em dois momentos do livro, você e os colegas vão Essas atividades integram os assuntos da unidade e também
tões a seguir.
ID/BR
entrevistas, coleta de dados, entre outras. Também vão Para finalizar, é proposta uma questão de valor, para que
b) Em dupla, pesquisem a parasitose vermicularis
1 Observem o título e a legenda dos gráficos e das tabelas e identifiquem causada pelo verme nematódeo Schistosoma
mansoni
o assunto que cada um deles aborda. Verifiquem os dados e como eles Enterobius vermicularis. Escrevam 19%
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C3_108A116.indd 110 13/05/22 19:35
desenvolver diferentes formas de comunicação, para você e os colegas reflitam, conversem e se posicionem.
estão representados. Selecionem as informações que os ajudem a obter um texto descrevendo o modo de
Ronilson Ferreira Freitas e outros. EFDeportes.com, Buenos
respostas para as questões principais da pesquisa que estão fazendo. contágio, os sintomas e as formas Aires, ano 16, n. 163, dez. 2011. Disponível em: http://www.
de prevenção dessa parasitose. efdeportes.com/efd163/parasitoses-intestinais-em-projeto-
Verifiquem as fontes dos dados e certifiquem-se de que eles foram obti-
compartilhar os resultados de suas investigações.
2 nadar.htm. Acesso em: 23 fev. 2022.
dos de uma instituição confiável. 5. A construção de fossas é uma alter-
/BR
nativa para o destino do esgoto em locais sem sistema de coleta. A fossa séptica é constituí-
Gil Tokio/Pingado/ID
da de um tanque enterrado que recebe o esgoto, retém a parte sólida e inicia o processo
biológico de purificação da parte líquida, evitando a contaminação da água e do solo.
FINAL DO LIVRO
250
248
INTERAÇÃO
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 9
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 9
Ideias em construção
• Identifico as principais verminoses em humanos, e avalio formas eficazes de prevenção,
relacionando o modo de contágio e propagação às condições sanitárias do lugar?
• Reconheço a diversidade de organismos capazes de causar doenças no ser • Valorizo o direito à saúde, refletindo sobre a situação das doenças negligenciadas e
GÁS CARBÔNICO
o acesso das pessoas aos produtos tecnológicos de combate a doenças?
• Emprego técnicas experimentais e de cultivo de microrganismos para investigar a relacionando-os à presença de agentes patogênicos e à ação das células de defesa?
• Compreendo o funcionamento do sistema de imunidade adquirida e sua relação
• Identifico as principais verminoses em humanos, e avalio formas eficazes de prevenção, contribuiu para o controle e a erradicação de doenças? Diversos esforços vêm sendo feitos para que populações,
empresas e governos do mundo todo se comprometam em di-
• Identifico os sistemas de defesa do corpo humano, especialmente as estruturas do das emissões de gás carbônico na comunidade escolar.
252
252
ER_09/Shutterstock.com/ID/BR
Unidade
Unidade
MOVIMENTOS, FORÇAS TEMPERATURA
E MÁQUINAS 9 E CALOR 43 GEODINÂMICA 71
1. Movimentos 12 1. Energia térmica 46 1. Formação da Terra 74
Referencial 12 O que é energia 46 A origem da Terra 74
Trajetória e deslocamento 13 Sensação térmica 47 Mudanças no relevo 75
Velocidade 14 Temperatura 48 Práticas de Ciências:
Movimento uniforme (MU) 15 Equivalência entre as escalas Movimento das placas
Movimento uniformemente termométricas 49 litosféricas 78
variado (MUV) 15 Práticas de Ciências: Atividades 80
Aceleração 16 O termômetro de Galileu 50 2. Planeta dinâmico 81
Atividades 17 Calor 52 A Terra se transforma 81
2. Forças 18 Atividades 55 Desastres naturais 84
A relação entre corpo e força 18 Ciência dinâmica: Atividades 85
Tipos de força 19 O que é o calor? 56 Ampliando horizontes:
Medidas de força 19 2. Propagação e efeitos As catástrofes naturais e os
Grandezas escalares e do calor 58 deslocamentos populacionais 86
grandezas vetoriais 19 A propagação do calor 58 ATIVIDADES INTEGRADAS 88
As leis de Newton 20 Radiação 59 IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 90
Força gravitacional (F ) 23 Convecção 59
Força peso (P ) 23 Condução 60
Força normal (N ) 24 Equilíbrio térmico 61
Força de tração (T ) 24 Dilatação e contração térmica 62
Força elástica (Fel) 25 Práticas de Ciências:
Força de atrito (Fat) 25 Estudando a dilatação térmica 63
Empuxo (E ) 26 Atividades 65
Força resultante centrípeta (Fc) 26 INVESTIGAR:
Atividades 27 Construindo um modelo de motor a vapor 66
3. Máquinas 29 ATIVIDADES INTEGRADAS 68
Máquinas simples 29 IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 70
Práticas de Ciências:
Estudo das alavancas 31
Máquinas compostas 35
Práticas de Ciências:
O pensamento computacional 37
Atividades 38
Ampliando horizontes:
Automação e empregos 39
ATIVIDADES INTEGRADAS 40
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 42
Charles Platiau/Reuters/Fotoarena
Khrystofor/Shutterstock.com/ID/BR
Unidade
Unidade
OS SERES VIVOS AMBIENTES
AR E ATMOSFERA 91 E O AMBIENTE 117 DO BRASIL 135
1. Ar e seres vivos 94 1. Os sistemas ecológicos 1. Cerrado, floresta Amazônica
A composição da atmosfera e o ambiente 120 e Pantanal 138
terrestre 94 Seres vivos, interações e hábitat 120 Cerrado 138
Os seres vivos e o ar 97 Os componentes do ambiente 122 Floresta Amazônica 140
Práticas de Ciências: Práticas de Ciências: Pantanal 142
Quanto gás oxigênio há no ar Construindo um diorama 123 Atividades 144
atmosférico? 100 Atividades 124 2. Mata Atlântica, Caatinga
Atividades 102 2. Grandes ambientes e Pampa 145
2. Poluição do ar 103 terrestres 125 Mata Atlântica 145
Poluentes 103 Os biomas terrestres 125 Caatinga 147
Combustão e poluição do ar 104 Atividades 129 Pampa 149
Doenças respiratórias 106 Ciência dinâmica: Práticas de Ciências:
Combate à poluição do ar 106 Biologia da conservação 130 Identificar padrões e
Atividades 107 ATIVIDADES INTEGRADAS 132 classificar 150
3. Mudanças na atmosfera 108 IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 134
Atividades 151
Mudanças na atmosfera ao 3. Ecossistemas aquáticos 152
longo do tempo 108 Ecossistemas costeiros 152
O efeito estufa e o Zona marinha 155
aquecimento global 109 Ecossistemas de água doce 156
A camada de ozônio 110 Atividades 158
Atividades 111 Ampliando horizontes:
Ciência dinâmica: Comunidades caiçaras 159
Aquecimento global 112
ATIVIDADES INTEGRADAS 160
ATIVIDADES INTEGRADAS 114
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 162
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 116
Unidade
Unidade
FUNCIONAMENTO DO SAÚDE INDIVIDUAL
ECOLOGIA 163 CORPO HUMANO 189 E COLETIVA 219
1. O que a ecologia estuda 166 1. Sistema respiratório 192 1. Diversidade de organismos
Ecologia: o estudo das interações 166 Respiração 192 e saúde 222
A população e o ambiente 167 Órgãos do sistema respiratório 193 Interação com outros seres vivos 222
A estrutura das comunidades 168 Movimentos respiratórios 194 Vírus 223
Ecossistema 169 Difusão, transporte e Bactérias 224
Biosfera 169 trocas de gases 195 Fungos 225
Atividades 170 Atividades 197 Práticas de Ciências: Investigando
2. Sistema digestório 198 a presença de microrganismos 226
2. Relações ecológicas 171 Protozoários 227
Interações entre seres vivos 171 Por que comemos? 198
Nutrientes 199 Vermes e verminoses 228
Práticas de Ciências: Atividades 231
Teste de condições Órgãos do sistema digestório 200
na germinação de sementes 174 Ampliando horizontes:
O processo de digestão 201
Doenças negligenciadas 232
Atividades 177 Atividades 202
2. Sistemas de defesa do
3. Matéria e energia 3. Sistema circulatório 203 corpo humano 233
nos ecossistemas 178 Função e organização do Defesa do organismo 233
Os seres vivos precisam de sistema circulatório 203 Órgãos dos sistemas linfático
alimento 178 Órgãos do sistema circulatório 204 e imunitário 234
Cadeia e teia alimentar 180 Circulação do sangue: Imunidade inata 236
Atividades 182 sistêmica e pulmonar 207 Imunidade adquirida 236
Ciência dinâmica: Atividades 208 Vacinas 237
DDT: herói ou vilão? 184 4. Sistema urinário 209 Soros 237
ATIVIDADES INTEGRADAS 186 Excreção 209 Atividades 238
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 188 Órgãos do sistema urinário 210 3. Ações para a saúde coletiva 239
Práticas de Ciências: Saúde coletiva 239
Análise de um exame de urina 212 Saneamento básico 240
Atividades 213 Qualidade da água 242
Ampliando horizontes: Práticas de Ciências:
Doação de órgãos 214 Microrganismos na água 243
ATIVIDADES INTEGRADAS 216 Saúde de todos 246
Atividades 247
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 218
INVESTIGAR: Como estão as condições de
saneamento básico em minha comunidade? 248
ATIVIDADES INTEGRADAS 250
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 252
UNIDADE 1
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Movimentos
• Reconhecer a importância de um referencial para compreender o movimento.
• Classificar os tipos de movimento de acordo com a observação da trajetória do corpo e o comporta-
mento da velocidade.
• Compreender o conceito de aceleração.
Capítulo 2 – Forças
• Compreender as relações entre corpo e força.
• Conhecer os tipos e as medidas de força.
• Caracterizar grandezas escalares e grandezas vetoriais.
• Conhecer as leis de Newton e aplicá-las ao estudo dos movimentos.
• Identificar as forças e determinar seus efeitos sobre os corpos.
Capítulo 3 – Máquinas
• Compreender o conceito de máquinas e suas aplicações no cotidiano.
• Distinguir os tipos de máquinas simples e suas funções.
• Realizar um experimento sobre o estudo das alavancas.
• Refletir sobre as consequências da automação no mercado de trabalho.
JUSTIFICATIVA
Garantir que os estudantes reconheçam a necessidade de identificar o referencial e a relatividade
do movimento e compreendam o conceito de aceleração, conteúdos abordados no capítulo 1, é um
passo importante para seu aprendizado, visto que mobiliza concepções do senso comum em direção
ao conhecimento científico.
O capítulo 2, por sua vez, aborda os conceitos físicos de força, alguns tipos de força e os instru-
mentos utilizados para medi-las, além de enfatizar a necessidade de compreender o papel das leis
ou dos princípios científicos que visam explicar as relações entre forças e movimentos.
O capítulo 3 introduz a ideia de máquinas simples e seus princípios de funcionamento, ampliando
a compreensão dos estudantes por meio de exemplos do dia a dia. Além disso, traz uma discussão
sobre os avanços da automação em setores industriais, possibilitando aos estudantes refletir sobre
os impactos dessa tendência no mercado de trabalho.
SOBRE A UNIDADE
A conceituação bem informada de movimento e repouso tem sido fundamental para a compreen-
são das principais ideias da Física ao longo do tempo. A distinção entre movimento e repouso, por
exemplo, pode não ser óbvia em alguns fenômenos naturais ou em algumas situações do dia a
dia, como no movimento imperceptível da rotação da Terra em torno do próprio eixo ou, então, ao
termos a sensação de estar em movimento em um ônibus ou trem parado, quando, na verdade, é
o ônibus ou o trem ao lado que está em movimento.
O capítulo 1 explora conceitos fundamentais da Física relacionados aos movimentos, como os
conceitos de trajetória, de velocidade e de aceleração.
O capítulo 2 amplia o estudo das leis universais que regem os movimentos e os tipos de força
que atuam sobre os corpos.
9A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – MOVIMENTOS
• Referencial (CGEB4)
• Trajetória e deslocamento (CECN2)
• Velocidade (CECN3)
• Movimento uniforme (MU)
• Movimento uniformemente variado (MUV)
• Aceleração
CAPÍTULO 2 – FORÇAS
• Relação entre corpo e força (CGEB1) Educação para o
• Tipos e medidas de força (CGEB3) trânsito
• Grandezas escalares e vetoriais (CGEB4)
• Leis de Newton (CECN1)
• Força gravitacional, força peso, força normal,
(CECN2)
força de tração, força elástica, força de atrito,
empuxo e força resultante centrípeta (CECN3)
CAPÍTULO 3 – MÁQUINAS
• Máquinas simples PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF07CI01) (CGEB2) Trabalho
• Alavancas Estudo das alavancas (EF07CI05) (CGEB4)
• Rodas, roldanas e engrenagens BOXE VALOR (EF07CI06) (CECN1)
• Planos inclinados, cunhas e parafusos Tecnologia e mercado (EF07CI11) (CECN2)
• Máquinas compostas de trabalho
(CECN3)
• Máquinas térmicas PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (CECN4)
• As máquinas e o mundo moderno O pensamento
computacional
AMPLIANDO HORIZONTES
Automação e
empregos
9B
MOVIMENTOS,
sempre será necessária a ação de uma força, desconsiderando o princípio da inércia. É possível também que os • Avalie as respostas da turma, para veri-
estudantes, pensando no movimento
de um carro, relacionem a mudança de ficar se há a necessidade de realizar ati-
velocidade ao ato de acelerar ou de vidades complementares para trabalhar
frear com a ação de uma força ou com
a necessidade de energia para isso.
os temas da unidade de maneira mais
equilibrada, considerando os diferentes
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Uma pessoa sentada no banco de trás de um automóvel está em repouso ou em
movimento? Explique.
2. É possível manter uma bicicleta em movimento sem a ação de uma força? O que
é preciso fazer para aumentar a velocidade da bicicleta? E para freá-la?
3. Como você faria para deslocar um objeto pesado sem precisar fazer muita força?
Resposta pessoal. Provavelmente, os estudantes responderão que usariam algum instrumento que reduzisse a
força a ser exercida por ele. Essa questão ajuda a introduzir o estudo sobre o tema das máquinas.
10
11
11
12
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A017.indd 12 e utilizando a escala do mapa, calculem a dis- 18/05/22 12:55 GA_C
12
Bruno Badain/ID/BR
posição em relação a algum referencial (sua
casa, por exemplo) muda à medida que o tempo deslocamento e trajetória.
passa. O caminho, ou o conjunto de todas as posi- • Destaque a importância das posições inicial
ções que você descreve durante seu movimento, e final para a definição de deslocamento.
é sua trajetória no espaço. Como o movimento • É possível que os estudantes tenham algu-
depende do referencial, a trajetória percorrida ma dificuldade para entender o significado
também dependerá da escolha desse referencial. de um deslocamento com valor negativo.
Agora, imagine que um carro está no qui- A Reforce a ideia de que isso está relacionado
B
lômetro 10 de uma rodovia e precisa ir até o C ao sentido do deslocamento (sempre em
quilômetro 25 da mesma rodovia. Para isso, ele
D
relação a um referencial).
tem de percorrer 15 quilômetros – diferença A trajetória percorrida pela garota de casa até a escola • Trabalhe alguns exemplos de situações
entre a posição final (km 25) e a inicial (km 10). é determinada pelas posições que ela ocupa durante o utilizando as equações apresentadas nesta
movimento. (Representação sem proporção de tamanho
Essa diferença é denominada deslocamento ou e distância entre os elementos.) página, para que os estudantes se fami-
variação de posição. liarizem com esse tipo de representação.
• Reforce aos estudantes que o desloca-
mento não coincide necessariamente
Bruno Badain/ID/BR
com a distância percorrida pelo carro,
pois a distância corresponde à soma dos
deslocamentos, sem os sinais negativos.
No exemplo do carro, a distância percor-
rida foi 30 km.
O deslocamento de um corpo pode ser determinado calculando a diferença
entre a posição final e a posição inicial dele. (Representação sem proporção
de tamanho e distância.)
Nessa equação:
• DS é a variação de posição;
• Sf é a posição final, ou seja, a posição em que o corpo se
encontra no momento que queremos estudar; O SÍMBOLO D
• Si é a posição inicial, ou seja, a posição de referência de onde Em Física, o símbolo D aparece
frequentemente. Trata-se da letra
medimos o deslocamento alcançado até a posição final.
grega denominada delta.
Se o carro percorresse o caminho inverso, o deslocamento Ela é bastante utilizada em
seria calculado da seguinte forma: conjunto com outra letra, que
DS 5 10 km 2 25 km 5 215 km representa alguma grandeza
física. Essa associação indica
Perceba que o valor do deslocamento é o mesmo (15 km). que a grandeza em questão está
Mas, como o sentido em que o carro se deslocou é oposto ao das variando, ou seja, que há uma
posições crescentes (10, 11, 12...), o sinal é negativo. diferença entre dois valores.
Por exemplo, se a letra S é
Se o carro for do quilômetro 10 ao quilômetro 25 e, depois, utilizada para representar a
voltar ao quilômetro 10, o deslocamento e a variação de posição posição, então utiliza-se DS para
serão nulos: indicar a diferença entre duas
posições, isto é, o deslocamento.
DS 5 10 km 2 10 km 5 0
13
13
Peter Gudella/Shutterstock.com/ID/BR
etc. Em seguida, solicite que classifiquem
to é chamada de velocidade. Essa grandeza física estabelece a
os meios de transporte ou de locomoção
rapidez com que um movimento é realizado.
por ordem crescente de velocidade.
Quando a velocidade é determinada em um momento espe-
• Questione os estudantes sobre o que eles
cífico, ela é chamada de velocidade instantânea. Quando con-
entendem ser as placas que limitam a ve-
sideramos um intervalo de tempo, a velocidade pode ser repre-
locidade dos veículos em ruas e estradas.
sentada por um valor médio, chamado de velocidade média.
• Apresente aos estudantes e trabalhe com
A velocidade média de um corpo em movimento em um per-
eles detalhadamente as formas de con-
O velocímetro dos automóveis curso é definida como a diferença entre a variação de posição do
versão de unidades de medida. indica a velocidade instantânea, ou
corpo (DS) e o intervalo de tempo gasto nesse movimento (Dt).
• Informe aos estudantes que unidades seja, a velocidade do automóvel em
determinado momento. Matematicamente, podemos escrever que:
de medida de velocidade são adequa-
das para as mais diferentes situações,
como medir a velocidade de uma pes- vm 5 DS 5 (Sf 2 Si)
soa, de uma formiga, de um avião, etc. Dt tf 2 ti
(Exemplos de velocidades aproxima-
das: caracol 1,5 mm/s 5 5,4 m/h; No Sistema Internacional de Unidades (SI), a velocidade de
tartaruga 20 mm/s 5 72 m/h; um corpo é medida em metro por segundo (m/s). Entretanto, no
mosca 5 m/s 5 18 km/h; águia Brasil é muito utilizada a unidade quilômetro por hora (km/h).
24 m/s 5 86 km/h). Veja o exemplo a seguir.
Bruno Badain/ID/BR
Para converter, de modo rápido,
O conteúdo das páginas 14 e 15 dá DS
velocidades em km/h para m/s, e v5
continuidade ao desenvolvimento das com- vice-versa, devemos lembrar que
Dt
petências específicas 2 e 3, em relação deslocamento (DS)
1 km 5 1 000 m e que 1 hora tem
a conceitos fundamentais e estruturas 3 600 s. Assim, podemos escrever:
explicativas das Ciências da Natureza 1
km
5
1 000 m
h 3 600 s
e a características relativas ao mundo
Simplificando:
natural, e da competência geral 4, em
km 1m m km
relação à utilização dos conhecimentos 1
h
5
3,6 s
ä 1 5 3,6
s h Representação sem proporção de tamanho e distância entre os elementos.
das linguagens matemática e científica, no
Ou seja, 1 m/s equivale
contexto da velocidade e dos movimentos a 3,6 km/h. Portanto, para O deslocamento do automóvel foi DS 5 120 km 2 12 km 5
uniforme e uniformemente variado. fazer a conversão de m/s para 5 108 km. O tempo que ele levou para se deslocar nesse trecho
km/h, multiplicamos o valor da
velocidade por 3,6, e, para fazer
foi Dt 5 10 h 2 8,5 h 5 1,5 h.
a conversão de km/h para m/s, Assim, a velocidade média do automóvel da imagem acima,
dividimos o valor da velocidade nesse trecho de deslocamento, é calculada da seguinte forma:
por 3,6.
DS 120 2 12 108
vm 5 5 5 ä vm 5 72 km/h
Dt 10 2 8,5 1,5
14
Brasil[,] pelo LNM – Laboratório Nacional de as demais unidades, conforme publicação do In-
O que é o Sistema Internacional de
Metrologia, do Inmetro. O […] BIPM […] foi metro denominada “SI Tradução da publicação
Unidades de Medidas Físicas?
criado em 1875 com a responsabilidade de es- do BIPM […]”.
[…] Embora grande parte das medições siga
atualmente regras internacionais estabelecidas tabelecer os fundamentos de um sistema de me- […]
em organismos mundialmente aceitos e reco- dições validados internacionalmente. Em Confe- O que é o Sistema Internacional de Unidades de Medi-
nhecidos, ainda existem usos de unidades apro- rências Gerais de Pesos e Medidas – CGPM, a das Físicas? StoaWiki USP. Disponível em: http://wiki.
comunidade científica tem modificado e publi- stoa.usp.br/O_que_%C3%A9_o_Sistema_Internacional_
priadas, por exemplo, no comércio[,] a fim de se
de_Unidades_de_Medidas_F%C3%ADsicas%3F.
adequar ao uso arraigado de unidades antigas, cado o sistema de medidas, que deve ser segui-
Acesso em: 24 fev. 2022.
mas com as conversões para as unidades con- do internacionalmente. Em 1960, a 11a CGPM
vencionais aceitas universalmente, por exemplo, decidiu que esse sistema devia ser chamado de
a arroba no peso de um boi, a polegada em en- Sistema Internacional de Unidades, SI (Systè-
canamentos da construção civil. A padronização me International d’Unités, SI). Em sucessivas
internacionalmente aceita é tanto mais importan- CGPMs[,] o SI vem sendo adequado às deman-
te quanto maior for o envolvimento comercial e das mundiais de medições de variadas unidades,
industrial de forma economicamente competitiva cada vez com maior precisão conforme os níveis
mundialmente. Internacionalmente a padroni- alcançados nos diferentes campos da ciência e
zação é feita por uma organização[,] o BIPM, da tecnologia. Atualmente são sete as unidades
14
16:18 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A017.indd 15 podem ser visualizadas por um programa13/05/22
com16:18
a chave certa. O material é enviado via modem
Como funciona um radar de velocidade?
celular ao órgão de trânsito para um software de
[…] análise. As câmeras filmam sem parar, mas só
1. A velocidade é calculada por dois ou três sen- gravam quando os sensores acusam a infração.
sores no asfalto. Quando um carro passa por cima, […]
eles enviam sinais para o computador. Medindo
Braga, Nathália. Como funciona um radar de veloci-
o tempo entre os pulsos e dividindo-o pela dis-
dade? Mundo Estranho, 2 out. 2013. Disponível em:
tância entre os sensores, encontra-se a velocidade https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-
do carro. funciona-um-radar-de-velocidade/.
Acesso em: 24 fev. 2022.
2. Os sensores estão ligados à câmera. Quan-
do acusam alta velocidade, ela é acionada. Os
modelos digitais tiram fotos de 640 3 480 pixels
e possuem um programa que identifica a placa
dentro da foto. Eles utilizam um sistema de reco-
nhecimento para identificar cada caractere.
3. As imagens são criptografadas com infor-
mações como data, velocidade e local. Elas só
15
16
Experimento da queda de corpos realizado corpos com diferentes pesos e medir o tempo de mente descritos por Galileu na sua famosa obra
por Galileu queda. Há relatos na literatura de que bolas de Discursos sobre duas novas ciências.
O segundo experimento entre os 10 mais da 10 gramas e de 1 grama teriam sido lançadas, to-
SantoS, Carlos Alberto dos. Experimentos de Galileu.
revista Physics World refere-se à queda dos corpos das chegando ao solo ao mesmo tempo. Isso po- Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/historia/galileu.
[…] e teria sido realizado por Galileu na torre de deria ser facilmente observado se não houvesse a html. Acesso em: 25 fev. 2022.
Pisa. Embora, de acordo com o historiador Ale- resistência do ar e outros fatores, como a forma
xandre Koyré, isso não passe de uma lenda, é in- e o material dos corpos lançados. Na verdade,
teressante discutir o que pretendia Galileu com a afirmação “todas chegando ao solo ao mesmo
este tipo de experiência. O principal objetivo de tempo” só seria rigorosamente verdadeira se a ex-
Galileu era combater a hipótese de Aristóteles, periência fosse realizada no vácuo.
segundo a qual a velocidade de queda de um Galileu vislumbrou uma alternativa ao experi-
corpo é proporcional a seu peso. Para Galileu, o mento da torre de Pisa para investigar a rela-
peso não deveria ter […] [nenhuma] influência ção entre o peso de um corpo e sua velocidade de
na velocidade de queda. A comprovação seria queda. […] Os experimentos sobre o movimento
16
20
Velocidade (m/s)
17
18
AMJ Studio/ID/BR
As forças de contato, como o próprio nome diz, são aquelas contato, pois esta é a primeira classifica-
em que é necessário haver contato físico entre os corpos para
ção que eles devem conhecer a respeito
de forças.
que elas atuem, como ao chutar uma bola de futebol. N N
19
16:13
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 19 13/05/22 16:13
19
Bruno Badain/ID/BR
• Informe à turma que você precisa de dois pode se movimentar na direção norte-sul ou leste-oeste. Na di-
estudantes voluntários para participar reção norte-sul, ela pode se deslocar de norte para sul ou de sul
de uma demonstração. Posicione-os na para norte. Na direção leste-oeste, ela pode se deslocar de leste
O L
para oeste ou de oeste para leste.
frente da sala de aula. Cada um deles
deve caminhar cinco passos em direções O esquema B mostra que a pessoa se desloca para o sul.
diferentes. Discuta com a turma se os Assim, a descrição do vetor que representa a velocidade dessa
cinco passos caminhados representam ou S
pessoa é feita por meio das seguintes características:
não um mesmo deslocamento. Espera-se • Intensidade (ou módulo): 1 passo por segundo.
que os estudantes percebam que, além B N • Direção: norte-sul.
da quantidade de passos, é preciso saber • Sentido: de norte para sul.
a direção a seguir para determinar um A notação do vetor velocidade nesse esquema é feita com a
deslocamento. inserção de uma seta sobre o símbolo da grandeza (v).
O L
• Explore os esquemas de deslocamento
apresentados nesta página do Livro do SISTEMA DE FORÇAS
Estudante para trabalhar o conceito de Quando duas ou mais forças (grandeza vetorial) atuam sobre
grandeza vetorial. S um corpo, dizemos que elas constituem um sistema de forças.
Para determinar, após certo A soma vetorial de todas as forças que atuam sobre um cor-
intervalo de tempo, a posição
DE OLHO NA BASE de uma pessoa que está se po equivale a uma única força, chamada de força resultante (F).
deslocando, precisamos saber – É ela que define o movimento do corpo.
A competência geral 4, no que se além de sua velocidade e de sua
posição inicial – para qual direção Quando duas forças são aplicadas sobre um corpo na mesma
refere à utilização das linguagens ma-
temática e científica, e as competên-
ela se movimenta e em que direção e no mesmo sentido, a força resultante tem intensidade igual
sentido ela está se deslocando.
cias específicas 2 e 3 continuam a ser à soma dos valores das duas forças, mantendo a direção e o sentido.
desenvolvidas nas páginas 20 e 21. Na 1 800 N 2 000 N
página 21, também são promovidas as FR
competências geral 1 e específica 1,
no que diz respeito à compreensão do FR = 200 N
Bruno Badain/ID/BR
conhecimento científico sobre o mun-
do físico como empreendimento humano
e histórico.
Já no sistema de forças ilustrado ao lado há duas forças sendo
A equipe verde puxa a corda aplicadas na mesma direção, mas em sentidos opostos. Nesse caso,
com força de 1 800 N contra uma
força de 2 000 N com que a corda a intensidade da força resultante será a diferença entre o valor das
é puxada pela equipe laranja. A duas forças, e o sentido dela será o mesmo da força de maior valor.
força resultante sobre a corda é
200 N, na direção horizontal e no
sentido da esquerda para a direita.
Portanto, a equipe laranja está
AS LEIS DE NEWTON
ganhando a competição. Por que um objeto lançado para a frente, em uma superfície
áspera, para depois de percorrer certo trecho? Por que ele não
continua se movendo indefinidamente?
Em seus experimentos com um plano inclinado, o astrôno-
mo, físico e matemático italiano Galileu Galilei (1564-1642) per-
cebeu que era necessário haver uma força para interromper o
movimento de um objeto colocado no plano. Ele intuiu que, na au-
sência dessa força (o atrito com o plano, por exemplo), o corpo se
moveria indefinidamente. Porém, se o objeto fosse posto em re-
pouso na parte horizontal do plano, o movimento não se iniciaria.
20
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 20 causa da peste negra que se espalhava por toda a 17/05/22 15:06 GA_C
20
AMJ Studio/ID/BR
elaboradas pelos estudantes, pode-se
de constante em intensidade, direção e sentido. Nessas começar a apresentar os enunciados das
condições, o corpo está em equilíbrio. B leis de Newton.
Outra maneira de elaborar essa lei é dizer que todo
corpo continua em repouso ou em movimento retilíneo e
uniforme (MRU), a menos que uma força resultante não
nula atue sobre ele.
O princípio da inércia explica, por exemplo, por que
Por causa da inércia, a pedra
quando giramos uma corda com uma pedra amarrada na tende a continuar em movimento
ponta (figura A), a pedra sai pela tangente se a corda arre- retilíneo quando a corda
arrebenta.
benta (figura B). Enquanto a pedra está presa, a direção de sua ve-
locidade é alterada constantemente em razão da força que a corda tangente: reta que toca uma circunferência
em apenas um ponto dela.
lhe aplica, por isso a pedra faz a curva. Quando a corda se rompe, a
força resultante sobre a pedra passa a ser nula (se desconsiderar- O CINTO DE SEGURANÇA E
mos nesse exemplo a força de resistência do ar e a força da gravi- A INÉRCIA
dade), e a pedra segue em movimento retilíneo uniforme, tangente Considere que um automóvel
à curva que descrevia. com passageiros bata de frente
contra um poste. No momento
da colisão, uma força passa
SEGUNDA LEI DE NEWTON a agir imediatamente sobre
A segunda lei de Newton, também conhecida como princípio o automóvel e o faz parar. O
fundamental da dinâmica, descreve o que acontece quando a corpo dos passageiros, porém,
continua em movimento para a
soma das forças que atuam sobre um corpo não é nula, ou seja, frente por inércia. A função do
quando ele não está em equilíbrio. Nesse caso, sua velocidade cinto de segurança é justamente
se altera, seja na intensidade, seja na direção ou no sentido. fixar os passageiros nos bancos
para impedir que seu movimento
A segunda lei de Newton estabelece que a alteração na veloci-
continue por inércia e eles se
dade de um corpo, ou seja, a aceleração, depende de dois fatores: choquem contra o painel do
• da força resultante (F) aplicada ao corpo – quanto maior a automóvel ou contra o para‑brisa.
força resultante aplicada ao corpo, maior a alteração em
sua velocidade; PARA EXPLORAR
• da massa (m) do corpo – quanto maior a massa do corpo, Isaac Newton e sua maçã, de
Kjartan Poskitt. São Paulo:
menor a alteração em sua velocidade.
Companhia das Letras, 2001.
Assim, a aceleração adquirida por um corpo é diretamente O livro explica a vida e a obra do
proporcional à intensidade da força resultante que atua sobre físico britânico, com desenhos
ele, tem a mesma direção e mesmo sentido dessa força e é bem‑humorados e linguagem
simples e agradável.
inversamente proporcional à sua massa.
21
de diminui com o aumento da distância entre o naram-se modelo de investigação para as ciências
objeto e Terra. dos séculos posteriores. Seu livro, Principia, é
O cientista inglês desenvolveu, ainda, o cálculo considerado até hoje uma das obras científicas
infinitesimal, descobriu a aceleração circular uni- mais importantes do mundo.
forme, construiu o primeiro telescópio de reflexão O gênio inglês foi presidente da Royal Society
em 1668 e foi quem primeiro observou o espectro e sagrado cavaleiro, passando a ser chamado de
visível que se pode obter pela decomposição da luz Sir Isaac Newton. Morreu em 20 de março de
solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma 1726, aos 84 anos, devido a complicações decor-
triangular transparente. Decidiu, então, pela teo- rentes da idade considerada extremamente eleva-
ria corpuscular de propagação da luz, enuncian- da para a época.
do-a em 1675 e contrariando a teoria ondulatória Isaac Newton. Canal Ciência, 4 out. 2019. Disponível
de Huygens. em: https://canalciencia.ibict.br/ciencioteca2/
Suas realizações foram inúmeras e suas obras personalidades/item/322-isaac-newton-vida-
obra-e-descobertas. Acesso em: 24 fev. 2022.
contribuíram imensamente para a matemática e a
física. As investigações experimentais de Newton
21
AMJ Studio/ID/BR
acelera a caixa.
conceitos de força, aceleração e massa, • m representa a massa do corpo, medida em kg;
utilizando a conexão entre as grandezas • a representa a aceleração do corpo, medida em
2 O dobro dessa força produz,
direta e inversamente proporcionais. En- na caixa, uma aceleração m/s2.
tender tais relações torna mais simples duas vezes maior.
Note que, na equação, a unidade de medida de
aos estudantes compreender a equação
O dobro da força sobre uma força é kg ? m/s2, devido ao fato de ela ser o produto
que traduz o princípio fundamental da 3
massa duas vezes maior desses dois fatores.
dinâmica, bem como os ajuda a com- (2 caixas) produz a mesma
preender outras equações que eles de- aceleração da situação 1.
verão utilizar.
A relação entre massa e inércia
• Explore com a turma o esquema da relação
4 A força aplicada pela mão Quando uma força resultante atua sobre um
acelera a caixa.
entre massa e inércia desta página do Livro corpo, ele muda de velocidade na razão inversa de
do Estudante para discutir sobre a força sua massa, ou seja, quanto maior sua massa, me-
5 A mesma força sobre uma
resultante. massa duas vezes maior nor a alteração em sua velocidade.
(2 caixas) reduz a
• Trabalhe com os estudantes a identifica- aceleração pela metade.
Por isso, podemos dizer que a massa de um cor-
ção dos pares de força ação e reação em po é a medida de sua inércia, ou seja, a facilidade ou
algumas situações, como em um vaso 6 Sobre uma massa três a dificuldade de modificar sua velocidade. Se a mas-
de flores sobre o tampo de uma mesa.
vezes maior (3 caixas), a sa do corpo for grande, será necessária maior força
aceleração será um terço da
Não é necessário nomear as forças, pois aceleração da situação 4. resultante para alterar sua velocidade e, portanto, a
isso será feito mais adiante. Contudo, já inércia será grande. Veja o esquema desta página.
é possível que os estudantes notem que AÇÃO E REAÇÃO
a mesa segura o vaso aplicando-lhe uma TERCEIRA LEI DE NEWTON
EM UMA CAMINHADA
força vertical para cima. Quando andamos para frente, A terceira lei de Newton estabelece que, na natureza, as
• Aproveite também o boxe Ampliação desta empurramos o chão para trás. O forças nunca são encontradas de forma isolada, mas sim aos
página do Livro do Estudante para reforçar chão nos empurra para frente com pares, denominados ação e reação. Essa lei afirma que a força é
uma força de mesma intensidade e o resultado da interação entre dois ou mais corpos, ou seja, um
o conceito de ação e reação. direção que a aplicada nele, porém
em sentido oposto (para a frente). corpo isolado não produz força.
DE OLHO NA BASE Como nossa massa é menor O enunciado da terceira lei de Newton estabelece que, se um
que a do chão (que é a massa da corpo A exerce uma força sobre um corpo B, então o corpo B
O conteúdo das páginas 22 e 23 dá Terra), nossa velocidade muda
também exerce, sobre o corpo A, uma força de mesma intensi-
prosseguimento ao trabalho com a muito mais que a da Terra e nos
deslocamos para frente. dade e mesma direção, porém de sentido oposto.
competência geral 4 (utilizar conheci- As forças de ação e reação atuam sobre corpos diferentes, por
mentos das linguagens matemática e Para que o foguete se mova para isso elas nunca se anulam. A ilustração a seguir mostra essa situ-
científica) e com as competências geral frente, os gases produzidos na queima
do combustível são expelidos para trás, ação no movimento de um foguete. Os gases expelidos pelo foguete
1 e específicas 1, 2 e 3 (utilizar os co- no sentido oposto ao do movimento do para trás durante a queima do combustível exercem na atmosfera
nhecimentos historicamente construídos foguete.(Representação sem proporção
uma força de ação. A atmosfera exer-
sobre o mundo físico, compreender de tamanho; cores-fantasia.)
ce uma força de reação e impulsiona o
as Ciências da Natureza como em-
Bruno Badain/ID/BR
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 22 Para entender essa “misteriosa atração”, foi ne- 18/05/22 12:53 GA_C
Uma força sempre presente cessária uma longa caminhada. Por suas caracte-
rísticas especiais, a gravidade fascina pensadores
[…] e cientistas desde a Grécia Antiga, com o concei-
Aprendemos desde cedo o nome dessa for- to de lugar natural, passando pela Lei da Gravita-
ça, tão presente em nosso cotidiano: gravidade. ção Universal de Isaac Newton e pelo advento da
Ela é capaz de atrair todas as coisas em direção Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein,
ao chão, fazer com que a Lua gire em torno da até as atuais propostas de gravidade quântica.
Terra e o nosso planeta (e os demais do Sistema
A primeira dessas características é o fato de que
Solar) descreva uma trajetória ao redor do Sol.
a gravidade atua sobre tudo que existe, o que lhe
Da mesma forma, essa força faz com que o nosso
confere um caráter universal. Embora a primeira
Sistema Solar realize uma viagem ao redor da Via abordagem feita por Newton tenha proposto que
Láctea que chega a durar 250 milhões de anos. a força gravitacional atuava apenas entre corpos
A nossa galáxia também se move no universo, do- com massa, observa-se em inúmeros experimen-
minada por essa interação tão presente entre nós. tos que a gravidade também desvia a trajetória de
[…] um raio de luz, que não possui massa.
22
JHU/APL/NASA
A força gravitacional é uma força exclusiva- • Conhecendo o princípio de ação e reação,
mente de atração que atua entre todos os cor- podemos afirmar que, se a Terra atrai um
pos que têm massa e que constituem o Univer- corpo, esse corpo também atrai a Terra
so. Essa força depende de dois fatores: com uma força que tem a mesma inten-
• da massa dos corpos envolvidos – quanto sidade e a mesma direção, mas sentido
maior a massa, maior a força gravitacional; oposto. Por exemplo, você atrai a Terra
• da distância entre os corpos envolvidos – da mesma forma que a Terra atrai você.
quanto maior a distância, menor a força Como a massa da Terra é muito maior
de atração gravitacional. que a sua ou a de qualquer corpo que
esteja próximo a ela, a aceleração sofrida
Os corpos com massa suficiente para tornar
pela Terra é extremamente pequena, se
a intensidade da força gravitacional significativa
comparada com a aceleração desse corpo
são, por exemplo, a Lua, os planetas, as estre-
próximo a ela.
las e as galáxias.
A força gravitacional é responsável por vários fenômenos da A força gravitacional impede que • Ressalte quais são as variáveis envolvidas
sondas e satélites artificiais na
natureza, como a órbita de planetas e satélites, a queda da chu- órbita da Terra escapem para o
(distância e massa) na atuação da força
va ou das águas de uma cachoeira, os deslizamentos de terra e Universo. Na foto, duas sondas gravitacional sobre um corpo, estabele-
a sedimentação.
Van Allen, lançadas em 2012 pelos cendo como essas variáveis se relacionam
Estados Unidos.
(direta ou inversamente) com a força.
FORÇA PESO (P) • Solicite aos estudantes que expliquem a
diferença entre massa e peso. Eles devem
A força gravitacional exercida pela Terra ou por outro cor-
reconhecer que a massa é uma carac-
po celeste sobre os corpos e os objetos próximos é denominada
terística do corpo e é sempre a mesma,
peso (P) ou força peso. Em outras palavras, o peso pode ser de- corpo
celeste quer o corpo esteja na Lua, quer esteja
finido como a força com que um corpo celeste atrai um corpo
na Terra, por exemplo, enquanto o peso
em suas proximidades. O peso tem direção vertical, em relação
é uma força que depende da massa e da
à superfície do corpo celeste, e sentido para baixo, isto é, para o
aceleração da gravidade local; por isso,
centro do corpo celeste. As setas nesse esquema indicam o
sentido da força peso. ocorre uma alteração no peso conforme
Para a ciência, portanto, peso é diferente de massa (m). A a pessoa está na Terra ou na Lua.
massa de um corpo é sempre a mesma, em qualquer lugar do
Universo, mas o peso (P) do corpo depende da aceleração da PESO E GRAVIDADE
gravidade (g) do local em que ele está. DE OLHO NA BASE
Se a Terra atrai um corpo, esse
A segunda lei de Newton afirma que uma força aplicada a corpo também atrai a Terra com As linguagens científica e matemática
um corpo produz uma aceleração inversamente proporcional à uma força de mesma intensidade e as aplicações da ciência e de suas
sua massa (F 5 m ? a). Assim, podemos calcular a força peso por e mesma direção, mas com
sentido oposto. Ou seja, você
tecnologias são abordadas nas páginas
meio da seguinte equação: atrai a Terra da mesma forma 22 e 23, promovendo esses aspectos
que a Terra atrai você. Como a da competência específica 4. Também
F5m?a P5m?g massa da Terra é muito maior do são desenvolvidas as competências
que a sua, sua inércia é maior e
a aceleração sofrida pela Terra
específicas 2 e 3.
Nessa equação:
é extremamente pequena, se
• P é o peso do corpo (medido em newton); comparada com a aceleração de
• m é a massa do corpo (medida em quilograma); um corpo próximo a ela.
• g é a aceleração da gravidade (aproximadamente 10 m/s2 Em um corpo celeste com
menos massa que a Terra e,
nas proximidades da superfície terrestre). consequentemente, menos força
Sendo assim, uma pessoa com massa de 60 kg pesa, nas gravitacional, a força peso que
proximidades da superfície terrestre: atua sobre um corpo será também
menor que a da Terra.
P 5 60 ? 10 5 600 N
23
origem quando Newton associou a queda dos movimento dos corpos celestes foi uma ex-
objetos ao movimento da Lua e dos planetas. traordinária contribuição para a compreensão
Newton percebeu que a Lua estava sempre da natureza. Foi talvez a primeira vez que se
“caindo” em direção à Terra, assim como quando atribuía a mesma causa para fenômenos terres-
soltamos um objeto. Ele associou o movimento tres e celestes. […]
da Lua ao fato de que, quando disparamos uma […]
bala de canhão, ela faz uma trajetória parabó-
lica sobre a superfície da Terra. Quanto mais Oliveira, Adilson de. Uma força sempre presente.
Ciência Hoje. Disponível em: http://cienciahoje.org.br/
potente for o canhão, maior distância a bala vai coluna/uma-forca-sempre-presente/.
alcançar. Se considerarmos que a superfície da Acesso em: 25 fev. 2022.
Terra é curva, à medida que a bala vai caindo, a
própria superfície se afasta dela. Dessa forma,
se a bala for lançada para muito longe, ela nun-
ca atingirá a superfície […].
23
24
24
situação final
25
25
Bruno Badain/ID/BR
um corpo, podemos concluir que, sobre um corpo que realiza
uma curva, age uma força resultante (não nula), a qual produz
Fc
essa variação de direção. Essa força resultante da soma de to- C
das as forças que atuam sobre um corpo na direção radial, mo-
dificando a direção de sua velocidade e permitindo que ele rea-
lize a curva, é a força resultante centrípeta (Fc). Ela tem direção A força centrípeta permite que o
radial e seu sentido é sempre para o centro da curva. carro faça uma curva na estrada.
26
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 26 • Em seguida, dissolva sal na água até que o 13/05/22 16:13 GA_C
26
Forças
entre a mentando sem aplicar uma força sobre ele? pode ser percebido quando sentimos
Terra, a
5. Elabore uma pequena narrativa com uma si- o efeito dessa força ao aproximar ou
Lua e o
Sol. tuação do cotidiano que possa ser explicada afastar o ímã da porta.
pela primeira lei de Newton. E: O motor da moto está em contato
6. Analise os esquemas a seguir e, depois, faça o com o eixo que faz a roda girar.
que se pede.
Benimage/
Shutterstock.com/
ID/BR
C
F1 5 30 N ou o painel. Esta atividade aborda o tema
De campo. contemporâneo transversal Educação
Força entre para o trânsito.
a borracha F2 5 60 N
de vedação b) O air bag e o cinto de segurança au-
imantada e mentam o tempo de colisão para a pes-
a porta da
D
geladeira.
F2 5 80 N
soa, ou seja, aumenta o denominador na
F1 5 20 N ΔV
aceleração a 5 , e, assim, diminui a
E
a) Veja resposta em Respostas e comentários. Δt
Snehal Jeevan Pailkar/Shutterstock.
com/ID/BR
b) (A) 10 m/s2; (B) 0; (C) 15 m/s2; (D) 30 m/s2. força exercida sobre a pessoa.
a) Determine, em cada esquema, o vetor (va-
3. Sim. Quando uma pessoa está sentada
lor, direção e sentido) da força resultante
que atua sobre cada corpo. em um veículo em movimento uniforme
De contato.
Força que
b) Considerando que, em todos os esquemas,
(MU) que para bruscamente, por exem-
o motor plo, se ela não estiver usando cinto de
a massa dos corpos é 2 kg, determine a
aplica nas
aceleração deles em cada esquema.
rodas. segurança, permanecerá em movimento
5. Resposta pessoal. Para falar da lei da inércia, os estudantes podem contar, por exemplo, as dificuldades que para a frente por inércia, uma vez que
tiveram para se manter em pé em um ônibus, durante uma freada brusca. nenhuma força atuou sobre ela no sen-
27 tido de segurá-la (princípio da inércia).
4. Se julgar necessário, dê outros exemplos
para que os estudantes compreendam
melhor o conceito de inércia.
16:13
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 27 18/05/22 12:52
27
B. 0N 7. Pense nos tipos de força que você estudou neste capítulo. Com que frequência elas aparecem em
seu dia a dia? Veja resposta em Respostas e comentários.
C. 8. Analise a afirmação a seguir e responda à questão.
30 N Como a massa da Terra é maior que a massa da Lua, a força que a Terra exerce sobre a Lua é maior
que a força que a Lua exerce sobre a Terra.
60 N • Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Justifique sua resposta. Veja respostas em Respostas
D.
e comentários.
9. Como deve ser a força resultante sobre um objeto, para que ele fique em repouso? E para que ele
b) Para calcular o valor da aceleração, permaneça em movimento com velocidade constante? Em ambas as situações, a força resultante deve
basta dividir a força resultante pela massa ser nula.
do corpo. 10. Leia a tira a seguir.
Bruno Badain/ID/BR
bloco de madeira de massa 12 kg sobre
peso é bem menor. um piso também de madeira, como mos-
11. a) Como o livro está em equilí- tra a figura. a) Veja resposta em Respostas
e comentários.
brio, a força normal é igual ao peso: a) Faça, no caderno, um esquema das
P5mg P 5 1 10 P 5 10 N forças que atuam sobre a carga.
b) Quando exercemos uma força de 20 N b) Determine o peso e a força normal
Representação sem proporção de tamanho.
sobre o livro, a mesa passa a sustentar da carga. P 5 N 5 120 N
essa força mais o peso do livro (10 N), ou 14. Um carrinho de brinquedo de massa 1 kg está parado no quarto de uma criança, quando uma me-
seja, a força normal passa a valer 30 N. nina começa a empurrá-lo com força constante, paralela ao solo e de intensidade de 5 N.
(20 N 1 10 N). a) Qual será a aceleração desse carrinho? 5 m/s2
12. P 5 m g 128 5 80 g g 5 b) Qual será sua velocidade após 2 segundos de movimento? 10 m/s
5 1,6 m/s2
13. a)
N 28
Bruno Badain/
ID/BR
Fat F
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_018A028.indd 28 Para levantar um peso como o de um auto- 21/07/22 10:50 GA_C
28
3 MÁQUINAS
NO CAPÍTULO
(EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo
da história, das máquinas simples e propor
soluções e invenções para a realização de
*Resposta pessoal. É possível que os estudantes não saibam que alavancas, rodas, planos inclinados e cunhas sejam tarefas mecânicas cotidianas.
exemplos de máquinas simples, pois podem pensar que máquina é algo muito mais complexo.
(EF07CI05) Discutir o uso de diferentes ti-
MÁQUINAS SIMPLES PARA COMEÇAR pos de combustível e máquinas térmicas
Atualmente, o termo máquina é comumente associado a O ser humano ao longo do tempo, para avaliar avanços,
equipamentos complexos, como máquinas de lavar roupas, au- desenvolveu tecnologias questões econômicas e problemas so-
tomóveis e computadores. que lhe permitem cioambientais causados pela produção e
No entanto, na linguagem científica, o termo máquina pode uso desses materiais e máquinas.
controlar e modificar
ser aplicado a qualquer objeto ou instrumento que facilite a exe- parcialmente o meio (EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças
cução de diferentes tarefas. Assim, as ferramentas elaboradas econômicas, culturais e sociais, tanto na
em que habita. Entre
pelos primeiros seres humanos são exemplos de máquinas. vida cotidiana quanto no mundo do trabalho,
essas tecnologias estão decorrentes do desenvolvimento de novos
As máquinas simples são objetos constituídos de uma só
peça, capazes de facilitar a realização de tarefas do cotidiano,
as máquinas simples, materiais e tecnologias (como automação
como cortar, triturar e deslocar. instrumentos capazes e informatização).
As máquinas transformam energia ou transmitem uma força de facilitar várias (EF07CI11) Analisar historicamente o uso
aplicada em um ponto do espaço para outro, amplificando ou tarefas no dia a dia. Você da tecnologia, incluindo a digital, nas di-
modificando a ação dessa força. Em toda ação de uma máquina conhece algumas dessas ferentes dimensões da vida humana, con-
existem três elementos: uma força aplicada, um ponto (ou uma máquinas? * siderando indicadores ambientais e de
superfície) de apoio e uma força resistente. A posição relativa qualidade de vida.
desses elementos na máquina é que vai definir a sua finalidade Pilão do terceiro milênio a.C., uma
e a sua capacidade de realizar determinada tarefa. máquina simples utilizada para ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
moer e triturar alimentos, como
Alguns exemplos de máquinas simples são as alavancas, as grãos. O objeto foi encontrado onde • Converse com os estudantes sobre as
rodas, os planos inclinados, as cunhas e os parafusos. atualmente se localiza o Iêmen. máquinas simples que fazem parte do
nosso cotidiano e sobre as máquinas
que funcionam pela combinação dos
princípios das máquinas simples.
comprimento: 28 cm
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 28 e 29 de-
senvolve e promove o objeto de co-
nhecimento e o modificador das habi-
Museu Nacional do Iêmen, Sanaa. Fotografia:
Philippe Maillard/AKG-Images/Album/Fotoarena
29
10:50 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_030A042.indd 29 Nos sítios ainda se veem poços profundos com 4. Engrenagem 13/05/22 16:07
roldana ou com sarilhos para retirar água. Movimento da bicicleta: Numa bicicleta colo-
2. Plano inclinado camos uma engrenagem em rotação imprimindo
uma força e um pedal localizado a uma certa dis-
Planos inclinados dotados de cilindros girantes
tância do centro da engrenagem. A energia rota-
são úteis para diminuir o atrito. O atrito de rola-
cional é transferida para a engrenagem da roda
mento é menor que o de escorregamento, o que traseira por meio de uma corrente. […]
facilita o transporte de peças pesadas.
Máquinas simples: introdução. E-Física –
Caminhões de mudança com plano inclinado ensino de Física on-line. Disponível em: http://www.
bem liso e caixotes com tecidos de feltro ou lã para cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/basico/cap28/
melhorar o deslizamento são vistos frequentemente. cap28_01.htm. Acesso em: 25 fev. 2022.
3. Alavanca
Ao abrir caixotes com pregos[,] você usa um
pé de cabra ou um martelo que funcionam como
alavancas.
Ao revolver a terra[,] o lavrador usa a enxada
apoiando devidamente como uma alavanca.
29
Tyler Olson/Shutterstock.com/ID/BR
ou uma vara, que pode girar em torno de um ponto de apoio e,
que possam funcionar como alavancas. dessa forma, aumentar o efeito da força aplicada em uma de
Dê-lhes alguns exemplos, como a ma- suas extremidades.
çaneta colocada distante das dobradiças Muitas tarefas corriqueiras seriam mais difíceis de realizar
das portas. sem o auxílio das alavancas. Abrir uma lata, trocar um pneu,
• Pergunte aos estudantes também em levantar objetos e mesmo caminhar são alguns exemplos de ta-
qual posição a maçaneta da porta da sala refas em que utilizamos alavancas.
seria mais eficiente: no meio da porta ou A chave de roda é um exemplo de Com o auxílio de uma alavanca, é possível levantar uma caixa
no extremo oposto à dobradiça? alavanca. A força aplicada na barra de grande massa, como se observa na imagem a seguir.
transversal é transmitida para o
• Solicite a um estudante que tente fechar eixo da chave.
a porta empurrando-a pelo meio e não
pela maçaneta. Em seguida, o mesmo
ponto de
estudante deve fechar a porta aplican- apoio força
do a força perto da maçaneta. Por fim, aplicada (FA)
Reinaldo Vignati/ID/BR
peça a ele que relate em qual das situa-
ções a tarefa foi mais fácil.
• Comente que, na chave de roda em forma
força braço
de cruz, utilizada para trocar pneus, é resistente de força
braço de força
aplicada (XA)
possível aplicar força nas duas extremi- Elementos físicos de uma alavanca (FR) resistente
utilizada para levantar uma caixa. (XR)
dades, aumentando, assim, a força total. (Representação sem proporção de
tamanho.)
FA ? XA 5 FR ? XR
30
30
Material
• 3 réguas de plástico, de mesmo • 2 clipes
tamanho e com um furo em uma • 12 porcas médias ou grandes,
de suas extremidades todas do mesmo material e do
• 1 parafuso, com porca, do tamanho mesmo tamanho
dos furos das réguas • 1 lata vazia de leite em pó
• 1 rolo de fita-crepe ou de fita adesiva • areia suficiente para encher a lata
Como fazer
1 Forme dupla com um colega. Construam, no caderno, uma tabela seme-
lhante à do modelo a seguir.
Produto E Produto D
No de porcas XE (cm) No de porcas XD (cm)
(no de porcas ? XE) (no de porcas ? XD)
2 15 30 2
2 15 30 3
2 15 30 4
2 15 30 5
2 15 30 6
porca clipe
réguas de
plástico
Após a montagem,
o experimento
ficará semelhante
Reinaldo Vignati/ID/BR
31
31
3 10,2 30,6
C 9 cm
4 7,5 30
5 6 30
6 5 30
DE OLHO NA BASE
Nesta seção, os estudantes desenvol-
vem as competências geral 2 e específica Esquema da montagem
2, ao trabalhar a formulação de hipó- com uma porca do lado
esquerdo, a 9 cm do centro,
teses e a investigação, procedimentos e duas porcas do lado
próprios das ciências. direito. (Representação
sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.)
32
ID/BR
centro, tal como uma alavanca. De fato, podemos imaginar uma • Explore com os estudantes o esquema
roda como a superposição de infinitas alavancas. das roldanas nesta página do Livro do
A roldana ou polia é uma roda que pode girar em torno de Estudante. Questione se há diferenças
um eixo, tendo um canal em sua volta pelo qual passa uma cor- entre a roldana fixa e as roldanas móveis
reia ou um cabo. Ela é uma máquina simples que pode ser uti- no que diz respeito à força necessária para
Uma roda ligada a um eixo pode
lizada para alterar a direção ou amplificar a ação de uma força. ser entendida como a justaposição
equilibrar um corpo.
As roldanas são utilizadas principalmente para facilitar a de alavancas que transmitem ao • Explique aos estudantes que, ao contrário
eixo a força aplicada em sua borda,
elevação de objetos pesados e realizar a transmissão de movi- fazendo-o girar, e vice-versa.
do que pode parecer em um primeiro mo-
mento quando associadas entre si ou a outros eixos e sistemas. (Representação sem proporção de mento, as roldanas móveis dividem pela
tamanho; cores-fantasia.) metade a força aplicada nelas. Para que
As roldanas fixas apenas alteram a direção da força aplicada.
É o que ocorre, por exemplo, quando se puxa um balde de água isso ocorra, há um custo envolvido: quando
de um poço ou quando se executam exercícios em determinados utilizamos duas roldanas, por exemplo,
aparelhos de ginástica. uma móvel e outra fixa, ao puxarmos 1 m
de corda, a roldana móvel à qual o corpo
se prende sobe apenas 0,5 m. Enfatize a
Jayk67/Shutterstock.com/ID/BR
roldana 100 N
fixa 100 N
100 N
Roldanas fixas são
utilizadas para levantar 200 N 200 N
objetos pesados.
33
33
Irina Opachevsky/Shutterstock.com/ID/BR
planos inclinados facilmente perceptíveis ta de modo oblíquo em relação à superfície horizontal. Essas
no dia a dia. Construa, na lousa, uma tabela características fazem com que a força aplicada para elevar ou
de duas colunas: uma com a descrição do descer um objeto pelo plano seja menor que a força necessária
plano e outra com a utilização deste. Por para realizar as mesmas tarefas em linha vertical. Muitos guin-
exemplo: prancha de madeira em ca- chos utilizam rampas, que são planos inclinados, para elevar
çambas de entulho – facilita a subida e a um veículo, fazendo-o alcançar a plataforma do caminhão.
descida do carrinho de mão.
O plano inclinado permite que esse
• Questione os estudantes sobre o uso de carro seja rebocado para cima do Cunhas
rampas para o acesso das pessoas com caminhão-guincho. A cunha é o resultado da associação de dois planos inclina-
deficiência em transportes públicos. dos apoiados um no outro pelas suas bases, tendendo a formar
• Pergunte aos estudantes qual é a dife- um objeto pontiagudo. Geralmente, as cunhas são utilizadas
rença no esforço necessário para subir para perfurar objetos. As agulhas, os pregos e as lâminas dos
uma rampa muito íngreme e outra menos machados, das enxadas e das facas são exemplos de cunhas.
inclinada. Em seguida, questione-os se Elas também podem ser utilizadas como calço para portas e
entre essas duas rampas há diferença para veículos estacionados, mantendo-os em repouso em re-
na distância necessária para alcançar lação ao solo.
a mesma altura. A ideia aqui é levá-los a
perceber que há uma escolha envolvida:
subir uma rampa mais íngreme, porém A
B
Helene Rogers/Alamy/Fotoarena
mais curta, ou subir uma rampa menos
inclinada, porém mais longa.
Reinaldo Vignati/ID/BR
O conteúdo das páginas 33 e 34 amplia tem a forma de cunha. (B) Graças
ao formato de cunha, os calços
o estudo de temas relacionados ao objeto conseguem se encaixar na parte
de conhecimento máquinas simples, de baixo de portas, segurando-as.
como rodas, roldanas, engrenagens e
planos inclinados, continuando o desen- Parafusos
volvimento das habilidades EF07CI01 Os parafusos podem ser entendidos como um plano inclina-
e EF07CI11. do enrolado sobre si mesmo.
Dugwy39/Shutterstock.com/ID/BR
O parafuso,
representado pelo
papel enrolado no lápis,
Reinaldo Vignati/ID/BR
é um caso particular
de plano inclinado.
(Representação sem
proporção de tamanho;
cores-fantasia.)
34
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_030A042.indd 34 O arqueólogo Mark Lehner, da Universida- 13/05/22 16:07 GA_C
34
Fotografias: dnd_project/Shutterstock.com/
ID/BR; Ljupco Smokovski/Shutterstock.com/ID/BR;
FERNANDO BLANCO CALZADA/Shutterstock.com/
ID/BR; Dmitry Kalinovsky/Shutterstock.com/ID/BR
tesoura carrinho de mão relógio analógico guincho e guindaste
operando de maneira integrada.
Máquinas
compostas
Máquinas simples
cunha e alavanca roda e alavanca engrenagens polia e alavancas
envolvidas
35
35
36
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_029A042.indd 36 […] 18/05/22 12:49 GA_C
36
Buffaloboy/Shutterstock.com/ID/BR
1
problema complexo em bam que muitos problemas podem ser
Você já ouviu falar em pensamento computacional? É co- problemas menores e mais
resolvidos com a aplicação desse método.
mum relacionar esse conceito com algo realizado somente por fáceis de resolver, dando
atenção aos detalhes. Neste momento, apresente-lhes também
máquinas modernas, os computadores. No entanto, o pensa-
exemplos que possam esclarecer o que
mento computacional é uma estratégia que usa fundamentos 2 Reconhecimento de padrões: são as etapas de decomposição e de re-
da computação para resolução de problemas nas mais diversas identificar padrões que se
repetem em diferentes conhecimento de padrões.
áreas de conhecimento. De modo geral, ele se baseia nas qua- processos, para solucioná-
tro etapas indicadas nos quadros desta página. los com mais eficiência.
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
Nesta atividade, você e os colegas vão utilizar o pensamento
3 Abstração: analisar quais 1. e 2. Procure circular entre os grupos,
computacional para solucionar uma situação-problema. partes do problema são mais para verificar quais são as eventuais
relevante e quais partes
Como fazer podem ser ignoradas. dificuldades dos estudantes. Se julgar
necessário, peça aos grupos que se
1 Organizem-se em grupos de três estudantes. Pensem em 4 Algoritmo: criar um ajudem dando ideias para a resolução
alguma situação-problema que seja comum no cotidiano. conjunto de regras (o
dos problemas.
Por exemplo: Como tornar a casa ou a escola mais susten- algoritmo) que qualquer
pessoa (ou máquina) pode 3. A etapa de trocas dos algoritmos é muito
tável, como organizar grandes quantidades de informação seguir para chegar à
na biblioteca da escola ou em um computador, etc. solução do problema. importante para que os estudantes en-
2 Seguindo as etapas do pensamento computacional, tentem re- tendam que, seguindo esse conjunto de
solver o problema. Primeiro, procurem decompor a situação-problema. Supon- regras, qualquer pessoa deve conseguir
do que essa situação esteja relacionada a iniciativas sustentáveis na escola, sua realizar a tarefa proposta na resolução
solução poderia envolver questões como: A escola tem alguma iniciativa susten- do problema.
tável? Qual? Que medidas poderiam ser tomadas para melhorar essa iniciativa?
Se não tem, o que poderia ser feito para modificar essa situação?
3 Na etapa de reconhecimento de padrões, identifiquem aspectos comuns a
problemas parecidos ao qual vão resolver. Nessa etapa, vocês podem pesqui-
sar soluções de problemas semelhantes ao que o seu grupo está investigan-
do e verificar quais delas seria possível utilizar.
4 Na etapa da abstração, analisem o que realmente é importante para a so-
lução do problema. Por exemplo: Ao se construir um telhado com o único
objetivo de evitar que a água da chuva caia dentro de uma casa, a cor da casa
tem pouca importância e, portanto, pode ser ignorada.
5 Por fim, no caderno ou em um programa de edição de texto, elaborem
o algoritmo, ou seja, um conjunto de regras para solucionar a situação-
-problema. Essas regras devem estar na ordem exata e serem escritas de
forma clara e precisa, de modo que vocês ou outra pessoa possam segui-
-las para resolver um problema igual ao do seu grupo.
Responda sempre no caderno.
Para concluir
1. Qual foi a solução encontrada por seu grupo para o problema que escolheram?
Resposta pessoal.
2. Qual dos passos do tópico “Como fazer” foi mais difícil de executar? Por quê?
Respostas pessoais.
3. Troquem de algoritmo com outro grupo e verifiquem diferenças e semelhanças
entre os algoritmos que vocês criaram. Vocês acreditam que o algoritmo elaborado
pelo outro grupo funcionaria também? Justifiquem. Respostas pessoais.
37
37
1. Se julgar pertinente, traga outras ima- 4. Máquinas compostas são máquinas mais complexas formadas por máquinas simples. Alguns exemplos dessas
gens de mais tipos de máquinas sim- máquinas são tesouras, relógios analógicos, carrinhos de mão, etc.
1. Associe cada imagem a seguir a um tipo de a) Quantas roldanas móveis há no dispositivo?
ples, para que os estudantes possam máquina simples mencionado neste capítulo. b) O que seria mais fácil: levantar o bloco com
complementar a atividade. A: alavanca; B: plano inclinado; C: alavanca; D: roda. esse dispositivo ou com outro, com menos
2. Se possível, traga para a sala de aula A B roldanas móveis? Justifique sua resposta.
Allstars/Shutterstock.com/ID/BR
Reinaldo Vignati/ID/BR
de 200 N.
4. Se possível, explique aos estudantes
C D
por que cada um dos exemplos cita-
Huntstock/Disability Images/Alamy/Fotoarena
Representação sem proporção de tamanho;
dos na resposta é considerado uma cores-fantasia.
máquina composta.
• Qual deve ser a menor força aplicada para
5. Respostas variáveis. As respostas aos levantar a pedra? 200 N
itens a, b e c vão variar de acordo com
4. O que são máquinas compostas? Dê três
a pesquisa realizada pelos estudantes.
exemplos desse tipo de máquina.
Verifique se elas são pertinentes e coe-
rentes com o texto. 5. Leia o texto a seguir e, depois, faça o que se
pede.
2. Observe a ilustração a seguir. Sabendo que As máquinas térmicas, como os motores a va-
DE OLHO NA BASE cada roldana móvel, como as apresentadas por, tiveram um papel central na Revolução
Ao realizar as atividades desta se- no dispositivo, reduz pela metade a força ne- Industrial. As primeiras máquinas funciona-
ção, os estudantes desenvolvem as cessária para levantar um bloco, responda vam pela queima de carvão mineral, usado
às questões. para aquecer caldeiras.
competências geral 2 e específica 3
(compreender conceitos fundamen- Depois, as máquinas térmicas foram sendo
Reinaldo Vignati/ID/BR
38
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_029A042.indd 38 Porém, se ainda observar pontos frágeis no 18/05/22 12:48 GA_C
Esta seção abrange os conteúdos trabalhados aprendizado que demandem sua atenção, dê
no capítulo e pode ser utilizada como avaliação um tempo maior para os estudantes realizarem
reguladora. as atividades. Proponha a eles que foquem em
Caso os estudantes tenham dificuldade em uma questão por vez e busquem informações
resolver as atividades propostas, incentive-os no enunciado. Essa estratégia vai ajudá-los
a relacionar o conteúdo deste capítulo com a lidar com a ansiedade que pode surgir em
os exemplos cotidianos que eles conhecem. tais momentos.
Você também pode pedir a eles que façam Oriente os estudantes a tomar nota durante
um resumo explicando o que são máquinas os estudos e a compará-las com as anotações
simples e máquinas compostas e citando os dos colegas. Eles ainda podem pesquisar vídeos
principais exemplos desses tipos de máquina.
e exemplos que mostrem os tipos de força
Caso a dificuldade seja resolver atividades mencionados no capítulo.
que exigem cálculos e uso de fórmulas, pode-se
pedir aos estudantes que elaborem problemas Faça a correção coletiva das atividades e
que utilizem as fórmulas estudadas e provi- procure explicar raciocínio envolvido naquelas
denciem as respostas para essas atividades. que exigem cálculo.
38
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Automação e empregos • Pergunte aos estudantes se eles conhe-
Em muitos países, a geração de empregos é um desafio a ser enfrentado. As cem alguma profissão ou função em que
pessoas desempregadas, muitas vezes, têm dificuldade para conseguir um novo tra- a mão de obra humana foi substituída
balho. Em certos casos, isso tem relação com o uso cada vez maior de máquinas que por máquinas, em decorrência do de-
desempenham funções que, anteriormente, eram realizadas por seres humanos. senvolvimento tecnológico.
• Peça a eles que pesquisem algumas
Era dos robôs está chegando e vai eliminar milhões profissões da atualidade (escolhidas por
de empregos eles mesmos ou sugeridas por você) e a
maneira como a tecnologia está relacio-
Rebeliões contra a mecanização ou a automação dos processos produtivos não
nada a elas.
são inéditas. Quando o arado passou a ser utilizado na agricultura e muitos tra-
balhadores perderam seus empregos, foi grande a oposição ao novo instrumento. • A seção aborda o tema contemporâneo
Na Inglaterra do século 19, os ludistas destruíam os teares em sua revolta contra a transversal Trabalho.
substituição da mão de obra humana pelas máquinas. Nos Estados Unidos do sécu-
lo 20, Henry Ford foi considerado um grande inimigo dos manobristas de charretes. EM DISCUSSÃO
A tecnologia, contudo, sempre venceu. Por um lado, pois aumentava a produtivida-
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
de da economia como um todo; por outro, e não se pode ignorar este fator, porque
só afetava empregos de baixa qualificação. 1. Nesse momento, é importante levar os es-
[…] tudantes a refletir sobre como o desenvol-
Estudos mostram que pessoas em funções no topo da pirâmide, que em geral de- vimento da tecnologia tem proporcionado
mandam criatividade e capacidade de solucionar problemas, não têm o que temer. avanços na sociedade, mas também tem
As máquinas ainda não conseguem desempenhar tais tarefas com a mesma eficácia. acarretado transformações no mercado
Estão nessa categoria certos ramos da engenharia e das ciências, por exemplo. de trabalho e nas funções realizadas pelo
Algo semelhante se passa na outra ponta. Trabalhadores manuais […], como ser humano.
faxineiros ou pedreiros, tampouco serão afetados – não porque a tecnologia não os 2. Os estudantes podem ser induzidos a
tenha alcançado, mas por não valer a pena economicamente. pensar que existem profissões “mais
Entre os extremos, as funções mais sujeitas a serem eliminadas são as que exigem importantes” e “menos importantes”.
repetição. Importa pouco que seja uma atividade fabril ou de serviços, que envolva Contudo, é fundamental esclarecer que
operários ou profissionais liberais. A questão é: quanto mais rotineira for uma pro- todas as profissões devem ser conside-
fissão, maior a chance de ela desaparecer […]. radas da mesma forma. Explique a eles
Paulo Feldmann. Era dos robôs está chegando e vai eliminar milhões de empregos. Jornal da USP, que “topo da pirâmide” se refere a ativi-
3 ago. 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/artigos/era-dos-robos-esta-chegando-e-vai-
eliminar-milhoes-de-empregos/. Acesso em: 25 fev. 2022. dades mais complexas, que demandam
criatividade, enquanto na outra ponta
Responda sempre no caderno.
estariam as atividades menos complexas,
Em discussão que exigem repetição.
1. Qual é a sua opinião sobre a utilização de robôs no lugar de pessoas em determina- 3. Comente com os estudantes as possíveis
dos setores do mercado de trabalho? Resposta pessoal. consequências da automação para os
2. O que você acha que o autor quis dizer com “funções no topo da pirâmide”? Por que trabalhadores, em especial aqueles que
você acha que faxineiros e pedreiros são considerados, pelo autor, trabalhadores realizam tarefas repetitivas.
“na outra ponta” da pirâmide? Qual é a sua opinião sobre essa classificação feita
pelo autor do texto? Respostas pessoais.
DE OLHO NA BASE
3. Proponha uma estratégia para minimizar os efeitos negativos do processo de roboti-
zação do mercado de trabalho. Resposta pessoal. Além de trabalhar as habilidades
EF07CI01 e EF07CI11, a seção trata de
mudanças econômicas, culturais e sociais,
39 tanto na vida cotidiana quanto no mundo do
trabalho, decorrentes do desenvolvimento
de novas tecnologias, como a automa-
ção, promovendo a habilidade EF07CI06.
12:48 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_029A042.indd 39 18/05/22 12:48
A seção também desenvolve a compe-
tência específica 4, no contexto das apli-
cações e das implicações da ciência e de
suas tecnologias.
39
ID/BR
c) Se o fio se romper, o lustre inicia- 12 5. Há 120 milhões de anos, quando a África e a
rá uma queda livre com aceleração de 10 América do Sul começaram a se separar, os
locais onde hoje estão a cidade de Buenos
Velocidade (m/s)
10 m/s2, que é a aceleração da gravidade 8
Aires e a Cidade do Cabo coincidiam. A dis-
(se desprezarmos o atrito com o ar). 6
tância atual entre as duas cidades é aproxi-
4. Se julgar pertinente, realize esta ati- 4 madamente 6 mil quilômetros.
vidade oralmente com os estudantes, 2 • Determine a velocidade média de afasta-
sanando eventuais dúvidas sobre força 0 mento entre a África e a América do Sul em
0 2 4 6 8 10 12 14 16 centímetros por ano. 0,05 cm/ano
resultante. Tempo (s)
5. Retome o conceito de velocidade média Dados fictícios. 6. Observe a figura a seguir e faça o que se pede.
antes de realizar esta atividade.
Com base no gráfico, responda às questões. força
6. b) Se julgar pertinente, traga para a sala
Reinaldo Vignati/ID/BR
a) Em qual intervalo de tempo a aceleração é aplicada
de aula um rótulo de embalagem de maior? Entre 0 s e 1 s. braço da força
alimento com informações nutricionais b) Em qual intervalo de tempo a velocidade do
resistente
e mostre aos estudantes onde estão corredor é aproximadamente constante?
indicados os valores energéticos. Entre 5 s e 8 s.
braço
3. A foto a seguir mostra um lustre, de massa
7. a) A glicerina está embaixo porque é o da força
5 kg, suspenso no teto de uma sala. força aplicada
líquido mais denso. resistente
b) A água é menos densa que o ferro, a Representação sem proporção de
Taro911 Photographer /Shutterstock/ID/BR
tamanho; cores-fantasia.
glicerina e a bola de borracha, porém é
mais densa que o óleo e a rolha. a) Reproduza, de modo esquemático, a figu-
ra no caderno e identifique quais partes da
c) Embora seja o líquido menos denso, o
figura correspondem aos elementos das
óleo é mais denso que a cortiça (rolha). alavancas naturais de nosso corpo: força
8. Se julgar pertinente, peça aos estudantes aplicada, braço da força aplicada, força re-
que fixem nas paredes da sala de aula sistente, braço da força resistente.
os mapas que construíram, para que os b) Explique de onde vem a energia para que a
colegas possam conhecer os trajetos força aplicada pela pessoa realize o trabalho
de deslocar o peso que ela carrega na mão.
uns dos outros. A energia para a pessoa elevar o peso provém da
9. Esta atividade permite um trabalho in- energia química armazenada em seu corpo.
terdisciplinar com os professores de 40
Arte e Matemática, que podem orientar
os estudantes na produção dos projetos.
10. Caso julgue pertinente, peça aos es-
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C3_029A042.indd 40 17/05/22 15:01 GA_C
tudantes que realizem uma pesquisa
sobre o funcionamento das máquinas
térmicas, incluindo a geladeira (ou o
aparelho de ar condicionado).
40
41
41
Nelson Provazi/ID/BR
42
42
UNIDADE 2
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Energia térmica
• Compreender o que é sensação térmica, temperatura, calor e equilíbrio térmico.
• Relacionar a variação de temperatura à variação do grau de agitação das partículas de um corpo.
• Identificar equivalências e diferenças entre escalas termométricas.
• Compreender o que são calor específico, calor sensível e calor latente.
• Fazer conversão de temperaturas entre escalas termométricas.
• Identificar características associadas ao desenvolvimento de novas tecnologias.
• Observar, ler e interpretar dados obtidos por meio de instrumento de medida: um termômetro cons-
truído experimentalmente.
• Conhecer aspectos do desenvolvimento do conceito de calor ao longo do tempo e entender a constru-
ção do conhecimento científico como empreendimento coletivo, cultural e histórico.
Capítulo 2 – Propagação e efeitos do calor
• Identificar as formas de propagação do calor (radiação, convecção e condução) e suas características.
• Classificar os materiais em bons ou em maus condutores de calor, com base na capacidade deles de
conduzir energia térmica.
• Analisar evidências experimentais da dilatação térmica de diferentes materiais.
• Aplicar os conceitos de dilatação térmica e de contração térmica.
JUSTIFICATIVA
Desde os primeiros momentos do nascimento e ao longo da vida, o corpo humano experimenta
sensações diversas, como as de frio ou de calor – termos coloquiais com os quais se denominam va-
riações de temperatura do ambiente. Portanto, além de simplesmente perceber, é relevante apren-
der os fundamentos e os conceitos relacionados à energia térmica, além de saber quais instrumentos
e escalas são utilizados para aferir a temperatura, a fim de associar e de aplicar os conhecimentos
científicos historicamente construídos às situações do cotidiano, conforme abordado no capítulo 1.
O capítulo 2, por sua vez, aponta a necessidade de compreender como o calor, ou energia térmica,
é transferido entre corpos, as características dos materiais que influenciam na propagação do calor
e os efeitos do calor sobre os corpos. Ao final da unidade, o conteúdo da seção Investigar reflete a
necessidade do uso de metodologias ativas para promover a aprendizagem, em especial, do papel
dos modelos no contexto da elaboração e da construção de um motor a vapor.
SOBRE A UNIDADE
Expressões como “está fazendo calor” ou “esse casaco esquenta bem” envolvem conceitos físicos
como energia térmica, sensação térmica e isolamento térmico. Como previamente detalhado nos
objetivos e na justificativa, os conceitos de energia térmica, sensação térmica, temperatura e esca-
las termométricas e as propriedades do calor são abordados no capítulo 1, promovendo a habilidade
EF07CI02. Nas seções Práticas de Ciências e Ciência dinâmica, o capítulo possibilita ainda trabalhar
43 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
43 B
TEMPERATURA
• Aproveite as questões da seção Primeiras
ideias para realizar uma avaliação inicial
do que os estudantes conhecem sobre
temperatura e calor.
E CALOR
• Aproveite este momento para sondar se
eles relacionam calor com energia térmica.
• Uma sugestão é solicitar aos estudantes
que anotem, no caderno, as respostas
dadas a estas atividades e, mais adian-
te, após a abordagem do conteúdo, as
retomem com o objetivo de avaliá-las e
As percepções de quente e frio nos acompanham por toda a de corrigi-las, se necessário.
vida. Elas interferem na escolha da roupa que vamos usar, do
momento ideal para tomar um chá e até nos ajudam a perceber
que algo não vai bem com nosso corpo.
Essas percepções estão relacionadas à energia térmica e à forma
como ela se propaga no ambiente. Esses são os temas desta
unidade.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2
Energia térmica Propagação e efeitos
do calor
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Você já teve de medir a temperatura de um corpo? Em caso afirmativo, como
fez isso? Respostas pessoais. Em suas respostas, os estudantes podem citar o uso de um termômetro,
instrumento com o qual eles podem já ter tido contato.
2. O que é calor? E o que é o frio? Como a ciência explica esses conceitos?
3. É possível aquecer um objeto? Dê exemplos de situações de seu cotidiano.
Resposta variável. É provável que a ideia de que o calor passa de um corpo para outro faça parte do repertório
dos estudantes. No entanto, os mecanismos pelos quais isso acontece são menos prováveis de serem conhecidos.
2. Respostas variáveis. É provável que os estudantes relacionem o calor com altas temperaturas e
o frio com baixas temperaturas.
43
43
LEITURA DA IMAGEM
1. A imagem mostra uma estrutura presente no piso de
concreto (ou de asfalto) de uma ponte. Em sua opinião,
qual é a função dessa estrutura metálica? Resposta pessoal.
2. Por que essa estrutura foi colocada entre partes do concreto?
Resposta pessoal.
44
ER_09/Shutterstock.com/ID/BR
• A imagem de abertura da unidade pode
ser utilizada para iniciar uma discussão
com os estudantes a respeito de como os
materiais que nos cercam sofrem altera-
ções à medida que a temperatura varia.
• A atividade 2 possibilita explorar com
os estudantes a habilidade de formular
hipóteses a respeito de um fenômeno na-
tural. Caso julgue oportuno, incentive-os
a pensar em hipóteses possíveis.
• Observe se os estudantes percebem que
pelo menos dois tipos de material são re-
tratados na imagem. Caso não percebam,
oriente-os para isso.
Junta de expansão
metálica em uma ponte.
45
45
NO CAPÍTULO
(EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e
sensação térmica nas diferentes situações
de equilíbrio termodinâmico cotidianas.
1 ENERGIA TÉRMICA
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio ter-
modinâmico para a manutenção da vida na
Terra, para o funcionamento de máquinas PARA COMEÇAR O QUE É ENERGIA
térmicas e em outras situações cotidianas. As percepções de quente Ao preparar o café, precisamos aquecer a água, ou seja,
e frio nos acompanham fornecer uma quantidade de energia que seja suficiente para a
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS água atingir a temperatura que queremos para o café.
o tempo todo. Como
• Utilize a questão em Para começar para essas percepções estão Não há um consenso sobre a definição precisa de energia,
verificar o conhecimento prévio dos estu- mas a ideia mais aceita é a de que ela está relacionada com a
relacionadas aos conceitos
dantes sobre os conceitos de temperatura possibilidade de um sistema gerar ou modificar movimento ou
e de calor. Neste momento, não se espera de temperatura e de calor?
transformar as propriedades da matéria, por exemplo.
que todos os estudantes diferenciem tem- As sensações relacionadas à Nesses processos, a energia é transferida de um corpo para
peratura de calor, mas, ao final do capítulo, temperatura são importantes para outro, não podendo ser criada nem destruída, apenas transforma-
peça a eles que retomem as respostas a nossa proteção. O conceito de
da. Por isso, sempre que precisamos de energia para alguma ati-
temperatura, medida do grau
dadas e pergunte se as mudariam. de agitação das partículas de um vidade, ela só pode ser obtida a partir de outra forma de energia.
• Aproveite para ampliar a discussão ci- corpo, pode ser um pouco complexo
Algumas formas nas quais a energia se apresenta são: a me-
tando práticas cotidianas, como pingar de entender, mas os estudantes
conseguem avaliar a temperatura cânica – energia presente no movimento; a química – energia
o leite da mamadeira na mão para ve- de objetos cotidianos pelo tato, de presente na constituição da matéria; a elétrica – energia do mo-
rificar a temperatura dele ou colocar a maneira empírica, para determinar se
estão com temperatura baixa ou alta. vimento de elétrons; e a térmica.
mão na testa de uma pessoa para sentir
As máquinas térmicas, como A energia térmica está associada ao movimento das partí-
a temperatura dela. Pergunte a opinião os motores das locomotivas a
culas que constituem a matéria. O tipo de energia associado ao
dos estudantes sobre essas maneiras de vapor, tiveram papel central no
entendimento da natureza do movimento é a energia mecânica cinética; portanto, a energia
medir a temperatura. calor. Nelas, a energia térmica é
convertida em energia mecânica
térmica pode ser definida como a soma das energias cinéticas
cinética. Trem real, Inglaterra. dessas partículas.
Foto de 1897.
Kean Collection/Archive
Photos/Getty Images
46
46
Reinaldo Vignati/ID/BR
água à
água fria água morna
temperatura
ambiente
Ao colocar as mãos na água à temperatura ambiente, a pessoa sentirá que
a água está morna na mão que estava na água fria. Já na mão que estava na
água morna, a água à temperatura ambiente parecerá fria.
47
47
Mega Pixel/Shutterstock.com/ID/BR
• Antes de desenvolver o conteúdo desta A temperatura está relacionada com o grau de agitação das
página com os estudantes, faça a seguinte partículas que compõem um corpo. Assim, quanto maior o grau
pergunta: “O que vocês entendem por de agitação das partículas, maior a temperatura do corpo.
temperatura?”. Utilize as ideias apresen- Para medir a temperatura de um sistema, utilizamos apare-
tadas por eles para estabelecer conexão lhos chamados termômetros (do grego thermo 5 quente e metro 5
com o conteúdo da página. medida). Os termômetros começaram a ser desenvolvidos no sé-
B
• Explique aos estudantes que os termôme- culo XVI e, no início do século XVIII, o físico alemão-polonês Da-
tros mais utilizados são os digitais ou os niel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) estabeleceu os princípios da
que contêm álcool (com corante, para fa- termometria, a ciência que estuda a medição da temperatura.
Oliver Hoffmann/
Shutterstock.com/ID/BR
cilitar a visualização). Questione-os sobre Os termômetros atuais, em geral, são analógicos, que fun-
o que ocorre com o líquido do termômetro cionam pela dilatação de líquidos ou gases, ou digitais, que
quando medimos a temperatura de um são acionados por efeitos da temperatura sobre a resistência
corpo. Peça a eles que desenvolvam suas elétrica de um circuito acoplado ao termômetro ou por sensor de
explicações. leitura de radiação infravermelha.
• Informe aos estudantes que a Agência Independentemente do tipo, todos os termômetros funcio-
Existe uma grande variedade de
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) termômetros, e muitos deles são nam tendo como parâmetro uma escala termométrica, cujos
aprovou, em 2017, a proibição da fabricação, específicos para um tipo de aplicação.
valores de referência têm como base dois importantes fenôme-
(A) analógico para ambientes;
da importação e da comercialização dos (B) digital para uso clínico. nos, relativamente fáceis de serem reproduzidos em qualquer
termômetros e dos medidores de pressão lugar do planeta: a fusão e a ebulição da água.
que utilizam coluna de mercúrio para diag- resistência elétrica: propriedade dos As temperaturas em que ocorrem esses fenômenos corres-
nóstico em saúde. Essa proibição começou materiais que interfere na facilidade com
que uma corrente elétrica o atravessa. pondem a pontos fixos da escala termométrica. O que muda de
a valer em 2019.
uma escala para outra são os valores de temperatura atribuídos
a esses pontos.
Criatividade – curiosidade, solução
Atualmente, são usadas três escalas termométricas.
de problemas O DESENVOLVIMENTO DOS
TERMÔMETROS
Escala Símbolo Utilização
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS A evolução tecnológica dos
termômetros se deu ao longo
• Os estudantes devem perceber que o de- de vários séculos. Heron de
Celsius o
C É a mais difundida no mundo.
senvolvimento de novas técnicas permite Alexandria (10 d.C.-70 d.C.), por
Kelvin K Usada principalmente em pesquisas científicas.
investigar a natureza de outras formas, exemplo, descreveu experimentos
enriquecendo a construção do conheci- sobre a dilatação e a contração
de materiais em tubos fechados. o Mais usada nos países de língua inglesa,
Fahrenheit F
mento científico. Esta atividade também sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Um dos primeiros cientistas a
possibilita o trabalho com o tema contem- desenvolver um termômetro
porâneo transversal Ciência e tecnologia, foi o físico inglês Robert Fludd As três escalas termométricas podem ser classificadas em
no contexto do desenvolvimento de equi- (1574-1637). No século XVII, dois tipos:
muitos tipos de termômetro
pamentos que atendam a demandas ou • Escala de temperatura absoluta – não apresenta va-
foram desenvolvidos utilizando
resolvam problemas do dia a dia. diferentes materiais e escalas. lores negativos, caso da escala Kelvin. Para defini-la,
• Muitas vezes o
partiu-se da hipótese de que na temperatura zero kelvin
DE OLHO NA BASE desenvolvimento tecnológico não há energia térmica associada às moléculas. Assim,
O conteúdo apresentado nas páginas impulsiona o desenvolvimento o zero kelvin é a menor temperatura possível de ser atin-
científico, como ocorreu com o gida no Universo.
48 e 49 dá continuidade ao desenvolvi- estudo do calor, no século XIX.
mento da habilidade EF07CI02, ao for- Que características estão • Escalas de temperaturas relativas – apresentam va-
necer conceitos necessários para que os associadas ao desenvolvimento lores positivos e negativos, caso das escalas Celsius e
de novas tecnologias? Fahrenheit. Para defini-las, foram escolhidos valores para
estudantes diferenciem temperatura de
sensação térmica. Na página 48, tam- Resposta pessoal. os pontos de fusão e de ebulição da água ao nível do mar.
bém é promovida a competência geral 2
(exercitar a criatividade e a imaginação 48
para criar soluções), em especial no
boxe Valor. Além disso, são promovidas
as competências geral 4 e específicas 2 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 48 a agência destacou o compromisso firmado com a 13/05/22 19:04 GA_C
48
Reinaldo Vignati/ID/BR
manual, traz informações sobre o de-
senvolvimento da equação que permite a
100 K 100 ºC 180 ºF conversão de valores entre as diferentes
escalas termométricas. Se julgar perti-
ponto de
fusão da água 273 K 32 ºF nente, compartilhe com os estudantes
0 ºC
essa propriedade.
0K 2273 ºC 2460 ºF
49
19:04 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 49 O estado térmico mais frio a que se poderia
13/05/22 19:04 PROPRIEDADE DAS PROPORÇÕES
AS ESCALAS DE TEMPERATURA chegar, teoricamente, é aquele ao qual se
Em uma proporção, a soma ou a diferença
associa a temperatura de 2273,16 °C. Essa
A escala de temperatura Celsius, inventada dos dois primeiros termos está para o segundo
temperatura, denominada zero absoluto, nunca
pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701- (ou o primeiro) termo assim como a soma ou a
foi alcançada, mas os cientistas já chegaram
-1744), varia de zero a cem. diferença dos dois últimos termos está para o
bem próximo dela. Segundo os cientistas, todo
O ponto zero na escala Fahrenheit está asso- quarto (ou o terceiro) termo. Isto é, para dados
movimento molecular se extinguiria na tem-
ciado à temperatura mais baixa que o cientista a, b, c e d não nulos, temos:
peratura zero absoluto. A escala Kelvin utiliza
alemão Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736) o zero absoluto de temperatura como o zero a c a1b c1d
pôde criar com uma mistura de gelo e sal. O da escala. Assim, nessa escala, não existem • se 5 , então 5 e
valor de 100 °F é atribuído à temperatura do b d a c
leituras negativas de temperatura; todas estão
corpo humano. a1b c1d
acima de zero. 5
Os cientistas, em geral, utilizam a escala b d
Por convenção internacional, desde o final
Kelvin para indicar medidas de temperatura. a c a2b c2d
da década de 1960 não se utiliza a palavra grau • se 5 , então 5 e
Inventada pelo matemático e físico britânico nem o símbolo ° para representar temperaturas b d a c
William Thomson, mais conhecido como lorde na escala absoluta. a2b c2d
Kelvin (1824-1907), essa escala também é 5
b d
chamada de escala absoluta.
49
tro ficará mais confiável e ele poderá ser ção da régua deve estar voltada para o centro.
utilizado por dias seguidos, possibilitando 2 Faça um furo atravessando a rolha no sentido de seu maior comprimento.
aos estudantes fazer uma equivalência O diâmetro do furo deve permitir o encaixe mais preciso possível do tubo
entre a altura da coluna de água regis- transparente.
trada nesse modelo e as temperaturas 3 Passe o tubo por dentro da rolha, deixando apenas um pequeno trecho do
medidas com um termômetro comum tubo ultrapassando a rolha em uma das extremidades.
ou obtidas por meio de um aparelho de 4 Encaixe a rolha na abertura do recipiente de vidro vazio.
telefone celular. 5 Use a massa de modelar ou o material de vedação selecionado para vedar
• Avalie a possibilidade de trazer o termô- todos os vãos da rolha e do bulbo por onde o ar ou líquidos possam passar.
metro montado. Neste caso, retome cada
passo do tópico “Como fazer”, evidenciando
as facilidades e as dificuldades encontradas
e esclarecendo eventuais dúvidas. Chame
a atenção dos estudantes para os cuidados
Reinaldo Vignati/ID/BR
que devem tomar. Em seguida, peça que
discutam as questões propostas com um
colega ou que manifestem suas ideias em
pequenos grupos, antes de compartilhá-las
com a turma. Essa prática contribui para a
construção do conhecimento e para aliviar
a ansiedade deles.
Esquema das etapas 3, 4 e 5. (Representação sem proporção de tamanho; cores-fantasia.)
DE OLHO NA BASE
Esta atividade prática desenvolve 50
as competências geral 2 e específica
2, ao promover abordagens próprias
da ciência, como a observação, a (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 50 à pressão da coluna líquida é igual à pressão at- 16/05/22 13:54 GA_C
leitura e a interpretação de dados, mosférica externa […].
a elaboração de hipóteses e a criação de Explicando o termômetro de Galileu
Se a pressão atmosférica for constante, o au-
soluções, além do exercício da curio- Inicialmente, ao aquecer o bulbo da lâmpada,
mento de temperatura provoca o aumento da
sidade intelectual. o ar se expande e sai pela extremidade inferior
do tubo. Quando o aquecimento é interrompido, pressão do ar no interior do termômetro, o que
o ar esfria e se contrai até atingir a temperatura leva à diminuição da altura h da coluna líquida.
ambiente. A água é empurrada pela pressão at- Se a temperatura diminui, a pressão do ar no in-
mosférica para dentro do tubo, formando a co- terior do termômetro diminui e a coluna líquida
luna que se estabiliza quando ocorre o equilíbrio sobe. Assim, se a pressão atmosférica não variar,
térmico entre a temperatura ambiente e a tempe- pode-se estabelecer uma relação entre a medida
ratura do ar contido no termômetro. A partir daí, da coluna líquida e a temperatura ambiente.
sempre que a temperatura aumentar, o volume Gaspar, Alberto. Experiências de ciências para o Ensino
do ar contido na lâmpada aumenta e a coluna de Fundamental. São Paulo: Ática, 2009. p. 50.
água baixa; quando a temperatura baixa, o volu-
me diminui e a coluna sobe.
Uma explicação mais aprofundada é dada em
termos de pressão: para cada temperatura, a pres-
são interna do ar no bulbo da lâmpada somada
50
51
Jochen Tack/Alamy/Fotoarena
de energia térmica de um corpo com maior temperatura para
lor, questionando os estudantes sobre o outro com menor temperatura, em função da diferença de tem-
que significa a expressão “está fazendo peratura entre eles. Essa transferência ocorre até que os corpos
calor”. Anote as respostas deles na lousa tenham a mesma temperatura.
e incentive-os a desenvolver o raciocínio A unidade de medida do calor, no Sistema Internacional, é o
a respeito dessa frase. Após abordar o joule. Entretanto, por razões históricas, uma unidade de medida de
conteúdo, retome as respostas. calor bastante utilizada ainda nos dias de hoje é a caloria (cal), cujo
• Peça aos estudantes que esquematizem múltiplo é a quilocaloria (kcal), que corresponde a 1 000 calorias.
na lousa como se dá a transferência de A compressa de água quente é
usada, entre outras funções, para Em 1843, o físico inglês James Joule (1818-1889) determinou
calor, utilizando cores diferentes de giz aliviar dores musculares. Como a experimentalmente a equivalência entre caloria e joule:
nessa representação. bolsa de água está mais quente que
o corpo da pessoa, a energia térmica
• A relação entre caloria e joule merece passa da bolsa para o corpo. 1 cal 5 4,18 J
um comentário cuidadoso. Ainda se fala
em caloria dos alimentos, mas essa
caloria: unidade de energia definida como Por exemplo, uma laranja que contém 50 000 calorias ou
ideia é ultrapassada. Há pouco tempo,
a quantidade de energia necessária para 50 quilocalorias (50 kcal) tem aproximadamente 209 mil joules
era comum ouvir falar em uma dieta de elevar a temperatura de um grama de água
2 000 calorias por dia para um adulto (209 000 J) ou 209 quilojoules (209 kJ) de energia.
de 14,5 ºC para 15,5 ºC.
saudável, em que cada caloria equi-
valeria a 1 000 calorias energéticas da JOULE E A MEDIÇÃO DA ENERGIA DO MOVIMENTO
Física. Dessa forma, valeria a relação O esquema a seguir representa o arranjo experimental cons-
1 caloria alimentar 5 1 kcal energé- truído por Joule para determinar a equivalência entre a caloria e o
tica. Atualmente, as embalagens dos joule. No experimento, ele amarrou pesos a uma corda, que, por
alimentos já trazem informações nutri- sua vez, estava ligada a pás colocadas dentro de um recipiente
cionais em quilocaloria e sua conversão com água. Quando os pesos desciam, a corda movimentava as pás.
para quilojoule. A energia associada aos pesos, chamada de energia poten-
cial gravitacional, é transformada em energia térmica pelo atrito
entre a água e as pás.
Medindo o aumento de temperatura da água e relacionando
isso aos dados que obteve sobre os pesos, Joule pôde determi-
nar a equivalência entre o calor gerado e a energia dos pesos.
termômetro
gravidade (g)
pás
massa
(m)
Esquema reproduzindo o
Reinaldo Vignati/ID/BR
arranjo construído por Joule água
para calcular a equivalência altura
entre caloria e joule. (h)
(Representação sem proporção
de tamanho.)
52
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 52 13/05/22 19:04 GA_C
52
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19:04 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 53 13/05/22 19:04
53
ID/BR
Temperatura
ta página, faça uma atividade prática de (°C) bem ou cedem provoca a reorganização da
s
gá
construção da curva de aquecimento da TE 100
ebulição estrutura das partículas que formam a ma-
água. Coloque determinada quantidade líquido 1 gás téria, enquanto sua temperatura perma-
de água congelada para aquecer e peça nece constante. Nesse caso, dizemos que
do
ui
líq
aos estudantes que, com um termômetro uma substância está trocando calor latente
fusão
de laboratório, meçam a temperatura da TF 0
sólido 1 líquido
com outro corpo ou outra substância que
Tempo de
água a cada cinco minutos. Depois, peça
o
está à sua volta.
lid
aquecimento
só
a eles que transponham esses dados para 225 (min)
Uma substância qualquer pode ganhar
um gráfico de temperatura em função O gráfico mostra a curva de ou perder calor latente durante uma mu-
do tempo. aquecimento da água ao nível do dança de estado físico. Quando ela passa do estado sólido para
mar. Durante a passagem de um
• Reforce a distinção entre calor sensível e estado físico para outro, ocorre o líquido (fusão), ou do líquido para o gasoso (vaporização), ou
calor latente. Enquanto o calor sensível absorção ou perda de calor latente. do sólido para o gasoso (sublimação), ela absorve energia na
está associado à variação da temperatura Fonte de pesquisa: Theodore L. Brown forma de calor latente.
de um corpo, o calor latente está associado e outros. Química: a ciência central.
Quando a substância passa do estado gasoso para o líquido
São Paulo: Pearson, 2016. p. 483.
às alterações da organização estrutural (condensação), ou do líquido para o sólido (solidificação), ou do
da substância, ou seja, às mudanças de gasoso para o sólido (sublimação), ela perde energia na forma
estado físico. de calor latente.
• Oriente os estudantes a comparar a uni- A quantidade de calor latente necessária para que uma
dade de medida usada para indicar o substância mude de fase depende de dois fatores.
valor de calor específico com a unidade
usada para indicar o calor latente. Para A QUANTIDADE DE CALOR LATENTE DEPENDE
isso, pergunte a eles: “O que significa
esta diferença?”. Ao comparar as duas da massa do corpo do calor latente da substância
unidades de medida, eles perceberão
Alguns materiais têm estrutura
que o calor latente não está relacionado Quanto maior a massa, maior a
mais rígida que outros, precisando,
quantidade de calor necessária
a mudanças de temperatura, uma vez para modificar sua estrutura. assim, de mais calor para mudar
de fase.
que sua unidade de medida não inclui °C.
Podemos sintetizar esses fatores na seguinte equação:
DE OLHO NA BASE
O conteúdo desta página dá con- Q 5 m∙L
tinuidade ao desenvolvimento das
Nessa equação:
competências geral 4 (utilizar co-
nhecimentos da linguagem científica) • Q é a quantidade de calor latente;
e específicas 2 e 3 (compreender • m é a massa do corpo;
conceitos fundamentais das Ciências • L é o calor latente do material.
da Natureza e características e fenô- Podemos determinar, por exemplo, a quantidade de energia
menos do mundo natural). necessária para derreter 500 g de gelo, que já estão à tempera-
tura de 0 °C. Sabendo que o calor latente de fusão do gelo vale
80 cal/g, aplicamos a equação:
Q 5 m 9 L ä Q 5 500 9 80 ä Q 5 40 000 cal
54
54
ID/BR
80 cal/g. em estado líquido e sua expansão com o
aumento da temperatura é perceptível. calor sensível.
5. Entre as 6 h e o meio-dia, a temperatura atmos- 6. Verifique se os estudantes associam
férica em certa cidade variou entre 15 °C e 35 °C. 75
um calor específico menor a uma varia-
Temperatura (8C)
55
56
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_043A057.indd 56 que sua atividade requer uma postura diferente, 13/05/22 19:04 GA_C
56
57
NO CAPÍTULO
(EF07CI03) Utilizar o conhecimento das
formas de propagação do calor para justifi-
car a utilização de determinados materiais
2 PROPAGAÇÃO E EFEITOS
DO CALOR
(condutores e isolantes) na vida cotidiana,
explicar o princípio de funcionamento de
alguns equipamentos (garrafa térmica, PARA COMEÇAR A PROPAGAÇÃO DO CALOR
coletor solar etc.) e/ou construir soluções O calor é o fluxo de uma A energia térmica se propaga entre corpos com temperatu-
tecnológicas a partir desse conhecimento. forma de energia que ras diferentes. Enquanto a energia térmica se propaga, ela re-
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio ter- se propaga de um corpo cebe o nome de calor.
modinâmico para a manutenção da vida na- a outro. Como essa A transferência de calor está relacionada com diversas situa-
Terra, para o funcionamento de máquinas ções do cotidiano. Ao colocarmos uma carne na churrasqueira,
propagação pode ocorrer?
térmicas e em outras situações cotidianas. uma panela de água no fogo ou uma massa de bolo para assar no
Respostas variáveis. Espera-se que forno, estamos nos valendo do calor para preparar os alimentos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS os estudantes citem situações que A energia térmica emitida pelo carvão em brasa é transferi-
• A questão em Para começar promove o explicitem condução, convecção e
da para a carne, que começa a assar. A água entra em ebulição
irradiação.
protagonismo dos estudantes, ao incen- após receber energia térmica da chama do fogão. A energia tér-
tivar a capacidade argumentativa deles. Aves como o condor-dos-andes
(Vultur gryphus) usam o movimento mica do interior do forno é transferida para a massa do bolo, que
• Caso julgue oportuno, siga incentivando- das correntes quentes e frias do ar cresce e assa.
-os a expor seus conhecimentos prévios para planar e ganhar altura sem
Há três formas de propagação do calor, ou seja, de trans-
gastar muita energia. Peru, 2014.
questionando, por exemplo, se é correto
ferência de energia térmica entre os corpos: por radiação, por
afirmar que vestimos agasalhos no frio
convecção e por condução.
para nos aquecer. Peça a eles que jus-
É a convecção, por exemplo, que proporciona a existência de
tifiquem suas respostas.
correntes de ar, usadas por muitas aves em seu deslocamento
no céu.
DE OLHO NA BASE
Jacob/E+/Getty Images
O tema central do capítulo é a propa-
gação do calor. O conteúdo das páginas
58 e 59 introduz esse tema e aborda os
conceitos de radiação e de convecção,
desenvolvendo, dessa forma, a habi-
lidade EF07CI03. Além disso, trabalha
as competências específicas de Ciên-
cias da Natureza 2 e 3, no âmbito dos
conceitos fundamentais dessa área da
ciência, assim como das características
e dos fenômenos do mundo natural.
envergadura: 3 m
58
58
59
19:00 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_058A070.indd 59 a superfície. O vento se forma nos movimentos
13/05/22 19:00
59
Reinaldo Vignati/ID/BR
Os assuntos desta página (condução,
bons e maus condutores de calor e iso-
lantes térmicos) promovem o processo
cognitivo, o objeto de conhecimento e Representação do processo de
o modificador da habilidade EF07CI03 condução de energia térmica. As
partículas com maior energia cinética
(utilizar os conhecimentos das formas apresentam maior agitação que
de propagação do calor para justificar o as partículas com menor energia
cinética. (Representação sem
uso de certos materiais e o princípio de proporção de tamanho;
funcionamento de uma garrafa térmica). cores-fantasia.)
Também desenvolvem as competências
pouco agitada agitada muito agitada fonte de calor
específicas de Ciências da Natureza 2 e 3.
AS GARRAFAS TÉRMICAS E AS Conforme a maior ou a menor capacidade de condução de
PERDAS DE CALOR PARA O energia térmica, podemos classificar os materiais em dois tipos:
MEIO EXTERNO
• bons condutores – facilitam a propagação do calor;
As garrafas térmicas são
recipientes cuja estrutura e cujos • maus condutores – dificultam a propagação do calor.
materiais minimizam as trocas de As roupas que vestimos em dias frios são feitas de materiais
calor entre o líquido contido em
maus condutores térmicos (lã, náilon, etc.), a fim de diminuir as
seu interior e o meio externo.
Essas garrafas são constituídas
perdas de calor para o meio externo. Por isso, os maus conduto-
de paredes duplas, entre as res também são chamados de isolantes térmicos. Já as panelas
quais há uma região preenchida são feitas de bons condutores térmicos, como os metais.
com ar a baixa pressão. Nessa
condição, as moléculas do ar estão
Guas/Shutterstock.com/ID/BR
Ulga/Shutterstock.com/ID/BR
distantes entre si, o que dificulta a
propagação de calor por condução.
Assim, a baixa pressão, o ar atua
como um material isolante.
O espelhamento das paredes
internas da garrafa dificulta a
troca de calor por radiação. A
tampa, feita de material isolante
térmico, também minimiza as
trocas diretas de calor com o As roupas de frio são feitas de As panelas são produzidas com
meio externo. materiais isolantes térmicos. bons condutores térmicos, como
os metais.
60
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_058A070.indd 60 Como fazer 13/05/22 19:00 GA_C
60
Reinaldo Vignati/ID/BR
corpo 1 corpo 2
e peça a eles que expliquem o que ocorreu
com o leite quente e o suco gelado à luz
do conceito de equilíbrio térmico.
Quando dois corpos, ou mais, com temperaturas diferentes (T1) e (T2), são
postos em contato, a energia térmica flui na forma de calor de um para
o outro. O corpo com maior temperatura (corpo 1) cede energia térmica
para o de menor temperatura (corpo 2), até que suas temperaturas se
igualem. Quando elas se igualam (T3), dizemos que os corpos 1 e 2 estão
em equilíbrio térmico.
Shkliarov/Shutterstock.com/ID/BR
O equilíbrio térmico está presente em di-
versas situações do cotidiano, como quando
esperamos uma bebida quente esfriar um pou-
co para podermos bebê-la.
Para preservar os alimentos, utilizamos
a geladeira. Como a temperatura interna da
geladeira é baixa, o alimento, ao ser colocado
dentro dela, perde energia térmica até entrar
em equilíbrio térmico com o ar frio.
A temperatura mais baixa no interior da ge-
ladeira inibe o desenvolvimento de organismos
no alimento, como fungos e bactérias. Dessa
forma, ele fica preservado por mais tempo.
Agora, imagine que você resolva beber um
suco que está na geladeira. No momento em
que é retirado da geladeira, ele passa a rece-
ber energia térmica do ar ao redor, e sua tem-
peratura começa a aumentar. Assim, se você
não quiser tomar o suco gelado, basta esperar
alguns minutos até que o suco entre em equilí-
brio térmico com o ambiente.
61
19:00 Comentários
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_058A070.indd 61 evita-se a utilização do tato para sentir
13/05/22a19:00
61
Reinaldo Vignati/ID/BR
O conteúdo da página prossegue com o
Esquema da dilatação térmica. Na
desenvolvimento da habilidade EF07CI03 temperatura inicial (A), as partículas
e das competências específicas 2 e 3. que compõem o material têm certo
grau de agitação. Após receber
calor (B), elas aumentam seu grau
de agitação e passam a ocupar
um espaço maior. Por isso, as
dimensões do material aumentam. Tinicial
(Representação sem proporção de Tfinal
tamanho; cores-fantasia.)
62
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_058A070.indd 62 • Leve o balão ao congelador, a um freezer ou 13/05/22 19:00 GA_C
62
63
63
64
blematizadora do erro, tratando-o não como uma resultados concretos e precisos. À luz dessa pers-
O papel do erro na construção do
questão que diz respeito estritamente ao resultado pectiva, o erro torna-se parte importante na cons-
conhecimento da operação, mas sim sob um enfoque constru- trução do saber e não deve ser tratado de forma
Profissionais diretamente ligados a áreas expe- tivista, assumindo-o como parte da descoberta e excludente, uma vez que pode atuar como uma
rimentais estão acostumados a lidar com resulta- da construção do conhecimento, ele admite uma fonte rica de informações para a compreensão do
dos inesperados e seguir na busca por respostas postura de coletividade. A partir deste ponto, o conhecimento. […]
mais satisfatórias. Quando se está diante de uma processo de ensino-aprendizagem baseado no erro
sala de aula, o professor também pode se deparar é alicerçado na interatividade entre professores e Freitas, Júlia Campos et al. O papel do erro na cons-
trução do conhecimento em atividades experimentais.
com erros experimentais que não condizem com estudantes […].
In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação
as expectativas da atividade proposta. Neste mo- Acredita-se então que neste momento o pro- em Ciências (Enpec), 2017, Florianópolis. Anais […].
mento, o docente precisa ter uma rápida tomada fessor tem o importante papel de valorizar a Florianópolis: UFSC, 2017. Disponível em: http://www.
de decisão para o prosseguimento da atividade, ocorrência deste erro para instigar os estudan- abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/
podendo optar por dar a ela um caráter mais in- tes a buscarem explicações que justifiquem o R1598-1.pdf. Acesso em: 10 mar. 2022.
vestigativo […] ou descartá-la por não se enqua- que ocorreu. A abordagem dos resultados obti-
drar dentro do que foi planejado. dos permite também que os estudantes tomem
64
Africa Studio/Shutterstock.com/ID/BR
que a mãe dele aproximou a vela? 3. Caso julgue necessário, relembre com os
7. Leia o texto a seguir. Depois, faça o que se pede. estudantes o conteúdo sobre densidade.
Massas de ar quente, próximas à superfície 4. O aquecimento provoca a dilatação dos
terrestre, tendem a se deslocar para maiores materiais. Como o metal da tampa dilata
altitudes na atmosfera. Ao mesmo tempo, mais que o vidro do pote, com o tempo, a
massas de ar mais frias, que estão a maiores
tampa estará maior que a boca do pote,
altitudes, tendem a descer. Esse deslocamento
• Explique essa escolha de materiais feita pe- de massas de ar forma os ventos. Em certos o que torna mais fácil abri-la.
los fabricantes de ferros de passar roupa. períodos, no entanto, especialmente no inver- 5. Comente que a instalação do aparelho
Veja resposta em Respostas e comentários.
3. Sobre balões de ar quente, responda: no, massas de ar frias podem ficar aprisiona- de ar condicionado em locais altos fa-
a) O que acontece com a densidade do ar das embaixo de massas de ar quentes. Esse vorece a convecção do ar no ambiente.
fenômeno é conhecido como inversão térmica.
aquecido no interior de um balão? 6. Se julgar oportuno, realize em sala de
b) Qual é a forma de propagação do calor no Em grandes cidades, essa situação costuma aula a prática descrita nesta atividade.
interior do balão? Convecção. causar graves problemas ambientais e de saúde,
pois os poluentes que se encontram na atmos- 7. b) Espera-se que os estudantes asso-
c) Por que o balão sobe na atmosfera? fera próxima à superfície não se dispersam. ciem a não dispersão dos poluentes com
A densidade menor do ar interno faz o balão subir.
4. Algumas pessoas costumam aquecer a tampa o aprisionamento da camada de ar frio
metálica de um recipiente de vidro quando sob a camada de ar quente.
Dario Oliveira/Codigo19/Folhapress
têm dificuldade para abri-lo. Apesar de não 8. Os corpos podem atingir o equilíbrio tér-
ser recomendada, por questões de seguran- mico devido à transferência de energia
ça, a técnica realmente funciona.
térmica, ou seja, de calor. As partículas
• Explique por que o aquecimento da tampa
com maior grau de agitação transmitem
facilita a abertura do pote.
Veja resposta em Respostas e comentários. sua vibração para outras com as quais es-
5. Em ambientes que precisam de ar climatiza- tejam em contato, até chegar ao ponto em
do, os aparelhos de ar condicionado geral- que as partículas estejam com o mesmo
mente são instalados nos locais mais altos do
Camada de poluição atmosférica em dia de
grau de agitação, ou seja, estejam à mes-
ambiente. Sobre isso, responda:
inversão térmica em São Paulo (SP). Foto de 2015. ma temperatura.
a) Convecção.
Naypong Studio/Shutterstock.com/ID/BR
65
66
67
a importância da ingestão consciente Após realizar uma atividade final com o apoio
de chocolates e de outros alimentos das atividades desta seção, verifique os pontos
calóricos. do aprendizado que necessitam de reforço.
8. Verifique se os estudantes conse- Retome palavras-chave dos conceitos dos ca-
guem distinguir os tipos de propagação pítulos. Peça aos estudantes que, coletivamente,
do calor. relacionem essas palavras aos conteúdos das
atividades, relembrando o que foi abordado na
unidade. Aproveite esse momento para verificar
quais conteúdos ainda não estão consolidados
e auxilie os estudantes a entendê-los. Caso jul-
gue oportuno, também é interessante elaborar
um esquema na lousa, ligando os conceitos
estudados. Por fim, reavalie se os pontos de
dificuldade foram superados.
68
fria com/tecnologia/noticia/2017/10/disparada-do-
carro-eletrico.html. Acesso em: 10 mar. 2022. 4 desenvolvem a habilidade EF07CI04.
a) De acordo com o texto, qual será o maior
Quanto às competências, são promovidas
impacto positivo do uso do carro elétrico? as competências gerais 2 (exercitar a
placa coletora criatividade para criar soluções, como
b) A eletricidade já é uma velha conhecida
Esquema de um coletor solar residencial. nos exemplos das atividades 10 e 11),
(Representação sem proporção de tamanho; da humanidade, mas foram necessá-
cores‑fantasia.) rias algumas décadas para que se de- 4 e 10 e específicas 2, 3 (utilizar co-
senvolvesse o primeiro carro elétrico. nhecimentos da linguagem científica e
• Explique o funcionamento do coletor so- Em sua opinião, quais fatores levaram compreender conceitos fundamentais
lar com base nas formas de propagação ao desenvolvimento do carro elétrico?
do calor. 10. A energia solar aquece a placa
das Ciências da Natureza e caracterís-
coletora pelo processo de radiação, e a água dentro da tubulação é aquecida pelo processo de condução. O fluxo de ticas e fenômenos do mundo natural e
água se forma pelo processo de convecção: a água quente torna-se menos densa e desloca-se para a parte superior tecnológico) e 8 (tomar decisões com
do reservatório, enquanto a água fria, mais densa, desloca-se em direção à placa coletora. base em princípios sustentáveis, na
69
atividade 11).
69
70
70
UNIDADE 3
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Formação da Terra
• Conhecer uma explicação científica sobre a origem e a formação da Terra.
• Compreender o que são litosfera e placas litosféricas.
• Relacionar a teoria da deriva continental e a teoria da tectônica de placas.
• Criar modelos para simular o movimento de convecção do manto e o movimento das placas litosféricas.
Capítulo 2 – Planeta dinâmico
• Entender que a superfície terrestre está em constante transformação e conhecer alguns dos agentes
envolvidos nessas mudanças.
• Relacionar o movimento das placas tectônicas ao vulcanismo, aos abalos sísmicos e à formação
de montanhas.
• Compreender o que são desastres naturais, os deslocamentos populacionais ocasionados por eles e
a importância de ser solidário com as vítimas de catástrofes.
JUSTIFICATIVA
Conhecer com precisão eventos ocorridos em tempos remotos, como a formação da Terra ou a ori-
gem do Universo, é praticamente impossível. Entretanto, uma das virtudes da ciência é fornecer expli-
cações para tais eventos por meio de métodos confiáveis, modelos factíveis e teorias bem elaboradas.
Diante disso, o capítulo 1 se mostra relevante por possibilitar não só a compreensão da gênese
e das características de elementos que compõem a Terra, mas também o entendimento de aspec-
tos da natureza do conhecimento científico. Ao propor aos estudantes que construam modelos que
simulam os fenômenos naturais, promovem-se a observação de algumas características desses fe-
nômenos de forma concreta e ainda o contato com estratégias de pesquisa científica, como a mode-
lagem e a simulação de processos.
O capítulo 2, por sua vez, ressalta o dinamismo da Terra, suas constantes transformações e os
fatores que evidenciam essas mudanças, ao mesmo tempo que propicia a discussão sobre a impor-
tância da solidariedade com as vítimas de desastres naturais. Ainda sobre esse aspecto, é trabalha-
da a compreensão de que, diante da inevitabilidade de desastres naturais, os seres humanos podem
atuar buscando medidas de prevenção que minimizem suas consequências.
SOBRE A UNIDADE
Nesta unidade, os estudantes vão conhecer alguns dos mecanismos naturais que fazem com
que a superfície da Terra esteja em constante transformação. Compreender a dinâmica natural de
transformação do planeta e a escala temporal de formação das rochas e dos minerais fornece aos
estudantes subsídios para que construam uma visão mais integrada do planeta e dos impactos das
atividades humanas.
O capítulo 1 começa com o estudo da origem e da formação da Terra e prossegue explicitando as
mudanças no relevo do planeta e como as placas litosféricas estão relacionadas às suas transforma-
ções. A respeito disso, exploram-se a teoria da deriva continental e a teoria da tectônica de placas,
além das evidências sobre o movimento das placas, promovendo a habilidade EF07CI16.
O capítulo 2 aborda fenômenos relacionados ao movimento das placas litosféricas, como a forma-
ção de montanhas, vulcões, terremotos e tsunamis. Também trabalha a questão dos desastres natu-
rais e suas consequências para as populações. Nesse âmbito, além dos objetivos e da justificativa já
mencionados, são desenvolvidas as habilidades EF07CI08 e EF07CI15. Quanto às competências, esta
unidade desenvolve as competências gerais da Educação Básica 1, 2, 7, 9 e 10 e as competências
71 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – FORMAÇÃO DA TERRA
• Origem da Terra PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF07CI15) (CGEB1)
• Mudanças no relevo Movimento das (EF07CI16) (CGEB2)
• Litosfera placas litosféricas (CECN1)
• Placas litosféricas (CECN2)
• Movimento das placas litosféricas
(CECN3)
• Teorias da deriva continental e da tectônica de
placas
• Limites entre placas litosféricas
71 B
2. Não. Suas formas e posições mudaram e continuam mudando. Complemente a discussão perguntando aos
estudantes se eles acreditam que a Terra permanece imutável desde o seu surgimento ou se ela sofre mudanças.
3. É possível que os estudantes não percebam a relação entre terremoto e erupção
vulcânica, mas relacionem cada um desses eventos com alterações na estrutura da Terra.
PRIMEIRAS IDEIAS De qualquer modo, esses fenômenos são consequência da dinâmica da crosta e do manto
terrestres.
Os estudantes podem mencionar que a Terra é constituída de rochas,
água, minerais, minérios e metais, por exemplo. Discuta com eles sobre
1. De que é constituída a Terra? como imaginam que seja o interior da Terra, pedindo que expliquem suas
hipóteses e, se possível, que digam em que informações se basearam.
2. Os continentes que conhecemos sempre foram como hoje?
3. Por que ocorrem terremotos e erupções vulcânicas?
4. Em que ocasiões os fenômenos naturais são considerados catástrofes?
Os estudantes podem mencionar que fenômenos naturais são considerados catástrofes quando as populações
humanas e suas edificações são afetadas em larga escala.
71
71
72
73
73
NO CAPÍTULO
(EF07CI15) Interpretar fenômenos natu-
rais (como vulcões, terremotos e tsunamis)
e justificar a rara ocorrência desses fenô-
1 FORMAÇÃO DA TERRA
menos no Brasil, com base no modelo das
placas tectônicas.
(EF07CI16) Justificar o formato das costas PARA COMEÇAR A ORIGEM DA TERRA
brasileira e africana com base na teoria da A Terra é formada por O início da formação da Terra é quase tão antigo quanto a
deriva dos continentes. camadas que estão em formação do Sol. Em torno dessa estrela ainda jovem, orbitavam
constante modificação. Como nuvens de gás, poeira e fragmentos, que, enquanto se choca-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS vam, formavam aglomerados de matéria cada vez maiores. Esse
essas modificações alteram
• O capítulo complementa e aprofunda processo foi aos poucos constituindo o planeta primitivo que deu
a aparência da superfície
o estudo das camadas da Terra, tema origem à Terra.
inicialmente trabalhado no 3 o ano terrestre e a forma dos
A energia resultante das colisões desses fragmentos gerava
do Ensino Fundamental, como parte da continentes?
tanto calor que metais como o ferro permaneciam líquidos e se
habilidade EF03CI07, e no 6o ano do En- acumulavam no centro do planeta em formação. Novos mate-
sino Fundamental, no desenvolvimento Os estudantes podem citar que a
sobreposição das camadas pode levar riais, à medida que eram incorporados ao planeta, foram com-
da habilidade EF06CI11. ao surgimento de cadeias de montanhas pondo camadas em torno do núcleo rico em ferro.
• Localize, em um mapa-múndi físico, o e o afastamento das camadas pode
levar à separação de continentes. Foram necessários milhões de anos para que a Terra se res-
local retratado na foto. Durante o traba- friasse, dando origem à crosta terrestre, camada fina e solidifica-
lho com esta unidade, o uso de mapas Trecho da falha de San Andreas, da que repousa sobre outras duas camadas: o manto e o núcleo. A
pode ser muito útil para a localização e uma falha geológica com extensão
crosta terrestre é dividida em crosta continental e crosta oceânica.
de 1,3 mil km que atravessa o
a orientação geográficas. estado da Califórnia (EUA). Ela Neste capítulo, serão estudados os fenômenos que ocorrem
• Caso julgue oportuno, peça aos estudan- evidencia uma transformação
na litosfera, que é formada pela crosta terrestre e pela parte
na crosta da Terra que vem
tes que respondam oralmente à pergunta acontecendo há milhões de anos. mais externa do manto superior.
em Para começar. Essa questão inicial
exercita o protagonismo dos estudantes,
ao explorar a capacidade de argumenta-
ção deles, por exemplo.
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 74 e 75
desenvolve as competências específi-
cas 2 e 3, ao tratar de conceitos fun-
damentais e estruturas explicativas de
Ciências da Natureza e de caracterís-
74
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C1_071A080.indd 74 definido como o processo histórico-geológico. 12/05/22 17:40 GA_C
74
Reinaldo Vignati/ID/BR
AS PLACAS LITOSFÉRICAS • Com base na observação da direção
núcleo interno
As crostas continental e oceânica e a parte dos movimentos das placas tectônicas,
mais externa do manto superior correspondem pergunte aos estudantes se é possível
à camada da Terra chamada litosfera. afirmar que a cordilheira dos Andes é uma
A litosfera não é contínua, mas se divide em várias placas, Esquema das camadas da Terra. elevação resultante de movimentos das
Observe a localização da crosta
chamadas placas litosféricas ou tectônicas. Essas placas ro- terrestre. (Representação sem
placas Sul-Americana e de Nazca e qual
chosas se encaixam umas nas outras e flutuam sobre o man- proporção de tamanho e distância; é esse movimento.
cores-fantasia.)
to, que é uma camada mais flexível. A espessura dessas placas
Fonte de pesquisa: Frank Press e
apresenta grande variação, sendo mais fina no fundo dos ocea- outros. Para entender a Terra. 4. ed.
nos, onde pode atingir até 100 km, e mais grossa nos continen- Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 32.
tes, medindo até 400 km.
Quando observamos com atenção o mapa-múndi ou uma re-
presentação da superfície da Terra, podemos perceber que os li-
mites de alguns continentes parecem se “encaixar” como peças As linhas azuis representam os
de um grande quebra-cabeça. Isso levou muitos pesquisadores limites das placas litosféricas. As
setas vermelhas indicam o sentido
a pensar em uma razão para isso. do movimento das placas. A placa
Atualmente, sabe-se que as placas litosféricas movimen- Sul-Americana e a placa Africana,
por exemplo, estão se afastando
tam-se, afastando-se ou aproximando-se umas das outras. Essa uma da outra.
movimentação é responsável pelo surgimento de vulcões, pela Fonte de pesquisa: Universidade
ocorrência de terremotos e pela forma atual dos continentes. de Indiana. Disponível em: https://
geol105.sitehost.iu.edu/1425chap4.
Localização das placas litosféricas htm. Acesso em: 15 mar. 2022.
OCEANO CAROLINA 0°
OCEANO
PLACA ÍNDICO
PACÍFICO
PLACA SUL- AMERICANA
Trópico de Capricórnio DE PLACA
INDO-AUSTRALIANA PLACA
NAZCA
DE FIJI
PLACA
45°S
DE SCOTIA
75
75
76
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C1_071A080.indd 76 Questões para discussão 12/05/22 17:40 GA_C
FORMAÇÃO DOS CONTINENTES 1. O que é a Pangeia? Por que ela não existe
• Acesse ou peça aos estudantes que acessem mais?
o conteúdo sobre a formação dos continentes 2. Atualmente, ocorre movimentação das pla-
na página do Atlas geográfico escolar do IBGE, cas? Em caso afirmativo, quais são as pos-
disponível em https://atlasescolar.ibge.gov. síveis consequências dessa movimentação?
br/a-terra/formacao-dos-continentes (acesso
em: 15 mar. 2022). Essa página traz uma
animação sobre o tema.
• Oriente os estudantes a ler o texto e a obser-
var as imagens da animação que retratam a
formação dos continentes. Peça a eles que
registrem os pontos principais no caderno.
• Quando considerar necessário, interrompa
a leitura para complementar, apontar de-
talhes, acrescentar informações e reforçar
explicações sobre os conceitos trabalhados.
76
Ilustrações: Bruno
Badain/ID/BR
Essa movimentação do manto é a razão de os continentes encon- trincheira falha de San Andreas, retratada na imagem
oceânica
trarem-se em constante deslocamento. A América do Sul, por exem- de abertura do capítulo.
plo, afasta-se da África a uma velocidade de 2 centímetros por ano. • Peça à turma que observe as setas que
Os limites entre as placas litosféricas podem ser de três tipos: indicam o movimento de cada placa litos-
convergentes, divergentes e transformantes. Esses nomes indicam férica, no mapa da página 75 do Livro do
a forma como as placas se movimentam uma em relação à outra. Estudante, e identifique os tipos de limite
Algumas placas movimentam-se umas contra as outras, pro- entre as placas litosféricas (convergentes,
vocando choques. É o que ocorre, por exemplo, entre a placa de divergentes e transformantes). Se julgar
Nazca e a placa Sul-Americana (veja o mapa Localização das pla- PLACAS DE LIMITES DIVERGENTES pertinente, solicite aos estudantes que
cas litosféricas). Nesse caso, dizemos que os limites das placas pesquisem a velocidade com que algumas
são convergentes. placas se movimentam.
Quando duas placas tectônicas têm limites convergentes, uma cordilheira
• Proponha aos estudantes que fechem os
pode deslizar por baixo da outra, como se parte de uma delas “mer- oceânica punhos e deslizem os “nós” dos dedos de
gulhasse” no manto. Forma-se então uma trincheira oceânica, re- uma mão contra os da outra, para sentir
gião onde a placa tectônica que fica por baixo penetra na parte supe- a trepidação e entender como as falhas
rior do manto, esquenta, derrete e se transforma em magma. nas placas geram tremores.
Há também placas que se afastam umas das outras. Isso
ocorre entre as placas Sul-Americana e Africana. Chamamos os DE OLHO NA BASE
limites dessas placas de divergentes. Nesse caso, o magma sobe
O conteúdo das páginas 76 e 77 promove
e ocupa a abertura gerada pelo afastamento das placas. Ao subir, PLACAS DE LIMITES TRANSFORMANTES
o modificador da habilidade EF07CI15
o magma resfria e torna-se rocha sólida. falha (modelo das placas tectônicas), bem
Esse tipo de fenômeno é observado, por exemplo, na formação como o processo cognitivo, o objeto
das cadeias de montanhas que ficam no fundo dos oceanos, como de conhecimento e o modificador da
a cordilheira Atlântica. habilidade EF07CI16 (formato das costas
Há ainda situações em que uma placa apenas desliza lateral- brasileira e africana e teoria da deriva
mente em relação à outra, sem colisão ou afastamento. Os limites dos continentes). Além disso, desen-
dessas placas são chamados de transformantes. Nesse caso, as volve as competências específicas 2
placas deslizam em sentidos opostos, sem originar novas áreas e 3 e geral 1 (compreender conceitos
de crosta nem destruí-la, mas provocando o surgimento de gran- fundamentais e estruturas explicativas
des falhas no terreno. das Ciências da Natureza, analisar,
Esquema das regiões de contato compreender e explicar características e
Placas que se movimentam
Convergentes umas contra as outras.
entre placas tectônicas. As setas fenômenos relativos ao mundo natural
brancas indicam o movimento
LIMITES ENTRE
Placas que se afastam do manto, e as escuras indicam e valorizar e utilizar os conhecimentos
AS PLACAS Divergentes umas das outras. o sentido do movimento das historicamente construídos sobre o
LITOSFÉRICAS placas. (Representações
Placas que deslizam lateralmente sem proporção de tamanho e mundo físico).
Transformantes em relação às outras. distância; cores-fantasia.)
77
77
78
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C1_071A080.indd 78 passada, provada que os resultados não são bons 12/05/22 17:40 GA_C
78
79
79
3. Caso os estudantes tenham dificuldade nas teorias em si, mas nas evidências usadas
para responder a estas atividades, reto- para sustentá-las […].
me o esquema das camadas da Terra na Joil José Celino; Osmário Rezende Leite.
A importância das controvérsias geológicas no
página 75 do Livro do Estudante. ensino de geologia: exemplo do modelo fixista
4. Mostre aos estudantes um mapa físico à tectônica de placas. Cadernos de Geociências,
Salvador, v. 6, 2001.
da América do Sul, para que eles o re-
lacionem com o mapa Localização das
a) Explique, com suas palavras, o que faz com
placas litosféricas, também na página 75
que os continentes estejam em permanen-
do Livro do Estudante. te movimento. Resposta pessoal.
5. De acordo com a teoria da tectônica de Vista aérea da cordilheira dos Andes, Chile. b) O que é evidência? Faça uma pesquisa sobre
placas, as placas litosféricas estão em Foto de 2019. a importância das evidências para que uma
constante movimento, afastando-se ou • Observe novamente o mapa Localização ideia seja aceita pela maioria dos cientistas.
aproximando-se umas das outras. Como das placas litosféricas. Localize a placa de c) Ao longo da história das ciências, é comum
os continentes são a parte emersa das Nazca e a Sul-Americana e responda: Que que algumas ideias sejam substituídas por
placas, eles se deslocam com elas. Ao relação pode haver entre essas placas e a outras. Qual é sua opinião sobre esse as-
cordilheira dos Andes? pecto da natureza da ciência? Resposta pessoal.
longo de milhões de anos, essa movi- A cordilheira dos Andes é um dobramento resultante do
mentação levou à forma e à localização choque entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana. b) Veja resposta em Respostas e comentários.
atuais dos continentes.
80
6. a) e c) Após responderem individual-
mente aos itens da atividade, os estu-
dantes podem se reunir em duplas para
explicar seus pontos de vista ao colega. DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C1_071A080.indd 80 ESTRATÉGIAS DE APOIO 13/05/22 15:00 GA_C
Em seguida, alguns deles podem com- Este é o momento propício para realizar uma
As atividades 3, 4, 5, 6 e 7 desta seção
partilhar suas opiniões com a turma. avaliação reguladora. Avalie se os estudantes
promovem as habilidades EF07CI15 e
b) Resposta pessoal. Auxilie os estudan- EF07CI16. Além disso, de modo geral, são têm alguma dificuldade para compreender o que
tes na realização da pesquisa. Verifique desenvolvidas as competências gerais 1 e 2 e está sendo trabalhado e para entender o texto.
se eles reconhecem que as evidências as competências específicas de Ciências da Caso os estudantes tenham dúvida sobre a
são elementos que ajudam a corroborar Natureza 1, 2 e 3 (a atividade 6, em especial, teoria da tectônica de placas, retome o mapa
ou a refutar determinada explicação aborda a característica do conhecimento da página 75 do Livro do Estudante e explore os
científica. Assim, uma explicação tende científico como provisório e das Ciências da conteúdos que necessitam ser revistos. O uso
a ser adotada pela maioria da comuni- Natureza como empreendimento humano). de mapa-múndi, recomendado anteriormente,
dade científica quanto maiores forem ou a reprodução simplificada dele na lousa
a quantidade e a força das evidências também podem ser boas estratégias de apoio
que a apoiam. neste momento.
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81
82
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C2_081A090.indd 82 diferentes, tanto na forma (menos ou mais 12/05/22 17:43 GA_C
82
das placas
tectônicas gera
um terremoto.
terremoto
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83
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C2_081A090.indd 84
OUTRAS FONTES 12/05/22 17:43 GA_C
84
OCEANO
por um longo período.
Meridiano
PACÍFICO ÍNDICO
As atividades desta seção promovem
Trópico de Capricórnio
45°S
a habilidade EF07CI15 e desenvolvem
Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
as competências específicas 2 e 3;
Vulcão 0 3 685 km além disso, a atividade 2 trabalha a
habilidade EF07CI08.
Fonte de pesquisa: Volcanoes in the world. Hokkaido University (tradução nossa: Vulcões no mundo.
Universidade de Hokkaido). Disponível em: http://hosho.ees.hokudai.ac.jp/~tsuyu/top/dct/volcano.html.
Acesso em: 29 abr. 2022.
a) Existe semelhança entre a distribuição de vulcões no planeta e os locais de ocorrência de terremotos?
b) Que característica geológica está relacionada à ocorrência mais frequente desses fenômenos em
determinadas regiões do planeta? b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
c) Por que, no Brasil, não são frequentes terremotos de grande magnitude e não há vulcões ativos?
5. a) Sim. Os vulcões e os terremotos, em geral, ocorrem nas regiões das bordas das placas litosféricas.
85
85
DE OLHO NA BASE
O conteúdo desta seção promove (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C2_081A090.indd 86 realidade que está subindo a uma velocidade in- 12/05/22 17:43 GA_C
o processo cognitivo, o objeto de crível. Infelizmente, vamos ver muito mais deslo-
Questões climáticas devem intensificar
conhecimento e o modificador da habi- camentos, até em zonas que não são endêmicas
número de refugiados, dizem especialistas
lidade EF07CI08 (impactos de catás- em catástrofes naturais. O que vai demandar que
trofes naturais, principalmente sobre O número de refugiados em todo o mundo
os países estejam prontos para poder atender às
as populações, como alterações de deverá crescer nos próximos anos, provocando
necessidades dessas pessoas, que são iguais às
hábito e migrações, por exemplo). novas crises humanitárias. O alerta é de especia-
que fogem da guerra”, disse Isabel.
Também desenvolve as competências listas, que discutiram o assunto nesta terça-feira
gerais 9 e 10 e específica 8 (exercitar (20) [de junho de 2017], Dia Internacional dos Segundo ela, o deslocado refugiado ambiental
a empatia e o respeito e tomar deci- Refugiados, no seminário Vozes do Refúgio, no está fugindo de catástrofes naturais, como terremo-
sões com base em princípios éticos, Museu do Amanhã, no Rio. tos, maremotos, inundações, como ocorreu com os
democráticos e solidários). Um dos motivos do crescimento dos refugia- haitianos. Também há situações que são causadas
dos, além de guerras e crises políticas, é o des- pelo homem, como explorações minerais, que obri-
controle do clima provocado pelo aquecimento gam comunidades inteiras a serem reassentadas.
global, como lembrou a representante no Brasil “O número que estamos vendo agora de des-
da Agência das Nações Unidas para Refugiados locados forçados é o maior que já se consta-
(Acnur), Isabel Marquez. tou na história da humanidade. São mais de
“Pelos indicadores que temos, falando de refu- 65 milhões de pessoas deslocadas, delas qua-
giados ambientais, o aquecimento global é uma se 23 milhões são refugiados, saíram de suas
86
a) Segundo o texto, por que os refugiados de desastres ambientais não são reconhe-
cidos como refugiados?
b) Converse sobre esse tema com dois colegas. Depois, proponham atitudes solidá-
rias que poderiam ser desenvolvidas para auxiliar os refugiados ambientais.
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
87
87
Meridiano
do encontro das placas Eurasiática e Aceh, em 2004, foi provocado por um terre-
Indo-australiana. moto de grande magnitude e deixou mais de Círculo Polar Ártico
PLACA
280 mil mortos. Após essa catástrofe, um sis- PLACA
PLACA NORTE- EURASIÁTICA
b) A construção de um sistema de alerta
EURASIÁTICA
-AMERICANA PLACA
tema de alerta de tsunami começou a ser cria- OCEANO
PLACA DO
ARÁBICA
das áreas mais distantes do epicentro consequências tão desastrosas. Equador FILIPINAS COCOS
PLACA PLACA PLACA SUL -
AFRICANA
PLACA 0°
OCEANO
OCEANO
tragédia. O sistema de alerta também re sua localização com o mapa Localiza-
PLACA
AUSTRALIANA ATLÂNTICO ÍNDICO
permite que a população saia da área de ção das placas litosféricas. De acordo com Círculo Polar Antártico OCEANO GLACIAL
PLACA SCOTIA
PLACA
ANTÁRTICA
ocorrência das grandes ondas. Aproveite esse mapa, o local em que está a Indonésia ANTÁRTICO
Fabio Eugenio/ID/BR
cores-fantasia.
si com a teoria da deriva continental, seguido por um tremor secundário de magni-
segundo a qual, há milhões de anos, tude 5,3 e outros menores.
os continentes estiveram unidos em um […]
único bloco, a Pangeia. Por meio das O país está localizado no “Círculo de Fogo
informações da imagem, os estudantes do Pacífico”, uma das regiões mais propensas a
podem deduzir que a datação desses tremores e atividade vulcânica do mundo.
fósseis corresponde às datas atribuídas Veja resposta em Resposta e comentários.
às etapas da deriva continental.
88
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C2_081A090.indd 88 17/08/22 17:06 GA_C
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90
UNIDADE 4
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Ar e seres vivos
• Conhecer a composição da atmosfera terrestre.
• Compreender características dos principais gases que compõem a atmosfera.
• Identificar estruturas nas quais ocorrem as trocas gasosas em alguns seres vivos.
• Relacionar as estruturas respiratórias de um ser vivo ao ambiente que ele costuma habitar.
• Relacionar as trocas gasosas aos processos de respiração celular e fotossíntese.
Capítulo 2 – Poluição do ar
• Entender o que é poluição e o que são poluentes.
• Conhecer a chuva ácida e a relação entre inversão térmica e concentração de poluentes na atmosfera.
• Compreender que a poluição do ar pode causar doenças respiratórias, conhecendo os sintomas de
algumas delas.
• Identificar medidas de combate à poluição do ar.
• Opinar sobre a desonestidade como forma de obter vantagens e refletir sobre as multas como recur-
so para se fazer cumprir as leis.
Capítulo 3 – Mudanças na atmosfera
• Compreender e diferenciar efeito estufa e aquecimento global e relacionar o aquecimento global às
atividades humanas.
• Identificar os riscos aos seres vivos causados pelos buracos na camada de ozônio.
• Reconhecer a importância das controvérsias para a construção do conhecimento científico.
JUSTIFICATIVA
A origem, a evolução e a manutenção da vida na Terra só têm sido possíveis graças a um conjunto
de características até então identificadas em nosso planeta. Uma delas é a presença de uma atmos-
fera e de um conjunto de gases específicos, aspectos que são enfatizados no conteúdo do capítulo
1, assim como as relações entre alguns tipos de gases atmosféricos, a respiração celular e as tro-
cas gasosas em vegetais. O capítulo 2, por sua vez, destaca os problemas decorrentes da poluição
atmosférica, como a incidência de doenças respiratórias, além da necessidade de pensar em medi-
das de controle desse tipo de poluição e da importância de se posicionar frente a atitudes desones-
tas e ao cumprimento da legislação. Por fim, o capítulo 3 ressalta o fenômeno atmosférico do efeito
estufa, que possibilita a manutenção da vida na Terra, e como as atividades humanas têm causado
mudanças no clima global, pondo em risco a existência de inúmeras espécies e do próprio ser hu-
mano, além de propiciar um debate sobre o papel das controvérsias na ciência.
SOBRE A UNIDADE
A existência da atmosfera garante a manutenção da temperatura na Terra, ao contribuir para a
retenção do calor na superfície do planeta. Nesta unidade, são abordadas as características do ar e
as alterações na atmosfera, como o aumento na concentração de gases que a compõem, afetando
a temperatura do planeta, e as relações de causa e efeito das atividades humanas, no âmbito glo-
bal, e de atitudes individuais, no campo da ética. Como já antecipado nos objetivos e na justificativa,
o capítulo 1 aborda temas como a composição do ar, as características dos gases atmosféricos e
aspectos da biologia dos seres vivos, como as adaptações relacionadas às trocas gasosas, desenvol-
vendo aspectos da habilidade EF07CI12. Essa habilidade é aprofundada no capítulo 2, que trata de
temas como a poluição do ar, sua relação com as atividades humanas e suas consequências para
91 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 2 – POLUIÇÃO DO AR
• Poluentes BOXE VALOR (EF07CI12) (CGEB7)
• Chuva ácida Multas e propinas (CGEB10)
• Inversão térmica (CECN3)
• Doenças respiratórias (CECN4)
• Combate à poluição do ar
(CECN5)
(CECN8)
91 B
AR E ATMOSFERA
• Utilize o repertório trazido pelos estudantes
nas atividades 4 e 5 para planejar a sequência
das aulas. Considere propor a realização de
uma pesquisa para que eles entendam como
a comunidade escolar se relaciona com as
questões da poluição atmosférica.
A atmosfera que envolve a Terra é formada principalmente
por gases, alguns deles essenciais à sobrevivência dos seres
vivos. Modificações em sua composição e em suas propriedades
afetam todas as formas de vida em nosso planeta.
Nesta unidade, serão abordados a relação dos seres vivos
com o ar e o modo como as atividades humanas influenciam a
composição da atmosfera.
PRIMEIRAS IDEIAS
Resposta pessoal. É provável que os
1. Em sua opinião, de que é composta a atmosfera? estudantes citem gases como oxigênio,
nitrogênio, gás carbônico, entre outros.
2. Você conhece as estruturas que os seres vivos utilizam para realizar as trocas
gasosas? Caso conheça, cite duas delas.
3. Que importância têm para os seres vivos a respiração celular e a fotossíntese?
4. Como o ser humano tem modificado a atmosfera?
5. Que atitudes podem ser tomadas para reduzir a poluição do ar?
Respostas variáveis. Os estudantes podem citar medidas que regulamentem a emissão de gases poluentes, o
estímulo à preservação e à recuperação ambiental, entre outras atitudes.
91
91
Charles Platiau/Reuters/Fotoarena
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
1. Espera-se que os estudantes identifi-
quem um ambiente arborizado ao lado
de um ambiente quase sem vegetação
(avenidas e canteiro de obras).
2. Espera-se que os estudantes respon-
dam que há diferenças, fazendo refe-
rência à maior presença de poluentes no
ambiente sem vegetação e com tráfego
intenso de veículos.
3. Espera-se que os estudantes respon-
dam que, no ambiente com cobertura
vegetal, a qualidade do ar é melhor.
Aproveite para perguntar a eles: “Como
se mede a qualidade do ar?”. Esta pode
ser uma boa oportunidade para destacar
a necessidade de conceituar poluição e
poluente, temas que serão abordados no
capítulo 2 desta unidade. Fique atento
ao conceito espontâneo de que as plan-
tas limpam o ar. Questione: “As plan-
tas retiram poluentes da atmosfera?”.
Retome essa questão após abordar o
tema fotossíntese.
92
93
93
NO CAPÍTULO
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mis-
tura de gases, identificando sua composição,
e discutir fenômenos naturais ou antrópicos
1 AR E SERES VIVOS
que podem alterar essa composição. *Resposta pessoal. É possível que os estudantes citem que a composição da atmosfera torna possível a sobrevivência
dos organismos dependentes de gás oxigênio. Os estudantes também podem mencionar que a poluição atmosférica
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA COMEÇAR A COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE
• Antes de iniciar o desenvolvimento do ca- A atmosfera terrestre é A atmosfera envolve a Terra. Ela é composta de gases e di-
pítulo, promova uma discussão com os constituída basicamente de versas partículas sólidas que, por serem muito leves e peque-
estudantes sobre o que é a atmosfera nas, flutuam. Todos esses elementos estão em constante movi-
gases e de partículas sólidas
terrestre e qual é a importância dela para mento e se misturam o tempo todo.
a vida na Terra. Aproveite para abordar a em suspensão, mas sua
composição varia de acordo Entre os gases da atmosfera, os mais importantes para os
questão em Para começar, exercitando a
com a região do planeta. seres vivos são o gás oxigênio (O2) e o gás carbônico (CO2). Eles
capacidade de argumentação deles.
participam dos processos de respiração celular e de fotossíntese.
Como a composição da
O vapor de água, por sua vez, é o gás atmosférico que
DE OLHO NA BASE atmosfera interfere na vida
mais varia em proporção. Sua quantidade determina a umi-
dos organismos? *
O conteúdo das páginas 94 e 95 dade do ar e tem grande influência no ambiente. Ele é funda-
desenvolve o objeto de conhecimento e causa doenças respiratórias nos mental para a formação de nuvens e de chuvas e para a saúde
o modificador da habilidade EF07CI12 seres humanos. dos seres vivos.
A presença de gases e de material
(demonstrar que o ar é uma mistura de particulado na atmosfera, como a As partículas suspensas no ar podem ter origem em diversas
gases, identificando sua composição, e poeira, modifica a forma como os fontes, como na erosão do solo, nas queimadas, em erupções
raios solares atingem a superfície
discutir fenômenos que podem alterar da Terra. Essa alteração determina
vulcânicas e em atividades industriais e agrícolas. Elas podem
essa composição) e a competência es- as cores que enxergamos no céu, oferecer riscos à saúde quando sua concentração na atmosfera
pecífica 3 (compreender fenômenos e como o azul em dias claros e o
é muito elevada. É o que ocorre em locais muito poluídos.
avermelhado, que, em algumas
processos relativos ao mundo natural). regiões, pode ser visto perto do
horizonte durante o pôr do sol.
Roxana Bashyrova/
Shutterstock.com/ID/BR
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OUTRAS FONTES
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Andrenko Tatiana/
Shutterstock.com/ID/BR
te com muitas outras substâncias. Essa reação é chamada de vídeos e utilizar aplicativos que contribuam
oxidação. São exemplos de oxidação a formação de ferrugem para o aprendizado. Para mais informações
em objetos de ferro e o escurecimento de frutas. sobre o uso pedagógico do telefone celular,
Além disso, o gás oxigênio é essencial para que ocorra a B consulte a primeira sugestão do boxe Outras
Sebastian Studio/
Shutterstock.com/ID/BR
combustão de um material, ou seja, para que ele queime. Nesse
fontes, na página 94 deste manual.
processo, ocorre liberação de energia sob a forma de calor e de • Proponha aos estudantes que elaborem
luz, e novas substâncias são formadas. A combustão acontece, uma tabela no caderno sobre os elemen-
por exemplo, nos motores dos carros. Nesse caso, um combus- tos que compõem a atmosfera. Produzir
tível, como o etanol ou a gasolina, é queimado na presença de tabelas é um recurso para auxiliar no
gás oxigênio. Essa reação libera energia, que é usada na movi-
(A) A formação de ferrugem em aprendizado, e elas podem ser consulta-
parafusos é resultado do processo
mentação do automóvel, e gases como o gás carbônico. de oxidação, que ocorre quando das como fonte de informação antes da
o gás oxigênio reage com o ferro avaliação reguladora e da avaliação final.
O gás oxigênio também é essencial para a vida de muitos presente no parafuso e o vapor de
Os estudantes podem alimentá-las com
seres vivos que realizam a respiração celular, um processo água presente no ar. (B) A oxidação
também pode ocorrer em frutas informações como composição, volume,
que utiliza o gás oxigênio para liberar a energia armazenada como o marmelo. Ele geralmente estado físico, entre outras.
nos alimentos. Nessa reação, também são produzidos água e escurece quando é descascado e
exposto ao ar. Isso ocorre porque
gás carbônico. o gás oxigênio do ar reage com
substâncias presentes nessa fruta.
GÁS CARBÔNICO
Apenas 0,04% do volume total dos gases da atmosfera corres- Anirut Krisanakul/Shutterstock.com/ID/BR
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95
96
96
PULMÕES
Os órgãos respiratórios dos seres humanos
e da maioria dos vertebrados terrestres são os
pulmões. O ar entra e sai dos pulmões pelas
vias respiratórias, um conjunto de órgãos que cavidade nasal
narinas
se inicia nas narinas e na boca e chega até os boca
faringe
pulmões, onde se encontra a superfície respira- língua
laringe
tória e acontecem as trocas gasosas. traqueia
O interior do sistema respiratório deve per-
manecer constantemente úmido. Quando a
R
Vignati/ID/B
pulmão
umidade do ar diminui, aumentam as chances direito
de desenvolvermos problemas respiratórios.
Reinaldo
pulmão
Esquema do sistema respiratório humano. O ar entra pelas esquerdo
narinas e percorre diversas estruturas até chegar aos
pulmões. Após ocorrerem as trocas gasosas, o ar percorre o diafragma
caminho inverso. (Cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora. Corpo humano: fundamentos
de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 460.
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19:40 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_091A102.indd 97 O tamanho das partículas está diretamente as-19:40
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Reinaldo Vignati/ID/BR
Esquema de estômatos em uma
folha. Quando os estômatos
DE OLHO NA BASE estão abertos, ocorrem as trocas
gasosas e a transpiração da planta.
A competência específica de Ciências (Representação sem proporção de
da Natureza 3 (compreender caracte- tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Murray W.
rísticas e fenômenos do mundo natural) Nabors. Introdução à botânica.
continua a ser trabalhada nas páginas São Paulo: Roca, 2012. p. 236. estômato fechado
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_091A102.indd 98 recebe luz e fecham no escuro. No sub-bosque 13/05/22 19:40 GA_C
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99
99
Reinaldo Vignati/ID/BR
gua para fazer essa medição.
ganizar o espaço da sala de aula de for- 7 Coloquem a bucha no fundo do copo, e, com
ma que os grupos possam compartilhar
a boca do copo voltada para baixo, apoiem
as descobertas.
as bordas dele no fundo do recipiente.
8 Com a caneta, marquem o nível da água no
DE OLHO NA BASE interior do copo. Essa medida refere-se à
condição A (figura A).
Por meio de experimentos e de con-
clusões, nesta seção os estudantes
desenvolvem o processo cognitivo, o
100
objeto de conhecimento e o modificador
da habilidade EF07CI12, ao demons-
trar que o ar é uma mistura de gases,
identificando sua composição. Também GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_091A102.indd 100 13/05/22 19:40 GA_C
100
Ilustrações: Reinaldo
Vignati/ID/BR
reu com ela. Comparem essa bucha com uma bucha nova, do experimento I.
que não foi usada no experimento. 2. A água entra no copo impelida pela pres-
11 Com a ajuda do frasco graduado, meçam o volume de são atmosférica. A pressão dentro do
água que cabe no copo até a primeira marcação de cane- copo diminui devido ao consumo de gás
ta. Em seguida, façam o mesmo para a segunda marcação oxigênio na reação de oxidação da palha
(figura B). Esses são os volumes de ar dentro do copo nas
de aço. Como a pressão fora do copo
condições experimentais A e B, respectivamente. Anotem
fica maior que a pressão dentro dele, a
na tabela os valores encontrados.
água entra no copo. O volume de água
12 Utilizando a equação presente na última coluna da tabela,
que entra no copo corresponde ao volu-
calculem a porcentagem de gás oxigênio presente no ar.
me de gás oxigênio atmosférico consu-
13 Calculem a média das porcentagens obtidas pelos grupos.
mido durante a oxidação da palha de aço.
Experimento II – Combustão da vela 3. Pode haver diferenças entre os valores
1 Coloquem água de cal ou água de barita no recipiente largo, o suficiente obtidos em cada grupo. Essas diferen-
para preencher todo o fundo, mas sem ultrapassar 1 cm de altura. Usem a ças devem-se, entre outros fatores,
régua para fazer essa medição. à dificuldade de medir com precisão
2 Apoiem a vela no recipiente. Em seguida, peçam ao professor que acenda a vela.
o volume de água no interior do copo
3 Com a boca do copo voltada para baixo, cubram a vela com o copo e apoiem as e à presença de diferentes quantida-
bordas dele no fundo do recipiente (figura C). des de palha de aço nos grupos. Pelo
4 Esperem a vela apagar e observem o que C
mesmo motivo, dificilmente os grupos
copo
acontece com o líquido no interior do copo. encontrarão valores exatamente iguais
Experimento III – Ar expirado vela acesa a 21%. Converse com a turma sobre a
1 Coloquem água de cal ou água de barita dificuldade e a necessidade de trabalhar
recipiente largo
com dados quantitativos precisos, o
Leandro Lassmar/ID/BR
(de 50 mL a 100 mL) dentro de um copo.
2 Com a ajuda do canudo, um dos integran- água de cal ou que é uma característica dos processos
água de barita
tes do grupo vai soprar cuidadosamente no metodológicos da ciência.
fundo do copo, de modo a produzir bolhas. 4. Os resultados dos dois experimentos
3 Observem o que acontece com a água no podem ser explicados pela presença de
interior do copo. gás carbônico. Quando esse gás entra
em contato com a água de cal ou com a
Responda sempre no caderno.
Para concluir água de barita, forma-se um precipitado,
turvando a água. No experimento II, o
1. Como ficou a bucha de aço ao final do experimento I? Como você explica esse
resultado? A bucha de aço enferruja, pois sofreu oxidação devido à presença de água e de gás oxigênio do ar.
gás carbônico é formado pela queima da
vela. No experimento III, o gás carbônico
2. O que ocorreu com o volume de água no interior do copo ao longo do experi- produzido pelo organismo é liberado
mento I? Por que a diferença de volume entre as duas condições corresponde pela expiração.
ao volume de gás oxigênio atmosférico? Veja respostas em Respostas e comentários.
3. Os números obtidos por todos os grupos no experimento I foram iguais? Caso não
tenham sido, como as diferenças podem ser explicadas? Veja respostas em Respostas e comentários.
4. Compare os resultados nas situações testadas nos experimentos II e III. Como
esses resultados podem ser explicados? Veja resposta em Respostas e comentários.
101
101
1. Aproveite a oportunidade para retomar 1. Amostra 1: gás oxigênio; amostra 2: um gás nobre; amostra 3: gás nitrogênio.
com os estudantes os conhecimentos so- 1. Um pesquisador precisa identificar amostras de esquemas de três desses experimentos e res-
bre os gases que compõem a atmosfera. gases isolados da atmosfera. Ele realizou uma sé- ponda às questões.
2. É a proporção de vapor de água na rie de testes e obteve os resultados a seguir. Utili- a) Priestley colocou um pequeno pé de hor-
atmosfera. A umidade do ar varia nas ze o que você sabe sobre os gases presentes na telã em um vaso com água e o cobriu com
atmosfera e ajude-o a identificar essas amostras. uma campânula de vidro. Com outra cam-
diferentes regiões do planeta de acordo
com fatores como a proximidade de cor- Amostra 1 – O gás não tem odor e modificou o pânula, ele cobriu um camundongo. Ape-
aspecto das substâncias, como ferro e outros sar de o camundongo ter morrido pouco
pos de água e a altitude.
metais, com as quais entrou em contato. Uma tempo depois, o pé de hortelã permaneceu
3. Em alto-mar, a quantidade total de chama ficou acesa por muito tempo na pre- vivo por vários meses. Como explicar es-
material particulado deve ser menor; sença desse gás. A amostra não reagiu quan- ses resultados? Ao contrário do animal, a planta
do exposta à corrente elétrica. produz alimento e gás oxigênio por meio da fotossíntese,
na cidade, é provável que haja grande por isso ela
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_091A102.indd 102 ESTRATÉGIAS DE APOIO 14/05/22 11:30 GA_C
102
2 POLUIÇÃO DO AR NO CAPÍTULO
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mis-
tura de gases, identificando sua composição,
e discutir fenômenos naturais ou antrópicos
*Resposta pessoal. Em relação à saúde, os estudantes podem citar a ocorrência de doenças respiratórias como que podem alterar essa composição.
bronquite e sinusite; quanto ao ambiente, eles podem mencionar a neblina gerada pelos poluentes, como o fog da
POLUENTES
imagem de abertura do capítulo.
PARA COMEÇAR ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
A poluição ocorre quando atividades humanas ou fenômenos A poluição atmosférica • Retome com os estudantes os conceitos
naturais, como erupções vulcânicas, lançam no ambiente ma- trabalhados no capítulo anterior pergun-
é um problema que
teriais que comumente não ocorreriam nele, ou quando essas
tando: “Qual é o gás liberado na fotossín-
afeta os seres vivos, tese? Qual é o gás liberado na respiração?
atividades aumentam muito a concentração de um material que especialmente em Quais são os outros elementos presentes
já existe no ambiente. Os elementos que alteram o equilíbrio do
grandes cidades. Que no ar?”.
ambiente são conhecidos como poluentes.
problemas ambientais • Antes de iniciar o conteúdo didático, peça
As trocas gasosas que acontecem na fotossíntese e na res-
e de saúde estão aos estudantes que expliquem o que é
piração colaboram para que as concentrações de gás oxigênio e
relacionados aos poluição e compare as definições de-
de gás carbônico da atmosfera se mantenham em equilíbrio, ou
poluentes encontrados les com a definição presente no Livro
seja, sem grandes alterações ao longo do tempo. Porém, muitas
no ar? * do Estudante.
atividades desenvolvidas pelo ser humano provocam mudanças
nesse equilíbrio, especialmente em relação às concentrações • Enfatize que os danos causados pelos
de gás carbônico. poluentes não se restringem a determi-
A neblina vista na foto é chamada nadas regiões. Eles se espalham, podendo
As queimadas e o uso de combustíveis fósseis em automóveis, de smog. Ela é formada pelo
acúmulo de poluentes na causar prejuízos ao meio ambiente e aos
por exemplo, aumentam a concentração de gás carbônico e de atmosfera. Santiago, Chile. seres vivos.
material particulado na atmosfera, causando a poluição do ar. Foto de 2019.
• Discuta com os estudantes o papel dos
processos de fotossíntese e de respira-
Alexander Chaikin/Shutterstock.com/ID/BR
103
103
blickwinkel/Meyers/Alamy/Fotoarena
forma de pensar. Ao final, promova uma
conversa com todos os estudantes.
• Observe se os argumentos utilizados pelos
na
Os recursos materiais e o espírito de ge- O conteúdo das páginas 104 e 105 pros- TRABALHO COM FOTOS SOBRE POLUIÇÃO
nerosidade devem ser direcionados para o segue com o desenvolvimento do modi- ATMOSFÉRICA
fim da exclusão, da injustiça e da opressão ficador da habilidade EF07CI12, quanto Objetivo
política e econômica. aos fenômenos naturais e antrópicos que
alteram a composição do ar. Também O trabalho com fotos tem a finalidade de
promove as competências específica 3 e avaliar o conhecimento dos estudantes sobre
geral 7 (compreender fenômenos relativos o tema alterações atmosféricas, além de
ao mundo natural e tecnológico e defender identificar quais contextos eles relacionam
ideias, pontos de vista e decisões que mais diretamente com poluição ou com qua-
promovam consciência socioambiental). lidade de vida.
O boxe Valor da página 104 desenvolve Material
as competências geral 10 e específica 8 • 14 fotografias previamente selecionadas que
(agir pessoal e coletivamente com res- retratem: (1) usina hidrelétrica; (2) criação
ponsabilidade, tomando decisões com de gado; (3) área desmatada; (4) vulcão em
base em princípios éticos). atividade; (5) congestionamento no trânsito;
104
105
19:37 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_103A107.indd 105(6) aglomerado de prédios nos centros Orientações didáticas 13/05/22 19:37
OUTRAS FONTES
urbanos; (7) refinaria de petróleo com É muito provável que os estudantes classifiquem
chaminé; (8) produção de carvão; (9) ex- Silva, Mirra Angelina Neres da; QuadroS,
as fotos que mostram um congestionamento Ana Luiza de. Ensino por temas: a qua-
ploração ilegal de madeira; (10) oceano; no trânsito e uma refinaria de petróleo com
(11) smog fotoquímico em centro urbano lidade do ar auxiliando na construção de
chaminé na categoria referente a situações significados em química. Química Nova
(na Cidade do México, por exemplo); (12) que podem alterar a composição atmosférica.
plantio de arroz; (13) aterro sanitário; na Escola, v. 38, n. 1, p. 40-46, fev. 2016.
Explore o fato de que a criação da infraestrutura Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/
(14) aumento populacional. necessária para atender ao excesso de veículos online/qnesc38_1/08-RSA-63-13.pdf.
Como fazer passa pela expansão da área pavimentada e, Acesso em: 22 fev. 2022.
consequentemente, pela derrubada de vege-
Organize os estudantes em grupos e convi- O artigo relata a aplicação em sala de
tação para a construção de vias, o que pode
de-os a classificar as fotos em duas categorias: aula do tema qualidade do ar.
gerar até mais problemas atmosféricos do que
uma referente a situações ou ambientes que
a emissão de gases poluentes.
não alteram a composição da atmosfera, e
outra referente àquelas que podem alterá-la.
Peça que registrem por escrito os elementos
presentes em cada foto que justificam a clas-
sificação adotada.
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DE OLHO NA BASE
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Delfim Martins/Tyba
3. Explique como se forma a chuva ácida. nitrogênio e materiais particulados (fu-
Veja resposta em Respostas e comentários.
4. De que forma o uso de catalisadores nos au- maça e fuligem).
tomóveis colabora com a diminuição da polui-
3. Quando os gases dióxido de enxofre e
ção atmosférica?
dióxido de nitrogênio estão presentes
5. De que maneira o vento e a chuva interferem na atmosfera, eles se combinam com
nos efeitos da poluição? o vapor de água e originam o ácido
Veja resposta em Respostas e comentários.
6. Leia o trecho a seguir e responda às questões sulfúrico e o ácido nítrico. Esses ácidos
propostas. a) Veja resposta em Respostas misturam-se às gotas de água da chuva,
e comentários.
A inversão térmica é um fenômeno cujos efei- formando a chuva ácida.
tos são observáveis de modo mais intenso em
grandes cidades, como São Paulo e Rio de Ja-
4. Se julgar necessário, retome com os es-
Indústria em Mossoró (RN). Foto de 2019.
neiro, principalmente no inverno. Para dimi- tudantes o conteúdo sobre catalisadores.
nuir a concentração de poluentes em regiões 5. Contribuem para a dispersão dos po-
107
NO CAPÍTULO
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio ter-
modinâmico para a manutenção da vida na
Terra, para o funcionamento de máquinas
3 MUDANÇAS NA ATMOSFERA
térmicas e em outras situações cotidianas. *Resposta pessoal. É possível que os estudantes citem as atividades humanas que causam o aquecimento global, como
as que estão relacionadas à emissão de gases de efeito estufa.
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso
da tecnologia, incluindo a digital, nas di- PARA COMEÇAR MUDANÇAS NA ATMOSFERA AO LONGO DO TEMPO
ferentes dimensões da vida humana, con- A Terra passou por grandes O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos.
siderando indicadores ambientais e de transformações ao longo dos Ao longo desse tempo, a superfície e a atmosfera do planeta se
qualidade de vida. 4,6 bilhões de anos de sua transformaram lentamente. Acredita-se que a atmosfera terres-
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mis- existência. A origem da vida tre possua, hoje, uma composição muito diferente da original.
tura de gases, identificando sua composição, provocou profundas mudanças Estudos indicam que a atmosfera primitiva era rica em gases
e discutir fenômenos naturais ou antrópicos na composição da atmosfera metano, amônia e hidrogênio. Porém, essa atmosfera não era
que podem alterar essa composição. estável: a radiação solar teria transformado os gases metano e
terrestre, e outras alterações
(EF07CI13) Descrever o mecanismo na- amônia em gás carbônico e nitrogênio.
ocorreram desde então.
tural do efeito estufa, seu papel funda- O surgimento dos seres vivos, há cerca de 3,5 bilhões de
Você acredita que atividades
mental para o desenvolvimento da vida na anos, também provocou mudanças na atmosfera. Com o apa-
humanas são capazes de recimento dos seres fotossintetizantes, há cerca de 2 bilhões
Terra, discutir as ações humanas respon-
sáveis pelo seu aumento artificial (queima mudar a atmosfera do planeta? * de anos, o gás oxigênio também passou a compor a atmosfera.
dos combustíveis fósseis, desmatamento, Estima-se que a fotossíntese seja responsável por quase todo o
queimadas etc.) e selecionar e implemen- Um dos possíveis efeitos do
gás oxigênio presente no ar atualmente.
tar propostas para a reversão ou controle aquecimento global é a diminuição As ações humanas têm provocado, nos últimos dois séculos,
progressiva da neve em locais
desse quadro. onde ela, normalmente, atingia
o aumento significativo de alguns gases, como o gás carbônico
(EF07CI14) Justificar a importância da maiores extensões de terra. e os clorofluorcarbonetos (CFCs). Esses gases interferem em
Parque Nacional Hohe Tauern,
camada de ozônio para a vida na Terra, Áustria. Foto de 2021.
fenômenos essenciais para a vida na Terra, como o efeito estufa
identificando os fatores que aumentam ou e a filtração da radiação ultravioleta.
diminuem sua presença na atmosfera, e
FotoGablitz/iStock/Getty Images
discutir propostas individuais e coletivas
para sua preservação.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Antes de explicar o aquecimento global,
incentive os estudantes a expor seus co-
nhecimentos prévios sobre esse tema, que
está muito presente em diversas mídias.
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DE OLHO NA BASE
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OUTRAS FONTES
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Quando os cientistas descobriram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, já sabiam qual era a principal causa
da diminuição dos níveis de ozônio: os CFCs. Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que determinava a gradual
proibição da fabricação e da utilização desses compostos. O buraco na região da Antártida ainda é considerado grande,
mas muitos cientistas acreditam que ele sofrerá uma redução gradual ao longo dos anos.
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OUTRAS FONTES
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DSA/CPTE/INPE
mesmo tempo, tem efeitos nocivos.
Veja resposta em Respostas e comentários. de parte da radiação ultravioleta emi-
7. A tabela a seguir mostra a composição quími- tida pelo Sol; sem esse filtro, muitas
ca da atmosfera de alguns planetas do Siste- formas de vida estariam ameaçadas.
ma Solar e a provável composição química da
No entanto, próximo à superfície da
atmosfera da Terra primitiva. O termo Terra
primitiva refere-se ao planeta antes do surgi- Terra, a presença desse gás em eleva-
mento dos seres vivos. Observe a tabela e das concentrações exerce efeito tóxico.
responda ao que se pede. 7. a) Na época da Terra primitiva. A atmos-
fera de Vênus e a atmosfera da Terra
Terra Terra
Gás Vênus Marte
primitiva atual primitiva apresentavam predominância
de CO2, pequena quantidade de N2 e
CO2 96,5% 95% 98% 0,035%
traços de O2.
N2 3,5% 2,7% 1,9% 79%
b) Na atmosfera terrestre primitiva, ha-
O2 traços 0,13% traços 21% via uma concentração de 98% de CO2, o
Fonte de pesquisa: Wilson F. Jardim. A evolução da que causava um efeito estufa acentuado
atmosfera terrestre. Cadernos Temáticos de Química e mantinha elevadas as temperaturas
Nova na Escola, maio 2001. Disponível em: http://qnesc.
sbq.org.br/online/cadernos/01/evolucao.pdf.
na superfície.
Quanto maior o número, maior o Índice Ultravioleta
Acesso em: 23 fev. 2022. (IUV). c) Nos planetas Marte e Vênus, devido à
a), c) e d) Veja respostas em Respostas e comentários.
a) Em qual época a atmosfera do planeta Terra Fonte de pesquisa: Índice Ultravioleta. Centro de Previsão grande concentração de CO2 – um gás
mais se assemelha à atmosfera do planeta de Tempo e Estudos Climáticos. Instituto Nacional de de efeito estufa – na atmosfera des-
Pesquisas Espaciais (Inpe). Disponível em: http://satelite.
Vênus? Explique como você chegou a essa cptec.inpe.br/uv/. Acesso em: 11 maio 2022. ses planetas.
conclusão.
d) O surgimento de vida na Terra pode
b) Muitos cientistas acreditam que o planeta a) Localize no mapa a região onde fica o
município em que você vive. Qual era ter contribuído para as modificações na
Terra, primitivamente, apresentava tempe-
raturas em sua superfície muito superiores o IUV em seu município na data represen- atmosfera ao longo do tempo. Com o
às observadas atualmente. Use os dados da tada no mapa? Resposta variável. surgimento de seres fotossintetizantes,
tabela para formular uma explicação para b) Por que médicos e órgãos de saúde ressal- houve liberação e acúmulo de O2 na at-
essa suposição. Resposta pessoal. tam a importância do uso de filtro solar? mosfera, até alcançar os níveis atuais.
4. Ele filtra parte dos raios ultravioleta que chegam à O filtro solar ajuda a bloquear os raios ultravioleta,
superfície da Terra e que podem ser nocivos aos seres vivos. dificultando sua penetração na pele. Esses raios podem
8. a) Auxilie os estudantes na leitura e na
provocar queimaduras e alguns tipos de câncer. interpretação do mapa.
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DE OLHO NA BASE
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ID/BR
Nesta seção, são desenvolvidas as quem comanda o clima global não é o CO2. 14,6 °C
habilidades EF07CI04, EF07CI12 e Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi
Temperatura média
14,3 °C
EF07CI13 e promovidas as compe- mostrado por vários experimentos. Se não é o
CO2, o que controla o clima? O Sol, que é a 14,1 °C
tências geral 1, específicas 1 (valori-
fonte principal de energia para todo sistema
zar os conhecimentos historicamente 13,9 °C
climático. E há um período de 90 anos, apro-
produzidos e compreender as Ciências 13,7 °C
ximadamente, em que ele passa de atividade
da Natureza como empreendimento
máxima para mínima. […]
humano e o conhecimento científico 1860 1900 1947 1976 2000
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, en-
como histórico), 4 (avaliar aplicações e Anos
tão, nos próximos anos?
implicações socioambientais da ciência) O gráfico tem como referência o ano de 1860. Para
Molion: Naquela época [entre 1947 e 1976] um grupo de cientistas, a queda na temperatura
e 5 e geral 7 (construir argumentos entre os anos de 1947 e 1976, período de grande
houve redução de temperatura, e houve a coin-
com base em dados, evidências e in- cidência da Segunda Guerra Mundial, quando
crescimento industrial, é uma forte evidência de que
formações confiáveis e promover a a variação da temperatura no planeta é algo natural,
a globalização começou pra valer. Para produ- e não causado pela atividade humana.
consciência socioambiental). zir, os países tinham que consumir mais pe- Fonte de pesquisa: Climate change. BBC Bitesize.
tróleo e carvão, e as emissões de carbono se Disponível em: https://www.bbc.co.uk/bitesize/guides/
zcn6k7h/revision/2. Acesso em: 4 maio 2022.
intensificaram. Mas durante 30 anos houve
Carlos Madeiro. “Não existe aquecimento global”, diz representante da OMM na América do Sul. UOL Ciência e Saúde,
11 dez. 2009. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2009/12/11/nao-existe-
aquecimento-global-diz-representante-da-omm-na-america-do-sul.htm. Acesso em: 23 fev. 2022.
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OUTRAS FONTES
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Nesta seção, são desenvolvidas as compe- Utilize as atividades em uma avaliação final
tências específicas 2, 3 (compreender conceitos do aprendizado dos estudantes. Caso perce-
fundamentais e estruturas explicativas das ba que há estudantes com pontos frágeis no
Ciências da Natureza e processos, fenômenos aprendizado, sugira a eles que retomem as
e características do mundo natural) e 4 (avaliar anotações e os recursos utilizados ao longo
aplicações e implicações socioambientais da da unidade.
ciência e de suas tecnologias) e as compe- Ao tratar da respiração em plantas e animais,
tências gerais 7 (argumentar com base em procure realizar atividades práticas. A respeito
fatos, dados e informações confiáveis) e 10 da poluição do ar, pode-se pedir aos estudantes
(agir pessoal e coletivamente com respon- que desenvolvam um projeto com o objetivo
sabilidade, tomando decisões com base em de reduzir o lançamento de poluentes pelos
princípios éticos). Além disso, são promovidas automóveis. Para trabalhar o efeito estufa e a
as habilidades EF07C04 (atividades 5 e 6), camada de ozônio, há diversos documentários
EF07C11 (atividades 3, 6, 7 e 10), EF07CI12 e vídeos curtos que abordam esses temas e
(atividades 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11), EF07CI13 podem auxiliar no processo de aprendizagem.
(atividade 5) e EF07CI14 (atividades 3, 7 e 10).
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UNIDADE 5
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Os sistemas ecológicos e o ambiente
• Compreender o que é hábitat.
• Identificar os níveis de organização nos sistemas ecológicos: organismo, população, comunidade,
ecossistema e biosfera.
• Entender que os seres vivos estabelecem interações entre si e com os componentes do ambiente.
• Identificar os componentes vivos (fatores bióticos) e os componentes não vivos (fatores físicos ou
abióticos) dos ambientes.
• Perceber que ações que levam ao desequilíbrio ambiental podem ser prejudiciais aos seres vivos,
inclusive aos seres humanos.
• Construir um diorama para analisar e representar as relações entre os seres vivos e os elementos
não vivos em um ambiente.
Capítulo 2 – Grandes ambientes terrestres
• Reconhecer o que são biomas e identificar alguns dos maiores biomas terrestres do mundo.
• Associar fatores climáticos e geográficos com a distribuição dos biomas.
• Identificar características (como localização, aspectos do clima, biodiversidade, entre outros) dos
biomas tundra, taiga, florestas temperadas, florestas tropicais, campos, savanas e desertos.
• Compreender aspectos da biologia da conservação e sua importância para a preservação da vida
na Terra.
JUSTIFICATIVA
Um observador atento, ao olhar para um ambiente natural, vai perceber que há uma constante
luta pela sobrevivência entre os seres vivos, conferindo àqueles com alguma vantagem adaptativa
maior chance de se manter vivos e de se perpetuar. Nesse sentido, a sobrevivência dos organismos
na natureza depende da interação dos seres vivos entre si e com o ambiente, seja para obter recur-
sos, seja para se reproduzir, seja para se proteger de intempéries e eventuais predadores.
Devido à complexidade dessas relações, os ecólogos utilizam um sistema hierárquico e níveis de
organização que facilitam o estudo dessas interações, como abordado no capítulo 1, que também
visa ressaltar o impacto de ações antrópicas negativas e suas consequências para o ambiente e o
ser humano.
O capítulo 2 enfatiza que, no planeta Terra, há biomas com diferentes características, consequên-
cia de fatores geográficos e climáticos, da biodiversidade, entre outros aspectos, além de ressaltar
os estudos da biologia da conservação em prol da preservação ambiental.
SOBRE A UNIDADE
A Terra apresenta diversos biomas, como florestas tropicais, campos e desertos, com ampla va-
riedade de seres vivos e de condições ambientais. Os organismos de um bioma estabelecem relações
tanto entre si quanto com os elementos não vivos do ambiente.
Nesta unidade, serão estudadas as relações entre os fatores bióticos e abióticos do ambiente e
os grandes biomas terrestres. Também se promove a consciência socioambiental dos estudantes,
mediante a abordagem de questões como o desequilíbrio ambiental e a importância da biologia da
conservação na manutenção da diversidade biológica do planeta.
117 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
117 B
OS SERES VIVOS
• Utilize as perguntas desta seção em uma
avaliação inicial dos conhecimentos prévios
dos estudantes a respeito dos temas abor-
dados nesta unidade.
E O AMBIENTE
• Ao explorar esses conhecimentos prévios,
considere, como planejamento inicial da
aula, permitir em alguns momentos que
estudantes mais introvertidos participem
de forma anônima, especialmente em tur-
mas muito numerosas. Dessa forma, eles
ficam menos inibidos, podem manifestar
Os ambientes da Terra são muito diversificados. Cada região do suas ideias e sentem que estão contri-
nosso planeta apresenta diferenças climáticas e de relevo que buindo para a aprendizagem coletiva.
Para isso, você pode utilizar aplicativos
oferecem recursos para a sobrevivência de uma grande variedade que permitem que os estudantes enviem
perguntas e respostas anonimamente ou
de seres vivos. disponibilizar, por exemplo, uma caixa em
que os estudantes possam depositar seus
Nesta unidade, você vai conhecer os componentes dos ambientes comentários sem se identificar.
e os principais biomas da Terra.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2
Os sistemas ecológicos Grandes ambientes
e o ambiente terrestres
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Você já ouviu o termo hábitat? O que você acha que ele significa?
2. Em sua opinião, que componentes devem existir no ambiente para que os seres
que nele habitam sobrevivam? Resposta pessoal. É provável que os estudantes respondam que é
necessário haver água, luz do sol, alimentos e proteção.
3. Que fatores determinam o tipo de vegetação e o tipo de animais que existem em
um ambiente? Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar que a temperatura, a quantidade
de chuva, o tipo de alimento disponível e o relevo determinam o tipo de vegetação e os
animais presentes em um ambiente.
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Khrystofor/Shutterstock.com/ID/BR
• A foto de abertura da unidade mostra um
terrário feito em uma lâmpada lacrada
que apresenta substrato, pedras e plan-
tas de pequeno porte. O terrário pode
ser utilizado como representação de um
ecossistema em miniatura.
Essa montagem
é conhecida
como terrário.
119
119
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
População
É um conjunto de organismos de uma
mesma espécie que habitam
determinada região.
Organismo
É a unidade fundamental,
Exemplo: todos os mandacarus
o indivíduo.
de uma região da Caatinga.
Exemplo: um mandacaru.
Representação sem
proporção de tamanho e
distância entre os elementos;
cores-fantasia.
Fonte de pesquisa: Robert
Eric Ricklefs. A economia da
natureza. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013. p. 3.
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Redmond Durrell/Alamy/Fotoarena
4 Procurem representar as relações entre 3. A troca de experiências entre os trios
os seres vivos. Se vocês optaram por um permitirá ampliar o repertório das re-
animal que se alimenta de plantas, podem lações e das formas de representá-las.
representá-lo comendo uma das plantas
escolhidas, caso ela seja fonte de alimento DE OLHO NA BASE
desse animal.
5 Após a construção dos dioramas, vocês
Ao incentivar a produção artística,
podem montar uma exposição desse ma- ao exercitar a criatividade e trabalhar a
terial na escola, em local de circulação de explicação de processos do mundo na-
estudantes e professores. tural, a seção promove as competências
Exemplo geral 2 e 3 e específica 3. Além disso,
Responda sempre no caderno. de diorama promove o uso de linguagens (artística e
Para concluir com animais
e plantas científica), desenvolvendo esse aspecto
1. Que relações vocês representaram entre os seres vivos e os elementos não vivos? da fauna da competência geral 4.
Veja resposta em Respostas e comentários. brasileira.
2. De que forma os seres vivos que vocês representaram se relacionam entre si?
Resposta variável. Os estudantes podem representar os seres vivos interagindo entre si por meio de relações
3. Você conhece algum local semelhante ao que seu grupo representou no diora- alimentares,
ma? Em caso afirmativo, reflita se há características nesse local que não fo- por exemplo.
ram representadas.
Respostas pessoais. Incentive os estudantes a valorizar a vivência e o trabalho dos
colegas e discuta com eles a possibilidade de representar outras características.
123
14:24 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_117A124.indd 123 […] 17/05/22 14:24 jogos ou simulações[,] entre outros, dependendo
Destacando apenas esses princípios e concei- da pergunta inicial e também do tipo de resposta
Ensino de Biologia por meio da investigação:
tos da Biologia já podemos identificar algumas que se quer alcançar.
dificuldades
Depois da publicação de A origem das espécies, dificuldades de se propor um ensino por inves- Scarpa, Daniela Lopes; Silva, Maíra Batistoni e.
em 1859, em que Darwin introduz o conceito de tigação com atividades práticas ou experimentais A Biologia e o ensino de Ciências por investigação:
sobre temas biológicos. dificuldades e possibilidades. In: carvalho, Anna Maria
seleção natural para explicar como ocorre o pro- Pessoa de (org.). Ensino de Ciências por investigação:
cesso de evolução dos seres vivos, ficou evidente Apesar de os Parâmetros Curriculares Nacio- condições para implementação em sala de aula.
que muitos conceitos básicos das ciências físicas nais Norte-americanos para o ensino de Ciências São Paulo: Cengage Learning, 2014. p.138-139.
não eram aplicáveis à Biologia e que esta possuía […] indicarem que uma pergunta de orientação
princípios e conceitos específicos […]. científica deve levar a investigações empíricas, à
Um desses princípios é a propriedade emer- coleta e ao uso de dados para desenvolver expli-
gente dos sistemas biológicos, isto é, tais siste- cações para fenômenos, a palavra empírica pode
mas são tão ricos e complexos que novas proprie- ser lida de diversas formas. Não necessariamente
dades surgem quando são analisados em níveis os dados de uma investigação precisam ser origi-
mais abrangentes de integração. Por esse motivo, nados em uma experimentação. Estes podem ser
a compreensão do funcionamento de determina- coletados a partir de observações do mundo natu-
do sistema biológico não pode se dar de modo ral, de comparações entre fenômenos, de fontes
completo pela análise de suas partes. […]. de pesquisas diversas (livros, internet, filmes), de
123
1. Caso os estudantes tenham dificuldade 2. a) A: energia luminosa, água, rochas, sedimentos; B: energia luminosa, água e sedimentos.
na atividade, retome o conceito de cada 1. Relacione os níveis de organização em ecolo- a) Identifique os fatores abióticos dos dois
um dos níveis de organização. gia aos exemplos de cada sistema ecológico. ambientes.
2. Caso julgue oportuno, dê continuidade A. organismo A – II; B – III; C – I; D – V; E – IV. b) Identifique os fatores bióticos dos dois am-
à atividade explorando novas imagens. B. população bientes. A: vegetação; B: ser humano, peixes,
algas e corais.
3. Resposta pessoal e variável. Os estu- C. comunidade 4. A vegetação foi eliminada, 3. Observe o ambiente ao seu redor. Identifique
dantes podem citar, por exemplo, um D. ecossistema os animais foram removidos ao menos um fator biótico e um fator abiótico.
e o solo foi alterado, Veja resposta em Respostas e comentários.
pássaro e as pessoas como fatores bió- E. biosfera 4. A foto a seguir mostra uma área de exploração
contaminado e exposto.
ticos e a energia luminosa, o concreto I. O conjunto de onças-pintadas e demais por uma empresa de mineração no Brasil.
e os minerais como fatores abióticos. animais e plantas de determinada floresta
4. Pergunte de que forma essas alterações brasileira.
tudantes podem citar, por exemplo, o • De que forma a prática da mineração alte-
sistema de classificação dos seres vivos, rou o ambiente retratado na foto?
mas também outros que não fazem
5. Em um aquário marinho, podemos encontrar
parte dos sistemas de organização da
diversos tipos de animais, como peixes, ca-
Biologia, como o sistema de organização marões e anêmonas-do-mar. É comum tam-
da escola, do governo, etc. bém haver plantas aquáticas e algas.
b) Resposta variável, de acordo com a a) Um aquário com essas características
resposta ao item a. Esta atividade pos- pode ser considerado um ecossistema?
sibilita o trabalho com a identificação Justifique.
Cascata Raddatz, em Agudo (RS), 2017. b) Cite ao menos três componentes não vivos
de padrões e de modos de organização,
estendendo esse aspecto do pensamen- que podem fazer parte de um aquário ma-
B
Global_Pics/iStock/Getty Images
rinho como o que foi descrito.
to computacional para outros métodos a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
de hierarquização. 6. Os sistemas ecológicos são organizados em
níveis que seguem uma hierarquia. Uma po-
pulação, por exemplo, é o conjunto de orga-
nismos de uma mesma espécie que habita o
DE OLHO NA BASE mesmo local.
Esta seção dá continuidade ao desen- a) Cite outros sistemas que são organizados
volvimento de aspectos das competên- de modo hierarquizado.
cias específicas 2 e 3, com relação à b) Elabore um esquema que represente um
compreensão de conceitos fundamentais Fundo do mar, na Flórida (EUA), 2018. desses sistemas.
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
e estruturas explicativas das Ciências
da Natureza, além dos processos e das
características do mundo natural. A 124
atividade 4 desenvolve as competên-
cias geral 7 e específica 5 (promover
a consciência socioambiental). ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_117A124.indd 124 quem e descrevam as principais característi- 17/05/22 14:24 GA_C
124
2 GRANDES AMBIENTES
TERRESTRES
• O tema deste capítulo servirá de base
para que, no 9o ano, seja desenvolvida a
habilidade EF09CI12.
• Como planejamento inicial da aula, con-
sidere orientar os estudantes a explorar
*Resposta variável. Mesmo que os estudantes não compreendam o conceito de adaptação, é provável que eles a imagem desta página do Livro do Es-
já sejam capazes de entender que os organismos que habitam determinados ambientes estejam “adaptados” a
esses locais. tudante e discutir entre si a questão em
OS BIOMAS TERRESTRES PARA COMEÇAR Para começar. Sugira a eles que façam
As regiões do planeta apresentam diferenças quanto à mé- Diferenças climáticas, uma estimativa da localização do Brasil
dia de chuvas no ano, à faixa de variação de temperatura e até de relevo, entre outras no esquema, relacionando os biomas
mesmo à intensidade da luz solar que recebem, ou seja, estão encontrados no país com os encontrados,
caracterizam as diversas
sujeitas a diferenças de clima. Há ambientes mais secos e ou- por exemplo, nas regiões mais centrais
regiões do planeta, da África e no Sudeste Asiático.
tros mais úmidos, alguns muito quentes e outros bem frios.
gerando paisagens e
Essas características climáticas são alguns dos fatores que • Aproveite para esclarecer aos estudantes
ambientes distintos. Como que as florestas tropicais úmidas estão
definem quais seres vivos conseguem sobreviver ou não em de-
terminado ambiente. Chamamos de bioma o conjunto de ecos- você acha que esses localizadas na região que fica entre o tró-
sistemas que apresenta uma forma de vegetação dominante, fatores estão relacionados pico de Capricórnio e o trópico de Câncer.
com plantas, animais e outros seres vivos adaptados à condições à sobrevivência dos Peça a eles que levantem hipóteses para
climáticas semelhantes. organismos no ambiente? * explicar esse fato.
Mauricio Pierro/ID/BR
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OUTRAS FONTES
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GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_125A134.indd 126 ambiente, [os] ecossistemas podem ter qualquer 17/05/22 14:20 GA_C
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ID/BR
As florestas temperadas cobrem grande par- • Explore com a turma as fotos da flo-
te do território da Europa, dos Estados Unidos, da resta temperada e da floresta tropical
China e do Japão. O nome desse bioma se deve à reproduzidas nesta página do Livro do
Orchidpoet/iStock/Getty Images
grande variação de temperatura e de chuva que ele Estudante. Destaque as semelhanças
apresenta durante o ano, por estar localizado entre aparentes entre elas, como o porte das
os trópicos e os polos. árvores. Solicite aos estudantes que iden-
Nesse bioma, as quatro estações são bem defini- tifiquem e descrevam, com base no texto,
das, com outono ameno, inverno frio (com tempera- as características mais marcantes que
tura de até 230 °C), primavera amena e verão úmi- diferenciam uma floresta temperada de
do e quente (com temperatura chegando a 30 °C). As uma floresta tropical. Aborde também a
chuvas variam entre 700 mm e 1 500 mm por ano. A questão das estações do ano, que, nos
reprodução e o crescimento da maioria das plantas e países tropicais, como o Brasil, não são
dos animais ocorrem durante a primavera e o verão, tão definidas como nos países de cli-
devido às condições mais favoráveis. Vista de uma floresta temperada ma temperado. Problematize com os
decídua em Ontário, Canadá, no estudantes o fato de sermos expostos
Nas florestas temperadas, há grande variedade de árvores início do outono. Note as folhas em
com folhas largas, que perdem a clorofila e caem durante o ou- tons de amarelo e laranja, sem a constantemente aos aspectos culturais
tono – adaptação para enfrentar os invernos rigorosos. Por isso,
coloração verde da clorofila; elas dos países hegemônicos do hemisfério
estão prestes a cair. Foto de 2018.
essas florestas também são denominadas temperadas decíduas
Norte, onde as estações são marcadas por
ave de rapina: ave caçadora com grandes mudanças, e como isso contrasta
(do latim deciduus 5 que cai).
características que auxiliam na caça, como com o nosso cotidiano, já que, na maior
Nas florestas temperadas, há maior variedade de animais, se garras afiadas e bico curvo. parte do território brasileiro, há pouca
comparadas à taiga e à tundra. Há espécies de pássaros e aves de biodiversidade: diversidade de espécies de variação climática, verificando-se apenas
rapina, como águias e gaviões. Entre os mamíferos herbívoros, há seres vivos de um ambiente.
a alternância de períodos mais secos com
veados, esquilos e coelhos; entre os carnívoros, raposas, doninhas períodos mais chuvosos.
e lobos.
• Problematize a questão da biodiversidade,
ID/BR
perguntando aos estudantes, por exem-
FLORESTAS TROPICAIS
plo: “Qual dos biomas estudados até o
Localizadas quase exclusivamente na região en- momento deve ter a maior diversidade de
tre os trópicos, as florestas tropicais úmidas estão seres vivos?”. Peça a eles que justifiquem
127
127
ID/BR
• Utilize o boxe Ampliação, nesta página do Os campos e as savanas estão distribuí-
Livro do Estudante, para instigar a curio- dos por todos os continentes, com exceção da
sidade da turma para o tema adaptações. Antártida. Em geral, apresentam apenas duas
Sylvain Cordier/Hemis/AFP
Pode-se perguntar aos estudantes, por estações: uma seca, com chuvas em torno de
exemplo, se eles já viram algum tipo de 100 mm, e outra chuvosa, com chuvas que po-
cacto e quais seriam as razões para essas dem atingir mais de 1 500 mm. As temperaturas
plantas não terem folhas. são elevadas, oscilando entre 20 °C e 40 °C.
• Explore o texto desta página do Livro do Muitas espécies de animais e de plantas que
Estudante, enfatizando as características habitam esse bioma estão adaptadas aos incên-
dos campos, das savanas e dos desertos. dios naturais e dependem deles para regular seu
Comente que o Cerrado brasileiro é con- ciclo reprodutivo.
siderado um tipo de savana. Savana em parque nacional no Como a estação seca pode durar vários meses nos campos e
Quênia. Observe o relevo plano, as
• Promova uma discussão com os estudan- árvores esparsas e a vasta área de nas savanas, eles apresentam poucas árvores, bem espaçadas, e
tes sobre a geografia e o clima comumen- pastos naturais, fonte de alimento muita vegetação rasteira e arbustiva. As raízes tendem a ser pro-
para os grandes herbívoros. Foto
te encontrados em desertos. Pergunte a de 2021.
fundas, e as folhas, recobertas com ceras impermeáveis, que re-
eles quais são as condições do ambiente a duzem a perda de água por transpiração. A savana africana e o Cer-
que os animais e as plantas estão subme- rado brasileiro são exemplos desse bioma.
tidos. Aproveite para retomar o conceito ADAPTAÇÕES A fauna dos campos e das savanas apresenta herbívoros de
As adaptações dos seres vivos
de adaptação desses organismos aos médio e grande porte, como veados, búfalos, zebras, girafas e ele-
ao ambiente podem ser muito
climas extremos. variadas, como uma folha com fantes. Também são encontrados grandes carnívoros, como leo-
formato que evita a perda de água, pardos, leões, crocodilos e hienas, além de grande diversidade de
uma substância que deixa gosto insetos e aves pernaltas.
DE OLHO NA BASE ruim na boca de predadores ou
comportamentos que permitam
O relevo desse bioma, em geral, é plano, favorecendo a ocupa-
O conteúdo abordado nesta página aos animais fugir de predadores. ção humana para a criação de gado e o cultivo de plantas, o que é
dá seguimento à promoção das compe- uma ameaça aos ambientes naturais.
tências específicas 2 e 3 (compreender
conceitos fundamentais e estruturas DESERTOS
explicativas das Ciências da Natureza e A palavra deserto tem origem no latim desertum, que significa
características e fenômenos do mundo lugar abandonado. Os grandes desertos estão localizados nos tró-
natural), no âmbito dos campos, das picos de Câncer e Capricórnio e são regiões onde raramente chove.
savanas e dos desertos. A temperatura pode variar muito ao longo de um dia, entre 0 °C à
noite e 45 °C durante o dia. As chuvas atingem, em média, menos
de 200 mm ao ano. Desertos como o de Atacama, no Chile, podem
ID/BR
128
mais encontrados em mais de 150 sítios arqueoló- o pesquisador no estudo publicado em 2006.
Os rios do Saara gicos, o geólogo e climatologista Stefan Kröpelin, O Saara nunca chegou a ser uma floresta den-
Um dos maiores desertos do planeta, o Saara[,] da Universidade de Colônia, na Alemanha, con- sa, mas chegou a ter áreas de savanas compará-
já teve mata, árvores, rios, animais e até gente cluiu que a região que hoje é um gigante banco de veis, por exemplo, com o Cerrado brasileiro.
morando. Mas, gradualmente, a chuva foi se tor- areia abrigou assentamentos humanos bem estru-
[…]
nando cada vez mais rara, até que a área se tor- turados, com criação de cabras e ovelhas.
nou completamente árida. No setor egípcio do deserto, com as chuvas, veiga, Edison. Um dia parou de chover: como o
Saara foi de mata com rios e gente a deserto. UOL
O período “verde” do deserto africano durou o que era aridez se transformou em semiárido. Notícias, 30 jul. 2018. Disponível em: https://noticias.
cerca de 5 000 anos – o que, apesar de parecer Gramíneas e arbustos começaram a dominar a uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/
muito, para a escala global é considerado um in- paisagem. Pequenos lagos se formaram atrain- redacao/2018/07/30/um-dia-parou-de-chover-como-
tervalo curto. Foi, na verdade, um hiato: os cien- do animais como girafas. Mais ao sul, na região o-saara-foi-de-floresta-tropical-a-deserto.htm.
tistas estimam que a área era desértica antes e onde hoje fica o Sudão, o clima era ainda mais Acesso em: 3 mar. 2022.
viu as chuvas chegarem há 10 500 anos, para convidativo à vida, com árvores, grandes rios e
novamente desaparecer 5 500 anos atrás. animais como “elefantes, rinocerontes, crocodi-
128
De Agostini/Getty Images
4. Leia, a seguir, as características de determi- no período mais seco.
nado bioma e, depois, responda às questões.
7. Selecione fotos de florestas tropicais e
Apresenta subsolo permanentemente congela- incentive os estudantes a escrever textos
do e poucas chuvas durante o ano. Ainda assim,
nesse bioma, são encontrados mamíferos de
descritivos como forma de reconhecer
grande porte, como a rena e o boi-almiscarado. características dessa vegetação.
a) A que bioma o texto está se referindo? À tundra. 8. Resposta variável. Os estudantes po-
b) Que tipo de vegetação dá suporte aos her- dem mencionar a vegetação esparsa,
bívoros citados? Plantas rasteiras e arbustos
Oásis de Kharga, Egito, 2016. com muitas espécies de plantas rastei-
a) O deserto.
que crescem durante o verão. a) Que bioma terrestre é retratado na foto? ras, espécies de plantas e de animais
5. O bioma taiga é chamado também de evergreen.
b) Que adaptações as plantas desse bioma que exibem adaptações a incêndios
Qual característica de sua vegetação justifica
esse nome? Veja resposta em Respostas costumam apresentar? naturais, relevo em geral plano, entre
e comentários. outras características.
6. As florestas temperadas são chamadas de 12. Proponha uma solução para o seguinte pro-
blema: 9. Pergunte se os estudantes conhecem
decíduas. Qual característica da vegetação
dessas florestas justifica esse termo? As folhas que Imagine que o jardim botânico de sua cidade
plantas com adaptações semelhantes
caem durante o inverno, e as árvores que entram em dormência. queira manter plantas de deserto e plantas de que ocorrem no Brasil.
7. Sobre as florestas tropicais, responda: taiga para que o público as conheça. 10. Verifique a necessidade de orientar os
a) Como costuma ser o clima nesse bioma? a) Seria possível cultivá-las no mesmo local? estudantes na leitura e na compreensão
b) Qual é o aspecto da vegetação das florestas b) Que condições o jardim botânico teria de do esquema.
tropicais? A vegetação é densa e as árvores simular para que essas plantas conseguis- 11. Retome as funções relacionadas a tais
são sempre verdes.
8. Cite três características marcantes dos cam- sem sobreviver? adaptações, discutidas na atividade 9.
pos e das savanas. c) Como isso poderia ser feito? 12. a) Não, pois são plantas que vivem em
Veja resposta em Respostas e comentários. a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários. condições diferentes.
7. a) Nesse bioma, as temperaturas são elevadas e as 11. b) Adaptações para evitar a perda de água por
chuvas e a luminosidade, abundantes. transpiração, como ausência de folhas e presença de b) As plantas da taiga precisariam de
espinhos em caules. um ambiente bastante frio e úmido
129 e solo encharcado, e as do deserto,
de um ambiente seco e quente e solo
geralmente arenoso, com baixa dispo-
14:20 ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_125A134.indd 129
DE OLHO NA BASE 17/05/22 14:20 nibilidade de água.
c) Resposta variável. Os estudantes
Ao realizar uma avaliação reguladora com o As atividades desta seção dão conti- podem mencionar a possibilidade de
apoio das atividades desta seção, verifique se os nuidade ao trabalho com aspectos das usar estufas, em que as condições am-
estudantes ainda apresentam dificuldade sobre competências específicas 2 e 3, em relação bientais são controladas, simulando os
o tema. Você pode propor a eles que, em grupos, à compreensão de conceitos fundamentais ecossistemas naturais.
façam uma pesquisa na internet ou em livros, e estruturas explicativas das Ciências da
buscando informações e imagens de cada um Natureza e de processos e características
dos biomas abordados. Se julgar pertinente, do mundo natural. A atividade 12 desen-
proponha um trabalho interdisciplinar com volve as competências geral 2 e especí-
o professor de Geografia. Os resultados da pes- fica 3, ao exercitar a reflexão e a análise
quisa dos estudantes podem ser apresentados crítica para propor uma solução para um
utilizando diferentes linguagens, como a verbal problema com base nos conhecimentos
ou a visual, a fim de possibilitar as múltiplas das Ciências da Natureza.
dimensões de aprendizagem.
129
e a utilização de espécies-bandeira de uma área, muito embora todas as espécies te- Uma das
como estratégia de preservação do nham valor e sejam merecedoras de proteção. espécies-
ambiente, promovendo aspectos das A solução que garante uma proteção ao mes- -bandeira mais
conhecidas
competências geral 7 e específicas 4 mo tempo abrangente e economicamente viá- no mundo é o
e 5, no que concerne à promoção da vel está no conceito de espécie-bandeira (ou panda-gigante
consciência socioambiental e das apli- flagship species, em inglês). Surgido nos meados
(Ailuropoda
comprimento: 1,9 m melanoleuca),
cações e implicações socioambientais dos anos [19]80, no âmbito dos debates sobre a da China.
da ciência, bem como as competências
geral 1 e específica 1, no sentido de
valorizar os conhecimentos histori-
camente construídos sobre o mundo 130
físico e de compreender as Ciências
da Natureza como empreendimento
humano e o conhecimento científico
como cultural e histórico. OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_125A134.indd 130 17/05/22 14:20 GA_C
130
Ken Barber/Alamy/Fotoarena
e sua biodiversidade, iniciativas como as
das Unidades de Conservação elegem
espécies-bandeira que geralmente têm
apelo popular por sua graciosidade ou
beleza, por exemplo, e, portanto, servem
de símbolo na luta pela preservação.
Contudo, outras espécies, ainda que
pouco atraentes do ponto de vista esté-
comprimento (cabeça
tico (para a maior parte do público, por
e corpo): 1,85 m comprimento: 1 m exemplo) ou pouco conhecidas, também
Algumas espécies-bandeira encontradas no Brasil: onça-pintada (A) e arara-azul (B).
podem estar extremamente ameaçadas
e ser merecedoras de atenção. Essas
O que é uma espécie-bandeira. O Eco, 8 abr. 2014. Disponível em: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/
28190-o-que-e-uma-especie-bandeira. Acesso em: 3 mar. 2022.
espécies acabam se beneficiando, in-
diretamente, das campanhas em prol
Responda sempre no caderno.
das espécies-bandeira.
Em discussão 4. Resposta variável. A proposição de uma
1. O que é a biologia da conservação e de que forma ela ajuda a preservar a vida no atividade de pesquisa é relevante aqui,
planeta? É o campo da biologia que une as ciências naturais e sociais em busca de melhores práticas de uma vez que faz uso de metodologias
gestão dos recursos naturais, com o objetivo de conservar e manter a biodiversidade do planeta. ativas, levando o estudante a agir de
2. Qual é a importância das espécies-bandeira para a conservação de um ambiente
e de outras espécies? Veja resposta em Respostas e comentários.
forma autônoma e desenvolvendo o seu
senso crítico. Ao final, certifique-se de
3. Que limitações o conceito de espécie-bandeira apresenta? Explique. Veja respostas em Respostas que os estudantes percebem que o ideal
e comentários.
4. Faça uma pesquisa e dê dois exemplos de outras espécies-bandeira que não vivem seria que houvesse a conscientização
no Brasil. de que todas as espécies, sem exceção,
são merecedoras de proteção e têm
direito à vida. Reforce esse aspecto
131 para os estudantes.
131
ID/BR
(indivíduos de populações diferentes, 50 100
como plantas aquáticas, capivaras,
40 80
garças, jacarés, etc.); ecossistema (a
lagoa com os seres vivos da comuni- 30 60
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
dade, suas relações e os componentes 20 40 Nessa lagoa, é possível observar as interações
dos seres vivos entre si e com o ambiente. Mato
físicos do local). 10 20 Grosso, 2020.
d) Resposta variável. Possibilidades de 0 0 a) Que fatores físicos você identifica no am-
resposta: as aves (garças) estão pro- biente mostrado na foto?
curando alimento (peixes) na lagoa; os 210
Precipitação anual: 648 mm
b) A foto apresenta diferentes animais em
Temperatura média: 4,3 ºC
jacarés podem estar competindo por 220
J F M A M J J A S O N D uma lagoa. O grupo formado somente pe-
alimento; as plantas estão servindo de Meses las capivaras (animais de pelagem marrom,
alimento para os mamíferos (capivaras). Fonte de pesquisa: Robert E. Ricklefs. A economia
saindo da água), que habitam essa região,
A absorção de energia solar pelas plantas da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, corresponde a que nível de organização?
e a utilização do gás oxigênio do ar na res- 2013. p. 82. c) Que outros níveis de organização dos seres
piração pelas plantas, pelas aves, pelos • É possível relacionar o dado sobre o cresci- vivos podem ser observados nessa foto?
jacarés e pelas capivaras são exemplos mento das plantas na taiga com as demais d) Que interações entre os seres vivos e o am-
de interações entre os seres vivos e os informações do gráfico? Justifique. biente você consegue observar nessa foto?
Sim. No período em destaque, as temperaturas são a), b), c) e d) Veja respostas em Respostas
fatores físicos do ambiente. maiores que zero, o solo se descongela e as plantas e comentários.
5. Retome a distribuição geográfica das podem crescer.
132
florestas tropicais, enfatizando que isso
possibilita que elas recebam maior lu-
minosidade do Sol. Essa característica,
combinada com abundância de água e pe- ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_125A134.indd 132 nos textos dos capítulos 1 e 2 e, em seguida, 17/05/22 14:20 GA_C
quenas variações de temperatura anuais, reescrevam essas ideias com as próprias palavras.
Utilize as atividades desta seção como
explica em parte a grande diversidade que Você também pode propor, por exemplo, uma
instrumento de avaliação final dos conteúdos
ocorre nesses biomas. integração entre a temática dos dois capítulos.
trabalhados ao longo da unidade. Caso per-
Escolha um bioma a ser trabalhado por grupo.
ceba que os estudantes apresentam pontos
Oriente os grupos a pesquisar os organismos que
frágeis no aprendizado, proponha formas
habitam o bioma escolhido, as relações entre
variadas de realização das atividades. Elas
eles, as adaptações ao ambiente, os fatores
podem, por exemplo, ser feitas em grupo, a
bióticos e abióticos, a localização geográfica, as
fim de contemplar a aprendizagem por cola-
características climáticas, entre outros itens.
boração e possibilitar o desenvolvimento da
Com o objetivo de possibilitar diversas formas
oralidade e de outras formas de comunicação
de expressão, permita aos estudantes utilizar
(esquemas ou textos).
distintas formas de apresentação da pesquisa.
Se for necessário, peça aos estudantes que
identifiquem as ideias principais apresentadas
132
OCEANO
OCEANO OCEANO PACÍFICO novo-plano-de-conservacao-que-preve-
PACÍFICO ATLÂNTICO
Equador 0°
soltura-na-natureza-ate-2021.ghtml
(acesso em: 19 maio 2022).
Meridiano de Greenwich
OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Fonte de pesquisa: Robert E. Ricklefs. A economia da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 84.
o que promove um declínio contínuo da
biodiversidade e coloca espécies em
• As áreas de cor verde correspondem a um dos biomas terrestres. Que bioma é esse? Floresta tropical.
risco de extinção. Esse processo de
6. Leia o texto a seguir e, depois, faça o que se pede. degradação contribui para o aumento
do aquecimento global, impactando
[…] endêmica da Caatinga […] a espécie foi vista pela última vez na natureza em toda a vida do planeta, inclusive a dos
outubro de 2000 […]. seres humanos.
Muito valiosa, a ararinha-azul foi alvo do tráfico de animais silvestres e da caça. A
degradação de seu hábitat impulsionou ainda mais sua extinção na natureza. Em 2011, a b) Resposta pessoal. Conduza um de-
espécie ganhou fama mundial depois de protagonizar a animação Rio. bate com os estudantes explicando que
Extintas há 20 anos no país, ararinhas-azuis nascem na Bahia. Deutsche Welle, 19 jul. 2021. alguns meios seriam ações governa-
Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/extintas-h%C3%A1-20-anos-no-pa%C3%ADs-ararinhas- mentais, como a integração das agendas
azuis-nascem-na-bahia/a-58319095. Acesso em: 3 mar. 2022.
agrícola, florestal, energética, hídrica e
a) Pesquise e descreva qual é o hábitat natural da ararinha-azul. Em seguida, elabore a) A Caatinga, de infraestrutura e serviços. Explique
um mapa indicando a área de ocorrência da espécie. bioma que a população tem o papel de pres-
encontrado no sionar os legisladores a propor políticas
b) Explique como a perda de hábitat se relaciona com a extinção da ararinha-azul. Cite Brasil.
outros fatores que contribuíram para sua extinção. Os estudantes coordenadas entre os diferentes mi-
podem indicar nistérios, a fim de incentivar práticas
no mapa o sustentáveis de produção e de consumo.
7. Relatórios intergovernamentais têm mostrado que 75% da superfície do planeta município
já foi alterada por atividades humanas e, segundo projeções, esse índice deve de Curaçá,
atingir o patamar de 90% até 2050. Os documentos apontam que mais de 1 bilhão de no norte da
hectares de ecossistemas naturais se converteram em plantações agrícolas e em pas- Bahia, área de DE OLHO NA BASE
ocorrência da
tagens para a pecuária, contabilizando um terço da cobertura do planeta. Esse cenário As atividades 6 e 7 promovem aspectos
Caatinga.
tende a se agravar devido à crescente demanda por comida e biocombustíveis. das competências gerais 7 e específicas
a) Como a expansão dessas atividades pode impactar a biodiversidade do planeta e 4 e 5 (argumentar com base em dados
as futuras gerações de seres humanos? e informações confiáveis e promover a
b) Em sua opinião, quais seriam os meios de contornar esse cenário? consciência socioambiental). Ao longo
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários. desta seção também são desenvolvidas
as competências específicas 2 e 3 (com-
133 preender fenômenos e características
do mundo natural).
133
134
134
UNIDADE 6
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal
• Conhecer mais os biomas brasileiros Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal.
• Identificar as características e a distribuição geográfica desses biomas.
• Perceber a biodiversidade desses biomas.
• Reconhecer as principais ameaças a esses biomas.
• Conhecer mais a vida dos pantaneiros e identificar a importância de mecanismos legais de reconhe-
cimento, proteção e respeito a comunidades tradicionais (como o Decreto Presidencial n. 6 040, de
2007).
Capítulo 2 – Mata Atlântica, Caatinga e Pampa
• Conhecer mais os biomas brasileiros Mata Atlântica, Caatinga e Pampa.
• Identificar as características e a distribuição geográfica desses biomas e conhecer sua biodiver-
sidade.
• Entender as principais ameaças a esses biomas.
• Reconhecer padrões e identificar semelhanças.
JUSTIFICATIVA
O Brasil é um país de dimensões continentais, cujo território se distribui por diferentes latitudes
e, por isso, apresenta ambientes muito diversos. Nesse sentido, os biomas Cerrado, Amazônia e
Pantanal, suas características distintivas, biodiversidade e ameaças são enfatizados no capítulo 1. O
capítulo 2, por sua vez, aborda a importância de conhecer as particularidades, as ameaças e a dis-
tribuição geográfica dos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Pampa, além de promover a identificação
de padrões, com base nas características desses biomas. Por fim, o capítulo 3 destaca a necessidade
de reconhecer a biodiversidade presente nos variados ecossistemas aquáticos brasileiros e as possí-
veis ameaças a esses ambientes, além de ressaltar a importância de valorizar e respeitar os saberes
e a diversidade cultural das comunidades tradicionais e sua forma de convívio com os ecossistemas.
SOBRE A UNIDADE
A riqueza de biomas e de ecossistemas no Brasil é grande e, nesse sentido, a unidade aborda os
principais biomas presentes no território brasileiro, suas características e sua biodiversidade, bem
como as ameaças ao equilíbrio e à manutenção desses biomas.
O capítulo 1 aborda os biomas Cerrado, floresta Amazônica e Pantanal, o capítulo 2 trata dos
biomas Mata Atlântica, Caatinga e Pampa, e o capítulo 3 apresenta os ecossistemas aquáticos costei-
ros, marinhos e de água doce. Assim, a unidade desenvolve em seus capítulos a habilidade EF07CI07.
Como já antecipado nos objetivos e na justificativa, espera-se que os estudantes tornem-se capazes
de identificar e de caracterizar os biomas brasileiros e sua biodiversidade e se conscientizem de que
135 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – CERRADO, FLORESTA AMAZÔNICA E PANTANAL
• Cerrado: características, biodiversidade e BOXE VALOR (EF07CI07) (CGEB6)
ameaças A vida do pantaneiro (CGEB7)
• Floresta Amazônica: características, (CGEB9)
biodiversidade e ameaças
(CECN3)
• Pantanal: características, biodiversidade e
ameaças (CECN5)
(CECN8)
135 B
135
135
Respeito às culturas
4. Os estudantes podem mencionar que
essas comunidades têm grande conhe-
cimento da diversidade local, dos ciclos
naturais e dos processos de extração e
benfeitoria dos recursos naturais presen-
tes nesse meio, por exemplo.
LEITURA DA IMAGEM
Respostas
1. O que a foto mostra? Onde você acha que ela foi tirada? pessoais.
2. Como é a vegetação do ambiente retratado na foto?
3. De que modo o ser humano pode se relacionar com esse
ambiente? Exemplifique com base na foto.
4. Resposta pessoal.
136
137
137
NO CAPÍTULO
(EF07CI07) Caracterizar os principais ecos-
sistemas brasileiros quanto à paisagem, à
quantidade de água, ao tipo de solo, à dis-
1 CERRADO, FLORESTA
AMAZÔNICA E PANTANAL
ponibilidade de luz solar, à temperatura
etc., correlacionando essas característi-
cas à flora e fauna específicas. PARA COMEÇAR CERRADO
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O território brasileiro ocupa O Cerrado é um bioma do tipo savana que ocupa uma grande
uma vasta área da América área na região central do Brasil. As áreas que formam o Cerrado
• Antes de iniciar a leitura do texto desta fazem limite com os biomas floresta Amazônica, Caatinga, Mata
do Sul. Nele, encontram-se
página do Livro do Estudante, retome os Atlântica e Pantanal.
conceitos dos biomas campos e savanas, vários biomas diferentes,
o que explica a enorme As áreas de Cerrado, em geral, apresentam duas estações
trabalhados na unidade anterior. Ques-
biodiversidade existente no bem demarcadas ao longo do ano: uma chuvosa e outra seca. As
tione os estudantes se eles conseguem
temperaturas médias variam em torno de 24 °C a 27 °C.
identificar similaridades entre as savanas Brasil. Que biomas brasileiros
e o Cerrado brasileiro. O solo do Cerrado é, em geral, ácido, arenoso e pobre em maté-
você conhece?
ria orgânica. Muitos rios que compõem bacias hidrográficas impor-
• Discuta com a turma que o Cerrado é
tantes, como a do São Francisco e a do Paraná, nascem no Cerrado.
constituído de diferentes formações. Al- Resposta pessoal. Leve os estudantes
gumas áreas apresentam vegetação mais a perceber que, mesmo que nunca O aspecto da vegetação desse bioma é muito variado: em al-
tenham viajado, eles conhecem gumas áreas, predomina a vegetação rasteira, como o capim, com
rasteira (campos limpos), enquanto outras ao menos algumas características
têm mais arbustos (Cerrado stricto sensu) do bioma do local em que vivem, poucas árvores; em outras áreas, há grande quantidade de árvores,
ou, ainda, formações florestais (cerradão). como o clima e o tipo de vegetação formando bosques chamados cerradões. As árvores costumam
predominante nesse ambiente. ter, devido à acidez, ao excesso de alumínio e ao fogo, galhos re-
• Oriente os estudantes a analisar um mapa Paisagem do Cerrado em área do
e a localizar a distribuição geográfica do Parque Estadual de Terra Ronca torcidos e cascas grossas, e geralmente não são de grande porte.
situada no município de São
Cerrado no território brasileiro. Se jul- Domingos (GO). Foto de 2021.
gar oportuno, pergunte se há porções do
bioma Cerrado no estado ou na cidade
ID/BR
onde moram.
DE OLHO NA BASE
Nas páginas 138 e 139 são desen-
volvidos o processo cognitivo, o objeto
André Dib/Pulsar Imagens
de conhecimento e o modificador da
habilidade EF07CI07, no contexto do
Cerrado. Além disso, são promovidas as
competências geral 7 e específicas 5, 8
(promover a consciência socioambiental)
e 3 (compreender características, fenô-
menos e processos do mundo natural).
138
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_135A144.indd 138 16/05/22 15:31 GA_C
138
OUTRAS FONTES
Ser tão velho Cerrado. Direção: André
D’Elia. Brasil, 2018 (96 min). Dispo-
nível em: https://www.youtube.com/
O fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense) é muito O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo watch?v=5BZoEyBvXpc . Acesso em:
consumido pelos habitantes das áreas do Cerrado. da América do Sul. Sua coloração se confunde com a 9 mar. 2022.
vegetação seca do Cerrado.
AMEAÇAS AO CERRADO O documentário ajuda a contextualizar
o desmatamento acelerado do Cerra-
A degradação do Cerrado é um grande perigo para os seres
do, que compromete a existência de
vivos que nele se encontram, em especial para as espécies que só
grande parte dos rios brasileiros, cujas
existem nesse bioma. No entanto, somente cerca de 8% das áreas
nascentes se encontram nesse bioma.
do Cerrado pertencem a Unidades de Conservação; há também Terra Indígena: território demarcado onde
áreas que correspondem a Terras Indígenas demarcadas. habitam comunidades indígenas.
A agricultura e a pecuária exercem grande pressão sobre o PARA EXPLORAR
Cerrado. A criação de gado e a cultura de soja são, hoje, os prin- Museu do Cerrado
cipais fatores de destruição desse bioma. Mais de 50% de sua O museu virtual, mantido
cobertura original já foi devastada, e a expansão do agronegócio pela Universidade de Brasília,
no Brasil aumenta ainda mais a procura por novas áreas. apresenta inúmeras informações
e imagens sobre o Cerrado.
Disponível em: https://
André Dib/Pulsar Imagens
museucerrado.com.br/. Acesso
em: 11 maio 2022.
139
15:31 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_135A144.indd 139 geraram problemas altamente preocupantes17/05/22
para13:33 atuais agravantes para este bioma, a fim de cha-
o bioma, assim como para [as espécies que nele mar a atenção das autoridades para a urgência da
Atividades que impactam o Cerrado
habitam]. Nota-se que as principais ameaças à preservação do Cerrado.
O Cerrado é um dos biomas brasileiros mais biodiversidade no Cerrado estão centradas na
ameaçados no Brasil. São inúmeras atividades Fernandes, Paula Arruda; Pessôa, Vera Lúcia Salazar.
expansão da agricultura e da pecuária, que tem
O Cerrado e suas atividades impactantes: uma leitura
impactantes que atingem diretamente ou in- sido efetivada com a agricultura mecanizada e o sobre o garimpo, a mineração e a agricultura mecani-
diretamente o bioma, dentre elas o garimpo, predomínio da cultura latifundiária na região do zada. Observatorium: revista eletrônica de Geografia,
a agricultura e a mineração. Este bioma ainda Cerrado. A mineração e o garimpo também ace- v. 3, n. 7, p. 19-37, out. 2011. Disponível em: http://
não recebe o merecido destaque por parte das leram o desaparecimento do Cerrado, e seus im- www.observatorium.ig.ufu.br/pdfs/3edicao/n7/2.pdf.
autoridades governamentais, sendo muitas ve- pactos causam várias formas de poluição, como: Acesso em: 4 mar. 2022.
poluição da água, poluição do ar, poluição sonora,
zes desprezado por diversas razões, dentre elas,
e subsidência do terreno. Assim, a mineração e o
a grande importância mundial da Amazônia. O garimpo não atingem apenas o bioma, mas popu-
Cerrado tem-se pautado em desmatamentos lações locais que acabam não tendo água potável
de vastas áreas, diminuindo drasticamente sua e são obrigadas a conviver com o ar poluído e com
área. O processo de modernização, assim como a poluição sonora. Diante disso, houve [e ainda
o aumento da ocupação humana nestas regiões há] a necessidade de fazer uma reflexão sobre os
139
e da competência específica 3, no que altos das árvores, a fim de captar mais luz solar.
se refere a características, fenômenos As espécies animais também são abundantes. São aproxi-
e processos do mundo natural. madamente 10 mil espécies identificadas, sendo 8 mil apenas de
insetos. Centenas de espécies de mamíferos, aves, répteis, an-
fíbios e peixes já foram descritas. As araras e as onças-pintadas
são animais típicos da floresta Amazônica.
Além dessa enorme biodiversidade já identificada, pesquisa-
A onça-pintada (Panthera onca) é o
dores acreditam que ainda existam na floresta Amazônica mui-
maior felino do Brasil. tas espécies desconhecidas pela ciência.
140
OUTRAS FONTES
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140
141
141
ID/BR
a fim de alertá-los sobre a relevância da
preservação do bioma e de sua diversidade.
DE OLHO NA BASE
Nas páginas 142 e 143, dá-se continui-
dade à promoção da habilidade EF07CI07,
no contexto do Pantanal. Além disso, Paisagem do Pantanal durante o período de seca. A mesma paisagem do Pantanal da foto à esquerda,
são promovidas as competências geral Poconé (MT). Foto de 2020. durante o período de cheia. Foto de 2019.
7 e específicas 5, 8 e 3. O boxe Valor da
página 143 promove as competências O Pantanal localiza-se em uma planície que, na época das
gerais 6 e 9 e específica 5, no que se chuvas, é inundada pelos muitos rios que a atravessam. Du-
refere à valorização da diversidade de rante as cheias, a água transporta e espalha grande quan-
saberes e de culturas e ao respeito ao tidade de matéria orgânica, o que torna o solo desse bioma
modo de vida dos pantaneiros. bastante fértil.
A vegetação do Pantanal é formada por plantas que também
aparecem no Cerrado, na floresta Amazônica e na Caatinga.
Os capins e os arbustos são comuns no Pantanal e são apro-
veitados como pastagem natural por criadores de gado. A cria-
ção de gado bovino é uma das atividades econômicas mais im-
portantes nas áreas onde ocorre esse bioma.
142
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_135A144.indd 142 16/05/22 15:31 GA_C
142
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
comprimento: 2,5 m
143
1. A mineração também é outra grande 5. b) Matagal em parte sem folhas, finas gramíneas, grupos espalhados de palmeiras, como o buriti, e arbustos.
ameaça à Amazônia, por provocar des- 1. Sobre as ameaças à floresta Amazônica, 5. Em 1838, os naturalistas alemães Von Spix
matamento e poluir os rios da região responda: a) A agropecuária. (1781-1826) e Von Martius (1794-1868) descre-
com metais pesados. a) Além da exploração de madeira, quais outras veram muitos biomas brasileiros. Leia um trecho
2. O dossel da floresta Amazônica dificulta atividades humanas têm ameaçado seria- da obra deles e responda às questões a seguir.
a passagem da luz solar; por isso, as mente a preservação desse bioma?
As regiões situadas mais altas, mais secas, eram
epífitas acabam sendo mais comuns b) De que forma essas atividades ameaçam
revestidas de matagal cerrado, em parte sem folhas,
nesse bioma. No Cerrado, onde a vege- a floresta? Com a derrubada da mata para a
formação de pastos e o estabelecimento de plantações. e as margens ostentavam um tapete de finas gramí-
tação é mais aberta, o solo recebe mais 2. As fotos a seguir mostram um trecho da flores- neas, todas em flor, por entre as quais surgiam gru-
luz solar, o que favorece a ocorrência de ta Amazônica e um trecho do Cerrado. Obser- pos espalhados de palmeiras e moitas viçosas. Os
outros tipos de planta. ve-as com atenção e faça o que se pede. sertanejos chamam veredas a esses campos abertos.
Encontramos aqui uma palmeira […], o nobre buriti.
3. Se julgar pertinente, comente que as Johann Baptist von Spix; Carl Friedrich P. von Martius.
ID/BR
450 38
outra fonte de pesquisa, desde que con- 400
36
34
fiável, para responder à questão. 350
32
30
28
5. Existem diversas obras literárias que
Precipitação (mm)
Temperatura (oC)
300 26
24
apresentam descrições dos biomas bra- 250 22
20
sileiros. Se julgar pertinente, proponha Cerrado em Campinápolis (MT), 2021. 200 18
16
um trabalho interdisciplinar de leitura • O número de tipos de plantas epífitas 150 14
12
de alguma dessas obras em conjunto que existem na floresta Amazônica é 100 10
8
com Língua Portuguesa. maior do que as variedades que ocorrem 50 6
4
no Cerrado. Identifique, nas fotos, ca-
6. a) Verifique se todos os estudantes sa- 0
jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
2
racterísticas que possam explicar essa
bem interpretar o gráfico e, caso julgue diferença na quantidade de epífitas em
Mês
Precipitação média Temperatura mínima máxima
necessário, auxilie-os nessa tarefa. cada um desses biomas.
Veja resposta em Respostas e comentários. Fonte de pesquisa: Francisco F. N. Marcuzzo; Murilo R. D.
b) O período de seca ocorre de junho 3. Qual é o principal fator que torna as terras do Cardoso; Denise C. de R. Melo. Distribuição temporal da
a agosto, com precipitações abaixo de Pantanal férteis? As cheias periódicas, que trazem frequência de chuvas no bioma Pantanal. Em: Simpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 14., 2010, Dourados. Anais
50 mm. O período de chuvas pode ocor- matéria orgânica dos rios e a depositam no solo.
4. A arara-canindé é uma ave típica da floresta [...]. Dourados, MS: UFMT, 2010. Disponível em: http://rigeo.
rer de outubro a abril, com precipitações Amazônica. cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/1064. Acesso em: 7 mar. 2022.
entre 100 mm e mais de 200 mm.
a) Como pode ser caracterizada a biodiversi- a) Qual é o mês mais quente em Poconé? E o
dade da floresta Amazônica? Comente. mais frio?
DE OLHO NA BASE b) Cite outro animal e duas plantas que po- b) Em quais meses provavelmente ocorre o
As atividades desta seção promovem dem ser encontrados nesse bioma. período da seca? E o período chuvoso?
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários. Veja respostas em Respostas e comentários.
o processo cognitivo, o objeto de conhe- 6. a) O mês mais quente é outubro, com temperaturas por volta de 35 °C. O mais frio é julho, com temperaturas por
cimento e o modificador da habilidade volta de 16 °C.
EF07CI07, em relação aos biomas flo- 144
resta Amazônica, Cerrado e Pantanal.
Também desenvolvem as competências
geral 7 e específicas 3, 5 e 8. ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_135A144.indd 144 Discuta com os estudantes essa atividade, 17/05/22 13:31 GA_C
144
2 MATA ATLÂNTICA,
CAATINGA E PAMPA
NO CAPÍTULO
(EF07CI07) Caracterizar os principais ecos-
sistemas brasileiros quanto à paisagem, à
quantidade de água, ao tipo de solo, à dis-
*Resposta pessoal. Incentive a participação dos estudantes e aproveite para avaliar os conhecimentos prévios ponibilidade de luz solar, à temperatura
deles, perguntando se já assistiram a programas de televisão, filmes ou vídeos na internet que mostrem esses etc., correlacionando essas característi-
biomas e se lembram de alguma característica
MATA ATLÂNTICA em especial desse ambientes. PARA COMEÇAR cas à flora e fauna específicas.
A Mata Atlântica é uma floresta tropical. De modo geral, seu A Mata Atlântica costuma ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
relevo é acidentado, com serras e vales. O ar úmido que vem do destacar-se nos meios de
mar provoca chuvas constantes ao longo de todo o ano, e a tem-
• Utilize o texto de abertura do capítulo para
comunicação. No entanto, introduzir o estudo sobre a Mata Atlântica.
peratura média varia entre 14 °C e 21 °C nesse bioma. outros biomas brasileiros, Se julgar oportuno, pergunte aos estudantes
A biodiversidade da Mata Atlântica é uma das maiores do
como a Caatinga e o se eles sabem por que a Mata Atlântica
planeta. Mais de 20 mil espécies de plantas são encontradas ao
Pampa, também têm tem esse nome. Pergunte também sobre a
longo desse bioma. Entre elas, estão o pau-brasil, o jacarandá,
seu valor como abrigo localização geográfica desse bioma. Apro-
o angico, o palmito-juçara e a samambaiaçu.
da biodiversidade. O veite as respostas deles como estratégia
Também são encontradas muitas epífitas, como as bromé- para verificar seus conhecimentos sobre
lias e as orquídeas. A luz atravessa as copas das árvores com que você sabe sobre
esse tema.
mais facilidade que na floresta Amazônica; por isso, a Mata esses biomas? *
• Retome com os estudantes alguns fato-
Atlântica apresenta plantas de médio e de pequeno porte mais
res que caracterizam a Mata Atlântica
próximas ao solo. Entre os animais, destacam-se macacos, As bromélias (no detalhe) são como bioma do tipo floresta tropical,
como o mono-carvoeiro e o mico-leão-dourado, e aves, como a muito comuns na Mata Atlântica.
Urubici (SC). Foto de 2019. por exemplo, temperatura, luminosidade
araponga, o tiê-sangue e várias espécies de beija-flor. e biodiversidade.
DE OLHO NA BASE
Andre Dib/Pulsar Imagens
145
13:31 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C2_145A151.indd 145 animais que dependem de suas imensas copas,
17/05/22 13:29 De acordo com a Fundação SOS Mata Atlân-
que geram sombra e hábitat perfeito para diver- tica, restam apenas 12,4% da floresta original
Gigantes da Mata Atlântica
sas espécies. e, desses remanescentes, 80% estão em áreas
Centenárias araucárias, sequoias, figueiras, privadas. […]
Para alcançar as preciosidades, Ricardo e sua
paus-brasis e jequitibás ilustram o registro do bo- equipe tiveram de atravessar rios em baixa tem- Cruz, Fernanda. Botânico registra árvores gigan-
tânico Ricardo Cardim, mestre no assunto pela peratura, lidar com cobras e os mais variados tes da Mata Atlântica. Agência Brasil, 21 set. 2018.
Universidade de São Paulo (USP), após várias tipos de insetos. Mas o esforço será recompen- Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/
sado. “Vamos lançar um livro com esses registros, noticia/2018-09/botanico-registra-arvores-
expedições pela Mata Atlântica em busca das
gigantes-da-mata-atlantica.
árvores gigantes. No dia em que se comemora o fotografias e imagens aéreas em novembro deste Acesso em: 4 mar. 2022.
Dia da Árvore, 21 de setembro, o botânico revela ano”, disse.
[…] algumas de suas descobertas. Desde julho [de 2018], o especialista em na-
tureza viaja pela Bahia, Alagoas, Santa Catarina,
A mais impressionante, uma espécie de 64 me-
Espírito Santo, Paraná e São Paulo, ao lado do
tros de altura, fica numa reserva no Nordeste. botânico Luciano Zandoná e do fotógrafo Cássio
Outra, de 40 metros, está no interior paulista. A Vasconcellos. Um dos objetivos é chamar a aten-
importância dessas gigantes para a regulação da ção para a preservação da Mata Atlântica, que
floresta está na interação com outras plantas e está entre as florestas mais ameaçadas do planeta.
145
Cyril Ruoso/Biosphoto/AFP
DE OLHO NA BASE
O conteúdo desta página promove as
competências geral 7 e específicas 5 e 8
(promover a consciência ambiental) e a
competência específica 3 (compreender
características, fenômenos e processos
do mundo natural). O muriqui (Brachyteles
arachnoides) é um dos mamíferos
ameaçados de extinção
encontrados na Mata Atlântica.
146
146
ID/BR
Nesta página, também promovem-
Cacio Murilo/Shutterstock.com/ID/BR
comprimento: 35 cm altura: 4 m
147
LEITURA DE TRECHO DO LIVRO VIDAS SECAS deciso salpicado de manchas brancas que eram
ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos
Objetivo altos em redor de bichos moribundos.
Coletar sensações e impressões dos estudantes Tinham deixado os caminhos, cheios de es-
relacionadas ao excerto do livro Vidas secas. pinho e seixos, fazia horas que pisavam a mar-
Como fazer gem do rio, a lama seca e rachada que escal-
• Leia ou peça aos estudantes que leiam o dava os pés.
trecho a seguir. ramos, Graciliano. Vidas secas. 58. ed.
Na planície avermelhada os juazeiros alarga- Rio de Janeiro: Record, 1986. p. 9-10.
vam duas manchas verdes. Os infelizes tinham • Troque ideias com os estudantes sobre quais
caminhado o dia inteiro, estavam cansados e pontos do trecho mais chamaram a atenção
famintos. Ordinariamente andavam pouco, deles e que relação pode ser estabelecida entre
mas como haviam repousado bastante na areia as passagens selecionadas e as características
do rio seco, a viagem progredira bem três lé- da flora e da fauna da Caatinga.
guas. Fazia horas que procuravam uma sombra. • Oriente-os a elaborar uma redação ou uma
A folhagem dos juazeiros apareceu longe, atra- ilustração para relatar ou expressar o que
vés dos galhos pelados da Caatinga rala. […] sentiram ao ouvir a descrição da Caatinga.
147
DE OLHO NA BASE
O conhecimento sobre a Caatinga e
as ameaças antrópicas a esse bioma
desenvolve as competências geral 7 e
específicas 5 e 8 (promover a consciência
socioambiental), além da competência
específica 3 (compreender caracterís- O desmatamento é uma das grandes causas de degradação ambiental na
Caatinga. Guaribas (PI). Foto de 2018.
ticas e processos do mundo natural).
Arquivo/Inema
Fornos como os da foto são usados para produzir carvão vegetal em municípios
em que predomina o bioma Caatinga. Em alguns casos, é usada madeira
proveniente de desmatamentos ilegais. Guanambi (BA). Foto de 2019.
148
cione e se mantenha”. Se não houver um gerencia- contato mais frequente com a natureza. Para
Conhecendo e preservando ecossistemas e mento de forma equilibrada, eles não mantêm sua [Moacir] Gadotti […] [professor titular da Fa-
biomas sustentabilidade. culdade de Educação da USP], “a preservação
O planeta Terra encontra-se frente a inúmeros
Controlar estes impactos e apontar alterna- do meio ambiente depende de uma consciência
problemas ambientais. As agressões ao ambiente tivas para a preservação do ambiente é um dos ecológica e a formação da consciência depende
e os impactos causados aos ecossistemas são cada desafios da sociedade, sendo a educação um da educação”.
vez mais visíveis. O aumento da temperatura glo- dos caminhos para a transformação, porque é
bal, os desmatamentos, a depreciação de manan- Petry, Liane Solange; Lima, Valderez Marina do Rosário;
geradora de conhecimento e responsável pela
ciais, a exploração dos recursos naturais, dentre Lahm, Régis Alexandre. Vivenciando práticas de ensino
formação do cidadão. Cabe à escola, portanto, de Ciências: ampliando o olhar dos alunos do Ensino
outros, têm causado implicações ambientais e promover a educação ambiental, desenvolven- Fundamental sobre ecossistemas. Experiências em
sociais. […] De acordo com [Eugene] Odum […] do-a por meio de atividades diversas, dentre Ensino de Ciências, v. 5, n. 1, p. 125-143, 2010. Dispo-
[ecólogo estadunidense], “existe tanto um am- elas, trabalhos de campo, o uso da tecnologia, nível em: http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID101/
biente de entrada quanto um ambiente de saída, oportunidades de conhecimento e compreen- v5_n1_a2010.pdf. Acesso em: 7 mar. 2022.
148
ID/BR
em especial o causado pelo avanço da
agropecuária. A criação de áreas para
pastagens e plantações de milho, trigo,
arroz e soja, por exemplo, acaba des-
Helissa Grundemann/
Shutterstock.com/ID/BR
truindo a vegetação original.
DE OLHO NA BASE
Nesta página, promovem-se o pro-
cesso cognitivo, o objeto de conhecimento
altura: 1,7 m
e o modificador da habilidade EF07CI07,
no contexto do Pampa. Também são
desenvolvidas as competências geral 7 e
r a fo
bini/Acer vo do fotóg
específicas 5 e 8 (promover a consciência
socioambiental), além da competência
específica 3 (compreender características
e processos do mundo natural).
olom
io C
A vegetação rasteira é uma característica do Pampa. Uruguaiana (RS).
Fab
Foto de 2020.
AMEAÇAS AO PAMPA
A ocupação humana intensa e desordenada degradou mais
de 50% da área original do Pampa. Atualmente, uma das prin-
cipais ameaças é a monocultura de eucalipto para a produção
de celulose, matéria-prima do papel. Essa cultura compacta o
solo, consome muita água e altera as características ambien-
tais, pondo em risco a sobrevivência de animais.
149
149
oli/Pulsar Imagens;
mapa e gráfico: ID/BR
cinco estudantes. Cada grupo deverá Santo Antônio do Pinhal
(SP).
Temperatura (ºC)
N
Precipitação (mm)
NE 200
s/iStock/Getty Image
quem a localização desse ambiente. Mico-leão-dourado em área de
vegetação no Rio de Janeiro (RJ).
Precipitação (mm)
160
Temperatura (ºC)
24
N
150
erva-mate?
Resposta pessoal. 3. a) Esses biomas podem ter tempera-
I 6. Observe as características da vegetação do
III
bioma retratado nas duas fotos a seguir. turas bem menores ou maiores do que
as mencionadas na resposta, que re-
A presenta a média anual.
151
NO CAPÍTULO
(EF07CI07) Caracterizar os principais ecos-
sistemas brasileiros quanto à paisagem, à
quantidade de água, ao tipo de solo, à dis-
3 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS
ponibilidade de luz solar, à temperatura
etc., correlacionando essas característi-
cas à flora e fauna específicas. PARA COMEÇAR ECOSSISTEMAS COSTEIROS
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Mares, rios, lagos, praias: Os ecossistemas costeiros ocorrem nas áreas litorâneas,
são vários os ecossistemas onde as águas dos mares se encontram com o continente. Eles
• Caso a escola não esteja localizada no costumam ser classificados em quatro tipos: praias arenosas,
aquáticos. Ainda que
litoral, pergunte aos estudantes se eles restingas, costões rochosos e manguezais.
já estiveram na praia e incentive-os a des- fortemente influenciados pela
crever as características que observaram água, esses ambientes são
PRAIAS ARENOSAS
nesse ambiente. diferentes uns dos outros.
As praias arenosas são constantemente submetidas a varia-
• Neste momento, auxilie os estudantes a Que formas de vida habitam
ções de temperatura e de umidade, como a mudança nos níveis
discernir e a nomear os ambientes ob- esses ecossistemas?
da água durante as marés, o vaivém das ondas e a exposição di-
servados no litoral, como praia arenosa,
reta aos ventos e aos raios solares. Formado principalmente por
costão rochoso, restinga ou manguezal. Resposta pessoal. Os estudantes podem
mencionar as cracas, as algas, as grãos de areia, esse ecossistema tem alta salinidade, é pobre
• Caracterize a praia arenosa. Caso julgue plantas aquáticas, os ouriços-do-mar, as em nutrientes e é de difícil fixação para as plantas. A vegeta-
oportuno, comente com os estudantes estrelas-do-mar, os caranguejos, etc.
ção, quando existente, é rasteira, dispersa e de pequeno porte.
que, em geral, essa é a zona da praia onde Caranguejo-uçá (Ucides cordatus)
em uma praia de Ubatuba (SP) que Animais como o caranguejo maria-farinha vivem em túneis na
os banhistas se instalam para aproveitar faz parte do Parque Estadual da praia, e tartarugas marinhas põem seus ovos na areia aquecida.
o sol e o mar. Serra do Mar. Foto de 2021.
DE OLHO NA BASE
A abordagem sobre os ecossistemas
costeiros das páginas 152 e 153 desen-
volve o processo cognitivo, o objeto de
conhecimento e o modificador da habi-
lidade EF07CI07. Também trabalha as
competências geral 7 e específicas 5, 8
(promover a consciência socioambiental)
e 3 (compreender características, fenô-
comprimento: 10 cm
152
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 152 os órgãos gestores e fiscalizadores na tentativa 16/05/22 15:26 GA_C
152
superior
ficam expostas à ação das ondas do mar.
Devido ao efeito das marés, o costão rochoso
apresenta três zonas: a inferior, permanentemen-
intermediária
te submersa; a intermediária, periodicamente co-
berta pela elevação do nível da água – a ação das
correntes marítimas e das ondas é mais intensa
nessa zona; e a superior, que raramente fica sob
a água.
inferior
A variação na ação das ondas do mar e na ex-
posição à luz do sol influencia a distribuição de runo Badain/ID/B
B
R
seres vivos nesse ecossistema. Na zona inferior,
submersa, podem ser encontradas várias algas e
animais, como anêmonas; peixes se alimentam,
Esquema das zonas do costão
reproduzem-se e se abrigam nessa zona. Algas verdes, cracas rochoso. (Representação sem
e mexilhões em geral vivem na zona intermediária, fixos às ro- proporção de tamanho e
distância entre os elementos;
chas. Na zona superior, onde há borrifos de água, podem ser cores-fantasia.)
encontrados liquens e bromélias.
Zé Paiva/Pulsar Imagens
153
No período reprodutivo, os machos e as fê- machos por causa das fêmeas que, depois de fe-
meas abrem seus abdomens e se posicionam uns cundadas, sobem nas raízes e troncos para liberar
em frente aos outros. Então, o macho introduz seus ovos que ficam presos ao abdome.
seu aparelho reprodutor no orifício genital da fê- Nesse período, não se deve capturá-los, pois a
mea e acontece o cruzamento. cata pode causar grave prejuízo à população de
Quando ocorre esse cruzamento? caranguejos e torná-los um recurso pesqueiro
escasso. Por isso, todos devem respeitar o perío-
O período de reprodução ocorre de dezembro
do de defeso do caranguejo. Para os infratores,
a março, podendo ser limitado em apenas 3 me-
a pena é de 1 a 3 anos de reclusão, mais multa.
ses. Nessa época, os caranguejos saem das tocas
para o acasalamento, e a esse fenômeno dá-se o Conhecendo o caranguejo-uçá. Teresina: Embrapa
nome de “andada” […]. Meio-Norte, 2004. Disponível em: https://www.infoteca.
cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/67628/1/
O que fazer quando ocorre a “andada”? caranguejouca.pdf. Acesso em: 19 maio 2022.
Na “andada”, os caranguejos saem das tocas e
andam sobre a lama com o intuito de se reprodu-
153
Andremarinst/Shutterstock.com/ID/BR
lamacento e água salobra.
• Enfatize a importância dos manguezais
como áreas de reprodução de muitas
espécies marinhas.
• Explique que, no Brasil, a ocupação da
faixa litorânea tem sido uma ameaça
crescente aos manguezais. É frequente Manguezal em Tamandaré (PE).
Foto de 2020. As árvores mostradas
ocorrer o aterramento de manguezais na foto apresentam estruturas que
para a construção de edificações. melhoram a fixação da planta no solo.
154
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 154 dem atingir até 15 metros de profundidade. Uma 16/05/22 15:26 GA_C
154
Landsat/Copernicus/Google Earth
doce dos rios, começa a zona marinha, que se estende em di-
reção ao oceano. O limite das águas costeiras no Brasil está a legendas, pergunte a eles: “Analisando o
cerca de 370 quilômetros do litoral, que tem aproximadamente esquema das zonas marinhas, onde você
7 500 quilômetros de extensão. Veja a imagem de satélite. acredita ser possível encontrar maior bio-
As águas oceânicas (mar aberto) que abrigam seres desse diversidade?”. Peça a eles que justifiquem
ambiente cuja vida não depende do fundo do mar formam a zona suas respostas.
pelágica. Já a zona bentônica compreende o fundo do mar pro- • Para mais informações sobre recifes de
priamente dito. Veja no esquema a seguir. corais, acesse o site indicado no boxe
Outras fontes desta página do manual.
Na zona pelágica, a luz penetra até cerca de Imagem de satélite que mostra a
200 metros de profundidade. Nessa zona, extensão das águas territoriais
há o fitoplâncton, seres vivos microscópicos costeiras do Brasil (linha azul-
capazes de realizar a fotossíntese. -claro). A linha é imaginária: ela
foi inserida para auxiliar a leitura
da imagem.
zona pelágica
200 m
155
155
Bruno Badain/ID/BR
aquáticas e maior diversidade de vida.
muita luz, e as
algas planctônicas
Esquema de um lago. Nesse realizam a
ambiente, há três zonas distintas: fotossíntese.
a zona litorânea, a zona limnética
e a zona profunda. (Representação
sem proporção de tamanho e
distância; cores-fantasia.)
A zona profunda recebe menos
luz e tem temperatura mais
baixa que as demais zonas.
156
156
157
157
1. Se julgar pertinente, proponha aos es- 5. Resposta variável. Os estudantes podem citar a expansão urbana, a poluição e as queimadas.
tudantes que pesquisem imagens que 6. Os manguezais são usados como área de reprodução e de postura de ovos por grande diversidade de animais marinhos.
1. Quais são os principais ecossistemas costeiros? b) Cite outras três ameaças aos ecossistemas
retratem cada um dos ecossistemas. Praias arenosas, costões rochosos, restingas e manguezais. de água doce. Comente-as.
2. Em praias arenosas não costumam ser en-
2. Os manguezais e as praias arenosas
contradas plantas de médio ou de grande por- 5. Que ações humanas ameaçam a restinga?
são ecossistemas com características te. Como se explica esse fato? A fixação de raízes é
opostas em relação à quantidade de difícil nesse ecossistema; além disso, o solo é pobre em nutrientes. 6. De que forma os manguezais são importantes
nutrientes no solo. 3. Observe a foto a seguir e, depois, responda às para os ecossistemas marinhos?
questões.
3. A vegetação dos manguezais também 7. Que tipos de organismos podem ser encontra-
ajuda a fixar o solo, evitando o processo dos nas zonas pelágica e bentônica? Explique.
visicou/iStock/Getty Images
Veja respostas em Respostas e comentários.
de erosão. 8. Diferencie plâncton de nécton.
Veja resposta em Respostas e comentários.
4. a) Os seres vivos de um rio estão adap- 9. Pesquisadores costumam reconhecer três
tados a certas condições da água. O zonas em um lago. Veja respostas em
lançamento de esgoto não tratado Respostas e comentários.
• Indique quais são essas zonas e descreva
pode afetar a qualidade da água do rio, brevemente cada uma delas.
matando boa parte dos organismos
10. A Mesopotâmia, região onde se desenvolveu
desse ambiente. uma importante sociedade da Antiguidade,
b) A construção de barragens, que forma localizava-se nas planícies entre dois grandes
grandes áreas alagadas e reduz o volu- rios: o Tigre e o Eufrates. Observe com aten-
me do rio; o desmatamento de matas ção o mapa a seguir.
ciliares, deixando o solo dessas áreas Localização e principais cidades da
desprotegido e, consequentemente, a) Estrutura de sustentação formada a partir do caule. Mesopotâmia
suscetível a ser carregado pelas águas; a) Que importante estrutura de certas árvores
5. Evitar jogar lixo nas praias é uma ação as características desse ecossistema? M
O
N
que está ao alcance dos estudantes para Esse tipo de estrutura ajuda a fixar a árvore no solo lamacento. M
Nínive
4. O esgoto deve receber tratamento antes de E
preservar a restinga. S Assur M
râneo
O
ser despejado em rios. O
P N
T
35ºN
editer
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários. O
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R
de áreas degradadas. o
O
da Babilônia
S
Nipur
Sí Lagash
ria
7. Na zona pelágica, estão os organismos Uruk
Ur
que são levados pela correnteza e os que 0°
30ºN
do ambiente aquático.
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de
8. Plâncton: conjunto de seres marinhos Janeiro: IBGE, 2016. p. 48. Disponível em: http://biblioteca.
microscópicos que não conseguem vencer ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv99345.pdf.
Acesso em: 7 mar. 2022.
a correnteza, ficando à deriva das marés.
Rio Pavuna, Rio de Janeiro (RJ). Foto de 2021.
Nécton: conjunto de organismos que na- Embora houvesse desertos ao redor da Me-
dam ativamente e conseguem vencer as a) Pensando nas consequências para o rio e sopotâmia, durante as épocas de cheia dos
correntes marítimas, como os peixes. para os seres vivos desse ambiente, por rios, as colheitas dessa sociedade eram
que o esgoto deve ser tratado antes de ser abundantes.
9. Zona litorânea: é bastante iluminada e
lançado nesses corpos de água? • Como esse fato pode ser explicado?
abriga grande diversidade de vida. Zona 10. As margens dos rios costumam ter solo fértil graças à matéria orgânica trazida por esses cursos de água. No caso
limnética: próxima à superfície, recebe mencionado no enunciado, a matéria orgânica trazida pelos rios era depositada sobre o solo durante as cheias.
muita luz e abriga plâncton fotossinteti-
158
zante. Zona profunda: recebe pouca luz
e tem temperaturas mais baixas que as
demais zonas.
10. Se julgar pertinente, proponha uma ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 158
DE OLHO NA BASE 03/08/22 10:56 GA_C
pesquisa interdisciplinar com os pro- Estas atividades permitem diagnosticar e A habilidade EF07CI07 é promovida nas
fessores de História e Geografia sobre avaliar de maneira reguladora o processo de questões 1, 2, 3, 6, 7, 9 e 10. Nas ques-
aspectos biológicos, históricos e geo- aprendizagem do conteúdo abordado no capítulo. tões 4 e 5 também são desenvolvidas as
gráficos dessa região. Caso observe pontos frágeis no aprendizado competências geral 7 e específicas 5, 8
que demandem maior atenção, considere exibir (promover a consciência socioambien-
aos estudantes vídeos, filmes ou documentários tal) e 3 (compreender características do
que abordem os ecossistemas aquáticos, bem mundo natural).
como as consequências da poluição para a
biodiversidade local e a saúde pública. Outra
possibilidade é promover a realização das
atividades em duplas ou em trios. Ao final,
verifique se as dúvidas levantadas pelos es-
tudantes foram sanadas.
158
159
160
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_152A162.indd 160 ATIVIDADE COMPLEMENTAR 17/05/22 13:24 GA_C
160
161
Nelson Provazi/ID/BR
162
162
UNIDADE 7
OBJETIVOS
Capítulo 1 – O que a ecologia estuda
• Reconhecer a ecologia como a ciência que estuda as interações dos seres vivos entre si e com o
ambiente.
• Compreender o conceito de nicho ecológico.
• Identificar os fatores que influenciam o tamanho de uma população.
• Compreender a estrutura das comunidades e suas variações ao longo do tempo.
• Distinguir os conceitos de ecossistema e de biosfera.
Capítulo 2 – Relações ecológicas
• Compreender que relações ecológicas são interações entre organismos da mesma espécie ou de
espécies diferentes.
• Reconhecer aspectos benéficos, prejudiciais ou neutros para as espécies envolvidas nas relações
ecológicas estudadas.
• Associar as relações ecológicas e seu papel no equilíbrio dos ecossistemas.
• Compreender, por meio de experimentação, o efeito da competição por recursos como água e espa-
ço entre indivíduos da mesma espécie.
• Reconhecer a importância do valor e do respeito a todas as formas de vida na Terra.
Capítulo 3 – Matéria e energia nos ecossistemas
• Classificar os organismos de acordo com a forma de obtenção de alimento.
• Compreender a importância ecológica de organismos produtores, consumidores e decompositores.
• Compreender que tanto a matéria quanto a energia são transferidas ao longo da cadeia alimentar.
• Identificar e compreender os diferentes níveis tróficos de uma cadeia alimentar.
• Reconhecer que, em geral, os organismos fazem parte de mais de uma cadeia alimentar ao mesmo
tempo, o que caracteriza a teia alimentar.
• Reconhecer que os impactos causados pelas atividades humanas afetam as populações dos ecossis-
temas e podem ameaçar espécies ou provocar a extinção delas.
JUSTIFICATIVA
A vida nas áreas urbanas, além de outros contextos, pode dar a falsa percepção de que os se-
res humanos estão apartados do meio ambiente e, portanto, isolados da natureza. Isso é um
grande equívoco, visto que a sobrevivência da nossa espécie e dos demais seres vivos depende
de uma intricada e complexa rede de interações entre os organismos e o ambiente. Nesse sen-
tido, o estudo do capítulo 1 é relevante, pois introduz conceitos como nicho, população, comu-
nidade, entre outros, estudados no campo da ecologia e fundamentais para uma ampla com-
preensão das interações existentes entre os seres vivos e o ambiente. Sobre esse último as-
pecto, destaca-se o capítulo 2, cuja relevância está em especificar como essas relações ocor-
rem e se elas geram benefícios ou prejuízos para os organismos envolvidos, ao mesmo tem-
po que levam a uma reflexão sobre a importância de cada espécie para a manutenção do
equilíbrio do ecossistema. Já o capítulo 3 visa ressaltar o papel essencial da matéria e da energia
e como elas fluem no emaranhado das relações ecológicas, além de mostrar de forma contundente
como determinadas ações humanas podem impactar negativamente ecossistemas inteiros, levando
até à extinção de diversas espécies – o que deixa claro que o ser humano faz parte da natureza.
163 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
163 B
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Você acredita que as condições do ambiente podem interferir na vida dos
organismos? Por quê?
2. As onças caçam animais, como capivaras e jacarés, para se alimentar. Como
você classificaria a relação entre a onça e suas presas?
3. A matéria e a energia são elementos fundamentais dos ambientes. Como a
matéria e a energia passam de um organismo a outro?
Por meio da cadeia alimentar. O fluxo de matéria e de energia será abordado mais adiante, nesta unidade.
Possibilite aos estudantes levantar conhecimentos prévios ou elaborar hipóteses sobre o assunto.
163
163
164
Plâncton marinho.
165
165
NO CAPÍTULO
(EF07CI08) Avaliar como os impactos pro-
vocados por catástrofes naturais ou mu-
danças nos componentes físicos, biológicos
1 O QUE A ECOLOGIA ESTUDA
ou sociais de um ecossistema afetam suas
populações, podendo ameaçar ou provocar
a extinção de espécies, alteração de hábi- PARA COMEÇAR ECOLOGIA: O ESTUDO DAS INTERAÇÕES
tos, migração etc. A vida de qualquer organismo A ecologia é a ciência que busca entender como os organis-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS depende das interações mos interagem entre si e com os elementos do ambiente em
que ele estabelece com o que se encontram, como solo, água e temperatura. Essa área de
• Antes de iniciar o capítulo, converse com estudo ajuda a compreender, por exemplo, o que leva os seres
os estudantes sobre as diferentes co- ambiente, inclusive com
outros seres vivos. Como vivos a habitar determinado local ou por que algumas espécies
notações que a palavra ecologia, muito
estão ameaçadas de extinção.
utilizada nos discursos ambientais, foi é possível estudar essas
Cada espécie de ser vivo necessita de certas condições e
adquirindo ao longo do tempo. Verifique interações?
de recursos específicos para viver. Isso inclui os alimentos que
o significado que essa palavra tem para
consomem, as variações de temperatura que toleram, as rela-
a turma e explore as diferenças e as Resposta pessoal. Os estudantes
semelhanças entre esse significado e os podem citar a observação, que faz ções que estabelecem com os demais seres vivos, como se re-
conceitos apresentados nesta página do
parte dos métodos científicos, como produzem, etc. Esse conjunto de interações e de atividades de
um exemplo de meio de estudo das uma espécie, relacionado ao seu modo de vida no ecossistema,
Livro do Estudante. interações entre os seres vivos.
é chamado nicho ecológico.
• Assim como no texto são abordadas as
relações do buriti com outras espécies e Os buritis, por exemplo, são palmeiras com baixa tolerância
as condições que favorecem sua ocorrên-
O hábitat dos buritis (Mauritia a solos secos, portanto: desenvolvem-se melhor em solos úmi-
flexuosa) são áreas do Cerrado
cia, peça aos estudantes que expliquem o com solos úmidos, próximos a dos; servem de abrigo para várias aves do Cerrado, como o ma-
nicho ecológico de outra espécie animal córregos ou a outros corpos de racanã; seus frutos servem de alimento para cutias, capivaras e
água. Parque Nacional da Chapada
ou vegetal, verificando os tipos de relação dos Veadeiros, em Alto Paraíso de
araras, que ajudam a dispersar suas sementes; florescem o ano
todo, principalmente de abril a agosto.
DE OLHO NA BASE
O assunto tratado nas páginas 166 e
167 desenvolve o processo cognitivo, o
objeto de conhecimento e o modifica-
dor da habilidade EF07CI08. Também
promove as competências específicas 2
e 3, no que se refere à compreensão de
conceitos fundamentais das Ciências da
Natureza e a fenômenos, características
e processos relativos ao mundo natural. 166
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_163A170.indd 166 A palavra “nicho” começou a ganhar sua co- 11/05/22 17:32 GA_C
166
Stoupa/Dreamstime.com/ID/BR
se reproduzir.
A taxa de mortalidade é a quantidade de mortes em uma po-
pulação em certo período de tempo. A disponibilidade de recur-
sos – como abrigo, alimento e água – e as interações entre es-
pécies, como a existência de predadores, influenciam a taxa de
mortalidade e podem afetar o crescimento de uma população.
Quando a sobrevivência dos seres vivos é ameaçada, algumas
espécies são capazes de se deslocar para procurar ambientes Uma inflorescência de dente-de-
-leão (Taraxacum sp.) pode liberar
com melhores condições de vida. Por isso, o tamanho das popu- de 40 a 100 sementes, mas a
lações também é influenciado pelas migrações dos organismos. taxa de mortalidade é alta.
167
167
A B
Ilustrações: Bugbite/ID/BR
Nesse exemplo, uma comunidade estável tem sua Inicialmente, instalam-se os organismos de espécies
estrutura perturbada por um deslizamento de terra, que pioneiras, como gramas e outras ervas.
mata muitas de suas árvores.
C D
Espécies pioneiras, então, modificam o meio no qual Essas plantas, por sua vez, alteram as características
se instalaram, gerando condições para que árvores e do ambiente, oferecendo condições para outros tipos de
arbustos ocupem o local. plantas, mas tornando o hábitat inadequado para grande
parte das espécies pioneiras. A comunidade atinge uma
configuração com relativa estabilidade.
168
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_163A170.indd 168 Sem o tucano-toco, a população de manduvis 11/05/22 17:32 GA_C
168
169
17:32 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_163A170.indd 169 avanço das cidades, mesmo com as dificuldades
11/05/22 17:32 poder encontrar”, explica. Ainda não há estudos
todas de conservar, de proteger a biodiversida- sobre a densidade populacional do novo sapinho,
Nova espécie de sapo é descoberta na
de, a gente ainda tem boas surpresas”, apontou mas o pesquisador adianta que ele ocorre em bai-
Mata Atlântica
o biólogo Leo Malagoli, gestor de Unidades de xa densidade.
Uma nova espécie de “sapinho-pingo-de-ou- Conservação da Fundação Florestal de São Pau- […]
ro” foi descoberta na Mata Atlântica. O animal lo e coautor do estudo.
é o sexto de um grupo específico deste tipo de O pesquisador destaca os benefícios para o meio
[…] ambiente e para os seres humanos. “Eles fazem o
sapo e foi batizado de Brachycephalus ibitinga. O
O animal possui a região da cabeça e do dorso controle de inúmeros insetos, fazem parte da ca-
estudo foi desenvolvido por pelo menos 7 anos, cobertas por placas ósseas fluorescentes. De acor-
envolveu diversos pesquisadores e foi liderado deia alimentar e essa espécie de sapinho, assim
do com os pesquisadores, isso deve ser importante como outras, tem um verdadeiro arsenal químico
por Thais Condez, da Universidade do Esta- para a comunicação, seja entre eles ou com preda-
do de Minas Gerais (UFMG). A descrição do na pele”, enumera. Malagoli explica que novas des-
dores. O sapo descoberto tem menos de 2 centí- cobertas permitem encontrar compostos químicos
vertebrado reforça a importância das Unidades metros quando adulto.
que podem contribuir para, por exemplo, produção
de Conservação. […] de medicamentos.
A espécie foi encontrada no trecho paulista Malagoli explica que, na floresta, ele habita o
da Serra do Mar, o entorno de uma das maio- Maciel, Camila. Nova espécie de sapo é descoberta
folhiço ou a serrapilheira, que são as folhagens na Mata Atlântica. Agência Brasil, 20 jun. 2021.
res regiões metropolitanas do mundo. “[Isso] que ficam no chão da mata. “É uma espécie que Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/
mostra o quanto a gente ainda tem a descobrir a você não enxerga andando na trilha. Você tem noticia/2021-06/nova-especie-de-sapo-e-descoberta-
respeito da nossa biodiversidade, mesmo com o que agachar, revolver parte da serrapilheira para na-mata-atlantica. Acesso em: 17 fev. 2022.
169
1. Ressalte que muitos outros organismos O mar corresponde ao hábitat das baleias, e cada hábitat
proporciona nichos diferentes.
vivem no mar e apresentam estilos de 1. É correto dizer que o mar é o nicho ecológico 7. Leia o trecho da reportagem a seguir. Depois,
vida completamente diferentes da baleia. das baleias? Justifique. faça o que se pede.
2. Caso julgue oportuno, considere apresen- 2. Cite três fatores que interferem no tamanho
tar aos estudantes um gráfico do cresci- das populações.
As queimadas geram um desequilíbrio
mento da população mundial e converse Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e migrações. ambiental e afetam tanto a fauna quanto a *R
3. Imagine que certa ilha abriga uma população flora. Mas a destruição vai além do que os co
com eles sobre fatores que contribuem
de gaivotas. O que deve acontecer com essa olhos podem ver. De acordo com a enge-
para o aumento da taxa da natalidade população se durante certo tempo: nheira agrônoma Thaís Guarda Prado Avan-
e para a redução da taxa de mortalidade.
a) houver mais mortes de gaivotas do que cini, o fogo faz com que a vegetação perca a
3. Aproveite para perguntar à turma se nascimentos? A população vai diminuir. diversidade biológica, diminuindo os micror-
a introdução de espécies exóticas b) houver mais nascimentos de gaivotas do ganismos e matérias orgânicas e dificultando
pode levar à redução da população de que mortes? A população vai aumentar. a regeneração natural da floresta.
outras espécies. c) houver mais gaivotas se deslocando para A regeneração da floresta não é tão sim-
4. a) A comunidade florestal será perturba- outras ilhas do que gaivotas de outras ilhas ples assim. Para se recuperar com mais agili-
chegando a essa ilha? A população vai diminuir. dade, a mata precisa contar com a ajuda do
da pela lava do vulcão: a lava deve matar [ser humano]. “Tudo depende da gravidade
grande parte das espécies de plantas 4. O vulcão de Colima, mostrado na foto a seguir,
do incêndio, mas é preciso pensar em uma
e de outros seres vivos que habitam o é ativo e está localizado no México.
estratégia de sucessão ecológica para que
local que atingir. possa ser feito o replantio de algumas espé-
b) Com o tempo, esta área deve passar cies, ou agir até com o banco de sementes”,
yduenas10/iStock/Getty Images
por mudanças típicas da sucessão ecoló- acrescenta Thaís.
Queimada: uma grande ameaça para a vida
gica: organismos pioneiros se instalam, selvagem. G1, 10 ago. 2018. Disponível em:
modificam o meio e criam condições https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-
para que arbustos e árvores possam da-gente/especiais/noticia/2018/08/10/queimada-
uma-grande-ameaca-para-a-vida-selvagem.
ocupar o local. Essas espécies modificam ghtml. Acesso em: 17 fev. 2022.
o meio e geram condições distintas para
Veja resposta em Respostas e comentários.
que outras espécies se estabeleçam. a) Descreva como deve ocorrer a sucessão
Esse processo ocorre até que uma nova ecológica em uma área florestal atingida
comunidade florestal se desenvolva e Vulcão de Colima expelindo fumaça em 2018. por um incêndio.
apresente relativa estabilidade. b) De acordo com o texto, como o ser humano
Imagine que ele entre em erupção e que sua
5. O ecossistema é caracterizado pelas rela- pode ajudar na recuperação de uma flores-
lava escorra para fora, atingindo a floresta
ta em que ocorreu uma queimada?
ções entre os seres vivos e o meio e pelos que o rodeia. Sobre isso, responda:
c) Faça uma pesquisa e escreva um texto cur-
fluxos de matéria e de energia em um a) O que acontecerá com a comunidade flo-
to sobre alguma tecnologia aplicada na re-
espaço delimitado. A biosfera compreende restal em um primeiro momento?
cuperação de florestas. Resposta variável.
todos os ambientes da Terra nos quais há b) Com o passar do tempo, quais transforma-
vida e constitui um nível de organização ções são esperadas nessa vegetação? 8. Leia o texto a seguir e, depois, responda à
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários. questão.
mais abrangente que o ecossistema, pois 5. Diferencie ecossistema de biosfera.
engloba todos os ecossistemas. Veja resposta em Respostas e comentários. O cientista estadunidense Eugene Odum (1913-
6. As garças alimentam-se principalmente de -2002) elaborou uma explicação para facilitar
6. Pergunte também aos estudantes o que peixes. Imagine que a seca em uma região o entendimento do significado dos termos há-
ocorre com os peixes da primeira lagoa, force diversas garças a migrar para uma la- bitat e nicho ecológico. Para ele, o hábitat po-
após o período de seca. goa próxima, onde já existia uma população deria ser considerado o “endereço” de uma
dessa mesma espécie de ave. Responda: espécie, enquanto o nicho ecológico seria a
7. a) Inicialmente, os organismos pioneiros “profissão” da espécie na natureza.
• Que efeito a chegadas de novas aves teria
ocupam o ambiente e modificam as con-
sobre a população de garças e de peixes • Com base em seus conhecimentos, expli-
dições do meio, permitindo que outras que já existia na lagoa? que a analogia feita pelo cientista. Resposta
espécies possam ocupá-lo. À medida Haveria aumento da população de garças e declínio variável.
que a comunidade fica mais complexa, da população de peixes, pois as garças predam esses 7. b) Por meio do replantio de algumas espécies
os indivíduos de espécies pioneiras vão animais, aumentando a taxa de mortalidade deles. ou com o uso de um banco de sementes.
170
sendo substituídos.
c) Promova uma leitura compartilhada
dos textos, a fim de discutir as tecno-
logias pesquisadas pelos estudantes. DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_163A170.indd 170 ESTRATÉGIAS DE APOIO 13/05/22 14:23 GA_C
8. Ressalte que as comparações são As atividades 2, 3, 4, 6 e 7 promovem a Aproveite para realizar uma avaliação regula-
simplificações, sobretudo quanto ao habilidade EF07CI08. Quanto às compe- dora, a fim de detectar eventuais pontos frágeis
conceito de nicho. tências, são trabalhadas as específicas 2 no aprendizado dos estudantes. Observe se eles
e 3. A atividade 7 desenvolve aspectos das compreenderam conceitos como ecossistema
competências específicas 5 (defender ideias e biosfera. Uma estratégia interessante é tra-
que promovam a consciência socioambiental) balhar com mapas de conceito que relacionem
e 8 (agir com responsabilidade recorrendo os conceitos abordados e possam ser utilizados
aos conhecimentos das Ciências da Natureza pela turma como ferramenta de estudo.
diante de questões científico-tecnológicas Avalie também se os estudantes compreen-
e socioambientais) . deram a sucessão ecológica. Nesse caso,
animações e audiovisuais podem ser ferra-
mentas úteis à compreensão do tema. Sugira
aos estudantes a elaboração de desenhos e
de esquemas que representem o processo de
sucessão ecológica.
170
2
DE OLHO NA BASE
171
171
frans lemmens/Alamy/Fotoarena
172
Gaivota-alegre (Leucophaeus
altura (gaivota-alegre): 40 cm; atricilla), à esquerda, e íbis-branco
altura (íbis-branco): 60 cm (Eudocimus albus), à direita,
competem pelo mesmo alimento.
173
173
Leandro Lassmar/ID/BR
o desenvolvimento das raízes, entre tagem de sementes que germinou. Se necessário,
outros), tornando-os menos disponíveis. peçam ajuda ao professor de Matemática.
7 Analisem os dados coletados, buscando perceber
2. Verifique se o experimento evidenciou
se houve diferença na germinação e no desenvolvi-
que, quanto maior a quantidade de se- mento das plantas entre os cinco copos.
mentes, maior a competição entre os
indivíduos em desenvolvimento. Compa- Para concluir Responda sempre no caderno.
174
/S hu
k’s
pando da reprodução dessas plantas.
t oc
envergadura: 12,5 cm
rS
ge
Ti
COMENSALISMO
Na relação de comensalismo, uma das espécies é beneficia- Ao se alimentar do néctar da flor,
a borboleta-monarca (Danaus
da e obtém alimento a partir da outra, para a qual a relação é plexippus) realiza a polinização.
indiferente. Por exemplo, as garças-vaqueiras seguem grandes Dessa forma, planta e borboleta
obtêm vantagens.
herbívoros, como o gado, e se alimentam dos insetos que eles
afugentam enquanto pastam.
altura (garça-vaqueira): 50 cm
Haroldo Palo Jr./Acervo do fotógrafo
175
17:48 GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C2_171A177.indd 175 (IN)FORMAÇÃO sido tema, por séculos, da história oral 13/05/22
dessa14:50 um olhar científico sobre [essa relação]. Ela
etnia. Esse binômio raro entre humanos e ani- acompanhou, por dezenas de quilômetros, um
Binômio pássaros e humanos
mais selvagens foi notado ainda no final do sé- grupo da tribo Yao (ou Ajaua, ou Jauá) e obser-
Um integrante de uma tribo africana emite vou que, com a ajuda das aves, aqueles membros
culo 16 por colonizadores portugueses daquele
um trinado seguido de um som semelhante a país africano. Um deles descreveu em livro, encontravam pelo menos uma colmeia em cerca
um “brrrr-humm”. Um pássaro se aproxima e, publicado no início do século seguinte, que um de 75% das buscas. Sem os pássaros, esse percen-
em seguida, alça voo. O humano o segue. E tual caía para algo em torno de 20%. A pesquisado-
pássaro adentrava as igrejas para comer pedaci-
ambos chegam a uma colônia de abelhas. Essa ra notou também que os pássaros […] [apareciam]
nhos da cera das velas. Essa mesma ave, escre-
busca conjunta foi agora motivo de investigação duas vezes mais quando eram chamados com o
veu o cronista, ia de árvore em árvore, para in- “brrr-humm” do que com um barulho aleatório.
científica. E as conclusões sobre essa interação dicar a humanos o local de colmeias. Colhido o
foram surpreendentes. […]
mel, as aves, então, refestelavam-se com a cera
O início da colaboração entre membros da deixada para trás. Vieira, Cássio Leite. Binômio pássaros e humanos.
Ciência Hoje. Disponível em: http://cienciahoje.org.br/
tribo Yao, de Moçambique, e pássaros-do-mel A zoóloga Claire Spottiswoode, da Universi- binomio-passaros-e-humanos/. Acesso em:
(Indicator indicator) perdeu-se no tempo e tem dade de Cambridge (Reino Unido), decidiu lançar 17 fev. 2022.
175
blickwinkel/Hecker/Alamy/Fotoarena
tuações corriqueiras, como no trabalho, no situações apontadas.
trânsito, em uma fila no banco, entre outras. Veja resposta em Respostas
e comentários.
• Auxilie os estudantes a compreender que
também estabelecemos relações ecoló-
gicas. Esse tema é fundamental para que O piolho (Pediculus sp.) é um parasita
eles percebam que as estratégias de con- que pode ser encontrado no couro
cabeludo de seres humanos, onde se
servação devem considerar o ser humano alimenta de sangue.
como integrante do ambiente.
176
DE OLHO NA BASE
O conteúdo da página 176 mobiliza as
competências específicas 2 e 3. Além disso, (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C2_171A177.indd 176 Em 1971, Robert L. Trivers, então na Uni- 11/05/22 17:48 GA_C
o boxe Valor desenvolve as competências versidade Harvard, expressou o problema em
geral 7 e específicas 5 e 8 (promover a Evolução da reciprocidade
termos evolutivos modernos com a teoria do
consciência socioambiental) e as compe- Animais e pessoas ocasionalmente se ajudam altruísmo recíproco.
tências gerais 9 e 10 (promover o respeito sem nenhum benefício óbvio para quem ajuda.
ao outro e agir com responsabilidade). Como teria evoluído esse comportamento? Se a Ele argumentou que fazer um sacrifício por
ajuda é direcionada a um membro da família […] outra pessoa é recompensador se ela, depois, re-
os biólogos reconhecem as vantagens genéticas tribuir o favor. […]
para tal assistência: se o parente de alguém so- Esse mecanismo de reciprocidade requer me-
brevive, a probabilidade de os genes dessa pessoa mória de eventos prévios, bem como o avivamen-
se perpetuarem nas próximas gerações aumenta. to da memória que induz ao comportamento de
Mas a cooperação entre indivíduos não aparenta- amizade. Na nossa espécie, esse processo de avi-
dos não sugere vantagem genética imediata. Pëtr vamento é conhecido como “gratidão” […].
Kropotkin deu uma primeira explicação sobre
waal, Frans B. M. de. Como os animais fazem
isso no livro Mutual Aid, publicado em 1902. Se negócios. Scientific American Brasil, São Paulo, n. 36,
a ajuda é comum, argumenta, todos ganham – a 2005. Disponível em: https://sciam.com.br/como-os-
chance de sobrevivência de cada um aumenta. animais-fazem-negocios/. Acesso em: 16 fev. 2022.
176
Everett Collection/Fotoarena
tos, sementes, insetos e carrapatos. Para obter
carrapatos, o anu-preto pousa sobre o dorso de uma mesma espécie.
outros animais, como bois, vacas e capivaras. Ao final, cite exemplos de indivíduos de
outras espécies que também competem
comprimento (anu-preto): 35 cm por espaço no costão, como ouriços-do-
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
-mar e mexilhões.
6. As animações Vida de inseto (1998) e
• Relembre ou pesquise algum outro desenho
Zootopia (2016) são sugestões de filmes
animado que tenha apresentado a predação que também apresentam a predação.
entre suas personagens e faça um desenho Aproveite os esquemas produzidos
ou esquema que represente essa relação. pelos estudantes para introduzir a
Desenho do estudante. representação gráfica das cadeias e
7. Na companhia do professor, você e a turma vão
Capivara com anu-preto (Crotophaga ani) nas realizar uma pesquisa de campo em uma área de das teias alimentares.
costas.
a) Parasitismo, pois o carrapato vive às custas da capivara.
mata na cidade em que a escola está situada, 7. Oriente os estudantes a observar o meio
como um bosque, um parque urbano ou um jar- com atenção e a permanecer em silêncio,
a) Relação entre o carrapato e a capivara.
dim botânico. a fim de evitar espantar os seres vivos do
b) Relação entre o anu-preto e os animais que
Durante a visita, procure observar as relações ambiente. Comente também a possibili-
carregam carrapatos (capivaras, bois, etc.).
ecológicas que você estudou. Anote no caderno
c) Relação entre vários anus-pretos pousados dade de registrar evidências de relações,
as interações que você identificou.
sobre o dorso de uma mesma capivara. como a presença de sementes em fezes
Em sala de aula, elabore um esquema represen-
tando as relações ecológicas observadas e des-
de pássaros ou de folhas predadas por
5. Leia o texto, observe a imagem e responda às
questões. creva se elas são positivas, neutras ou prejudiciais. insetos, entre outras.
4. b) Veja resposta em Respostas e comentários. Respostas variáveis e desenho do estudante.
c) Competição, pois os anus-pretos
disputam os mesmos recursos alimentares (carrapatos).
177
177
NO CAPÍTULO
(EF07CI08) Avaliar como os impactos pro-
vocados por catástrofes naturais ou mu-
danças nos componentes físicos, biológicos
3 MATÉRIA E ENERGIA
NOS ECOSSISTEMAS
*Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar a ingestão de outros seres vivos ou a produção do próprio alimento.
ou sociais de um ecossistema afetam suas
Nesse momento, é importante ouvir as concepções não científicas e alternativas dos estudantes, aproveitando para
populações, podendo ameaçar ou provocar esclarecer
a extinção de espécies, alteração de hábi- PARA COMEÇAR OS SERES VIVOS PRECISAM DE ALIMENTO eventuais dúvidas
tos, migração etc. deles.
Os seres vivos estabelecem Todos os organismos precisam de energia e de matéria para
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS várias relações com o viver, se desenvolver e se reproduzir. Os seres vivos utilizam os
ambiente. Entre as mais alimentos como fonte de matéria para constituir o próprio corpo
• Antes de iniciar o capítulo, pergunte aos e como fonte de energia para manter as funções vitais e realizar
estudantes quais são as necessidades importantes, estão aquelas
estabelecidas para a obtenção diversas atividades.
básicas dos seres vivos, ou seja, o que é
de alimentos, por serem A matéria que constitui os alimentos é formada por substân-
imprescindível para a sobrevivência de
cias simples, como água, sais minerais e compostos de carbo-
um indivíduo. Comente que essas neces- essenciais à sobrevivência.
no, disponíveis no solo, na atmosfera e nos ambientes aquáticos.
sidades determinam as relações entre Quais são os modos de
Para que essas substâncias simples sejam transformadas na
os seres vivos. obtenção de alimento dos matéria dos alimentos, é preciso energia. Na maioria dos ecos-
seres vivos? * sistemas, a luz do sol é a fonte de energia primária, e parte da
DE OLHO NA BASE
energia utilizada nessas transformações fica armazenada nas
O conteúdo das páginas 178 e 179 próprias substâncias produzidas.
dá continuidade ao desenvolvimen- Os animais não são capazes de Os organismos obtêm o alimento de diferentes modos: in-
to das competências específicas 2 produzir o próprio alimento. gerindo outros seres vivos e resíduos orgânicos (folhas caídas,
(compreender conceitos fundamen- Desse modo, eles têm de obtê-lo
animais mortos, fezes, entre outros.) ou produzindo o próprio
no ambiente. Nesta foto, o
tais e estruturas explicativas das camaleão (Chamaeleo sp.) está alimento.
Ciências da Natureza) e 3 (compreender predando um inseto.
características e fenômenos relativos
comprimento
ao mundo natural). (sem a cauda):
30 cm
GUDKOV ANDREY/
Shutterstock.com/ID/BR
178
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 178 Mas, apesar do sentimento de alarme, o orga- 13/05/22 14:34 GA_C
178
Victoria P./Shutterstock.com/ID/BR
Os seres vivos podem ser classificados com base no modo de • Pergunte aos estudantes como os orga-
obtenção do alimento. nismos autótrofos obtêm alimento a partir
Os autótrofos, como plantas, algas e certos tipos de bactérias, de matéria inorgânica e verifique se eles
são capazes de produzir o próprio alimento a partir de substân- compreendem que esses organismos fa-
cias mais simples e energia. Quando a luz é a fonte de energia, zem isso utilizando uma fonte de energia
esse processo é chamado fotossíntese. Quando a fonte de ener- externa, como a luz do sol. Verifique se
gia é obtida por meio de transformações químicas que envolvem os estudantes diferenciam fotossínte-
materiais do ambiente (portanto, sem a luz como fonte de ener- se de quimiossíntese e, se necessário,
Os vegetais usados na alimentação
gia), o processo é chamado quimiossíntese. são exemplos de produtores.
esclareça que ambos os processos são
Já os heterótrofos, como animais, fungos e vários tipos de realizados por seres autótrofos.
microrganismos, não são capazes de produzir o próprio alimen- • Promova uma discussão de modo que os
179
179
Fitoplâncton é o conjunto de
bioacumulação e de seus efeitos nos organismos microscópicos O krill é um animal que
seres das cadeias alimentares. fotossintetizantes que vivem se assemelha a um
dispersos na água, como as camarão. Assim como
algas unicelulares e certas o plâncton (fitoplâncton
bactérias. O fitoplâncton e zooplâncton), o krill
produz o próprio alimento a serve de alimento para
partir de gás carbônico, água diversos animais maiores
e energia luminosa. que ele, como os peixes.
O zooplâncton, conjunto de
organismos microscópicos
heterótrofos que vivem
à deriva nos ambientes Os decompositores utilizam
aquáticos, alimenta-se a matéria orgânica que vem
do fitoplâncton. de todos os níveis tróficos.
180
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 180 os nutrientes se movam para cima numa cadeia 13/05/22 14:36 GA_C
180
A jubarte (Megaptera
novaeangliae) se alimenta
principalmente de krill,
abocanhando grandes
quantidades desse ser vivo.
181
181
Edson Grandisoli/
Pulsar Imagens
segue com os consumidores até os
b) Monte uma cadeia alimentar com esses or-
decompositores, de maneira unidire- ganismos. Veja resposta em Respostas
cional. Teia alimentar: diversas rela- e comentários.
ções alimentares de um ecossistema, 4. Sobre o papel ecológico das plantas e das al-
altura: 60 cm
gas, responda:
representando várias cadeias alimen-
tares. Considere trabalhar esses con- a) Por que esses seres vivos são tão impor- Urubu (Coragyps
comprimento: 7 cm
Denis Crawford/Alamy/
Fotoarena
tantes para as cadeias alimentares em atratus).
ceitos na Atividade complementar da
quase todos os ecossistemas do planeta?
página 181 deste manual.
b) Qual é a origem da matéria que é incorpo-
6. Sem produtores, os consumidores pri- rada pelas algas e pelas plantas? Minhoca (gênero
Veja resposta em Respostas e comentários. lumbricus).
mários ficariam sem alimento e desapa- Resposta variável.
5. Explique a diferença entre uma cadeia e uma
receriam. Sem consumidores primários, teia alimentar.
• Forme dupla com um colega. Montem um
por escassez de alimento, os consumi- Veja resposta em Respostas e comentários. quadro que apresente, de modo organiza-
dores secundários morreriam, e assim 6. O que ocorreria em um ecossistema se os do, as semelhanças e as diferenças entre
produtores desaparecessem? detritívoros e decompositores.
sucessivamente. Comente com os estu-
Veja resposta em Respostas e comentários. 4. a) Porque os produtores são fonte de matéria orgânica e
dantes que, com o tempo, todos os seres energia para os demais organismos do ecossistema.
vivos do ecossistema desapareceriam.
182
7. Questione os estudantes sobre os consu-
midores terciários das cadeias e observe
se eles distinguem nível trófico e o papel
que os seres vivos desempenham no ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 182 • Peça a cada estudante do grupo que elabore 11/05/22 17:52 GA_C
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183
construção de argumentos que promo- água nas áreas em que o pesticida havia sido aplicado. Em 1945, já havia cientistas
NOAA/SPL/Fotoa
vam a consciência socioambiental e o preocupados com esses efeitos nocivos, mas o marco histórico foi a publicação do
respeito ao outro, bem como a compe- livro Primavera silenciosa, de Rachel Carson (1907-1964), em setembro de 1962.
tência específica 1, ao tratar as Ciências Para se prevenir contra acusações dos fabricantes de pesticidas, Carson
da Natureza como empreendimento pesquisou muito e montou uma rede de colaboração com cientistas de diferen-
humano e o conhecimento científico tes países. Ela foi diagnosticada com câncer durante a elaboração do livro, mas
A bióloga
como provisório, cultural e histórico. O Rachel Carson. conseguiu lançá-lo em vida.
processo cognitivo, o objeto de conhe-
cimento e o modificador da habilidade
EF07CI08 também são desenvolvidos 184
(avaliar como os impactos nos compo-
nentes de ecossistemas afetam suas
populações, podendo ameaçar espécies
ou provocar sua extinção). GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C3_178A188.indd 184 11/05/22 17:52 GA_C
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Reinaldo Vignati/ID/BR
e comentários.
b) Os decompositores. Poderiam ocupar
diferentes posições na teia, pois os resí- RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
duos de todos os seres vivos dela servem
de alimento para os decompositores.
categoria 1 categoria 2
c) Resposta possível: planta ∫ lagarta ∫
∫ pássaro ∫ serpente ∫ gavião.
2. Aproveite esta atividade para explorar os exemplo 1 exemplo 2 exemplo 1 exemplo 2
conceitos de taxa de natalidade e de taxa a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
de mortalidade. a) Classifique cada indivíduo do esquema de
acordo com o papel que ele desempenha RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
3. Relações intraespecíficas no ecossistema.
Categoria 1: Competição. b) Que seres com importante papel nas ca-
Exemplo 1: Beija-flores que se alimen- deias alimentares não foram representa- categoria 1 categoria 2
tam das mesmas plantas. dos? Que níveis tróficos eles poderiam ocu-
par nesse exemplo? Explique.
Exemplo 2: Girafas machos competindo
c) Delimite uma cadeia alimentar presente no exemplo 1 exemplo 2 exemplo 1 exemplo 2
para acasalar com uma girafa fêmea.
esquema. Resposta variável.
Categoria 2: Colônia. • Proponha uma forma de classificar as re-
2. Algumas bromélias que acumulam água na
Exemplo 1: Recife de coral. base de suas folhas são conhecidas como bro- lações de cada um desses tipos em duas
Exemplo 2: Colônia de algas Volvox. mélias-tanque. Elas formam um ambiente categorias e dê exemplos.
propício para pererecas, que se alimentam dos 4. Leia o texto a seguir e responda às questões.
Relações interespecíficas
mosquitos que vão até a água para depositar
Compreender as relações ecológicas dos se-
Categoria 1: Inquilinismo. seus ovos. Veja a imagem a seguir e responda:
res vivos entre si e as relações ecológicas es-
Exemplo 1: Orquídeas que se desenvol- tabelecidas entre os seres vivos e o ambiente
vem no tronco de uma árvore. comprimento pode ser útil para resolver problemas que afe-
186
ID/BR
Crescimento isolado
Indivíduos (por mL)
P. aurelia
800 b) O interesse comercial foi o princi-
11:03
DE OLHO NA BASE
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As atividades 2, 4, 5 e 6 promovem
a habilidade EF07CI08. Além disso, de
modo geral, são trabalhadas as com-
petências específicas 2 e 3 e geral 7 e
as competências específicas 4 (promo-
ver a consciência socioambiental e avaliar
implicações socioambientais da ciência
e de suas tecnologias) e 5 (construir ar-
gumentos com base em informações e
defender pontos de vista que promovam a
consciência socioambiental). Também são
desenvolvidas as competências gerais 4
e 5 e específica 6 (utilizar diferentes lingua-
gens, como a digital, para se comunicar e
utilizar tecnologias digitais de informação
para se comunicar e exercer autoria,
como o e-mail solicitado na atividade 7).
187
Nelson Provazi/ID/BR
188
188
UNIDADE 8
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Sistema respiratório
• Identificar os órgãos do sistema respiratório, sua localização no corpo e suas funções no processo
de respiração.
• Associar a ventilação pulmonar aos movimentos de inspiração e de expiração.
• Comparar a composição do ar inspirado com a do ar expirado.
• Relacionar o conceito de difusão ao processo de trocas gasosas.
• Compreender o funcionamento do transporte de gases respiratórios no corpo humano.
Capítulo 2 – Sistema digestório
• Reconhecer que o corpo obtém nutrientes e energia por meio da alimentação.
• Compreender o que são nutrientes e suas funções.
• Relacionar os nutrientes aos variados tipos de alimento.
• Identificar os órgãos do sistema digestório e sua localização no corpo.
• Compreender os processos fisiológicos de digestão e de absorção dos nutrientes.
Capítulo 3 – Sistema circulatório
• Compreender o sistema circulatório como um sistema de transporte de substâncias no corpo.
• Identificar os órgãos do sistema circulatório e associá-los às respectivas funções.
• Identificar os componentes do sangue e suas funções.
• Reconhecer a participação do sistema circulatório na defesa do organismo.
• Distinguir as características da circulação sistêmica e da circulação pulmonar.
• Refletir sobre a importância da doação de sangue e reconhecê-la como uma atitude solidária.
Capítulo 4 – Sistema urinário
• Reconhecer a excreção de urina como processo de eliminação de resíduos pelo organismo.
• Associar a função do sistema urinário à regulação do equilíbrio interno do corpo.
• Identificar os órgãos do sistema urinário e relacioná-los às respectivas funções.
• Compreender os processos que envolvem a formação da urina.
• Analisar o resultado de um exame de urina e relacionar as informações à saúde do indivíduo.
• Reconhecer a doação de órgãos como uma atitude solidária.
JUSTIFICATIVA
Para que o corpo humano funcione adequadamente, é necessário que órgãos e tecidos atuem
de forma coordenada. No entanto, apesar da integração entre os órgãos, o estudo da anatomia e da
fisiologia se torna mais eficiente quando as estruturas internas do corpo são organizadas em siste-
mas, de acordo com suas funções específicas. Assim, o capítulo 1 destaca a importância de identi-
ficar os órgãos que compõem o sistema respiratório e de compreender como eles atuam na troca e
no transporte de gases no corpo. No capítulo 2, o foco é a importância de compreender a fisiologia
do sistema digestório, bem como os órgãos e as estruturas desse sistema responsáveis pelo proces-
samento e pela produção de energia para o corpo, por meio dos alimentos. O capítulo 3 visa, além da
compreensão conceitual sobre o sistema sanguíneo, promover o entendimento de que a circulação
do sangue no corpo é parte fundamental da integração com outros sistemas. Por fim, o capítulo 4
ressalta a importância dos órgãos do sistema urinário na eliminação de resíduos não utilizáveis ou
tóxicos para o corpo, além de propor um debate sobre o papel da solidariedade em relação à doação
de órgãos.
189 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Respiração (EF07CI12) (CGEB8)
• Órgãos do sistema respiratório (CECN2)
• Movimentos respiratórios (CECN3)
• Difusão, transporte e trocas gasosas (CECN7)
189 B
FUNCIONAMENTO
• Utilize as questões da seção Primeiras
ideias em uma avaliação inicial do conhe-
cimento dos estudantes sobre o tema da
unidade. Assim, é possível planejar as
aulas levando em consideração o que eles
DO CORPO HUMANO
já sabem e suas principais dificuldades. Se
possível, convide um profissional da saúde,
como médico, enfermeiro, nutricionista,
entre outros, a fazer uma palestra sobre
o dia a dia de trabalho dele. Essa atividade
deve despertar o interesse dos estudantes
A observação do corpo humano revela um organismo complexo, pelo conteúdo da unidade, além de ampliar
o campo de visão deles em relação ao
composto de várias partes, que desempenham diferentes projeto de vida.
funções e atuam de forma integrada. • Aproveite a primeira questão para comentar
as relações entre a obtenção de alimento e
Nesta unidade, você vai aprender sobre os sistemas a produção de energia e entre os processos
de transformação de alimentos pelo orga-
responsáveis pela obtenção, pela transformação e pelo nismo e a integração entre os sistemas.
• Verifique se os estudantes mencionam que
transporte de nutrientes e pela excreção de resíduos no cada órgão realiza uma função específica
organismo, que garantem o equilíbrio do corpo humano. dentro de um sistema e que a integração
dos órgãos e dos sistemas garante a ho-
meostase do organismo.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4 • É provável que alguns estudantes comen-
Sistema respiratório Sistema digestório Sistema circulatório Sistema urinário tem que nosso corpo elimina o que não é
bom ou necessário ao organismo. Ques-
tione essa concepção prévia, comentando
que muitos resíduos contêm substâncias
úteis ao nosso organismo, mas se encon-
tram em excesso e podem ser úteis para
outros organismos.
PRIMEIRAS IDEIAS
1. É provável que você já tenha ouvido alguém dizer: “Estou faminto!”. Mas você
sabe explicar por que precisamos nos alimentar?
2. O corpo humano é composto de vários órgãos. Que órgãos você conhece?
3. Por que é necessária a integração entre os órgãos que compõem o corpo
humano? Espera-se que os estudantes se recordem dos níveis de organização do corpo humano (células,
tecidos, órgãos e sistemas).
4. O que há nos resíduos eliminados pelo corpo humano?
Resposta variável. Os estudantes podem responder que, nos resíduos eliminados pelo corpo humano, há
substâncias que não foram absorvidas pelo organismo, como água e gordura, por exemplo.
189
189
190
© Damien Hirst and Science Ltd./ AUTVIS, Brasil, 2022. Fotografia: Howard Davies/Alamy/Fotoarena
• A foto de abertura da unidade mos-
tra uma escultura do artista britânico
Damien Hirst (1965- ), exposta no Museu
Tate Modern, em Londres (Reino Unido).
• Antes de iniciar a leitura da imagem, soli-
cite aos estudantes que elaborem esque-
mas dos órgãos do corpo humano. Neste
momento, não é necessário se preo-
cupar com a exatidão das formas dos
órgãos ou com sua localização no corpo.
Certifique-se apenas de que os esquemas
elaborados refletem uma noção de inte-
gração entre os órgãos.
• Oriente os estudantes a explorar a escultu-
ra do corpo humano retratada na imagem
de abertura e pergunte quais órgãos eles
identificam nessa representação.
• Se julgar oportuno, trabalhe com os es-
tudantes em grupos e, com base na es-
cultura retratada na abertura da unidade,
oriente-os a identificar no próprio corpo
a localização de alguns órgãos, como
pulmões, rins e estômago.
• Proponha uma reflexão sobre a importân-
cia do funcionamento integrado dos órgãos
para uma vida saudável. Na discussão,
observe se os estudantes percebem que
o corpo necessita de energia e do funcio-
namento correto de todos os seus com-
ponentes para que esteja em equilíbrio.
Escultura exposta em
museu em Londres, na
Inglaterra. Foto de 2012.
191
191
NO CAPÍTULO
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mis-
tura de gases, identificando sua composição,
e discutir fenômenos naturais ou antrópicos
1 SISTEMA RESPIRATÓRIO
que podem alterar essa composição. *Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem que as vias respiratórias conduzem o ar, que contém o gás
oxigênio, aos pulmões. É possível que alguns estudantes comentem que, nos pulmões, o gás oxigênio passa para o
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA COMEÇAR RESPIRAÇÃO sangue e, por meio do sistema circulatório, é
distribuído para as demais células do organismo.
• Esta unidade retoma alguns conceitos A respiração é um processo O termo respiração refere-se aos processos de obtenção ou
trabalhados na unidade 5 do volume do fundamental para a consumo de gás oxigênio (O2) e de liberação de gás carbônico
6o ano, no desenvolvimento da habilidade (CO2) pelo organismo (trocas gasosas) e pelas células (respira-
manutenção das funções
EF06CI06. ção celular).
vitais dos seres humanos.
• Utilize a questão em Para começar para É o sistema respiratório que realiza as trocas gasosas entre
instigar a curiosidade dos estudantes pelo O sistema respiratório
é formado pelas vias o organismo e o meio, ou seja, que possibilita a absorção do gás
tema do capítulo. Aproveite este momento oxigênio presente na atmosfera e a eliminação do gás carbônico
para propor a eles que, em grupo, pensem respiratórias e pelos
produzido pelo metabolismo corpóreo.
em hipóteses que expliquem a resposta a pulmões.
Na respiração pulmonar, as trocas gasosas entre o ambien-
essa questão. Ao refletir e argumentar so- Como o gás oxigênio do ar
te e o organismo ocorrem nos pulmões. O ar penetra nesses
bre determinado tema, eles atuam como chega às nossas células? * órgãos por meio da inspiração, permitindo que o gás oxigênio
protagonistas do próprio aprendizado.
passe para o sangue e seja distribuído para todas as células do
• Antes de seguir com o conteúdo sobre
Em uma longa prova de natação, organismo. Ao mesmo tempo, o gás carbônico produzido duran-
o sistema respiratório, possibilite aos os competidores gastam enorme te o metabolismo celular é levado pelo sangue até os pulmões,
estudantes expor suas concepções a res- quantidade de energia. Essa
de onde é eliminado para o ambiente por meio da expiração.
peito do percurso do ar no corpo durante energia é liberada por meio da
a respiração.
respiração celular, que utiliza o A respiração celular é o processo pelo qual as células uti-
gás oxigênio obtido na respiração
lizam o gás oxigênio para obter energia. A maior parte desse
• Solicite aos estudantes que descrevam pulmonar. Na foto, nadadora
brasileira Ana Marcela Cunha processo ocorre nas mitocôndrias.
as diferenças entre respiração pulmonar competindo no Campeonato
e respiração celular. Verifique se eles Francês de Águas Abertas,
Stephane Kempinaire/KMSP/AFP
em 2020.
relacionam o processo de respiração
ao fenômeno de obtenção de energia.
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DE OLHO NA BASE
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192
Hudson Calasans/ID/BR
e reforçados por cartilagem.
Cada brônquio se ramifica
repetidas vezes, formando
• Questione os estudantes sobre os fatores
brônquios cada vez menores, que podem estar envolvidos na variação
até formarem os bronquíolos. observada na superfície total dos alvéolos:
Os bronquíolos continuam a se
ramificar em estruturas cada tamanho corporal, idade, gênero biológico
vez menores, que terminam e tipo de atividade física.
nos alvéolos pulmonares, sacos
de ar agrupados nas pontas dos
bronquíolos menores.
O ar inalado percorre
as vias respiratórias até
O diafragma é um dos os bronquíolos e, dos
músculos responsáveis pelos bronquíolos, chega aos
movimentos respiratórios e Os pulmões são os maiores órgãos do sistema alvéolos pulmonares,
separa a cavidade torácica da respiratório. Em seu interior, encontram-se os brônquios, nos quais ocorrem as
cavidade abdominal. os bronquíolos e os alvéolos pulmonares, estes últimos trocas gasosas entre o ar
constituídos de pequenas bolsas de paredes finíssimas e atmosférico e a corrente
repletas de capilares sanguíneos. Cada pulmão é recoberto sanguínea. Cada pulmão
por membranas duplas, as pleuras. O espaço entre as é formado por mais de
membranas é ocupado pelo líquido pleural. As pleuras 300 milhões de alvéolos,
isolam os pulmões do contato direto com os ossos do tórax. o que confere aspecto
esponjoso ao órgão.
Esquema do sistema respiratório humano. Além dos pulmões, há várias Embora os alvéolos
estruturas ligadas à respiração. (Representação sem proporção de tamanho; sejam microscópicos, a
cores-fantasia.) soma da superfície de
todos eles é estimada
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo humano: entre 90 m2 e 130 m2.
fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 460.
193
193
Gráficos: ID/BR
músculos intercostais
78% leva ao aumento
situação: “Quando praticamos uma ativi- de volume da
dade física intensa, como jogar futebol ou
194
Reinaldo Vignati/ID/BR
O gás oxigênio do ar inspirado atravessa as paredes dos al- • Aborde com os estudantes como é o
véolos e dos capilares, difundindo-se no sangue e sendo levado percurso do ar no corpo. Instigue-os a
pela circulação sanguínea às células de todo o organismo. Já o identificar a finalidade desse processo,
gás carbônico percorre o caminho contrário, passando das célu- questionando como o ar respirado é uti-
las para o sangue, e deste para o interior dos alvéolos. lizado pelas células. É importante deixar
Tanto nos alvéolos pulmonares como nos tecidos do cor- que eles exponham suas concepções,
po, as trocas gasosas ocorrem por difusão. A difusão é o mo- para que você possa verificar o que eles
vimento espontâneo da substância de uma região onde está já sabem.
mais concentrada para outra em que está menos concentrada. • Se julgar oportuno, demonstre em sala
Tal processo pode ocorrer em meio líquido ou gasoso. Veja o de aula o processo de difusão pingando
esquema que mostra a representação da difusão. uma gota de corante de qualquer cor
em um copo de vidro transparente com
A DIFUSÃO DE GASES NOS ALVÉOLOS água. Chame a atenção dos estudantes
para o que acontece. Aproveite para com-
O fenômeno das trocas gasosas nos alvéolos pulmonares é
parar esse experimento com o esquema
um exemplo de difusão de gases ocorrida no organismo huma-
desta página do Livro do Estudante, que
no. Como o ar inspirado tem maior concentração de gás oxigênio
explica o fenômeno da difusão.
que o sangue em condições normais, esse gás atravessa as pa- Esquema da difusão. A membrana
redes permeáveis dos alvéolos e dos capilares e chega ao san- permeável (linha tracejada) permite a • Explore com os estudantes o esquema
passagem de substâncias. As bolinhas
gue. No sangue, o gás oxigênio combina-se com as hemácias, (laranja) representam a substância
da parte inferior desta página do Livro do
células chamadas também de glóbulos vermelhos. que se espalha da região onde está Estudante, auxiliando-os a identificar as
mais concentrada para a região onde estruturas e os processos representados.
Por sua vez, o sangue que chega aos pulmões proveniente está menos concentrada, até que as
concentrações se igualem. Nesse caso, Se julgar oportuno, converse com eles
dos órgãos corporais tem maior concentração de gás carbônico o movimento continua acontecendo sobre o papel do sistema circulatório nas
que o ar inspirado. Assim, esse gás difunde-se em sentido opos- de modo equivalente entre as duas
regiões da membrana. (Representação trocas gasosas.
to, passando do sangue para os alvéolos.
esquemática sem proporção de • Discuta com os estudantes de que maneira
tamanho; cores-fantasia.)
alvéolo ocorrem as trocas gasosas nos alvéolos
capilares O ar inspirado tem
pulmonar pulmonares. Esclareça que o gás oxigênio
maior concentração
de gás oxigênio (O2) e o gás carbônico se deslocam do meio
que o sangue. O O2 onde estão mais concentrados para o
passa dos alvéolos
para as hemácias. meio onde estão menos concentrados.
• Se julgar conveniente, incentive os estu-
alvéolo
Hudson Calasans/ID/BR
dantes a elaborar um método para medir
pulmões
o volume de ar expirado, o que permite
estimar a capacidade respiratória de cada
um. Para isso, pode-se utilizar a suges-
tão indicada no boxe Outras fontes desta
O sangue que chega aos página do manual.
pulmões tem maior
concentração de gás
carbônico (CO2) que o ar capilar
inspirado. O CO2 segue do
sangue para os alvéolos.
hemácias
195
20:59
OUTRAS FONTES
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Reinaldo Vignati/ID/BR
1 O sangue que chega aos órgãos
corporais proveniente dos
pulmões é rico em gás oxigênio,
que se difunde para os tecidos.
difusão de O2 Esquema da difusão de gases nos órgãos corporais. As cores vermelha e azul
difusão de CO2 no interior dos vasos sanguíneos representam, respectivamente, o sangue
rico e o sangue pobre em gás oxigênio. (Representação esquemática sem
direção do fluxo sanguíneo proporção de tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo humano:
fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 473.
196
peixe e o frango são ricos em ferro. Muitos vege mes de fezes, pois alguns vermes, como o anci
Anemia ferropriva
tais, como o espinafre, possuem altas concentra lóstomo, podem causar anemia.
Definição ções de ferro; porém o ferro de origem vegetal é O uso de vitaminas a base de ferro deve ser
Esse tipo de anemia faz parte do grupo das de difícil absorção. Sucos de laranja e limão, por orientado pelo médico.
anemias hemolíticas que têm como anormalida possuírem altas doses de vitamina C, facilitam a
de comum a diminuição da vida média dos gló absorção do ferro. Anemia ferropriva. Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Albert Einstein. Disponível em:
bulos vermelhos. Nas mulheres, a principal causa de anemia https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/
Causa ferropriva é a menstruação excessiva. Nos ho info/#130. Acesso em: 4 mar. 2022.
Geralmente, a falta de ferro ocorre por defi mens adultos o tubo digestivo deve ser sempre
ciência na ingesta, porém pode ocorrer por perda investigado, assim como em mulheres acima
crônica de sangue ou por defeitos de absorção. dos 50 anos ou naquelas com história de per
das menstruais.
O aleitamento materno protege a criança, devi
do à passagem e absorção sistemática do ferro pela Tratamento
amamentação. O leite de vaca não contém ferro Detectada a anemia, além da dieta alimentar,
suficiente para prevenir a anemia. podese usar panela de ferro ou mesmo utensílios
A dieta alimentar de uma criança com anemia com ferro para cozinhar os alimentos de forma
ferropriva deve, sempre que possível, incluir car geral. O ferro passa da panela para os alimentos.
196
197
DE OLHO NA BASE
198
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_198A202.indd 198 Na educação formal, o ambiente escolar des 13/05/22 20:58 GA_C
198
tipo e à quantidade
de lipídios que
apresentam.
Leite e derivados:
esses alimentos são
a principal fonte de
cálcio na alimentação,
Feijões, castanhas e sementes: além de serem ricos
esses alimentos são importantes em proteínas.
fontes de proteínas e também Óleos e gorduras:
são ricos em minerais, vitaminas, são alimentos
fibras e gorduras saudáveis. ricos em lipídios.
199
199
DE OLHO NA BASE
Fabio Eugenio/ID/BR
intestino
delgado
Fabio Eugenio/ID/BR
final do intestino
grosso
/BR
intestino
Angelo Shuman/ID
delgado
ânus
apêndice
reto
ânus
Esquema do sistema digestório humano. Em detalhe, o estômago (A),
representado em corte, e o intestino grosso (B). (Representações sem
proporção de tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo humano:
fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 485.
200
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_198A202.indd 200 13/05/22 20:58 GA_C
200
201
20:58 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_198A202.indd 201 As pessoas que escolhem uma dieta rica 13/05/22
em fi20:58
bras podem reduzir seu risco de desenvolver obe
As fibras alimentares e o sistema digestório
sidade, diabetes, aterosclerose, cálculos biliares,
As fibras alimentares consistem em substân hemorroidas, diverticulite, apendicite e câncer
cias vegetais indigeríveis, como a celulose, a ligni de colo. As fibras insolúveis podem auxiliar a pro
na e a pectina, encontradas em frutas, verduras, teger contra o câncer do colo, e as fibras solúveis
sementes e grãos. As fibras insolúveis, que não podem reduzir o nível de colesterol no sangue.
se dissolvem na água, incluem partes estruturais
da planta, como as cascas de frutas e vegetais e o TorTora, Gerard J.; Derrickson, Bryan. Corpo humano:
fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed.
revestimento dos grãos de trigo e milho. As fibras Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 512.
insolúveis passam pelo trato [gastrointestinal]
basicamente inalteradas e aceleram a passagem
do material através do trato. As fibras solúveis,
que se dissolvem em água, formam um gel que
retarda a passagem dos materiais através do
trato. São encontradas em abundância no feijão,
na aveia, no malte, no brócolis, nas passas, nas
maçãs e nas frutas cítricas. Elas tendem a tornar
lenta a passagem do material através do trato.
201
Angelo Shuman/ID/BR
aumento no consumo de energia pelo H em resposta a infecções por vírus, presença
organismo; por isso, não é recomendá- I de toxinas no organismo ou bactérias presen-
vel eliminar totalmente os carboidratos tes na água contaminada. Muitas pessoas
da dieta, pois eles constituem a principal morrem todos os anos de desidratação causa-
J da por diarreia.
fonte de energia do corpo.
6. É importante que, em suas respostas, os c) No intestino grosso (I) ocorrem a absorção de água e
202
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_198A202.indd 202 ESTRATÉGIAS DE APOIO 17/05/22 10:22 GA_C
As atividades desta seção promovem as Após realizar uma avaliação reguladora com
competências específicas 2 e 3 (compreen- os estudantes, observe se há pontos frágeis no
der conceitos fundamentais e estruturas aprendizado deles. Se houver, proponha que
explicativas das Ciências da Natureza e desenvolvam um mapa conceitual, relacionando,
características, fenômenos e processos por exemplo, tipos de nutriente, microbiota
relativos ao mundo natural e social) e intestinal, órgãos do sistema digestório e pro-
as competências geral 8 e específica 7 cesso de digestão.
(conhecer-se e cuidar de si mesmo, re- A elaboração de tabelas com os tipos de
correndo aos conhecimentos das Ciências nutriente e suas principais funções também
da Natureza). pode ser uma estratégia para sanar eventuais
dúvidas dos estudantes.
202
203
10:22
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C3_203A208.indd 203 13/05/22 20:57
203
Reinaldo Vignati/ID/BR
sangue rico em gás oxigênio.
cias geral 8 e específica 7 (conhecer a (Representação sem proporção
si mesmo), bem como das competên- de tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Johannes
cias específicas 2 e 3 (compreender Sobotta. Atlas de anatomia humana. capilares
conceitos fundamentais e estruturas 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
artéria veia
explicativas das Ciências da Natureza Koogan, 2006. p. 18 e 20.
e características e processos relativos As artérias são vasos sanguíneos de grande calibre que apre-
ao mundo natural). A abordagem da sentam uma parede grossa composta de tecido muscular, o que
doação de sangue no boxe Valor da permite manter e regular a alta pressão do sangue que sai do
página 205 trabalha as competências
coração. As veias também têm grande calibre, contudo sua pare-
geral 10 e específica 8, ao promover
de é mais fina e menos elástica que a das artérias, e apresentam
ações pessoais relacionadas à saú-
válvulas, estruturas que evitam que o sangue mude de sentido.
de individual e coletiva, com base em
As artérias se ramificam, tornando-se cada vez menores até
princípios solidários.
formarem as arteríolas. No interior de um tecido ou de um órgão,
as arteríolas ramificam-se em numerosos vasos microscópicos,
os capilares. Estes apresentam paredes formadas por uma úni-
ca camada de células, o que possibilita a troca de substâncias
entre o sangue e os tecidos. Depois de passar pelos tecidos, os
capilares são reunidos e formam pequenas veias, chamadas vê-
nulas, as quais se agrupam progressivamente, formando veias
cada vez maiores, por onde o sangue volta ao coração.
204
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C3_203A208.indd 204 No contexto […] da pandemia de Covid-19, 13/05/22 20:57 GA_C
204
Bruno Badain/ID/BR
vermelhos): responsáveis transfusões.
pelo transporte do gás Os hospitais contam com Solidariedade com pessoas
oxigênio e de parte do estoques, chamados bancos que têm doenças graves
gás carbônico.
de sangue, para atender às
pessoas que necessitem de
Leucócitos (glóbulos
elementos
figurados: plasma (parte líquida): transfusão. Porém, a manutenção RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
55% do volume total dos estoques em quantidades
brancos): responsáveis 45% do volume total • A doação de sangue é considerada um ato
pela defesa do adequadas depende de doadores
organismo. proteínas: 7% de sangue. Uma única doação
de solidariedade, pois é feita com o intuito de
pode salvar a vida de até quatro ajudar outras pessoas, sem nenhum in-
Plaquetas: participam do pacientes. Uma vez que a doação teresse envolvido.
é feita nos bancos de sangue,
processo de coagulação
água: 91,5% • Pergunte aos estudantes o que eles sa-
do sangue. não é necessário ser parente
ou conhecido da pessoa que vai bem a respeito da doação de sangue
Composição do sangue de um adulto. (Representação sem proporção de
receber a transfusão. – por exemplo, se há restrições para
tamanho; cores-fantasia.)
Para ser um doador, basta ter alguém doar ou receber sangue, se sa-
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo humano: entre 16 e 69 anos de idade,
fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 359. bem o que é um banco de sangue, entre
ter peso acima de 50 quilogramas,
estar em boas condições de saúde
outras questões. Em seguida, promova
O plasma atua no transporte do gás carbônico e de outros re- e alimentado. Menores de 18 anos uma discussão com a turma sobre a
síduos produzidos pelas células e no transporte de nutrientes ab- devem estar acompanhados por importância de conscientizar as pessoas
sorvidos ao longo da digestão e de substâncias reguladoras, como um adulto e portar autorização da doação de sangue. O texto da seção
dos responsáveis legais.
enzimas e hormônios. (In)formação, nas páginas 204 e 205 deste
As hemácias são popularmente chamadas de glóbulos ver- • Por que a doação de sangue manual, pode servir de apoio à discussão.
pode ser considerada uma
melhos. São células anucleadas, ou seja, sem núcleo, que con- atitude solidária?
têm a proteína hemoglobina, responsável pelo transporte do gás
Veja resposta em Respostas
oxigênio e de parte do gás carbônico. A cor vermelha do sangue e comentários.
deve-se ao ferro, que está associado à hemoglobina.
Os leucócitos, também denominados glóbulos brancos, são cé-
lulas especializadas na defesa do organismo. Existem vários tipos
de leucócito: alguns secretam substâncias envolvidas nas reações
alérgicas e inflamatórias, outros envolvem o microrganismo inva-
sor e o destroem, e existem ainda os que produzem anticorpos –
proteínas que ajudam a combater microrganismos e toxinas.
As plaquetas são fragmentos celulares que participam da
coagulação do sangue. Apresentam formato de disco e não têm coagulação: processo no qual o sangue
líquido adquire consistência semissólida
núcleo. Seu ciclo de vida é curto, de cinco a nove dias; após esse ou sólida, impedindo a hemorragia em
período, as plaquetas são removidas da corrente sanguínea e pequenos vasos sanguíneos.
destruídas no baço e no fígado.
205
gienização, todos os cuidados de forma que não e a recuperação é imediata”, conta a técnica em
haja nenhum prejuízo para o doador, e que ele hemoterapia do IFF/Fiocruz Gisele Mello. […]
possa fazer essa doação com o máximo de segu
LiMa, Everton. Bancos de sangue estão com estoque
rança”, orienta a hematologista e também ges
baixo na pandemia. Fiocruz, 14 jun. 2021. Disponível
tora da Hemoterapia do IFF/Fiocruz, Marcella em: https://portal.fiocruz.br/noticia/bancos-de-
Vasconcelos Vaena. sangue-estao-com-estoque-baixo-na-pandemia#:~:
As doações podem ajudar até quatro pessoas, text=De%20acordo%20com%20dados%20do,%2C6%
porque cada doação de sangue pode dar origem 25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20brasileira.
Acesso em: 7 mar. 2022.
a um concentrado de hemácias, um plasma,
uma plaqueta e um crio precipitado. “Cada um
desses componentes pode ser distribuído para
pacientes distintos. Então, é realmente um ato
de amor e de cidadania”, explica Marcella. A
doação de sangue é pouco para quem doa e mui
to para quem precisa, pois[…] a transfusão de
sangue, os hemocomponentes, ajudam a salvar
muitas vidas anualmente. “A doação é essencial
e não afeta em nada a saúde do doador, são cole
205
Reinaldo Vignati/ID/BR
Prestes , n. 2415 – Butantã, São
Paulo (SP). Biomédicas III (ao lado
do Hospital Universitário da USP).
Sístole dos
átrios: após
Sístole dos os átrios se
ventrículos: encherem de
os ventrículos sangue, eles
se contraem, se contraem,
empurrando empurrando
o sangue para mais sangue
fora do coração. para os
ventrículos.
206
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C3_203A208.indd 206 perdem a vida por causa de doenças no aparelho 13/05/22 20:57 GA_C
206
esquerdo contra a parede da artéria durante sentir a pulsação por 30 segundos e mul-
a diástole (relaxamento) do tiplicar por 2, resultando no número de
ventrículo é chamada pressão
sanguínea diastólica. A pressão
batimentos cardíacos por minuto (bpm).
capilares da parte
8 inferior do corpo sanguínea normal de um • Após comentar as principais doenças
Esquema simplificado da circulação pulmonar e sistêmica. (Representação homem adulto jovem é inferior a relacionadas ao sistema circulatório,
120 mmHg (sistólica) e inferior a
sem proporção de tamanho; cores-fantasia.) discuta com os estudantes sobre como
80 mmHg (diastólica) ou 12 por 8,
Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e outros. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto
como se costuma dizer. manter esse sistema saudável. Mostre a
Alegre: Artmed, 2015. p. 920.
eles por que a prática de atividades físicas
CIRCULAÇÃO PULMONAR e uma dieta variada e rica em nutrientes
são importantes para a circulação. Pode
Na circulação pulmonar, o sangue rico em gás carbônico dei-
artéria ser interessante pedir ao professor de
xa o ventrículo direito (1) pela artéria pulmonar (2). Nos pulmões, radial Educação Física que fale com os estu-
Bruno Badain/ID/BR
ocorrem as trocas gasosas nos alvéolos (3). O sangue chega ao dantes sobre esse assunto.
átrio esquerdo (4) pelas veias pulmonares e dirige-se para o ven-
trículo esquerdo (5), onde se inicia a circulação sistêmica.
A artéria radial do punho é
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA geralmente a mais usada para
detectar a pulsação arterial.
Na circulação sistêmica, o sangue rico em gás oxigênio deixa o (Representação sem proporção
ventrículo esquerdo (5) pela aorta (6). Assim como as demais arté- de tamanho; cores-fantasia.)
rias, a aorta ramifica-se em artérias menores, arteríolas e capila-
res (7 e 8), e ocorrem as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos. milímetro de mercúrio (mmHg): unidade
O sangue rico em gás carbônico retorna ao coração pelas vê- de pressão.
nulas, que se unem formando veias, até as veias cavas superior e
inferior (9 e 10). O sangue entra pelo átrio direito (11) e passa para
o ventrículo direito (1), onde começa a circulação pulmonar.
A circulação sistêmica também distribui os nutrientes pro-
venientes da digestão e recolhe os resíduos do metabolismo que
serão eliminados pelos rins.
207
207
Reinaldo Vignati/ID/BR
cujas paredes têm a espessura de uma
Bruno Badain/ID/BR
átrio
única célula.
4. a) A figura é uma representação simpli- ventrículo
ficada do sistema circulatório. 3
aumenta para satisfazer essa demanda. As atividades desta seção servem de instru-
As atividades desta seção promovem as
competências geral 8 e específica 7. Além mento de avaliação reguladora. Para auxiliar os
disso, a atividade 5 mobiliza a competência estudantes que eventualmente têm dificuldade
geral 1, ao abordar a utilização de conhe- de entender o conteúdo trabalhado, proponha a
cimentos historicamente construídos, e a eles que elaborem textos ou esquemas sobre os
atividade 8 desenvolve aspectos das com- tópicos abordados, como as partes do sistema
petências geral 2 e específica 2 (dominar circulatório, os tipos de vasos sanguíneos e a
procedimentos da investigação científica) e composição do sangue. A exibição de animações
das competências específicas 3 (exercitar que mostrem a circulação do sangue também é
a curiosidade para buscar respostas com uma estratégia de apoio que pode auxiliar a turma.
base nos conhecimentos das Ciências da Ao final, avalie se houve ganhos no aprendizado.
Natureza) e 5 (construir argumentos com
base em dados confiáveis).
208
209
209
Angelo Shuman/ID/BR
ligadas aos rins. Questione-os sobre a fun- região dorsal do abdome,
ção dessas estruturas. Neste momento, é um de cada lado da coluna
vertebral. Eles filtram o sangue,
importante observar se eles compreendem Esquemas dos sistemas urinários
produzindo, assim, a urina.
feminino (à esquerda) e masculino
a integração entre os sistemas circulatório (à direita). O sangue penetra nos Ureteres: tubos longos e
e urinário. rins pelas artérias renais e sai pelas finos que saem dos rins
veias renais. (Representação sem e conduzem a urina até a
• Com base nas respostas dos estudantes, proporção de tamanho; alguns vasos bexiga urinária.
relembre-os das substâncias que estão sanguíneos aparecem cortados ou
interrompidos; cores-fantasia.) Bexiga urinária: armazena
presentes no plasma sanguíneo (sais a urina antes de ela ser
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora;
minerais, proteínas, glicose, hormônios, Bryan Derrickson. Corpo humano:
eliminada do organismo.
água, excretas nitrogenadas, entre outras) fundamentos de anatomia e fisiologia. Uretra: canal que conduz a
8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 539. urina para fora do corpo.
e das substâncias que são encontradas
na urina (ureia, ácido úrico, creatinina, OS RINS
entre outras).
É nos rins que ocorre o processo de formação da urina. O san-
gue chega aos rins pela artéria renal e sai deles pela veia renal.
DE OLHO NA BASE
artéria renal cápsula
O conteúdo das páginas 210 e 211 B
Angelo Shuman/ID/BR
néfron glomerular glomérulo renal
desenvolve as competências geral 8 A
210
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C4_209A218.indd 210 13/05/22 20:55 GA_C
210
Erika Onodera/ID/BR
solicitam exames de urina para avaliar
1
nosso estado de saúde.
• Ressalte também a importância da
arteríola
reabsorção de substâncias ao longo dos
2 túbulos renais, em especial da água. En-
artéria fatize que essas substâncias precisam
renal
4
ser reabsorvidas, por serem permeáveis
bexiga à cápsula do glomérulo renal.
Esquema do processo
A COMPOSIÇÃO DA URINA de formação da urina.
(Representação sem proporção
A concentração dos diferentes componentes da urina pode de tamanho; alguns vasos
variar em razão de fatores como a hora do dia e o tipo de ali- sanguíneos aparecem cortados ou
interrompidos; cores-fantasia.)
mento ingerido. Dentro de certos limites, essa variação é consi-
Fonte de pesquisa: Gerard J.
derada normal. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo
Porém, um aumento anormal da concentração de certas humano: fundamentos de anatomia
e fisiologia. 8. ed. Porto Alegre:
substâncias ou a presença de substâncias que, em geral, estão Artmed, 2012. p. 542.
ausentes na urina indicam que há algum distúrbio, como o mau
funcionamento dos rins ou outros problemas de saúde.
A glicose, por exemplo, é reabsorvida nos túbulos renais e, em
condições normais, não faz parte da urina. Mas, em pessoas com
diabetes, ocorre um aumento muito grande da concentração de
glicose no sangue. Assim, parte da glicose que passa para o tú-
bulo renal durante a filtração não é reabsorvida, sendo elimina-
da com a urina.
211
211
Raphael Mortari/ID/BR
posição de categorias para agrupamento,
refletindo um aspecto da identificação de
padrões, também presente no pensamen-
to computacional.
• Verifique antecipadamente se os estudan-
tes ou os familiares deles têm resultados
de exames desse tipo. Em caso positivo,
verifique se eles concordam em deixar que
os estudantes tragam esse material para
que seja analisado durante a atividade,
porém mantendo em sigilo a identidade
da pessoa que o disponibilizou.
• Organize os estudantes em duplas, em
trios ou em pequenos grupos. Caso os
estudantes tenham nível de conhecimento
similar, mas habilidades diferentes, eles
devem auxiliar os colegas na leitura e na
compreensão do exame e na resolução das Como fazer
atividades ou, ainda, avaliar uns aos outros.
Compare os dados dos resultados apresentados no exame fornecido com os
Caso tenham níveis de conhecimentos
parâmetros de referência, isto é, os valores considerados normais. Em segui-
diferentes, um deles poderá assumir o
papel de tutor e auxiliar os colegas. da, responda às questões propostas.
• Aproveite o texto da seção (In)formação, Responda sempre no caderno.
Para concluir
nesta página do manual, para discutir com
os estudantes outras funções dos rins, 1. Resposta 1. Proponha categorias para agrupar as informações que podem ser obtidas com
além da função de filtragem do sangue. variável. Se base no exame analisado. Justifique cada categoria que você criou.
necessário,
auxilie os 2. Em um dos itens do exame, há uma anormalidade. Que anormalidade é essa e a
PARA CONCLUIR estudantes a qual doença ela pode estar relacionada? A anormalidade é a presença de glicose na urina,
categorizar as que geralmente indica diabetes.
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS informações de 3. Se o número de leucócitos estivesse acima do valor de referência, como você in-
2. Se julgar pertinente, proponha aos estu- modo coerente terpretaria essa informação? Essa informação poderia indicar infecção nos rins
com o critério ou em outros órgãos do sistema urinário.
dantes uma pesquisa sobre as causas e escolhido. 4. Sais minerais, como o cloreto de sódio, são filtrados e devem fazer parte da urina.
as possíveis consequências da diabetes e No entanto, a presença desses sais não é controlada no exame. Como pode ser
o tratamento para essa doença. explicada a falta de monitoramento da presença de minerais na urina?
Veja resposta em Respostas e comentários.
3. Comente que, em caso de infecção, um
médico deve ser procurado o quanto an-
tes, para iniciar o tratamento adequado. 212
4. Os sais fazem parte da dieta e seus
valores na urina podem variar de acordo
com a quantidade ingerida. Portanto, (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C4_209A218.indd 212 Já ouviu falar na eritropoetina? Pois esse hor 17/05/22 10:19 GA_C
não são bons indicadores do funciona- mônio, responsável pela maturação dos glóbulos
Cuide bem de seus rins
mento dos rins. vermelhos do sangue na medula, também é fabri
Que os rins têm a missão de filtrar o sangue, cado nos rins. Se estiver em falta, surge a anemia.
muita gente sabe. […]. Só que essa dupla de ór Sem contar que neles […] ficam estocados mine
DE OLHO NA BASE gãos faz muito mais do que isso: os rins são res rais importantes para os ossos, como o cálcio e o
Esta seção promove as competên- ponsáveis também pelo equilíbrio entre sal e água fósforo. Eles vão sendo liberados de acordo com
cias geral 2 e específica 2, ao levar os no corpo. Se esses dois elementos estiverem fora as necessidades do esqueleto […].
estudantes a recorrer à abordagem de proporção, surge o inchaço nas pernas e nos
própria das ciências e ao incentivá-los pés, sinal evidente de que algo não vai bem nesses Tem mais: não fossem os rins, a vitamina D,
a dominar práticas e procedimentos da filtros […] que o corpo absorve com a ajuda do Sol, sim
investigação científica. plesmente não seria ativada. E todos sabemos a
Os rins ainda produzem a renina, enzima que importância dessa substância para a saúde óssea.
estimula a secreção de um hormônio capaz de
elevar a pressão arterial quando ela cai brusca oLiveira, Cida de. Cuide bem de seus rins. Veja
Saúde, 11 set. 2013. Disponível em: https://saude.
mente. Mas, se não funcionam como deveriam, abril.com.br/bem-estar/cuide-bem-de-seus-rins/.
há uma sobra de renina, o que resulta na hiper Acesso em: 7 mar. 2022.
tensão, doença que deve ser investigada também
pelo nefrologista. […]
212
213
214
coração 274
fígado 1 126
córnea 17 511
Fonte de pesquisa: Registro Brasileiro de
rim 26 230 Transplantes, São Paulo, Associação Brasileira de
Transplante de Órgãos (ABTO), ano XXVII, n. 2,
0 5 000 10 000 15 000 20 000 25 000 30 000 p. 15, jan./jun. 2021. Disponível em: https://site.
Número de pessoas abto.org.br/wp-content/uploads/2021/05/
rbt1sem-naoassociado-1.pdf. Acesso em: 28 mar. 2022.
215
215
216
10. Resposta variável. Espera-se que os estudantes relacionem os sistemas mencionados com os respectivos
resíduos – as fezes, o gás carbônico e as excretas nitrogenadas –, que se recordem dos órgãos envolvidos em cada
processo e que sejam capazes de explicar como esses resíduos são eliminados do corpo.
217
20:55
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C4_209A218.indd 217 17/05/22 10:18
217
Nelson Provazi/ID/BR
• Reconheço a integração entre os sistemas estudados nesta unidade?
218
218
UNIDADE 9
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Diversidade de organismos e saúde
• Interpretar textos e esquemas para conhecer as características dos vírus, das bactérias, dos fungos
e dos protozoários, reconhecendo que alguns representantes desses grupos podem causar doenças.
• Identificar algumas das doenças causadas por microrganismos, diferenciando as que são causadas
por vírus, bactérias, fungos ou protozoários e conhecer os sintomas e as formas de prevenção ou de
tratamento dessas doenças.
• Investigar a presença de microrganismos no ambiente mediante experimento com meios de cultura.
• Interpretar textos e esquemas a fim de conhecer as verminoses mais comuns e os agentes causado-
res, as formas de contágio e os sintomas dessas doenças.
• Aplicar o conhecimento a respeito da contaminação e da transmissão de verminoses para identificar
possíveis soluções para esses problemas e relacionar o controle de vetores à forma de transmissão
de certas doenças.
• Valorizar o direito à saúde por meio da reflexão sobre as doenças negligenciadas.
Capítulo 2 – Sistemas de defesa do corpo humano
• Compreender as bases do funcionamento do sistema imunitário.
• Identificar e explicar reações fisiológicas ligadas à imunidade inata.
• Explicar o processo que leva à imunidade adquirida, relacionando-o à forma de atuação das vacinas.
• Aplicar o conhecimento sobre a ação dos linfócitos na interpretação de dados para constatar possí-
veis quadros de infecção.
Capítulo 3 – Ações para a saúde coletiva
• Reconhecer o saneamento básico como medida de saúde coletiva.
• Conhecer os principais destinos dos resíduos sólidos, identificando problemas e medidas mitigadoras.
• Compreender o processo de tratamento da água e o abastecimento das cidades.
• Entender a importância do tratamento de esgoto e conhecer suas etapas.
• Compreender as campanhas de vacinação como políticas públicas para a promoção da saúde.
Investigar – Como estão as condições de saneamento básico em minha comunidade?
• Pesquisar fontes bibliográficas para coletar dados sobre a oferta de saneamento básico na comunidade.
• Coletar e analisar dados sobre a oferta de saneamento básico na comunidade em que os estudan-
tes vivem.
• Elaborar gráficos e avaliar as condições de saúde da população com base nos dados obtidos sobre a
oferta de saneamento básico na comunidade em que os estudantes vivem.
• Discutir a situação do saneamento básico na comunidade, propor soluções para os problemas ob-
servados e produzir cartazes informativos.
JUSTIFICATIVA
O corpo humano está o tempo todo em contato com uma imensidade de organismos imperceptíveis a
olho nu. Muitos deles são inofensivos, porém existem aqueles com potencial para causar sérios problemas à
saúde. Diante disso, é essencial conhecer algumas características dos vírus, das bactérias, dos fungos, en-
tre outros organismos, bem como as doenças que eles podem causar ao ser humano e suas formas de con-
tágio, assuntos apresentados no capítulo 1. O capítulo 2, por sua vez, ressalta a importância de compreen-
der as características do sistema imunitário e sua atuação na defesa do corpo contra potenciais agentes
causadores de doenças. Já o capítulo 3 aborda, além dos agentes externos e das características individuais
do corpo humano, a importância do saneamento básico e dos programas de vacinação na prevenção de
219 A
SOBRE A UNIDADE
Esta unidade aborda aspectos relacionados à saúde do ser humano, em especial a maneira como nosso
corpo combate as doenças infecciosas e os fatores ambientais relacionados à incidência dessas doenças na
população, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades EF07CI09 e EF07CI10, bem como dos objeti-
vos e da justificativa anteriormente mencionados. No capítulo 1, os estudantes vão conhecer alguns grupos de
seres vivos causadores de doenças infecciosas e as formas de prevenir essas doenças. O capítulo 2 aborda os
mecanismos de defesa de nosso organismo contra agentes causadores de doenças, descrevendo a ação do
sistema imunitário e a atuação das vacinas e dos soros. O capítulo 3 trata de questões relacionadas ao sanea-
mento básico e às políticas públicas voltadas à manutenção da saúde da população. A seção Investigar tem
enfoque na ação dos estudantes como pesquisadores da realidade que os cercam, ao propor uma avaliação
das condições de saneamento básico da comunidade em que eles vivem. Por fim, a unidade desenvolve as
competências gerais da Educação Básica 1, 2, 4, 5 e 7 e as competências específicas de Ciências da Natureza
2, 3, 4, 5, 6 e 7. Destacam-se as competências gerais 2 (recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, para descobrir causas, elaborar hipóteses e criar soluções) e 4 (utilizar linguagem matemática
e científica para partilhar informações) e específicas 3 (analisar características relativas ao mundo social) e
6 (utilizar diferentes linguagens para disseminar informações de forma crítica, significativa, reflexiva e ética).
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – DIVERSIDADE DE ORGANISMOS E SAÚDE
219 B
SAÚDE INDIVIDUAL
• Utilize as questões de abertura da unidade
como ponto de partida para verificar os
conhecimentos prévios dos estudantes e,
com base nas respostas dadas, planejar
as aulas.
E COLETIVA
Manter uma vida saudável, muitas vezes, não depende apenas
de escolhas individuais. Há diversos fatores que podem
aumentar ou diminuir as chances de se contrair doenças.
Nesta unidade, você vai conhecer um pouco da diversidade de
organismos capazes de causar doenças no ser humano, de como
nosso corpo se defende delas e dos fatores ambientais que podem
deixar as populações mais ou menos vulneráveis às doenças.
2. Resposta pessoal. É possível que alguns estudantes identifiquem que o corpo apresenta sistemas de defesa contra
doenças. Observe quais formas de defesa eles conhecem e se mencionam termos como anticorpos e glóbulos brancos.
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Que sintomas costumam aparecer em uma pessoa gripada? Você sabe o que
causa a gripe ou a covid-19?
2. Quando adquirimos determinadas doenças, é comum, depois de certo tempo,
que os sintomas causados por elas comecem a desaparecer, e a pessoa
doente fique curada. Como você acha que o nosso corpo consegue combater
uma doença?
3. Você já ouviu falar de alguma doença contraída pela ingestão de água ou de
alimentos contaminados? Converse sobre isso com a turma.
Resposta pessoal. É possível que os estudantes mencionem as infecções por verminoses, por serem
relativamente comuns. Aproveite as questões desta seção para fazer uma avaliação inicial do conhecimento
prévio deles sobre os temas que serão abordados nesta unidade.
219
219
LEITURA DA IMAGEM
4. Veja resposta em Respostas e comentários.
1. Você já viu alguma cena como a retratada nessa foto? Em
que situação? Resposta pessoal. É provável que os estudantes associem a cena à
vacinação.
2. Você sabe dizer qual é a importância da injeção que o
menino está recebendo?
3. Você sabe explicar por que o menino e a enfermeira estão
usando máscara? Resposta pessoal. Os estudantes podem dizer que o
uso da máscara ajuda a prevenir a transmissão de doenças.
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221
10:53
OUTRAS FONTES
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221
NO CAPÍTULO
(EF07CI09) Interpretar as condições de
saúde da comunidade, cidade ou estado,
com base na análise e comparação de in-
1 DIVERSIDADE DE
ORGANISMOS E SAÚDE
dicadores de saúde (como taxa de morta- *Resposta variável. Alguns estudantes podem considerar a presença de organismos no corpo humano prejudicial à saúde.
Comente que os seres humanos têm uma microbiota, composta de diversas espécies de bactérias, como a do trato digestório,
lidade infantil, cobertura de saneamento que é essencial para o
básico e incidência de doenças de veicu- PARA COMEÇAR INTERAÇÃO COM OUTROS SERES VIVOS equilíbrio do corpo.
lação hídrica, atmosférica entre outras) e Vivemos em constante Os seres humanos, assim como os demais seres vivos, estão
dos resultados de políticas públicas des- contato com outros continuamente interagindo com outros organismos. Nos alimen-
tinadas à saúde. tamos de animais e de plantas, convivemos com animais domes-
organismos. Muitos,
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS inclusive, vivem no interior ticados, somos picados por insetos, entre outras interações.
de nosso corpo. Você acha No entanto, a maior parte das interações entre o nosso corpo
• Este capítulo retoma e contextualiza con-
que isso é bom ou ruim para e outros seres vivos acontece em escala microscópica. Bilhões
ceitos já trabalhados na unidade 5 do
de microrganismos estão por todo o ambiente, em nossa pele e
volume do 6o ano. a nossa saúde? *
no interior do nosso corpo. A maioria deles é inofensiva e muitos
• Ao iniciar o capítulo, utilize a questão em
são essenciais à nossa sobrevivência.
Para começar para levantar os conheci- O ambiente que nos rodeia, ou seja, É comum, no entanto, as pessoas associarem a presença
mentos prévios dos estudantes sobre os o ar, a água e o solo, está repleto
de microrganismos a doenças ou sujeira. De fato, muitos mi-
microrganismos com os quais interagimos. de uma enorme diversidade de
seres vivos. A grande maioria deles crorganismos e animais macroscópicos são capazes de cau-
• É importante que os estudantes perce- é inofensiva e essencial para o
equilíbrio do ambiente. Crianças sar doenças nos seres humanos. Você vai estudar alguns deles
bam, ao ler e discutir o conteúdo desta
da etnia Yawalapiti, em Gaúcha do neste capítulo.
página, que nosso organismo vive em Norte (MT). Foto de 2013.
constante interação com uma enorme
variedade de seres vivos. Os microrga-
nismos, particularmente, são essenciais
à nossa sobrevivência. Portanto, é fun-
damental iniciar o estudo da unidade
partindo do princípio de que não são
todos os microrganismos que causam
doenças e que, sem eles, nossa sobre-
vivência não seria possível.
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 222 Praticamente, a biologia molecular iniciou nos 13/05/22 17:59 GA_C
222
223
17:59 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 223 estabelecimento de novos reservatórios zoonóti-
13/05/22 17:59 humano também foi apontada como uma hipótese
cos (seres onde vive e se multiplica um agente possível e provável.
Como surgiu o novo coronavírus?
infeccioso, reproduzindo-se de maneira que pos- O relatório ainda afirmou que a passagem do
No começo da pandemia do SARS-CoV-2, sa ser transmitido a um hospedeiro suscetível), vírus para humanos por meio de produtos alimen-
muito se discutiu sobre as possíveis origens do ví- reduzindo os riscos de surgimento e transmissão tícios é possível, porém uma hipótese remota. Já
rus. Em maio de 2020, a Assembleia Mundial da de outras zoonoses. a possibilidade de o vírus ter escapado aciden-
Saúde, […] solicitou ao diretor-geral da Organiza- A epidemia começou na cidade de Wuhan, na talmente do Instituto de Virologia de Wuhan foi
ção Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom China, em dezembro de 2019, mas rapidamente classificada como “extremamente improvável”.
Ghebreyesus, que continuasse a trabalhar em se espalhou para o mundo. As principais teorias
colaboração com outros órgãos para identificar a […]
levantadas incluíam o contato entre um ser hu- Dependendo do que for descoberto em no-
origem do novo coronavírus. mano e um animal infectado e um acidente em vos estudos que já estão em andamento, tal-
A principal pergunta a ser respondida era como um laboratório na China.
ele foi introduzido na população humana, incluin- vez seja possível prevenir o aparecimento de
No final de março, a OMS divulgou um relató-
do o possível papel de hospedeiros intermediários. novas pandemias.
rio de 120 páginas, desenvolvido por cientistas da
Também participaram do estudo a Rede Global de China e de outras partes do mundo, que reforçou Como surgiu o novo coronavírus? Conheça as teorias
Alerta e Resposta a Surtos e a Organização Mun- mais aceitas sobre sua origem. Instituto Butantan.
a origem natural da epidemia. A tese mais aceita Disponível em: https://butantan.gov.br/covid/butantan-
dial para Saúde Animal. diz que o vírus passou do morcego para um ma- tira-duvida/tira-duvida-noticias/como-surgiu-o-novo-
De acordo com a OMS, o objetivo da desco- mífero intermediário, e dele para o ser humano. A coronavirus-conheca-as-teorias-mais-aceitas-sobre-
berta era prevenir a reinfecção com o vírus e o transmissão de um morcego diretamente para um sua-origem. Acesso em: 22 fev. 2022.
223
tos são utilizados para tratar doenças antibióticos – capazes de impedir o crescimento de outras bac-
causadas por bactérias. Aproveite para térias e, por isso, são usadas como base para medicamentos
comentar que o uso indiscriminado de contra certos tipos de infecção. Algumas bactérias também são
antibióticos pode levar à seleção de bac- manipuladas geneticamente para produzirem certas proteínas e
térias resistentes. Por essa razão, seu Esquema de divisão binária em enzimas, como a insulina humana, utilizada por diabéticos.
uso é controlado pela Agência Nacional bactéria. (Representação sem
proporção de tamanho; cores-
No entanto, existem bactérias que causam doenças no ser
de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2010.
-fantasia.) humano. Veja algumas dessas doenças no quadro a seguir.
• Ao falar sobre a tuberculose, ressalte que
essa doença tem grande incidência em Doença
Bactéria
Contágio Sintomas
Prevenção/
Observações
locais sem saneamento básico ou com causadora tratamento
saneamento básico precário. Comente Saneamento A pessoa portadora
Ingestão de água ou Diarreia e básico e elimina o vibrião ao
com os estudantes que a tuberculose é Cólera Vibrio cholerae
alimentos contaminados. desidratação. hábitos de defecar. Pode levar à
uma das doenças mais antigas registra- higiene. morte.
das pelo ser humano e que a vacina BCG, Contato com urina de rato Nas enchentes,
contaminada: a bactéria, Evitar o aumenta o risco de
que previne essa doença, é distribuída presente na urina, entra
Dores de cabeça e
contato contato com água
Leptospirose Leptospira sp. musculares; febre e
gratuitamente nos postos de saúde e no organismo humano
vômito.
com água contaminada pela urina
pelas mucosas e por contaminada. de rato. Pode levar à
administrada em recém-nascidos. cortes na pele. morte.
Cansaço e falta de A Organização Mundial
Contato com gotículas de
Mycobacterium apetite; tosse seca da Saúde (OMS)
saliva ou com secreções,
tuberculosis ou com secreção calcula que um terço
Tuberculose que ocorre sobretudo em Vacina BCG.
(bacilo de sanguinolenta; da população mundial
ambientes fechados e
Koch) sudorese noturna e seja portadora do
sem ventilação.
dificuldade de respirar. bacilo de Koch.
224
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AndreyKlepikov/Shutterstock.com/ID/BR
• Ressalte que o calor e a umidade são
225
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OUTRAS FONTES
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225
1. Compare os resultados obtidos pelo seu grupo com os dos demais grupos. A quan-
tidade aparente de microrganismos nos meios de cultura variou conforme os lo-
cais testados? O que isso pode significar?
2. Você acha que microrganismos causadores de doenças podem estar presentes
em locais como os testados? Como se prevenir de doenças nesses casos?
2. Resposta pessoal. A presença aparente de um número maior de agrupamentos de microrganismos em um dos
locais pode significar que esse local tem mais microrganismos que os outros. Nesse caso, para nos proteger do
contágio, devemos lavar bem as mãos e cuidar da limpeza do ambiente, entre outras medidas de higiene pessoal.
226
DE OLHO NA BASE
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227
Fabio Eugenio/ID/BR
3
aproximadamente 0,3 mm de caramujo
comprimento, deixa o caramujo e hospedeiro
penetra ativamente na pele humana, cercária
provocando coceira no local.
4
5 As larvas alcançam a corrente
sanguínea, desenvolvendo-se
em adultos e instalando-se em Ciclo de contágio da esquistossomose. (Representação esquemática sem
vasos sanguíneos que conectam o proporção de tamanho; cores-fantasia.)
estômago, o pâncreas, o baço e
o intestino ao fígado. Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e outros. Biologia de Campbell.10. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2015. p. 690.
228
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 228 o SUS. Depois das apresentações, conclua a 13/05/22 17:59 GA_C
228
229
229
Fabio Eugenio/ID/BR
2 Os ovos chegam ao intestino e 1
liberam larvas, que perfuram a
parede intestinal e migram pela
DE OLHO NA BASE corrente sanguínea até os pulmões.
5 Se não houver tratamento de Ciclo de vida da lombriga. (Representação esquemática sem proporção de
esgoto, os ovos eliminados nas tamanho; cores-fantasia.)
fezes podem contaminar a água, o
Fonte de pesquisa: Centro de Prevenção e Controle de Doenças. Disponível em:
solo e os alimentos.
https://www.cdc.gov/parasites/ascariasis/biology.html. Acesso em: 22 fev. 2022.
Ancilostomose
David Scharf/SPL/Fotoarena
230
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_219A232.indd 230 Essas cartas podem apresentar uma imagem 13/05/22 17:59 GA_C
230
Reinaldo Vignati/ID/BR
a circulação.
Níquel Náusea. mos, como os seres decompositores e
Disponível em: https://
www1.folha.uol.com. sua função nas cadeias alimentares; o
br/ilustrada/cartum/ papel desses organismos na competição
cartunsdiarios/#25/2/
2017. Acesso em:
com microrganismos patogênicos, atuando
11 maio 2022. Representação na defesa contra infecções; o papel dos
ovos eliminados
O hospedeiro sem proporção microrganismos na síntese de vitaminas
a) A tira diz que os restos de comida servem intermediário de tamanho;
de alimento para fungos e bactérias. De ingere os ovos. no ambiente
cores-fantasia.
em nosso corpo; as aplicações tecnológi-
que forma esses organismos se alimentam cas desses organismos na produção de
a) Aplicação de inseticidas nos vasos e nas medicamentos e de alimentos.
de restos de comida?
caixas-d’água da cidade com o objetivo de
b) Com base na tira, o que acontece com os matar os ovos do parasita, presentes nes- 4. As principais características de ambien-
restos de alimento com o passar do tempo? ses ambientes. tes como praia e piscina são o calor e
c) A louça suja da tira se parece, de alguma b) Construção de redes de coleta de esgoto a umidade, condições que propiciam a
maneira, com o resultado que você obser- para impedir que fezes com o parasita con- proliferação de fungos parasitas no corpo
vou na atividade prática proposta neste ca- taminem o ambiente e, consequentemen- humano. Portanto, a falta de cuidado ao
pítulo? Justifique. te, os alimentos que são consumidos por
a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários. secar o corpo após frequentar esses locais
3. Embora alguns microrganismos causem doen- animais, como porcos.
pode favorecer a proliferação dos fungos
ças, eles têm funções ecológicas muito impor- c) Distribuição gratuita de repelente para que no caso de contato com esses seres.
tantes e aplicações tecnológicas relevantes as pessoas evitem as picadas do mosquito
para os seres humanos. transmissor do parasita. 5. Em locais onde não há saneamento básico
• Escreva um pequeno texto no caderno a d) Campanha de vacinação contra a doença (água encanada e rede de esgoto), as fezes
respeito da importância dos microrganis- causada pelo parasita, destinada a homens de pessoas doentes podem contaminar
mos para os seres humanos. Se necessá- com idade entre 13 e 21 anos. o ambiente e os alimentos consumidos
rio, pesquise mais informações em livros e Alternativa b.
6. Você já viu alguma campanha de controle de por animais, como porcos. Os ovos elimi-
na internet para enriquecer seu texto. nados no ambiente desenvolvem-se nos
Veja resposta em Respostas e comentários. insetos vetores de doenças? Em caso afirma-
4. As micoses são comumente transmitidas em tivo, mencione algumas das ações divulgadas. porcos e, quando a carne desses animais
ambientes como praias e piscinas. • Explique como o controle de vetores aju- é consumida sem o devido cozimento, a
• Associe esse fato aos ambientes ocupados da a combater doenças causadas por pessoa que a ingeriu pode desenvolver a
pelos fungos. Veja resposta em Respostas e comentários. protozoários. teníase, fechando o ciclo. O saneamento
6. Respostas pessoais. Como os vetores transmitem os protozoários causadores da doença de Chagas, da malária e da básico impede que as fezes contaminem
leishmaniose, sem eles, não há transmissão dos protozoários causadores dessas doenças nos seres humanos. o ambiente.
231
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DE OLHO NA BASE
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231
232
2 SISTEMAS DE DEFESA
DO CORPO HUMANO
NO CAPÍTULO
(EF07CI10) Argumentar sobre a impor-
tância da vacinação para a saúde pública,
com base em informações sobre a maneira
*É provável que os estudantes já saibam que o corpo humano apresenta um sistema formado por tecidos, células e como a vacina atua no organismo e o papel
moléculas que é capaz de reconhecer e combater agentes potencialmente infecciosos. histórico da vacinação para a manutenção
DEFESA DO ORGANISMO PARA COMEÇAR da saúde individual e coletiva e para a er-
A imunidade é a capacidade do organismo de evitar da- radicação de doenças.
O corpo humano está
nos e doenças utilizando seu sistema de defesa. O sistema sujeito a ser invadido ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
de defesa do organismo é organizado em imunidade inata e por diversos organismos
imunidade adquirida.
• Este capítulo trabalha o sistema imuni-
que se encontram no tário, complementando o que já foi visto
A imunidade inata corresponde ao conjunto de mecanismos
ambiente e podem causar sobre o sistema circulatório no capítulo 3
de defesa que estão presentes desde o nosso nascimento. Eles
doenças. No entanto, da unidade 8 deste volume.
são formados por barreiras naturais, como a pele e as mucosas,
as pessoas não ficam • A todo momento, nosso corpo reage con-
e por respostas rápidas e inespecíficas contra agentes infeccio-
doentes o tempo todo. Por tra microrganismos ou toxinas estranhas
sos, como a fagocitose, o aumento da temperatura corporal (fe-
que isso acontece? * a ele, gerando sintomas perceptíveis,
bre) e a inflamação.
como a febre. Aproveite a questão em
A imunidade adquirida é o conjunto de respostas específicas
Para começar para verificar as ideias dos
ao organismo invasor, e seu principal mecanismo é a produção
No corpo humano, circulam estudantes sobre como o corpo é capaz de
de anticorpos pelos linfócitos. células responsáveis pela defesa se defender de agentes causadores
do organismo contra agentes
infecciosos e toxinas. Foto ao
de doenças.
microscópio eletrônico, imagem
colorizada; aumento de cerca de
5 100 vezes. DE OLHO NA BASE
O conteúdo desta página aborda as-
Steve Gschmeissner/SPL/Fotoarena
pectos básicos do funcionamento do sis-
tema imunitário, como imunidade inata
e imunidade adquirida, desenvolvendo,
assim, as competências específicas 2
e 3 (compreender conceitos funda-
mentais das Ciências da Natureza e
compreender e explicar fenômenos
e processos relativos ao mundo natural).
233
233
Reinaldo Vignati/ID/BR
cos) são produzidos e liberados no sangue do corpo.
por meio dos órgãos do sistema linfático.
A LINFA
• Ressalte a importância da linfa para a
drenagem do excesso de líquido que ex- medula A linfa é o líquido que circula nos vasos linfáticos. Sua com-
vasos óssea posição é semelhante à do sangue: cerca de 95% é água e o res-
travasa das células dos capilares sanguí- linfáticos vermelha
neos para o espaço intercelular. tante são proteínas, células de defesa, nutrientes, sais e gases
• Explore com a turma o esquema localizado
Representação do sistema linfático dissolvidos. No entanto, a linfa não contém hemácias, por isso,
humano. (Representação sem
na parte inferior desta página do Livro do proporção de tamanho; cores- sua cor é esbranquiçada.
-fantasia.)
Estudante e discuta-o enfatizando como
o sistema linfático está ligado ao sistema Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; OS VASOS LINFÁTICOS
Bryan Derrickson. Corpo humano:
sanguíneo. Questione os estudantes sobre fundamentos de anatomia e fisiologia. A circulação da linfa é unidirecional, e todos os vasos linfá-
qual seria a importância dessa conexão. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 434. ticos têm válvulas, pequenas dobras no interior dos vasos, que
Com base nas respostas deles, comente impedem seu refluxo. À medida que os músculos esqueléticos
que a linfa intermedeia a passagem dos lipossolúvel: substância solúvel em se contraem, eles comprimem os vasos linfáticos e promovem a
nutrientes e dos gases respiratórios gorduras. movimentação da linfa.
dos capilares sanguíneos para as células. linfonodo capilares linfáticos
• Comente que os vasos linfáticos localiza- OS LINFONODOS
Reinaldo Vignati/ID/BR
dos nos tecidos do intestino são respon- Os linfonodos estão localizados por todo
sáveis pela captação (por difusão) das ducto o corpo; sua principal função é filtrar a linfa.
partículas de gordura absorvidas pelas linfático Eles contêm uma grande quantidade de célu-
células da mucosa intestinal. veias las de defesa.
vaso capilares Em caso de infecção por microrganismos,
linfático
DE OLHO NA BASE válvula
sanguíneos
pulmonares
essas células presentes nos linfonodos reco-
O conteúdo das páginas 234 e 235 nhecem o invasor e passam a se multiplicar,
artérias
aborda os órgãos dos sistemas linfático provocando um aumento no tamanho dos lin-
e imunitário, bem como suas principais coração fonodos e formando inchaços doloridos chama-
linfonodo dos ínguas.
funções, desenvolvendo, dessa forma,
capilares
as competências específicas 2 e 3 (com- sanguíneos
preender conceitos fundamentais das
capilares
linfáticos sistêmicos O BAÇO
Ciências da Natureza e compreender e As setas indicam a direção da circulação da linfa e do
O baço é o maior órgão linfático do corpo e
explicar fenômenos e processos relativos sangue (Representação esquemática sem proporção de contém uma grande quantidade de células que
tamanho; cores-fantasia.)
ao mundo natural). atuam na defesa do organismo. Além disso, o
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. baço armazena e destrói células sanguíneas,
Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 435. como as hemácias, e plaquetas.
234
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_233A238.indd 234 os poluentes do ar inalado. A túnica mucosa das 13/05/22 17:47 GA_C
234
Reinaldo Vignati/ID/BR
para que sejam fagocitados pelos leucócitos. anormais na medula óssea, prejudicando
A produção de anticorpos é feita por um grupo de leucócitos a produção de hemácias, leucócitos e
chamados linfócitos. Se algum linfócito reconhece um organis- plaquetas. O tratamento para essa doença
mo invasor, ele passa a se multiplicar intensamente nos gân- inclui quimioterapia e, em alguns casos,
glios linfáticos e no baço (órgãos do sistema imunitário), produ- Representação da fagocitose a realização do transplante de medula.
zindo grande quantidade de células capazes de gerar anticorpos em leucócitos. (Representação
esquemática sem proporção de
e defender o corpo contra esse invasor. tamanho; cores-fantasia.)
Existem diferentes tipos de leucócito, que atuam de forma Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e
específica na defesa do organismo e podem ser identificados de outros. Biologia de Campbell. 10. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 948.
acordo com suas características.
235
235
Reinaldo Vignati/ID/BR
e liberando
e a competência geral 1 (valorizar e uti- Leucócito
anticorpos.
lizar os conhecimentos historicamente fagocitando
vírus.
construídos sobre o mundo físico).
linfócito
linfócito
236
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_233A238.indd 236 a resposta de um tecido a um corte é semelhan- 13/05/22 17:47 GA_C
[…] Febre
A febre é uma temperatura corporal anor-
Inflamação malmente alta, devido ao reajuste do termosta-
A inflamação é uma resposta defensiva ines- to hipotalâmico. Ocorre durante a infecção e a
pecífica do corpo ao dano tecidual. Uma vez que inflamação. Muitas toxinas bacterianas elevam
a inflamação é uma das defesas inatas do corpo, a temperatura corporal, às vezes desencadeando
236
produção (Representação
se tornavam imunes ao vírus da com o vírus da catapora.
de anticorpos sem proporção
de tamanho; varíola humana. Após realizar • Explique aos estudantes que as vacinas
uma série de experiências e de
cores-fantasia.) são uma maneira de “ensinar“ o corpo
obter evidências de imunização,
Jenner passou a inocular a vacina a combater certos microrganismos pa-
Quando o corpo entra em contato com o microrganismo cau- em pessoas que, assim, deixaram togênicos com base no sistema da imu-
sador de uma doença contra a qual foi vacinado, as células de de contrair a doença. nidade adquirida. Isso é possível graças
memória produzidas pela reação imunológica à vacinação reco- A palavra vacina vem do latim à “memória” do sistema imunitário, que
vaccinus, de vacca (vaca).
nhecem o antígeno e, rapidamente, produzem um “exército” de cria maneiras de identificar a presença
linfócitos para defender o organismo. dos microrganismos que já enfrentou.
PARA EXPLORAR • Uma estratégia para falar sobre os soros
SOROS Como funcionam as vacinas
A animação, em inglês com
é compará-los com as vacinas. Explique
aos estudantes que os soros já contêm
Os soros terapêuticos são medicamentos que contêm anti- legendas em português, mostra os
diferentes tipos de vacinas e como
anticorpos prontos para combater as to-
corpos específicos e são utilizados no tratamento de intoxica-
elas agem em nosso organismo. xinas ou os microrganismos, razão pela
ções causadas por toxinas bacterianas, venenos de animais ou
Disponível em: https://ed.ted.com/ qual não geram memória imunológica
infecções por vírus. lessons/how-do-vaccines-work- como as vacinas.
Esses soros são produzidos a partir do plasma sanguíneo de kelwalin-dhanasarnsombut#watch.
Acesso em: 22 fev. 2022.
• Comente ainda a respeito das alergias,
cavalos imunizados com antígenos específicos.
comuns no cotidiano das pessoas. Diga
aos estudantes que elas geralmente são
1 Veneno causadas por algum fator que sensibili-
retirado de
serpente ou za o sistema imunitário e desencadeia
de aranha. uma reação exagerada. Esclareça que
as pessoas podem ter alergias a agentes
Bruno Badain/ID/BR
Representação do processo
de produção de soro diferentes, pois o sistema imunitário de
terapêutico. (Representação
sem proporção de tamanho; cada pessoa é único.
cores-fantasia.) • Caso julgue oportuno, aproveite o tema
3 Do sangue retirado do cavalo 2 O veneno é
extrai-se o soro, composto de injetado no cavalo:
Fonte de pesquisa: Instituto Vital pandemia de covid-19 para abordar o
Brazil. Disponível em: http://
anticorpos. O soro pode ser seu organismo
www.vitalbrazil.rj.gov.br/
projeto de vida, iniciando uma conversa
aplicado em pessoas picadas por produz anticorpos.
uma serpente ou uma aranha.
etapas-producao.html. Acesso com os estudantes sobre algumas pro-
em: 22 fev. 2022. fissões da área da saúde. Pode-se iniciar
a conversa mencionando os profissionais
237
que trabalharam na linha de frente, como
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e
psicólogos. É possível ainda abordar a
17:47 a liberação de substâncias causadoras de febre,
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_233A238.indd 237
OUTRAS FONTES 17/05/22 12:50 produção de vacinas, que envolve pro-
como a interleucina-1 dos macrófagos. A tempe- fissionais como biólogos, biomédicos
ratura corporal elevada intensifica os efeitos dos Akira e a vacina. Direção: Beatriz Morei- e farmacêuticos.
interferons, inibe o crescimento de alguns micró- ra. [S. l.: s. n.]: 2021. 1 vídeo (5 min 6 s).
bios e acelera as reações do corpo que auxiliam Publicado pelo canal Fiocruz. Disponível
o reparo. em: https://www.youtube.com/watch?v=
zTiGIPjiSNY&list=PLdKYoWeXc_2KJPRYI
ToRToRa, Gerard J.; DeRRickson, Bryan. Corpo humano: pHww5Xvn41EEzLAN&index=3&ab_c
fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre:
Artmed, 2012. p. 438-440. hannel=Fiocruz. Acesso em: 22 fev. 2022.
Nessa animação, o doutor Akira mostra
o processo de produção da vacina contra a
covid-19 realizado pelo Instituto Bioman-
guinhos, da Fiocruz.
237
4. a) Sim. Comparando as tabelas, é pos- 1. O organismo apresenta três linhas de defesa: as barreiras físicas, como a pele e as mucosas; as respostas
sível perceber que a paciente está com imunitárias inespecíficas, como a febre e a inflamação; e a resposta imunitária específica, como a produção de
1. Quais são as formas que o organismo tem Com base na interpretação dos dados das
uma contagem de leucócitos mais alta para se proteger contra infecções? anticorpos pelos duas tabelas, faça o que se pede.
que os valores de referência. linfócitos.
2. Após ralar o joelho, você percebe que o local a) Há alguma alteração observada entre os valo-
b) O número aumentado de leucócitos machucado fica quente, vermelho, inchado e res de referência e os dados obtidos no hemo-
pode indicar que há algum agente infec- dolorido. Que processo é responsável por es- grama da paciente? Explique sua resposta.
cioso estimulando a multiplicação deles. ses sintomas? O processo inflamatório desencadeado b) O que o resultado do hemograma da mu-
pelo sistema imunitário – imunidade inata. lher pode indicar?
5. Ao entrar em contato com o vírus da 3. A febre costuma ser o primeiro sinal de uma a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
catapora, o corpo produz grande quanti- infecção e, geralmente, é vista como um sin- 5. Uma criança que já teve catapora (doença
dade de linfócitos com anticorpos espe- toma da doença. Explique por que a febre, na causada por vírus) dificilmente vai ter essa
verdade, é parte do processo de cura. doença novamente, pois adquiriu imunidade.
cíficos. Algumas dessas células (células A febre é uma resposta do sistema imunitário para Qual é a relação entre esse fato e as vacinas?
de memória) guardam a capacidade de 4. Leia o texto e observe as tabelas. combater a
infecção. 6. Explique por que a vacinação é chamada de
reconhecer o vírus da catapora e de se O hemograma é um exame feito para investi- imunização ativa, enquanto o soro é chamado
multiplicar com rapidez, caso o mesmo gar a quantidade de hemácias, leucócitos e de imunização passiva.
vírus invada novamente o corpo. Da plaquetas no sangue. As informações são 5. e 6. Veja respostas em Respostas e comentários.
mesma maneira, as vacinas estimulam usadas no diagnóstico de algumas doenças. A 7. Felipe acordou se sentindo mal, com febre, dor
primeira tabela mostra alguns valores de re- no corpo e na garganta. No hospital, o médico
a produção das células de memória, verificou que Felipe estava com uma infecção,
ferência de um hemograma simplificado. Na
produtoras de anticorpos específicos segunda tabela, estão os valores obtidos de pois suas tonsilas palatinas estavam inchadas.
para determinado antígeno. uma mulher de 37 anos. • Por que as tonsilas palatinas incham du-
6. A vacina estimula a produção de anti- rante uma infecção?
Valores de referência da contagem Veja resposta em Respostas e comentários.
corpos pelo organismo, ao passo que para homens e mulheres 8. Leia o texto a seguir e responda às questões.
o soro fornece os anticorpos prontos Homem 4 320 000 a 5 720 000/μL
ao organismo. Hemácias A tecnologia da vacina de vírus íntegro ina-
Mulher 3 900 000 a 5 030 000/μL tivado já é bem estabelecida, conhecida e tes-
7. Porque as tonsilas são linfonodos. Du- tada no mundo dos imunizantes, além de ser
Homem 13,5 a 17,5 g/dL
rante a infecção, os leucócitos presentes Hemoglobina comprovadamente eficaz, sendo utilizada em
nessas estruturas começam a se multi- Mulher 12,0 a 15,5 g/dL
vacinas como da poliomielite (vacina Salk) e
plicar, causando seu inchaço. Leucócitos Ambos 3 500 a 10 500/mm3 da raiva, além da CoronaVac [Covid-19].
8. b) Na internet, é possível encontrar Plaquetas Ambos 150 000 a 400 000/μL […]
uma infinidade de notícias falsas re- Observação: 1 000 μL 5 1 mL O resultado são vacinas mais estáveis, fáceis
lacionadas às vacinas. Algumas das de transportar e armazenar, e que provocam um
baixo número de efeitos adversos. […]
mais comuns são: – As vacinas causam Paciente A
Entenda como funciona a tecnologia de vírus
autismo. Um artigo científico publicado inativado usada na CoronaVac. Instituto Butantan.
Hemácias 4 400 000/μL
em 1998 com base em um suposto es- Disponível em: https://butantan.gov.br/covid/
tudo feito com 12 crianças deu origem a Hemoglobina 12,9 g/dL butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/entenda-
como-funciona-a-tecnologia-de-virus-inativado-
essa notícia, que depois foi desmentida. Leucócitos 15 500/mm3 usada-na-coronavac. Acesso em: 22 fev. 2022.
O autor do estudo perdeu o direito de Plaquetas 354 000/μL 8. b) Veja resposta em Respostas e comentários.
exercer a medicina. Diversas outras a) Por que são utilizados vírus inativados na
pesquisas, inclusive uma com mais
Observação: 1 000 μL 5 1 mL produção das vacinas?
de 600 mil crianças, foram realizadas b) Durante a pandemia de covid-19 muitas notí-
cias falsas, conhecidas como fake news, circu-
depois disso demonstrando que não há ATENÇÃO
laram pelas redes sociais. Pesquise algumas
relação entre as vacinas e os casos de Lembre-se de que somente um profissional da
fake news relacionadas às vacinas e, com base
autismo. – As vacinas contra a covid-19 saúde pode interpretar corretamente um exame
no que aprendeu e em fontes confiáveis, expli-
de sangue e prescrever remédios ou alimentos
são experimentais. Essa notícia também adequados ao tratamento. que por que essas notícias são falsas e preju-
é falsa, pois as vacinas contra a covid-19 dicam a saúde coletiva.
passaram por todas as etapas de testes 8. a) O uso de vírus atenuados é fundamental, pois permite que o corpo entre em contato com antígenos específicos,
gerando uma resposta imune precisa contra o vírus e prevenindo a pessoa da doença. De todo modo, os vírus atenuados
estabelecidas pelos órgãos nacionais não são capazes de causar doenças.
e internacionais de regulamentação 238
de imunizantes. – Pandemias sempre
duram dois anos. Essa é outra notí-
cia falsa, já que diversas pandemias ESTRATÉGIAS DE APOIO
ou epidemias duraram mais que dois
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_233A238.indd 238
DE OLHO NA BASE 21/07/22 11:06 GA_C
anos, como a de peste bubônica e a de Aproveite as atividades desta seção para As questões 1, 2, 3 e 5 abordam aspectos
varíola. Os estudantes podem apre- fazer a avaliação reguladora e identificar os do funcionamento do sistema imunitário,
sentar como resposta esses e outros pontos em que os estudantes tiveram mais desenvolvendo as competências específicas
exemplos de notícias falsas. No site dificuldade. Uma estratégia alternativa para 2 e 3 (compreender conceitos fundamentais
do Instituto Butantan, disponível em ajudar aqueles que têm dúvidas é organizar a das Ciências da Natureza e compreender e
https://butantan.gov.br/covid/butantan- turma em grupos e propor a cada grupo que explicar fenômenos e processos relativos
tira-duvida/tira-duvida-fato-fake produza uma síntese do funcionamento do ao mundo natural). Já as questões 4, 6,
(acesso em: 28 abr. 2022), é possível sistema imunitário em forma de textos varia- 7 e 8 trabalham aspectos relacionados à
encontrar uma lista de fake news re- dos, como quadrinhos, animações, esquemas, vacinação e ao processo de imunização
lacionadas à vacina contra a covid-19, mapas conceituais, entre outros. ativa, desenvolvendo, dessa forma, o ob-
com argumentos desmistificando cada Auxilie os grupos no processo de produção, jeto de conhecimento e o modificador da
uma delas. Vale a pena comentar com aproveitando o momento para retomar as habilidade EF07CI10.
os estudantes que as fake news sobre questões problemáticas identificadas.
vacinas podem prejudicar a saúde e o
bem-estar de muitas pessoas, ao levar
parte da população a não se vacinar.
238
3 AÇÕES PARA A
SAÚDE COLETIVA
NO CAPÍTULO
(EF07CI09) Interpretar as condições de
saúde da comunidade, cidade ou estado,
com base na análise e comparação de in-
*Resposta variável. Um ambiente bem cuidado e com saneamento básico adequado pode evitar o aparecimento de dicadores de saúde (como taxa de morta-
vetores e agentes causadores de doenças, por exemplo. lidade infantil, cobertura de saneamento
SAÚDE COLETIVA PARA COMEÇAR básico e incidência de doenças de veicu-
Os seres humanos vivem em sociedade, por isso, estamos lação hídrica, atmosférica entre outras) e
Conhecer por que as
constantemente interagindo uns com os outros, bem como com dos resultados de políticas públicas des-
pessoas contraem tinadas à saúde.
o ambiente a nossa volta. doenças e como preveni-
Você já deve ter ouvido recomendações como lavar as mãos (EF07CI10) Argumentar sobre a impor-
-las é o primeiro passo
após andar em trens e ônibus lotados ou não andar descalço tância da vacinação para a saúde pública,
para refletir sobre a com base em informações sobre a maneira
em certos locais. Isso se deve ao fato de que ambientes conta-
saúde da população em como a vacina atua no organismo e o papel
minados, densidade populacional alta, entre outras condições,
podem influenciar a saúde de toda uma comunidade. geral. De que forma o histórico da vacinação para a manutenção
O estudo da saúde coletiva está associado ao conhecimento cuidado com o ambiente da saúde individual e coletiva e para a er-
das doenças contagiosas, ao planejamento de ações de promo- pode interferir na saúde radicação de doenças.
ção de saúde e às ciências sociais relacionadas à saúde. das pessoas? *
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Dessa forma, a saúde coletiva procura identificar as neces-
O cuidado com as condições • O conteúdo deste capítulo trabalha o tema
sidades de saúde de uma sociedade, buscando compreender sanitárias nos locais em que as
pessoas vivem é uma importante
contemporâneo transversal Saúde, na
como essas questões acontecem e se organizando para enfren-
ação para a prevenção de perspectiva da importância do saneamen-
tar esses problemas. doenças na população. Instalação to básico e das campanhas de vacinação
de rede de coleta de esgoto em
para a promoção da saúde coletiva.
239
239
ID/BR
7 000 000
rizar a atuação dos profissionais que Fonte de pesquisa: Daniel Hoornweg; 6 000 000
6 069 703
Toneladas/dia
5 000 000
global review of solid waste management
nicípios. Há um estigma negativo muito (tradução nossa: Que desperdício: uma 4 000 000
Ano
3 532 252 2012
grande associado a esse trabalho, que revisão global do manejo de resíduos projeção
3 000 000
é fundamental para a saúde coletiva. sólidos). Washington: The World para 2025
Bank, 2012. Disponível em: http:// 2 000 000
Discuta com os estudantes sobre o res- documents.worldbank.org/curated/
1 000 000
peito às pessoas que exercem esse tipo pt/302341468126264791/pdf/68135-
REVISED-What-a-Waste-2012-Final-
de atividade e as medidas necessárias updated.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022.
0
Destino adequado do lixo, respeita Depósito em que o lixo é Depósito de lixo a céu aberto.
as normas ambientais e protege o compactado e recoberto por Atualmente, os lixões são proibidos
solo de contaminação. terra. Recebe argila e lama ao no Brasil. Nesses locais, os
atingir o limite, o que previne resíduos não recebem tratamento
mau cheiro e proliferação de e contaminam o solo, facilitando a
animais nocivos, mas não evita a proliferação de doenças.
contaminação do solo.
Fonte de pesquisa: Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2021, Abrelpe, dez. 2021.
Disponível em: http://abrelpe.org.br/panorama/. Acesso em: 22 fev. 2022.
240
240
241
241
Fac-símile/ID/BR
Nghia Khanh/Shutterstock.com/ID/BR
sobre a eutrofização, uma sequência de
eventos que culmina na morte de orga-
nismos aquáticos.
DE OLHO NA BASE
Nesta página, é tratado o tema da
água e a relação entre ela e a saú-
de pública, desenvolvendo o objeto
de conhecimento e o modificador da
habilidade EF07CI09, além de ser
promovida a competência específi-
ca 4 (avaliar aplicações e implicações
socioambientais da ciência e de suas
tecnologias para propor alternativas aos 242
desafios do mundo contemporâneo).
242
243
17:43
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 243 03/08/22 18:40
243
Reinaldo Vignati/ID/BR
• Ressalte para os estudantes que a fil-
tração simples não é capaz de eliminar
muitas das impurezas da água. Por isso,
em épocas de surtos de doenças transmi-
tidas pela ingestão de água contaminada,
é fundamental ferver a água, esperar que Represa: local onde a água é captada
ou bombeada para tratamento.
ela esfrie e colocá-la no filtro doméstico
antes de ser ingerida.
• Comente que o flúor (também presente
em cremes dentais) adicionado à água
na estação de distribuição é uma medida
de saúde pública que ajuda a diminuir a Reservatório e rede de
incidência de cáries na população. distribuição: a água é
armazenada em reservatórios
• Retome as etapas de tratamento da água e distribuída à população por
antes de ser distribuída aos consumido- meio de uma rede de canos.
res. Para melhor compreensão dos prin-
cipais processos no tratamento da água,
proponha aos estudantes que elaborem
esquemas com base nas referências
locais, indicando o caminho percorrido
pela água desde o manancial até a tor- Tanque de desinfecção: nesta
neira das residências. Tanques de separação: nesta fase, ocorre a etapa, a água recebe cloro – para
adição de vários materiais, que promovem a eliminar os microrganismos – e
aglomeração de sólidos. Esses sólidos ficam flúor – que diminui a incidência
DE OLHO NA BASE retidos no fundo do recipiente e nos filtros. de cáries na população.
244
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 244 13/05/22 17:43 GA_C
244
Reinaldo Vignati/ID/BR
passa por grades, que retêm deposita-se no fundo do tanque e é retirado. A parte onde não há sistema de coleta de esgoto.
materiais sólidos visíveis a olho líquida, a água, não é potável, mas pode ser lançada
nu, como plástico e metais. em rios ou reaproveitada para lavar ruas, praças, etc. Se julgar oportuno, oriente os estudantes
a acessar a cartilha indicada no boxe Para
explorar e proponha que formem grupos
e elaborem um resumo explicando o fun-
cionamento da fossa séptica.
(%) Marcelo Henrique Otenio e outros. • O assunto também pode ser oportuno
100 91,1 Brasília: Embrapa, 2014.
80 73,9
89,7
79,5
90,5 83,7 para relembrar os estudantes de que,
A Empresa Brasileira de Pesquisa
60 57,5 57,7
54,1 Água para promover uma cultura de paz, deve-
43,6 Agropecuária (Embrapa)
40 28,3
Esgoto
disponibiliza uma cartilha com mos combater todas as formas de violên-
20 12,3 orientações para a construção de cia – física, sexual, psicológica, econômica
0
Norte Nordeste Centro- Sudeste Sul Brasil
uma fossa séptica biodigestora, uma e social –, especialmente contra grupos
solução que pode ser utilizada onde
-Oeste mais vulneráveis.
não há sistema de coleta de esgoto,
Dados sobre atendimento de água e esgoto no Brasil. como em algumas áreas rurais.
Fonte de pesquisa: Sistema nacional de informações sobre saneamento: diagnóstico Disponível em: https://ainfo.cnptia.
dos serviços de água e esgotos – 2019. Brasília: SNSA/MCidades, 2020. p. 58. embrapa.br/digital/bitstream/
Disponível em: http://www.snis.gov.br/downloads/diagnosticos/ae/2019/ item/116734/1/Cnpgl-2014-Cartilha-
Diagn%C3%B3stico_SNIS_AE_2019_Republicacao.zip. Acesso em: 23 fev. 2022.
Fossa-Septica-completa.pdf. Acesso
• O que esses dados indicam sobre as condições atuais de em: 29 abr. 2022.
saneamento básico no Brasil? O direito de todo cidadão brasileiro
Os dados indicam que boa parte da
ao saneamento básico está sendo garantido em nosso país? Justifique.
população brasileira ainda não tem acesso a
saneamento básico (água tratada e coleta de esgoto). Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que nem todos
os cidadãos brasileiros têm esse direito respeitado. 245
245
ID/BR
dos dias nacionais de vacinação contra
geral 7 (argumentar com base em a poliomielite para crianças menores 3,5
Incidência/100 000 hab.
promovam os direitos humanos, com erradicação da doença no país, que teve 1,0
Último caso no Brasil
seu último caso registrado em 1989. Certificação de erradicação da doença
posicionamento ético em relação ao 0,5 nas Américas
30 anos de incidência zero
Fonte de pesquisa: Ministério da Saúde.
cuidado de si mesmo e dos outros). Disponível em: https://www.gov.br/ 0
20 0
19 0
20 8
19 8
04
84
19 0
20 6
68
19 6
98
20 4
18
20 6
20
19 4
19 6
20 2
19 2
10
12
19 0
19 2
19 8
19 6
19 2
19 4
saude/pt-br/media/pdf/2021/agosto/20/ 0
8
0
8
9
0
8
1
1
9
9
0
8
7
9
7
7
7
7
20
20
19
19
20
20
20
19
Ano
grafico_polio_2020.pdf. Acesso em:
23 fev. 2022.
246
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 246 17/05/22 10:49 GA_C
tOScanO, Cristiana; KOSim, Lígia. Cartilha de Ballalai, Isabella et al. Pandemia da covid-19:
vacinas: para quem quer mesmo saber o que muda na rotina das imunizações. São
das coisas. Brasília: Organização Pan- Paulo: Sociedade Brasileira de Imunizações
-Americana da Saúde, 2003. Disponível em: (SBIm) : Sociedade Brasileira de Pediatria
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ (SBP); Brasília: Fundo das Nações Unidas
cart_vac.pdf. Acesso em: 23 fev. 2022. para a Infância (Unicef), 2020. Disponível
A cartilha desenvolvida pela Organização em: https://www.unicef.org/brazil/media/
Pan-Americana da Saúde traz uma série de 8766/file. Acesso em: 23 fev. 2022.
informações sobre as vacinas, as campanhas Apesar de destinado a profissionais da
de vacinação, quais são as vacinas indicadas saúde, o material pode servir de apoio para
para cada faixa etária (crianças, adolescentes discutir aspectos relacionados à pandemia
e idosos), e desmente alguns boatos. de covid-19.
246
As questões 1, 2, 3, 5, 6 e 7 tratam de
assuntos relacionados a indicadores
de saúde, como tratamento adequado do
lixo e saneamento básico, desenvolvendo o
processo cognitivo, o objeto de conhecimento
e o modificador da habilidade EF07CI09. A
questão 4 aborda a importância da vaci-
nação, trabalhando o processo cognitivo,
o objeto de conhecimento e o modificador
da habilidade EF07CI10.
247
248
Gil Tokio/Pingado/ID/BR
forma crítica, exercendo protagonismo).
1. Observem os gráficos e o texto que vocês produziram. Qual das formas de apresen-
tação dos dados facilita a visualização e a compreensão do assunto: a forma
gráfica ou a textual? Comentem a resposta.
2. A oferta de serviços de saneamento básico na comunidade, no municí-
pio, no estado em que vocês vivem pode ser considerada adequada?
Justifiquem a resposta.
3. Vocês acham importante que instituições públicas e privadas invis-
tam em pesquisas para a obtenção de dados como os que seu grupo
acessou durante a investigação? Justifiquem a resposta.
Respostas pessoais. Explique aos estudantes que dados
Comunicação dos resultados como esses acessados por eles são importantes para
orientar políticas públicas nas áreas de saneamento
básico, de saúde, de educação, de segurança, entre
Exposição dos gráficos outras.
Em dia e local determinados pelo professor, exponham para a co-
munidade escolar os gráficos que vocês produziram. Disponham-nos
de forma que a leitura e o entendimento das informações sejam facili-
tados para as pessoas que visitarem a exposição.
Procurem explicar, de maneira breve e clara, as informações que
vocês obtiveram e justificar a importância dessas informações para os
moradores do município.
2. Respostas variáveis. Espera-se que os estudantes avaliem de forma crítica
os dados sobre a oferta de saneamento básico no município e estado em que
vivem e os comparem com os dados nacionais e de outros municípios, para
chegar uma conclusão. 249
17:43
OUTRAS FONTES
GA_CIE_7_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C3_239A252.indd 249 17/05/22 12:52
249
ID/BR
3%
como celulares e computadores. esquistossomose. Entamoeba coli
a) Em qual dessas parasitoses o 16%
4. b) O Enterobius contágio ocorre ao entrar em 43% Entamoeba
vermiculares é um histolytica
Justiça – direito à saúde nematódeo causador contato com lagos ou lagoas com Giardia lamblia
da enterobiose. O caramujos?
19% Enterobius
8. As campanhas nacionais de vacinação contágio ocorre b) Em dupla, pesquisem a parasitose vermicularis
pela ingestão dos
têm o objetivo de imunizar a popula- ovos do parasita que
causada pelo verme nematódeo Schistosoma
mansoni
ção contra organismos causadores de podem estar na água Enterobius vermicularis. Escrevam 19%
250
250
Fabio Eugenio/ID/BR
modernizar a cidade e tomar medidas drásti- petência específica 2 (compreender
cas para combater as epidemias. Cortiços e conceitos fundamentais das Ciências
distância sumidouro
casebres […] foram demolidos e deram lugar da Natureza).
caixa de fossa séptica a grandes avenidas […].
mínima de
30 metros inspeção Em 1904, a cidade foi assolada por uma
epidemia de varíola. Oswaldo Cruz mandou
a) Qual é o destino do esgoto na comunidade ao Congresso uma lei que reiterava a obriga-
em que você vive? toriedade da vacinação […].
b) Por que a fossa tem de estar, no mínimo, Com a imposição da vacinação obrigatória,
a 30 metros de distância de uma fonte de as brigadas sanitárias entravam nas casas e
água (poço)? Porque a uma distância menor a água vacinavam as pessoas à força. Isso causou
para consumo pode ser contaminada. uma repulsa pela maneira como foi feita. […]
6. Leia o texto a seguir e, depois, responda à
questão. Vacinação, uso de máscara facial, higienização A indignação levou ao motim popular,
das mãos e distanciamento social, em casos de que explodiu em 11 de novembro de 1904,
contaminação pessoal. conhecido como a “Revolta da Vacina”.
A vacinação contra a Covid-19 é uma medida
Mayla Yara Porto. Uma revolta popular contra
importante no combate à doença, mas não dis-
a vacinação. Ciência e Cultura, SBPC, ano 55,
pensa […] os cuidados de proteção individual
n. 1, jan./mar. 2003. Disponível em: http://
como o uso da máscara e do álcool em gel, a cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v55n1/14861.pdf.
higiene das mãos e o distanciamento social. Acesso em: 11 abr. 2022.
[…] a transmissão da Covid-19 pode ocorrer
mesmo antes […] [de o] indivíduo apresentar a) Segundo o texto, quais motivos levaram a
os primeiros sinais e sintomas. Por isso, é reco- população a se rebelar contra a vacinação
mendado o uso de máscaras faciais […]. obrigatória?
Vacina [contra] covid-19 não dispensa medidas de b) Em sua opinião, a vacinação deve ser obri-
proteção individual contra o coronavírus. Ministério
da Saúde, 26 abr. 2021. Disponível em: https://
gatória? Justifique sua resposta.
www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia- c) Escolha uma doença para a qual exista vacina,
sanitaria/2021/04/vacina-covid-19-nao-dispensa- como poliomielite, covid-19 ou sarampo, por
medidas-de-protecao-individual-contra-o-coronavirus.
Acesso em: 23 fev. 2022.
exemplo, e realize uma pesquisa em fontes
confiáveis sobre a história da imunização con-
tra essa doença. Depois, elabore um material
• Segundo o texto, quais são as formas de de divulgação simples (um cartaz, um vídeo ou
prevenção à covid-19? um áudio de curta duração, etc.) sobre o que
7. Leia o texto a seguir e responda às questões. aprendeu e apresente-o em sala de aula, con-
forme as orientações do professor.
A revolta da vacina
No início do século XX, o Rio de Janeiro já era 8. O Calendário Nacional de Vacinação in-
lindo, mas a falta de saneamento básico e as pés- forma as vacinas básicas que devem ser
simas condições de higiene faziam da cidade um tomadas no Brasil. Ele está disponível em
foco de epidemias, principalmente febre ama- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/
rela, varíola e peste. […] Com medidas impopu- saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-
lares e polêmicas, Oswaldo Cruz, além de ter vacinacao (acesso em: 23 fev. 2022).
sido o responsável pela estruturação da saúde
• Qual é a importância das campanhas
pública no Brasil, foi quem saneou o Rio […].
nacionais de vacinação para assegurar
A população da cidade revoltou-se contra o o direito à saúde?
7. a) Segundo o texto, a população estava insatisfeita 7. b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
com as alterações que estavam sendo feitas na cidade, 8. Veja resposta em Respostas e comentários.
e a vacinação obrigatória foi o estopim para uma revolta.
251
251
Nelson Provazi/ID/BR
252
252
REDUÇÃO DE
tar propostas para a reversão ou controle
desse quadro.
• Coletar, em diferentes fontes de pesquisa,
EMISSÕES DE
dados sobre as emissões de gás carbônico
e analisá-los.
• Avaliar as fontes consultadas quanto à
GÁS CARBÔNICO
confiabilidade das informações.
• Pesquisar diferentes iniciativas das esfe-
ras do poder público, da sociedade civil,
de organizações internacionais, entre
outras, voltadas ao controle ou à reversão
das taxas de emissão de gás carbônico.
• Trabalhar em grupo, dividir tarefas e
mediar conflitos para elaborar uma
A
proposta de ação e implementá-la na
s emissões de gás carbônico decorrentes de diversas comunidade escolar.
atividades humanas estão associadas ao aquecimento
global. Estima-se que cerca de 90% do CO2 emitido em ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
atividades humanas seja gerado pela queima de com-
• Sugerimos que este projeto seja reali-
bustíveis fósseis e nas indústrias, enquanto os outros quase
10%, pela modificação no solo, como o desmatamento. zado ao longo do segundo bimestre, em
Diversos esforços vêm sendo feitos para que populações,
sincronia com o estudo da atmosfera, de
empresas e governos do mundo todo se comprometam em di- modo que os estudantes reflitam sobre
minuir as emissões de gás carbônico. No entanto, os resulta- os impactos que as alterações antrópi-
dos não têm sido animadores. Em 2021, as emissões voltaram cas podem causar nesse componente do
a crescer após uma queda considerável em 2020, como con- planeta. Outra possibilidade é realizar o
sequência das restrições impostas à população, como o confi- projeto no primeiro bimestre, no contexto
namento e o isolamento social devido à pandemia de covid-19. do estudo do desenvolvimento das má-
Um artigo publicado na revista científica Environmental quinas térmicas, para que os estudantes
Research Letters (tradução nossa: Cartas de pesquisas am- reflitam de que maneira essas inovações
bientais) alerta que, com mais de 41 gigatoneladas de CO2
acarretaram impactos socioambientais
emitidas por ano no planeta, “o tempo está se esgotando”
com o passar do tempo.
Tonkovic/iStock/Getty Images
253
Aula(s) Ação
1 Apresentação do projeto aos estudantes e organização dos grupos.
2e3 Realização de pesquisa e análise de informações, ambas em grupo.
4e5 Elaboração dos projetos pelos grupos.
Apresentação dos projetos de cada grupo, debate e votação do projeto que será im-
6e7
plementado.
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DE OLHO NA BASE
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OUTRAS FONTES
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Aquecimento global: o que as pessoas po- O artigo trata da educação climática nas
dem fazer na prática para reduzir o impacto escolas, discutindo estratégias para abordar
no clima. G1, 10 ago. 2021. Disponível em: o tema das mudanças climáticas por meio da
https://g1.globo.com/natureza/aquecimento- interdisciplinaridade e do desenvolvimento
global/noticia/2021/08/10/aquecimento- de competências.
global-o-que-as-pessoas-podem-fazer-na- selby, David; KaGawa, Fumiyo. Mudança cli-
pratica-para-reduzir-o-impacto-no-clima. mática na sala de aula: curso da Unesco para
ghtml. Acesso em: 25 mar. 2022. professores secundários (Fundamental II e
A reportagem apresenta atitudes que Ensino Médio) sobre educação em mudança
podem ser adotadas no dia a dia a fim de climática e desenvolvimento sustentável
contribuir para o controle ou para a redução (EMCDS). Brasília: Unesco, 2014. Disponível
das emissões de gás carbônico. em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/
Grandisoli, Edson. Educação climática: res- pf0000229737. Acesso em: 25 mar. 2022.
postas para o presente e futuro. Porvir,19 Essa publicação, voltada a educadores,
jan. 2021. Disponível em: https://porvir. apresenta os fundamentos que justificam o
org/educacao-climatica-respostas-para-o- trabalho com mudanças climáticas e sugestões
presente-e-futuro/. Acesso em: 25 mar. 2022. de abordagens com foco na atuação local.
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Ciências
Ensino Fundamental
Anos finais | 7° ano
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
MANUAL DO
PROFESSOR
Gustavo Isaac Killner
João Batista Aguilar
Editor responsável:
2 1 1 8 1 7 André Zamboni
ISBN 978-65-5744-744-4
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida
2 900002 118179 e produzida por SM Educação.