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Ensino Fundamental
Anos finais | 8° ano
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
Gustavo Isaac Killner
João Batista Aguilar
Editor responsável:
2 1 9 0 6 8 André Zamboni
ISBN 978-65-5744-746-8
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida
2 900002 190687 e produzida por SM Educação.
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor de Ciências e Biologia.
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.
22-112946 CDD-372.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
PROFESSOR
O mundo contemporâneo apresenta muitos
desafios para quem discute e pratica educação.
Estamos cercados de informações e de situações
que requerem ferramentas diferenciadas das que
eram usadas há algumas décadas. Como selecio-
nar as informações a que temos acesso? Como
olhar criticamente para a sociedade em que vive-
mos e ensinar nossos estudantes a enfrentar as
demandas que se apresentam, a solucionar pro-
blemas e a tomar decisões?
A reflexão sobre essas questões nos faz per-
ceber que educar, nos dias de hoje, exige um
trabalho voltado para a formação de estudantes
que não fiquem restritos ao consumo das in-
formações do mundo contemporâneo, mas que
sejam capazes de interpretar a realidade, arti-
culando os conhecimentos construídos às habili-
dades de investigação e aos valores de convivên-
cia harmoniosa com a diversidade, com o espaço
e com a natureza.
Esperamos que esta coleção seja de grande
apoio nessa tarefa e que, assim, possamos par-
ticipar da construção de um mundo mais justo
e solidário.
Bom trabalho!
Equipe editorial
Desenvolvimento de
O ESTUDANTE COMO aprendizagens para uso
SUJEITO DA APRENDIZAGEM do conhecimento de
modo crítico e reflexivo.
Cidadão pleno e
atuante na sociedade.
É nesse contexto que as noções de habilidade e de competência vêm sendo amplamente debatidas
na educação. De acordo com Perrenoud (2000), podemos considerar habilidade a capacidade de se ex-
pressar verbalmente ou de realizar determinadas operações matemáticas, por exemplo. Competência,
por sua vez, é a faculdade de mobilizar um conjunto de saberes, de capacidades, de informações, etc.,
ou seja, de habilidades, para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. Assim, a ha-
bilidade de realizar operações matemáticas e a habilidade de se expressar verbalmente podem ser usa-
das em conjunto, por exemplo, para negociar com os colegas e solucionar um problema de orçamento.
HABILIDADE COMPETÊNCIA
• Com as pessoas próximas que se sentem frágeis e indefesas em seu dia a dia.
SOLIDARIEDADE • Com as pessoas que têm doenças graves ou algum tipo de limitação.
• Com as vítimas de desastres naturais.
VII
Aspectos
físicos Aspectos
emocionais
ID/BR
EDUCAÇÃO INTEGRAL
Aspectos
Aspectos afetivos
cognitivos
Aspectos
sociais
brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implemen-
tação. Brasília: MEC/SEB, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_
contemporaneos.pdf. Acesso em: 30 maio 2022.
IX
A determinação dessas competências pela BNCC, em consonância com o que foi apresentado
anteriormente, evidencia a proposta de um ensino com foco no desenvolvimento da capacidade
de aprender a aprender, de saber lidar com a disponibilidade cada vez maior de informações, de
atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, de aplicar conhe-
cimentos para resolver problemas, de ter autonomia para tomar decisões, de ser proativo para
identificar os dados em uma situação e buscar soluções, de conviver e aprender com as diferenças
e as diversidades.
A BNCC explicita as aprendizagens essenciais a ser desenvolvidas em cada componente curri-
cular sem fixar currículos, mas incentivando a contextualização do que se aprende e o protagonis-
mo do estudante. Essa abordagem possibilita maior equidade educacional, pois procura assegurar
que todos tenham acesso à educação sem distinção de cor, gênero ou condição socioeconômica.
XII
XIII
ANÁLISE SÍNTESE
Procedimento e Reunifica os fatos e
habilidade cognitiva a 1
2 possibilita uma visão
ser desenvolvida pelos mais abrangente da
estudantes. situação em estudo.
METODOLOGIAS ATIVAS
A expressão “metodologias ativas” vem sendo bastante usada no meio educacional para tratar
de abordagens que transformam as aulas em experiências de aprendizagem mais significativas e
também para se referir a estratégias de ensino que privilegiam a ação do estudante como autor do
próprio aprendizado, em oposição ao uso exclusivo de abordagens mais tradicionais, que se valem,
em sua maioria, da exposição de conteúdo.
A metodologia ativa se caracteriza pela inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política
e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados na atividade do
aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem.
(Bacich; Moran, 2018, p. 17.)
Nesse sentido, as demandas da sociedade atual vêm requerendo que a escola procure mudar o
modo como orienta a construção de conhecimentos, já que, hoje, os estudantes podem ter à dispo-
sição tecnologias e ferramentas digitais que lhes permitem acessar informações e interagir com o
conhecimento de forma rápida. Dessa forma, o contexto contemporâneo propicia o uso das metodo-
logias ativas, pois vivemos em um momento em que se combinam a disponibilidade das tecnologias
de informação e de comunicação com as demandas de transformação da sociedade atual.
As metodologias ativas são estratégias de ensino que indicam novos caminhos para as práticas
pedagógicas, pois se propõem a deixar as aulas mais interessantes e dinâmicas e a possibilitar maior
autonomia aos estudantes, valorizando suas opiniões, suas reflexões, seus conhecimentos prévios e
suas experiências, de modo a torná-los mais preparados para atuar na vida em sociedade.
XIV
XVI
↓
CULTURA DO QUESTIONAMENTO
ARGUMENTAÇÃO
Uma educação voltada à formação de sujeitos críticos, conscientes e questionadores, que
agem orientados por princípios éticos e democráticos, deve propiciar o desenvolvimento da com-
petência argumentativa dos estudantes. Essa competência possibilita a eles reconhecer o que é
proveniente do senso comum, distinguir fatos de opiniões, analisar premissas e pressupostos e
avaliar argumentos de autoridades, para formar opiniões próprias com base em critérios obje-
tivos. Além disso, lhes favorece a participação atuante na sociedade, ao oferecer subsídios para
que exponham suas ideias e seus conhecimentos, de maneira clara, organizada, respeitosa e
em conformidade com os direitos humanos. Como explica Fiorin (2016, p. 9), a vida em sociedade
[…] trouxe para os seres humanos um aprendizado extremamente importante: não se poderiam
resolver todas as questões pela força, era preciso usar a palavra para persuadir os outros a fazer
alguma coisa. Por isso, o aparecimento da argumentação está ligado à vida em sociedade e,
principalmente, ao surgimento das primeiras democracias. No contexto em que os cidadãos
eram chamados a resolver as questões da cidade é que surgem também os primeiros tratados
de argumentação. Eles ensinam a arte da persuasão.
Todo discurso tem uma dimensão argumentativa. Alguns se apresentam como explicitamente
argumentativos (por exemplo, o discurso político, o discurso publicitário), enquanto outros não
se apresentam como tal (por exemplo, o discurso didático, o discurso romanesco, o discurso lí-
rico). No entanto, todos são argumentativos: de um lado, porque o modo de funcionamento real
do discurso é o dialogismo; de outro, porque sempre o enunciador pretende que suas posições
sejam acolhidas, que ele mesmo seja aceito, que o enunciatário faça dele uma boa imagem. Se,
como ensinava Bakhtin, o dialogismo preside à construção de todo discurso, então um discurso
XVII
LEITURA INFERENCIAL
O processo inferencial permite e garante a organização dos sentidos elaborados pelo leitor
em sua interação com o texto. A capacidade de realizar uma leitura em níveis inferenciais é uma
característica essencial para a compreensão da linguagem, pois, assim como o leitor memoriza
as informações explícitas de um texto, ele também incorpora as informações inferidas. Desse
modo, compreender a linguagem é entender as relações entre o que está explícito no texto e
aquilo que o leitor pensa, conclui e infere por conta própria, com base em seu conhecimento
de mundo e em suas experiências de vida. Fazer inferências possibilita ao leitor refletir e gerar
novos conhecimentos com base em informações presentes no texto, os quais passam, então, a
fazer parte do conjunto de saberes desse leitor.
LEITURA INFERENCIAL
João Picoli/ID/BR
Informações Informações presentes no Conhecimentos e
presentes no texto contexto experiências do leitor
Construção de sentido
XVIII
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
De acordo com o senso comum, imagina-se que o pensamento computacional diz respeito a
saber navegar na internet, utilizar as redes sociais, enviar e-mails e utilizar ferramentas digitais
para elaborar um texto ou resolver uma equação. Contudo, o pensamento computacional está
relacionado a estratégias usadas para solucionar problemas de maneira eficaz.
O pensamento computacional é uma distinta capacidade criativa, crítica e estratégica humana
de saber utilizar os fundamentos da computação, nas mais diversas áreas do conhecimento,
com a finalidade de identificar e resolver problemas, de maneira individual ou colaborativa,
através de passos claros, de tal forma que uma pessoa ou uma máquina possam executá-los
eficazmente.
(Kurshan, 2016 apud Brackmann, 2017, p. 29.)
Essa estratégia de ensino e aprendizagem está próxima do pensamento analítico, que, assim
como a matemática, a engenharia e a ciência, busca, entre outros objetivos, aprimorar a proposi-
ção de soluções para problemas. De acordo com a BNCC,
[…] [o] pensamento computacional […] envolve as capacidades de compreender, analisar, de-
finir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica
e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos.
(Brasil, 2018, p. 474.)
Em suma, o pensamento computacional pode ser entendido como um conjunto de habilidades
empregadas para identificar e resolver problemas, cuja solução proposta pode ser executada por
um computador ou uma pessoa. Para que isso aconteça, podem ser utilizados conceitos e práticas
comuns à computação, mas não restritos a ela, como a simplificação de situações-problema a
partir da identificação de seus elementos essenciais e de similaridades com contextos anterio-
res, a decomposição de problemas em partes menores e a definição de uma sequência de ações
para a realização e a automação de tarefas (Grover; Pea, 2013). Também tomamos como base os
XIX
XX
Com relação às Ciências da Natureza, convém ao professor pôr em discussão e buscar ma-
neiras de incorporar a diversidade de interesses e as motivações dos estudantes às atividades,
tanto individuais como coletivas, que envolvem resolução de problemas, argumentação, troca
de opiniões e escuta. Desse modo, o desenvolvimento das competências leitora e argumentativa
pode se dar de forma mais orgânica e integrada ao projeto de vida do estudante. Além disso, o
professor pode desafiar o estudante a realizar pesquisas e a produzir análises críticas de temas
que agucem sua curiosidade e tenham relação com sua identidade, sempre com base na ciência e
em informações idôneas. Assim, o professor poderá ajudar o estudante a ultrapassar barreiras
e limites, acolhendo-o e motivando-o a traçar seu percurso para além da sala de aula.
XXI
XXII
Equidade, como a própria BNCC explicita, significa, na prática, reconhecer que as necessi-
dades dos estudantes são diferentes.
Ao fazer as escolhas curriculares, é papel de cada rede considerar a comunidade que a integra,
de forma ampla, assim como devem ficar nas mãos das escolas e dos professores as escolhas
necessárias para que esse currículo dialogue com a realidade de seus estudantes e os engaje no
desejo de aprendizagem. Ou seja, a equidade se explicita a cada escolha feita pelos atores que
compõem cada rede estadual e municipal de ensino e cada comunidade escolar, e essas decisões
devem, necessariamente, dialogar com os diferentes perfis culturais e socioeconômicos que cada
sala de aula acolhe.
Sabemos que não se trata de uma tarefa fácil. Por isso, sob essa perspectiva, é preciso en-
gajamento, colaboração e respeito mútuo, para que seja possível garantir um melhor índice nas
aprendizagens e uma cultura de paz na comunidade escolar e em seu entorno.
Nesse sentido, a escola, ao exercer o compromisso de formar cidadãos atentos aos direitos
humanos e aos princípios democráticos, deve envolver as famílias de forma direta e intencional,
ou seja, é necessária a presença das famílias em encontros formativos nos quais sejam discutidos
temas para que toda a comunidade escolar pactue valores e práticas que visem à cooperação e à
resolução de conflitos de modo não violento. Entre os inúmeros benefícios sociais que esse diálogo
é capaz de gerar estão a construção de uma cultura de paz e a potencialização da capacidade de
aprendizagem das crianças e dos jovens.
Ao se falar de cultura de paz, é importante despertar a atenção dos estudantes para a forma
como eles se expressam, tanto em situações presenciais quanto nas interações virtuais, e propor-
cionar situações de aprendizagem que mobilizem competências como empatia, respeito, respon-
sabilidade, comunicação e colaboração. Deve-se desnaturalizar qualquer forma de violência, com
atenção especial à saúde mental dos estudantes.
Dessa maneira, é necessário frisar a extrema importância do combate ao bullying no ambiente
escolar. Sobre esse tema, o trecho do artigo a seguir define bem o que é o bullying e traz importante
orientação sobre o que fazer, caso essa prática seja identificada na turma.
[…]
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas,
feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo
bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem
uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação,
humilhação e maltrato.
[…]
10. O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. “Se algo ocorre e o professor se
omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo
caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes
Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da
Sociedade Brasileira de Pediatria. O professor pode identificar os atores do bullying: autores,
espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas
é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difí-
cil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado?
Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho”.
21 perguntas e respostas sobre bullying. Nova Escola, 1o ago. 2009. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola. Acesso em: 30 maio 2022.
Outra estratégia que pode colaborar para a promoção da cultura de paz é a comunicação não
violenta (CNV), sistematizada pelo psicólogo estadunidense Marshall Rosenberg (1934-2015).
XXIV
PROJETO DE VIDA
Outro elemento do currículo com alto potencial engajador é o trabalho com os projetos de vida
dos estudantes, que vem ganhando cada vez mais espaço e valorização, pois pode ser um grande
conector do trabalho pedagógico como um todo, inclusive em Ciências da Natureza. O projeto de
vida ganhou destaque nos currículos brasileiros a partir da publicação da BNCC, que o apresenta
como dimensão estruturante para o desenvolvimento integral dos estudantes.
O desenvolvimento de competências é um processo contínuo de aprendizagem. Assim, os ob-
jetos de estudo devem ganhar maior complexidade ao longo dos anos finais do Ensino Fundamen-
tal, de acordo com as etapas de desenvolvimento cognitivo e emocional que fazem parte desse
momento de transição, como dissemos anteriormente, da infância para a adolescência. O intuito
é que os estudantes, que geralmente chegam ao 6o ano bastante dependentes da família e de con-
dução para cada atividade escolar, atinjam, ao final do 9o ano, um nível de autoconhecimento e de
autonomia condizente com sua idade e com seus aspectos pessoais e possam ingressar no Ensino
Médio capazes de fazer escolhas conscientes diversas.
Nessa jornada, o trabalho com o projeto de vida pode oferecer uma oportunidade para que os
jovens desenvolvam não apenas o autoconhecimento, mas também a comunicação, a colaboração
e o respeito a diversos pontos de vista. Eles podem investigar o que imaginam para seu futuro, de
forma dinâmica e interessante, e aprender a problematizar a realidade, escolher caminhos e de-
senvolver a autonomia na transição da vida infantil para a adolescência e para a juventude.
Além do potencial engajador para os estudantes, outro ponto a ser destacado no trabalho com
o projeto de vida é que ele pode representar a oportunidade de promover a integração curricular.
Quando falamos de superar a fragmentação curricular, nos referimos à colaboração entre áreas,
não de forma abstrata, mas, acima de tudo, entre pessoas, que são as que fazem, de fato, a edu-
cação e a escola. Quando os corpos docente e discente conseguem definir espaços e estratégias
eficazes para acolher e buscar soluções conjuntas para problemas reais, o trabalho colaborativo
torna-se parte da cultura escolar e o currículo, de fato, favorece a aprendizagem dos jovens.
AVALIAÇÃO E AUTOAVALIAÇÃO
Em seus aspectos mais abrangentes, a avaliação em Ciências da Natureza não difere da que
deve ser realizada em outras disciplinas. De acordo com Zabala (1998, p. 201):
Por que avaliar? O aperfeiçoamento da prática educativa é o objetivo básico de todo educador.
[…] E para melhorar a qualidade do ensino é preciso conhecer e poder avaliar a intervenção
pedagógica dos professores, de forma que a ação avaliadora observe simultaneamente os pro-
cessos individuais e os grupais. Referimo-nos tanto a processos de aprendizagem como aos
de ensino, já que, desde uma perspectiva profissional, o conhecimento de como os meninos
e meninas aprendem é, em primeiro lugar, um meio para ajudá-los em seu crescimento e, em
segundo lugar, é o instrumento que tem que nos permitir melhorar nossa atuação na aula.
Nesse sentido, entendemos – concordando com Zabala – que o processo de avaliação deve
ser permanente e global. Isso quer dizer que devemos considerar a avaliação um contínuo per-
manente de observação, acompanhamento e análise crítica da aprendizagem dos estudantes e,
consequentemente, do processo de ensino. É importante que o professor perceba que a avaliação
entendida como coleta, sistematização e análise de dados tem caráter investigativo e de pesqui-
sa muito significativo. A análise permanente dos dados coletados deve permitir o diagnóstico, o
XXV
Análise
Diagnóstico
CICLO AVALIATIVO
Intervenção
Avaliação inicial
Considerando que o conhecimento se dá na interação do sujeito com o meio no qual ele está
inserido, o estudante é concebido como alguém que constrói conhecimentos dentro e fora da es-
cola. Os conhecimentos prévios nem sempre estão corretos sob o ponto de vista científico, mas são
importantes para que o professor tome decisões sobre os caminhos a serem trilhados em sala de
aula. Então, é necessário que o professor conheça o que o estudante já sabe a respeito de deter-
minado assunto, para que possa organizar o trabalho educativo de modo que não repita conteúdos
desnecessários nem proponha um desafio maior que as possibilidades do estudante naquele mo-
mento. Assim, a investigação realizada pelo professor para levantar os conhecimentos prévios do
estudante caracteriza a própria avaliação inicial, que servirá de subsídio para a organização de sua
proposta hipotética de intervenção. Nesta coleção, a seção Primeiras ideias, na abertura da unida-
de, e o boxe Para começar, nas aberturas de capítulo, são momentos de apoio para a realização de
uma sondagem diagnóstica dos conhecimentos prévios dos estudantes quando o trabalho com um
novo tema for iniciado.
Avaliação reguladora
No processo de aplicação da proposta de intervenção, será necessário fazer ajustes para se
adequar às necessidades de cada estudante, conforme os resultados vão surgindo. A avaliação re-
guladora, então, pode ser vista como um replanejamento por parte do professor. Desse modo, é im-
portante que não haja apenas um momento final de avaliação, quando, muitas vezes, já não há mais
tempo de redirecionar o trabalho, caso os objetivos não estejam sendo alcançados. Além disso, a
XXVI
ABERTURA DE UNIDADE
A unidade inicia-se com um pequeno tex- UNIDADE 6
to introdutório e a indicação dos capítulos
que a compõem. Na seção Primeiras ideias, REPRODUÇÃO VEGETAL
há perguntas que permitem aos estudantes Todos os seres vivos têm a capacidade de se reproduzir, ou
seja, de originar novos indivíduos. Assim, as populações se
acessar brevemente seu repertório e seus mantêm ao longo do tempo, o que resulta na continuidade da
vida no planeta.
Nesta unidade, você vai saber como as algas e as plantas se
partilhá-los. CAPÍTULO 1
Reprodução dos
organismos
CAPÍTULO 2
Algas e plantas sem
sementes
CAPÍTULO 3
Plantas com
sementes
em página dupla, cuja função é atrair o inte- 1. Você já viu uma alga? Sabe onde as algas vivem e como se reproduzem?
2. O que deve acontecer quando plantamos um galho de planta na terra?
3. Você conhece plantas que não produzem flores ou sementes?
resse dos estudantes para o tema da unidade e 4. Os animais participam, de alguma forma, da reprodução das plantas?
CAPÍTULOS
O conteúdo da unidade está organizado em
capítulos, de dois a quatro por unidade. Os ca-
pítulos estão diretamente relacionados à com-
preensão dos termos, dos conhecimentos e
dos conceitos científicos fundamentais. O texto
principal é associado a ilustrações, fotografias,
micrografias, gráficos, mapas, tabelas, entre
outros recursos, a fim de facilitar o entendimen-
to do conteúdo e propiciar o contato dos estu-
dantes com diversas formas de organização de
informações. Ideias-chave e termos essenciais
são destacados no texto.
XXVIII
ature PL/Fotoarena
e das sementes. causa dos frutos
ritish Wildsights/N
dação, a partir após a fecun-
de estruturas
Tanto o fruto femininas da flor.
como a semen
características te podem ter
August Wildsights/B
outros assuntos. Esses boxes podem ser,
que favorecem
dispersão. Os o fenômeno da
frutos podem
culentos e sabor ser coloridos,
osos, por exemp su-
lo. Ao se aliment
ar dos
O fruto a raposa-vermelh frutos da amoreira (gênero
a (Vulpes vulpes) Morus),
sementes. atua na dispers
As principais funçõe
construção do conhecimento.
comprimento:
15 cm
ck.
com/ID/BR
Bruno Badain/ID/BR
Aggie 11/Shuttersto
semente
endocarpo
mesocarpo pericarpo A parte averme
SOMMAI/Shutterstock.
com/ID/BR
do amendoim e
e o fruto da castan fibrosos. Exemplos: a vagem
Em alguns casos heira-do-pará.
, o fruto pode
de determinado ser a única fonte
animal. Assim de alimento
AS FASES DA LUA
A
CONHECIMENTO CAIÇAR
, caso a planta Os pontinhos ilumi-
essa espécie de
animal també entre em extinç pretos que vemos
e uma metade
a Terra, tem sempr
no interior da
ão, o, em torno do
ões
aesemann/Fotoarena
Fotografias: LRO/NASA;
as marés
A Lua influencia
Blickwinkel/B
águas da região
intensidade as o dela.
permanece visível que está bem embaix
o tempo que ela fica visível por
durante o dia; uma região
Reinaldo Vignati/ID/BR
como consequência do aquecimento do ar atmosférico. Equador
facilitando a consulta.
superfície terrestre.
Djelen/Shutterstock.com/ID/BR
37
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 37
04/05/22 10:11
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
CIÊNCIA DINÂMICA
Pautada na leitura de textos e em
questões para discussão, a seção tra-
balha o caráter mutável das explicações
científicas, o papel das controvérsias na
construção do conhecimento, a histó-
ria da ciência, o trabalho em equipe e a
construção de teorias, como a elabora-
ção de um consenso entre várias cola-
borações. Essa seção também contribui
para o desenvolvimento do letramento
científico, ao propor reflexões sobre a
natureza das ciências e os fatores éticos
e políticos que circundam sua prática.
AMPLIANDO HORIZONTES
Por meio de textos de circulação so-
cial, a seção evidencia que os conteúdos
estudados estão relacionados a questões
importantes da sociedade e que nos colo-
camos diante delas alicerçados nos valo-
res que adotamos. A intenção é permitir
o desenvolvimento de outro aspecto do
letramento científico: o entendimento
das relações existentes entre ciência,
tecnologia, sociedade e meio ambiente,
com reflexão e formação em valores.
XXX
INVESTIGAR
A seção, que aparece duas vezes em
cada volume, propõe atividades de caráter
investigativo voltadas para a aplicação de
metodologias de pesquisa de forma mais
organizada e orientada, incluindo estudos
com bibliografia e entrevista, entre outros.
Essa seção está estruturada da seguin-
te forma: Para começar (contextualização
e apresentação da proposta), O problema
(questão a ser investigada), A investigação
(apresentação do procedimento e do ins-
trumento de coleta de dados), Prática de
pesquisa (texto instrucional sobre como
realizar a atividade), Questões para dis-
cussão (indagações relacionadas à forma
como a atividade foi realizada e aos resul-
tados obtidos) e Comunicação dos resulta-
dos (orientação a respeito do compartilha-
mento do conhecimento produzido).
O organizador gráfico a seguir apresenta a programação das metodologias desenvolvidas em
cada volume da coleção.
INSTRUMENTO COMUNICAÇÃO
INVESTIGAR PROCEDIMENTO
DE COLETA DOS RESULTADOS
Unidade Pesquisa
documental Análise documental
6 Animais sinantrópicos Múltiplas
e pesquisa de e entrevista
campo
6o
ANO
Unidade
Conhecendo as Pesquisa
Fontes bibliográficas Apresentação
9 deficiências e os meios bibliográfica e
e questionário aberto oral e debate
de superá-las entrevista
Unidade Pesquisa
Construindo um Fontes de pesquisa Apresentação
bibliográfica
2 modelo de motor e construção de um oral e
e testes
a vapor modelo demonstração
empíricos
7o
ANO
XXXI
Unidade
O uso de modelos Pesquisa
1 Fontes bibliográficas Exposição visual
na ciência bibliográfica
9o
ANO
Unidade
A sobrevivência Pesquisa
6 Fontes bibliográficas Debate
humana fora da Terra bibliográfica
ATIVIDADES INTEGRADAS
Ao final de cada unidade, a seção re-
toma e integra conteúdos estudados nos
capítulos. O trabalho com essa seção
pode ser considerado uma possibilidade
de avaliação final, assim como um meio
essencial para levar os estudantes a de-
senvolver processos cognitivos mais com-
plexos, uma vez que eles devem ampliar
as relações conceituais construídas ao
longo da unidade, além de solucionar os
diferentes problemas apresentados nas
atividades. A questão de valor, ao final da
seção, retoma a discussão a respeito do
valor principal explorado na unidade.
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO
A seção apresenta questões que visam levar os estudan- IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 7
tes a verificar o próprio progresso, refletindo sobre suas Capítulo 1 – Reprodução em invertebrados
• Diferencio a reprodução assexuada da reprodução sexuada, identificando esses
processos nos diferentes animais?
176
INTERAÇÃO
A seção oferece aos estudantes a opor-
tunidade de planejar e realizar projetos,
trabalhar coletivamente e intervir em seu
meio; portanto, é um trabalho voltado es-
pecificamente para o desenvolvimento de
competências. As atividades propostas
nessa seção ampliam as possibilidades de
realizar um trabalho interdisciplinar, uma
vez que envolvem leitura e produção de
textos de divulgação, coleta e tratamento
de dados, reflexões sobre as relações en-
tre os espaços físico e social, entre outras
realizações. A seção foi colocada no final
do livro para que você tenha mais controle
sobre o desenvolvimento da atividade. Por
se tratar de projetos, deve-se considerar
Construção e manutenç
ão do viveiro 7 As mudas devem
Material permanecer no vivei-
• sementes de ro até atingir tamanho
• adubo
plantas nativas suficiente para o plan-
• telas de som-
/Getty Images
6 Usem os
palitos de sorvete para no cuidado com as mudas?
iden- Descreva-as.
tificar as mudas. Vocês 3. Vocês conseguem
podem escre- imaginar os impac-
MementoImage/iStock
ver no palito o nome da tos positivos que o plantio
planta das mudas
e a data da semeadura que vocês formaram podem
. ter em sua
comunidade? Citem exemplos.
222
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_I
NTERACAO_221A222.indd
222
05/05/22 10:04
TEMA PRODUTO
6º Reciclagem e transformações
Composteira na escola
ANO da matéria orgânica
XXXIII
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 1 Movimentos da Terra
Movimentos da
Terra e da Lua Capítulo 2:
Movimentos da Lua
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 2 Clima e tempo
Clima e me-
teorologia Capítulo 2:
Mudanças climáticas
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Formas de energia
Unidade 3
Energia Capítulo 2:
Transformação e conservação de
energia
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Unidade 4 Capítulo 1:
Fontes de energia
Produção e
consumo de Capítulo 2:
energia Geração de energia elétrica
Fechamento de unidade
XXXIV
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 5 Eletricidade
Energia elétrica Capítulo 2:
Eletricidade em movimento
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Reprodução dos organismos
Unidade 6
Capítulo 2:
Reprodução Algas e plantas sem sementes
vegetal
Capítulo 3:
Plantas com sementes
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 7 Reprodução em invertebrados
Reprodução
animal Capítulo 2:
Reprodução em vertebrados
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 8 Adolescência e sistema genital
Reprodução
humana Capítulo 2:
Reprodução
Fechamento de unidade
Abertura de unidade
Capítulo 1:
Unidade 9 Métodos anticoncepcionais e ISTs
Saúde e
sexualidade Capítulo 2:
Sexualidade e responsabilidade
Fechamento de unidade
Interação
Árvores nativas: plante essa ideia
XXXV
1. Atmosfera • Atmosfera: definição, características e camadas • Forma, (EF06CI11) Identificar as diferentes ca-
2. Hidrosfera • Hidrosfera: corpos de água e ciclo da água estrutura e madas que estruturam o planeta Terra
3. Geosfera • Água doce, água salobra e água salgada movimentos (da estrutura interna à atmosfera) e suas
Unidade 2 – Planeta Terra
VALOR
Respeito à natureza
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Visita a um museu geológico para observação
de amostras
CIÊNCIA DINÂMICA
Hipóteses e evidências sobre a idade da Terra.
1. Proprieda- • Propriedades gerais da matéria: massa e volume • Misturas (EF06CI01) Classificar como homogênea ou
des dos • Propriedades específicas da matéria: homogêneas heterogênea a mistura de dois ou mais mate-
materiais densidade e solubilidade e heterogê- riais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.).
2. Misturas e • Estados físicos da matéria neas (EF06CI02) Identificar evidências de trans-
substâncias • Misturas homogêneas e misturas • Separação de formações químicas a partir do resultado de
3. Transfor- heterogêneas materiais misturas de materiais que originam produtos
mações • Separação de misturas • Materiais diferentes dos que foram misturados (mistura
Unidade 4 – Materiais
de materiais • Transformações físicas e químicas sintéticos de ingredientes para fazer um bolo, mistu-
• Evidências de transformações químicas • Transfor- ra de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
• Materiais naturais e materiais sintéticos mações (EF06CI03) Selecionar métodos mais ade-
químicas quados para a separação de diferentes siste-
VALOR
mas heterogêneos a partir da identificação de
Criatividade na solução de problemas
processos de separação de materiais (como
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS a produção de sal de cozinha, a destilação de
Construção de um filtro simples e teste de petróleo, entre outros).
elementos filtrados (EF06CI04) Associar a produção de medi-
AMPLIANDO HORIZONTES camentos e outros materiais sintéticos ao
Transformações aplicadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, re-
reaproveitamento de resíduos conhecendo benefícios e avaliando impactos
socioambientais.
XXXVI
seres vivos • Classificação biológica e grupos de seres vivos vida trutural e funcional dos seres vivos.
2. Grupos de VALOR (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
seres vivos Justiça – direito à educação se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
digitais), que os organismos são um com-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS plexo arranjo de sistemas com diferentes
Pesquisa e construção de um modelo de níveis de organização.
célula
CIÊNCIA DINÂMICA
Aspectos históricos da classificação dos seres
1. Os animais • Origem e diversidade dos animais • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
2. Invertebra- • Poríferos, cnidários, platelmintos e unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
dos mais nematódeos vida digitais), que os organismos são um com-
complexos • Moluscos, anelídeos, artrópodes e • Interação plexo arranjo de sistemas com diferentes
equinodermos entre os níveis de organização.
Unidade 6 – Invertebrados
1. Peixes e • Cordados e protocordados • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
anfíbios • Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
Unidade 7 – Vertebrados
1. Sistema • Sistema esquelético, estrutura e função dos • Célula como (EF06CI06) Concluir, com base na análi-
esquelético ossos; articulações unidade da se de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
2. Sistema • Tecido muscular e tipos de músculo vida digitais), que os organismos são um com-
Unidade 8 – Locomoção humana
muscular • Movimentos voluntários e movimentos • Interação plexo arranjo de sistemas com diferentes
3. Movimento involuntários entre os níveis de organização.
e saúde • Atividade física e saúde sistemas (EF06CI07) Justificar o papel do sistema
VALOR locomotor e nervoso na coordenação das ações mo-
Responsabilidade diante das regras sociais nervoso toras e sensoriais do corpo, com base na
análise de suas estruturas básicas e res-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS pectivas funções.
Construção de modelo de articulação e
(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sus-
observação do mecanismo de ação dos
tentação e a movimentação dos animais
músculos
resultam da interação entre os sistemas
AMPLIANDO HORIZONTES muscular, ósseo e nervoso.
Respeito às regras de acessibilidade
XXXVII
mento do Respeito a nós mesmos • Lentes digitais), que os organismos são um com-
sistema corretivas plexo arranjo de sistemas com diferentes
nervoso PRÁTICAS DE CIÊNCIAS níveis de organização.
Experimento com a percepção tátil (EF06CI07) Justificar o papel do sistema
3. Sistema
sensorial CIÊNCIA DINÂMICA nervoso na coordenação das ações mo-
Revisão e questionamento de dados pela ciência toras e sensoriais do corpo, com base na
análise de suas estruturas básicas e res-
INVESTIGAR
pectivas funções.
Pesquisa bibliográfica e entrevista sobre
direitos das pessoas com deficiência e (EF06CI08) Explicar a importância da visão
acessibilidade (captação e interpretação das imagens) na
interação do organismo com o meio e, com
base no funcionamento do olho humano,
selecionar lentes adequadas para a corre-
ção de diferentes defeitos da visão.
(EF06CI10) Explicar como o funciona-
mento do sistema nervoso pode ser afe-
tado por substâncias psicoativas.
7O ANO
OBJETO(S) DE
CAPÍTULOS CONTEÚDOS HABILIDADE(S)
CONHECIMENTO
1. Movimen- • Movimento: referencial, trajetória, • Máquinas (EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo
tos deslocamento e velocidade simples da história, das máquinas simples e pro-
2. Forças • Movimento uniforme (MU) e movimento • História dos por soluções e invenções para a realização
3. Máquinas uniformemente variado (MUV) combustíveis de tarefas mecânicas cotidianas.
• Aceleração e das (EF07CI05) Discutir o uso de diferentes
Unidade 1 – Movimentos, forças e máquinas
XXXVIII
2. Planeta VALOR
dinâmico Solidariedade com as vítimas de desastres ambientais de um ecossistema afetam suas populações,
naturais • Fenômenos podendo ameaçar ou provocar a extinção de
naturais espécies, alteração de hábitos, migração etc.
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (vulcões, (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais
Modelo de movimentação de placas terremotos (como vulcões, terremotos e tsunamis) e
AMPLIANDO HORIZONTES e tsunamis) justificar a rara ocorrência desses fenô-
Refugiados de catástrofes naturais • Placas menos no Brasil, com base no modelo das
tectônicas placas tectônicas.
e deriva (EF07CI16) Justificar o formato das costas
continental brasileira e africana com base na teoria da
deriva dos continentes.
1. Ar e seres • Ar e composição da atmosfera • Equilíbrio (EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio ter-
vivos • Trocas gasosas dos seres vivos termodinâ- modinâmico para a manutenção da vida na
2. Poluição • Poluentes, poluição do ar mico e vida Terra, para o funcionamento de máquinas
do ar • Alterações na atmosfera, efeito estufa, na Terra térmicas e em outras situações cotidianas.
3. Mudanças aquecimento global e camada de ozônio • Fenômenos (EF07CI11) Analisar historicamente o uso da
na atmos- naturais e tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes
VALOR
fera impactos dimensões da vida humana, considerando in-
Honestidade – recusa à fraude e ao engano
ambientais dicadores ambientais e de qualidade de vida.
intencional
Unidade 4 – Ar e atmosfera
ambiente
Responsabilidade diante das próximas gerações
2. Grandes
ambientes PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
terrestres Construção de um diorama para representar
relações entre organismos
CIÊNCIA DINÂMICA
Evolução da ciência aplicada à conservação
XXXIX
estuda • Cadeia e teia alimentar impactos danças nos componentes físicos, biológi-
2. Relações ambientais cos ou sociais de um ecossistema afetam
VALOR
ecológicas suas populações, podendo ameaçar ou
Respeito a todas as formas de vida
3. Matéria provocar a extinção de espécies, alteração
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS de hábitos, migração etc.
e energia
Teste de condições na germinação de sementes
nos
ecossis- CIÊNCIA DINÂMICA
temas Implicações do desenvolvimento tecnológico
nos ecossistemas (uso do DDT)
1. Sistema • Estrutura e função dos sistemas respiratório, • Composição (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma
Unidade 8 – Funcionamento
XL
2. Movimen-
tos da Lua • Lua e seus movimentos de rotação e de eclipses, com base nas posições relativas
translação entre Sol, Terra e Lua.
• Fases da Lua e eclipses (EF08CI13) Representar os movimentos de
VALOR rotação e translação da Terra e analisar o
papel da inclinação do eixo de rotação da
e da Lua
Respeito às culturas
Terra em relação à sua órbita na ocorrên-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS cia das estações do ano, com a utilização de
Modelo para estudo da distribuição da modelos tridimensionais.
radiação solar na Terra (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
Modelo para simular e estudar as fases da Lua padrões de circulação atmosférica e oceâ-
AMPLIANDO HORIZONTES nica e ao aquecimento desigual causado
Conhecimentos indígenas sobre os fenômenos pela forma e pelos movimentos da Terra.
astronômicos
1. Clima e • Principais zonas climáticas da Terra • Clima (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
tempo • Formação de ventos e circulação de massas padrões de circulação atmosférica e oceâ-
Unidade 2 – Clima e meteorologia
1. Fontes de • Fontes renováveis e fontes não renováveis • Fontes e (EF08CI01) Identificar e classificar dife-
energia • Combustíveis tipos de rentes fontes (renováveis e não renová-
Unidade 4 – Produção e consumo de energia
2. Geração • Usinas geradoras e panorama energético do energia veis) e tipos de energia utilizados em resi-
de energia Brasil • Transforma- dências, comunidades ou cidades.
elétrica VALOR ção de (EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de
Respeito à natureza energia geração de energia elétrica (termelétri-
• Uso cas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas se-
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS melhanças e diferenças, seus impactos
consciente
Construção de um aquecedor solar socioambientais, e como essa energia
de energia
AMPLIANDO HORIZONTES elétrica chega e é usada em sua cidade, comuni-
Iniciativas para a produção de energia limpa dade, casa ou escola.
XLI
1. Reprodução • Reprodução assexuada e reprodução sexuada • Mecanismos (EF08CI07) Comparar diferentes proces-
dos organis- • Algas reprodutivos sos reprodutivos em plantas e animais
mos • Evolução das plantas em relação aos mecanismos adaptativos
Unidade 6 – Reprodução vegetal
2. Algas e e evolutivos.
• Reprodução e diversidade de briófitas,
plantas sem pteridófitas, gimnospermas e angiospermas
sementes • Órgãos vegetativos
3. Plantas com
sementes VALOR
Responsabilidade diante das próximas
gerações
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Observação de protalos de samambaia
Análise de frutos e de sementes
AMPLIANDO HORIZONTES
Plantas, alimentação humana e uso de
agrotóxicos
• Reprodução em vertebrados
brados em relação aos mecanismos adaptativos
VALOR
2. Reprodução e evolutivos.
Criatividade na solução de problemas.
em verte-
brados PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Pesquisa sobre ciclo reprodutivo e contágio de
verminoses
CIÊNCIA DINÂMICA
Importância da comunicação e da troca de
informações entre pesquisadores
XLII
9O ANO
OBJETO(S) DE
CAPÍTULOS CONTEÚDOS HABILIDADE(S)
CONHECIMENTO
1. Constitui- • Modelos atômicos: Dalton, Thomson, • Estrutura da (EF09CI03) Identificar modelos que des-
ção da Rutherford e Bohr matéria crevem a estrutura da matéria (constitui-
matéria ção do átomo e composição de moléculas
Unidade 1 – Matéria: estrutura
problemas
micas
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Pesquisa e construção de uma Tabela
Periódica
CIÊNCIA DINÂMICA
Representação das substâncias
INVESTIGAR
Uso de modelos na ciência
1. Estados • Modelo microscópico para os estados físicos • Estrutura da (EF09CI01) Investigar as mudanças de
físicos e da matéria e as mudanças de estado físico matéria estado físico da matéria e explicar essas
Unidade 2 – Formação de substâncias
XLIII
1. Astros no • Universo, corpos celestes, Sistema Solar e • Composição, (EF09CI14) Descrever a composição e a
Universo galáxias estrutura e estrutura do Sistema Solar (Sol, plane-
2. Um olhar • Astronomia localização tas rochosos, planetas gigantes gasosos
para o • Origem do Universo: explicações mitológicas do Sistema e corpos menores), assim como a locali-
Universo e explicações científicas Solar no zação do Sistema Solar na nossa Galáxia
Universo
Unidade 6 – Universo e Sistema Solar
1. Como os • Biogênese, geração espontânea e hipóteses • Ideias (EF09CI10) Comparar as ideias evolu-
seres vivos sobre a origem da vida evolucio- cionistas de Lamarck e Darwin apresen-
surgem? • Lamarquismo, darwinismo e a teoria sintética nistas tadas em textos científicos e históricos,
2. Evolução da evolução identificando semelhanças e diferenças
Unidade 8 – Evolução
dos seres • Evidências da evolução; evolução humana entre essas ideias e sua importância para
vivos explicar a diversidade biológica.
VALOR
3. A evolução Justiça – direito à educação (EF09CI11) Discutir a evolução e a diver-
acontece sidade das espécies com base na atuação
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS da seleção natural sobre as variantes de
Leitura e análise de fontes primárias sobre uma mesma espécie, resultantes de pro-
ideias evolucionistas cesso reprodutivo.
AMPLIANDO HORIZONTES
Direito à educação formal
VALOR
Responsabilidade diante das próximas com base na análise de ações de consu-
ambientais na escola
XLV
Objetivos e Justificativa
Objetivos explicita os objetivos Reprodução vegetal Mapa da unidade
UNIDADE 6
de aprendizagem a serem OBJETIVOS
O quadro sintetiza os
desenvolvidos em cada capítulo Capítulo 1 – Reprodução dos organismos
• Reconhecer a reprodução como uma das principais características dos seres vivos.
as formas de reprodução em algas, briófitas e pteridófitas, a diversidade desses grupos, suas origens conteúdos, as habilidades
que compõe a unidade – e na
evolutivas e seus respectivos ciclos reprodutivos. O capítulo 3 aborda as plantas com sementes: gim-
e competências e os temas
• Compreender os processos de divisão celular. nospermas e angiospermas. Também trata das características desses grupos, de seus ciclos repro-
• Entender o que é reprodução sexuada e o que é reprodução assexuada. dutivos e suas adaptações ao ambiente, da polinização e da dispersão. A seção Ampliando horizontes
Capítulo 2 – Algas e plantas sem sementes trabalha o tema contemporâneo transversal relacionado à saúde (Educação alimentar e nutricional),
contemporâneos transversais
• Identificar características e tipos de reprodução em algas.
Assim, além dos objetivos e da justificativa já apresentados, a unidade desenvolve a habilidade
• Reconhecer a evolução em grupos de plantas.
EF08CI07, no que tange aos processos reprodutivos de plantas e animais relacionados a mecanismos
• Identificar algumas características das briófitas, compreender seu ciclo de vida e conhecer sua diversidade.
desenvolvidos em
• Identificar algumas características das pteridófitas, compreender seu ciclo de vida e conhecer pecíficas de Ciências da Natureza 2, 3, 4 e 8. Dentre as competências, destacam-se as relacionadas
sua diversidade. ao exercício do protagonismo dos estudantes (competência geral 5), às práticas e aos procedimentos
• Realizar experimento para investigar se é possível obter protalos de uma folha de samambaia. da investigação científica (competências geral 2 e específica 2) e à compreensão de conceitos funda-
fundamentação pertinente a
mentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza e de processos e características do mundo
cada capítulo.
Capítulo 3 – Plantas com sementes
natural (competências específicas 2 e 3). Além disso, ao enfatizar as relações entre o consumo pelos
• Identificar características e conhecer a diversidade de gimnospermas. seres humanos e os impactos gerados ao meio ambiente, a unidade promove a responsabilidade so-
• Compreender o ciclo reprodutivo das gimnospermas. cioambiental para com as futuras gerações, desenvolvendo aspectos da competência geral 7 e das
esses objetivos. •
•
•
Identificar características e conhecer a diversidade das angiospermas.
Identificar as partes de uma flor e seu papel na reprodução das angiospermas.
Compreender o ciclo reprodutivo das angiospermas.
competências específicas 4 e 8.
MAPA DA UNIDADE
Sobre a unidade
•
de angiospermas. CAPÍTULO 1 – REPRODUÇÃO DOS ORGANISMOS
• Analisar amostras de frutos e de sementes, para identificar o modo de dispersão de algumas plantas.
competências gerais da
• Reprodução e divisão celular (EF08CI07) (CECN2)
• Mitose e meiose (CECN3)
• Reconhecer a importância das plantas na alimentação humana e refletir sobre os efeitos dos agro-
os objetivos, a justificativa e os
pos de plantas terrestres. Já o capítulo 3 salienta as características e os ciclos de vida de grupos
de plantas com sementes e com sementes, flores e frutos, novidades evolutivas que favoreceram a
capacidade de dispersão dessas plantas no ambiente. Além disso, o capítulo aborda as relações das
• Características gerais e diversidade das
gimnospermas
• Ciclo reprodutivo das gimnospermas
• Características gerais e diversidade das
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Analisando frutos e
sementes
AMPLIANDO HORIZONTES
(EF08CI07) (CGEB2)
(CGEB5)
(CGEB7)
(CECN2)
Educação
alimentar e
nutricional respeito às competências
específicas de Ciências
plantas com o ser humano na alimentação e a necessidade de reconhecer os impactos do uso de angiospermas As plantas e a (CECN3)
agrotóxicos no ambiente e nos seres vivos. • Ciclo reprodutivo das angiospermas alimentação humana
Nesta unidade, são explorados os diversos tipos de reprodução em diferentes grupos de plantas, ve-
como sua relevância na vida dos rificando-se, em alguns casos, a alternância da reprodução sexuada com a assexuada. Por essa razão,
faz-se necessário compreender como ocorrem os processos de reprodução e quais são os tipos de di-
121 A
indicadas na BNCC.
relação com as competências e
GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121Aa121B.indd 121 11/07/22 16:33
Respostas e comentários
nando imagens que mostrem estruturas
reprodutivas de plantas de diferentes
Apresenta eventuais
estruturas apresentadas se relacionam
questões da seção
com sua reprodução. Ao final da discus-
são, avalie novamente os conhecimentos
Todos os seres vivos têm a capacidade de se reproduzir, ou prévios dos estudantes e utilize-os para
planejar as aulas desta unidade.
complementos às respostas
seja, de originar novos indivíduos. Assim, as populações se
Primeiras ideias.
mantêm ao longo do tempo, o que resulta na continuidade da
vida no planeta.
Nesta unidade, você vai saber como as algas e as plantas se
reproduzem. de atividades propostas no
Livro do Estudante.
1. Respostas variáveis. É possível que os estudantes mencionem as algas que habitam os mares. Eles também
podem confundir plantas aquáticas com algas. Caso isso ocorra, aproveite para instigar a curiosidade deles
questionando, por exemplo: “Algas são plantas?”. Essa questão será retomada ao longo da unidade.
PRIMEIRAS IDEIAS
LEITURA DA IMAGEM ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Dr. Jeremy Burgess/SPL/Fotoarena
1. Você já viu uma alga? Sabe onde as algas vivem e como se reproduzem?
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS • A imagem de abertura retrata o fenô-
2. O que deve acontecer quando plantamos um galho de planta na terra? meno de dispersão de pólen realizado
1. Os estudantes podem responder que
3. Você conhece plantas que não produzem flores ou sementes? veem um galho de planta com algumas pela planta da espécie Taxus baccata.
estruturas brancas, das quais sai um pó. Essa planta não é nativa do Brasil e pode
4. Os animais participam, de alguma forma, da reprodução das plantas? ser encontrada na Europa, na Ásia e no
Observe se eles relacionam esse pó com
Resposta variável. Espera-se que alguns estudantes respondam que sim. É provável que eles tenham norte da África.
conhecimento do papel polinizador de insetos, como borboletas e abelhas, ou dispersor de sementes, como o pólen liberado pela planta.
muitas aves. Aproveite esse conhecimento dos estudantes e explique que a reprodução das plantas inclui • Questione os estudantes se já tiveram a
2. É provável que os estudantes respondam
diversas etapas, muitas delas com a participação de animais. curiosidade de observar mais de perto
que está relacionado com a reprodução.
alguma flor ou outra estrutura reprodu-
3. Resposta variável. É possível que os estudantes mencionem as gramíneas ou outras plantas que aparentam Verifique suas respostas como forma
não produzir flores. Aproveite esse momento para criar um ambiente que possibilite a troca de ideias, dizendo, tiva, como os estróbilos presentes em
de dar continuidade à avaliação inicial.
por exemplo, que as estruturas podem estar presentes nas plantas, apesar de não estarem visíveis. muitas gimnospermas. Pergunte a eles
121 3. É provável que os estudantes desconhe- quais são as estruturas de uma flor. Ve-
çam essa planta, pois não se trata de rifique as respostas deles como forma
uma espécie nativa do Brasil. Porém, de seguir levantando e avaliando seus
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_121A127.indd 121 05/05/22 10:38
eles podem compará-la, por exemplo, conhecimentos prévios.
com os pinheiros, devido à estrutura • Se julgar oportuno, para instigar a curio-
das folhas. sidade dos estudantes e problematizar os
conteúdos da unidade, pergunte a eles se
Responsabilidade diante das sabem qual é a relação entre a disper-
próximas gerações são de pólen (como na foto da página) e
a reprodução.
4. Resposta pessoal. Possivelmente, mui-
tos estudantes devem reconhecer que a
produção e o consumo desses produtos
impactam a preservação dos ambientes
naturais. Converse com os estudantes
sobre a importância de identificar e
distinguir diferentes modos de cultivo,
valorizando os que contribuem para a
preservação ambiental, especialmente
aqueles relacionados à agricultura tra-
dicional. Comente que algumas técni- LEITURA DA IMAGEM
cas inovadoras apresentam elementos
semelhantes a técnicas praticadas por 1. Descreva o que a foto retrata. Você já viu esse fenômeno
indígenas há muito tempo, por exemplo,
121 alguma vez? Respostas variáveis.
e que há muito conhecimento oriundo
dos saberes tradicionais. 2. Com qual aspecto da vida da planta retratada você acha
que esse fenômeno está relacionado? Resposta variável.
GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121A154.indd 121 13/07/22 09:59 3. Você conhecia essa planta? Ela é parecida com outras
plantas que você conhece? Respostas variáveis.
Valor
ambientes naturais? Explique. alcançar 25 metros de altura.
O ícone sinaliza o valor GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_121A127.indd 122 03/05/22 18:32 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_121A127.indd 123 03/05/22 18:32
trabalhado naquele
momento e sobre o
qual os estudantes
vão refletir. 122 123
XLVI
GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121A154.indd 122 29/06/22 17:26 GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121A154.indd 123 29/06/22 17:26
seção
por meiose, milhões de estruturas
grande novidade evolutiva: = nu, despido e sperma = semente). As sementes contêm um que, nas gimnospermas, toda a etapa
encaminhamento dos
microscópicas chamadas grãos de
se conhecem plantas semelhantes às embrião e uma reserva nutritiva, a qual sustenta o embrião nas pólen, nos quais são formados os gametofítica ocorre no esporófito.
araucárias, como as da foto de abertura a produção de sementes. gametas masculinos. Cada grão de pólen
Em algumas plantas, a etapas iniciais de seu desenvolvimento. grãos de
corresponde a um gametófito masculino
• Destaque que, em muitos casos, a po-
do capítulo. pólen
linização das gimnospermas ocorre
semente é envolta em uma As gimnospermas apresentam vasos condutores, e a maioria imaturo.
• Esclareça que muitas espécies desse das espécies tem caule do tipo lenhoso, ou seja, que forma ma- com a ação do vento. É possível pro-
Menciona as
grupo não são nativas do Brasil – são casca simples; em outras, é
Studio Caparroz/ID/BR
conteúdos, das seções
deira. Por isso, algumas espécies desse grupo atingem dezenas estróbilo blematizar a questão, perguntando aos
plantas introduzidas no país. A araucária envolvida pelo fruto. masculino estudantes: “Existe relação entre a
de metros de altura, ficando entre os maiores organismos vivos
(Araucaria angustifolia) e o podocarpo Você sabe qual é a função da altura de uma planta e a forma como
do planeta. Os ciprestes, os pinheiros, as cicas e as sequoias são estróbilo
(Podocarpus lambertii), também conhecido semente nas plantas? feminino grão de pólen ela é polinizada?”.
exemplos de gimnospermas.
como pinheirinho-bravo, são exemplos de • Reforce que as gimnospermas não de-
habilidades da
Muitas espécies de gimnospermas foram introduzidas no
BNCC relacionadas
Mata de araucária (Araucaria Os óvulos são formados
promove as competências específicas 2 angustifolia) em Urubici (SC). por meiose nos estróbilos
grão de pólen germinar,
Foto de 2019. dará origem a uma
e 3, quanto aos conceitos fundamentais femininos. Nos óvulos,
estrutura denominada
que correspondem aos
das Ciências da Natureza, aos fenômenos, altura: 50 m gametófitos femininos,
tubo polínico, por meio da
qual o gameta masculino
às características e aos processos do são formados os gametas
ao conteúdo a ser
Portanto, a fecundação
araucária não depende da presença
da página 139 promove a habilidade jovem FECUNDAÇÃO
de água para ocorrer.
EF08CI07, ao abordar os processos
gameta
reprodutivos em gimnospermas. feminino
grão de pólen
estudado. Também
gameta
Os estróbilos femininos que masculino
tubo polínico
amadurecem se abrem,
permitindo a dispersão das
sementes. Algumas sementes Após a fecundação, forma-se
germinam, gerando esporófitos, o zigoto, que se desenvolve em
que crescem e atingem a idade
está presente na
semente um embrião. Algumas partes do
reprodutiva. Esses indivíduos estróbilo se desenvolvem em torno
formarão estróbilos, continuando do embrião, formando a semente,
assim o ciclo reprodutivo. a qual contém a reserva nutritiva
embrião
que alimentará o embrião.
seção Investigar.
Esquema do ciclo reprodutivo de uma araucária. (Representação sem
proporção de tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e outros. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2015. p. 634.
138 139
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 138 03/05/22 18:45 ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 139 • importância econômica das gimnospermas 03/05/22 18:45
1 FORMAS DE ENERGIA
Olivette, Irene dos Santos Pacheco; Cri- CONHECENDO AS GIMNOSPERMAS
para a indústria, para a medicina, etc.);
sOstiMO, Ana Lúcia. Importância da espécie Nesta atividade, os estudantes deverão fazer NO CAPÍTULO A energia que está diretamente associada ao movimento é
FORÇA VIVA OU ENERGIA
• curiosidades sobre as gimnospermas (porte, denominada energia cinética. A energia cinética de um objeto
araucária para a preservação da biodi- uma pesquisa bibliográfica sobre as gimnos- longevidade, hábitat, etc.). CINÉTICA
versidade na região centro-sul do Para- permas no mundo. Para isso, sugira livros e (EF08CI01) Identificar e classificar diferen- depende de dois fatores: da massa e da velocidade do objeto. A ideia de “algo que dá vida ao
ná. Dia a Dia Educação. Disponível em: sites que possam servir de fontes de consulta. Os resultados da pesquisa devem ser re- tes fontes (renováveis e não renováveis) e Essas informações podem ser resumidas na seguinte fórmula: corpo” propiciando seu movimento
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ gistrados em cartazes, que serão expostos tipos de energia utilizados em residências, remonta aos antigos gregos.
Uma opção de fonte de pesquisa é o documento
Ec 5 m 2? v
2
portals/pde/arquivos/1610-8.pdf?PHPSES na sala de aula. comunidades ou cidades. O conceito moderno de
“Gimnospermas”: caracterização, diversidade e energia, tal como conhecemos
SID=2010012508181580. Acesso em: distribuição geográfica, da Universidade de São ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Nessa equação: hoje, tem cerca de duzentos anos.
15 fev. 2022. Paulo (USP), disponível em https://midia.atp.
PARA COMEÇAR ENERGIA A expressão “energia cinética”,
• Incentive a turma a pensar no Sol como • Ec é a energia cinética;
O artigo aborda o desenvolvimento e usp.br/impressos/lic/modulo03/diversidade_ Todas as atividades Mesmo não havendo consenso sobre o que é energia, a ideia definida no início do século XIX
fonte de energia primária para toda a • m é a massa do objeto; pelo físico francês Gaspard-
a aplicação de uma proposta de ensino evolucao_plantas_PLC0022/DivEvoPlan_top07. realizadas pelos seres vivos mais aceita entre os físicos é a de que ela está relacionada com a
biosfera. Discuta como as demais fontes possibilidade de um sistema movimentar algum corpo ou trans-
• v é a velocidade do objeto. -Gustave Coriolis (1792-1843), só
baseada na temática biodiversidade, com pdf (acesso em: 15 fev. 2022). necessitam de uma fonte se consolidou entre os cientistas
de energia dependem desse astro. formar as propriedades da matéria. A unidade de energia cinética, no Sistema Internacional de
o objetivo de conscientizar os estudantes de energia, como a energia a partir de 1920. Antes disso, as
Quanto aos tópicos da pesquisa, você pode • Questione os estudantes sobre a conver- Unidades (SI), é o joule (J). expressões “força viva”, defendida
do Ensino Fundamental da importância da proveniente dos alimentos A evaporação da água em um dia quente, o canto e o voo de
dar as seguintes sugestões aos estudantes: são de energia em aparelhos diversos pelo matemático e filósofo alemão
preservação da araucária. ou a dos combustíveis. uma ave e o funcionamento de um motor são exemplos de fenô-
• principais gêneros de gimnospermas no e nos seres vivos. A compreensão da menos que precisam de energia para acontecer. ENERGIA POTENCIAL Gottfried Leibniz (1646-1716),
e “força vital”, difundida pelo
mundo (exemplos: Pinus, Thuja, Cupressus, ocorrência dessas conversões de ener- De que forma utilizamos
A principal fonte de energia da Terra é o Sol. Dele provém a A energia potencial está associada à possibilidade de produ- químico sueco Jacob Berzelius
Podocarpus, entre outros) e sua distribuição; gia é importante para o aprendizado dos essa energia? zir ou alterar um movimento ou outras propriedades da matéria. (1779-1848), eram muito
energia para manter os ciclos biogeoquímicos, como os (ciclos
temas da unidade. utilizadas para definir o conceito
da água e do carbono, a energia utilizada pelas plantas para rea- A energia potencial pode ser subdividida em energia poten-
138 139 Espera-se que os estudantes cial gravitacional e energia potencial elástica.
de energia cinética ou para
respondam que essa energia é lizar a fotossíntese. designar uma essência que daria
DE OLHO NA BASE utilizada para manter a temperatura movimento a todo tipo de matéria.
A energia é classificada de acordo com os efeitos observa-
O conteúdo das páginas 60 e 61 inicia do nosso corpo e para realizar
dos por sua presença, como a energia mecânica, seja ela ciné- ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL Sistema Internacional de Unidades:
movimentos.
GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121A154.indd 138 29/06/22 17:27 GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U6_121A154.indd 139 o desenvolvimento do processo
13/07/22 09:57 cognitivo tica, seja potencial; a química; a térmica; a luminosa; a nuclear Se um objeto é abandonado a certa altura do solo, ele cai. conjunto de unidades de medida
Isso ocorre porque a Terra o atrai com uma força que denomi- correspondentes às grandezas físicas
da habilidade EF08CI01 (identificar e a elétrica. fundamentais e suas derivações.
Daniel Kalisz/Getty
Images
tipos de energia). Além disso, trabalha Atletas gastam boa parte da namos força gravitacional ou peso.
energia obtida dos alimentos ao
as competências específicas de Ciên- treinar ou competir. Por causa do campo gravitacional, para levantar um objeto
cias da Natureza 2 e 3 (compreender do chão até determinada altura, precisamos fornecer energia
Outras fontes
Atividade
e características e fenômenos do mun- Terra-objeto, ou seja, no campo gravitacional.
do natural) e a competência geral da Se o objeto estiver acima do solo e o soltarmos, ele se mo-
Educação Básica 4 (utilizar conheci- vimentará como se estivesse usando essa energia que “ficou
Indicações de sites,
mentos da linguagem científica). guardada”. Essa energia armazenada no campo gravitacional
recebe o nome de energia potencial gravitacional.
complementar
A energia potencial gravitacional depende de três fatores:
massa do objeto, aceleração da gravidade no local e altura do
filmes, livros e de
objeto em relação a um referencial adotado.
Essas relações podem ser expressas por meio da fórmula:
Proposta de
E p5 m ? g ? h
Nessa equação:
outras fontes de
• Ep é a energia potencial;
(In)formação
A energia potencial gravitacional
• m é a massa do corpo; pode ser transformada em outras
formas de energia. Durante a
atividade extra
• g é a aceleração da gravidade local; descida em uma rampa, a energia
potencial gravitacional do skate é
• h é a altura do corpo em relação a um referencial. transformada na energia cinética
consulta para
A unidade de energia potencial, no SI, é o joule (J). do movimento do skate.
o professor.
(IN)FORMAÇÃO Sistema: O primeiro passo na resolução de pro- Interação: O sistema pode interagir com a sua
blemas sobre energia é identificar o sistema em vizinhança[,] bem como diferentes partes do sis-
Conceito de energia
com os estudantes.
consideração. O sistema pode ser um único objeto, tema podem interagir entre si. […] No exemplo
Energia é um conceito crítico em Ciências, mas dois ou mais objetos que interagem entre si, uma […] [anterior], o pote com água interage com a
é frequentemente uma fonte de confusão para os região do espaço, etc. […] O conceito de sistema se sua vizinhança (o refrigerador). Interagir significa
formação do professor
alunos[,] se a apresentação não é cuidadosamente aplica sempre que um todo, suas partes e suas rela- atuar um sobre o outro. Interação é a ação sobre
realizada pelo professor ou livro-texto […]. Ener- ções devem ser consideradas, como o sistema mas- ou influência mútua. […]
gia é um conceito que, de certa forma, conecta sa-mola, ou o sistema projétil 1 Terra. Uma vez que
toda a Física. A transferência e a transformação […]
identificamos o sistema, algumas mudanças podem
de energia são os pilares de todos os processos que ocorrer no sistema. Por exemplo, um pote fechado Energia mecânica (Emec) é a energia relaciona-
ou subsidiar o trabalho
ocorrem em física, química e biologia. […] contendo água é colocado no refrigerador e uma da ao movimento, ou à capacidade para realizar
Ao contrário do que é dito em linguagem cotidia- parte ou toda a água pode virar gelo. Utilizamos a um movimento. A energia mecânica pode ser
na, não vemos nem sentimos a energia. Podemos conservação da massa para identificar o sistema e do tipo cinética ou potencial. A energia cinéti-
sim medir e às vezes sentir certos parâmetros que acompanhar as mudanças que nele ocorrem. Isso ca (Ecin) é a energia dos objetos em movimento,
quando estes possuem uma determinada veloci-
60
de mosquitos transmissores da doen- enterrarem na areia. […] 10. As fotos a seguir mostram o ninho de um bei- No caso da tartaruga, o cuidado parental
Fatores como temperatura e salinidade da ocorre durante a escolha do local para
ça em determinada área, o que ajuda ja-flor e o ninho de uma tartaruga.
potiguar: natural do Rio Grande do Norte. água, alimentação e nutrição são controlados
a identificar ações a serem tomadas desova e a escavação do ninho. Observe, no
de modo a identificar as condições ideais de
nesse local. Maria Guimarães. Na enxurrada seca. maturação, reprodução e desenvolvimento dos entanto, que, apesar de não alimentarem
Fotografias: Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
De olho na Base
breve parágrafo sobre a forma de repro- troca de material
mento é possível identificar no texto? comprimento (ovo): 1 cm diâmetro (ovo): 4 cm
tecnologias para a redução de impactos tes podem citar o uso da criatividade
fecundar qualquer outro genético entre ambientais?
dução de um vertebrado de sua escolha. indivíduo, facilitando a busca por A cantoria do macho. na busca por novas tecnologias que
diferentes indivíduos, c) Quanto tempo dura o período favorável Ninho de beija-flor. Ninho de tartaruga.
Ao final, eles devem compartilhar os parceiros reprodutivos. aumentando, assim, a para a reprodução e o desenvolvimento b) Dê outros exemplos de como a criativi- substituam as que provocam grandes
Ovitrampa. dade aplicada à criação de novas tec-
textos elaborados com um colega. variabilidade genética.
desses sapos? Explique a relação entre as Enquanto as aves permanecem muito tempo impactos ambientais, como a retratada
nologias pode ajudar na resolução de no texto.
7. Utilize esta atividade para verificar se • Explique como funciona essa tecnologia e características reprodutivas identificadas e no ninho sentadas sobre os ovos, as tartaru- problemas.
Indica e comenta
por que ela é útil no combate à dengue. o ambiente onde vivem. Um ou dois meses. As gas deixam o ninho após a postura dos ovos. b) Respostas variáveis. Os estudantes
todos compreendem a função do âm- Veja resposta em Respostas e comentários. características reprodutivas desses animais aumentam a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
nio para a vida em ambiente terrestre. suas chances de reprodução em um ambiente seco, como podem citar o uso da criatividade no
Considere pedir aos estudantes que se o retratado no texto, em que as chuvas são escassas e concentradas em determinado período do ano. desenvolvimento de medicamentos e
174 175 vacinas e na criação e no aperfeiçoa-
expressem oralmente e elabore per-
mento de instrumentos científicos e tec-
a habilidade ou a
guntas que os ajudem a pensar sobre
o tema e a esclarecer dúvidas. nológicos (microscópios, telescópios,
ESTRATÉGIAS DE APOIO e se reproduzir?”. Retome alguns exemplos computadores). Informe aos estudantes
8. Aproveite a atividade para verificar se os DE OLHO NA BASE
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C2_168A176.indd 174 17/06/22 16:21 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C2_168A176.indd 175 06/05/22 11:32
competência da BNCC
contexto dos grupos de animais abordados na mental ao desenvolvimento da ciência e
Observe se os estudantes têm dificuldades a ainda tenham dúvidas. Por isso, a mediação
unidade, a habilidade EF08CI07. Além disso, da tecnologia.
serem superadas e, em caso afirmativo, quais da discussão deve ser orientada com essa
desenvolvem as competências específicas
tópicos necessitam de retomada. intenção. Ao final, avalie se os pontos frágeis
2 e 3 (compreender conceitos fundamen-
foram resolvidos.
tais das Ciências da Natureza, de modo a Para os estudantes que apresentarem pontos
conteúdo da página.
(promover a consciência socioambiental) para a maior diversidade de animais possível.
e as competências específicas 4 (avaliar Proponha e faça a mediação de uma troca
aplicações socioambientais da ciência e de ideias entre os estudantes, perguntando:
de suas tecnologias) e 7 (recorrer aos co- “Quais características essa reserva deveria
nhecimentos das Ciências da Natureza e ter para que os animais possam se alimentar
às suas tecnologias).
174 175
Estratégias de apoio
GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U7_155A176.indd 174 04/07/22 10:20 GA_CIE_8_LP_4ED_PNLD24_OB1_PESPEC_U7_155A176.indd 175 04/07/22 10:20
INTERAÇÃO
Nas páginas de atividades
do Livro do Estudante, são
HABILIDADES DESENVOLVIDAS E
OBJETIVOS DA SEÇÃO
apresentadas sugestões de
em relação aos mecanismos adaptativos
desenvolvidas e
(EF08CI16) Discutir iniciativas que contri-
buam para restabelecer o equilíbrio ambien-
objetivos da seção
meio ambiente e, consequentemente, para o ser humano, como melhoria do conforto pela intervenção humana.
térmico e luminoso, interceptação de água da chuva, estabelecimento de corredores • Investigar a realidade local em relação à
ecológicos para animais, entre outras. Assim, o plantio de árvores nativas pode ser uma ação arborização e representar essa observação
estudantes com
importante para a recuperação ambiental das cidades. usando linguagem cartográfica (mapa).
Para plantar árvores nativas, entretanto, é preciso primeiro produzir mudas. E a obten- • Pesquisar a reprodução de mudas e apli-
Menciona os objetivos
ção de mudas passa, na maioria das vezes, pela geração e germinação de uma semente e
car o aprendizado na construção de um
pelo desenvolvimento da planta jovem.
viveiro de mudas.
Neste projeto, você e os colegas vão trabalhar em conjunto para produzir mudas de plan-
eventuais dificuldades.
tas nativas que serão destinadas ao plantio na comunidade local. • Pesquisar a arborização em áreas urbanas
e quais normas determinam essa ação.
a serem desenvolvidos
Objetivos Procedimentos • Desenvolver folhetos informativos sobre
• Aplicar o conhecimento sobre reprodução Mapeamento do bairro a importância das áreas verdes e das
de plantas e trabalhar coletivamente na • Com um adulto responsável, andem pelo plantas nativas nas cidades.
produção de mudas. setor predeterminado e observem as áreas • Distribuir mudas de plantas nativas como
• Distribuir as mudas cultivadas para o plantio verdes do bairro. forma de melhorar a qualidade ambiental
e as habilidades da
no entorno da escola. • Fotografem os locais propícios para a da comunidade.
• Refletir sobre a importância das plantas intervenção da turma e mapeiem os locais
nativas em áreas urbanas. que sejam pouco arborizados. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Levantamento de informações • O desenvolvimento desta atividade prá-
Planejamento
BNCC relacionadas
tica é relevante, uma vez que envolve a
• Pesquisem em livros, folhetos e na inter-
• Organizem-se em grupos de acordo com net o que é um viveiro de plantas, como
participação efetiva dos estudantes por
as orientações do professor. ele deve ser montado, quais são as meio do uso de metodologias ativas,
• A primeira etapa do projeto será mapear as técnicas de reprodução de plantas e os cui- como o mapeamento de áreas, a pesqui-
áreas verdes do bairro. Os arredores podem dados necessários para sua manutenção. sa, a semeadura e a manutenção de um
ao tema abordado na
ser divididos em setores e cada grupo se Pesquisem também algumas espécies viveiro e a distribuição de mudas para
responsabilizará por mapear um setor. de plantas nativas da flora brasileira que a comunidade local.
• Em seguida, cada grupo deverá pesquisar poderiam ser cultivadas no viveiro e plan- • Inicie a atividade explicitando os ob-
os viveiros de mudas e, em um dia previa- tadas em áreas carentes de vegetação. jetivos e os procedimentos do projeto.
mente combinado, compartilhar com a • Façam uma pesquisa sobre a legislação Avalie a possibilidade de o projeto ser
seção Interação.
turma suas descobertas. que regulamenta a arborização urbana ou iniciado no começo do segundo semes-
• Os grupos poderão se revezar nas etapas entrem em contato com a prefeitura do tre, junto com a unidade 6, que trata da
Visivasnc/iStock/Getty Images
de semeadura e de manutenção do viveiro. município onde vocês vivem para desco- reprodução de plantas.
• Ao final, a distribuição de mudas para a brir onde o plantio das mudas é autori-
• Se julgar oportuno, oriente os estudantes a
comunidade do entorno da escola deverá ser zado em seu bairro e que tipo de árvore é
realizada coletivamente pelos estudantes.
registrar, em um diário de bordo, todas as
permitido plantar em cada setor.
etapas do projeto. Esse diário poderá ser
escrito em um caderno que os estudantes
tenham em casa e não estejam utilizando,
221 incentivando a reutilização de materiais.
• Uma aula prévia de orientação para a
construção do mapa pode ser realizada
de trabalho, com a
1e2 Apresentação do projeto aos estudantes e produção do mapa dos arredores da escola. obtidos. Sempre que possível, retome os
Apresentação dos mapas e análise conjunta das condições de arborização do entorno conceitos de semente, germinação, fotos-
3 síntese e outros que estejam relacionados
da escola.
ao cultivo das mudas.
Pesquisa sobre os tipos de viveiro e verificação de quais são viáveis na escola; planeja-
4e5 • Ao discutir as informações levantadas
indicação do número de
mento do viveiro da escola.
pela turma, apresente outros modelos de
6e7 Investigação dos impactos causados pela escola e organização dos dados coletados. viveiro, além do proposto neste projeto, e
8 Construção do viveiro e plantio de sementes. avalie a realidade da escola para fazer as
adaptações necessárias.
XLVII
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XLVIII
XLIX
LiMA, E. C. de S. Algumas questões sobre o desenvolvimen- PiAget, J. Psicologia e pedagogia. 9. ed. Rio de Janeiro:
to do ser humano e a aquisição de conhecimentos na escola: Forense Universitária, 2008.
currículo básico para a escola pública do Estado do Para- Nessa obra, que é resultado de quarenta anos de pesqui-
ná. 3. ed. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2003. sas sobre novos métodos psicológicos aplicados à peda-
Essa obra foi desenvolvida com base na análise e na gogia, o autor demonstra as falhas da pedagogia tradicio-
reflexão sobre a prática docente que tem como meta nal e retrata a história das tentativas mais importantes
uma sociedade mais justa, em que todos podem ter que vêm sendo feitas nessa área há mais de meio século.
acesso ao conhecimento e dele se apropriar.
RosenBerg, M. Comunicação não violenta: técnicas para
LoPes, A. C. Políticas de integração curricular. Rio de Ja- aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
neiro: Eduerj, 2008. 5. ed. São Paulo: Ágora, 2021.
Nesse livro, o autor analisa a política de organização de Obra do fundador da comunicação não violenta, que
currículos com base na história do pensamento curri- cresceu em um bairro turbulento de Detroit, nos Esta-
cular e procura esclarecer por que as reformas educa- dos Unidos, e, também por isso, se interessou por novas
cionais e a integração curricular estão tão presentes nas formas de comunicação, para criar alternativas pacíficas
discussões atuais sobre currículo escolar. de diálogo que amenizassem o clima de violência com o
qual convivera.
Luckesi, C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2018. WAAl, F. de. A era da empatia: lições da natureza para
O livro apresenta estudos sobre a avaliação da aprendi- uma sociedade mais gentil. São Paulo: Companhia das
zagem escolar, bem como proposições para torná-la Letras, 2009.
mais viável e construtiva para estudantes e professores. Tomando por base estudos realizados com macacos-
-prego e chimpanzés, o autor mostra, nessa obra, co-
MAchAdo, N. J. Conhecimento e valor. São Paulo: Moder- mo diversos animais, incluindo os seres humanos, es-
na, 2004. tabeleceram ao longo da evolução uma tendência à
Nesse livro, o autor reuniu ensaios que tratam da relação empatia, à capacidade de se colocar no lugar do outro.
entre conhecimento e valor, em que as desigualdades so-
ciais e o papel da educação são colocados em debate. ZABAlA, A. As relações interpessoais em sala de aula: o pa-
pel dos professores e dos alunos. In: zABAlA, A. A prática
MorAn, J. A importância de construir projetos de vida educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
na educação. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/ O autor aborda propostas para melhorar a prática
moran/wp-content/uploads/2017/10/vida.pdf. Acesso em: educativa.
30 maio 2022.
Nesse artigo de divulgação científica, o autor apre- 21 perguntas e respostas sobre bullying. Nova Escola,
senta algumas perspectivas para o diálogo sobre a 1o ago. 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/
área de projeto de vida. conteudo/336/bullying-escola. Acesso em: 30 maio 2022.
Nesse artigo, especialistas respondem a 21 perguntas
orgAnizAção PAn-AMericAnA dA sAúde (Opas). Folha infor- sobre bullying e ainda apresentam dicas práticas sobre
mativa sobre covid-19. Disponível em: https://www.paho. como combater situações de violência sistêmica na sala
org/pt/covid19. Acesso em: 30 maio 2022. de aula.
Questão 2 6
Horas
4
A tabela a seguir mostra os horários de nascimento
0
do Sol (NS) e da Lua (NL) e os horários do ocaso do 0
Sol (OS) e da Lua (OL) na cidade de Salvador (BA) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Dia do mês
Insolação total
durante a primeira quinzena de março de 2019.
Fonte de pesquisa: Mapa de estações. Instituto Nacional de Meteorologia
Dia NS OS NL OL (Inmet). Disponível em: https://mapas.inmet.gov.br/. Acesso em: 29 maio 2022.
1 5:36 17:57 1:26 14:32
2 5:36 17:56 2:15 15:20
Estação Brasília (DF): Temperatura diária (maio
de 2022)
3 5:37 17:56 3:05 16:05
35
4 5:37 17:55 3:54 16:47 30
15
7 5:37 17:53 6:16 18:45
10
8 5:37 17:53 7:03 19:24 5
20 55
23 61
100 16
150 16
200 17
a) Somente no circuito I.
b) Somente no circuito II. Comparando as lâmpadas incandescentes com as
lâmpadas fluorescentes compactas, assinale a alter-
c) A lâmpada 1 se acenderá nos circuitos I, II e III.
nativa que está de acordo com as informações dadas.
d) Somente nos circuitos I e III.
a) As lâmpadas fluorescentes compactas são apro-
e) Nos circuitos I, II e III. ximadamente nove vezes mais potentes que as in-
candescentes.
Questão 10
b) A substituição de uma lâmpada incandescente de
A escolha da lâmpada a ser utilizada em residências ou
100 W por uma fluorescente compacta de 15 W ga-
em estabelecimentos comerciais, por exemplo, envolve
rante um aumento de 58 vezes na eficiência luminosa.
muitos fatores que se relacionam uns com os outros.
Entre esses fatores estão a economia no consumo de c) A eficiência luminosa das lâmpadas fluorescentes
energia elétrica, a luminosidade, o custo e a vida útil da compactas aumenta conforme aumenta a potên-
lâmpada. A potência, medida em watt (W), é a grandeza cia até certo valor, que, na tabela mostrada, cor-
que interfere no consumo de energia, isto é, quanto responde a 23 W.
maior a potência, maior o consumo. E, para avaliar a d) A eficiência luminosa das lâmpadas incandescentes
luminosidade de uma lâmpada, deve-se considerar a aumenta conforme aumenta a potência até 60 W.
LIII
Reinaldo Vignati/ID/BR
a) as pteridófitas foram o primeiro grupo de plantas (sucessivas
que se tornaram independentes da água. gerações).
Questão 13
Um grupo de pesquisadores pretende desenvolver
sementes modificadas para melhorar a produção de
alimentos em solos com poucos nutrientes. Assinale
a alternativa que indica uma técnica promissora
para atingir esse objetivo. 1 Os ovos
eclodem e
a) Tornar a casca da semente mais impermeável liberam os ovos nas
para impedir a desidratação. miracídios. fezes
b) Acelerar o crescimento do embrião. Fonte de pesquisa: Parasites – Schistosomiasis. (Tradução nossa: Parasitas –
Esquistossomose.) Centers for Disease Control and Prevention. (Tradução
c) Trocar parte do tecido nutritivo por uma reserva nossa: Centro de Controle e Prevenção de Doenças.) Disponível em: https://
de água. www.cdc.gov/parasites/schistosomiasis/index.html. Acesso em: 7 jul. 2022.
LIV
Marochkina Anastasiia/
Shutterstock.com/ID/BR
vascularizado b) os métodos contraceptivos de barreira, como a pí-
lula anticoncepcional, o anel hormonal e o adesivo
endométrio
sendo contraceptivo, impedem a ovulação.
eliminado c) os métodos contraceptivos de barreira, como o
preservativo masculino e o diafragma, impedem a
útero
chegada do espermatozoide ao ovócito.
d) os métodos contraceptivos cirúrgicos impedem a
ovulação na mulher e a produção de espermato-
dias 1 5 14 28 zoides nos homens.
menstruação fase de ovulação fase de menstruação e) a tabelinha e o coito interrompido são considera-
crescimento secreção dos métodos contraceptivos de barreira, pois im-
pedem o encontro dos gametas.
Com base nessa imagem e no que aprendeu nas au-
las sobre o ciclo menstrual, um grupo de estudantes Questão 20
fez algumas afirmações. Qual delas está de acordo
com o que se conhece sobre o ciclo menstrual? Brasil: Taxa de casos de aids, por 100 mil hab.
ID/BR
a) Márcio afirmou que a menstruação corresponde à 25 mil
eliminação do endométrio e acontece no meio do 20 mil
ciclo menstrual. 15 mil
b) Roberta concluiu que a ovulação ocorre por volta 10 mil
do 14o dia do ciclo menstrual e, portanto, nessa 5 mil
fase, as chances de gravidez são maiores. 0 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
c) Flávio chegou à conclusão de que o endométrio Ano
espesso e vascularizado caracteriza o final da Fonte de pesquisa: Mapa da aids no Brasil. Associação Brasileira
menstruação. Interdisciplinar de Aids (Abia). Disponível em: http://abiaids.org.br/aids-
no-brasil. Acesso em: 27 maio 2022.
d) Letícia afirmou que o corpo lúteo é formado an-
tes da ovulação e degenera, caso o ovócito II seja Com base nos dados do gráfico, analistas criaram
fecundado. algumas propostas para lidar com a aids de forma
e) João chegou à conclusão de que o crescimento do mais efetiva. Assinale a proposta que poderia ser
folículo se dá durante a menstruação. aceita para o combate a essa doença.
a) Analisar os fatores que levaram à queda no núme-
Questão 19 ro de casos no ano de 2008.
b) Criar campanhas para informar as pessoas de
vadim-design/
Shutterstock.com/ID/BR
LXII
André Catani
Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor de Ciências e Biologia.
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por SM Educação.
22-112946 CDD-372.35
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino fundamental 372.35
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
Equipe editorial
R
i/ID/B
vaz
Nels
on
Pro
3
CAPÍTULO 1
Clima e tempo
CAPÍTULO 2
Mudanças climáticas INSETOS
LEITURA DA IMAGEM
LEITURA DA IMAGEM Os insetos são animais tipicamente terrestres qu
PRIMEIRAS IDEIAS
PRIMEIRAS IDEIAS 1. Como você descreveria o que se vê na foto?
tam sexos separados e têm fecundação interna. Eles
1. Como você descreveria o que se vê na foto?
2. É possível descrever o clima típico desse ambiente pelo
conhecemos apresenta uma ceram pela primeira vez nas gimnospermas (do grego gymnos
4. O clima de uma região sempre é o mesmo? É possível que, em épocas
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 33
4. As ações humanas têm impacto sobre o ambiente,
inclusive sobre o clima do planeta. Você acredita que 05/05/22 19:05 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 34 06/05/22 16:17 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 35 04/05/22 10:10
Veja o esquema a seguir.
grande novidade evolutiva: = nu, despido e sperma = semente). No Asinício de cadao contêm
sementes
passadas, unidade, você
clima de um um é tenha sido diferente do clima atual?Uma imagem
local alteraçõesvaidesse instigar
tipo podem Questão de valor
suacomprometer a qualidade
de vida de gerações futuras? Explique.
Direto
etapas iniciais de seu desenvolvimento.Primeiras ideias Leitura da imagem sobre valores como
Em algumas plantas, a
As gimnospermas apresentam vasos As questões
condutores,vão estimular você a contar
e a maioria As questões orientam 33 a leitura da respeito, solidariedade,
semente é envolta em uma ovo jovem com várias mudas a
de metros de altura, ficando entre os maiores organismos vivos o que você conhece do assunto.
DESENVOLVIMENTO
O ovo eclode e libera um indivíduo jovem denomina
Você sabe qual é a função da do planeta. Os ciprestes, os pinheiros, as cicas e as sequoias são
com aspecto semelhante ao do adulto; porém, com
reduzido, sem asas e sexualmente imaturo. Exemp
semente nas plantas? exemplos de gimnospermas. CAPÍTULOS libélulas e gafanhotos.
Construindo um eletroscópio
fito é muito reduzido e se desenvolve no interior dos estróbilos, que se pede a seguir. trica desse banho, em kWh.
estruturas de reprodução. Os estróbilos podem ser masculinos
ou femininos. Na maioria das espécies atuais, os estróbilos têm
Você é capaz de identificar um corpo eletrizado? Nesta atividade, você vai cons- 1. Sobre os condutores
a) Indique de eletricidade,
quais são as características de um b) Qual seráfaça
o custo o
mínimo da energia elétri- banho, calcule o consumo de energia elé-
bom condutor de eletricidade. ca utilizada nesse banho?
a forma de cone e são popularmente chamados de pinhas.
truir um eletroscópio, instrumento que indica se um corpo está eletrizado ou não.
que se b)pede a seguir.
Indique quais são as características de um c) Suponha que, nessa residência, morem trica desse banho, em kWh.
Indireto
conhecemos apresenta uma ceram pela primeira vez nas gimnospermas (do grego gymnos Nos estróbilos masculinos formam-se, aproximadamente 10 cm de • 1 bola de isopor maciça com tricidade.
por meiose, milhões de estruturas comprimento aproximadamente 30 mm de 7. O Sistema das Bandeiras Tarifárias é com-
grande novidade evolutiva: = nu, despido e sperma = semente). As sementes contêm um
a produção de sementes. embrião e uma reserva nutritiva, a qual sustenta o embrião nas
microscópicas chamadas grãos de
pólen, nos quais são formados os
CUIDADO Material
• prego com a mesma espessura do diâmetro b) Indiquecobre quais são isopor as madeira
características de bandeiras,
posto de quatro um conforme especifi- c) Suponha que, nessa residência, morem
gametas masculinos. Cada grão de pólen arame • 1 tubo plástico de caneta alumínio vidro água pura cado no quadro a seguir.
etapas iniciais de seu desenvolvimento. grãos de
mau condutor de eletricidade. quatro pessoas e que cada uma delas leva
Mata de araucária (Araucaria
Em algumas plantas, a Cuidado ao
• pedaço de arame fino com • 1 pote transparente com tampa
corresponde a um gametófito masculino
pólen • martelo esferográfica plástico prata água salgada
semente é envolta em uma As gimnospermas apresentam vasos condutores, e a maioria imaturo. manipular Bandeira Alteração no valor da conta
• pedaço de fio de cobre de 1 cm • massa de modelar O valor da conta não se altera.15 minutos para tomar banho. Qual será
casca simples; em outras, é
das espécies tem caule do tipo lenhoso, ou seja, que forma ma- o material, a
aproximadamente 10 cm de • 1 bola de isopor maciça com c) Classifique papel
os materiais
grafite borracha
a seguir em
Verde
bons
Metamorfose completa
Studio Caparroz/ID/BR
fim de evitar • pedaço de papel-alumínio do • pedaço de papel-toalha
deira. Por isso, algumas espécies desse grupo atingem dezenas Amarela O valor da conta aumenta.
O valor da conta aumenta o custo mínimo diário de energia elétrica
estróbilo
Foto de 2019. arame Peça ao professor que faça um furo no centro da•tampa
O ovo origina uma larva, que é bem diferente do in
A de energia?
Muitas espécies de gimnospermas foram introduzidas no 1 tubo plástico de caneta
Alexandre Dotta/ID/BR
1
Brasil como plantas ornamentais ou por seu valor econômi-
detalhe do
Cuidado ao bola de do pote. 3. Na embalagem de uma lâmpada fluorescen- 7.elas estão
O em
Esse sistema está relacionado ao funcionamen-
Sistema das Bandeiras Tarifárias é com-
• martelo esferográfica
estróbilo to de usinas hidrelétricas. Quando
isopor te, é possível observar as seguintes informa-
co. No país, há apenas 22 espécies de gimnospermas nativas.
cobre isopor madeira
feminino
/ID
não depende da presença ões
jovem FECUNDAÇÃO de cobre e pendure-as no gancho. traç
ain
Altamira: Índice de chuvas (em mm)
de água para ocorrer.
Como fazer
Bad
ID/BR
400
gameta
5 Com cuidado para que as tiras não caiam, coloque a tampa 350
feminino A B no pote e feche-o.
Peça ao professor que faça um furo no centro da tampa Vermelha O valor da conta aumenta
Alexandre Dotta/ID/BR
1
2. Quando uma
e 150 W,corrente elétrica percorre um
Marcelo Parducci/ID/BR
grão de pólen 5. Duas lâmpadas com potências elétricas de 300
6 Cubra a esfera de isopor com papel-alumínio e prenda-a na
Precipitação (mm)
gameta 60 W respectivamente, ficaram ace- 250
bola de ponta externa do
doarame
pote.
(imagem A). (patamar 1) um pouco mais.
masculino
condutor, há perda de energia. Nesse caso, a
sas durante 2 horas. 200
Os estróbilos femininos que tubo polínico
amadurecem se abrem, isopor7 Atrite o tubo de caneta com o papel-toalha (imagem B) e, a) Qual delas consumiu mais energia elétrica?
150
permitindo a dispersão das
sementes. Algumas sementes Passe o arame pelo furo, deixando a maior parte de seu
em seguida,2 aproxime e afaste o tubo da esfera. Observe as energia elétrica é transformada em qual tipo
b) Qual será o consumo da lâmpada de 60 W
100
Vermelha O valor da conta
Após a fecundação, forma-se
(patamar 2) aumenta bastante.
5
germinam, gerando esporófitos, folhas de papel-alumínio no interior do vidro. nesse tempo?
que crescem e atingem a idade semente
o zigoto, que se desenvolve em
um embrião. Algumas partes do
massa de comprimento livre no interior do pote e apenas um pedaço de energia? 0 jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
modelar
Indica o tamanho
reprodutiva. Esses indivíduos 6. O quilowatt-hora (kWh) é a unidade de medida Meses
de aproximadamente 4 cm na parte externa do pote. Utilize
estróbilo se desenvolvem em torno Responda sempre no caderno.
formarão estróbilos, continuando Para concluir usada para a verificação do consumo de ener-
Variabilidade das chuvas no sudeste da Amazônia Esse paraense, sistema está relacionado ao funcionamen-
do embrião, formando a semente, Fonte de pesquisa: Emerson Luis Hoffmann e outros.
assim o ciclo reprodutivo.
3. Na embalagem de àsuma
questõeslâmpada fluorescen-
embrião a qual contém a reserva nutritiva gia elétrica. Considerando que o valor do kWh
que alimentará o embrião. o movimento que ocorreacom
1. Descrevaarame massa depapel-alumínio
as folhas de modelar paradofixar o arame.
no interior Brasil. Revista Brasileira de Geografia Física, v.11, n. 4,
recipiente durante o experimento. Explique por que isso acontece.
seja R$ 0,90, responda a seguir.
to de usinas hidrelétricas. Quando elas estão em
p. 1259, 2018.
Esquema do ciclo reprodutivo de uma araucária. (Representação sem fio de 3 Dobre em forma de gancho a ponta do arame que ficará te, é possível
a) Sabendo que observar
a potência de as seguintes
um chuveiro
elétrico em uma residência é 4 kW e que
• Eminforma-
que época do ano é mais provável que
a tarifa cobrada seja a da bandeira pleno verme- funcionamento, a bandeira está verde. Em
médio aproximado
2. O número total de cargas do eletroscópio sofreu alguma alteração? Justifique
proporção de tamanho; cores-fantasia.) cobre
sua resposta.
dentro do pote. Corte duas tiras de papel-alumínio de apro- ções técnicas:
uma pessoa15 levouW15 e 127paraV.tomar
minutos Expliquelha?oJustifique
signifi- sua resposta.
períodos de seca, é necessário ativar as usinas
Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e outros. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto
tiras de
cado dessas informações.
Alegre: Artmed, 2015. p. 634.
ximadamente 3 cm de comprimento e 1 cm de largura.
138 139 102 papel- termelétricas,
113 o que aumenta o custo da gera-
-alumínio 4 Prenda as duas tiras de papel-alumínio com o pedaço de fio
do ser vivo.
4. Indique qual imagem mostra um circuito em ção de energia elétrica.
de cobre e pendure-as no gancho.
série e qual mostra um circuito em paralelo. ovo larva pupa
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 138 03/05/22 18:45 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 139 03/05/22 18:45 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_095A103.indd 102 06/05/22 15:51 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd 113
Analise o gráfico a seguir, que mostra o índice de 06/05/22 17:13
Marcelo Parducci/ID/BR
6 Cubra a esfera de isopor com papel-alumínio e prenda-a na
onde está construída a usina hidrelétrica de
Belo Monte. Depois, responda Fontes à questão. de pesquisa: Maria C. Messias. Vivendo com o
Logo abaixo do título, na lateral, Para começar apresenta questões Nessa seção, você vai realizar As atividades vão ajudá-lo
ponta externa do arame (imagem A). no
ru R
:B /B
ID
ID/BR
outros. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto
pesquisas e atividades práticas, a desenvolver habilidades e
400
Precipitação (mm)
e refletir sobre o que vai estudar. Textos, imagens, mapas e
60 W e 150 W, respectivamente, ficaram ace- 250
recipiente durante o experimento. Explique por que isso acontece. a) Qual delas consumiu mais energia elétrica?
150
esquemas podem apresentar o conteúdo a ser estudado. conclusões, entre outras atividades. que você estudou no capítulo.
100
2. O número total de cargas do eletroscópio sofreu alguma alteração? Justifique b) Qual será o consumo da lâmpada de 60 W
5
sua resposta.
nesse tempo?
0 jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
6. O quilowatt-hora (kWh) é a unidade de medida Meses
102 usada para a verificação do consumo de ener- Fonte de pesquisa: Emerson Luis Hoffmann e outros.
gia elétrica. Considerando que o valor do kWh Variabilidade das chuvas no sudeste da Amazônia paraense,
Brasil. Revista Brasileira de Geografia Física, v.11, n. 4,
seja R$ 0,90, responda às questões a seguir. p. 1259, 2018.
que a potência de umGA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 163
DINÂMICA
CIÊNCIACIÊNCIA
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_095A103.indd 102 a) Sabendo
06/05/22 15:51 chuveiro • Em que época do ano é mais provável que
AMPLIANDO HORIZONTES
AMPLIANDO HORIZONTES DINÂMICA
elétrico em uma residência é 4 kW e que a tarifa cobrada seja a da bandeira verme-
Ampliando horizontes
uma pessoa levou 15 minutos para tomar lha? Justifique sua resposta.
A importância das evidências experimentais
A astronomia indígena
A astronomia indígena
pontos cardeais e as estações do ano. O gnômon é um dos mais simples e antigos
A importância das evidências experimentais
Essa seção consta no Ciência dinâmica
instrumentos de astronomia.
Observar o céu, reconhecer os padrões de movimentação dos astros e rela- Teorias científicas amplamente aceitas na atualidade nem sempre foram re-
De acordo com Germano Afonso, entre os indígenas brasileiros o tipo mais co-
cionar esses padrões às mudanças das marés, à passagem do tempo e à melhor mum de gnômon era constituído por um bloco de rocha bruta, pouco trabalhada
conhecidas como válidas. Na verdade, qualquer teoria, antes de ser plenamente
113
época de plantar, caçar e pescar fazia parte do cotidiano dos povos indígenas que
Observar o céu, reconhecer os padrões de movimentação dos astros e rela-
habitavam o Brasil antes de 1500.
artificialmente, com cerca de 1,5 metro de altura e com entalhes para os quatro Teorias científicas amplamente aceitas na atualidade nem sempre foram re-
aceita pela comunidade científica em geral, deve ser posta à prova, não apenas
pelos cientistas que a promoveram, mas por outros membros da comunidade
pontos cardeais.
cionar esses padrões às mudanças das marés, à passagem do tempo e à melhor conhecidas como válidas. Na verdade, qualquer teoria, antes de ser plenamente
científica. As investigações e a busca por evidências são processos fundamentais
Também ao final de
[…]
tos, como o da onça celeste que perseguia os irmãos Sol e Lua: cada vez que a que acabam reforçando ou enfraquecendo uma nova teoria.
Para os Guaranis, Nhande Ru Ete, que, em português, significa “Nosso pai sagra-
época de plantar, caçar e pescar fazia parte do cotidiano dos povos indígenas que
onça conseguia pegar um dos irmãos, havia um eclipse. do”, criou quatro deuses que o ajudaram na criação da Terra e de seus habitantes. aceitaConsiderando
pela comunidade científica
o conhecimento científico em geral,
sobre a reprodução deve ser posta à prova, não apenas
nos animais,
O gnômon aponta para Nhande Ru Ete, ou Zênte, ponto mais alto do céu e indica esse percurso não foi diferente. Até o século XVII, alguns filósofos e naturalistas
habitavam o Brasil antes de 1500.
O céu como guia de conhecimentos e rituais indígenas
esses “deuses assistentes”, os pontos cardeais. Jakaira Ru Ete é o norte, deus da pelos cientistas
acreditavam quedavama origem
promoveram,
a outros seres vivosmas
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd
que os animais pores-outros 113
por geração membros da comunidade 06/05/22 17:13
alguns capítulos,
neblina e das brumas que abrandam o calor e traz os bons ventos. O leste recebe o
As explicações paraconvencional,
Ao contrário da astronomia muitos uma fenômenos naturais eram dadas por meio de mi-
ciência exata e essencialmente nome de Karai Ru Ete, deus do fogo. Já o sul é Nhamandu Ru Ete, o deus do sol e científica. AsAsinvestigações
de reprodução. e a busca
observações e os experimentos por evidências
com hidras realizados pelo na- são processos fundamentais
teórica, a astronomia indígena utiliza métodos empíricos, relacionando o movimen- das palavras e também representa a origem do tempo-espaço primordial. Finalmen- turalista Abraham Trembley (1710-1784), nascido em Genebra (atualmente parte
tos, como
to do sol,odada
lua eonça celeste
das constelações quemeteorológicos
com eventos perseguia os irmãos
que acontecem ao Sol e Lua: cada vez que a te, o ponto cardeal oeste corresponde ao deus Tupã Ru Ete, deus das águas, do mar, quedaacabam
Suíça), foram reforçando
fundamentais para a ou enfraquecendo
construção uma nova teoria.
do conhecimento científico.
longo do ano, com períodos de chuva e estiagem, de calor ou de frio. das chuvas, relâmpagos e trovões.
onça conseguia pegarosum índiosdos irmãos, havia um aeclipse. Considerando o Trembley
conhecimento
sobre a hidra científico sobre a reprodução nos animais,
tros animais”, explica [Germano Bruno] Afonso [físico e etnoastrônomo do Museu doce, organismo até então conhecido apenas por alguns estudiosos […].
O céu
da Amazônia]. O céu também guia o tempo das festas religiosas e dos procedimen-
tos feitoscomo guia
pelos pajés para proteçãode
e curaconhecimentos
dos índios da tribo. Provavelmente pore rituais indígenas acreditavam que os animais davam origem a outros seres vivos por geração es-
Porém, a novidade maior não estava no organismo em si, hoje chamado hidra,
mas na capacidade que possuía de formar novos organismos por regeneração.
convida você a entender pontânea ou pela fecundação, ou seja, não se conheciam as formas assexuadas
controvérsias e
conta desse aspecto empírico, o conhecimento dos índios sobre vários fenômenos Fenômeno até então insuspeito, a reprodução
Aonaturais
contrário da astronomia convencional, uma ciência exata e essencialmente
antecipou várias descobertas da astronomia convencional. por regeneração foi apresentada por Trembley
Pierre Lyonnet. Mémoires pour servir à l’histoire d’un genre de polypes d’eau douce, à bras en forme de cornes, v. 1.
Universidade de Gante, Bélgica, A Leide: Chez Jean & Herman Verbeek, 1744, p. 143. Fac-símile: ID/BR
teórica,
Claude d’Abbeville, missionário capuchinho francês, que passou quatro meses
entre aos astronomia
índios Tupinambás doindígena utiliza
Maranhão, relatou esse métodos empíricos,
extenso conhecimento as- relacionando o movimen-
Observatório Solar
Indígena localizado
de reprodução. As observações e os experimentos com hidras realizados pelo na-
com base em diversas e repetidas observações
e experiências. A principal delas, mais repe-
tronômico em um livro publicado em 1614, em Paris. Nessa obra ele discorre sobre no centro histórico
turalista Abraham Trembley (1710-1784),
tida pelos outros, nascido
consistia em cortar os pe- em Genebra (atualmente parte
mudanças conceituais,
de Curitiba (PR).
conhecimento dos índios a respeito das fases e sua influência nos Foto de 2017. quenos animais em duas partes, transversal ou
longociclos naturais da Terra.
da Suíça), foram fundamentais longitudinalmente,para a construção do conhecimento científico.
138
do
[…]
ano, com períodos de chuva e estiagem, de calor ou de frio. Patrícia Mariuzzo. O céu como guia de conhecimentos e rituais indígenas. Revista Ciência e Cultura,
v. 64, n. 4, p. 61-63, out./dez. 2012.
do que resultava, em pou-
co tempo, a formação de dois novos animais
“Com esseemconhecimento,
Somente os índios
1687, 73 anos após a publicação constroem
do livro de d’Ábbeville,seus
Isaac calendários, marcando a épo- perfeitos. Nessa época, eram bem conhecidos
fenômenos regenerativos como o da reconsti-
Newton demonstrou que a causa das marés é a atração gravitacional do sol e, prin-
naturais antecipou
Vestígios arqueológicosvárias descobertas
são outro tipo de fonte que atesta daa antiguidade
astronomia do conhe-convencional.
ca para o mesmo fenômeno?
brasileiras.
Informações: psilva@uems.br
mas na capacidade que possuía
regeneração de formar
por meio de intervenções cirúrgicas. novos organismos por regeneração.
com precisão os experimentos da reprodução por
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_020A032.indd 28
o extenso conhecimento dos índios a respeito das fases da Lua e sua influência nos
ciclos naturais da Terra.
[…] 03/05/22 18:02 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_020A032.indd 29
29
03/05/22 18:02
influenciam nossa vida. 166
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 166
e experiências. A principal delas, mais repe-
tida pelos outros, consistia em cortar os pe-
quenos animais em duas partes, transversal ou 28/04/22 12:46
estudiosos.
Somente em 1687, 73 anos após a publicação do livro de d’Ábbeville, Isaac longitudinalmente, do que resultava, em pou-
Newton demonstrou que a causa das marés é a atração gravitacional do sol e, prin- co tempo, a formação de dois novos animais
cipalmente, da Lua sobre a superfície da Terra. perfeitos. Nessa época, eram bem conhecidos
[…] fenômenos regenerativos como o da reconsti-
Há registros sobre essa ligação dos indígenas brasileiros com os astros desde a tuição das patas de uma lagosta, estudada por
chegada dos europeus, mas é possível que eles utilizassem esse conhecimento desde René Antoine Ferchault de Réaumur (1683-
4
que deixaram de ser nômades. “Existem alguns painéis de arte rupestre que, além -1757) em 1712 […]. Mas ninguém suspei-
do Sol, da Lua e de constelações, parecem representar cometas, meteoros ou um tava que a regeneração fosse capaz de formar
eclipse, fenômenos que alteravam a ordem do universo e amedrontavam o povo”, um novo organismo.
explica o pesquisador do Museu da Amazônia. […]
Vestígios arqueológicos são outro tipo de fonte que atesta a antiguidade do conhe-
cimento astronômico indígena. Eles mostram, por exemplo, que os Tupi Guarani, Em seus desenhos, Abraham Trembley descrevia
com precisão os experimentos da reprodução por
assim como outros povos antigos, entre eles gregos, chineses e egípcios, utilizavam
regeneração por meio de intervenções cirúrgicas.
o gnômon, um relógio solar vertical que servia para determinar o meio dia solar, os Abraham Trembley. Mémoires pour servir à l’histoire
d’un genre de polypes d’eau douce, à bras en forme
de cornes (tradução nossa: Memórias para servir à
história de um tipo de gênero de pólipo de água doce).
Universidade de Gante, Bélgica, v. 1, p. 143, 1744.
28
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_INICIAIS_003A008.indd 4
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_020A032.indd 28 03/05/22 18:02
166 08/06/22 16:04 GA_C
GA_C
Rockymiles/Alamy/Fotoarena
m asas e sexualmente imaturo. Exemplos: baratas, Calculando o consumo dos equipamentos sempre se dá por meio das fezes 1. Defina, com suas palavras, o que é fonte de Parte II – Cálculo do consumo mensal de energia
• O que aconteceria se a represa secasse?
1. Defina, com suas palavras, o que é fonte de • O que aconteceria se a represa secasse? 6. O mapa a seguir mostra a localização das termelétricas em funcionamento no Brasil.
fanhotos.
1 Estimem o tempo que esses aparelhos permanecem ligados por dia e calculem
elétricos
do hospedeiro. Além disso, a energia. Dê exemplos de dois tipos de fonte Que consequências isso poderia acarretar? de energia diferentes. de transmissão que atravessam o país conectando os pontos de geração de energia.
o consumo diário de cada aparelho. 4. Imagine que você seja o governante de uma
2. Copie no caderno o organizador gráfico a seguir cidade e precise escolher um tipo de usina
de energia diferentes. 2 Calculem o consumo mensal de cada um dos aparelhos e o consumo mensal de Brasil: Termelétricas em funcionamento por estado (2021)
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
e complete-o com as letras correspondentes a para implantar no local. Que fatores você le-
Duas fêmeas
Fontes de 148 AP
com a qual eles são capazes de transformar a energia elétrica em outras formas de 1 Construam um gráfico representando o consumo mensal de cada um dos apa- energia 5. Analise o gráfico a seguir, que mostra a parti- Equador 13 0º
de lombriga
AC
Nesta atividade, você vai calcular o consumo de diferentes aparelhos eletro- 71
Fontes de
TO
ID/BR
domésticos. 51
Comparem os dados obtidos com os dos outros grupos. Verifiquem se os resul- 37
energia
SE
2,20% MT 110
5. Analise o gráfico a seguir, que mostra a parti-
tados foram semelhantes. finais 1,70% 84 41
com a qual eles são capazes de transformar a energia elétrica em outras formas de
200 mil ovos por dia.
O PROBLEMA 2,10%
(Ascaris
DF
Você sabe quais aparelhos consomem mais energia elétrica em uma casa?
2 Discutam estratégias para reduzir o consumo de energia residencial, com base GO OCEANO
446
A INVESTIGAÇÃO MS
lumbricoides).
54 20ºS
33
A fêmea
9,10% SC
dos, qual consome mais energia elétrica? 119 em: https://www.dw.com/
ligeiramente
Parte I – Levantamento de dados mais energia elétrica? Limite de estado de-gera%C3%A7%C3%A3o-de-
ID/BR
Limite de país
e este
conforme o modelo a seguir. ção de usinas que utilizam combustíveis renováveis, como a biomassa?
Metamorfose completa tem como objetivo estudar os 8,80% Alémdedisso, gancho boa
na parte da umidade produzida pela floresta
(em W) (em kW) permanece ligado dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/ No ranking mundial de atividades econômicas que produzem os gases […] [de]
(kWh) mês (kWh) nentes de uma usina hidrelétrica e responda
A INVESTIGAÇÃO
que apresenta desenvolvimento
(em horas por dia) elétricos avaliados, os valores obtidos, os cálcu- publicacao-601/topico-588/BEN_S%C3%ADntese_2021_
às questões. efeito estufa, a eletricidade e o aquecimento são os campeões. A queima de carvão, gás
• Procedimento: coleta de dados. gasolina/gasóleo eletricidade Os grupos deverão discutir eventuais dife- rede de
Televisão
Reinaldo Vignati/ID/BR
todo o mundo. É o seu banho, a geladeira, o wi-fi. Para gerar eletricidade, os países cos-
extremidade
reais. Que aparelhos poderiam ter sido avalia- eletricidade
• Instrumento de coleta: aparelhos elétricos de casa.
cozinhar bem os alimentos; e
elétrico Eletricidade é o setor campeão na emissão de gases do efeito estufa. UOL Notícias, 7 dez. 2015. Disponível
(A)
B F J comporta
apresenta
Prática dedesenvolvimento
pesquisa indireto
2020, o Brasil utilizou mais fontes reno-
com metamorfose
Parte I – Levantamento completa.
de dados doméstica gallus a fêmea porcentagem da energia gerada por esse b) De que maneiras é possível minimizar os impactos ao ambiente causados pelo
rge do casulo. Exemplos: borboletas. Forme grupo com três colegas. Vocês vão pesquisar em equipamentos elétri- consegue proteger e cuidar de Ovários
painelfilhotesé composto ao mesmo de 2,5tempo. C
cores-fantasia.
G K
bientais que esse tipo de fonte acarreta.
(Representações 1
sem proporção de Eólica Gás natural
116
cos de casa o valor da potência elétrica deles.
160seu consumo cal- importantes cientistas de mais deDerivados de petróleo em outras áreas. Quando as chuvas caem sobre os continentes,
117 92 93
tamanho; Montemcores-fantasia.)
2 uma tabela com os aparelhos elétricos que terão
serviços central térmica refinaria Nuclear
formando
de Minas e Energia, 2021.os rios e podendo ser usada pelas plantas.
Atividades integradas
abrangente, o IPCC tem trêsDisponível
2020. Rio de Janeiro: Ministério
Em dois momentos do livro, você e os colegas vão Essas atividades integram os assuntos da unidade e também
Tempo que
Potência Potência o aparelho
Consumo Dias Consumo 3. Observe o esquema que mostra os compo- em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-
Aparelho Quantidade diário do mensal
A remoção da cobertura vegetal também pode afetar a tempe-
nentes de uma usina hidrelétrica e responda dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/
(em W) (em kW) permanece ligado
(em horas por dia)
(kWh) mês (kWh) grupos de trabalho (GT-I, II e III).
às questões. publicacao-601/topico-588/BEN_S%C3%ADntese_2021_
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 160 06/05/22 11:27
experimentar diferentes metodologias de pesquisa, como auxiliam no desenvolvimento de habilidades e competências.
PT.pdf. Acesso em: 10 fev. 2022.
Geladeira rede de
O GT-I avalia os aspectos científicos ratura da Terra. As plantas liberam para a atmosfera uma série de
Reinaldo Vignati/ID/BR
-Manguinhos/Fiocruz, 2001. p. 14 e 24; Jane B. Reece e mudanças climáticas, enquanto 2020,o vegetal
o Brasil utilizou mais fontes reno-
diminui a liberação desses materiais na atmosfera. Desse
ros. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed,compartilhar os resultados de suas investigações.
váveis ou fontes não renováveis? Qual foi a
GT-III avalia as ações para reduzir modo,
porcentagem da energia gerada por esse
a radiação solar atinge com mais intensidade a Terra, po-
Representação sem proporção de tamanho; tipo de fonte? Comente os impactos am-
2015. p. 705. as alterações climáticas. bientais que esse tipo de fonte acarreta.
dendo levar a um aumento da temperatura global.
cores-fantasia.
163
FINAL DO LIVRO
92
116
46
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_083A094.indd 92 17/06/22 16:05
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INTERAÇÃO
d 163 06/05/22 11:29
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IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 4
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO – UNIDADE 4 ÁRVORES NATIVAS
Capítulo 1 – Fontes de energia
• Compreendo que a energia é muito importante para as
PLANTE ESSA IDEIA
A
atividades humanas e identifico os diferentes usos em minha
113 comunidade, em casa e na escola?
• Reconheço os tipos de combustível existentes e avalio
s árvores presentes nas áreas urbanas desempenham importantes funções para o
meio ambiente e, consequentemente, para o ser humano, como melhoria do conforto
as vantagens e as desvantagens na utilização de cada
Ideias em construção
• Compreendo os conceitos de fontes renováveis e de fontes
ecológicos para animais, entre outras. Assim, o plantio de árvores nativas pode ser uma ação
não renováveis de energia, classificando corretamente as importante para a recuperação ambiental das cidades.
combustível?
uma autoavaliação do seu A seção propõe um projeto
hidrelétricas, nucleares e eólicas? nativas em áreas urbanas. que sejam pouco arborizados.
• Analiso e interpreto gráficos e esquemas para extrair
informações relevantes sobre o tema energia? Levantamento de informações
Planejamento
• Compreendo os conceitos de fontes renováveis e de fontes
• Compreendo o conceito de energia limpa e reflito sobre
o modo como esse tipo de energia pode colaborar para a • Organizem-se em grupos de acordo com
as orientações do professor.
• Pesquisem em livros, folhetos e na inter-
net o que é um viveiro de plantas, como
do consumo de produtos? • Os grupos poderão se revezar nas etapas entrem em contato com a prefeitura do
94
acontecem?
• Reconheço vantagens e desvantagens no uso de cada tipo
de usina geradora de energia, considerando suas fontes de
energia, seu funcionamento e os impactos socioambientais
causados?
• Compreendo o funcionamento das usinas termelétricas,
5
hidrelétricas, nucleares e eólicas?
• Analiso e interpreto gráficos e esquemas para extrair
informações relevantes sobre o tema energia?
• Compreendo o conceito de energia limpa e reflito sobre
o modo como esse tipo de energia pode colaborar para a
preservação do ambiente?
Nelson Provazi/ID/BR
94
Unidade
Unidade
MOVIMENTOS DA CLIMA E
TERRA E DA LUA 9 METEOROLOGIA 33 ENERGIA 57
1. Movimentos da Terra 12 1. Clima e tempo 36 1. Formas de energia 60
Rotação e translação 12 Clima 36 Energia 60
Práticas de Ciências: Ventos e brisas 37 Energia cinética 61
A inclinação do eixo de rotação Umidade do ar e precipitação 38 Energia potencial 61
e as estações do ano 14 Nuvens 40 Energia mecânica 62
Atividades 18 Massas de ar 40 Energia luminosa 62
2. Movimentos da Lua 20 Correntes marítimas e clima 41 Energia nuclear 63
A Lua 20 Previsão do tempo 42 Energia química 63
As fases da Lua 21 Práticas de Ciências: Energia térmica 63
Práticas de Ciências: Como analisar um gráfico 43 Práticas de Ciências:
Fases da Lua 22 Atividades 44 Transformações de energia 64
Plano de órbita da Lua 24 2. Mudanças climáticas 45 Atividades 65
Eclipses 25 Mudanças na atmosfera 45 2. Transformação e
Atividades 26 Práticas de Ciências: conservação de energia 66
Ampliando horizontes: Como identificar fake news 48 Conservação de energia 66
A astronomia indígena 28 Atividades 49 Transformações de energia 67
ATIVIDADES INTEGRADAS 30 Ampliando horizontes: Atividades 68
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 32 Responsabilidades frente ao Ciência dinâmica:
aquecimento global 50 O princípio da conservação
INVESTIGAR: da energia 69
Como está o tempo ATIVIDADES INTEGRADAS 70
no local onde você vive? 52
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 72
ATIVIDADES INTEGRADAS 54
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 56
Felix Stensson/Alamy/Fotoarena
Unidade
Unidade
PRODUÇÃO E
CONSUMO DE ENERGIA REPRODUÇÃO
ENERGIA 73 ELÉTRICA 95 VEGETAL 121
1. Fontes de energia 76 1. Eletricidade 98 1. Reprodução dos organismos 124
A energia e as atividades humanas 76 O que é eletricidade? 98 Reprodução e divisão celular 124
Energia e combustíveis 77 Eletrização 99 Tipos de divisão celular 125
Fontes de energia renováveis e não Fenômenos elétricos 101 Tipos de reprodução 126
renováveis 78 Práticas de Ciências: Atividades 127
Práticas de Ciências: Construindo um eletroscópio 102
2. Algas e plantas
Construindo um aquecedor solar 80 Atividades 103 sem sementes 128
Atividades 82
2. Eletricidade em movimento 104 Algas 128
2. Geração de energia elétrica 83 Condutores e isolantes 104 Evolução das plantas 130
Energia em nossas residências 83 Corrente elétrica 105 Briófitas 132
Usinas geradoras 84 Diferença de potencial 106 Pteridófitas 134
O quadro energético no Brasil 87 Resistência elétrica 107 Práticas de Ciências:
Atividades 88 Potência elétrica 107 Observando protalos
Ampliando horizontes: Efeito joule e resistores 108 de samambaia 136
Energia limpa 90 Circuitos elétricos 109 Atividades 137
ATIVIDADES INTEGRADAS 92 Práticas de Ciências: 3. Plantas com sementes 138
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 94 Investigando um circuito Gimnospermas 138
elétrico 110 Angiospermas 141
Cuidados com as instalações Práticas de Ciências:
elétricas 112 Analisando frutos e sementes 145
Atividades 113 Atividades 148
Ciência dinâmica: Ampliando horizontes:
Uma corrente de mudanças 114 As plantas e a alimentação
INVESTIGAR: humana 150
Calculando o consumo
dos equipamentos elétricos 116 ATIVIDADES INTEGRADAS 152
Marek MIS/SPL/Fotoarena
FG Trade/E+/Getty Images
Mar de Palha/ID/BR
Unidade
Unidade
Unidade
REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO SAÚDE E
ANIMAL 155 HUMANA 177 SEXUALIDADE 203
1. Reprodução em invertebrados 158 1. Adolescência e 1. Métodos anticoncepcionais
Esponjas 158 sistema genital 180 e ISTs 206
Cnidários 159 Adolescência 180 Gravidez e responsabilidade 206
Platelmintos e nematódeos 160 Práticas de Ciências: Métodos anticoncepcionais 206
Práticas de Ciências: O que é adolescência? 182 Infecções sexualmente
Avaliando o risco de exposição a Sistema genital masculino 184 transmissíveis 208
verminoses 161 Sistema genital feminino 186 Atividades 210
Moluscos 162 Atividades 189 2. Sexualidade e
Anelídeos 162 2. Reprodução 190 responsabilidade 211
Aracnídeos 163 Gravidez 190 Cuidando de si mesmo 211
Insetos 163 Fecundação 191 Gravidez na adolescência 212
Crustáceos 164 Parto 195 Sexualidade 213
Equinodermos 164 Atividades 196 Práticas de Ciências:
Atividades 165 O papel da escola no combate à
Ciência dinâmica: homofobia 214
Ciência dinâmica: A assistência ao parto
Atividades 216
A importância das evidências ao longo do tempo 198
experimentais 166 Ampliando horizontes:
ATIVIDADES INTEGRADAS 200
2. Reprodução em vertebrados 168 Comportamentos de risco na
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 202 adolescência 217
Peixes 168
Anfíbios 169 ATIVIDADES INTEGRADAS 218
Répteis 170 IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 220
Aves 171
Mamíferos 172
Atividades 173
ATIVIDADES INTEGRADAS 174
IDEIAS EM CONSTRUÇÃO 176
Interação:
Árvores nativas: plante
essa ideia 221
Bibliografia 223
UNIDADE 1
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Movimentos da Terra
• Compreender o que é rotação e sua relação com a formação dos dias e das noites e o que é transla-
ção e sua relação com as estações do ano.
• Construir um modelo para observar o efeito da inclinação do eixo de rotação da Terra e da curvatura
de sua superfície na distribuição da radiação solar.
• Relacionar a inclinação do eixo da Terra e o movimento de translação da Terra à ocorrência das es-
tações do ano.
• Esquematizar o movimento de translação da Terra, considerando o eixo inclinado da Terra e as es-
tações do ano.
• Identificar as mudanças climáticas periódicas que caracterizam as estações do ano.
• Reconhecer a importância dos mitos e das lendas para os povos indígenas brasileiros.
Capítulo 2 – Movimentos da Lua
• Compreender que a Lua apresenta movimentos e como se relacionam com a ocorrência de suas fases.
• Identificar mudanças que acontecem na aparência da Lua (fases da Lua) ao longo do ciclo lunar.
• Construir um modelo para simular a ocorrência das fases da Lua.
• Entender que o fato de o plano de órbita da Lua não coincidir com o plano de órbita da Terra está
relacionado à ocorrência dos eclipses, da lua cheia e da lua nova.
• Compreender o que são eclipses e explicar como eles ocorrem.
• Reconhecer e valorizar conhecimentos, explicações e interpretações sobre o céu e o Universo de
diferentes povos.
JUSTIFICATIVA
Os objetivos do capítulo 1 contemplam a importância da compreensão de fenômenos como a rota-
ção e a translação, os quais regem os ciclos do dia e da noite, a regularidade das estações do ano e as
alterações climáticas que as caracterizam. A construção de modelos e de esquemas reforça o enten-
dimento desses fenômenos, e o trabalho com mitos indígenas sobre o céu favorece a valorização da
cultura desses povos. No capítulo 2, os objetivos abarcam os movimentos do satélite natural da Terra
e suas fases e a relação entre planos orbitais e eclipses. Como no capítulo anterior, destaca-se a rele-
vância de levar os estudantes a valorizar os conhecimentos tradicionais, por meio do reconhecimento
da explicação de fenômenos celestes por diferentes povos.
SOBRE A UNIDADE
Nesta unidade, são abordados alguns tipos de movimento da Terra e da Lua e de que modo esses
movimentos estão relacionados a fenômenos como o dia e a noite, as estações do ano e os eclipses.
O capítulo 1 trata dos movimentos de rotação e de translação da Terra. Conhecer o movimento de
rotação ajuda a entender o ciclo natural dos dias e das noites e compreender a relação entre o movi-
mento de translação e o eixo de rotação inclinado da Terra, em relação ao plano orbital que o planeta
descreve ao redor do Sol, possibilita o entendimento das estações do ano. Fenômenos cíclicos, como
a alternância do dia com a noite e de períodos mais frios com períodos mais quentes, determinam as
condições ambientais e influenciam o modo de vida de organismos na Terra. Nesse sentido, o capí-
tulo promove as habilidades EF08CI13 e EF08CI14. No capítulo 2, aborda-se a Lua, desenvolvendo
a habilidade EF08CI12. O satélite natural da Terra e suas fases sempre despertaram a curiosidade
dos seres humanos, seja por sua influência em acontecimentos e atividades da vida diária, seja por
sua influência em fenômenos naturais, como as marés. O eclipse é outro fenômeno que mobiliza o
9A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – MOVIMENTOS DA TERRA
• Rotação PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF08CI13) (CGEB2) Diversidade
• Dia e noite A inclinação do eixo (EF08CI14) (CGEB4) cultural
• Inclinação do eixo de rotação da Terra de rotação e as (CGEB6) Educação
• Translação estações do ano voltada para
(CGEB9)
• Ano a valorização do
(CECN2)
• Estações do ano multiculturalismo
(CECN3) nas matrizes
(CECN5) históricas
(CECN7) e culturais
brasileiras
9B
MOVIMENTOS
• Com base na avaliação inicial dos conhe-
cimentos prévios dos estudantes, planeje
suas aulas considerando aquilo que eles já
sabem e as principais dúvidas e equívocos
deles. Assim, é possível diversificar as au-
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2
Movimentos da Terra Movimentos da Lua
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Como ocorrem os dias e as noites em nosso planeta?
2. Você tem a percepção, no dia a dia, de que o planeta está se movendo? Por quê?
3. Explique como ocorrem as diferentes fases da Lua. Resposta variável. Em suas respostas,
os estudantes podem se referir às posições relativas da Terra, do Sol e da Lua.
1. Os estudantes podem mencionar a relação entre a luz solar que chega até a Terra e a influência da rotação
do planeta na alternância dos dias com as noites. Esse tema será abordado adiante na unidade. Neste
momento, aproveite para realizar uma avaliação inicial dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre esse
e outros assuntos abordados na unidade.
2. Respostas pessoais. Observe se os estudantes justificam as respostas com o que percebem no cotidiano,
como o movimento aparente do Sol no céu durante o dia.
Respeito às culturas
3. Procure reforçar a importância de se
respeitar a diversidade de saberes so-
bre o mundo natural, destacando como
isso influencia a sobrevivência dos povos.
Esta atividade aborda os temas contem-
porâneos transversais relacionados ao
multiculturalismo: Diversidade cultural
e Educação voltada para a valorização do
multiculturalismo nas matrizes históri-
cas e culturais brasileiras. Aproveite para
verificar o conhecimento dos estudantes
sobre o modo como os corpos celestes
são utilizados para marcar o tempo. O Sol
e a Lua e seus ciclos sempre serviram
de base, desde épocas remotas, para
indicar a noção de tempo e a divisão
que dele fazemos. Isso ocorre pela fá-
cil observação do movimento aparente LEITURA DA IMAGEM
do Sol, assim como das fases da Lua,
que obedecem a ciclos. Em geral, os
1. Observe essa foto. O que são as linhas que formam
calendários baseiam-se nos ciclos do Sol Os estudantes podem mencionar que as linhas representam o movimento
arcos? dos astros no céu noturno. Eles também podem associar as linhas à técnica
ou da Lua ou de ambos. fotográfica utilizada para captar o movimento aparente dos astros.
2. Por que, ao olhar para o céu à noite, você não vê as
estrelas como linhas contínuas, mas, sim, como pontos
individualizados? Resposta variável. Verifique se os estudantes percebem
que, pela nossa referência, o movimento da Terra é
lento e, por isso, não vemos o deslocamento dos astros como linhas no céu noturno.
10
Múltiplas imagens
obtidas pela técnica de
longa exposição foram
unidas para formar essa
imagem. Quênia, 2018.
11
11
NO CAPÍTULO
(EF08CI13) Representar os movimentos de
rotação e translação da Terra e analisar o
papel da inclinação do eixo de rotação da
1 MOVIMENTOS DA TERRA
Terra em relação à sua órbita na ocorrên- *Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam, por exemplo que dia e noite começam e terminam, assim
cia das estações do ano, com a utilização como as estações do ano, e que, no verão, os dias são mais longos, e no inverno, mais curtos.
de modelos tridimensionais. PARA COMEÇAR ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO
(EF08CI14) Relacionar climas regionais aos Com a observação dos Atualmente, sabe-se que a Terra, assim como os outros pla-
padrões de circulação atmosférica e oceâ- fenômenos naturais, os seres netas do Sistema Solar, apresenta movimento. O movimento da
nica e ao aquecimento desigual causado humanos puderam aprender Terra pode ser decomposto em outros movimentos, e dois des-
pela forma e pelos movimentos da Terra. sobre sua regularidade. ses movimentos são o de rotação e o de translação.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Qual é a relação entre os
ROTAÇÃO
• Este capítulo aprofunda o tema aborda- ciclos do dia e da noite e as
Quando vemos o movimento aparente do Sol no céu (de ma-
do no 6o ano do Ensino Fundamental e estações do ano? *
nhã, o Sol “nasce” no lado leste, durante o dia ele “se move” no
relacionado às habilidades EF06CI13 céu e, horas depois, ele “se põe” a oeste), o que estamos obser-
e EF06CI14. vando é o efeito do movimento da Terra.
• Peça aos estudantes que leiam a questão O Sol surgindo no horizonte visto da
Estação Espacial Internacional, em O movimento aparente do Sol no céu ocorre como consequên-
de abertura do capítulo e levantem hipó- 2015. A Estação Espacial completa cia do movimento da Terra em torno de um eixo imaginário que
teses sobre ela, anotando-as no caderno. uma volta ao redor da Terra a
atravessa o planeta do polo Sul ao polo Norte. Esse movimento é
cada 90 minutos, portanto, dela é
Ao final do desenvolvimento do capítulo, possível ver o Sol surgir 16 vezes denominado rotação e se dá de oeste para leste.
retome as respostas deles, em conjunto. em um período de 24 horas.
A questão inicial promove o protagonismo
dos estudantes, ao incentivá-los a refletir
e a argumentar.
• Para que os estudantes compreendam
melhor o movimento de rotação, pro-
ponha a eles que posicionem um objeto
qualquer em um ponto fixo e, então,
girem-no sem tirá-lo desse ponto – essa
simulação pode ser feita entre os pró-
prios estudantes. Se julgar necessário,
peça a eles que utilizem um ponto de
luz fixo para complementar a atividade.
Arquivo/NASA
12
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A019.indd 12 03/05/22 17:24 GA_C
12
Equador
ald
13
13
Ilustrações: Robles/
Pingado/ID/BR
obtido resultados semelhantes.
DE OLHO NA BASE
A prática promove o processo cog-
nitivo, o objeto de conhecimento e o
modificador da habilidade EF08CI13 Montagem
simulando o Sol.
(analisar o papel da inclinação do eixo
de rotação da Terra em relação à sua
órbita na ocorrência das estações do 2 A seguir, prenda a folha de sulfite na prancheta e posicione-a em frente à
ano, com a utilização de modelos tri- fonte de luz (figura B).
dimensionais). Também é promovida,
no âmbito do aquecimento desigual da
B
superfície, a habilidade EF08CI14. Por
fim, ao recorrer à abordagem própria
das ciências e ao utilizar procedimentos da
investigação científica, os estudantes
A folha na
trabalham as competências geral 2 e prancheta
específica 2. simula a
superfície da
Terra voltada
para o Sol.
14
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A019.indd 14 uniforme, ou seja, num mesmo mês o clima seria 03/05/22 17:24 GA_C
14
Ilustrações: Robles/
Pingado/ID/BR
como a potência luminosa é a mesma,
não há alteração na lanterna; portanto,
a área iluminada será maior e a inten-
sidade luminosa será menor.
3. Esta atividade serve de motivador para
4 Mantendo a base da prancheta apoiada no mesmo lugar, peça ajuda a um co-
lega e, usando o transferidor, incline a prancheta para trás cerca de 15 graus.
o estudo do próximo tópico (movimento
Meça outra vez os diâmetros horizontal e vertical da área iluminada. de translação). Dessa maneira, verifique
se, entre as explicações dadas pelos es-
D
tudantes, eles mencionam o movimento
da Terra ao redor do Sol.
15
30
45
15
no, o que vemos nessas regiões é, por exemplo, das com os períodos mostrados no calendário.
os ipês todos cobertos de flores, as plantas ras- […]
teiras conhecidas como “flor de São João”, pre-
sentes nas fogueiras de festas juninas. Em maio schiel, Dietrich (coord.). As estações do ano. In: schiel,
Dietrich (coord.). Astronomia parte 2: estações do
e junho acontece a colheita do caqui, fruta muito ano. São Paulo: Centro de Divulgação da Astronomia
apreciada na Região Sudeste. Em pleno outono, (CDA)/Centro de Divulgação Científica e Cultural da
quando algumas árvores começam a perder as Universidade de São Paulo (CDCC-USP), 2000.
folhas, temos a florada da popular quaresmeira. Disponível em: http://200.144.244.96/cda/ensino-
fundamental-astronomia/parte2.html.
O que isso mostra? Mostra que as estações Acesso em: 23 fev. 2022.
não ficam bem definidas nas regiões equato-
riais e tropicais. Observem num globo ou num
mapa da Terra as regiões do planeta que ficam
entre os trópicos.
A maior parte do Brasil está nas regiões equato-
rial e tropical, mas a maior parte da população do
planeta está em regiões entre os trópicos e os po-
los, onde as estações adotam um comportamento
15
16
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A019.indd 16 O transtorno foi repassado aos romanos, até 03/05/22 17:24 GA_C
16
Nilson Cardoso/ID/BR
Representação do movimento de translação da Terra e das posições que marcam as estações do ano. Apesar de
o esquema representar a Terra ao mesmo tempo em quatro posições, na realidade isso não ocorre. A órbita está
representada dessa forma devido à perspectiva da imagem. (Representação sem proporção de tamanho e distância;
cores-fantasia.)
17
17
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C1_009A019.indd 18 06/05/22 09:44 GA_C
18
19
19
NO CAPÍTULO
(EF08CI12) Justificar, por meio da cons-
trução de modelos e da observação da Lua
no céu, a ocorrência das fases da Lua e
2 MOVIMENTOS DA LUA
dos eclipses, com base nas posições re- *A Lua, assim como a Terra, apresenta movimentos de rotação e translação. O movimento de translação da Lua ao
lativas entre Sol, Terra e Lua. redor da Terra é responsável pelas mudanças na aparência da Lua percebidas por um observador na Terra. Essas
mudanças na aparência são chamadas fases da Lua.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
PARA COMEÇAR A LUA
Ao olhar para o céu por dois A Lua é o satélite natural da Terra. Como todos os satélites
• Este capítulo aprofunda temas aborda- dias consecutivos, você vai naturais, ela não tem luz própria, mas é iluminada pelo Sol e
dos no 6o ano do Ensino Fundamental, reflete essa luz, podendo, por isso, ser vista da Terra. A Lua está
perceber que a aparência
relacionados às habilidades EF06CI13 a cerca de 380 mil quilômetros de distância do nosso planeta, e
e EF06CI14. da Lua no primeiro dia não
é exatamente igual à do seu diâmetro é quase quatro vezes menor que o da Terra.
segundo dia. Afinal, por que A superfície lunar é rochosa. É possível que haja uma peque-
níssima quantidade de atmosfera na Lua, mas não o suficiente
ocorre essa mudança? Qual é
para protegê-la do impacto de corpos celestes. Por esse motivo,
a relação dessa mudança com
sua superfície é marcada por muitas crateras, além de apresen-
o planeta Terra? * tar montanhas, vales e planícies.
De acordo com a teoria mais aceita atualmente, a Lua for-
mou-se há aproximadamente 4 bilhões de anos, após a colisão
de um planeta com a Terra. Esse impacto provocou a destruição
completa do planeta, que era bem menor que a Terra, e a devas-
Em 20 de julho de 1969, a nave
estadunidense Apollo 11 aterrissou
tação da superfície terrestre. Os destroços originados pelo cho-
em solo lunar e os astronautas que entre os dois planetas ficaram presos na órbita terrestre.
Neil Armstrong e Buzz Aldrin
(que aparece nessa foto) foram os
Devido à força de atração gravitacional, esses destroços foram
primeiros seres humanos a pisar se unindo e deram origem à Lua.
na Lua.
JCS/Nasa
20
20
lua nova
Lua, pois cerca de 1 hora após o que eles os comparem e avaliem o desen-
momento da máxima altura da
volvimento do próprio conhecimento.
Lua no céu, a maré estará cheia.
A Lua influencia as marés • Levante os conhecimentos dos estudantes
por causa da força de atração a respeito das fases da Lua e de seu ciclo.
gravitacional que exerce sobre Se julgar pertinente, pergunte se sabem
a Terra, atraindo com mais
A Lua também pode ser vista durante o dia; o tempo que ela permanece visível intensidade as águas da região
dizer qual é a fase da Lua no dia da aula.
depende da fase em que se encontra: na fase de lua nova, ela fica visível por que está bem embaixo dela.
mais tempo no céu diurno e, conforme se aproxima da fase de lua cheia, vai Assim, quando uma região
ficando menos tempo visível no céu. DE OLHO NA BASE
do planeta está embaixo da
Lua, a maré é cheia; quando Na página 21, dá-se início ao desen-
A Lua demora cerca de 27 dias para dar uma volta completa esta mesma região se localiza
em torno da Terra. Esse período é conhecido como ano sideral. perpendicularmente à Lua, a
volvimento da habilidade EF08CI12, no
O período entre duas fases iguais e consecutivas é chamado de maré é baixa. contexto da ocorrência das fases da Lua.
lunação ou ciclo lunar e dura aproximadamente 29 dias. Também são promovidas as competências
• Como você imagina que os específicas 2 e 3 (compreender conceitos
O período de rotação da Lua é o mesmo que o de translação. conhecimentos dos caiçaras
É por isso que vemos sempre a mesma face dela. sobre as marés foram sendo fundamentais e estruturas explicativas
construídos? das Ciências da Natureza e caracterís-
Resposta pessoal. ticas e fenômenos do mundo natural),
crescente
ao longo do capítulo. O boxe Valor da
página 21 promove as competências
gerais 1, 6 e 9 e específica 5 (valori-
zar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico e a
diversidade de saberes e culturas, sem
Reinaldo Vignati/ID/BR
21
Ilustrações: Robles/
Pingado/ID/BR
nitivo, o objeto de conhecimento e o
modificador da habilidade EF08CI12
(justificar, por meio da construção de
modelo, a ocorrência das fases da Lua,
com base nas posições relativas entre
Sol, Terra e Lua). Também trabalha as
C
competências geral 2 e específica 2,
quanto ao domínio da abordagem pró- 4 Colem, com o auxílio da fita adesiva, uma
pria da ciência e dos procedimentos bola de isopor pequena em cada uma das
da investigação científica. junções entre os arcos (figura C). Cada bola
representa uma posição da Lua.
D
5 No verso do aro, colem a caixa de fósforos
em pé para dar inclinação ao plano orbi-
tal da Lua (figura D). Depois, virem o aro e
o apoiem sobre a mesa (ele representa o
plano orbital terrestre).
22
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_020A032.indd 22 Crescente, Cheia e Minguante, mas isto ne- 03/05/22 18:02 GA_C
22
Ilustrações: Robles/
Pingado/ID/BR
6 No centro do aro, sobre a mesa, prendam a
bola maior, que representa a Terra (figura E). gem de iogurte, por exemplo.
2. Não é possível ver a Lua eclipsada com
maior frequência, pois os planos orbitais
não coincidem.
F 3. Pergunte aos estudantes se, antes de
7 Com a lanterna, iluminem o modelo lateral- realizarem esta atividade prática, ima-
mente, colocando-a sobre a mesa no mes- ginavam que os planos orbitais eram
mo plano da bola grande, que representa a tão importantes.
Terra (figura F). Apaguem as luzes da sala
de aula para visualizar melhor as sombras.
23
23
DE OLHO NA BASE
A
O conteúdo das páginas 24 e 25 pro-
C
move o processo cognitivo, o objeto
de conhecimento e o modificador da
habilidade EF08CI12, no contexto das
fases da Lua e dos eclipses (ocorrência
das fases da Lua e dos eclipses, com
nati/ID/BR
base nas posições relativas entre Sol,
Reinaldo Vig
Terra e Lua).
24
24
Nick Servian/Alamy/Fotoarena
Reinaldo Vignati/ID/BR
umbra
penumbra
Observe, nesse esquema, que a Lua passa pela umbra projetada pela Terra Durante um eclipse lunar, a luz
no espaço durante um eclipse lunar. (Representação sem proporção de do Sol espalha-se na atmosfera
tamanho e distância entre os elementos; cores-fantasia.) terrestre e atinge difusamente a
superfície da Lua – por isso, ela
fica com a aparência avermelhada.
Lagoa Santa (MG), 2015.
25
25
Reinaldo Vignati/ID/BR
da Lua
2. Aproveite o momento para incentivar
Reinaldo Vignati/ID/BR
plano
os estudantes a observar um eclipse orbital
terrestre
quando tiverem oportunidade. Terra
3. No eclipse solar, a Lua fica entre a
Terra e o Sol, projetando sua sombra Lua
sobre a Terra.
4. a) Na lua nova, a face da Lua iluminada Representação sem proporção de tamanho e
pelo Sol não está visível; no eclipse lu- distância entre os elementos; cores-fantasia.
Esquema do plano de órbita da Lua ao redor
A imagem representa o eclipse lunar, em que a
nar, a Terra posiciona-se entre a Lua e • Explique o fenômeno representado na da Terra. (Representação sem proporção de
o Sol, impedindo que a luz solar atinja imagem. Terra fica posicionada entre o Sol e a tamanho e distância; cores-fantasia.)
a Lua. Lua e sua sombra é projetada na Lua. a) Caso o plano orbital lunar coincidisse com o
3. Faça um desenho representando o eclipse so-
b) A lua nova ocorre por causa do mo- lar e explique como ele ocorre. plano orbital terrestre, a lua cheia e a lua nova
Desenho do estudante. ainda ocorreriam? Explique sua resposta.
vimento da Lua ao redor da Terra. A 4. Observe as imagens a seguir e responda às b) Caso o plano orbital lunar coincidisse com o
Lua demora cerca de 29,5 dias para questões. a) e b) Veja respostas em plano orbital terrestre, ainda existiriam eclip-
completar um ciclo lunar; por isso, as Respostas e comentários.
ses lunar e solar? O que aconteceria com a
diferentes fases são visíveis uma vez frequência desses fenômenos da natureza?
Bruno CHOI/Shutterstock.com/ID/BR
nesse período. O eclipse lunar só ocorre
6. Sobre os movimentos da Lua ao redor da Ter-
quando a Lua, além de estar posicionada
ra, responda: 6. a) É o período que a Lua leva para
entre o Sol e a Terra, se encontra no dar uma volta em torno da Terra.
a) O que é um ano sideral?
mesmo plano que esses dois astros;
b) O que é lunação? É o período entre duas fases
por isso, esse é um evento mais raro. da Lua iguais e consecutivas.
5. a) Se os planos orbitais da Terra e da Lua 7. Quando olhamos para o céu, sempre vemos a
mesma face da Lua, independentemente do
coincidissem, não poderíamos observar Eclipse lunar. período do ano.
a lua cheia, pois a Terra sombrearia a
• Você concorda com essa frase? Justifique
Lua durante o período correspondente sua resposta. Respostas pessoais.
LRO/NASA
a essa fase. Já na lua nova, a Lua sempre
encobriria o Sol. 8. Ao observarmos a Lua com um telescópio ou em
fotografias, percebemos várias crateras. Elas
b) Sim. A frequência deles aumenta- foram geradas pelo impacto de corpos celestes.
ria, já que a cada translação a Lua se • Como se explica a existência desse grande
colocaria entre a Terra e o Sol (eclipse número de crateras na superfície lunar?
solar) e na sombra da Terra projetada
9. Leia o texto a seguir e responda às questões.
pelo Sol (eclipse lunar). Lua nova.
a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
6. Se julgar necessário, retome o conteúdo a) Apesar da semelhança entre as ima-
gens, qual é a diferença entre a fase da De olho no céu: eclipse lunar e maior
da página 21, para que os estudantes
lua nova e o fenômeno do eclipse lunar? Lua do ano acontecem nesta quarta
respondam a esta atividade.
b) Por que a lua nova ocorre todos os me- Dois fenômenos astronômicos lunares vão
7. Espera-se que os estudantes concordem. ses do ano, enquanto o eclipse lunar acontecer quase que simultaneamente nesta
Isso ocorre porque o período de rotação ocorre mais raramente?
da Lua é o mesmo que o de translação. 8. Por não existir atmosfera na Lua, ou existir em pequena quantidade,
esse astro está desprotegido do impacto de corpos celestes.
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ESTRATÉGIAS DE APOIO
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(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U01_C2_020A032.indd 28 mantêm sobre o céu. […] Para a indígena Kerexu 03/05/22 18:02 GA_C
28
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sasha_nkplv/Shutterstock.com/ID/BR
periódicas que influenciavam as ativi- 2016. Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/
tecnologia/2016/02/constelacoes-indigenas-mitos-
dades dos indígenas. e-astronomia. Acesso em: 23 fev. 2022.
b) A região amazônica está localizada
na região equatorial do planeta, onde a a) Que movimento da Terra está relacionado
incidência de luz solar não se altera muito às “flutuações sazonais indicadas pelas
constelações”? O movimento de translação.
ao longo do ano e, por isso, há poucas
b) Em sua opinião, por que os indígenas da re-
alterações climáticas, sendo difícil dife-
gião amazônica identificavam a passagem
renciar as quatro estações do ano; assim, do ano observando o movimento aparente
observar a posição das estrelas era um das estrelas e não as mudanças de esta-
método mais confiável de identificar a ções do ano? Veja resposta em
Respostas e comentários.
passagem do tempo. c) Muitos povos indígenas marcavam a passa-
c) Esses povos utilizavam o relógio solar gem do tempo por meio da observação do
movimento aparente do Sol. Qual instrumen-
ou gnômon. O gnômon é uma estaca
Bailarina executa diversos giros sobre a ponta de to era utilizado por esses povos para essa fi-
presa ao chão; por meio da posição e um dos pés. nalidade? Explique como ele funciona.
do tamanho das sombras projetadas Veja respostas em Respostas e comentários.
por ele no solo, é possível verificar o
movimento aparente do Sol. 30
ESTRATÉGIAS DE APOIO
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30
Arquivo/NASA
da Lua? Cerca de 7 dias.
virtuais ou físicos.
d) Agora é sua vez de construir um calendá-
rio lunar. Desenhe, em uma cartolina, sete 8. A análise e a construção do calendário
colunas e cinco fileiras, como no modelo a lunar possibilitam identificar o padrão
seguir. Resposta variável, conforme a existente na ocorrência das fases da lua
data da realização dessa atividade.
S T Q Q S S D
ao longo de seu ciclo e a noção de tem-
poralidade, permitindo que os estudantes
desenvolvam um aspecto do pensamento
computacional (identificação de padrões).
Respeito às culturas
No primeiro dia do próximo mês, obser-
ve a Lua no céu e faça o desenho dela 9. a) Resposta pessoal. Em geral, o co-
Sombra da Lua na Terra em 1999, captada pela
estação espacial russa Mir. na tabela, no espaço correspondente ao nhecimento dos indígenas é pouco va-
primeiro dia do mês. Repita esse proce- lorizado pelos não indígenas.
• Que fenômeno astronômico está sendo ob- dimento em cada dia do mês analisado.
servado na superfície terrestre, na região Ao final do mês, você terá construído um b) Esta atividade pode ser realizada
sombreada pela Lua? Um eclipse solar. calendário lunar. em conjunto com outros componen-
tes curriculares, de forma a abordar
8. Observe este calendário lunar.
diversos aspectos da cultura indígena,
9. Leia o texto a seguir. como dança, culinária, lendas, mitos
e astronomia, além de aspectos mais
Reinaldo Vignati/ID/BR
31
31
Nelson Provazi/ID/BR
32
32
UNIDADE 2
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Clima e tempo
• Compreender e identificar fenômenos relacionados ao clima.
• Entender o que é meteorologia e de que maneira são feitas as previsões do tempo.
• Comparar e interpretar dados por meio da análise de gráficos.
JUSTIFICATIVA
Os fenômenos meteorológicos influenciam a vida de todos, direta ou indiretamente. Por isso, o ca-
pítulo 1 enfatiza a importância de os estudantes identificarem esses fenômenos e compreenderem os
métodos utilizados pela ciência para prever eventos do tempo, além de serem capazes de estabelecer
relações entre eventos climáticos e ações humanas negativas.
O capítulo 2 trata das mudanças climáticas e de seus impactos ao ambiente e à sociedade, com
especial atenção às atividades antrópicas que têm potencializado tais alterações do clima em todo o
planeta. Também aborda a responsabilidade dos seres humanos para com os desafios de controlar a
emissão de gases que amplificam os efeitos do aquecimento global.
Por fim, a seção Investigar visa reforçar a aprendizagem dos aspectos abordados no capítulo 1, ao
promover o trabalho colaborativo por meio de uma metodologia ativa baseada na construção de instru-
mentos para coletar e mensurar dados meteorológicos.
SOBRE A UNIDADE
Esta unidade aborda aspectos do clima, como fenômenos e mudanças climáticas, e da meteoro-
logia. O estudo do clima e a previsão do tempo são essenciais, por exemplo, para planejar a atividade
agrícola, ajudando a definir os melhores períodos para a semeadura e a estabelecer melhor o controle
das irrigações. Além da agricultura, inúmeras outras atividades humanas dependem da previsão do
tempo para seu planejamento: a decolagem de aviões e a saída de embarcações para o mar – dias de
chuva intensa ou de tempestade dificultam ou mesmo impossibilitam essas atividades –, o lazer ao ar
livre, a escolha de roupas para sair, etc. O capítulo 1 inicia-se apresentando o clima e as zonas climá-
ticas da Terra e, em seguida, aborda diversos fenômenos como os ventos e as brisas, a umidade do ar
e a precipitação, as nuvens, as massas de ar e as correntes marítimas. Por fim, trata da previsão do
tempo e da diferença entre clima e tempo – desenvolvendo, ao longo dessas abordagens, as habilidades
EF08CI14 e EF08CI15, além dos objetivos mencionados anteriormente. O capítulo 2 aprofunda o tema
mudanças climáticas e aquecimento global, com particular enfoque no papel das atividades humanas
nessas mudanças, como o desmatamento e suas consequências para o ciclo hidrológico. Também dis-
cute iniciativas que contribuem para a melhoria desse quadro, desenvolvendo a habilidade EF08CI16.
33 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – CLIMA E TEMPO
• Clima PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF08CI14) (CGEB2)
• Ventos e brisas Como analisar um (EF08CI15) (CGEB5)
• Umidade do ar e precipitação gráfico (CECN2)
• Nuvens (CECN3)
• Massas de ar
(CECN4)
• Correntes marítimas e clima
(CECN5)
• Previsão do tempo
33 B
CLIMA E
onde eles costumam procurar informações sobre a previsão do tempo
(rádio, televisão, internet, aplicativos de celular, etc.). unidade podem ser utilizadas em uma
3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a associar o conhecimento avaliação inicial para diagnosticar os co-
do clima e do tempo ao planejamento de atividades, desde as mais nhecimentos prévios dos estudantes sobre
corriqueiras, como a escolha da roupa que vão usar ou levar ao sair de casa
para ir à escola ou a um passeio, até atividades econômicas, especialmente os temas tratados adiante.
METEOROLOGIA
as relacionadas à agricultura. • Além disso, uma análise preliminar das
respostas dos estudantes a essas ques-
tões pode servir de ponto de partida para
o desenvolvimento e a condução das aulas.
Ou seja, um mapeamento inicial do conhe-
cimento e das eventuais fragilidades dos
Os fenômenos que ocorrem na atmosfera determinam o tempo e o estudantes pode sinalizar aspectos que
precisam ser reforçados, revistos ou ape-
clima das diversas regiões do nosso planeta. Mudanças climáticas nas complementados ao longo das aulas,
intensas podem ter grande impacto sobre a vida na Terra, por exemplo.
• Utilize também os conhecimentos pré-
incluindo a dos seres humanos. vios dos estudantes para conhecer seus
valores, suas atitudes, preferências e
Nesta unidade, serão estudados os fenômenos atmosféricos e as dificuldades e o nível de domínio que
eles têm do conteúdo. Esses aspectos
mudanças climáticas. 4.considere
Respostas pessoais. Incentive os estudantes a explicar suas respostas. Caso
oportuno, informe-os de que cientistas do clima realizam estudos são importantes de serem considerados,
por longos períodos de tempo para caracterizar o clima de uma região. por exemplo, no momento de planejar
atividades em duplas ou em grupos.
5. Resposta pessoal. É provável que os estudantes
respondam que sim, por causa de notícias veiculadas • Para auxiliar no desenvolvimento dos temas
nos meios de comunicação sobre a influência de da unidade, considere trazer para a sala de
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 ações humanas na intensificação do fenômeno do
Clima e tempo Mudanças climáticas
aula um mapa meteorológico, do Brasil ou
aquecimento global. A respeito desse assunto, é
importante levá-los a perceber as ações antrópicas do estado em que os estudantes moram,
regionais. que mostre as variações de temperatura
em diferentes locais.
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Você sabe qual é a diferença entre clima e tempo? Em sua opinião, quais
fenômenos da atmosfera determinam o tempo e o clima de uma região?
2. Você costuma consultar a previsão do tempo antes de sair de casa?
3. Por que é importante conhecer o clima de uma região?
4. O clima de uma região sempre é o mesmo? É possível que, em épocas
passadas, o clima de um local tenha sido diferente do clima atual?
5. Você acredita que o ser humano é capaz de alterar o clima da Terra?
33
33
LEITURA DA IMAGEM
Resposta pessoal. Em suas descrições, os estudantes podem mencionar, por
exemplo, os cactos, a vegetação rasteira, o morro mais elevado ao fundo e a neve
1. Como você descreveria o que se vê na foto? que cobre alguns dos
elementos do ambiente retratado na imagem.
2. É possível descrever o clima típico desse ambiente pelo
Resposta pessoal. A foto não tem elementos
que está visível na foto? que possam caracterizar o clima típico desse
ambiente. Os desertos geralmente apresentam temperaturas elevadas durante o dia
3. Que relação pode ser feita entre o ambiente mostrado
na foto e a atmosfera? Resposta pessoal. É possível relacionar o
ambiente mostrado na foto com a temperatura e a umidade da atmosfera.
34
Deserto de Sonora,
Arizona (EUA), 2019.
35
35
NO CAPÍTULO
(EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
padrões de circulação atmosférica e oceâ-
nica e ao aquecimento desigual causado
1 CLIMA E TEMPO
pela forma e pelos movimentos da Terra. *O clima é o conjunto de condições atmosféricas que caracterizam um local, pela influência que exercem sobre a vida na
Terra. Os elementos que determinam um tipo de clima são a temperatura, a umidade do ar, a pressão atmosférica, os regimes
(EF08CI15) Identificar as principais va- de chuva, os ventos e as movimentações das massas de ar.
riáveis envolvidas na previsão do tempo e PARA COMEÇAR CLIMA
simular situações nas quais elas possam O clima varia muito de uma O clima de uma região é definido pelos fenômenos atmosfé-
ser medidas. região para outra do planeta. ricos que ocorrem próximos à superfície terrestre.
Mas o que é o clima? Entre os principais elementos que caracterizam um clima, es-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Quais são os fatores que tão a temperatura, a umidade do ar, a pressão atmosférica, os re-
• Neste momento, é retomada a relação gimes de chuva, os ventos e as movimentações das massas de ar.
determinam um tipo
entre os diferentes climas da Terra e a
de clima? * Todos esses elementos são influenciados, de alguma forma,
incidência dos raios solares na super-
pelo Sol. Devido ao formato esférico da Terra, os raios solares
fície terrestre, estudada na unidade 1
incidem mais diretamente e, portanto, com mais intensidade
(habilidade EF08CI13). No livro do 9º ano,
latitude: é a distância, medida em grau, de nas áreas próximas à linha do Equador. Essa intensidade dimi-
serão apresentadas as características determinada posição na Terra em relação à nui gradativamente com o aumento da latitude em direção aos
da luz visível (onda eletromagnética que linha do Equador. Ela varia entre 0o (na linha
do Equador) e 90o (nos polos) para o sul e polos, tanto para o sul quanto para o norte.
transporta as energias elétrica, térmica
para o norte. A variação da incidência dos raios solares em função da la-
e luminosa).
• Aproveite as questões em Para começar titude é o principal fator determinante dos diferentes climas na
De modo geral, as maiores
para levantar o conhecimento prévio dos temperaturas são observadas nas Terra e permite diferenciar as zonas climáticas do planeta: in-
estudantes. Deixe-os trocar ideias sobre latitudes mais baixas, ou seja, na tertropical, temperada e polar. Essas três zonas climáticas são
zona intertropical, ao passo que
o tema. as menores temperaturas são
encontradas nos dois hemisférios da Terra.
• Esta é uma oportunidade para os es-
registradas nas latitudes mais O planisfério abaixo mostra a localização das zonas climá-
altas, isto é, nas zonas polares.
tudantes atuarem com protagonismo e ticas da Terra. Note que, no território brasileiro, há duas zonas
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico
também para você observar em que ní- escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
climáticas, a temperada e a intertropical.
vel se encontra a base conceitual deles p. 105.
das aulas.
Fotografia: Reto Stöckli/Earth Observatory/NASA;
Cartografia: João Miguel A. Moreira/ID/BR
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Equador
Zona polar
Círculo Polar Ártico
Zona intertropical Trópico de Capricórnio
Trópico de Capricórnio
Zona temperada 0 1965 km
36 0 1965 km
Trópico de Câncer
0 1965 km
Círculo Polar Antártico
36
Djelen/Shutterstock.com/ID/BR
no contexto dos instrumentos de me-
O ar mais frio forma uma zona de alta pressão atmosférica, dição do vento.
ao passo que, na zona onde o ar foi aquecido, a pressão atmos-
férica é menor. O ar se move, geralmente, de uma região de alta
pressão para uma região de baixa pressão.
Um modelo simples de biruta como
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DO VENTO esse é usado em aeroportos para
orientar o pouso e a decolagem das
Conhecer a direção e a velocidade dos ventos é importante aeronaves.
para fazer a previsão do tempo e para o controle de atividades
como o pouso e a decolagem de aviões. Portanto, elas influen-
pjcross/Shutterstock.com/ID/BR
37
37
38
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 38 cala, formado sobre as águas quentes dos oceanos 04/05/22 10:11 GA_C
e mares.
Furacão ou ciclones tropicais
Os furacões e tufões estão entre os mais temí- Seu tamanho pode ser expresso através de diver-
veis fenômenos da natureza. São sistemas meteo- sos parâmetros, tais como intensidade dos ventos
rológicos de centenas de quilômetros de diâmetro, máximos sustentados, diâmetro da área de atuação
por onde passam deixam marcas de destruição, da circulação ciclônica, etc. A intensidade máxi-
causando prejuízos assustadores e deixando mor- ma dos ventos registrados no interior dos ciclones
tos, feridos e desabrigados. Eles se formam em tropicais é em média de 165 km/h, embora já tenha
águas quentes dos oceanos e mares tropicais sido observado furacões com ventos superiores a
(regiões tropicais e subtropicais), uma vez que 320 km/h (furacão Camille).
nessas regiões ocorre uma grande evaporação Uma das escalas mais usadas e conhecidas, a es-
de água. Por esse fato eles atuam principalmen- cala Saffir-Simpson oferece uma boa noção do grau
te em regiões costeiras, onde existe uma grande de destruição. Nessa escala os furacões são classifi-
densidade demográfica. cados de acordo com os danos que produzem:
Para definir melhor o que é um furacão pode- Categoria 1: ventos de 117 a 151 km/h, pres-
-se dizer que é um sistema frontal de baixa pressão são mínima igual ou superior a 980 mbar, maré
(muitas vezes inferiores a 950 mb) e de grande es- de 1 a 1,7 m acima do normal. Danos: danos em
38
kozmoat98/iStock/Getty Images
re durante as chuvas fortes.
O TOTAL PLUVIOMÉTRICO
A umidade do ar está diretamente relacionada ao regime de
chuvas de uma área.
A medida que indica a quantidade de chuvas em um local em
certo período de tempo é chamada de total pluviométrico. Esse
total, junto com a temperatura do ar, é um dos principais indica-
dores do clima de um local.
O regime de chuvas, ou seja, a distribuição das chuvas ao
longo do ano, também é importante para a determinação do cli-
ma. Um local pode ser considerado seco se as chuvas, mesmo
com alto índice pluviométrico, forem concentradas em somente
um ou dois meses do ano.
O pluviômetro é um instrumento usado para medir a quan-
tidade de chuva ou granizo que cai durante determinado período, O pluviômetro tem funcionamento
bem simples e leitura fácil.
em determinado local. Os pluviômetros mais simples são reci- Diariamente, um observador, em
pientes com uma escala graduada em milímetros onde a água é horários preestabelecidos, faz a
coletada. Assim, a indicação da quantidade de precipitação é dada medida da água no pluviômetro e
anota os dados.
pela quantidade de água que se acumula no recipiente.
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39
Cobalt88/Shutterstock.com/ID/BR
Daybreak Imagery/Alamy/Fotoarena
(A) Cirrus: nuvens ralas e
alongadas. Ocorrem em altitudes
maiores que as altitudes em que MASSAS DE AR
se formam os outros tipos de As massas de ar são grandes porções da atmosfera cujas
nuvem. (B) Stratus: formam-se
em altitudes mais baixas, entre condições de temperatura, de pressão e de umidade são seme-
500 m e 1 000 m, e costumam lhantes ao longo de toda a sua extensão.
trazer chuva ou neve. (C) Cumulus:
apresentam a base geralmente As massas de ar que se formam sobre os oceanos são úmi-
plana. São nuvens baixas e das; já as formadas sobre os continentes geralmente são se-
também estão associadas à chuva.
(D) Cumulonimbus: são volumosas. cas. Quando se originam sobre áreas equatoriais, as massas de
Produzem chuvas e originam ar têm temperaturas mais elevadas; sobre áreas polares, elas
tempestades e trovoadas. São
muito comuns no verão, ao final têm temperaturas menores.
da tarde, em dias muito quentes. Essas massas sempre se deslocam de uma área de alta
Nelas se forma o granizo.
pressão para outra de baixa pressão. Durante seu deslocamen-
to, elas podem sofrer modificações, pois encontram diferentes
condições por onde passam.
As massas de ar podem ser classificadas em quentes ou
frias.
• Massa de ar quente – é aquela que é mais quente que a
superfície sobre a qual se desloca.
• Massa de ar fria – é aquela que é mais fria que a superfície
sobre a qual passa.
O encontro de massas de ar favorece a formação de nuvens
de chuva e de trovoadas.
40
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 40 04/05/22 10:11 GA_C
40
ÁSIA
EUROPA 45°N
OCEANO OCEANO
Trópico de Câncer ATLÂNTICO PACÍFICO
AMÉRICA ÁFRICA
Equador 0°
Meridiano de Greenwich
OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio OCEANIA
OCEANO
PACÍFICO
45°S
Principais correntes marítimas do planeta. Elas podem ser quentes (vermelho) ou frias (azul).
As correntes quentes se originam nas regiões tropicais, e as correntes frias, nas regiões polares.
A corrente quente que se desloca próximo à costa brasileira é chamada de Corrente do Brasil.
Fonte de pesquisa: Earth: the definitive visual guide (tradução nossa: Terra: o guia visual definitivo).
London: Dorling Kindersley, 2013. p. 394.
41
10:11 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 41 verdade, empurrada pelo ar atmosférico. Por10:11
04/05/22 Outra constatação: a coluna de mercúrio
isso, em poços mais profundos não poderiam sofria pequenas variações em seu nível de um
A INVENÇÃO DO BARÔMETRO ser usadas bombas de sucção. Para testar dia para outro; além disso, ela se elevava nos
O barômetro foi inventado pelo físico italiano sua ideia, Torricelli fez outro experimento, momentos que antecediam as tempestades,
Evangelista Torricelli (1608-1647), em 1643. Na substituindo água por mercúrio, que é 13,6 fato logo percebido pelos navegadores. Estava
Itália renascentista, o desenvolvimento das vezes mais denso que a água. inventado o barômetro.
cidades exigia um suprimento de água cada Resultado: a força exercida pela atmosfera Atualmente, esse instrumento é utilizado por
vez maior. Para isso, abriam-se poços; porém, sobre o mercúrio eleva a coluna de mercúrio pesquisadores e esportistas nas previsões do
em poços muito profundos, nenhuma bomba até uma altura de aproximadamente 76 cm, tempo e para estimar a altitude.
conseguia puxar a água para cima. ou seja, exatamente o valor esperado por
Torricelli, pois corresponde a 10 m divididos
Consultado sobre o problema, Torricelli des- por 13,6. Torricelli verificou que, mesmo
cobriu, por meio de experimentos, que a água alterando a forma e as dimensões do tubo,
só poderia ser deslocada até uma altura de a altura da coluna de mercúrio permanecia
10 metros no interior de um tubo do qual o constante. Porém, ao repetir seu experimento
ar tivesse sido aspirado. O físico italiano des- em regiões mais elevadas, a coluna de mer-
confiou que a água no interior do tubo era, na cúrio se elevava menos.
41
CPTEC/INPE
Imagem de satélite que mostra a movimentação
logia. Comente com eles a respeito dos de massas de ar sobre a América do Sul em 25 de
fevereiro de 2022. Imagens como essa são usadas
equipamentos meteorológicos usados em pelos meteorologistas para elaborar a previsão
benefício dos seres humanos (satélites, do tempo.
computadores, instrumentos de medição
como os pluviômetros, etc.).
• O pensamento computacional está pre-
sente nas previsões do tempo, ao se iden-
tificar, por exemplo, padrões climáticos
em suas análises.
CLIMA OU TEMPO?
Tempo e clima são termos
relacionados, porém distintos.
Tempo refere-se a períodos As previsões do tempo baseiam-se nas condições atmosfé-
curtos, como quando dizemos “se
ricas locais e no deslocamento das massas de ar. Porém, as
o tempo estiver bom, podemos ir
ao parque”. previsões sempre contêm alguma margem de erro, devido à
O clima, por sua vez, independe instabilidade no avanço das massas de ar, como mudanças de
das mudanças que ocorrem ao intensidade e de direção. Em previsões mais imediatas, como
longo dos dias ou das estações do para o dia seguinte, o erro é pequeno. Entretanto, à medida que
ano. Para determinar o clima de
uma região, os meteorologistas consideramos prazos maiores, a chance de erro aumenta.
analisam as variações das Os estudos meteorológicos fornecem informações impor-
condições atmosféricas durante um tantes para atividades que dependem do clima, como agricultu-
período de, pelo menos, trinta anos.
ra, turismo, aviação, navegação marítima e esportes ao ar livre.
42
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 42 • Cada grupo deve anotar as previsões do 05/05/22 19:07 GA_C
42
ID/BR
ID/BR
A B
250 250 o que significam as colunas.
200 200 • Quando os estudantes se sentirem segu-
Precipitação (mm)
Precipitação (mm)
150 150
ros para ler um dos gráficos, peça-lhes
que façam o mesmo com o outro gráfico
100 100
e comparem os dados. Esse é um passo
50 50 que pode ser repetido quantas vezes fo-
0 0 rem necessárias, até que eles se sintam
iro iro rço ril aio ho lho sto bro bro bro bro
ne re a Ab M Jun Ju go em utu em em
iro iro rço ril aio ho lho sto bro bro bro bro
ne re a Ab M Jun Ju go em utu em em
seguros para realizar o procedimento.
Ja Feve M A et O v z Ja Feve M A et O v z
S No De S No De • A análise de gráficos auxilia no reconhe-
Meses Meses
Precipitação (mm) Precipitação (mm)
cimento do padrão de precipitação em
cidades distintas, refletindo a etapa de
Fonte de pesquisa: Meteorópole. Disponível em: http://www.meteoropole.com.br/
2011/11/inicio-da-estacao-chuvosa. Acesso em: 16 fev. 2022.
identificação de padrões do pensamento
computacional, em apoio ao componente
1 No lado esquerdo do gráfico, estão os valores que indicam a quantidade de curricular Matemática.
chuva – precipitação (mm). Embaixo, há os meses do ano. • Antes de realizar as atividades propostas,
2 A altura de cada coluna indica o quanto choveu, em média, em determinado faça com os estudantes uma análise geral
mês. Observe o gráfico de precipitação de São Paulo. Verifique o quanto de cada gráfico, observando, por exemplo,
choveu no mês de junho. Anote o resultado encontrado. a cidade em que mais chove o ano todo, a
3 Agora, faça a mesma análise para o mês de junho em Bagé. Compare os cidade que apresenta uma estação seca
dois valores e responda: Em qual dessas cidades choveu mais em junho? e outra chuvosa e a cidade que apresenta
4 Encontre no gráfico de São Paulo o mês que mais choveu no ano. Faça o maior variação na quantidade de chuvas ao
mesmo com o gráfico de Bagé. longo do ano. Como fechamento, pode-se
Responda sempre no caderno.
apresentar outros climogramas, para que
Para concluir os estudantes identifiquem informações
A cidade de São Paulo apresenta maior variação. Em janeiro e fevereiro, a precipitação
1. Qual das duas cidades apresenta maior variação na quantidade de chuvas ao como a variação de chuvas ao longo do
longo do ano? passou de 200 mm, enquanto em agosto a precipitação não chegou a 50 mm. ano e os meses mais secos e os mais
Em Bagé, a precipitação ficou em torno de 100 mm a 150 mm ao longo do ano. chuvosos, entre outras.
2. Em qual das duas cidades choveu menos durante o verão? (Considere verão os
meses de dezembro, de janeiro e de fevereiro.) Em Bagé.
PARA CONCLUIR
3. Pesquise gráficos de chuvas de sua cidade e identifique os meses de maior e de
menor precipitação. Resposta variável, de acordo com a cidade em que os estudantes RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
vivem. • Ao trabalhar as atividades 1 e 2, peça aos
estudantes que comparem a quantidade
43 de chuvas em São Paulo e em Bagé em
outros períodos do ano, como o primeiro
e o segundo trimestres. Nesses períodos,
é possível concluir que há grande variação
19:07
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 43
OUTRAS FONTES 06/05/22 16:18
na quantidade de chuvas em São Paulo,
Nesta seção, são desenvolvidos aspectos Francischett, Mafalda N.; Biz, Ana Clau- enquanto em Bagé as variações não são
das competências geral 2 e específica 2, dia. O mapa hipsométrico no estudo dos significativas.
ao se abordar aspectos próprios da inves- continentes. Revista Signos geográficos,
tigação científica. Também é promovida a v. 2, 2020. Disponível em: https://
competência geral 5, na medida em que www.revistas.ufg.br/signos/article/
os estudantes são incentivados a utilizar download/62428/34510/276368. Acesso
tecnologias da informação na pesquisa de em: 16 maio 2022.
gráficos de chuvas da cidade em que vivem. O artigo explica a importância da hip-
sometria como método de representa-
ção e traz uma proposta de construção
de mapas hipsométricos dos continentes,
que pode ser adaptada para um mapa de
qualquer região.
43
1. Reforce para os estudantes a diferença 1. Temperatura do ar, umidade do ar, pressão atmosférica,
ventos, regimes de chuva e movimentação das massas de ar.
entre clima e tempo. 1. Quais são os principais elementos que carac- 8. O aparelho mostrado na foto é um anemôme-
2. O calor emitido pela superfície terrestre terizam o clima de uma região? tro, que é utilizado para medir a velocidade
esquenta o ar mais próximo dela. O ar dos ventos. Sobre o assunto, responda:
2. Por que o ar que se encontra em contato com a) e b) O vento é o ar em movimento. A brisa é um
quente é menos denso que o ar frio a superfície terrestre tende a subir?
Veja resposta em Respostas e comentários.
das camadas superiores. Dessa forma,
UbjsP/Shutterstock.com/ID/BR
3. O que é total pluviométrico? Como ele pode
por ser mais denso que o ar quente, o ser medido?
ar frio tende a descer, forçando o ar Veja respostas em Respostas e comentários.
4. Por que as massas de ar que se formam so-
quente a subir. bre o oceano são mais úmidas que as que se
3. O total pluviométrico indica a quan- formam sobre o continente?
Veja resposta em Respostas e comentários.
tidade de chuvas em uma região em 5. Cite dois tipos de nuvem e indique que condi-
certo período de tempo e pode ser ções do tempo podem ser associadas a eles.
medido com pluviômetros. Veja respostas em Respostas e comentários.
6. Observe a foto a seguir, que mostra um refri-
4. A energia do Sol promove a evaporação gerador de supermercado.
tipo de vento ou deslocamento de ar que ocorre
das águas oceânicas, e o vapor de água
a) O que é o vento? na região do litoral.
formado se junta ao ar sobre os oceanos.
Asia Images/Shutterstock.com/ID/BR
b) Qual é a diferença entre vento e brisa?
5. As nuvens do tipo stratus costumam trazer c) Cite uma situação em que, em sua opinião,
chuva ou neve; as nuvens do tipo cumulus é fundamental saber qual é a velocidade do
também estão associadas à chuva; e as vento. Veja resposta em Respostas e
comentários.
nuvens do tipo cumulonimbus produzem 9. Investigue a variação de temperatura em
chuvas e originam tempestades e trovoa- três cidades. Para isso, observe as informa-
das. Nelas se forma o granizo. ções a seguir.a) e b) Resposta variáveis, de acordo
com as cidades pesquisadas.
• Procure na internet um mapa do estado
6. O ar acima do freezer, mais quente que
em que você vive. Escolha duas cidades:
o ar em seu interior, dificulta as trocas uma que fique aproximadamente na mes-
de calor, pois o ar frio, mais denso, se ma altitude da sua cidade e outra que fique
mantém abaixo (no interior do freezer). 500 m acima ou abaixo da sua cidade.
Assim, os alimentos permanecem re- • Anote, durante uma semana, as temperatu-
frigerados mesmo que o freezer esteja ras máximas e mínimas da sua cidade e das
aberto. cidades que você escolheu. Para encontrar
os valores de temperatura, acesse sites de
7. a) Comente com os estudantes que as análise e acompanhamento do clima.
brisas atenuam a sensação de calor em • Construa um gráfico para cada cidade com
Veja resposta em Respostas e comentários.
áreas litorâneas. as variações de temperatura coletadas.
• Esse tipo de refrigerador não tem tampa.
b) Brisa marinha: durante o dia, o solo se Explique como é possível conservar a refri- a) Procure na internet um mapa hipsométri-
geração dos alimentos, se o equipamento co (que representa a variação de altitudes
aquece mais rápido que a água do mar, por meio de escala de cores) do estado em
criando regiões de baixa pressão sobre fica o tempo todo aberto.
que você vive. Identifique qual é a altitude
o continente, e o ar marinho se desloca 7. Pessoas que visitam praias costumam sentir de cada cidade escolhida.
para o continente. Brisa terrestre: à noite, o ar se deslocando. Esse deslocamento de ar b) Quais cidades tiveram as temperaturas
o solo esfria mais rápido que a água do é conhecido como brisa. Sobre esse tema, mais altas e as temperaturas mais baixas?
responda: Na brisa marinha, o ar se desloca do
mar, criando uma zona de baixa pressão oceano para o continente, e na brisa c) Elabore uma hipótese que explique a variação
a) Qual é a diferença entre brisa marinha e de temperatura entre as três cidades. Procu-
sobre o oceano, e o ar desloca-se da
brisa terrestre? terrestre, o ar se desloca da rar por informações sobre a geografia das ci-
terra para o mar. terra para o mar.
b) Como esses dois tipos de brisa se formam? dades pode ajudar na elaboração da hipótese.
8. a) e b) Você pode pedir aos estudantes que Veja resposta em Respostas e comentários. Resposta pessoal.
pesquisem o que são vendavais.
c) A velocidade do vento pode interferir 44
na sensação térmica e no deslocamento
de embarcações e aeronaves.
9. a) e b) Oriente os estudantes sobre as ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C1_033A044.indd 44
DE OLHO NA BASE 06/05/22 16:18 GA_C
fontes de pesquisa confiáveis para obter Neste momento, uma avaliação reguladora é Nesta seção, a atividade 8 trabalha a ha-
os mapas. importante, pois permite identificar eventuais bilidade EF08CI15. Quanto às competências,
c) Observe se os estudantes têm dificul- pontos frágeis no aprendizado do conteúdo são promovidas as competências específicas
dade para elaborar a hipótese e auxilie- do capítulo. 2, 3, 4 e 5 – esta última, particularmente,
-os, se for necessário. Nesse caso, em relação à previsão do tempo, na atividade 9, ao se incentivar o uso de
pode-se trazer para a aula exemplos desse tecnologia digital de informação, de forma
tipo de previsão encontrados em sites como significativa, para acessar informações e
o do Centro de Previsão de Tempo e Estudos produzir conhecimentos.
Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) ou abordar a pre-
visão do tempo veiculada na televisão ou no
rádio e, com base nelas, trabalhar as prin-
cipais variáveis envolvidas na previsão. Ao
final, reavalie se as dúvidas dos estudantes
foram resolvidas.
44
Jorge Adorno/Reuters/Fotoarena
humano. Além disso, desenvolve as
competências específicas 2 e 3, em
relação aos conceitos fundamentais e às
estruturas explicativas das Ciências da
Natureza, bem como às características
e aos fenômenos do mundo natural,
além de aspectos das competências
geral 7 e específica 5 (consciência so-
cioambiental) e geral 10 e específica 8
(questões socioambientais).
45
16:18
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_045A056.indd 45 04/05/22 10:03
45
PAINEL INTERGOVERNAMENTAL
SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS O desmatamento pode provocar alterações no clima. Manoel Viana (RS), 2018.
Criado em 1992 pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio Na floresta Amazônica, por exemplo, boa parte das chu-
Ambiente e pela Organização vas ocorre em virtude da transpiração das próprias árvores.
Meteorológica Mundial, o Painel
Intergovernamental sobre
O desmatamento diminui a formação das chuvas e, sem elas, a
Mudanças Climáticas (IPCC) floresta não consegue se manter, gerando um ciclo vicioso.
tem como objetivo estudar os Além disso, boa parte da umidade produzida pela floresta
fenômenos ligados às mudanças
Amazônica é carregada pelos ventos, causando chuvas nas re-
climáticas e propor medidas para
impedir ou reverter o seu avanço. giões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Assim, o desmatamen-
O painel é composto de 2,5 mil to da floresta Amazônica também provoca alterações climáticas
importantes cientistas de mais de em outras áreas. Quando as chuvas caem sobre os continentes,
130 países.
parte da água escorre pela superfície e parte penetra no solo,
Para realizar um trabalho
abrangente, o IPCC tem três formando os rios e podendo ser usada pelas plantas.
grupos de trabalho (GT-I, II e III). A remoção da cobertura vegetal também pode afetar a tempe-
O GT-I avalia os aspectos científicos ratura da Terra. As plantas liberam para a atmosfera uma série de
do clima. O GT-II examina a
fragilidade do meio ambiente
materiais que, ao se combinarem com o gás oxigênio, conseguem
e dos seres humanos frente às refletir parte da radiação solar. Assim, a redução da cobertura
mudanças climáticas, enquanto o vegetal diminui a liberação desses materiais na atmosfera. Desse
GT-III avalia as ações para reduzir modo, a radiação solar atinge com mais intensidade a Terra, po-
as alterações climáticas.
dendo levar a um aumento da temperatura global.
46
46
Reinaldo Vignati/ID/BR
como o gás carbônico, o metano e alguns com- da sala de aula se todas as portas e ja-
postos de nitrogênio, têm a propriedade de reter o nelas fossem fechadas em um dia quente
C de verão?”.
calor refletido pela superfície terrestre, mantendo A B
a atmosfera aquecida. • Explique aos estudantes a relação entre o
conceito de efeito estufa e o funcionamento
Sem o efeito estufa, a temperatura mé-
das estufas usadas no cultivo de plantas.
dia do planeta seria muito mais baixa (cerca
• Esclareça aos estudantes que, como toda
de 215 °C), dificultando ou impedindo a vida de
grande questão científica, há divergên-
muitos seres vivos. cias entre os cientistas sobre as causas
Desde a Revolução Industrial, há cerca de 200 do aquecimento global: para alguns, é um
anos, a concentração de gás carbônico na at- fenômeno natural que ocorre de tempos
mosfera vem aumentando, porque a queima de em tempos; para outros, é resultado do
combustíveis fósseis passou a ser a principal fonte de energia Esquema simplificado do efeito desequilíbrio ambiental causado pelo ser
estufa no planeta Terra. Grande
para as atividades humanas. Quando queimados, esses com- parte da radiação solar atravessa humano. A maior parte da comunidade
bustíveis liberam gás carbônico e outros gases de efeito estu- a atmosfera (A). Uma parcela científica defende a segunda posição,
dessa radiação é absorvida pela
fa, aumentando a retenção da radiação refletida pela superfície superfície terrestre. Uma parte ou seja, o aquecimento global é conse-
da Terra. da radiação que não foi absorvida quência da produção humana de gases
é refletida pela superfície e volta
O desmatamento também contribui para a retenção da ra- para o espaço (B). Outra parte da
de efeito estufa. Considere apresentar
radiação não consegue atravessar notícias recentes mostrando os dois
diação, seja por conta das queimadas, que liberam gás carbô- a atmosfera por causa dos gases pontos de vista.
nico, seja pela diminuição da vegetação, pois as plantas retiram de efeito estufa e fica retida em
nosso planeta (C). (Representação
gás carbônico do ar para o seu crescimento. sem proporção de tamanho e
distância entre os elementos;
DE OLHO NA BASE
A maior parte da comunidade científica acredita que as mu-
cores-fantasia.)
danças climáticas atuais vêm sendo causadas pelas atividades O conteúdo desta página dá con-
humanas. O aumento gradativo da emissão de gases de efeito tinuidade à promoção da habilidade
estufa ao longo dos últimos séculos seria responsável pelo rá- EF08CI16, no contexto do aquecimento
pido aumento da temperatura média da Terra. Esse fenômeno é global. Também são trabalhadas as
competências gerais 7 e 10 e as es-
conhecido como aquecimento global, e pode ter graves conse-
pecíficas 2, 3, 5 e 8, ao se recorrer aos
quências para os seres vivos de todo o planeta, incluindo os se-
conhecimentos das Ciências da Natureza,
res humanos. Por isso, há um movimento para a redução global diante de questões socioambientais.
de emissões de gases de efeito estufa.
Entre as alternativas para reduzir as emissões desses gases
está a utilização de combustíveis derivados de biomassa, tam-
bém chamados de biocombustíveis ou combustíveis renováveis,
como o etanol e o biodiesel. Esses combustíveis são produzidos
a partir de plantas como cana-de-açúcar e milho, que retiram
gás carbônico da atmosfera durante a fotossíntese. Isso ajuda a
biomassa: total de matéria orgânica
compensar a liberação de gás carbônico para a atmosfera du- presente em um organismo ou em
rante a queima dos biocombustíveis. determinada região.
47
47
48
OUTRAS FONTES
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48
ID/BR
colocam o mundo em risco e causam as em parte, absorvido pela cana-de-açúcar
mudanças climáticas que afetam toda a fauna e originado durante a fotossíntese. O
Partes por milhão por volume (ppmv)
6% Eletricidade e
7. Ressalte para os estudantes que é im-
340
10% aquecimento portante tomar medidas em todos os
25% Agricultura,
silvicultura 320 setores citados para diminuir a emissão
e outros usos
14% da terra de gases de efeito estufa.
1960 1970 1980 1990 2000 2010
Indústria
Ano 8. Esse gráfico é conhecido como curva de
Transporte
24%
Keeling. Você pode sugerir aos estudan-
Energia
21% Fonte de pesquisa: NOAA Earth System Research Laboratory. tes que pesquisem como foram obtidos
Construções Disponível em: https://www.esrl.noaa.gov/gmd/webdata/
ccgg/trends/co2_data_mlo.png. Acesso em: 16 fev. 2022. os dados representados no gráfico.
Porque a queima de combustíveis fósseis para
Eletricidade é o setor campeão na emissão dos a) Por que a intensificação das atividades in-
gases do efeito estufa. UOL Notícias, 7 dez. 2015. DE OLHO NA BASE
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/meio- dustriais está relacionada ao aumento das
ambiente/ultimas-noticias/redacao/2015/12/07/ emissões de CO2? gerar energia libera mais Nesta seção, as atividades 3, 4, 5, 6,
eletricidade-e-o-setor-campeao-na-emissao-dos- CO2 na atmosfera.
gases-do-efeito-estufa.htm.
b) Estime em quantas vezes a concentração 7 e 8 trabalham a habilidade EF08CI16.
7. b) Resposta pessoal. Acesso em: 16 fev. 2022. de CO2 na atmosfera aumentou entre 1960 De modo geral, a seção trabalha as
É importante mediar a e 2010. Aproximadamente 1,3 vez.
discussão com os estudantes sobre as medidas de competências específicas de Ciências
4. São gases que dificultam a perda de calor da superfície
redução de gases de efeito estufa. terrestre para o espaço. Os principais gases de efeito estufa da Natureza 2, 3, 5 e 8 e as competên-
são o CO2, o metano e alguns compostos de nitrogênio. cias gerais da Educação Básica 7 e 10.
49
49
Robson Ventura/Folhapress
Você quer fazer algo para ajudar a conter o
propósitos pedagógicos. aquecimento global? Aqui listamos algumas
• Caso a realização das atividades desta ações simples que você pode fazer. Explique
seção seja conduzida em uma turma com aos seus parentes e amigos a importância des-
muitos estudantes, esteja atento ao fato de tes pequenos atos. […]
que a troca de ideias pode ser ruidosa, uma Dirija menos
vez que os estudantes falam, argumentam, Caminhadas, bicicletas, transporte solidário
compartilham e questionam opiniões, so- (fazer rodízios de carros, caronas) ou a utiliza-
luções e hipóteses. Portanto, se decidir ção de veículos de transporte de massa mais
sugerir aos estudantes que respondam frequentemente geram uma economia de cer-
oralmente às questões, oriente-os a se ca de 1 quilo de dióxido de carbono para cada
manter em silêncio enquanto o colega 4 quilômetros que você não dirigir.
O uso de bicicleta e de transporte público diminui a
fala, respeitando esse momento. Plante uma árvore emissão de gases de efeito estufa.
Uma simples árvore absorverá cerca de uma
tonelada de dióxido de carbono durante sua Recicle mais
vida. Plantando uma árvore, você está ajudando Recicle e contribua para a economia de
a preservar a vida em nosso planeta. recursos naturais, a redução da degradação
50
OUTRAS FONTES
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51
51
52
52
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
53 • As respostas às questões de 1 a 5 devem
variar conforme a coleta de dados. Pode
haver discrepâncias entre os dados co-
letados e os dados da previsão do tempo.
10:03 e sua ação não é mais a de expor, mas de orientar
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U02_C2_045A056.indd 53 O entendimento desse tema trouxe como in-19:11
05/05/22
Aproveite a questão 4 para discutir o papel
e encaminhar as reflexões dos estudantes na cons- fluência para o ensino a necessidade de prestar- dos instrumentos como tecnologia de
trução do novo conhecimento. mos atenção no desenvolvimento da linguagem auxílio à compreensão de fenômenos
[…] em sala de aula como um dos principais artefatos meteorológicos.
A importância do psicólogo Vigotsky para o culturais que fazem parte da interação social, não
ensino fundamenta-se em dois temas que o pes- só no aspecto facilitador da interação entre pro-
quisador desenvolveu em seus trabalhos. O pri- fessor e alunos, mas principalmente com a fun-
meiro, e para nós o mais fundamental, foi mos- ção transformadora da mente dos alunos.
trar que “as mais elevadas funções mentais do Carvalho, Anna Maria Pessoa de. O ensino de Ciências
indivíduo emergem de processos sociais”. A dis- e a proposição de sequências de ensino investigativas.
In: Carvalho, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências
cussão e a aceitação desse conhecimento trazido por investigação: condições para implementação em
por Vigotsky […] veio modificar toda a interação sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013. p. 1-4.
professor-aluno em sala de aula.
O segundo tema foi demonstrar que os pro-
cessos sociais e psicológicos humanos “se firmam
por meio de ferramentas, ou artefatos culturais,
que medeiam a interação entre os indivíduos e
entre esses e o mundo físico”. […]
53
ID/BR
anuais mais elevadas: ao longo do litoral
quentes. O contrário pode ocorrer nas leste ou do litoral oeste da América do Sul?
15 °C
Variação de temperatura
regiões quentes, que esquentarão ainda Justifique sua resposta. 14,5 °C
mais, pois as correntes não dissiparão c) Estudiosos das correntes marítimas afir- 14 °C
o calor incidente sobre essas regiões. mam que elas estão se tornando gradu-
3. Os estudantes podem fazer uma pes- almente mais lentas nos últimos séculos. 13,5 °C
quisa sobre como o desmatamento na Qual poderia ser o impacto desse fenômeno 13 °C
para o clima global?
Amazônia afeta o clima em outras re- a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários. 12,5 °C
giões do Brasil. 3. Leia a afirmação a seguir, de Delphine Clara 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2015
Zemp, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ano
4. a) O argumento dos cientistas defen- Climática de Potsdam, na Alemanha. Depois, Fonte de pesquisa: Yale Environment 360. Disponível em:
sores da teoria do aquecimento global responda à questão. https://e360.yale.edu/digest/its-official-2017-was-the-
natural é que o planeta Terra passa por second-hottest-year-on-record. Acesso em: 18 fev. 2022.
ciclos naturais de aquecimento e de Por isso, quanto maior a seca, menor a flo-
resta, e quanto menor a floresta, maior a seca. a) Qual a diferença entre o argumento usa-
resfriamento que não estão associados do pelos cientistas defensores da teoria do
com a interferência humana. Por sua E assim sucessivamente. As consequências
desse círculo vicioso entre as plantas e a aquecimento global natural e o argumento
vez, o argumento dos cientistas defen- atmosfera que as rodeia não estão claras. dos cientistas defensores da teoria do aque-
sores do aquecimento global provocado Amazônia pode entrar em ciclo de desmatamento e
cimento global provocado pelo ser humano?
pelos seres humanos é que as concen- seca. Deutsche Welle, 13 mar. 2017. Disponível em: b) O gráfico mostra a variação da temperatura
trações atmosféricas de gases de efeito https://www.dw.com/pt-br/amaz%C3%B4nia-pode- média global entre os anos de 1860 e 2015.
entrar-em-ciclo-de-desmatamento-e-seca-diz-
estufa permaneceram praticamente estudo/a-37922273. Acesso em: 16 fev. 2022.
Destaque trechos do gráfico que podem ser
estáveis por quase 10 mil anos, antes usados como argumento pelos defensores
de uma e de outra teoria, justificando.
do crescimento repentino dos últimos • Como se explica a relação entre seca e des-
florestamento, citada pela pesquisadora? c) Os defensores da teoria do aquecimento
200 anos, que coincidiu com o início da
global natural são frequentemente acu-
Revolução Industrial e o uso cada vez 4. Leia o texto e analise o gráfico a seguir. De- sados de proteger os interesses das com-
maior de combustíveis fósseis como pois, faça o que se pede. panhias de petróleo. Explique por que a
fonte de energia. Um grupo de cientistas defende a hipótese de negação de que os seres humanos são res-
b) A favor da teoria do aquecimento que o aquecimento global atual é um fenô- ponsáveis pelo aquecimento global atende-
meno natural. Eles afirmam que a Terra pas- ria aos interesses das petroleiras.
global natural: o trecho entre 1880 e
3. Segundo o texto, quanto maior o desflorestamento, a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
1920, que mostra a queda na tempe- maior a seca, e esta, por sua vez, contribui cada vez mais
ratura média global que seria parte para a diminuição da floresta, criando um círculo vicioso.
54
de um dos ciclos naturais. A favor da
teoria do aquecimento provocado pelo
ser humano: o aumento da temperatura
observada nos últimos 100 anos, entre ESTRATÉGIAS DE APOIO
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1920 e 2015.
Utilize as atividades desta seção em uma
c) Porque o consumo de combustíveis avaliação final do conhecimento dos estudantes
fósseis não precisaria diminuir e as e procure identificar pontos frágeis no apren-
petroleiras não perderiam faturamento. dizado. Caso eles apresentem dificuldade na
análise dos gráficos, reproduza-os na lousa
e auxilie-os na interpretação, se necessário.
É interessante retomar as seções Práticas de
Ciências desta unidade. Quanto às mudanças
climáticas, pode-se sugerir a pesquisa de outras
charges e tiras relacionadas ao tema e, com
base nelas, retomar os pontos de dificuldade que
os estudantes eventualmente tiverem. Depois,
avalie se houve ganhos no aprendizado deles.
54
ID/BR
danças Climáticas (IPCC), órgão que analisa e
divulga informações científicas sobre as mu-
300 25
de carne e conduza o debate. Cientistas
danças climáticas, reduzir a quantidade de consideram o impacto do metano para as
250
carne na dieta pode diminuir de forma signifi- mudanças climáticas vinte vezes maior
cativa a liberação de gases de efeito estufa. que o do gás carbônico.
200 20
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
• Com três colegas, debata a proposta de
6. Os jangadeiros se aproveitam da brisa
redução no consumo diário de carne como
forma de combate ao aquecimento global. 150 terrestre, que sopra durante a noite até
Em seguida, compartilhem o resultado da as primeiras horas do dia. Isso ocorre
discussão com os demais colegas. 100 15 porque, à noite, o solo esfria mais rápido
Veja resposta em Respostas e comentários. que a água do mar, criando uma zona de
6. Em muitas comunidades do litoral nordestino,
a pesca artesanal em jangadas é uma impor-
50
baixa pressão sobre o oceano, que está
tante fonte de recursos. Jangadas são peque- mais quente que o continente. O ar, então,
0 10
nas embarcações a vela, que usam a força dos desloca-se do continente para o mar.
Fev iro
Ma o
rço
ril
Ju o
o
Ag ho
Ou bro
No tubro
De mbro
ro
tem to
ir
i
nh
ventos para a navegação. Em geral, os janga-
Ma
Ab
mb
l
ne
ere
7. Resposta pessoal. A charge brinca com
o
Ju
Ja
ve
ze
deiros saem ao mar de manhã bem cedo, apro-
Se
veitando a maré vazante e os ventos favoráveis.
a transformação de um carro em uma
bicicleta, ainda que, na realidade, as
• Explique por que os ventos são favoráveis • Como base nos dados do climograma,
nas primeiras horas do dia. peças de um não possam ser reapro-
Veja resposta em Respostas e comentários. quais são os meses com maior volume de veitadas no outro. O transporte baseado
7. No caderno, escreva um parágrafo interpretando chuvas nessa região? Justifique a resposta.
em veículos movidos a combustíveis
a charge a seguir. Elabore a interpretação consi- 9. Muitas vezes a previsão do tempo não se fósseis é uma das principais fontes de
derando o fenômeno do aquecimento global. confirma. Copie no caderno a afirmação que emissão de gases de efeito estufa e está
expressa corretamente por que isso associado ao fenômeno do aquecimento
Andy Singer/Acervo do cartunista
acontece. Alternativa b.
EVOLUÇÃO global. Por essa razão, a substituição
a) Os meteorologistas não dispõem de instru- de uma parcela dos automóveis por
mentos precisos o suficiente para coletar
dados sobre as condições atmosféricas.
veículos que não utilizam combustíveis
fósseis contribuiria para refrear o aque-
b) Os meteorologistas trabalham com mode-
los que combinam diferentes tipos de da- cimento global.
dos para traçar o cenário mais provável. 8. Ajude os estudantes a fazer a leitura do
c) A meteorologia não tem prestígio entre a climograma.
comunidade científica e, portanto, reúne
9. Comente com os estudantes que os
profissionais pouco qualificados.
modelos meteorológicos são utilizados
nas previsões de curto e longo prazo.
10. As alterações no clima têm gerado
preocupação com a qualidade de vida Responsabilidade diante das próximas
das futuras gerações. Você conhece medi- gerações
das e iniciativas desenvolvidas em sua ci-
dade que procuram assegurar a qualidade 10. Resposta pessoal. Caso julgue oportuno,
de vida dos cidadãos do futuro? Caso co- promova uma atividade de pesquisa
Andy Singer. No exit: evolução. Disponível em: http:// nheça, descreva-as brevemente.
www.andysinger.com. Acesso em: 5 maio 2022.
pelos estudantes. Permita que eles se
Veja resposta em Respostas e comentários. Veja respostas em Respostas e comentários. expressem livremente e também reforce
a importância de ouvir atentamente o
55 depoimento dos colegas.
55
56
56
UNIDADE 3
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Formas de energia
• Associar o consumo e a transformação da energia com a realização de tarefas do dia a dia.
• Caracterizar a energia cinética e a energia potencial. Entender a energia mecânica no movimento
dos corpos.
• Identificar outras formas de energia observáveis no cotidiano, como a energia luminosa, a energia
química e a energia térmica.
• Investigar a transformação de energia utilizando um simulador.
JUSTIFICATIVA
Nos dias atuais, a realização de muitas tarefas requer o uso de energia de fontes variadas. Tarefas
que antes eram realizadas com a energia do ser humano e dos animais hoje são executadas com o
auxílio de máquinas e de equipamentos que consomem diversos tipos de energia: térmica, elétrica,
solar, entre outras.
As transformações fazem parte da manutenção da vida, como a transformação de energia solar
em energia química por meio da fotossíntese ou da energia química em energia térmica para prover o
aquecimento do corpo humano, por exemplo. Portanto, a manutenção da vida e da sociedade se apoia,
em grande parte, nas transformações e no consumo de energia.
O capítulo 1 aborda esses conteúdos e aponta a necessidade de os estudantes serem capazes de re-
conhecer essas transformações em situações do cotidiano. Além disso, trata dos conceitos de energia
cinética, potencial e mecânica no movimento dos corpos, para que eles compreendam a dinâmica des-
ses movimentos e as transformações de energia que acontecem nesses processos, inclusive utilizando
metodologias ativas ao investigá-los com um simulador.
O capítulo 2, por sua vez, tem como foco levar os estudantes a aprofundar seus conhecimentos
sobre as transformações de energia, compreendendo que essas transformações obedecem ao prin-
cípio da conservação de energia. Esse conteúdo também é abordado no contexto de casos de fraude,
propiciando a discussão e a compreensão de como ações desonestas podem prejudicar a sociedade e
de como o consumo de energia gera impactos ao ambiente.
SOBRE A UNIDADE
Esta unidade inicia o estudo da energia. Não é simples definir energia, mas ela é facilmente perce-
bida a todo instante no cotidiano. Em nosso corpo, qualquer movimento muscular necessita de energia
para ocorrer, assim como os fenômenos da natureza, como o ciclo da água e a formação dos raios e
dos ventos. Presenciamos transformações de energia a todo tempo: na digestão dos alimentos, ao ligar
a televisão, ao acender a luz à noite, ao andar de ônibus ou de carro, entre outras situações.
Como já citado nos objetivos e na justificativa, o capítulo 1 aborda as formas e os tipos de energia,
promovendo a habilidade EF08CI01. No contexto desse tema, há o contato com a linguagem científica,
seus termos e processos.
Já o capítulo 2 dedica-se ao princípio da conservação de energia e às transformações de energia,
abrangendo aspectos do desenvolvimento da habilidade EF08CI03.
57 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – FORMAS DE ENERGIA
• Energia cinética PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF08CI01) (CGEB2)
• Energia potencial Transformações de (CGEB4)
• Energia mecânica energia (CECN2)
• Energia luminosa (CGEN3)
• Energia nuclear
• Energia química
• Energia térmica
57 B
PRIMEIRAS IDEIAS
1. O que é energia? De que forma nosso organismo a utiliza? Respostas variáveis. Não há
um consenso sobre o que é energia, mas ela está relacionada à transformações nos sistemas e na matéria.
2. Que formas de energia você conhece? É possível observar seus efeitos?
Respostas pessoais.
3. A energia utilizada pelos animais ao se movimentar é do mesmo tipo que a
utilizada pelas máquinas? Resposta variável.
57
57
58
Ciclista próximo a
uma turbina eólica.
59
59
NO CAPÍTULO
(EF08CI01) Identificar e classificar diferen-
tes fontes (renováveis e não renováveis) e
tipos de energia utilizados em residências,
1 FORMAS DE ENERGIA
comunidades ou cidades.
Daniel Kalisz/Getty
Images
tipos de energia). Além disso, trabalha Atletas gastam boa parte da
energia obtida dos alimentos ao
as competências específicas de Ciên- treinar ou competir.
cias da Natureza 2 e 3 (compreender
conceitos fundamentais e estruturas
explicativas das Ciências da Natureza
e características e fenômenos do mun-
do natural) e a competência geral da
Educação Básica 4 (utilizar conheci-
mentos da linguagem científica).
60
blemas sobre energia é identificar o sistema em vizinhança[,] bem como diferentes partes do sis-
Conceito de energia
consideração. O sistema pode ser um único objeto, tema podem interagir entre si. […] No exemplo
Energia é um conceito crítico em Ciências, mas dois ou mais objetos que interagem entre si, uma […] [anterior], o pote com água interage com a
é frequentemente uma fonte de confusão para os região do espaço, etc. […] O conceito de sistema se sua vizinhança (o refrigerador). Interagir significa
alunos[,] se a apresentação não é cuidadosamente aplica sempre que um todo, suas partes e suas rela- atuar um sobre o outro. Interação é a ação sobre
realizada pelo professor ou livro-texto […]. Ener- ções devem ser consideradas, como o sistema mas- ou influência mútua. […]
gia é um conceito que, de certa forma, conecta sa-mola, ou o sistema projétil 1 Terra. Uma vez que
toda a Física. A transferência e a transformação […]
identificamos o sistema, algumas mudanças podem
de energia são os pilares de todos os processos que ocorrer no sistema. Por exemplo, um pote fechado Energia mecânica (Emec) é a energia relaciona-
ocorrem em física, química e biologia. […] contendo água é colocado no refrigerador e uma da ao movimento, ou à capacidade para realizar
Ao contrário do que é dito em linguagem cotidia- parte ou toda a água pode virar gelo. Utilizamos a um movimento. A energia mecânica pode ser
na, não vemos nem sentimos a energia. Podemos conservação da massa para identificar o sistema e do tipo cinética ou potencial. A energia cinéti-
sim medir e às vezes sentir certos parâmetros que acompanhar as mudanças que nele ocorrem. Isso ca (Ecin) é a energia dos objetos em movimento,
são relacionados à quantidade conhecida como significa que nenhuma matéria é adicionada ou re- quando estes possuem uma determinada veloci-
energia: massa, carga, velocidade, etc. A energia é tirada do pote durante o processo de congelamento. dade. A energia cinética é mais facilmente aceita
determinada pela combinação destes parâmetros Estado do sistema: Fatores variáveis tais como pelos estudantes como energia de movimento,
de acordo com [um] conjunto específico de expres- temperatura, pressão, volume, velocidade, etc. por ser mais tangível. […]
sões. Inicialmente vamos definir alguns termos. são utilizados para descrever o estado do sistema. […]
60
E p5 m ? g ? h
Nessa equação:
• Ep é a energia potencial; A energia potencial gravitacional
• m é a massa do corpo; pode ser transformada em outras
formas de energia. Durante a
• g é a aceleração da gravidade local; descida em uma rampa, a energia
potencial gravitacional do skate é
• h é a altura do corpo em relação a um referencial. transformada na energia cinética
A unidade de energia potencial, no SI, é o joule (J). do movimento do skate.
61
61
ID/BR
A energia mecânica é composta de energia cinética e de
energia potencial. Ela pode estar na forma de energia cinética,
potencial ou de ambas.
energia energia ENERGIA MECÂNICA
potencial cinética
62
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U03_C1_057A065.indd 62 Como fazer 03/05/22 10:17 GA_C
62
Reinaldo Vignati/ID/BR
vez, é composto de partículas ainda menores. A energia nuclear é
aquela acumulada nos núcleos dos átomos. alimento? Como isso se relaciona com
Quando ocorre uma fusão nuclear, em que dois ou mais nú- as atividades realizadas no dia a dia?”.
energia
cleos atômicos se unem para formar um só núcleo de massa núcleo de
maior, parte da energia que possibilita esse processo é liberada núcleo de
átomo de
átomo de
DE OLHO NA BASE
pelo sistema. O mesmo ocorre em uma fissão nuclear, em que massa maior
massa menor
Nas páginas 62 e 63, dá-se continui-
um núcleo se divide em núcleos de massa menor. Esquema da fissão nuclear, em
que átomos de massa maior se dade ao desenvolvimento do processo
A energia liberada por uma fusão ou por uma fissão nuclear dividem em átomos de massa cognitivo, do objeto de conhecimento e
pode ser transformada em energia térmica. Essa energia pode menor. (Representação sem
do modificador da habilidade EF08CI01,
ser utilizada para aquecer água e produzir eletricidade, entre proporção de tamanho; cores-
-fantasia.) bem como das competências específicas
outras aplicações. 2 e 3 e geral 4.
ENERGIA QUÍMICA
Para realizar atividades diárias, precisamos de energia, que
obtemos dos alimentos. Essa energia, presente nas ligações
químicas entre os átomos que constituem a matéria, é deno-
minada energia química. Durante o processo de digestão, essa
energia vai sendo liberada e transformada em calor, movimento,
novas ligações químicas, etc.
As pilhas, as baterias e os combustíveis, como carvão, ga-
solina, etanol, biomassa e outros, armazenam energia química.
Esta pode ser convertida em outras formas de energia, como a
elétrica e a térmica.
ENERGIA TÉRMICA
Os átomos podem formar agregados, ou seja, agrupamen-
tos de átomos. A energia térmica está associada ao movimento
dos átomos e de seus agregados, ou seja, ela está relacionada à
energia cinética dessas partículas.
Quanto maior a temperatura de um corpo, maior a sua ener-
gia térmica.
AMJ Studio/ID/BR
aumento da
temperatura
63
63
bilidade EF08CI01. Também são de- cada tampa. Seu ioiô está pronto!
senvolvidas as competências geral 2 7 Enrole o barbante no parafuso com cuidado para que não
e específica 2, no âmbito dos aspectos ocorra sobreposição entre uma volta e outra subsequente.
próprios da investigação científica, como Depois, solte o ioiô e observe o que acontece.
a elaboração e o uso de um simulador.
Responda sempre no caderno.
Para concluir
1. O ioiô desce, desenrolando o barbante. A energia do ioiô vem da interação dele com
1. O que acontece com o ioiô quando você o solta? Que tipo de energia está relacio-
nado ao movimento observado? o campo gravitacional, ou seja, vem da energia
potencial gravitacional armazenada no sistema ioiô-Terra.
2. Que forma de energia o ioiô tem antes de entrar em movimento e que forma de
energia ele adquire durante a queda? Antes de entrar em movimento, o ioiô tem energia
potencial gravitacional e, durante a queda, ele adquire energia cinética.
3. O que ocorre com a energia cinética do ioiô quando ele atinge o ponto mais baixo
da trajetória?
A energia cinética do ioiô atinge o valor máximo e passa a diminuir até o ioiô parar.
64
64
Bruno Badain/ID/BR
D. Energia mecânica. 2. b) A energia potencial
E. Energia química. armazenada no sistema Ep 5 1 568 J
Terra-vaso será transformada
F. Energia térmica. em energia de movimento
Ressalte para os estudantes que,
G. Energia luminosa. do vaso (energia cinética). para aplicar essa fórmula, devem ser
H. Energia nuclear. usadas as unidades do SI.
I. Energia armazenada em sistemas que se
deformam, mas voltam à forma original
b) Comente com os estudantes que
a energia cinética do vaso, ao cair no
II. Energia associada ao movimento das partí-
culas que compõem a matéria. chão, é transformada em outros tipos
III. É a energia do movimento.
de energia, como energia sonora.
IV. Energia composta de energia potencial e 3. Se julgar pertinente, explique aos estu-
energia cinética. dantes que os carrinhos recebem um im-
V. Energia captada pelas folhas de uma planta pulso inicial para entrar em movimento.
para realizar a fotossíntese. 4. Quando a bola é lançada, a energia po-
VI. Energia armazenada por um sistema do tipo tencial gravitacional nela armazenada
Terra-objeto. se transforma em energia cinética, à
VII. Energia armazenada nas ligações entre medida que ela desce, além de ener-
átomos. gia cinética aplicada no lançamento.
• Quais são as formas de energia envolvidas
VIII. Forma de energia liberada em uma fusão nos movimentos realizados pela bola? Quando a bola repica no chão, ocorre a
nuclear. Veja resposta em Respostas e comentários. transformação de energia cinética em
5. Suponha que um carro de brinquedo de 2 kg
2. Em um prédio, o morador do vigésimo andar se desloque à velocidade de 1 m/s. energia potencial elástica. Quando a
colocou um vaso no parapeito da janela do seu bola sobe, ocorre a transformação de
apartamento. Utilizando os dados a seguir, energia cinética em energia potencial
faça o que se pede.
Bruno Badain/ID/BR
gravitacional. Em seguida, quando ela
Dados: massa do vaso 5 2 kg; altura de cada cai, a energia potencial transforma-se
andar 5 4 m; aceleração da gravidade 5 9,8 m/s2.
em energia cinética.
a) Calcule a quantidade de energia potencial
gravitacional desse vaso. Ep = 1 568 J 5. a) Para calcular a energia cinética, use
a fórmula apresentada na página 61 do
b) Que transformação de energia ocorrerá,
caso o vaso caia no chão? Justifique. Livro do Estudante, com as grandezas
em unidades do SI.
3. Marcela foi ao parque de diversões e, ao brin-
car na montanha-russa, ficou impressionada b) A energia cinética é diretamente
com seu mecanismo: apesar de os carrinhos proporcional à massa do objeto em
não terem qualquer tipo de motor, eles são movimento.
capazes de atingir grandes velocidades utili-
zando somente a energia mecânica para se
movimentar. Os carrinhos acumulam energia a) Qual é a energia cinética desse brinquedo?
potencial quando estão subindo no 1 J.
• Explique qual é a origem da energia utili- b) O que acontece com a energia cinética, se o
zada pelos carrinhos para se movimentar. carrinho tiver o dobro da massa? Se o carrinho
início da montanha-russa, e é essa energia que vai se tiver o dobro da massa (4 kg), considerando que a
transformando em energia cinética ao longo do trajeto, velocidade continua a ser de 1 m/s, a energia cinética
permitindo que o carrinho se movimente. será de 2 J.
65
Utilize as atividades desta seção para realizar As atividades desta seção promovem
uma avaliação reguladora, a fim de observar a habilidade EF08CI01 e trabalham as
o progresso que os estudantes tiveram até o competências específicas de Ciências
momento no aprendizado. Caso eles apresentem da Natureza 2 e 3, ao abordar conceitos
dificuldades, avalie a pertinência de solicitar que fundamentais e estruturas explicativas
realizem as atividades em duplas ou em trios, das Ciências da Natureza, bem como
observando o desenvolvimento das respostas às características e fenômenos do mundo
questões e auxiliando-os quando necessário. natural, e a competência geral da Educação
Básica 4, no âmbito dos conhecimentos
da linguagem científica.
65
NO CAPÍTULO
(EF08CI03) Classificar equipamentos elé-
tricos residenciais (chuveiro, ferro, lâm-
padas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo
2 TRANSFORMAÇÃO E
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
com o tipo de transformação de energia (da * Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes exemplifiquem algumas situações cotidianas da transformação de energia,
energia elétrica para a térmica, luminosa, como a transformação da energia que obtemos dos alimentos em energia térmica e em energia mecânica ou a conversão da
energia química de uma pilha em energia
sonora e mecânica, por exemplo). PARA COMEÇAR CONSERVAÇÃO DE ENERGIA para fazer os aparelhos funcionarem.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS A energia está presente em Em qualquer processo, a energia é transferida de um siste-
todos os fenômenos que ma a outro sem ser destruída nem criada, ela pode ser apenas
• Se julgar pertinente, aproveite a ques- transformada. Por exemplo, a energia cinética da água em mo-
observamos no dia a dia. Ela
tão em Para começar para introduzir o vimento pode ser transferida para um gerador, que a transforma
princípio da conservação de energia nos aquece os corpos, movimenta
os automóveis, ilumina as em energia elétrica, que, por sua vez, é conduzida pela rede de
processos de transformação de energia.
distribuição e se transforma em energia radiante (luz) nas lâm-
cidades. Como podemos
padas de nossas residências. Outro exemplo são os alimentos: a
identificar as transformações
DE OLHO NA BASE energia química armazenada neles é transformada, por exemplo,
de energia? * em energia térmica (calor) e energia cinética (movimento) pelo
O conteúdo das páginas 66 e 67 promove
nosso organismo. Assim, quando precisamos de energia para al-
a habilidade EF08CI03 e as competências
guma atividade, ela só pode ser obtida de uma forma de energia já
específicas 2 e 3 (compreender conceitos
existente, por meio de transformações adequadas.
fundamentais e estruturas explicativas
das Ciências da Natureza e caracterís- Como a energia não é criada nem destruída, as quantidades
ticas e fenômenos do mundo natural e A energia cinética do vento é de energia não se alteram ao longo de um processo. De acordo
convertida em energia elétrica por
tecnológico). O boxe Valor da página 67 meio de geradores. Aerogeradores do
com o princípio da conservação da energia, sempre temos, ao
trabalha aspectos como a consciência Parque Eólico Rei dos Ventos - Polo final de qualquer processo, a mesma quantidade de energia que
Costa Branca. Galinhos (RN), 2020.
crítica e a responsabilidade (competên- tínhamos no começo desse processo.
cia geral 6), o respeito à consciência
66
66
67
67
1. Reforce com os estudantes que esse 1. A quantidade de energia existente ao final de qualquer 6. a) O texto trata da transformação de energia elétrica em
processo é a mesma que havia no início desse processo. energia térmica realizada por dispositivos do chuveiro.
princípio se aplica a todas as formas 1. O que é o princípio da conservação da energia?
de energia. 2. A água acumulada pressiona o diafragma
2. Cite três tipos de transformação de energia (membrana de borracha). O diafragma tem
2. Os estudantes podem citar a transfor- que estão ocorrendo no ambiente em que contato com alguns dispositivos elétricos den-
mação de energia elétrica em ener- você se encontra neste momento. tro do chuveiro […] [e] pode acioná-los.
gia luminosa em algum aparelho, de Resposta variável. Quando o diafragma sobe, em função da pres-
3. Cite as transformações energéticas que ocor-
energia potencial em energia cinética, são da água, aciona estes dispositivos elétricos
rem enquanto você anda de bicicleta.
com a queda de um objeto, de energia Resposta variável. localizados na parte superior do chuveiro que é
química em cinética em seus corpos, 4. A foto a seguir mostra um atleta realizando o conectada à rede de energia. Neste ponto a cor-
entre outras. salto em altura, uma modalidade olímpica. rente elétrica é acionada, ligando o chuveiro.
3. A corrente elétrica percorre a resistência,
3. Os estudantes podem responder: ener- fazendo com que ela se aqueça; assim a água
technotr/E+/Getty Images
gia química em energia mecânica nos que está próxima a essa resistência aquecida
músculos das pernas; e energia poten- também se aquece.
cial da bicicleta em energia cinética. 4. No fim, quando o registro é fechado, a
4. a) e b) Além da energia cinética e da água que resta no chuveiro escorre, fazendo
com que o diafragma volte à sua condição origi-
energia potencial gravitacional, os es-
nal, interrompendo o contato com a parte supe-
tudantes podem mencionar a energia rior do chuveiro e, consequentemente, inter-
química sendo transformada em energia rompendo a passagem de corrente elétrica.
cinética no corpo do atleta. a) Quais tipos de energia estão envolvidos nes- Henrique Mattede. Como funciona um chuveiro
elétrico. Mundo da Elétrica. Disponível em: https://
5. Como foi mencionado na resposta ante- se salto? Justifique. www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-um-
rior, os estudantes também podem citar b) Que transformações de energia ocorrem chuveiro-eletrico/. Acesso em: 16 fev. 2022.
a transformação da energia química em durante o salto? 6. b) Podem ser citados ferro de passar roupa, torradeira,
cafeteira, forno elétrico, secador de cabelo, etc.
energia mecânica no corpo da criança. 5. Cite as transformações de energia que ocor- a) De que transformação de energia o texto
6. a) e b) Comente com os estudantes que rem enquanto uma criança brinca em um es- trata?
a chave de regulagem de temperatura corregador. b) Cite outros dois aparelhos elétricos que
nos chuveiros, assim como dispositivos realizam o mesmo tipo de transformação
que o chuveiro elétrico realiza.
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ESTRATÉGIAS DE APOIO
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68
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Bruno Badain/ID/BR
no núcleo dos
Comente com os estudantes que a ener- átomos.
100 g
gia potencial é diretamente proporcional
à altura em relação ao solo. 2. Observe a imagem a seguir e responda às
questões.
6. a) e b) Como atividade complementar, 1m
você pode pedir aos estudantes que Lisa S./Shutterstock.com/ID/BR
v 5 18 km/h 5 5 m/s
As atividades podem ser um apoio importante
Ec 5 12 500 J para uma avaliação final do aprendizado dos
c) m 5 5 ton 5 5 000 kg estudantes.
v 5 180 km/h 5 50 m/s Caso alguns deles apresentem pontos frágeis
Ec 5 6 250 000 J no aprendizado dos tipos de energia, repro-
duza um esquema que represente os tipos de
energia estudados. Caso julgue necessário,
aproveite para construir um mapa de conteúdos
da unidade. A resolução em grupo também
pode estimular o trabalho coletivo e ajudar a
levantar e a sanar eventuais dúvidas. Avalie,
ao final, se os estudantes obtiveram ganhos
no aprendizado.
70
Reinaldo Vignati/ID/BR
Além do AIRE, o pesquisador trabalha em
outros projetos de geração de energia, como o Honestidade – recusa à fraude
ETOYS, que consegue obter energia elétrica
do movimento de brinquedos. Peões, ioiôs e o 9. a) e b) Incentive os estudantes a com-
bolimbolacho são alguns dos objetos que partilhar vivências relacionadas ao tema
podem gerar eletricidade. a) Quais transformações de energia ocorrem honestidade, mas esteja atento a situa-
Os aparelhos criados por João ainda não durante o salto?
ções que podem provocar embaraços e
estão à venda, mas há projetos bem legais b) Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, o atleta
que também usam o corpo humano como
constrangimentos. Esta atividade pode
brasileiro Thiago Braz ganhou o ouro no
produtor de eletricidade e já saíram do papel. auxiliar os estudantes a fazer uma au-
salto com vara, ao saltar 6,03 m. Sabendo
Um exemplo é uma quadra de futebol no que a massa do atleta é 75 kg, calcule a toavaliação e a evitar comportamentos
Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, que energia potencial gravitacional acumulada considerados desonestos.
tem toda a sua iluminação gerada pelo movi- durante o salto. Dado: g 5 10 m/s2.
mento dos próprios jogadores. Telhas espe-
ciais instaladas embaixo do gramado trans-
DE OLHO NA BASE
formam em luz a força da pisada de quem
9. Em certas situações, como durante As atividades 1, 2, 3, 4, 6 e 8 promo-
está em campo. vem a habilidade EF08CI01. Também
uma prova, alguns estudantes podem
A quadra também conta com painéis que ter comportamentos contrários às regras são desenvolvidas, nesta seção, as
usam a energia do sol para ajudar a fornecer combinadas, como pedir ou passar “cola”. competências específicas 2 e 3. A ati-
eletricidade aos holofotes. Além da vantagem
a) Você já vivenciou situações como essa? vidade 9, especificamente, trabalha a
de ser bem sustentável, com esse projeto, o
futebol da galera está garantido mesmo que o Como lidou com isso? Respostas pessoais. competência geral 6, no que diz respeito
fornecimento de luz caia na região. b) Pense sobre os motivos que podem levar à consciência crítica e à responsabi-
Energia Pura. Ciência Hoje das Crianças, as pessoas a ter comportamentos consi- lidade, e as competências gerais 7 e
16 out. 2014. Disponível em: http://chc.org.br/ derados desonestos e reflita sobre como 10, no que se refere ao posicionamento
energia-pura/. Acesso em: 16 fev. 2022.
você pode evitar esses comportamentos. e aos princípios éticos.
Respostas pessoais.
71
71
Nelson Provazi/ID/BR
72
72
UNIDADE 4
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Fontes de energia
• Compreender que as atividades humanas demandam energia de diferentes naturezas.
• Relacionar a produção e o consumo de combustíveis com os processos de geração de energia.
• Identificar e classificar fontes de energia renováveis e não renováveis.
• Construir modelo de aquecedor solar, a fim de refletir sobre o uso da energia do Sol e sua aplicação
no cotidiano.
• Perceber o impacto socioambiental da produção de energia das diferentes formas de fontes energé-
ticas.
• Identificar medidas que diminuam o uso de energia oriunda de fontes não renováveis.
JUSTIFICATIVA
O setor energético é preponderante para o desenvolvimento econômico e social de um país. Nesse
sentido, o capítulo 1 destaca as relações entre a geração de energia, por meio de fontes diversas, e os
impactos no modo de produção, diferencia fontes de energia renováveis e não renováveis e possibilita
aos estudantes reconhecer a urgência em priorizar os investimentos na produção de energia limpa,
como forma de mitigar os impactos socioambientais.
O capítulo 2, por sua vez, enfatiza o papel da energia elétrica e aborda os processos pelos quais
ela é gerada, além de trazer à tona o debate sobre as vantagens e as desvantagens das usinas hi-
drelétricas, eólicas, térmicas, solares e nucleares na geração de energia, em especial no Brasil,
retomando a questão socioambiental, tratada no capítulo 1, relacionada à necessidade de priorizar
fontes de energia renováveis.
SOBRE A UNIDADE
A energia está presente em tudo o tempo todo e torna possível ao ser humano desfrutar dos con-
fortos e prazeres da modernidade. Até nosso corpo demanda energia para realizar funções essen-
ciais, como andar ou respirar.
Além disso, em razão do crescimento populacional global e também dos atuais padrões de con-
sumo da sociedade, enormes quantidades de energia passaram a ser necessárias para o trabalho e
o lazer. Por esse motivo, a demanda energética tem crescido no mundo todo e a procura por fontes
alternativas, sobretudo as renováveis, provenientes de recursos sustentáveis, tem sido um dos gran-
des desafios da ciência nas últimas décadas.
Outro fator que estimula essa busca é a necessidade de reduzir a produção de poluentes rela-
cionada a fontes de energia que utilizam combustíveis fósseis, como o petróleo, do qual se obtém a
gasolina, cuja queima emite gases de efeito estufa na atmosfera, além de outros gases igualmente
tóxicos para os seres vivos.
73 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – FONTES DE ENERGIA
• A energia e as atividades humanas BOXE VALOR (EF08CI01) (CGEB2) Educação
• Combustíveis Como frear a (CGEB3) ambiental
• Fontes de energia renováveis e não renováveis mudança climática? (CGEB7) Educação para o
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (CGEB10) consumo
Construindo um
(CECN1)
aquecedor solar
(CECN2)
(CECN4)
(CECN5)
(CECN8)
73 B
PRODUÇÃO E
• Na atividade 1, alguns estudantes podem
citar as usinas hidrelétricas como exem-
plo de fonte de energia elétrica.
• Na atividade 2, os estudantes podem
CONSUMO DE ENERGIA
citar que não conseguem mais utilizar os
equipamentos eletrônicos, que perdem o
acesso à internet residencial, não provida
por satélite, que ficam impossibilitados
de utilizar os elevadores, o que dificulta
o acesso à residência ou à sala de aula,
entre outras respostas.
As sociedades humanas precisam de energia para diversos fins, • Na atividade 3, espera-se que os estu-
como deslocar veículos, gerar calor e produzir eletricidade. dantes reconheçam que o petróleo é um
material do qual são extraídos muitos deri-
vados importantes, como os combustíveis,
Com o crescimento econômico de diversos países, a demanda que são fontes de energia para o funcio-
por energia também cresce; contudo, no futuro, muitas das namento de diversos motores. Comente
que os combustíveis também são usados
fontes de energia que usamos não estarão disponíveis em em usinas termelétricas, geradoras de
energia elétrica.
quantidade suficiente para atender a essa demanda. Nesta
• Na atividade 4, é provável que os estu-
unidade, você conhecerá mais esse tema. dantes associem esse termo à energia
gerada com baixo impacto ambiental,
especialmente quando há pouca emissão
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 de poluentes.
Fontes de energia Geração de energia • Aproveite para relacionar as fontes de
elétrica energia citadas pelos estudantes em suas
respostas aos tipos de energia renováveis
e não renováveis, tanto para instigá-los
ao estudo do tema da unidade quanto
para realizar uma avaliação inicial dos
PRIMEIRAS IDEIAS conhecimentos prévios dos estudantes.
Considere retomar os conteúdos relacio-
nados à energia, por meio de atividades,
1. Você sabe de onde provém a energia elétrica que utiliza no dia a dia? Resposta variável. textos, vídeos complementares, entre
2. De que maneira a falta de energia elétrica em sua residência ou na escola em outros materiais, de modo a procurar um
que você estuda pode afetar suas atividades diárias? Resposta pessoal. equilíbrio nos conhecimentos da turma ao
longo do trabalho com a unidade.
3. Você já deve ter visto reportagens sobre os impactos causados pela variação
do preço do barril de petróleo. Por que o petróleo é tão importante para os
países? Que relação ele tem com a produção de energia? Respostas variáveis.
4. Você já ouviu falar em energia limpa? O que isso significa? Respostas pessoais.
73
73
Respeito à natureza
LEITURA DA IMAGEM
1. Observe atentamente a foto. Quais são as características
do equipamento que está sendo montado?
Resposta variável.
2. Como as características que você indicou na primeira
questão podem ser relacionadas às necessidades de
energia elétrica no Brasil? Resposta pessoal.
74
Felix Stensson/Alamy/Fotoarena
• A imagem de abertura da unidade mostra
uma turbina em processo de montagem.
A foto foi tirada durante a construção da
usina hidrelétrica de Itaipu, em 1989. O
equipamento utiliza a energia mecânica
da água para produzir energia elétrica.
• Explore a imagem com os estudantes,
comparando a dimensão das estruturas
ao tamanho das pessoas na imagem.
Questione-os sobre como eles acham
que a energia elétrica pode ser gerada
pela movimentação de turbinas. Utilize as
respostas como avaliação inicial e como
elemento para motivar os estudantes e
despertar a curiosidade deles.
• Problematize a foto, perguntando aos es-
tudantes, por exemplo: “Como essas peças
são colocadas em movimento, ou seja,
como elas funcionam?”. Utilize esta me-
diação para seguir com a avaliação inicial.
• Pergunte aos estudantes se já viram fotos
de usinas hidrelétricas. Se julgar neces-
sário, informe-lhes que, para colocar
essas usinas em funcionamento, a água
precisa ser represada. Pode-se também
promover um debate sobre as consequên-
cias do alagamento de grandes áreas
após a construção das represas. Nesse
caso, informe à turma sobre o impacto
ambiental que isso pode significar para
o ecossistema local.
• Se julgar oportuno, informe aos estu-
dantes que a energia mecânica da água,
em cachoeiras ou em cursos de rio,
também pode ser usada para gerar
energia. Isso pode fomentar a curio-
sidade dos estudantes por saber como
a energia cinética é transformada em
energia elétrica.
Montagem de equipamento
de uma usina de geração de
energia elétrica em Foz do
Iguaçu (PR). Foto de 1989.
75
75
NO CAPÍTULO
(EF08CI01) Identificar e classificar diferen-
tes fontes (renováveis e não renováveis) e
tipos de energia utilizados em residências,
1 FONTES DE ENERGIA
comunidades ou cidades. *Resposta variável. Os estudantes podem responder que obtêm dos alimentos a energia para se deslocar a pé para a
escola ou citar como fonte de energia o combustível do meio de transporte que utilizam para ir à escola.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA COMEÇAR A ENERGIA E AS ATIVIDADES HUMANAS
• Aproveite as questões em Para começar Todas as atividades Durante muito tempo, a humanidade utilizou principalmente
para propor um debate. Essas perguntas realizadas pelos seres vivos o esforço físico das pessoas e a tração animal para realizar ativi-
são importantes meios de promover o pro- dades cotidianas. Para o cultivo da terra, por exemplo, os arados
necessitam de uma fonte
tagonismo dos estudantes, ao estimular eram puxados pelos agricultores ou pelos animais de criação,
a argumentação, por exemplo. Aproveite de energia. De onde vem a
energia que você utiliza para como bois.
também para relacionar as respostas ao
se deslocar até a escola ou Com o passar do tempo e o surgimento de outros modos
respeito à natureza.
de produção e de organização do espaço, diversas estruturas e
• Utilize o detalhe da litografia do século XIX para usar o computador? *
equipamentos agrícolas começaram a ser fabricados para faci-
e explore o cenário com os estudantes. Essas fontes de energia
litar o trabalho humano. Os arados manuais ou puxados por ani-
Solicite que apontem os elementos que estarão sempre disponíveis mais passaram a ser substituídos por tratores, que têm melhor
chamam a atenção deles. Questione-os para a humanidade? ** desempenho e aliviam a carga de trabalho de pessoas e animais.
sobre de onde seriam essas chaminés e
Para que as máquinas e alguns objetos funcionem, é neces-
para que elas servem.
Cidade de Leeds, na Inglaterra, sário que uma fonte lhes forneça energia. Atualmente, parte da
• Verifique se os estudantes conseguem no século XIX. A fumaça que
população do planeta adota um modo de vida que demanda o
relacionar a fumaça retratada na ima- sai das chaminés evidencia
a queima do combustível do consumo de grande quantidade de energia. Essa demanda é di-
gem com a queima de algum produto. qual provém a energia para o
recionada, principalmente, à produção de energia elétrica e à
Questione-os se esse produto poderia funcionamento das máquinas
que substituíram o trabalho queima de combustíveis usados nos meios de transporte.
ser algum tipo de combustível. Valorize humano. Detalhe de litografia **Resposta variável. Espera-se que os estudantes identifiquem a fonte de
as respostas dos estudantes e procure de Alphonse Dousseau, 1840. energia citada na resposta anterior como renovável ou não renovável.
relacioná-las com as primeiras fontes
de energia da humanidade.
76
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_073A082.indd 76 05/05/22 13:18 GA_C
76
77
13:18 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_073A082.indd 77 05/05/22E13:18 Como é definida a data?
de outubro. Dez anos depois, no fim de agosto.
neste ano, em julho. O cálculo é feito pela Global Footprint Network
Hoje é o Dia de Sobrecarga da Terra. O
Em 2020, até houve um ganho modesto no ca- (GFN), uma organização internacional de pesquisa.
que isso significa?
lendário, devido às medidas de confinamento e à Assim como um extrato bancário, ele compara
A partir de hoje, 29 de julho, nosso planeta redução de atividades econômicas na pandemia, receitas e despesas. Do lado das receitas está a
entra no cheque especial. O Dia de Sobrecarga mas com vida curta. Agora a data regressa ao pa- biocapacidade do planeta, que é a quantidade
da Terra (Earth Overshoot Day, em inglês) marca tamar alarmante de 2019. de recursos ecológicos que a Terra é capaz de
quando a humanidade consome todos os recur- gerar naquele ano. Nas despesas está a Pega-
[...]
sos naturais que o planeta é capaz de renovar ao da Ecológica da humanidade, que é a demanda
longo de um ano. Tudo isso escancara uma conta que está longe do mundo no período. A instituição mede então
de fechar. Hoje, a humanidade utiliza 74% mais quantos dias do ano a biocapacidade é suficien-
[...]
de recursos do que a natureza consegue recupe- te para suprir a Pegada Ecológica. O restante é
E essa é uma dívida que não para de crescer: rar, o que quer dizer que precisaríamos de 1,7 o overshoot global.
cada vez o Overshoot Day tem chegado antes. Em planeta Terra para manter o atual estilo de vida.
Hoje é o Dia de Sobrecarga da Terra. O que isso
1970, por exemplo, o mundo ficou no vermelho Se seguirmos dessa forma, a projeção do Banco significa? Exame, 29 jul. 2021. Disponível em: https://
em 29 de dezembro, a dois dias somente do en- Mundial é ainda mais assustadora: em 2050, se- exame.com/negocios/dia-de-sobrecarga-
cerramento do ano. Em 2000, já estava no início riam necessários três planetas. da-terra/. Acesso em: 8 fev. 2022.
77
78
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_073A082.indd 78 Cada grupo deve defender seu ponto de 05/05/22 13:18 GA_C
FÓRUM: RENOVAR OU NÃO RENOVAR? vista, argumentando com base nos fatores
selecionados, e apresentar sua posição final.
Organize um fórum de debate com os es- Organize o tempo para cada grupo expor seus
tudantes. Eles devem representar tomadores argumentos. Oriente os estudantes na reali-
de decisão e serão responsáveis por defender zação de uma eleição para o(a) porta-voz do
pontos de vista favoráveis ou contrários às grupo. Isso pode ajudar a exercitar a empatia,
fontes renováveis. o respeito e o diálogo.
Organize a turma (por sorteio, por exemplo)
É importante mediar o debate, interferindo
em dois grupos: (1) defensores das fontes de
quando julgar oportuno, e possibilitar aos estu-
energia renováveis e (2) defensores das fontes
dantes que expressem suas opiniões. Conclua
não renováveis.
o debate informando os prós e os contras de
Os grupos devem escolher e pesquisar uma cada uma das fontes escolhidas. Enfatize ainda
fonte de energia. Estabeleça um prazo para a que tais debates fazem parte de decisões go-
pesquisa, que deve contemplar os seguintes vernamentais para a implantação de políticas
fatores a serem posteriormente discutidos: socioambientais e econômicas.
• custo de produção (barato ou caro);
• capacidade de geração energética;
• impactos socioambientais.
78
• Além das propostas citadas, que outras medidas você pode tomar
para diminuir o uso de energia oriunda de fontes não renováveis?
Resposta variável.
79
79
DE OLHO NA BASE
Neste momento, promovem-se as
competências geral 2 e específica 2,
em relação ao exercício da investigação
científica, ao uso da criatividade e à
elaboração de hipóteses. Também são
promovidas as competências específi-
cas 2, 4 e 5, em relação à consciência
socioambiental e à aplicação da ciência
para propor alternativas aos desafios
do mundo contemporâneo. 80
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_073A082.indd 80 da que será consumida posteriormente é armaze- 05/05/22 13:18 GA_C
80
81
81
1. Se julgar pertinente, realize esta ativi- 2. b) Os estudantes podem mencionar, por exemplo, que as fontes de energia renováveis podem ser repostas em um
dade oralmente, deixando que os estu- curto período de tempo e, por isso, são menos prejudiciais que uma fonte de energia não renovável, como o petróleo.
1. Classifique as diferentes fontes de energia a ati/I
D/B
R
dantes defendam suas ideias, caso haja seguir em renováveis ou não renováveis. Rein
aldo
Vign
b) A queima do carvão mineral emite não renováveis. Hidráulica, eólica, solar e Reino Unido atinge marca histórica e fica meses
biomassa: fontes renováveis. sem usar carvão mineral. Exame Hoje, 10 jun. 2020.
gases que poluem o ar e são associados b) Quais são os benefícios do uso de matérias- Disponível em: https://exame.com/mundo/reino-
ao aquecimento global. Parar de utilizar -primas exóticas como fonte de energia? unido-atinge-marca-historica-e-fica-meses-sem-
usar-carvao-mineral/. Acesso em: 8 fev. 2022.
essa fonte de energia contribui para a di- 3. Leia o texto e observe o esquema. Em segui-
minuição da poluição do ar e, consequen- da, faça o que se pede.
temente, para a melhoria das condições a) O carvão mineral é uma fonte de energia
O pré-sal é uma camada da crosta localizada
renovável ou não renovável? Explique.
climáticas. Além disso, como o carvão é em grandes profundidades, sob as águas oceâ-
nicas, abaixo de uma espessa camada de sal. b) Cite uma vantagem relacionada à elimina-
uma fonte de energia não renovável, que
No final de 2007, foi encontrada uma extensa ção da queima do carvão mineral para ge-
pode se esgotar com o tempo, é impor- rar eletricidade.
reserva de petróleo e de gás natural na cama-
tante que os países procurem alternativas da pré-sal, em uma faixa que se estende por c) Dê exemplos de fontes de energia que po-
a essa fonte de energia. 800 km entre os estados do Espírito Santo e de deriam ser utilizadas no lugar do carvão
c) Resposta variável. Os estudantes podem Santa Catarina. mineral.
citar a energia solar e a energia eólica. a), b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
82
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C1_073A082.indd 82 ESTRATÉGIAS DE APOIO 05/05/22 14:30 GA_C
As atividades desta seção promovem Aproveite para realizar uma avaliação regu-
a habilidade EF08CI01. Também traba- ladora. Caso existam dúvidas sobre as fontes
lham a competência geral da Educação de energia, pode-se separar trechos de notí-
Básica 7 e as competências específicas cias de jornais, de revistas ou da internet que
de Ciências da Natureza 4 e 5 (avaliar as tratem desse tema. Distribua as notícias entre
implicações socioambientais da ciência e de os estudantes e solicite-lhes que relatem os
suas tecnologias e promover a consciência problemas discutidos em cada uma delas.
socioambiental). Deixe os estudantes expressar suas opiniões
e proponha uma discussão relacionada aos
conceitos de fonte de energia. Reforce que as
desvantagens do uso de recursos ambientais
vão além do esgotamento da fonte, uma vez que
causa impactos imediatos, como a liberação
de resíduos prejudiciais ou a destruição de
áreas naturais.
82
2 GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
NO CAPÍTULO
(EF08CI01) Identificar e classificar diferen-
tes fontes (renováveis e não renováveis) e
tipos de energia utilizados em residências,
*Resposta pessoal. Destaque, entre as respostas dadas pelos estudantes, os termos e conceitos relacionados às comunidades ou cidades.
transformações de energia e ao funcionamento de geradores.
(EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de ge-
ENERGIA EM NOSSAS RESIDÊNCIAS PARA COMEÇAR
ração de energia elétrica (termelétricas, hi-
A energia elétrica começou a ser utilizada no século XIX na A energia elétrica é drelétricas, eólicas etc.), suas semelhanças
iluminação e para o funcionamento de equipamentos. usada diariamente e diferenças, seus impactos socioambien-
A partir de então, seu uso se intensificou e cada vez mais por grande parte da tais, e como essa energia chega e é usada
aparelhos movidos a eletricidade foram sendo desenvolvidos, população brasileira. em sua cidade, comunidade, casa ou escola.
como diversos eletrodomésticos presentes em nosso dia a dia: Mas você já se perguntou ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
geladeiras, televisores, máquinas de lavar roupas, entre outros. como, a partir das fontes
Atualmente, principalmente nos centros urbanos, há uma • Inicie o capítulo perguntando aos estu-
de energia estudadas no dantes se eles já ficaram sem energia
grande demanda por energia elétrica, o que resulta em grande
capítulo anterior, elétrica por longos períodos. Deixe-os
dependência dessa forma de energia no funcionamento de resi-
a energia elétrica expressar suas impressões sobre essa
dências, fábricas, hospitais, escolas, etc.
é produzida? * experiência.
No entanto, nem todos têm acesso a esse recurso. Segundo
estimativa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) só nos
• Aproveite tais impressões para discutir que
estados da Amazônia Legal aproximadamente 1 milhão de bra-
o conforto proporcionado pela energia elé-
O fornecimento de energia trica tem um custo ambiental. Relacione-as
sileiros não têm acesso à energia elétrica. elétrica às comunidades isoladas com a questão em Para começar, utilizando
Neste capítulo, você conhecerá a origem da energia elétrica promove qualidade de vida e
possibilita o desenvolvimento de as respostas como forma de avaliar inicial-
que utilizamos e os impactos que a produção desse tipo de ener- novas fontes de renda. São Miguel mente o conhecimento dos estudantes.
gia pode causar ao ambiente e à sociedade. do Gostoso (RN). Foto de 2015.
• Enfatize a importância da energia elétrica,
que nos permite usufruir da iluminação e
dos aparelhos eletrônicos, e a intensifica-
ção do uso da eletricidade com o passar
dos anos, não somente pelo aumento da
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
83
83
Reinaldo Vignati/ID/BR
a turbina.
seguimento à promoção do processo
cognitivo, do objeto de conhecimento e 3 A movimentação
da turbina aciona gerador
do modificador das habilidades EF08CI01 o gerador, 3
e EF08CI06, no contexto das usinas produzindo energia. 2
84
84
Reinaldo Vignati/ID/BR
duto 18 abr. 2011. Disponível em: https://
turbina super.abril.com.br/mundo-estranho/
rio qual-o-impacto-ambiental-da-
A água represada instalacao-de-uma-hidreletrica/.
entra por um duto. A água em movimento faz Acesso em: 9 fev. 2022.
girar as pás da turbina.
85
13:22 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_083A094.indd 85 • Desapropriação de terras produtivas05/05/22
pela13:22
inundação;
Hidrelétrica: vantagens e desvantagens
• Impactos ambientais, como as perdas de ve-
[…] Quais são as vantagens da construção de
getação e da fauna terrestres;
uma usina hidrelétrica?
• Impactos sociais, como relocação de mora-
As vantagens da construção de uma usina hi-
dores e desapropriações;
drelétrica são:
• Interferência na migração dos peixes;
• Energia renovável;
• Alterações na fauna do rio;
• Baixo custo do megawatt;
• Perdas de heranças históricas e culturais,
• Forma de energia limpa […];
alterações em atividades econômicas e usos
• Geração de empregos; tradicionais da terra.
• Desenvolvimento econômico e sustentável;
Perguntas frequentes. Itaipu Binacional. Disponível
• Aumenta a confiabilidade [em] sistemas em: https://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/
elétricos. perguntas-frequentes.
Acesso em: 9 fev. 2022.
[…] Quais são as desvantagens da construção
de uma usina hidrelétrica?
As desvantagens da construção de uma usina
hidrelétrica são:
85
Daniel Ramalho/AFP
• Reforce para os estudantes que as usinas As usinas nucleares funcionam com o
nucleares oferecem vantagens na geração mesmo princípio de uma usina termelétrica, na
de energia elétrica. Como contraponto, qual o vapor de água em movimento faz girar
aproveite para discutir com a turma sobre as turbinas, que estão ligadas a um gerador.
os riscos relacionados a essas usinas, em Entretanto, na usina nuclear, a fonte de calor
caso de acidente. usada para produzir vapor sob pressão é um
• O texto da seção (In)formação, nas páginas material radioativo, em geral, o urânio.
86 e 87 deste manual, trata da abordagem Apesar de não precisar de grandes áreas
em sala de aula do tema radioatividade para sua instalação, a usina nuclear demanda
relacionado às usinas nucleares. No Brasil, existem duas usinas alto custo de implantação, manutenção e operação, pois requer
nucleares em funcionamento na
• Promova uma discussão sobre as poten- cidade de Angra dos Reis (RJ). Foto mão de obra qualificada.
cialidades da energia eólica e sobre as de 2016.
O funcionamento da usina nuclear não emite gases poluen-
condições necessárias para aproveitar a tes na produção de energia elétrica. No entanto, esse processo
capacidade dessa fonte energética, tendo gera resíduos radioativos, que podem ocasionar contaminação
em vista, inclusive, o panorama brasileiro. do ambiente. Além disso, não há ainda um método de descarte
completamente seguro do lixo radioativo.
DE OLHO NA BASE Esse tipo de usina é muito utilizado em países da Europa, mas
há uma tentativa mundial de diminuir ou de limitar o uso dessa
O conteúdo das páginas 86 e 87 pros-
forma de geração de energia, devido ao risco que oferece.
segue com o desenvolvimento das ha-
PARA EXPLORAR
bilidades EF08CI01 e EF08CI06 e das
competências geral 7 e específicas 4
Perdendo o medo da radioatividade, EÓLICAS
de Felipe Damasio e Aline
e 5, iniciado nas páginas anteriores. Nas usinas eólicas, a energia cinética dos ventos é utilizada
Tavares. São Paulo: Autores
Associados, 2010. para girar a turbina ligada a um gerador, que transforma a ener-
O livro traz informações sobre o gia cinética em energia elétrica.
uso da tecnologia nuclear, com A energia eólica é uma forma de produção de energia limpa
uma linguagem simples e clara.
e de fonte renovável. No entanto, a dependência da quantidade e
Nos capítulos 7 e 8, em especial,
os autores abordam as fontes da velocidade dos ventos é uma desvantagem. Apesar de não
de energia renováveis e não emitir poluentes, ela causa impactos ambientais como poluição
renováveis. sonora e interferência nas rotas migratórias de aves.
rotor
vento
Reinaldo Vignati/ID/BR
Esquema de funcionamento uma
turbina eólica, uma forma de geração engrenagem gerador
de energia considerada limpa. multiplicadora de
(Representação sem proporção de velocidade
tamanho; cores-fantasia.) A força do vento
Fonte de pesquisa: Pedro Reis. Como faz as pás girarem,
funciona um aerogerador. Portal Energia – o que propulsiona
A eletricidade é enviada
Energias Renováveis, 14 abr. 2016. um rotor no eixo
por cabos que descem pelo
Disponível em: https://www.portal- principal.
interior da torre e se conectam
energia.com/funcionamento-de-um- a uma rede de distribuição.
aerogerador/. Acesso em: 9 fev. 2022.
86
86
Leandro Lassmar/ID/BR
biomassa petróleo e carvão tam de tal possibilidade e são obrigados,
da cana hidráulica derivados gás natural mineral
na maioria das vezes, a utilizar fontes de
19,1% 12,6% 33,1% 11,8% 4,9%
energia não renováveis.
87
deles deve ser bem maior. Apresentar o assunto à turma dando ênfase aos
[…] “Para ensinar esse tipo de conteúdo, em perigos da energia nuclear.
que não se pode fazer demonstração em labora- Os estudantes devem conhecer o assunto em
tório, uma boa saída é investir em ilustrações e todos seus aspectos.
vídeos”, afirma Damiani. Os alunos devem en- […]
tender que as usinas termonucleares são uma Salvi, Kika. Radioatividade: como trabalhar o assunto
saída importante em locais onde não existem rios em sala de aula. Nova Escola, 1o maio 2011. Disponível
e, portanto, não há a possibilidade de construir em: https://novaescola.org.br/conteudo/1189/
hidrelétricas. São também escolhidas como al- radioatividade-como-trabalhar-o-assunto-em-sala-
de-aula. Acesso em: 9 fev. 2022.
ternativa às termoelétricas, que funcionam de
forma semelhante, mas com o bagaço de cana e
carvão mineral, por exemplo, como combustível.
[…]
87
RR AP
Equador 0º
AM MA
PA CE
RN
PI PB
AC PE
AL
TO
RO SE
BA
MT
DF
GO OCEANO
ATLÂNTICO
MG
ES
20ºS
MS
OCEANO SP
PACÍFICO RJ Trópico d
Fonte de pesquisa: Aneel. Sistema
e Capric
órn io de Informações de Geração da Aneel
PR
(Siga). Disponível em: https://app.
SC
powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNjc4OGY
yYjQtYWM2ZC00YjllLWJlYmEtYzdkNTQ
Hidrelétrica
Hidrografia
RS 1MTc1NjM2IiwidCI6IjQwZDZmOWI4LW
Limite de estado VjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhNGU5YzA
Limite de país 0 490 km xNzBlMSIsImMiOjR9. Acesso em:
29 abr. 2022.
a) Na Região Sudeste.
a) De acordo com o mapa, em qual região do Brasil está situada a maior concentração de hidrelétricas?
b) Cite algumas desvantagens na utilização desse tipo de usina na composição da matriz energética
do Brasil. Resposta variável.
88
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_083A094.indd 88 05/05/22 14:33 GA_C
88
ID/BR
BRASIL CANADÁ mente usadas para compensar even-
tuais dificuldades no fornecimento de
energia pelas hidrelétricas. Esta ativi-
dade é uma importante ferramenta para
exercitar o protagonismo dos estudan-
tes, ao levá-los a realizar uma pesquisa
sobre o procedimento de investigação
científica e de elaboração de argumen-
tação crítica embasada.
d) Se julgar pertinente, peça aos es-
tudantes que realizem uma pesqui-
sa sobre o acidente na usina nuclear
1971 1980 1990 2000 2010 1960 1970 1980 1990 2000 2010
de Fukushima.
JAPÃO FRANÇA
DE OLHO NA BASE
As atividades desta seção promovem
as habilidades EF08CI01 e EF08CI06 e
trabalham as competências geral 7
e específicas 4 e 5 (avaliar implicações
socioambientais da ciência e de suas
tecnologias e promover a consciência
socioambiental).
1960 1970 1980 1990 2000 2010 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Fonte de pesquisa: Rodolfo Almeida; Gabriel Zanlorenssi. Hidrelétricas, carvão, petróleo: como cada país gera sua
energia. Nexo, 27 mar. 2018. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/03/27/Hidrel%C3%A9tricas-
carv%C3%A3o-petr%C3%B3leo-como-cada-pa%C3%ADs-gera-sua-energia. Acesso em: 9 fev. 2022.
a) Qual é o país cuja matriz energética apresenta mais fontes de origem renovável, considerando
que a energia hidrelétrica também é renovável? Brasil.
b) Qual é o país que teve a matriz energética mais modificada ao longo dos anos? Explique sua resposta.
c) Analise, no gráfico referente ao Brasil, as alterações relacionadas ao uso de hidrelétricas e de gás
natural a partir de 2000. Com base nessa análise, faça uma pesquisa sobre a matriz energética
brasileira e procure explicar essas alterações. Resposta pessoal.
d) Em 2011, aconteceu um acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão. É possível verificar,
analisando o gráfico, como esse acidente afetou a matriz energética do país? Explique.
A produção de energia por esse tipo de usina foi diminuindo até chegar a zero. Os prejuízos causados pelo
acidente influenciaram a mudança na matriz energética japonesa, verificando-se aumento na participação de
outras fontes, como carvão e gás natural, que, apesar de menos eficientes, são mais seguras.
89
89
Leandro Lassmar/ID/BR
Como a biomassa gera eletricidade
• Ao final, permita que os grupos compar-
tilhem suas ideias. Organize-os em pe- resíduos de agricultura e florestas caldeira turbina gerador
DE OLHO NA BASE Luiz Antônio del Tedesco. Região Centro-Oeste lidera a geração de energia limpa no Brasil. Folha de S.Paulo, 22 mar. 2018.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/03/regiao-centro-oeste-lidera-a-geracao-de-energia-
limpa-no-brasil.shtml. Acesso em: 9 fev. 2022.
Neste momento, são promovidas as
habilidades EF08CI01 e EF08CI06, no
âmbito da energia limpa. Também são
trabalhadas as competências geral 7 90
e específica 5 (promover a consciência
socioambiental) e geral 10 e específicas
8 (recorrer aos conhecimentos das Ciên-
cias da Natureza em relação a questões OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_083A094.indd 90 05/05/22 13:22 GA_C
90
1. A energia gerada pela biomassa é menos poluente e causa menos impacto que os combustíveis fósseis, pois
Responda sempre no caderno.
Para refletir provém de fontes
renováveis. Se preciso, discuta com os estudantes a respeito dos produtos da biomassa, a fim de
1. Como a geração de energia limpa está relacionada ao respeito pela natureza? levá-los a chegar a essa
conclusão.
2. De que forma cada uma das iniciativas apresentadas nas reportagens utiliza a ener-
gia limpa? A primeira iniciativa utiliza a biomassa como combustível nas termelétricas, contribuindo para
diminuir o uso de combustíveis fósseis, que são potencialmente mais poluidores. Já a segunda iniciativa utiliza a
3. De acordo com a segunda notícia, o novo sistema de energia melhorou a vida da comuni- energia solar para
dade de que forma? Quais são os planos futuros de seus moradores? a geração de energia elétrica, o que
Veja respostas em Respostas e comentários. possibilita, por exemplo, o estoque
4. Reúna-se com os colegas. Discutam mais alternativas de energia limpa que pode- de alimentos e
riam ser exploradas. Avaliem se as opções são viáveis e o impacto que podem causar medicamentos, em
uma comunidade isolada
ao ambiente.
Veja respostas em Respostas e comentários. no interior da Amazônia.
91
91
ID/BR
Usuários 2,70%
chuvas nas regiões de captação de água finais
2,20%
1,70%
2,10%
para barragem das usinas hidrelétricas H I C L
também pode afetar a geração de ener- A E I 8,30%
transmissão
gerador de represa a) Qual é a fonte de energia que mais contri-
custos de aplicação ou de manutenção eletricidade barragem buiu para a geração de energia elétrica?
dos diferentes tipos de usina. comporta
b) Qual é a fonte de energia que contribuiu de
5. a) Fonte hidráulica. maneira menos significativa para a produ-
ção de energia elétrica?
b) Fonte solar.
c) Para a produção de energia elétrica em
c) Fontes renováveis; 84,8% (soma das 2020, o Brasil utilizou mais fontes reno-
energias hidráulica, biomassa, eólica e váveis ou fontes não renováveis? Qual foi a
solar.). Os estudantes podem citar os porcentagem da energia gerada por esse
alagamentos causados na construção de Representação sem proporção de tamanho; tipo de fonte? Comente os impactos am-
cores-fantasia. bientais que esse tipo de fonte acarreta.
usinas hidrelétricas, a poluição sonora e
Se a represa da usina secasse, ela deixaria de produzir energia
a interferência das rotas migratórias de elétrica. Isso poderia afetar diretamente toda a população que
aves nas usinas eólicas e a necessidade de faz uso da energia elétrica gerada nessa usina.
92
corte de vegetação nativa para o cultivo de
plantas usadas na produção de biomassa,
por exemplo.
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U04_C2_083A094.indd 92 17/06/22 16:05 GA_C
92
84 Quantidade de
RS
135
pt-br/em-meio-%C3%A0-crise- dessas e de outras fontes de energia,
h%C3%ADdrica-brasil-tem-recorde-
termelétricas
Limite de estado de-gera%C3%A7%C3%A3o-de- bem como dos impactos ambientais
0 490 km
Limite de país energia-t%C3%A9rmica/a-59354895. causados por elas.
Acesso em: 10 fev. 2022.
Com o objetivo de diversificar a matriz energética do Brasil, são oferecidos incentivos
para a utilização de usinas termelétricas, sobretudo as usinas que usam biomassa. DE OLHO NA BASE
• Qual é a vantagem, para o ambiente e para a sociedade, de se incentivar a utiliza- Esta seção promove o processo cog-
ção de usinas que utilizam combustíveis renováveis, como a biomassa? nitivo – identificar, classificar, discutir
e avaliar –, bem como o objeto de co-
7. Leia o trecho desta notícia para responder às questões a seguir. nhecimento e o modificador das habi-
No ranking mundial de atividades econômicas que produzem os gases […] [de] lidades EF08CI01 e EF08CI06 (fontes
efeito estufa, a eletricidade e o aquecimento são os campeões. A queima de carvão, gás renováveis e não renováveis, usinas de
natural e petróleo para gerar eletricidade ou aquecer representa 25% das emissões de geração de energia elétrica). Também
todo o mundo. É o seu banho, a geladeira, o wi-fi. Para gerar eletricidade, os países cos- trabalha as competências geral 7 e
tumam usar termoelétricas. […] específicas de Ciências da Natureza 4
Eletricidade é o setor campeão na emissão de gases do efeito estufa. UOL Notícias, 7 dez. 2015. Disponível
em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2015/12/07/eletricidade-e-o-
e 5, no que se refere ao desenvolvimento
setor-campeao-na-emissao-dos-gases-do-efeito-estufa.htm. Acesso em: 10 fev. 2022. da consciência socioambiental.
A preservação do ambiente e o uso de energia para o desenvolvimento das diver-
sas tecnologias são duas situações diretamente relacionadas à vida das pessoas.
a) Você acredita que o aumento na oferta de equipamentos e de utensílios movidos
à energia elétrica trouxe somente benefícios à sociedade? Discuta essa questão.
b) De que maneiras é possível minimizar os impactos ao ambiente causados pelo
alto consumo de energia elétrica?
a) Resposta pessoal.
b) Resposta variável.
93
93
Nelson Provazi/ID/BR
94
94
UNIDADE 5
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Eletricidade
• Compreender e explicar o que é eletricidade.
• Reconhecer o caráter elétrico dos materiais.
• Identificar formas de eletrização: por atrito, por contato e por indução.
• Conhecer fenômenos elétricos, como os raios.
• Construir um eletroscópio.
Capítulo 2 – Eletricidade em movimento
• Identificar materiais bons e maus condutores de eletricidade.
• Entender o que é corrente elétrica e alguns efeitos de sua passagem por um corpo.
• Compreender conceitos como diferença de potencial, resistência elétrica e potência elétrica.
• Entender o efeito joule e sua relação com resistores.
• Construir e investigar um circuito elétrico.
• Reconhecer os cuidados com as instalações elétricas.
Investigar – Calculando o consumo dos equipamentos elétricos
• Pesquisar e calcular o consumo de energia de diferentes eletrodomésticos em uma residência.
• Interpretar e avaliar o consumo de energia dos aparelhos e seu reflexo no consumo doméstico de
energia elétrica.
• Discutir e apresentar estratégias de redução do consumo de energia elétrica em uma residência.
JUSTIFICATIVA
O acesso à energia elétrica é um direito social garantido pela Constituição e, portanto, é funda-
mental conhecer alguns dos temas que envolvem o fenômeno da eletricidade e suas caracterís-
ticas básicas, como as formas de eletrização e a influência de alguns materiais nesse processo,
abordadas no capítulo 1. Já o capítulo 2 revela como os conhecimentos cientificamente construídos
sobre a eletricidade se fazem presentes no cotidiano, por exemplo, ao possibilitar aos estudantes
a construção de um circuito elétrico, bem como ao levá-los a refletir sobre os cuidados necessários
com as instalações elétricas e os riscos decorrentes da eletricidade. Por fim, a seção Investigar abor-
da a eletricidade sob o ponto de vista da economia doméstica, propiciando aos estudantes relacionar
a utilização de equipamentos aos custos financeiros e incentivando-os a propor formas de reduzir o
consumo residencial de energia elétrica.
SOBRE A UNIDADE
O desenvolvimento das tecnologias e a implementação da energia elétrica trouxeram inúmeras con-
tribuições e melhorias para a sociedade. Desse modo, compreender os processos que regem os fenô-
menos elétricos, a eletricidade, seus produtos e impactos econômicos e socioambientais é de suma
relevância para a formação dos cidadãos. Além disso, reconhecer que a energia elétrica é um direito de
todos possibilita aos estudantes o desenvolvimento do senso de justiça e de igualdade. Nesse sentido,
o capítulo 1 da unidade aborda a eletricidade, as formas de eletrização dos corpos e os fenômenos
elétricos – conceitos importantes para introduzir o conteúdo sobre a eletricidade em movimento, tra-
balhado no capítulo 2, que amplia o estudo ao tratar de temas como materiais bons e maus condutores
de eletricidade, corrente elétrica, diferença de potencial, resistência e potência elétrica e circuitos elé-
tricos. A unidade também aborda as implicações da ciência nos contextos social, político, econômico e
95 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – ELETRICIDADE
• Conceito de eletricidade PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (CGEB2)
• Eletrização Construindo um (CECN2)
• Fenômenos elétricos eletroscópio (CECN3)
(CECN7)
95 B
2. É possível que os estudantes respondam que a condução da eletricidade é feita por fios ou cabos.
Questione-os também sobre qual poderia ser a origem da eletricidade conduzida por cabos.
95
95
96
97
98
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_095A103.indd 98 diferentes. Num dia seco, um pente que se esfre- 06/05/22 15:51 GA_C
98
Reinaldo Vignati/ID/BR
observáveis, e se entendem que se trata
lã de um conceito abstrato, deduzido por
observações experimentais. Enfatize que
a construção de modelos auxilia na com-
preensão dos fenômenos elétricos.
Durante o atrito, ocorre a transferência de elétrons entre os • Informe aos estudantes que a carga po-
corpos. O corpo que perde elétrons fica eletrizado positivamente sitiva adquirida se deve à transferência
e o que ganha elétrons fica eletrizado negativamente. de uma carga negativa, denominada
elétron, e que corpo neutro não é um
O tipo de material que compõe o corpo define se ele ficará
corpo sem cargas elétricas, mas, sim,
eletrizado positiva ou negativamente.
um corpo que tem ambas as cargas em
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 98 e 99 de-
senvolve as competências específicas
de Ciências da Natureza 2 e 3, no que
diz respeito à compreensão de conceitos
e estruturas explicativas dessa área e
de fenômenos e processos relativos ao
mundo natural, social e tecnológico.
99
por Benjamin Franklin de positiva e a resinosa atrito, são os elétrons que se transferem de um
recebeu o nome de negativa. corpo a outro, e sua carga é negativa, segundo
A justificativa para esses nomes baseou-se em a convenção historicamente adotada – que é in-
experiências realizadas por Franklin, que o con- teiramente arbitrária. A transferência ocorre por
venceram de que o processo de eletrização não contato, e o objetivo do atrito é meramente o de
cria cargas: apenas as transfere de um corpo a incrementar o contato.
outro. Normalmente, um corpo é neutro por ter O sinal da carga adquirida por um corpo na
igual quantidade de carga positiva e negativa: eletrização depende da substância com a qual é
quando ele transfere carga de um dado sinal a
atritado: o âmbar se eletriza negativamente por
outro, fica carregado com a carga de mesmo
atrito com a lã, mas positivamente com enxofre.
valor absoluto e sinal contrário. Essa hipótese
de Franklin constituiu a mais antiga formulação de A experiência de Du Fay mostra que cargas de
um princípio fundamental da Física, a Lei de con- mesmo sinal se repelem: cargas de sinais opostos
servação de carga elétrica. se atraem.
Franklin acreditava que era a carga positiva, NusseNzveig, Herch Moysés. Física básica:
que imaginava como um fluido, aquela que se eletromagnetismo. São Paulo: Blucher, 1997. p. 3-4.
99
Bruno Badain/ID/BR
DE OLHO NA BASE
O conteúdo desenvolvido nas páginas
100 e 101 dá continuidade ao trabalho
das competências específicas de Ciên-
Como cargas de mesmo sinal se repelem, as cargas da esfera B migram para
cias da Natureza 2 e 3, no contexto da o corpo neutro (esfera A). Se as esferas A e B forem constituídas do mesmo
eletrização por contato e por indução e material e tiverem o mesmo tamanho, as cargas elétricas se distribuirão
igualmente entre elas. Se o tamanho das esferas não for igual, a esfera de maior
dos fenômenos elétricos, como os raios. tamanho (nesse caso, a esfera A) ficará, ao final do processo de eletrização por
contato, com mais cargas elétricas que a esfera menor (esfera B).
Bruno Badain/ID/BR
A B C
100
que ele mesmo não realizou, talvez por não ha- utilizada por 30 mil lâmpadas de 100 W jun-
A física das tempestades e dos raios
ver montanhas suficientemente altas na Filadél- tas. Em alguns raios a corrente pode chegar a
Todas as nuvens produzem relâmpagos? fia, onde morava. Quem a realizou pela primeira 300 mil ampères!
Não. Somente as nuvens de tempestades, vez foi Thomas François Dalibard, na França,
conhecidas como cúmulo nimbos, possuem os em maio de 1752. Um mês depois, sem saber Qual a energia envolvida em um raio?
ingredientes necessários para produzir relâmpa- do sucesso da experiência na França, Franklin […] Sabemos que a duração de um raio é
gos: ventos intensos, grande extensão vertical e conseguiu uma maneira de a realizar na Filadél- extremamente curta; assim, apesar dos grandes
partículas de gelo e água em diversos tamanhos. fia. Em um dia de tempestade empinou uma valores de corrente e voltagem envolvidos[,] a
[…] pipa e observou faíscas pularem de uma chave energia elétrica média que um raio gasta é de
amarrada próximo da extremidade da linha à sua 300 kWh, ou seja, aproximadamente igual à
Quando e quem descobriu que os raios eram mão. Tanto uma como outra experiência não de- de uma lâmpada de 100 W acesa durante ape-
enormes descargas (faíscas) elétricas? vem ser repetidas por ninguém. Várias pessoas nas quatro meses.
Em 1752, Benjamin Franklin propôs uma ex- morreram tentando repeti-las!
periência para verificar se as nuvens possuíam […]
[…]
eletricidade. Sugeria que uma pessoa subisse no saba, Marcelo M. F. A física das tempestades e dos raios.
alto de uma montanha em um dia de tempestade Qual a sua voltagem e corrente? Física na Escola, v. 2, n. 1, 2001. Disponível em: http://
e verificasse se de uma haste metálica isolada A voltagem de um raio encontra-se entre www.cepa.if.usp.br/e-fisica/apoio/textos/raios.pdf.
do chão pulariam faíscas em direção aos dedos 100 milhões e 1 bilhão de volts. A corrente é da Acesso em: 21 fev. 2022.
100
101
101
montagem podem ocasionar mal fun- 6 Cubra a esfera de isopor com papel-alumínio e prenda-a na
cionamento e, assim, as folhas acabam ponta externa do arame (imagem A).
não se afastando. 7 Atrite o tubo de caneta com o papel-toalha (imagem B) e,
2. Esta atividade aborda a eletrização por em seguida, aproxime e afaste o tubo da esfera. Observe as
indução. Aproveite para verificar a ne- folhas de papel-alumínio no interior do vidro.
cessidade de retomar este conteúdo.
1. Com a aproximação Para concluir Responda sempre no caderno.
do canudo, as folhas
DE OLHO NA BASE se afastam. Isso ocorre
porque o canudo está 1. Descreva o movimento que ocorre com as folhas de papel-alumínio no interior do
Neste momento, desenvolvem-se as eletrizado e induz à recipiente durante o experimento. Explique por que isso acontece.
competências geral 2 e específica 2, ao separação de cargas no
eletroscópio, fazendo 2. O número total de cargas do eletroscópio sofreu alguma alteração? Justifique
levar os estudantes a exercitar a curio- as folhas se repelirem. sua resposta. Não, porque não houve contato do canudo com o eletroscópio;
sidade natural e a recorrer à abordagem logo, não ocorreu transferência de elétrons.
própria das Ciências da Natureza, como
a investigação e a análise. 102
102
Dorling Kindersley/UIG/SPL/Fotoarena
pois, faça o que se pede.
2. a) Os raios são descargas elétricas e
Ilustrações: Rvector/Shutterstock.com/ID/BR
esfera +
+
+
+ +
+
pente papel, ela induz uma polarização nos pe-
metálico
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários. metálica
+
+
+
+
+
+ daços de papel, atraindo-os. Em contato
a) Com base em seus conhecimentos sobre
+
+
+
+ +
+
mais prolongado com a régua, os pedaços
+ +
raios, explique por que devemos tomar es- +
+ de papel começam a ficar carregados
ses cuidados em uma tempestade. +
com cargas de mesmo sinal da régua,
+ correia
+
b) Explique como funciona um para-raios. + móvel passando a ser repelidos por ela.
+
5. a) As cargas negativas são transferidas
Bruno Badain/ID/BR
a) O que acontece com as cargas negativas fios com mesma carga se repelem e, por
nesse gerador eletrostático? isso, ficam arrepiados.
b) Em uma visita a um museu de ciências,
• Se esses condutores forem colocados em Marina tocou em um gerador de Van de DE OLHO NA BASE
contato um com o outro, qual será a carga Graaff. Ao tocá-lo, seu cabelo arrepiou. Ex-
de cada um deles após o contato? plique por que isso aconteceu. As atividades desta seção promovem
Cada condutor esférico ficará com dois as competências específicas 2 e 3, no que
elétrons a mais depois do contato.
se refere à compreensão de conceitos
103 fundamentais e estruturas explicativas
de Ciências da Natureza, bem como de
características, fenômenos e processos
relativos ao mundo natural e tecnológico.
15:51 ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C1_095A103.indd 103 06/05/22 15:51
Na atividade 2, também se desenvolve
Neste momento, faça uma avaliação regula- o cuidado consigo mesmo, promovendo
dora. Procure identificar eventuais dificuldades a competência específica 7.
dos estudantes. Caso perceba que eles têm
dificuldade de compreender algum conceito
tratado no capítulo, retome os esquemas do
livro, registrando-os na lousa. Você também
pode exibir vídeos sobre o funcionamento de
para-raios. Solicite aos estudantes que des-
crevam seu funcionamento e discuta sobre
isso com eles.
Para identificar as cargas elétricas, proponha
aos estudantes que desenhem os corpos e a
distribuição de elétrons, mostrando o número
de cargas. Além desses recursos, incentive-os
a elaborar esquemas e notas para utilizar
durante as atividades. Avalie, posteriormente,
se as dúvidas deles foram sanadas.
103
NO CAPÍTULO
(EF08CI02) Construir circuitos elétricos
com pilha/bateria, fios e lâmpada ou ou-
tros dispositivos e compará-los a circuitos
2 ELETRICIDADE EM
MOVIMENTO
elétricos residenciais.
(EF08CI04) Calcular o consumo de eletro-
domésticos a partir dos dados de potência PARA COMEÇAR CONDUTORES E ISOLANTES
(descritos no próprio equipamento) e tem- Vimos que os corpos podem Em função de seu comportamento durante a passagem de
po médio de uso para avaliar o impacto de ser eletrizados. Mas será cargas elétricas, os materiais podem ser classificados em bons
cada equipamento no consumo domésti- que todos os corpos são ou maus condutores de eletricidade.
co mensal. capazes de conduzir Os materiais bons condutores de eletricidade recebem esse
(EF08CI05) Propor ações coletivas para eletricidade? Como a nome porque neles as cargas elétricas podem se mover com
otimizar o uso de energia elétrica em sua eletricidade chega até nós? grande liberdade. Os metais, a água do mar, o corpo humano e
escola e/ou comunidade, com base na se- a grafite são exemplos de bons condutores.
leção de equipamentos segundo critérios Respostas pessoais. É possível que Já nos materiais maus condutores de eletricidade, também
de sustentabilidade (consumo de energia alguns estudantes já tenham visto conhecidos como isolantes, as cargas elétricas não se movem
e eficiência energética) e hábitos de con- os conceitos de isolante e condutor com facilidade. São exemplos de maus condutores: borracha,
elétricos. Aproveite a foto de
sumo responsável. abertura do capítulo para explorar algodão, vidro, madeira seca, plástico e água destilada.
esses conceitos. Os estudantes Os semicondutores são cristais de condutividade elétrica in-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS podem citar que a eletricidade vem
pelos postes de transmissão de termediária entre bons e maus condutores de eletricidade, com
• Neste capítulo, são abordados os fenô- energia elétrica. larga aplicação na indústria de informática.
menos elétricos, aprofundando assuntos Supercondutores são materiais que apresentam condutivi-
já trabalhados nas unidades 3 e 4 deste dade elétrica superior à de materiais como o cobre e a prata,
volume. O modelo atômico será traba-
conhecidos como bons condutores elétricos.
lhado no 9o ano, ao aprofundar o estudo Os semicondutores são
da estrutura do átomo. utilizados na fabricação de
microprocessadores.
• Problematize o tema dos materiais bons
Dmitry Kalinovsky/Shutterstock.com/ID/BR
e maus condutores de eletricidade, per-
guntando aos estudantes, por exemplo:
“Quais materiais vocês identificariam
como úteis para evitar choques elétri-
cos?”. Procure pautar a discussão abor-
dando elementos da vivência deles.
• Pergunte aos estudantes se já viram, por
exemplo, um fio desencapado de fone de
ouvido e de que materiais esse fio era feito.
Explique que as características de um bom
condutor ou de um mau condutor estão
relacionadas à constituição de sua matéria.
• Informe aos estudantes que a classi-
ficação de materiais em condutores e
isolantes é relativa. Não há materiais que
conduzam perfeitamente a eletricidade
nem isolantes que barrem totalmente a
passagem dela. Por isso, o mais adequa-
do é utilizar os termos bom condutor e 104
mau condutor em vez de, respectivamen-
te, condutor e isolante.
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd 104 […] A distinção entre condutores e isolantes 06/05/22 15:47 GA_C
104
DE OLHO NA BASE
Nas páginas 104 e 105, desenvolvem-se
conceitos fundamentais e estruturais
das Ciências da Natureza, assim como
fenômenos e processos relativos ao
O movimento ordenado de elétrons, por meio de fios condutores, acende as mundo natural e tecnológico, promo-
lâmpadas.
vendo as competências específicas 2
105 e 3. O boxe Valor desta página aborda o
acesso à energia elétrica, promovendo as
competências gerais 1 e 10 e específicas
2 e 8, no que diz respeito à construção
15:47 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd 105 06/05/22 15:47
de uma sociedade justa e democrática e
a princípios democráticos e solidários,
além das competências gerais 7 e 9, no
que se refere ao respeito e à promoção
dos direitos humanos, e específica 4,
em relação às implicações sociais da
ciência e de suas tecnologias.
105
funcionam com 110 ou 220 volts? A resposta de dois metros. Quanto maior a queda, mais fácil
110 ou 220 volts? é: depende. se retirar energia. Comparando-se com exemplos
De algum tempo para cá, estamos vendo entrar reais, 220 V exige a passagem de menos elétrons e,
[…]
em extinção aparelhos eletrônicos e eletrodomés- portanto, menor gasto energético nos fios que con-
ticos que têm seu funcionamento com 220 volts. […] Como muitos sabem, os “vilões” das con-
duzem eletricidade até a tomada.
Mas, afinal, o que é mais vantajoso ao consumi- tas de luz são chuveiros, secadoras de roupas,
secadores de cabelos, aquecedores etc. […] […]
dor: aqueles que funcionam com 110 ou 220?
[Eles precisam] produzir calor e, por esse motivo, […] o que realmente influencia o maior ou
[…] Quando plugamos um aparelho eletrôni- gastam muito mais energia. Nestes casos espe- menor gasto dos aparelhos elétricos é o fio por
co ou eletrodoméstico na tomada, há dois polos cíficos, o 220 V pode ser mais vantajoso. “[…] onde a energia passa. […] para melhor entender
principais: em um deles entram elétrons e do uma geladeira funcionando no 220 V economiza essa premissa, façamos uma analogia: imagi-
outro saem elétrons. Durante essa travessia, o menos de 10% de energia se comparada a uma de ne um cano de PVC por onde passa água. Mas
aparelho, ao servir de “intermediário”, é colocado 110 V. […]”, explica o docente do Grupo de Fí- imagine que, em vez de água, passe mel por esse
em funcionamento. Ou seja, é essa travessia de sica Teórica do Instituto de Física de São Carlos cano. Num cano mais grosso, o mel passará sem
elétrons de um polo para outro que ocorre dentro (IFSC/SP), Luiz Nunes de Oliveira. maiores dificuldades, enquanto num cano com
dos aparelhos que aciona seus motores, aquece Para entender melhor essa economia de energia, diâmetro menor a dificuldade será maior.
suas espirais etc. imagine uma queda-d’água, supondo que 110 V […]
106
107
107
resistor
água em contato com
o resistor
Bruno Badain/ID/BR
Os chuveiros elétricos têm resistores
que aquecem a água quando ela passa
por eles.
Feng Yu/Shutterstock.com/ID/BR
Dmitry Guzhanin/Shutterstock.com/ID/BR
Apesar de a lâmpada incandescente
(à esquerda) ser utilizada para
iluminar, a maior parte da
energia elétrica (cerca de 95%) é
transformada em calor. A lâmpada
fluorescente (à direita) tem eficiência
bem maior.
108
DEMONSTRANDO O EFEITO JOULE des (Esses fios podem ser encontrados em 1. O que ocorreu com a palha de aço?
aparelhos eletroeletrônicos velhos ou podem
Esta atividade deve ser realizada por você ou ser comprados em casas de material elétrico 2. Qual é a relação entre o fenômeno obser-
sob sua orientação e seu cuidado. ou eletrônico.) vado e o uso de coolers* (ventoinhas) em
equipamentos eletrônicos?
Objetivo Como fazer * Os microcomputadores têm um pequeno ventilador,
Demonstrar certa propriedade física de • Conecte um pedaço de fio a uma das extremi- chamado cooler, para resfriar os delicados circuitos
determinados materiais: a transformação dades da pilha. eletrônicos. Muitos computadores com processadores
de energia elétrica em energia térmica, conhe- • Conecte o outro pedaço de fio à outra extre- mais potentes têm vários coolers em seu gabinete,
cida como efeito joule. para garantir seu funcionamento adequado.
midade da pilha.
Material • Pegue um pedaço pequeno de palha de aço
• palha de aço (Quanto mais fina a espessura e coloque-o no chão.
dos fios da palha de aço, melhor. As palhas • Com cuidado e atenção para não se queimar,
de aço usadas para lavar louça de cozinha encoste as extremidades livres do fio, próxi-
são adequadas.) mas uma da outra, na palha de aço.
• 1 pilha de 1,5 volt
108
fios e lâmpada).
(A) Exemplo de circuito elétrico
em série: a corrente elétrica sai
da pilha, passa para uma lâmpada
e, em seguida, para a outra. (B)
Exemplo de circuito elétrico em
paralelo: a corrente elétrica sai da
pilha e passa pelas duas lâmpadas
ao mesmo tempo.
109
109
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd 110 Lâmpadas pisca-pisca de enfeites de Natal 08/08/22 11:16 GA_C
110
111
111
g Sa
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ná-las nesses locais.
DE OLHO NA BASE
R
/ID /B
Ao abordar os cuidados com as B R rs
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instalações elétricas, o conteúdo /I ut
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desta página promove as competên-
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Pr o
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refere a cuidar de si, do seu corpo e
bem-estar, e as competências geral
CUIDADOS
10 e específica 8, no que diz respeito COM A
a agir com responsabilidade. ELETRICIDADE
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112
112
114
115
115
• Evite a proximidade com o fogão ou áreas que se encontram na parte de trás do aparelho
Energia elétrica: saiba o que fazer para
expostas ao sol. No caso de instalação entre e não as utilize para secar panos, roupas, etc.;
economizar na conta de luz
armários e paredes, deixe um espaço míni- • Quando você se ausentar de casa por tempo
Preste atenção aos seus hábitos de consumo
mo de 15 cm dos lados, acima e no fundo prolongado, esvazie o freezer e a geladeira e
de energia e saiba o que fazer para diminuir
do aparelho; deixe-os desligados.
seus gastos.
• Evite abrir a porta da geladeira por tempo Chuveiro e aquecedor
[…]
prolongado; • Só ligue o chuveiro quando estiver pronto para
Consumo geral • Deixe espaço entre os alimentos e guarde-os de o banho, feche a torneira enquanto estiver se
• Acompanhe a evolução mensal do consumo de forma que você possa encontrá-los facilmente; ensaboando e seja breve. Tente tomar banho
energia elétrica em sua residência ou negócio; em cinco minutos;
• Não guarde alimentos e/ou líquidos quentes,
• Ao comprar um eletrodoméstico, considere, nem recipientes sem tampa na geladeira; • Quando o tempo não estiver frio, use o chu-
além do preço, se ele consome pouca energia; veiro com a chave na posição verão (mor-
os eletrodomésticos mais econômicos vêm • Não forre as prateleiras com vidros ou plásticos, no). O consumo é 30% menor do que na
identificados pelo selo Procel, no qual a nota A pois isso dificulta a circulação interna de ar; posição inverno;
representa o menor consumo de energia e a le- • Faça o descongelamento do freezer periodica- • Se seu imóvel tiver aquecedor central, esco-
tra E, o consumo maior. mente, conforme as instruções do manual; lha um boiler com capacidade adequada às
116
117
ponham de tanque com melhor isolamento e que não estiverem sendo usados e as lâmpadas
controle de temperatura. nos ambientes onde não há ninguém;
• Regule o aparelho periodicamente e, ao • Uma boa dica para quem vai pintar a casa é
usá-lo, ajuste o termostato de acordo com a usar cores claras nos tetos e paredes – elas re-
temperatura ambiente. fletem melhor a luz, reduzindo a necessidade
de luz artificial;
Iluminação
• Use lâmpadas fluorescentes nas dependências • Periodicamente, faça a manutenção das insta-
onde a luz fica acesa por mais tempo, como lações elétricas, já que fios mal encapados e
cozinha, copa e sala; não se esqueça de des- mal isolados causam fuga de corrente.
cartá-las e entregar as lâmpadas queimadas Energia elétrica: confira o que fazer para economizar
nos locais de venda; na conta de luz. Instituto Brasileiro de Defesa do Con-
sumidor (Idec), 6 maio 2011. Disponível em: https://
• Aproveite a luz do sol para realizar tarefas den- idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/saiba-como-
tro de casa, evitando acender lâmpadas duran- economizar-energia-eletrica. Acesso em: 21 fev. 2022.
te o dia;
117
1 cal 4,2 J
3 000 kcal y
y 5 3 000 ? 4,2 4. a) Ocorre
y 5 12 600 kJ passagem de
corrente elétrica no a) Em qual circuito há passagem de corrente elétrica? Justifique.
b) 450 kcal/dia circuito B, pois ele
está fechado. b) No caderno, desenhe um circuito elétrico em paralelo, representando o mesmo nú-
30 dias ? 450 kcal 5 mero de lâmpadas dos circuitos apresentados nos esquemas. Desenho Desenho
do estudante.
do estudante.
5 13 500 kcal 5. Diariamente, um adulto deve ingerir entre 2 000 kcal e 3 000 kcal de energia por meio
1 cal 5 4,2 J da alimentação. Considerando as informações a seguir, faça as transformações neces-
sárias nos valores de energia e responda ao que se pede.
1 kcal 5 4,2 ? 1 000 J 5
Dados: 1 cal 5 4,2 J; 1 Wh 5 3,6 ? 109 J. 5. a) Entre 8 400 kJ e 12 600 kJ.
5 4 200 J a) Quais devem ser os valores de energia, em joule, ingeridos diariamente por um adulto?
13 500 kcal ? 4200 J 5
_________________ b) Suponha que um adulto pratique diariamente 30 minutos de atividade física, gastando
1 kcal cerca de 450 Kcal. Calcule a quantidade de energia gasta, em joule, por essa pessoa
5 56 700 000 J durante 30 dias. 56 700 000 J.
c) Uma lâmpada de 100 W fica ligada durante 6 horas em um dia e consome 600 Wh de
c) 1 Wh 3,6 ? 109 J energia elétrica. Depois de converter a energia consumida de Wh para J, determine a ra-
600 Wh x zão entre esse valor e o maior valor de energia que um adulto deve ingerir diariamente.
x 5 600 ? 3,6 ? 109 1,7 ? 105
118
dida entre 101 (cento e um) kWh/mês e c) Os estudantes devem lembrar que o
220 (duzentos e vinte) kWh/mês, o desconto consumo de energia envolve a potência
será de 10% (dez por cento); e o tempo de uso dos aparelhos.
IV – para a parcela do consumo superior a 7. O consumo em um dia será:
220 (duzentos e vinte) kWh/mês, não haverá (2 ? 0,06 ? 4) 1 (0,250 ? 24) 5
desconto.
5 6,48 kWh. Por sua vez, o consu-
Brasil. Lei n. 12 212, de 20 de janeiro de 2010.
Brasília: Presidência da República, 2010. Disponível mo total em 30 dias será: 6,48 ? 30 5
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 5 194,4 kWh. Portanto, o desconto será
2010/2010/lei/l12212.htm. Acesso em: 22 fev. 2022.
de 10%. Aproveite esta atividade para re-
• Em uma casa, há duas lâmpadas de 60 W forçar o tema contemporâneo transversal
a) Identifique as informações referentes
ao consumo de energia elétrica. Qual é a que ficam acesas 4 horas por dia e uma Educação financeira, uma vez que a
unidade de medida usada para indicar o geladeira de 250 W que fica ligada todos os redução no gasto com energia elétrica
consumo? kWh dias por 24 horas. De acordo com a Tarifa pode representar uma economia finan-
Social de Energia Elétrica, qual será o des- ceira importante para muitas famílias.
b) Identifique o mês que apresentou maior
conto obtido em 30 dias?
consumo de energia elétrica. Julho de 2021. O desconto será de 10%. 8. a) Se possível, amplie a atividade para
c) Imagine que os moradores dessa residên- 8. Cada cômodo de uma casa pode ser conside- mais de um cômodo ou para a casa toda.
cia tenham trocado seus aparelhos elétri- rado um circuito elétrico.
cos por outros de potência elétrica (W) me- a) Escolha um cômodo de sua casa e construa b) Alguns prováveis exemplos de apare-
nor e tenham mantido o padrão de uso dos um mapa que indique a posição das tomadas, lhos que podem ser citados pelos estu-
equipamentos. A conta de energia elétrica dos interruptores, das lâmpadas e dos apare- dantes são: rádio-relógio, computador
dessa casa nos meses seguintes apontaria lhos elétricos e eletrônicos. Resposta pessoal. e telefone celular, que transformam
maior ou menor consumo de energia elé- b) Que tipos de transformação de energia elé- energia elétrica em energia sonora e
trica? Explique a diferença financeira que trica os aparelhos presentes no cômodo luminosa; e lâmpadas, que transformam
essa troca reflete. que você escolheu realizam? Resposta pessoal. energia elétrica em energia luminosa
7. Leia o texto a seguir e faça o que se pede. c) Qual é a fonte de energia de cada aparelho? e térmica.
Qual é o valor da tensão elétrica (ou ddp)
que alimenta cada aparelho? c) Considerando os exemplos do item b,
Lei n. 12 212, de 20 de janeiro de
Veja respostas em Respostas e comentários. o rádio-relógio e o computador são ali-
2010
9. Os eletrodomésticos facilitam o tra- mentados pela rede elétrica de 110 V ou
Art. 1o A Tarifa Social de Energia Elétrica,
balho doméstico e proporcionam mui- 220 V, dependendo do município em que
criada pela Lei n. 10 438, de 26 de abril de
2002, para os consumidores enquadrados na to conforto. Mas, para seu funcionamento, os estudantes vivem; o telefone celular
Subclasse Residencial Baixa Renda, caracteri- é necessário o acesso à energia elétrica. apresenta bateria de, por exemplo, 12 V;
zada por descontos incidentes sobre a tarifa a) Você identifica alguma relação entre o as lâmpadas são ligadas a tomadas de
aplicável à classe residencial das distribuido- acesso à energia elétrica e o exercício 110 V ou 220 V.
ras de energia elétrica, será calculada de modo da cidadania? Explique. Respostas pessoais.
cumulativo, conforme indicado a seguir: b) As ligações clandestinas devem ser re-
I – para a parcela do consumo de energia gularizadas pelo poder público, pois Justiça – direito à igualdade
elétrica inferior ou igual a 30 (trinta) kWh/mês, constituem uma prática criminosa. O
o desconto será de 65% (sessenta e cinco que incentiva esse tipo de ação? Quem 9. a) Atente para as respostas dadas pelos
por cento); mais perde com essas ligações? estudantes e, se necessário, oriente-os,
Respostas pessoais. a fim de que consigam identificar que
o acesso à energia elétrica está direta-
119 mente relacionado à qualidade de vida
e, consequentemente, à cidadania. O
acesso à energia elétrica permite, por
exemplo, tomar banho com água quente,
15:48 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U05_C2_104A120.indd 119
DE OLHO NA BASE 06/05/22 15:48
conservar alimentos na geladeira e ligar
aparelhos eletrônicos que contribuem
As atividades 3 e 7 promovem a habilidade
para o lazer.
EF08CI02 e as atividades 5 e 6 desenvolvem
a habilidade EF08CI04. Além disso, são b) A dificuldade de acesso à rede elétri-
trabalhadas nesta seção a competência ca, os custos envolvidos na instalação e
geral 4, no âmbito das atividades em que no consumo de energia elétrica e a falta
se faz uso dos conhecimentos da linguagem de fiscalização das instalações elétricas,
matemática, as competências específicas 2 por exemplo, podem incentivar esse
e 3, no âmbito do acesso à energia elétrica, tipo de ação. Com isso, a sociedade
as competências gerais 1 e 10 e específicas 2 inteira é prejudicada, pois a qualidade
e 8 (construção de uma sociedade justa do fornecimento de energia elétrica cai
e democrática e princípios democráticos e seu custo aumenta.
e solidários), bem como as competências
gerais 7 e 9 (respeito e promoção dos di-
reitos humanos) e específica 4 (implicações
sociais da ciência e de suas tecnologias).
119
Capítulo 1 – Eletricidade
• Reconheço a presença de cargas elétricas na matéria e compreendo que a relação
entre a quantidade de carga positiva e de carga negativa determina se o corpo se
encontra carregado eletricamente?
• Diferencio os modos de eletrização?
• Construo um eletroscópio e explico os efeitos observados ao eletrizar corpos com
cargas iguais?
Capítulo 2 – Eletricidade em movimento
• Diferencio bons condutores de maus condutores?
• Relaciono corrente elétrica ao movimento ordenado de íons e elétrons?
• Compreendo os efeitos causados pela corrente elétrica ao passar por um corpo?
• Relaciono a diferença de potencial com a corrente elétrica?
• Compreendo o conceito de resistência elétrica, reconhecendo tratar-se de um
aspecto próprio de cada material?
• Relaciono potência elétrica à capacidade de um aparelho transformar energia
elétrica em outras formas de energia e avalio a eficiência energética de aparelhos?
• Construo um circuito elétrico utilizando pilha, fios e lâmpadas?
• Construo circuitos elétricos em série e em paralelo?
• Comparo circuitos elétricos simples a circuitos elétricos residenciais?
• Reflito sobre a influência de interesses humanos no desenvolvimento científico e
tecnológico?
Investigar
• Calculo o consumo de energia elétrica de um aparelho, utilizando dados sobre a sua
potencia elétrica em determinado intervalo de tempo?
• Avalio o consumo de energia de aparelhos elétricos residenciais e seu impacto no
consumo doméstico mensal de energia elétrica?
• Proponho ações para reduzir o consumo doméstico de energia elétrica?
Nelson Provazi/ID/BR
120
120
UNIDADE 6
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Reprodução dos organismos
• Reconhecer a reprodução como uma das principais características dos seres vivos.
• Compreender os processos de divisão celular.
• Entender o que é reprodução sexuada e o que é reprodução assexuada.
JUSTIFICATIVA
Essenciais à sobrevivência humana e de praticamente toda forma de vida na Terra, as plantas
compõem um reino de enorme diversidade. Portanto, é de suma importância compreender as ba-
ses do funcionamento de sua reprodução, tal como abordado no capítulo 1, pois a abundância e a
diversidade de espécies vegetais relacionam-se também com essa característica peculiar desses
seres vivos. O capítulo 2, por sua vez, enfatiza a reprodução das algas, com destaque para os ciclos
de vida desse grupo específico, bem como para o processo evolutivo e a diversidade de outros gru-
pos de plantas terrestres. Já o capítulo 3 salienta as características e os ciclos de vida de grupos
de plantas com sementes e com sementes, flores e frutos, novidades evolutivas que favoreceram a
capacidade de dispersão dessas plantas no ambiente. Além disso, o capítulo aborda as relações das
plantas com o ser humano na alimentação e a necessidade de reconhecer os impactos do uso de
agrotóxicos no ambiente e nos seres vivos.
SOBRE A UNIDADE
Nesta unidade, são explorados os diversos tipos de reprodução em diferentes grupos de plantas, ve-
rificando-se, em alguns casos, a alternância da reprodução sexuada com a assexuada. Por essa razão,
faz-se necessário compreender como ocorrem os processos de reprodução e quais são os tipos de di-
visão celular, temas abordados principalmente no capítulo 1. A unidade ainda contempla, no capítulo 2,
121 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – REPRODUÇÃO DOS ORGANISMOS
• Reprodução e divisão celular (EF08CI07) (CECN2)
• Mitose e meiose (CECN3)
• Reprodução assexuada
• Reprodução sexuada
121 B
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
• Complemente o levantamento de conhe-
cimentos prévios dos estudantes selecio-
nando imagens que mostrem estruturas
reprodutivas de plantas de diferentes
REPRODUÇÃO VEGETAL
grupos e peça a eles que descrevam
o que observam em cada uma delas.
Pergunte-lhes também de que forma as
estruturas apresentadas se relacionam
com sua reprodução. Ao final da discus-
são, avalie novamente os conhecimentos
Todos os seres vivos têm a capacidade de se reproduzir, ou prévios dos estudantes e utilize-os para
planejar as aulas desta unidade.
seja, de originar novos indivíduos. Assim, as populações se
mantêm ao longo do tempo, o que resulta na continuidade da
vida no planeta.
Nesta unidade, você vai saber como as algas e as plantas se
reproduzem.
1. Respostas variáveis. É possível que os estudantes mencionem as algas que habitam os mares. Eles também
podem confundir plantas aquáticas com algas. Caso isso ocorra, aproveite para instigar a curiosidade deles
questionando, por exemplo: “Algas são plantas?”. Essa questão será retomada ao longo da unidade.
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Você já viu uma alga? Sabe onde as algas vivem e como se reproduzem?
2. O que deve acontecer quando plantamos um galho de planta na terra?
3. Você conhece plantas que não produzem flores ou sementes?
4. Os animais participam, de alguma forma, da reprodução das plantas?
Resposta variável. Espera-se que alguns estudantes respondam que sim. É provável que eles tenham
conhecimento do papel polinizador de insetos, como borboletas e abelhas, ou dispersor de sementes, como
muitas aves. Aproveite esse conhecimento dos estudantes e explique que a reprodução das plantas inclui
diversas etapas, muitas delas com a participação de animais.
3. Resposta variável. É possível que os estudantes mencionem as gramíneas ou outras plantas que aparentam
não produzir flores. Aproveite esse momento para criar um ambiente que possibilite a troca de ideias, dizendo,
por exemplo, que as estruturas podem estar presentes nas plantas, apesar de não estarem visíveis.
121
121
122
123
123
NO CAPÍTULO
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
1 REPRODUÇÃO
DOS ORGANISMOS
e evolutivos. *Resposta variável. As respostas dos estudantes podem indicar a necessidade de junção de gametas masculinos e femininos
para a formação de um novo organismo, ou seja, a reprodução sexuada. Explique-lhes que diversos organismos são capazes de
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS se reproduzir independentemente
PARA COMEÇAR REPRODUÇÃO E DIVISÃO CELULAR
de um parceiro, como verão ao
• Explore, com os estudantes, as perguntas A reprodução é uma das
longo desta unidade.
A reprodução é o processo por meio do qual um ser vivo pro-
em Para começar e solicite a eles que características mais duz novos indivíduos. Essa é uma das características que melhor
deem exemplos dos tipos de reprodu- distingue os seres vivos da matéria não viva.
importantes dos seres vivos.
ção que conhecem. Esse é um momento
Como ocorre esse Em todos os seres vivos, para que a produção de novos indiví-
em que se promove o protagonismo dos
processo? Todos os seres duos aconteça, é necessária a divisão celular. Nesse processo,
estudantes, ao trabalhar a capacidade
vivos se reproduzem da uma célula origina novas células.
de argumentação deles.
mesma forma? * Cada célula eucarionte apresenta filamentos formados por
• Antes de desenvolver o conteúdo des-
DNA – o material genético – e proteínas. O conjunto desses fi-
ta página, pergunte aos estudantes se
lamentos é chamado de cromatina. Durante a divisão celular, a
a imagem nela presente se relaciona
cromatina se condensa, e os filamentos passam a ser chamados
de alguma forma com o processo de
de cromossomos.
reprodução. Ao exporem suas concep-
ções, verifique se eles relacionam divisão Na maioria das espécies de seres vivos descritas, os cromos-
celular com reprodução. Células de raiz de cebola em vários somos se encontram aos pares. Um dos cromossomos do par
estágios de divisão celular. Foto
tem origem paterna, e o outro tem origem materna. Esses pares
• Aproveite o momento para retomar as ao microscópio de luz, uso de
corantes, aumento de 40 vezes. de cromossomos são chamados de cromossomos homólogos.
características básicas dos seres vivos
abordadas no 6º ano, de acordo com a
habilidade EF06CI05. Nas unidades 7 e 8,
serão aprofundados os processos re-
produtivos dos animais, relacionados ao
desenvolvimento da habilidade EF08CI07.
Alanphillips/E+/Getty Images
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 124 e 125
inicia o desenvolvimento da habilidade cromossomos
EF08CI07, no contexto da reprodução e da
importância da divisão celular para esse
processo. As competências específicas de
Ciências da Natureza 2 e 3 também são
trabalhadas, no sentido da compreensão
de conceitos fundamentais e de fenô-
menos e processos do mundo natural.
124
124
Ilustrações: Fabio
Eugenio/ID/BR
-irmãs
la-mãe, dá origem a duas novas células, cha-
cromátides- • Comente ainda que a reprodução asse-
-irmãs
madas de células-filhas, que são idênticas à célula-mãe xuada não envolve gametas e que esse
célula-mãe. Durante a divisão, as cromátides- modo de reprodução tende a gerar um
-irmãs se separam, e o material genético se células-filhas número maior de descendentes, quando
distribui igualmente entre as células formadas. comparado à reprodução sexuada.
Em seres unicelulares, a mitose é um pro- cromossomos
homólogos
cesso de reprodução. Nos pluricelulares, ela é
importante para o crescimento e a regenera- Esquema da mitose em célula com
um único par de cromossomos.
ção do organismo. (Representação sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.)
MEIOSE
A meiose é o processo de divisão celular em que uma célula-
-mãe dá origem a quatro células-filhas. Cada uma das quatro VARIABILIDADE GENÉTICA
Os seres vivos, em geral, têm
células-filhas tem metade da quantidade de cromossomos da dois ou mais cromossomos em
célula-mãe. Isso acontece porque, durante a meiose, ocorrem suas células. Como na meiose
duas divisões celulares e apenas uma duplicação do material a separação dos cromossomos
genético. homólogos ocorre ao acaso, esse
processo resulta em combinações
Na primeira divisão, os pares de cromossomos homólogos se genéticas sempre diversas nas
separam. Na segunda divisão, o processo é parecido com o da células que se formam.
mitose: ocorre a separação das cromátides-irmãs. As células formadas na meiose
participam da reprodução, ou
Por meio da meiose, os seres vivos formam esporos e game-
seja, originam novos organismos.
tas, células relacionadas à reprodução. Assim, as combinações de
2a divisão cromossomos geradas na meiose
separação das células- contribuem para a variabilidade
cromátides-irmãs -filhas
1a divisão genética, isto é, permitem que
separação dos os indivíduos de uma espécie
cromossomos apresentem diferenças entre si.
homólogos Acredita-se que a variabilidade
genética seja fundamental para
célula-mãe a manutenção e evolução de
uma espécie.
125
125
Eric Grave/SPL/Fotoarena
• Problematize com os estudantes as se- A produção de novos indivíduos pode ocor-
guintes questões: “Se cortarmos e plan- rer por reprodução assexuada ou por reprodu-
tarmos um galho de roseira, ele tem ção sexuada. Ambos os processos são obser-
chances de gerar uma nova roseira? Se vados nos mais diversos grupos de seres vivos.
uma estrela-do-mar fosse dividida ao
meio, ela poderia produzir dois novos in- REPRODUÇÃO ASSEXUADA
divíduos? Que fenômenos seriam esses?”. Na reprodução assexuada, os novos indiví-
• Auxilie os estudantes a refletir sobre duos são gerados a partir de um único genitor e
a relação entre a reprodução sexuada e a A divisão binária ocorre em organismos unicelulares, sem a participação de células especiais. Eles são
fusão de gametas. Retome o questiona- como o protozoário da foto. Nesse processo, a única
célula do indivíduo se divide em duas, formando dois idênticos ao genitor, sendo denominados clones.
mento anterior e pergunte se, no plantio novos organismos. Foto ao microscópio de luz, aumento Esse tipo de reprodução não requer a pre-
do galho de roseira, haveria variabilidade de cerca de 300 vezes.
sença de um parceiro para a troca de gametas
genética. Solicite aos estudantes que nem para o acasalamento. Essa situação pode
justifiquem suas respostas.
126
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C1_121A127.indd 126 03/05/22 18:32 GA_C
126
Fabio Eugenio/ID/BR
a) O que são gametas? São células germinativas te igual ao genitor. Enfatize que, nesse
dos organismos.
b) Qual é a relação entre gametas e reprodu- caso, não há formação de gametas.
ção sexuada? Veja resposta em Respostas e 4. Sexuada. A troca de material genético
comentários.
c) Dê dois exemplos de organismos que se re- entre as estruturas haploides, formando
a) Que tipo de reprodução está representada
produzem sexuadamente. Resposta variável. células diploides, é característica de
na imagem? Descreva-a. 8. Responda às questões a seguir.
processos sexuados.
b) Pode-se afirmar que o animal gerado é um a) Como a meiose contribui para a variabilida- 5. Sexuada: participação de células germi-
clone? Explique. Veja respostas em Respostas de genética? Durante a meiose, ocorre a nativas, os gametas. Assexuada: ocorre
e comentários. combinação dos cromossomos. por meio de um único genitor, sem a par-
4. A foto a seguir mostra uma alga se reproduzin- b) Qual é a relação entre fecundação e varia-
bilidade genética? Veja resposta em Respostas e ticipação de gametas. Evidencie vanta-
do. Durante esse processo, é possível identifi- comentários. gens e desvantagens desses processos.
car tubos entre células de organismos diferen- 9. Todo indivíduo hermafrodita fecunda a si
tes. Através desse tubo, o conteúdo genético 6. a) Note que cada hora tem 3 intervalos
próprio? Explique. Não. Em muitos casos ocorre
da célula haploide de um organismo passa a fecundação cruzada. de 20 minutos, totalizando 9; a cada
para dentro da célula haploide do outro orga- 10. Leia o texto a seguir e responda às questões. intervalo o número de bactérias duplica.
nismo, dando origem a uma estrutura diploide. b) Como as bactérias se multiplicam
Câncer é um termo que abrange mais de e chegam a grandes quantidades ra-
100 diferentes tipos de doenças malignas que pidamente, é difícil para o organismo
Claude Nuridsany & Marie Perennou/SPL/Fotoarena
127
NO CAPÍTULO
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
2 ALGAS E PLANTAS
SEM SEMENTES
e evolutivos.
Stuart Westmorland/Danita
Delimont/Alamy/Fotoarena
promove as competências específicas
2 e 3 (compreender conceitos funda-
mentais das Ciências da Natureza,
fenômenos, características e proces-
sos do mundo natural). Por sua vez,
o assunto da página 129 promove o
objeto de conhecimento da habilidade
EF08CI07 (mecanismos reprodutivos).
128
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C2_128A137.indd 128 Os óleos presentes nas microalgas têm carac- 03/05/22 18:40 GA_C
128
esporos
Reinaldo Vignati/ID/BR
Esquema do ciclo de vida alternante de algas do gênero Ulva. O adulto diploide que produz esporos é denominado
esporófito e o adulto haploide que produz gametas é denominado gametófito. (Representação sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Peter H. Raven; Ray F. Evert; Susan E. Eichhorn. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007. p. 352-353.
129
129
130
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C2_128A137.indd 130 terra evoluíram de um organismo unicelular, ou 03/05/22 18:40 GA_C
130
Erika Onodera/ID/BR
De acordo com a ausência ou a presença de determinadas • Se for possível, proponha aos estudantes
características, as plantas são classificadas em quatro grupos: a análise de estruturas como flores,
briófitas, grupo dos musgos; pteridófitas, grupo das samam- sementes, frutos e raízes de diferentes
baias; gimnospermas, grupo dos pinheiros; e angiospermas, gru- espécies, para que possam observá-las
po das plantas que têm flores e frutos, como o ipê e as roseiras. e compará-las. Proponha a eles também
que elaborem desenhos e descrevam as
estruturas identificadas.
pólen
flor
Nas angiospermas,
o pólen é produzido
Com as gimnospermas,
nas flores. As flores
surge o grão de pólen,
atraem animais, que
no qual se formam os
transportam o pólen
gametas masculinos. Os
de uma flor a outra.
grãos de pólen podem
ser transportados pelo
vento e por animais. Isso
contribui para diminuir a
dependência de água para
que ocorra a fecundação.
As flores dão origem aos
frutos, que protegem
as sementes e também
As plantas com sementes, ajudam na sua dispersão.
estruturas que protegem e Assim como as flores,
nutrem o embrião, são as os frutos só ocorrem nas
que melhor se adaptaram ao angiospermas.
ambiente terrestre e as mais
abundantes atualmente. fruto
O primeiro grupo a
semente
apresentar sementes foi o
das gimnospermas.
131
131
Studio Caparroz/ID/BR
sam alguns centímetros de altura ou de comprimento; em geral,
estruturas que eles denominam, respec- ocupam ambientes úmidos e sombreados.
tivamente, rizoide, filídio e caulídio.
rizoide
Na reprodução das briófitas, o gameta masculino precisa
• Pergunte aos estudantes se a ausência nadar para encontrar o gameta feminino. Assim, para que a fe-
de vasos condutores estaria relacionada cundação seja possível, é necessário que haja água no ambiente.
ao tamanho reduzido das briófitas. Peça a
O ciclo reprodutivo das briófitas é alternante: o gametófito
eles que justifiquem suas respostas. Nas
Esquema das estruturas do corpo produz gametas e se reproduz de modo sexuado dando origem
briófitas, a absorção de água e de sais de um musgo. Essas estruturas
ao esporófito. O esporófito produz esporos que, ao ser liberados,
minerais pode ser realizada por qualquer lembram raízes, caules e folhas,
mas não são chamadas assim podem germinar originando novos gametófitos.
parte do organismo, e a distribuição ocor- porque não têm vasos condutores
O ciclo de vida alternante, semelhante ao de certas algas ver-
re diretamente de uma célula para outra. em seu interior. (Representação
A ausência de vasos condutores é um dos sem proporção de tamanho; des, reforça a ideia de que essas algas deram origem às plantas.
cores-fantasia.)
fatores que limita o porte dessas plantas. Nas briófitas, o gametófito vive por mais tempo, sendo consi-
Fonte de pesquisa: Peter H. Raven;
derado a geração duradoura. O esporófito vive menos e depende
• Problematize o tema do hábitat das brió- Ray F. Evert; Susan E. Eichhorn.
fitas, perguntando, por exemplo: “A quais Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: de alimento e de água fornecidos pelo gametófito. Assim, o es-
Guanabara Koogan, 2007. p. 380-381. porófito é a geração transitória das briófitas.
ambientes esse grupo estaria mais bem
adaptado: úmidos ou áridos? Por quê?”.
• Oriente os estudantes a analisar o es- gameta No gametófito REPRODUÇÃO
masculino são SEXUADA
quema do ciclo reprodutivo das briófitas. produzidos
Retome a diferença entre reprodução os gametas Na presença de água,
o gameta masculino
sexuada e reprodução assexuada. masculinos.
nada até fecundar o
Studio Caparroz/ID/BR
132
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C2_128A137.indd 132 produtoras de gametas denominadas gametân- 03/05/22 18:40 GA_C
132
B
Tony Wharton/Minden
Pictures/Fotoarena
altura do esporófito: 15 cm
Tony Wharton/Minden
Pictures/Fotoarena
133
133
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
Na parte inferior
1. Respostas pessoais. Os estudantes po- esporófito
das folhas do
adulto
dem mencionar exemplos de produtos Studio Caparroz/ID/BR esporófito,
desenvolvem-se
de origem animal ou vegetal sem saber os soros.
exatamente se as espécies correspon-
dentes estão ameaçadas. Assim, incen- Os esporos são
formados nos soros esporos
tive-os a pesquisar o tema. por meiose.
2. Resposta pessoal. Evitando a compra REPRODUÇÃO ASSEXUADA
esporófito detalhe
de produtos feitos com materiais deri- jovem do soro
vados de espécies em risco de extinção
e dando preferência a produtos feitos
com materiais alternativos, por exemplo. REPRODUÇÃO SEXUADA gametófito
O esporo
origina o
• Proponha aos estudantes que reflitam indi- jovem gametófito.
vidualmente sobre as questões. Com base Após a gameta
feminino
em suas propostas, forme duplas de estu- fecundação,
forma-se o
dantes que apresentem ideias divergentes zigoto, que
gametófito
e peça que compartilhem sua forma de dará origem
adulto
ao esporófito.
pensar. Ao final, promova uma conversa Na presença de
com toda a turma. água, o gameta
masculino nada O gametófito
• Reúna com os estudantes mais infor- zigoto até encontrar o tem estruturas
gameta
mações sobre a samambaiaçu, pteridó- gameta feminino masculino
que produzem os
e fecunda-o. gametas femininos
fita conhecida como xaxim, atualmente e estruturas que
ameaçada de extinção. Questione-os se produzem os
já viram vasos feitos de xaxim, material gametas masculinos.
extraído dessa planta, e proponha a eles Esquema do ciclo de vida de uma samambaia. Nessas plantas, o esporófito é independente do gametófito.
(Representação sem proporção de tamanho; cores-fantasia.)
uma discussão sobre a substituição desse
substrato por outros, como o feito de Fonte de pesquisa: Peter H. Raven; Ray F. Evert; Susan E. Eichhorn. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007. p. 380-381.
fibra de coco.
• Incentive-os a pensar em maneiras de 134
minimizar os impactos causados pela
exploração de recursos naturais. Enfatize
o papel da responsabilidade social na
atualidade como forma de evitar ou de (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C2_128A137.indd 134 sementes, os gametófitos e os esporófitos são in- 05/05/22 10:39 GA_C
134
Teresa Otto/Shutterstock.com/ID/BR
características ambientais ao sucesso
AS PTERIDÓFITAS DO PASSADO das pteridófitas nesse período.
Os registros fósseis indicam que as primeiras pteridófitas, que eram
semelhantes aos atuais licopódios, surgiram há aproximadamente
400 milhões de anos. DE OLHO NA BASE
Os licopódios atuais são de pequeno porte, mas seus ancestrais eram
as maiores plantas de sua época, atingindo até 50 m de altura. No período
As páginas 134 e 135 dão continui-
Carbonífero, que durou entre 359 milhões e 299 milhões de anos atrás, eles dade ao desenvolvimento da habilidade
ocupavam extensas áreas pantanosas. altura: 1 m
EF08CI07, no que se refere às pteridó-
As cavalinhas também têm ancestrais que atingiam até 30 m de altura. fitas. O boxe Valor desenvolve aspectos
Mas, ao contrário dos licopódios, os ancestrais das cavalinhas ocorriam em Todas as espécies de cavalinha
pertencem ao mesmo gênero,
das competências geral 7 e específica 4,
locais com menor umidade e, por isso, podiam colonizar mais ambientes.
Desde o Carbonífero, as samambaias já eram o grupo mais abundante e Equisetum. no que diz respeito à consciência so-
diversificado de pteridófitas e também apresentavam espécies arbóreas. cioambiental, às implicações socioam-
As pteridófitas do passado também são importantes para o ser humano. bientais e às alternativas aos desafios
Muitas pteridófitas que formaram grandes florestas no período Carbonífero do mundo contemporâneo.
foram soterradas, e seus restos deram origem aos depósitos de carvão mineral.
135
mados porque os megásporos são maiores que os tetizantes; em outras, eles absorvem moléculas
micrósporos, embora ambos sejam quase invisíveis orgânicas com auxílio de fungos associados. As-
a olho nu. Esporângios que produzem megásporos sim como as briófitas, as plantas vasculares sem
são chamados de megasporângios, enquanto aque- sementes necessitam de água para a fecundação.
les que produzem micrósporos são denominados O anterozoide nada através da água provinda de
microsporângios. Essa produção de dois tipos de gotas de chuva ou orvalho até a oosfera, no inte-
rior do arquegônio. […]
esporos em dois tipos diferentes de esporângios é
conhecida como heterosporia. Os megásporos pro- Nabors, Murray W. Introdução à botânica. São Paulo:
Roca, 2012. p. 467-468.
duzem gametófitos femininos, conhecidos como
megagametófitos, e os micrósporos produzem ga-
metófitos masculinos, chamados de microgametó-
fitos. Embora a heterosporia seja relativamente rara
em plantas vasculares sem sementes, ela ocorre em
todas as plantas com sementes.
Os gametófitos das plantas vasculares sem se-
mentes atuais apresentam alguns milímetros de
diâmetro. Em algumas espécies, os gametófitos
135
7 Tampe essa estrutura com a parte cortada da garrafa. Passe fita adesiva em
em seu interior. Chame a atenção dos torno da emenda para vedar bem, como na imagem desta página.
estudantes para o fato de que o am- 8 Cole a etiqueta, com nome e data da montagem, na parte de baixo da garrafa.
biente criado é favorável à germinação 9 Deixe a montagem em um lugar quente e iluminado, mas que não receba
dos esporos. luz solar diretamente.
3. Sim. Após a formação e o amadurecimen- 10 A cada três dias, anote as alterações observadas.
to do protalo, se gotas de água caíssem 11 Abra a montagem após 10 dias e observe. Se o aspecto da terra continuar
sobre ele, poderia ocorrer o encontro dos igual, vede a montagem e abra-a novamente após mais 10 dias.
gametas feminino e masculino (fecun-
Responda sempre no caderno.
dação), com a consequente formação do Para concluir
zigoto e o desenvolvimento do esporófito
jovem. O esporófito jovem poderia crescer 1. Qual é a utilidade da camada de areia ou cascalho no fundo da garrafa?
Veja resposta em Respostas e comentários.
e se tornar uma samambaia madura. 2. Por que é importante vedar a garrafa?
Veja resposta em Respostas e comentários.
4. Caso considere oportuno, mostre aos 3. Esse experimento poderia resultar na formação de uma samambaia? Explique.
estudantes exemplos de esporófitos Veja respostas em Respostas e comentários.
4. Durante uma caminhada em um trecho de Mata Atlântica, qual estrutura seria
e gametófitos de diferentes tipos de mais provável de ser encontrada, o esporófito ou o gametófito? Justifique.
samambaias. O esporófito, pois corresponde à fase duradoura e, geralmente, é maior que o gametófito.
136
137
NO CAPÍTULO
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
3 PLANTAS COM SEMENTES
e evolutivos.
138
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 138 03/05/22 18:45 GA_C
138
139
139
Edward Karaa/Alamy/Fotoarena
John H Pettigrew/SPL/Fotoarena
• Caso considere oportuno, troque ideias
com os estudantes sobre o plantio de
pinheiros para fins industriais, desta-
cando os impactos que as monoculturas
de espécies exóticas causam no solo, na
fauna e na flora locais.
EQRoy/Shutterstock.com/ID/BR
140
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 140 órgãos masculinos e femininos ainda assim não 03/05/22 18:45 GA_C
140
141
mais longo, e outro em forma de “borla”, com o es- quanto as “fêmeas” de estilete mais comprido. […]
tilete bem mais curto. Até então, ninguém atribuía Qual seria, então, o significado dessa diferen-
significado especial algum a essa diferença. Mas ça entre estiletes e da proporção de um para um
Darwin tinha as suas suspeitas e, examinando ma- em que apareciam? […]
ços de primaveras que seus filhos lhe traziam, des- Ele concluiu que a heterostilia, em que as
cobriu que a proporção entre “alfinetes” e “borlas” plantas apresentam estiletes de comprimento
era exatamente de um para um. diferente, seria um recurso que a evolução fizera
A imaginação de Darwin foi imediatamente es- surgir a fim de facilitar a fertilização cruzada – e
picaçada: a proporção de um para um era o que que o cruzamento aumentava o número e a vita-
geralmente se encontrava nas espécies em que lidade das sementes. Mais tarde, Darwin escre-
machos e fêmeas são distintos – será então que veria: “Acho que nada na minha vida de cientista
as flores de estilete mais longo, embora hermafro- me deu tanta satisfação quanto descobrir o signi-
ditas, não estariam no processo de se transformar ficado da estrutura dessas plantas.”
em “flores-fêmeas”, e as de estilete curto em “flo- […]
res-machos”? O que ele tinha à sua frente seriam
SackS, Oliver. Darwin e o significado das flores. Piauí,
na verdade formas intermediárias, a evolução em n. 28, jan. 2009. Disponível em: http://piaui.folha.uol.
andamento? A ideia era muito boa, mas não se com.br/materia/darwin-e-o-significado-das-flores/.
sustentava, pois as flores de estilete mais curto, Acesso em: 15 fev. 2022.
141
Bob Gibbons/SPL/Fotoarena
ção da flor. Essa é a próxima etapa do ciclo
reprodutivo das angiospermas. A polinização por agentes físicos, como o vento ou a água,
• Explique aos estudantes que, para as depende muito do acaso, pois nem sempre o movimento desses
angiospermas, a produção de grandes agentes ocorre em direção às flores.
quantidades de pólen ou a produção de Algumas adaptações aumentam as chances de sucesso:
néctar requerem alto gasto de energia. • estigmas grandes, com ampla superfície para receber os
Discuta com eles sobre quais benefícios grãos de pólen;
justificariam tamanho investimento das • anteras apoiadas sobre hastes compridas e flexíveis, que
plantas para atrair polinizadores. balançam com o vento e favorecem a dispersão do pólen;
• Comente que a história evolutiva das • produção de grande quantidade de pólen;
angiospermas, em geral, está associada • grãos de pólen com formato que facilita a flutuação no ar
à história evolutiva dos agentes poliniza- ou na água.
dores; essa relação traz benefícios para As flores do milho (Zea mays) não Flores polinizadas pelo vento são, em geral, pequenas, páli-
as plantas e os animais. são atrativas para animais.
A polinização é feita pelo vento. das, não emitem odor e não produzem néctar. O milho, o espo-
rão-de-galo e a grama são alguns exemplos.
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 142, 143 e diâmetro (flor): 8 cm Polinização por animais
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
142
142
Aggie 11/Shutterstock.
com/ID/BR
semente
Bruno Badain/ID/BR
endocarpo
A parte avermelhada e
mesocarpo pericarpo suculenta do caju (Anacardium
occidentale), utilizada
epicarpo
para sucos e doces, é um
pseudofruto, pois não se formou
do ovário. O fruto verdadeiro é a
parte de cor verde. Ele contém a
O pericarpo é dividido em três partes: epicarpo, que é o revestimento castanha, que é a semente.
externo do fruto; mesocarpo, que é a camada intermediária; endocarpo, que
corresponde à camada mais interna, que fica em contato com a semente. FRUTOS SEM SEMENTES
Em algumas espécies, o mesocarpo é carnoso e serve de alimento para Algumas vezes, o ovário se
animais. (Representação sem proporção de tamanho; cores-fantasia) desenvolve sem que tenha
ocorrido a fecundação. Como
Os frutos apresentam enorme variedade de formas e tipos. consequência, o fruto não contém
De modo geral, eles podem ser classificados em carnosos e sementes. É o caso da banana e
em secos. da laranja-baía, por exemplo.
Os frutos carnosos apresentam mesocarpo macio e sucu- comprimento: 15 cm
143
143
144
144
R
linha para cada uma das características
rstock.co m/ID/B
• papel-toalha
(cor, aroma, tamanho, presença de casca
• materiais opcionais: lupa de mão, recipiente com
rígida, textura, espinhos, entre outras).
água, máquina fotográfica, computador portátil
Sh utte
Sugira aos estudantes que incluam na
nori/
última linha da tabela o provável modo
leo
Como fazer de dispersão de cada fruto ou semente.
1 Formem grupos de três a cinco participantes. • Essa atividade prática promove a aprendi-
2 Obtenham diferentes frutos e sementes em feiras ou em zagem dos estudantes através do uso de
mercados. Se possível, coletem frutos de plantas ornamen- metodologias ativas de coleta e análise de
tais e de ervas daninhas. Mas atenção: certifique-se de que as plantas não amostras de frutos e sementes.
oferecem riscos à saúde. Para isso, consulte o professor. ATENÇÃO
Cuidado para PARA CONCLUIR
3 Elaborem uma tabela em que as características dos frutos e das sementes não se ferirem
serão analisadas. A tabela pode ser feita no caderno ou em uma planilha com a faca de RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
eletrônica. cozinha e com 1. Espera-se que os estudantes relacionem
o martelo.
4 Analisem o material, observando os seguintes aspectos: cor, aroma, tama- frutos carnosos e suculentos à ingestão
nho, presença de casca rígida, textura, espinhos, entre outros. por animais, por exemplo. Verifique se
as características atribuídas aos frutos
relacionam-se à forma de dispersão
sugerida pelos estudantes.
Responda sempre no caderno.
Para concluir 2. Caso julgue oportuno, registre as respos-
tas dos estudantes na lousa e discuta-as.
1. Com base na análise das amostras de plantas, foi possível reconhecer o modo
de dispersão delas (pelo vento, pela ingestão por animais, pela adesão ao corpo de 3. Os estudantes podem comentar que, ao
animais ou pela flutuação)? Resposta pessoal. ingerir os frutos, muitas vezes jogamos a
2. Os frutos podem ser classificados em duas categorias, de acordo com a consis- semente em locais que podem favorecer
tência. Pense em outros critérios que poderiam ser utilizados para classificá-los. Resposta variável. a germinação. Há situações também em
que as sementes ingeridas e elimina-
3. Que papel o ser humano pode desempenhar na dispersão de sementes? Resposta pessoal.
das com as fezes germinam. É possível
que eles mencionem que o descarte
de restos de frutos e sementes no lixo
145 pode ajudar a dispersão. Também pode
ser considerado o papel dispersor do ser
humano quanto às sementes utilizadas
18:45
DE OLHO NA BASE
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_138A145.indd 145 03/05/22 18:45 na jardinagem e agricultura.
145
kudla/Shutterstock.com/ID/BR
Dario Sabljak/Shutterstock.com/ID/BR
altura (fruto): 1,5 cm diâmetro: 20 cm
O vento é o responsável por dispersar os pequenos Devido à sua estrutura fibrosa e ao seu centro oco, o
frutos do dente-de-leão (Taraxacum officinale). fruto do coqueiro-da-baía (Cocos nucifera) é menos
denso que a água e pode flutuar.
Frutos carnosos, como o sapoti (Manilkara zapota), atraem O carrapicho (gênero Cenchrus) tem pequenos ganchos
diversos animais, como os tucanos (Ramphastos toco). As que grudam nos pelos ou nas penas dos animais e nas
sementes são eliminadas com as fezes do animal. roupas.
146
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U06_C3_146A154.indd 146 realizou centenas de expedições a campo no Dis- 03/05/22 18:50 GA_C
146
Denis Pogostin/Shutterstock.com/ID/BR
eixo principal, e as nervuras das folhas – prolongamentos dos que evidenciam as principais diferen-
vasos condutores de seiva – que são dispostas paralelamente ças entre monocotiledôneas e eudico-
umas às outras. As partes das flores, como as pétalas e os esta- tiledôneas. Peça a eles que façam um
mes, costumam ocorrer em múltiplos de três. desenho esquemático da folha, da raiz
Cerca de 60 mil espécies de monocotiledôneas já foram des- ou da flor, de forma que fique evidente
critas. Entre as mais conhecidas, estão o milho, a cebola, o ar- a característica que permite classificar a
roz, a banana, o lírio e as orquídeas. angiosperma em determinado grupo.
Del Boy/Shutterstock.com/ID/BR
As nervuras paralelas são típicas A flor-tigre (gênero Tigridia) tem É possível perceber as raízes
das monocotiledôneas. suas partes florais em múltiplos fasciculadas na cebola (gênero
de três. Allium).
Eudicotiledôneas
Nas eudicotiledôneas, as sementes têm dois cotilédones. As
comprimento (raiz): 30 cm
Folhas de hortelã (gênero Menta) O hibisco (gênero Hibiscus) tem Raiz axial do dente-de-leão
com nervuras ramificadas. partes florais em múltiplos de cinco. (Taraxacum officinale).
147
147
Reinaldo Vignati/ID/BR
2. O pinheiro-do-paraná tem caule lenho- II
so, que é comum nas gimnospermas. Característica Gimnospermas Angiospermas III
As pinhas correspondem aos estróbilos
Tipo de ciclo de vida alternante
femininos, estruturas reprodutoras ex- alternante
clusivas desse grupo. Os estudantes Fase duradoura do ciclo
esporofítica esporofítica a) semente.
podem utilizar a tabela da atividade 1 Local da planta onde a) O pinhão corresponde a qual estrutura?
para auxiliá-los nesta atividade. ocorre a fase gametofítica
estróbilos flores b) Identifique e descreva a função das estru-
3. b) I – casca da semente, que tem função Produz sementes? turas I, II e III. Veja resposta em Respostas e
sim sim comentários.
protetora; II – embrião, que dá origem à Produz frutos? 4. Algumas flores têm apenas os órgãos femini-
planta jovem, caso a semente germine; não sim
nos, enquanto outras, somente os masculi-
III – reserva nutritiva, que sustenta a Agentes polinizadores
vento vento, animais, água nos. Há, ainda, flores completas, ou seja, que
planta jovem durante a fase inicial do Presença de vasos apresentam órgãos femininos e masculinos.
desenvolvimento. condutores de seiva
sim sim Observe a imagem a seguir, que representa
Aproveite a atividade para propor aos Exemplos * uma flor, e faça o que se pede.
estudantes uma pesquisa sobre a impor- *Veja resposta em Respostas e comentários. III
2. Observe as imagens a seguir, que mostram I
tância do pinhão para a fauna brasileira. pinheiros-do-paraná e pinhas que caíram II VII
4. b) Sim. A flor tem tanto as partes mas- dessas árvores.
Bruno Badain/ID/BR
culinas quanto as partes femininas. IV
Luliia Timofeeva/Shutterstock.com/ID/BR
altura: até 50 m V
c) O androceu corresponde às partes
masculinas da flor e é formado pelo
VI
conjunto de estames. Cada estame é
formado por antera e filete. a) Identifique as estruturas numeradas de
d) O gineceu corresponde às partes fe- I a VII. I – antera; II – filete; III – estigma; IV – óvulo;
V – ovário; VI – sépala; VII – pétala.
mininas da flor e é formado pelo conjun- b) A flor representada na imagem é comple-
to de carpelos. Cada carpelo é formado ta? Justifique.
por óvulo, ovário e estigma. c) Qual é o órgão masculino da flor? Quais es-
truturas da imagem o compõem?
Caso julgue oportuno, apresente aos
diâmetro: 20 cm d) Qual é o órgão feminino da flor? Quais es-
148
149
149
150
151
espécie humana na Terra, implicam […]: tura morta, rotação de culturas e cultivos
1. Uso da adubação verde com uso de legumi- protegidos para controle da luminosidade,
nosas fixadoras de nitrogênio atmosférico; temperatura, umidade, pluviosidade e in-
2. Adubação orgânica com uso de composta- tempéries;
gem da matéria orgânica, que pela fermen- 5. Uso racional da água de irrigação[,] seja
tação elimina microrganismos como fungos por gotejamento […] [, seja por outras] téc-
e bactérias, eventualmente existentes em nicas econômicas de água contextualizadas
estercos de origem animal, desde que pro- […] [à] realidade local de topografia, cli-
venientes da própria região; ma, variação climática e hábitos culturais
3. Minhocultura, geradora de húmus com dife- de sua população.
rentes graus de fertilidade; manejo mínimo e O que é agricultura orgânica? Associação de
adequado do solo com plantio direto, curvas Agricultura Orgânica. Disponível em: http://aao.org.br/
de níveis e outras [práticas] para assegurar aao/agricultura-organica.php. Acesso em:
sua estrutura, fertilidade e porosidade; 16 fev. 2022.
151
Christa Knijff/Alamy/Fotoarena
Reforce que os órgãos vegetais só são os órgãos representados no desenho.
considerados verdadeiros quando apre- • Explique por que se considera que as pte-
sentam esses vasos. ridófitas, as gimnospermas e as angios-
permas apresentam órgãos verdadeiros e
2. a) Nesses grupos de plantas, os ga-
as algas e as briófitas não.
metófitos desenvolvem-se como or- Veja resposta em Respostas e comentários.
ganismos de vida livre – por exemplo, o 2. Reveja as características dos grupos estuda-
diâmetro da flor: 4 cm
musgo e o protalo das samambaias –, dos nesta unidade, considerando os mecanis-
mos reprodutivos que se desenvolveram em
e os gametas masculinos precisam de Abelha visitando flor de amendoeira (Prunus sp.).
cada um, e responda: a) e b) Veja respostas em
água para se deslocar. Respostas e comentários.
a) Quais estruturas reprodutivas podem ser
a) Por que as briófitas e as pteridófitas são mui-
b) Nessas plantas, os gametófitos de- to dependentes da água para a reprodução? identificadas na foto? A flor e o fruto da
amendoeira.
senvolvem-se no interior de estruturas b) Por que, embora as gimnospermas e as b) Além dos animais, a água e o vento tam-
presas ao esporófito e dele retiram as angiospermas também apresentem ciclo bém ajudam a polinizar as flores. Explique
substâncias de que necessitam. Os alternante, nelas o gameta masculino in- a vantagem da polinização por animais na
depende da água para alcançar o gameta formação de frutos e de sementes.
grãos de pólen são transportados pelo
vento, por animais – como é o caso de feminino e fecundá-lo? c) Imagine que uma espécie de abelha apre-
sente peças bucais especializadas para su-
muitas angiospermas – e, em alguns 3. As fotos (A) e (B) mostram, respectivamente,
gar o néctar de uma única espécie de plan-
casos, pela água. Tanto nas gimnos- duas plantas que são comumente confundi-
ta. O que aconteceria com essa espécie de
permas como nas angiospermas, os ga- das: as cicas, que são gimnospermas, e as
abelha, se essa planta fosse extinta?
metas masculinos migram até os samambaiaçus, que são pteridófitas. A foto b) e c) Veja respostas em Respostas e comentários.
(C) retrata uma estrutura reprodutiva das ci- 5. A gralha-azul e as araucárias são dois símbo-
gametas femininos por meio do tubo cas e a foto (D), estruturas presentes nas fo- los do estado do Paraná. A ave é conhecida
polínico, portanto não precisam de água lhas das samambaiaçus. por coletar pinhões; quando não os consome
no ambiente para se deslocar. imediatamente, costuma enterrá-los, como
A
3. As samambaiaçus formam soros na B se quisesse estocar alimento para mais tarde.
RF Company/Alamy/Fotoarena
152
Solodova Eva/
Shutterstock.com/ID/BR sários para se alimentar […], a agricultura se ponde à raiz A. Selecione imagens de
beneficia da polinização que amplia sua produ- novas folhas e raízes e certifique-se de
tividade e garante frutos com mais qualidade e, que todos os estudantes reconhecem
consequentemente, maior valor de mercado. essas características.
O desenvolvimento da agricultura, com a
Folha I. Folha II.
consequente ampliação da área cultivada e
7. Polinização, que estaria entre as etapas de
diminuição das áreas de mata nativa, o cresci- desenvolvimento de flores e de formação
de sementes e frutos. Explore o esquema
Photology1971/Alamy/Fotoarena
Visuals Unlimited/
Nature PL/Fotoarena
153
Nelson Provazi/ID/BR
154
154
UNIDADE 7
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Reprodução em invertebrados
• Reconhecer aspectos da reprodução de esponjas, cnidários, platelmintos, nematódeos, moluscos,
anelídeos, aracnídeos, insetos, crustáceos e equinodermos.
• Desenvolver um índice de risco de exposição a parasitas humanos, a fim de avaliar a situação, em
relação a esses riscos, do bairro em que se localiza a escola.
• Reconhecer a criatividade como elemento importante para a solução de problemas.
• Compreender que o conhecimento científico é passível de mudanças e que questionamentos sobre a
natureza podem levar a descobertas que refutem ou alterem teorias já estabelecidas.
Capítulo 2 – Reprodução em vertebrados
• Reconhecer aspectos da reprodução de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
• Compreender o que é cuidado parental e conhecer alguns exemplos de animais que se comportam
dessa maneira.
JUSTIFICATIVA
A Terra abriga enorme diversidade de animais, classificados pelo ser humano em variados gru-
pos. Uma das formas de se compreender tamanha diversidade é conhecer os meios pelos quais
os animais se reproduzem, percebendo que é por meio da reprodução que a vida se mantém e as
espécies evoluem ao longo do tempo.
Entretanto, embora a reprodução tenha como consequência a geração de novos indivíduos, os
processos fisiológicos e comportamentais podem ser distintos e variar bastante entre os grupos e
as espécies. Há animais que geram dezenas de descendentes, há aqueles que são capazes de se
reproduzir mesmo na ausência de um parceiro sexual, há espécies que geram poucos filhotes, mas
se dedicam unicamente a eles durante longos períodos de tempo, entre outros, como será visto nos
capítulos desta unidade.
Desse modo, o capítulo 1 destaca a importância do entendimento dos tipos de reprodução de gru-
pos de animais invertebrados, pois, embora a maioria dos representantes desse grupo tenha relações
positivas com o ser humano, há espécies que podem causar prejuízos, como é o caso das espécies
causadoras de verminoses. Nesse sentido, compreender o ciclo de vida desses organismos possibilita
aos estudantes identificar e propor soluções de problemas, ao mesmo tempo que reforça o papel da
criatividade nesse processo.
O capítulo 2, por sua vez, aborda as formas de reprodução de grupos de vertebrados, além de tratar
da questão relevante do cuidado parental, comportamento que evoluiu em diversos animais, incluindo
os mamíferos, grupo ao qual pertencem os seres humanos.
SOBRE A UNIDADE
Esta unidade aborda e compara os modos de reprodução animal em diferentes grupos de inver-
tebrados e vertebrados, desenvolvendo a habilidade EF08CI07, bem como os objetivos e a justifica-
tiva previamente citados.
O capítulo 1 enfoca a reprodução de invertebrados, além de promover uma prática sobre vermi-
noses. Já o capítulo 2 aborda os modos de reprodução dos vertebrados, caracterizando as estrutu-
ras reprodutivas e relacionando-as com as adaptações ao ambiente em que esses animais vivem.
155 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – REPRODUÇÃO EM INVERTEBRADOS
• Aspectos da reprodução de: PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF08CI07) (CGEB2) Saúde
esponjas; Avaliando o risco (CGEB4)
cnidários; de exposição a (CGEB5)
verminoses
platelmintos e nematódeos; (CGEB7)
moluscos; BOXE VALOR
(CECN1)
Criatividade no
anelídeos; (CECN2)
combate à dengue
aracnídeos; (CECN3)
insetos; CIÊNCIA DINÂMICA
A importância (CECN4)
crustáceos;
das evidências (CECN5)
equinodermos. experimentais (CECN6)
(CECN7)
(CECN8)
155 B
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2
Reprodução em Reprodução em
invertebrados vertebrados
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se recordem de exemplos de fecundação interna e de fecundação externa
em suas respostas. Tanto essa questão quanto as demais questões dessa seção possibilitam conduzir uma avaliação inicial e
motivar a turma no estudo do tema desta unidade.
155
155
156
Marek MIS/SPL/Fotoarena
• Questione os estudantes se todos os
animais aquáticos se desenvolvem e se
reproduzem da mesma maneira. Atente
para as respostas dadas, utilizando-as,
se possível, para instigar a curiosidade
deles em relação ao assunto.
157
157
NO CAPÍTULO
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
1 REPRODUÇÃO EM
INVERTEBRADOS
e evolutivos.
diâmetro: 1,6 m
Michael Patrick O’Neill/Science Source/Fotoarena
158
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 158 doenças infecciosas, o câncer ou até mesmo 28/04/22 12:46 GA_C
158
colônia de pólipos
madura
Ciclo de vida de um cnidário com alternância de gerações. Na fase de pólipo, fixação da larva no
ocorre a reprodução assexuada; na fase de medusa, ocorre a reprodução substrato
sexuada. (Representação sem proporção de tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa: Peter H. Raven; George B. Johnson. Biology (tradução nossa:
Biologia). 6. ed. Boston: McGraw Hill, 2002. p. 888.
159
159
160
160
161
R
to ck.c o m/ID/B
dação cruzada em espécies hermafroditas. hermafroditas. A diversidade de modos de reprodução reflete a
• Oriente os estudantes a explorar o es- variedade de hábitats desses animais.
utters
quema de reprodução das minhocas e Nas espécies aquáticas, a fecundação pode ser externa. O
/S h
pix
pergunte se esses animais são ovíparos ambiente aquático possibilita que os espermatozoides nadem
cb
ou ovovivíparos, pedindo que justifiquem comprimento: 4 cm até os óvulos. Nas espécies terrestres, a fecundação é interna,
suas respostas. pois o meio dificulta a sobrevivência dos gametas e o desloca-
• Discuta com os estudantes a importância Lesmas-do-mar (Hypselodoris mento dos espermatozoides. O desenvolvimento pode ser dire-
bullocki) copulando. Esses
das minhocas para a aeração do solo e a organismos são hermafroditas. to ou incluir uma fase larval.
fertilização natural na produção agrícola. O mesmo animal pode produzir
óvulos e espermatozoides, no
• Comente que os cientistas que estudam o entanto, os órgãos reprodutores ANELÍDEOS
comportamento animal costumam coletar impedem a autofecundação.
Os anelídeos são animais com o corpo segmentado em
espécies, analisar dados de comportamen- anéis, como as minhocas, as sanguessugas e os poliquetos.
to e repetir observações e experimentos A forma de reprodução varia dependendo do grupo. A maioria
em condições isoladas, em busca de evi- dos poliquetos apresenta sexos separados, com fecundação
dências, produzindo o conhecimento sobre externa e desenvolvimento indireto: do zigoto surge uma lar-
os modos reprodutivos desses animais. va ciliada, microscópica e capaz de nadar livremente.
As minhocas e as sanguessugas têm uma estrutura repro-
DE OLHO NA BASE dutiva chamada clitelo, formada pela fusão de anéis na região
O conteúdo das páginas 162 e 163 anterior do corpo. As minhocas são hermafroditas, e sua repro-
promove a habilidade EF08CI07, no dução ocorre por fecundação cruzada, na qual dois indivíduos se
que diz respeito a moluscos, anelídeos, unem pelas regiões anteriores, em sentidos opostos, e trocam
aracnídeos e insetos. Também promo- espermatozoides entre si.
ve as competências específicas 2 e 3 espermatozoides vesículas seminais
clitelo ovário
(compreender conceitos fundamentais espermatozoides casulo de muco
das Ciências das Natureza, de modo a
Ilustrações: Studio
Caparroz/ID/BR
sentir segurança no debate de questões
científicas, tecnológicas e socioambien- óvulos
tais, e compreender características e 1 Na cópula, os espermatozoides 2 Após a cópula, o clitelo produz um 3 Os espermatozoides são
processos do mundo natural, social de uma minhoca, armazenados casulo de muco, que se desprende liberados no casulo de
em bolsas chamadas vesículas do clitelo e desliza pelo corpo do muco e, então, ocorre a
e tecnológico). O boxe Valor, na pági- seminais, são transferidos para animal. Os óvulos são liberados no fecundação.
na 163, desenvolve as competências outra minhoca. interior desse casulo.
geral 7 e específicas 5 e 8 (promover
a consciência socioambiental), além ovos casulo com ovos jovens
162
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 162 caram que o composto heparán sulfato, presente 28/04/22 12:46 GA_C
Estudo avalia se substância contida em na massa visceral das vieiras, tem potencial para
ajudar na prevenção das metástases, processo em
vieiras pode combater metástases
que as células cancerosas se espalham pelo corpo
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio
e formam novos tumores.
de Janeiro (UFRJ), da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (Uerj), do Instituto Senai de Ino- […]
vação em Biossintéticos e Fibras investigam se Pavão ressalta que, no caminho que o possível
um composto presente em vieiras pode ser usado novo medicamento pode trilhar até estar disponí-
no combate a metástases. vel nas farmácias, o próximo passo são mais testes
Com financiamento do Ministério da Saúde, com animais e, ainda, experimentos com seres hu-
a pesquisa conseguiu estabelecer uma cadeia manos, que precisam ser autorizados pela Agência
de produção do molusco – parente das ostras e Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e realiza-
mexilhões – e uma unidade produtiva piloto para dos por uma instituição credenciada pela agência.
isolar a substância. A próxima etapa é a realização […]
de testes pré-clínicos e clínicos para confirmar a
lisboa, Vinícius. Estudo avalia se substância contida
segurança e a eficácia do medicamento proposto em vieiras pode combater metástases. Agência Brasil,
em animais e seres humanos. 15 fev. 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.
Segundo o professor do Instituto de Bioquími- com.br/saude/noticia/2022-02/estudo-avalia-se-
ca Médica da UFRJ Mauro Pavão, testes feitos substancia-contida-em-vieiras-pode-combater-
em laboratório com ratos e camundongos indi- metastase. Acesso em: 17 fev. 2022.
162
Ilustrações: Studio
Caparroz/ID/BR
ajudar no desenvolvimento
de soluções para o combate à • Traga imagens ou sugira aos estudantes
Direto
163
12:46 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 163 de alimento, surgimento de predadores ou11:29
06/05/22
163
Gerd Guenther/SPL/Fotoarena
• Informe aos estudantes que tais animais especialmente da Região Sul.
Informações: https://www.univali.
são capazes de se regenerar e relembre br/institucional/museu-
ovos
164
164
165
166
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C1_155A167.indd 166 alunos exigindo fidelidade e significados já com- 28/04/22 12:46 GA_C
166
167
167
NO CAPÍTULO
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
2 REPRODUÇÃO EM
VERTEBRADOS
e evolutivos.
George Bernard/SPL/Fotoarena
peixes na época da piracema. O texto
da seção (In)formação, nesta página do
manual, traz mais informações sobre
esse fenômeno.
• O estudo das diferentes formas de repro-
dução nos vertebrados serve de subsídio
para desenvolver a habilidade EF08CI07
na unidade 8.
168
Fabio Eugenio/ID/BR
competição por alimentos entre adultos
e jovens.
• Comente ainda que os anuros machos
vocalizam para atrair fêmeas para
o acasalamento.
• O boxe Para explorar desta página do Livro
do Estudante promove o protagonismo dos
estudantes, ao incentivar a busca por
A fêmea expele os conhecimento de forma autônoma, em
óvulos imersos em
uma massa gelatinosa.
fonte de informação fora dos limites do
Os pulmões se
desenvolvem e livro didático.
a cauda regride. À medida que os óvulos são
expelidos, o macho elimina
espermatozoides que
fertilizam esses óvulos.
Formam-se os ovos.
Surgem
as pernas.
Os ovos eclodem,
e os girinos são
Os girinos se
liberados.
desenvolvem.
169
12:48 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U07_C2_168A176.indd 169 escolhe o macho que coaxa mais intensamente
28/04/22 12:49 para caçar suas presas, por exemplo, sem estar no
ou aquele mais insistente. O coaxar de algumas ponto de desova, o macho não desperdiça a opor-
Por que os anfíbios coaxam?
espécies é bastante intenso, chegando a doer os tunidade de abraçá-la (posição de amplexo) e não
O objetivo do coaxar é atrair um parceiro para ouvidos […] [de quem] chegar muito próximo. a soltar mais, até que fique pronta para desovar, o
o acasalamento. Somente os machos coaxam – as Há espécies com coaxar tão baixo que só é audí- que pode demorar mais de duas semanas.
fêmeas são mudas. Algumas espécies apresentam vel a um ou dois metros de distância. O coaxar
dois coaxares diferentes: um de propaganda (ou Biologia dos anfíbios. Instituto Rã-Bugio para Conser-
nupcial e o acasalamento, geralmente, são reali- vação da Biodiversidade. Disponível em: http://www.
nupcial) para atrair uma fêmea; [e] outro para ad-
zados à noite, mas, em algumas espécies, podem ra-bugio.org.br/anfibios_sobre_03.php.
vertir um macho rival, no caso [de ele] coaxar ou Acesso em: 2 mar. 2022.
ocorrer durante o dia.
estar muito próximo.
A competição por uma fêmea é tão grande em
O coaxar de propaganda, o som mais comum
algumas espécies que os machos defendem, com
de ser ouvido, é executado pelos machos, próxi-
vigor, o território ao seu redor, em um raio de um
mo do local apropriado para reprodução […].
ou dois metros. Se outro macho invadir esse terri-
[…] tório e começar a coaxar, o dono do território emi-
[…] sapos e rãs coaxam na beira das lagoas, te um coaxar de advertência. Se o intruso insistir
no chão ou na água, às vezes escondidos no meio em permanecer, poderá haver luta corporal pela
da vegetação. Eles, normalmente, coaxam e se disputa do território. No caso do sapo-comum
reproduzem no local onde nasceram. A fêmea (Bufo ictericus), se uma fêmea passar por perto
169
Reinaldo Vignati/ID/BR
que o embrião desidrate e permite
2022). Ressalte a necessidade da cons- trocas gasosas com o ambiente. casca
ciência socioambiental relativa à conser- (Representação sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.)
vação de espécies em risco de extinção.
Fonte de pesquisa: Jane B. Reece e
outros. Biologia de Campbell.
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 729.
DE OLHO NA BASE
O conteúdo das páginas 170 e 171 dá Os répteis exibem comportamentos específicos para o aca-
prosseguimento à promoção do processo comprimento: 60 cm
Pete Oxford/Nature PL/Fotoarena
170
vários anos, migrando passivamente pelo oceano. A época de desova é regida principalmente
Da terra para o mar, do mar para a terra
[…] pela temperatura, ocorrendo nos períodos mais
As tartarugas marinhas apresentam um ciclo
de vida complexo, utilizando diferentes ambien- Algumas espécies podem permanecer no am- quentes do ano. No litoral brasileiro, acontece
tes ao longo da vida, o que implica mudança de biente pelágico [zonas de mar aberto] por toda entre setembro e março, com variação entre as
hábitos. Embora sejam marinhas, utilizam o am- a vida, como a tartaruga-de-couro (Dermochelys espécies. […]
biente terrestre (praia) para desova, garantindo o coriacea). Outras migram para regiões costeiras Tartarugas marinhas: ciclo de vida. Projeto Tamar.
local adequado à incubação dos ovos e [a]o nas- ou insulares, na fase juvenil, passando a se ali- Disponível em: http://www.tamar.org.br/interna.php?
mentar de organismos bentônicos. cod=90. Acesso em: 2 mar. 2022.
cimento dos filhotes.
Ao nascerem, as tartaruguinhas rumam ime- Embora espécies como a tartaruga-oliva
diatamente para o alto-mar. […] [, onde] atingem (Lepidochelys olivacea) […] atinjam a maturidade
zonas de convergência de correntes que formam sexual por volta de 15 anos, as demais só se tor-
grandes aglomerados de algas […] e matéria nam adultas entre os 20 e 30 anos. Nesta fase, re-
orgânica flutuante. Nestas áreas, que formam um sidem em suas áreas de alimentação preferenciais,
verdadeiro ecossistema, os filhotes encontram de onde saem apenas na época da reprodução,
170
A B
comprimento (adulto): 1,2 m comprimento (adulto): 70 cm
Rockymiles/Alamy/Fotoarena
171
171
Aldona Griskeviciene/
Shutterstock.com/ID/BR
cordão
Os mamíferos são divididos em três gru-
exemplo a gestação dos seres humanos. umbilical pos: os placentários, os marsupiais e os mo-
Chame a atenção para o útero, onde fica notremados.
o bebê. Se julgar pertinente, retome o
• Placentários – nesses animais, o embrião
conceito de viviparidade, abordado no
se desenvolve no útero materno. A placenta
início do capítulo. âmnio
é bem desenvolvida. O período de gestação é
• Enfatize que há marsupiais no Brasil, relativamente longo. É possível estabelecer
como o gambá. É comum que os estu- uma relação entre o período de gestação e
cavidade
dantes reconheçam como marsupiais do útero o tamanho do animal: em ratos dura 21 dias;
apenas o canguru e o coala, mamíferos
em cães e gatos, 60 dias; e em elefantes, 22
australianos. Nos mamíferos placentários, como meses. No útero, o embrião é envolvido pelo
• Explique aos estudantes que a gestação os seres humanos, o embrião
âmnio e liga-se à placenta pelo cordão umbilical.
se desenvolve no útero materno e se
dos marsupiais é rápida e que os filhotes liga à placenta pelo cordão umbilical. • Marsupiais – nos animais desse grupo, o embrião tam-
precisam completar o desenvolvimento (Representação sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.) bém se desenvolve no útero materno. A placenta, pouco
no marsúpio.
Fonte de pesquisa: Luiz C. Junqueira; José desenvolvida, transfere nutrientes da mãe para o embrião.
• Ao tratar dos monotremados, destaque aos Carneiro. Histologia básica. 12. ed. Rio de A gestação é curta, e logo os embriões migram do útero
estudantes que esses animais são ovíparos, Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 442.
para a bolsa marsupial, onde completam o desenvolvi-
assim como as aves e os répteis. Explique- mento embrionário. O período marsupial é mais longo que
-lhes que as características dos ornitorrincos o período de desenvolvimento intrauterino.
sugerem que o grupo dos monotremados é altura: 90 cm
Artush/Shutterstock.com/ID/BR
Martin Pelanek/Shutterstock.com/ID/BR
Worldswildlifewonders/Shutterstock.com/
ID/BR
desenvolve a habilidade EF08CI07, no
contexto dos mamíferos. Também pro-
move as competências específicas de
Ciências da Natureza 2 e 3.
172
[nem] sequer tinham a forma que têm hoje. Os patas dianteiras fortes o suficiente para se arras-
De barriga cheia tarem até as tetas, que ficam dentro do marsúpio.
primeiros marsupiais apareceram num enorme
Qual é a semelhança entre gambás, cangurus, bloco de terra que depois daria origem à América É lá, na bolsa, que vão completar seu desenvolvi-
coalas e diabos-da-tasmânia? […] Além de os do Sul e à Oceania. É por isso que há tantos mar- mento inicial por mais 63 dias. Depois disso, eles
quatro serem mamíferos, há mais uma coisa em saem do marsúpio, mas ainda ficam um tempo
supiais nesses dois continentes, apesar da distân-
comum. Uma dica: a semelhança está bem de- agarrando-se ao pelo da mãe.
baixo do nariz… Na barriga! cia que existe hoje entre eles.
[…]
É que as fêmeas desses animais têm bolsas […]
De barriga cheia. Ciência Hoje das Crianças, 19 jun.
nas barrigas. […] são bolsas naturais. Os cien- Atualmente, os descendentes dos antigos 2014. Disponível em: http://chc.org.br/acervo/de-
tistas as chamam de marsúpios, o que faz com marsupiais têm, além da bolsa na barriga, mais barriga-cheia/. Acesso em: 2 mar. 2022.
que gambás, cangurus, coalas e diabos-da-tasmâ- algumas semelhanças. Uma delas é a gestação
nia (e cuícas também!) sejam conhecidos como dos filhotes, que costuma ser curta. Para as
marsupiais. Suas bolsas servem para carregar os espécies do continente sul-americano, a mé-
filhotes recém-nascidos enquanto eles não têm
dia é de apenas 13 dias – muito menos que os
capacidade de andar por aí sozinhos.
270 dias necessários para nós, humanos. Ao nas-
Os marsupiais são mais antigos do que se ima- cerem, os filhotes de marsupiais são tão peque-
gina. Para se ter uma ideia, quando eles surgi- nos que têm o tamanho de uma abelha!
172
Bruno Badain/ID/BR
é a função dessa bolsa?
e) Nessa espécie, as fêmeas produzem mais c) O saco um ou mais exemplos de caracterís-
de 1 milhão de ovos em seu ciclo reprodu- vitelínico ticas, relacionadas à reprodução, que
armazena os diferencie.
tivo. Que vantagens o grande número de substâncias
ovos produzidos pode conferir à espécie? usadas para 4. a) Solicite aos estudantes que repre-
nutrir o
2. As imagens a seguir mostram diferentes es- embrião. sentem esquematicamente, de forma
tágios do ciclo de vida de um anfíbio. Observe- semelhante ao esquema do ovo, um
-os e, depois, responda às questões. a) Identifique as estruturas identificadas pe- embrião se desenvolvendo no útero.
los números de 1 a 4. Ao final, peça a eles que identifiquem
Fotografias: Jelger Herder/Buiten-
beeld/ Minden Pictures/Fotoarena
A B
173
174
175
176
176
UNIDADE 8
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Adolescência e sistema genital
• Conhecer e reconhecer as mudanças pelas quais os jovens passam na adolescência e na puberdade.
• Coletar, organizar e analisar dados de entrevistas sobre as características vinculadas à adolescência.
• Identificar estruturas e características dos sistemas genitais masculino e feminino.
• Compreender o processo do ciclo menstrual.
Capítulo 2 – Reprodução
• Compreender como ocorrem a fecundação, a gravidez e o parto em seres humanos.
• Identificar as etapas de desenvolvimento do feto durante a gestação.
• Reconhecer a necessidade de amparo às gestantes em estado de vulnerabilidade.
• Distinguir parto normal de cesariana, reconhecendo os benefícios do parto normal.
• Compreender as mudanças em relação ao parto e ao cuidado com as gestantes ao longo do tempo.
JUSTIFICATIVA
O corpo humano passa por muitas mudanças, desde o momento do nascimento até os últimos dias
de vida. Durante esse processo, são afetados não apenas aspectos anatômicos e fisiológicos, mas
também comportamentais, ocorrem aprendizagens diversas e elementos culturais são incorporados.
Entre as diversas etapas que fazem parte do ciclo de vida dos seres humanos, duas delas são parti-
cularmente mais percebidas – a adolescência e a reprodução –, por envolverem bruscas modificações
fisiológicas, de comportamento, de eventos de autoconhecimento, entre outras.
Nesse sentido, os objetivos do capítulo 1 têm como foco a importância de se conhecer as alterações
físicas e comportamentais que ocorrem durante a adolescência, pois esse conhecimento é fundamen-
tal para que meninos e meninas aprendam a lidar com essas alterações e a entender o próprio corpo.
No capítulo 2, os objetivos destacam alguns dos principais aspectos relacionados à reprodução huma-
na, reforçam o trabalho com a empatia no cuidado com as gestantes em situação vulnerável e ainda
promovem o conhecimento dos estudantes a respeito do parto e do cuidado com as gestantes ao longo
da história.
SOBRE A UNIDADE
A adolescência é uma fase de grandes mudanças, sobretudo na idade em que os estudantes geral-
mente estão cursando o 8o ano do Ensino Fundamental. Na puberdade, o corpo de meninos e meni-
nas passa por modificações significativas, em particular aquelas relacionadas ao desenvolvimento das
características sexuais secundárias, relacionadas à reprodução. Adolescência e sistema genital são
os temas abordados no capítulo 1. Nesse momento, é fundamental mobilizar os conhecimentos dos
estudantes sobre as alterações que estão ocorrendo no próprio corpo, tendo em mente que elas podem
se manifestar em tempos diferentes para cada pessoa. Nesse sentido, o capítulo promove a habilidade
EF08CI08 e desenvolve o trabalho com os objetivos e a justificativa anteriormente mencionados. Em
geral, os estudantes trazem para a sala de aula conteúdos adquiridos em leituras ou vistos na tele-
visão, que podem ser utilizados ao se promover uma discussão sobre os relatos deles. O capítulo 2,
por sua vez, trata desde a gravidez até o parto. São abordadas a fecundação, a nidação, o desen-
volvimento do bebê e as mudanças que ocorrem no corpo da mãe e do bebê. Também é importante
conversar sobre as mudanças na vida pessoal tanto da mãe quanto do pai. Quanto às competências, a
unidade promove as competências gerais da Educação Básica 2, 5, 8 e 9 e as competências específicas
de Ciências da Natureza 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, em especial aquelas que tratam do autoconhecimento, da
177 A
MAPA DA UNIDADE
CONTEÚDOS BOXES/SEÇÕES ESPECIAIS HABILIDADES COMPETÊNCIAS TCTs
CAPÍTULO 1 – ADOLESCÊNCIA E SISTEMA GENITAL
• Adolescência PRÁTICAS DE CIÊNCIAS (EF08CI08) (CGEB2) Vida familiar e
• Puberdade O que é (CGEB5) social
• Sistema genital masculino adolescência? (CGEB8)
• Sistema genital feminino (CGEB9)
(CECN2)
(CECN3)
(CECN5)
(CECN6)
(CGEN7)
CAPÍTULO 2 – REPRODUÇÃO
• Gravidez BOXE VALOR (CGEB5) Saúde
• Fecundação Amparo a gestantes (CGEB8)
• Fixação do embrião em situações (CGEB9)
• Desenvolvimento do futuro bebê desfavoráveis
(CECN1)
• Gravidez múltipla CIÊNCIA DINÂMICA
(CECN2)
• Parto A assistência ao parto
ao longo do tempo (CECN3)
(CECN4)
(CECN5)
(CECN7)
(CECN8)
177 B
REPRODUÇÃO HUMANA
tes às questões desta seção para levantar
alguns conhecimentos prévios deles e
iniciar o planejamento das aulas, consi-
derando as principais dúvidas da turma.
• Procure tratar do tema desta unidade com
naturalidade e segurança, para ajudar os
estudantes mais constrangidos a lidarem
Muitas mudanças ocorrem com o ser humano durante a bem com um conteúdo que é tão impor-
adolescência. O corpo muda e o modo de ver a vida também. tante na adolescência.
1. Crescimento em altura e crescimento de pelos nas axilas e na região pubiana em ambos os sexos, desenvolvimento
das mamas e alargamento dos ossos dos quadris nas meninas e engrossamento da voz e alargamento dos ombros nos
meninos, entre outras mudanças. Com a chegada à adolescência, a pessoa também pode começar a ter interesse pela
sexualidade e pensamentos voltados para aspectos da vida adulta.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2
Adolescência e Reprodução
sistema genital
2. Respostas pessoais. É possível que alguns estudantes sintam-se constrangidos ao falar sobre as transformações
pelas quais podem estar passando; por isso, evite criar situações em que tenham de se expor. Aproveite para explicar
que as mudanças, tanto físicas como emocionais, são fenômenos naturais e ocorrem com todos os adolescentes.
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Durante a adolescência, que mudanças ocorrem no corpo e no modo de
perceber o mundo?
2. Você já notou algumas dessas mudanças em seu corpo ou no modo como
percebe o mundo? Como você encara essas mudanças?
3. Como as mulheres engravidam? Como uma gravidez impacta a vida da futura
mãe e do futuro pai?
Por meio do ato sexual, quando o sêmen do homem é depositado no interior da vagina da mulher e ocorre o encontro entre o
espermatozoide e o ovócito secundário. Os impactos da gravidez variam muito de pessoa para pessoa, mas, em geral, ter um
bebê representa uma mudança brusca de vida. Aproveite essa e as demais questões da seção para realizar uma avaliação
inicial e levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o conteúdo de reprodução humana.
177
177
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C1_177A189.indd 178 xos, a questão econômica é relevante, porém não 06/05/22 10:15 GA_C
178
FG Trade/E+/Getty Images
A participação em
grupos sociais é uma
importante parte da
vida do adolescente.
179
179
NO CAPÍTULO
(EF08CI08) Analisar e explicar as transfor-
mações que ocorrem na puberdade consi-
derando a atuação dos hormônios sexuais
1 ADOLESCÊNCIA E
SISTEMA GENITAL
e do sistema nervoso. *Respostas variáveis. Os estudantes podem expressar diferentes opiniões, embora as mudanças corporais e
comportamentais ocorram de maneira particular em cada indivíduo.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA COMEÇAR ADOLESCÊNCIA
• Características como a rebeldia, o incon- A adolescência é uma fase A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a
formismo e outras consideradas típicas importante da vida. As vida adulta. Ela é marcada por mudanças no corpo, no compor-
da adolescência podem ser usadas para tamento e no modo de ver o mundo.
mudanças no corpo durante
potencializar ações dentro e fora do es-
essa fase ocorrem da mesma Em geral, a adolescência compreende o período entre os
paço escolar. Apresente aos estudantes
maneira para todos? 12 e os 18 anos de idade, mas o ritmo em que essas mudan-
desafios que mobilizem sua energia e seu
Como essas mudanças ças acontecem não é o mesmo para todos. Em alguns jovens,
gosto pela contestação, orientando-os a
elas ocorrem mais rapidamente; em outros, se dão mais de-
ações construtivas. preparam meninos e
vagar. Mais cedo ou mais tarde, no entanto, todos passarão
• Questione os estudantes sobre o que, em meninas para a vida adulta? *
por transformações.
geral, acontece com um(a) adolescente,
É comum o adolescente se sentir angustiado, com medo e
quando ele(a) apresenta comportamento
As mudanças ocorridas na ter sentimentos contraditórios. Nessa fase, o jovem reflete so-
diferente do esperado pela turma. Pro-
adolescência também estão bre sua personalidade e sobre sua identidade perante o mun-
blematize o tema, perguntando: “Há re- relacionadas com a cultura e
jeição na escola? Essa pessoa é menos com os grupos de convivência dos do. É comum surgirem questionamentos a respeito de como
valorizada que as outras?”. Aproveite
jovens, o que inclui família, amigos as coisas são e por que não são de outro modo. Em geral, nessa
e professores. Jovens das etnias
essas perguntas para relacioná-las com Aparai e Wayana durante uma
fase, surge também o interesse pela sexualidade.
festa na aldeia Bona, em Serra do
a questão de abertura de capítulo e, se Tumucumaque (PA). Foto de 2015.
considerar oportuno, utilize as respos-
tas deles como ponto de partida para o
planejamento das aulas desse tema. É
importante possibilitar aos estudantes
expôr suas ideias. Mostre como pode
ser desafiador assumir nossa verdadeira
personalidade perante um grupo social,
como os amigos, a família, etc.
• Se julgar pertinente, proponha aos estu-
dantes que façam uma pesquisa sobre os
ritos de passagem para a vida adulta que
ocorrem em diferentes culturas. Dessa
forma, eles poderão ter uma visão mais
ampla e diversificada da cultura juvenil.
DE OLHO NA BASE
180
Erika Onodera/ID/BR
tornam apto para a reprodução.
As estruturas que têm função reprodutora são as caracte- que citem aspectos que diferenciem a pu-
rísticas sexuais primárias, já as características sexuais secun-
berdade feminina da puberdade masculina.
dárias são aquelas não relacionadas ao sistema genital.
O corpo das meninas manifesta as primeiras transforma-
ções entre 8 e 13 anos de idade; nos meninos, elas ocorrem um
pouco mais tarde: entre 11 e 14 anos. Essas transformações no
corpo envolvem a produção de hormônios.
Em determinado momento, o hipotálamo, uma pequena re- A hipófise e o hipotálamo são
estruturas relacionadas morfológica
gião do cérebro, começa a produzir hormônios que chegam à hi- e funcionalmente. (Representação
pófise, ativando-a. A hipófise, entre outras funções, exerce con- sem proporção de tamanho; cores-
-fantasia.)
trole sobre outras glândulas. Ela produz hormônios que agem
Fonte de pesquisa: Gerard J. Tortora;
sobre os ovários e os testículos. Bryan Derrickson. Corpo humano:
fundamentos de anatomia e fisiologia.
Puberdade feminina 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 328.
181
17:29 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C1_177A189.indd 181 outras práticas para mitigar o sofrimento, 27/04/22
como17:29 sintomas como violência, segregação e bullying,
abuso de substâncias psicoativas, automutilação ficarão para trás no futuro que se aproxima”, afir-
Adolescência e saúde mental e até mesmo o suicídio. ma Christian Dunker, professor do Instituto de
A adolescência é um período de extrema vul-
E, infelizmente dados do Ministério da Saúde Psicologia da USP […].
nerabilidade e mudanças, o que impacta a saúde
publicados em 2019 confirmam a preocupação: Ao mesmo tempo, algumas das iniciativas que
mental dos jovens. Ao mesmo tempo, é também jovens de 15 a 29 anos de idade concentraram
muito propícia para a prevenção, uma vez que abordam essas brechas não se conectam às polí-
45,5% das ocorrências de autoagressões, au-
certos traços da identidade e personalidade ainda tomutilações e tentativas de suicídio de 2011 ticas públicas de forma clara, como o ensino das
não estão cristalizados. a 2018. […] artes e esportes. Mais do que um passatempo,
[…] muitas vezes essa fase é mal compreendi- elas devem oferecer um espaço para o desenvol-
[…]
da, o que contribui para a criação de estigmas e vimento socioemocional, estimulando a constru-
Nas escolas, a inclusão de novos elementos ção de disciplina, inteligência e cooperação. […]
para o negligenciamento dos cuidados assisten-
curriculares para [o] desenvolvimento de habi-
ciais psicológicos. […]
lidades socioemocionais requer que os próprios
[…] professores e as instituições recebam formação Adolescentes enfrentam falta de políticas consistentes
De acordo com o Unicef […], os agravos so- adequada para esse fim. […] sobre saúde mental. VivaBem UOL, 31 jul. 2021. Dis-
fridos pelos adolescentes podem comprometer “Escolas incapazes de escutar o sofrimento de ponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/
também a qualidade de vida, tendo em vista que sua comunidade, quando este dá mostras e sinais, redacao/2021/07/31/adolescentesenfrentam-falta-
é comum que os jovens não tenham ferramen- e que não desenvolvem políticas de saúde men- de-politicas-consistentes-sobre-saude-mental.htm.
tas para lidar com essas frustrações e recorram a tal abordando fatores estruturais de indução de Acesso em: 7 fev. 2022.
181
182
ras pelas quais os alunos enfrentam a violência a disseminar conteúdo violento, ofensivo e humi-
Adolescência e violência
dentro e ao redor da sala de aula. De acordo com lhante pressionando uma tecla.
Em todo o mundo metade dos estudantes os últimos dados disponíveis do Unicef:
entre 13 e 15 anos – cerca de 150 milhões de jovens […]
• Globalmente, um pouco mais de um em cada
– relatam ter experimentado violência entre colegas Para acabar com a violência nas escolas, o
três alunos entre 13 e 15 anos sofre bullying,
dentro e nos arredores da escola, de acordo com um Unicef e os parceiros pedem acções urgentes nas
e aproximadamente a mesma proporção está
novo relatório divulgado […] pelo Unicef. seguintes áreas:
envolvida em agressões físicas.
[…] • Três em cada 10 estudantes em 39 países desen- • Implementação de políticas e legislação para
volvidos admitem praticar o bullying com colegas. proteger os estudantes da violência nas escolas.
“Todos os dias, os estudantes enfrentam vários
perigos, incluindo agressões, pressão para partici- […] • Fortalecimento das medidas de prevenção e
par de gangues, bullying – tanto presencialmente • Meninas e meninos estão igualmente sob risco resposta nas escolas.
quanto on-line –[,] disciplina violenta, assédio de bullying, porém as meninas são mais pro- • Estimulação das comunidades e […] [dos] indi-
sexual e violência armada. No curto prazo, isso pensas a se tornarem vítimas de formas psico- víduos a se unir aos estudantes quando eles fa-
afecta o seu aprendizado e, a longo prazo, pode lógicas de bullying e os meninos correm mais lam sobre a violência e trabalham para mudar
levar à depressão, ansiedade e até ao suicídio. A risco de violência física e ameaças. a cultura das salas de aula e das comunidades.
violência é uma lição inesquecível que nenhuma O relatório observa que a violência envolvendo • Investido de forma mais eficaz e direccionada
criança precisa aprender”, afirma a Directora armas nas escolas, como facas e armas, conti- em soluções comprovadas que ajudam os alu-
Executiva [do Unicef, Henrietta Fore]. nua a acabar com vidas. Também diz que, num nos e as escolas a se manterem seguros.
182
guir, utilizando um programa de planilha eletrônica. 2. É possível que haja mais consenso
sobre o início da adolescência do
Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5 que sobre o término dessa fase. O tér-
Idade de início da mino da adolescência combina fatores
adolescência físicos e sociais do desenvolvimento,
Idade de término e os fatores sociais variam muito, de
da adolescência
acordo com a cultura e com os gru-
pos de convivência de cada pessoa.
Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5 Os aspectos, acontecimentos ou mar-
Palavras e cos convencionais que caracterizam a
expressões que passagem para a vida adulta, como
caracterizam a
adolescência a entrada para o mercado de trabalho
e o direito de votar, implicam diversas
2 Transcrevam as respostas dos entrevistados, completando as tabelas. interpretações de quando exatamente
3 Construam um gráfico com os dados da tabela de idade de início e término se inicia a fase adulta.
da adolescência, e um gráfico com os dados da tabela de palavras e expres- 3. Essa pesquisa pode ajudar os estudantes
sões que caracterizam a adolescência; este deve mostrar a frequência com a entender a visão que diferentes grupos
que cada palavra ou expressão surgiu nas entrevistas. Os gráficos podem têm da adolescência. Dessa forma, os
ser de coluna ou de pizza. estudantes podem vir a compreender
4 Em um dia determinado pelo professor, compartilhem com a turma as res- mais facilmente as atitudes dos adultos
postas obtidas.
e também procurar desfazer pontos de
5 Preencham as tabelas com os dados obtidos pelas outras equipes. vista que julguem equivocados.
Etapa IV – Comunicação dos resultados 4. Se julgar pertinente, aproveite para pro-
1 A turma deverá montar um cartaz no qual apresentará o objetivo do traba- por uma pesquisa sobre outros temas
lho, o método de coleta de dados, os resultados obtidos, a comparação com utilizando métodos semelhantes aos
os dados obtidos pelas equipes e as conclusões a que chegaram. empregados nesta prática.
2 A apresentação dos trabalhos deverá ser feita para toda a comunidade escolar.
183
183
Hudson Calasans/ID/BR
testículo
cione algumas para discutir com a turma.
escroto
ducto glândula
prepúcio ejaculatório bulbouretral
184
184
Hudson Calasans/ID/BR
dos túbulos seminíferos, estruturas com formato de tubos en- zoides são parte fundamental.
rolados. Em seguida, passam para o epidídimo, órgão formado • Aproveite para refletir sobre a impor-
por um conjunto de túbulos localizado acima do testículo, onde tância de os rapazes irem ao urologista,
amadurecem, adquirem mobilidade e podem ficar armazena- desfazendo preconceitos ligados a esse
dos. Do epidídimo, passam para o ducto deferente, que também Esquema das partes de um
profissional e a suas práticas.
pode armazená-los por algum tempo. espermatozoide. A cabeça contém
o núcleo com o material genético
e o acrossomo, vesícula que tem
DE OLHO NA BASE
parede do túbulo enzimas, substâncias que facilitam
epidídimo seminífero a fecundação, isto é, a entrada
O conteúdo desta página dá continui-
do núcleo do espermatozoide dade ao desenvolvimento da habilidade
Hudson Calasans/ID/BR
espermatozoides
túbulos
seminíferos
células que
testículo darão origem aos
espermatozoides
ducto deferente
Representação de um testículo em corte. Os vasos que o irrigam foram
representados em vermelho e em azul. (Representação sem proporção de
tamanho; cores-fantasia.)
Fonte de pesquisa das imagens: Jane B. Reece e outros. Biologia de Campbell.
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 1 022.
185
17:29 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C1_177A189.indd 185 de repente, soltar. Ou seja, a ejaculação é o10:16
06/05/22
185
tuba uterina
Hudson Calasans/ID/BR
ovário
útero
bexiga
urinária
colo do útero
vagina
pudendo
feminino
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186
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17:29
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C1_177A189.indd 187 27/04/22 17:29
187
fluxo menstrual
Hudson Calasans/ID/BR
endométrio
188
188
Bruno Badain/ID/BR
acordo com os povos pesquisados pelo grupo. dos ossos dos quadris, ocorrência da
3. Cite três mudanças que ocorrem no corpo dos citoplasma
meninos e três mudanças que ocorrem no
primeira ovulação/menstruação.
corpo das meninas durante a puberdade. zona
4. Mostre novamente aos estudantes uma
Veja resposta em Respostas e comentários. pelúcida ilustração dos sistemas genitais femi-
4. Quais são os órgãos do sistema genital que
produzem as células reprodutoras femini-
nino e masculino e relembre a posição
nas? E as células reprodutoras masculinas? Representação sem proporção de tamanho; dos órgãos que produzem as células
Ovários e testículos, respectivamente. cores-fantasia. reprodutoras.
5. A foto a seguir mostra um corte transversal
dos túbulos seminíferos.
Fonte de pesquisa: Luiz C. Junqueira; José Carneiro. 5. Leve os estudantes a perceber que a
Histologia básica: textos e atlas. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 431.
palavra seminíferos remete à palavra
sêmen, caso considere necessário, para
a) Quando se inicia a produção das células re-
Steve Gschmeissner/SPL/Fotoarena
189
2 REPRODUÇÃO
• Aproveite as questões em Para começar
para verificar o conhecimento prévio dos
estudantes sobre o tema. Além de possi-
bilitar uma avaliação inicial, as respostas
às perguntas possibilitam direcionar o
planejamento da aula, a partir dos conhe-
cimentos e/ou das eventuais fragilidades
dos estudantes. Além disso, favorecem o
exercício do protagonismo dos estudantes,
PARA COMEÇAR GRAVIDEZ
ao promover a capacidade de reflexão e A reprodução envolve A gravidez ou gestação é o processo de desenvolvimento do
de argumentação deles. diversos processos, como bebê no útero. Ela inicia com a fecundação e termina com o nas-
• A fim de contextualizar o conteúdo à rea- a fecundação, a fixação cimento do bebê.
lidade dos estudantes, questione-os se já do embrião no útero e Durante a gravidez, o corpo da mãe passa por diversas
acompanharam de perto a gestação de a formação de anexos transformações que o preparam para gerar um bebê. Algumas
alguém próximo. Em caso positivo, solicite embrionários. Que mudanças dessas mudanças estão associadas à ação dos hormônios da
que contem como foi o desenvolvimento gravidez. Pouco a pouco, o novo ser se desenvolve no interior do
da gestação e quais foram os cuidados ocorrem no corpo da mulher
útero, com aumento de massa e especialização de suas células.
com a gestante e com o bebê. durante a gestação?
A gestante deve ter acompanhamento médico durante toda
• Informe aos estudantes que o médico Como o bebê se desenvolve
a gestação e realizar todos os exames pré-natais necessários.
especialista responsável pela saúde da no útero até seu nascimento? Os profissionais da área de saúde poderão responder às dúvidas
mulher é o ginecologista; o ginecologista- sobre a gravidez e o parto, além de fornecer orientações especí-
-obstetra é o responsável por acompanhar É provável que os estudantes
identifiquem mudanças físicas como ficas para a paciente.
especificamente a gestação da mulher.
o crescimento da região abdominal, à
Aproveite para destacar a importância medida que o feto se desenvolve, e o
da visita das garotas ao ginecologista, aumento das mamas, em decorrência
para acompanhar seu desenvolvimento. da produção de leite. Nesse momento,
não é necessário que os estudantes
• Explore o papel social do pai durante a compreendam corretamente o
gestação, suas responsabilidades e sua A gravidez se encerra no
participação nesse processo. momento do parto, ou seja,
com o nascimento do bebê.
desenvolvimento do bebê durante a
DE OLHO NA BASE gestação, mas suas respostas podem
indicar o conhecimento prévio deles
O conteúdo referente à gravidez e à sobre esse assunto.
fecundação, nesta dupla de páginas,
permite desenvolver as competências
gerais 8 e 9 e específicas 7 (conhe-
cer-se, apreciar-se e cuidar da saúde
física e emocional), 2 e 3 (compreender
conceitos fundamentais e estruturas
explicativas das Ciências da Natureza e
características, fenômenos e processos
190
OUTRAS FONTES
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_190A202.indd 190 27/04/22 17:33 GA_C
190
1 2 3
Bruno Badain/ID/BR
6 5 4
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17:33 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_190A202.indd 191 […] A educação sexual deve começar 06/05/22
quan-11:49
do a criança entra na escola, se desenvolvendo
Educação sexual na escola
durante todo o período escolar. […] O trabalho
Alguns objetivos do trabalho a ser realizado na junto à criança deve acontecer no dia a dia, quan-
escola: do esta apresente alguma curiosidade ou tenha
• Contribuir […] [para a] melhoria da autoestima. alguma atitude e o professor considere adequado
intervir. […] A escola deve discutir os diferentes
• Ajudar a repensar valores e preconceitos.
tabus, preconceitos, crenças e atitudes na nossa
• Contribuir com informações importantes para sociedade, relacionados à sexualidade. Isso sem
um bom desenvolvimento sexual. ditar normas de “certo” e “errado” […]. O papel
• Integrar o aluno – criança ou jovem – ao gru- do professor é ser um “dinamizador de ideias”,
po, sendo muito importante para suas relações mais do que um “expositor de matéria”. O tra-
balho deve ser compreendido como um espaço
sociais.
para que, através de dinâmicas, se possa proble-
• Ajudar […] [na] aceitação do outro e suas di- matizar temáticas, levantar questionamentos e
ferenças. ampliar a visão de mundo e de conhecimento.
• Contribuir para fazer que os alunos sejam ci- ribeiro, Marcos. Sexo: como orientar seu filho.
dadãos mais conscientes. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.
191
Hudson Calasans/ID/BR
proteger o embrião. O ovócito liberado
pelo ovário encontra
• Se considerar oportuno, promova uma o espermatozoide;
discussão com os estudantes sobre em ocorre a fecundação
na tuba uterina. embrião de
que momento o embrião poderia ser con- 8 células
siderado um ser vivo. Leve-os a entender Representação simplificada da
ovócito
secundário
que o início da vida nos seres humanos formação e do desenvolvimento
é um tema controverso. Para algumas do embrião. As estruturas do sistema
genital foram representadas em
pessoas, a vida se inicia logo após a fe- corte. (Representação sem proporção
embrião formado por
cundação ou quando o feto apresenta de tamanho; cores‑fantasia.)
aproximadamente
sistema nervoso e, para outras, apenas 100 células
quando o bebê apresenta todos os órgãos
minimamente desenvolvidos. O conceito
de vida é algo abordado em discussões a ANEXOS EMBRIONÁRIOS
respeito da descriminalização do aborto Após a fixação do embrião no útero, começa a se formar a
e do uso de células-tronco. placenta, estrutura que permite a troca de substâncias (nutrien-
Representação do feto e das tes, gases respiratórios e resíduos) entre a mãe e o embrião.
estruturas que o protegem ou
o alimentam. A maioria dos A ligação entre o embrião e a placenta é feita por meio do
microrganismos da mãe não cordão umbilical. O cordão contém uma veia, por onde passam
atravessa a placenta; porém,
alguns vírus, bactérias e gás oxigênio e nutrientes da mãe para o feto, e duas artérias,
toxinas (como as presentes no por onde passam o gás carbônico e os resíduos do embrião, que
cigarro e em outras drogas) são
transmitidos da mãe para o bebê. serão eliminados pela mãe.
(Representações sem proporção de Durante a gravidez, formam-se outras estruturas, como o
tamanho; cores‑fantasia.)
âmnio ou bolsa amniótica, que é preenchido com o líquido amnió-
Fonte de pesquisa das imagens:
Jane B. Reece e outros. Biologia tico e protege o feto contra choques mecânicos e desidratação.
de Campbell. 10. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2015. p. 1 028-1 029.
vasos sanguíneos
Hudson Calasans/ID/BR
cordão umbilical maternos
placenta
endométrio
líquido amniótico
lacuna de
sangue capilares fetais
âmnio materno
cordão umbilical
artéria
veia umbilical
umbilical
192
192
10:18 GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_190A202.indd 193 A legislação brasileira considera crime o aborto serviço de emergência com um quadro clínico de16:24 ATIVIDADE COMPLEMENTAR
09/08/22
provocado, mas ele existe. Não é o objetivo […] gravidade variável, o que constitui fator de risco DINÂMICA DA GESTAÇÃO
discutir assunto tão polêmico que envolve ques- significativo para mortalidade materna.
tões éticas, morais e religiosas, mas sim chamar Oriente os estudantes para que se organizem
No acompanhamento pós-abortamento, o su- em duplas. Divida as etapas da gestação pelo
a atenção para a necessidade de assistir adequa-
damente às adolescentes que, por alguma razão, porte psicológico e a orientação contraceptiva número de duplas formadas, por exemplo, da
submeteram-se ao procedimento. [...]. são fundamentais para evitar gestações futuras, primeira à terceira semana para a primeira
estado depressivo, mudanças de comportamento dupla, da quarta à sexta semana para a segunda,
Como no Brasil o aborto é ilegal, sua prática se
e distúrbios sexuais. e assim por diante.
dá de maneira clandestina, frequentemente sem
as condições de higiene e segurança […]. Miranda, Ana Tereza C. de; Bouzas, Isabel Cristina da Peça às duplas que montem uma tabela
[…] S. Aborto. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secre- explicando o desenvolvimento do feto e as
taria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações transformações da gestante, se possível uti-
[…] As principais complicações estão relacio- Programáticas Estratégicas. Saúde do adolescente:
nadas ao manuseio indevido da cavidade uterina lizando imagens, fotos ou ilustrações feitas
competências e habilidades. Brasília: Ministério da
sem condições de assepsia, o que pode levar a Saúde, 2008. p. 246-247. Disponível em: http://
pelos próprios estudantes. Ao final da atividade,
infecções, intoxicações, perfurações uterinas, bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_ informe-os de que deverá ser montada uma
necrose uterina, hemorragias, choque ou sep- adolescente_competencias_habilidades.pdf. única tabela coletiva reunindo as informações
ticemia. Essas pacientes costumam chegar ao Acesso em: 7 fev. 2022. de toda a turma.
193
espermatozoides
DE OLHO NA BASE
Nas páginas 194 e 195, dá-se con-
tinuidade ao trabalho com as com-
petências gerais 8 e 9 e específica 7
(conhecer-se, apreciar-se e cuidar
da saúde e recorrer aos conhecimen-
tos das Ciências da Natureza e às
suas tecnologias, como a reprodução
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
assistida, tema do boxe Ampliação da
A fertilização in vitro ou reprodução assistida é uma técnica em que a
página 194). Também são desenvolvi- fecundação é feita em laboratório e, então, o embrião é transferido para
das as competências específicas 2 e 3 as tubas uterinas ou para o útero. Esse é um dos procedimentos que
(compreender conceitos fundamentais e possibilitam que casais inférteis – ou seja, aqueles que têm dificuldade para
estruturas explicativas das Ciências da gerar uma gravidez viável – tenham filhos.
Contudo, ainda que venham se aprimorando ao longo dos anos, há
Natureza e características, fenômenos atualmente poucos estudos sobre a segurança das técnicas de reprodução
e processos do mundo natural). assistida para a saúde da mulher e das crianças geradas. É comum, por
exemplo, o uso de embriões congelados e a estimulação da ovulação com o
uso de medicação à base de hormônios, liberando diversos ovócitos.
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Cookie Studio/Shutterstock.com/ID/BR
b) fecundação; espermatozoide no ovócito secundário.
a diferentes estudantes que respondam a c) nidação; c) Nidação é a fixação do embrião à parede
cada uma das perguntas em voz alta, do útero.
d) parto. d) Parto é o processo de nascimento do bebê.
para motivar a participação de todos
em sala de aula. 2. Sobre a fecundação e a gravidez humana, res-
ponda:
3. Embrião é o zigoto a partir da primeira
a) O que é zigoto e como ele é formado?
divisão celular. Ele é assim denomi-
b) Em que órgão geralmente ocorre a fecunda-
nado até o final da oitava semana de ção? A fecundação geralmente ocorre na tuba uterina.
gestação, quando, então, passa a ser
c) Em que órgão ocorre a nidação? A nidação ocorre
chamado de feto. no útero.
d) De onde o feto obtém os nutrientes para
4. a) Se julgar pertinente, peça aos es- seu desenvolvimento? Da mãe. Os nutrientes
tudantes que indiquem na imagem o chegam ao feto pela placenta e pelo cordão umbilical.
3. Explique o que é embrião e o que é feto.
cordão umbilical e a bolsa amniótica. Veja resposta em Respostas e comentários. B
4. Observe a foto a seguir e, depois, responda às
Gary Parker/SPL/Fotoarena
b) É uma estrutura que permite a tro-
questões.
ca de substâncias (nutrientes, gases
respiratórios e resíduos) entre a mãe
Dr G. Moscoso/SPL/Fotoarena
e o embrião.
c) A legenda informa o tempo de for-
mação do embrião. Desse modo, os
estudantes podem concluir que se trata
de um estágio inicial da gravidez.
d) É possível chegar à resposta obser-
vando o aspecto do embrião e lendo a
informação da legenda, já que sabemos
que a gestação humana dura, em média, a) A: gêmeos idênticos; B: gêmeos fraternos.
quarenta semanas. a) Identifique o tipo de gêmeos em cada caso.
b) Por que as gêmeas da foto A são fisicamente
5. Aproveite esta atividade para reforçar Embrião humano com cerca de oito semanas. Nessa quase idênticas, enquanto os gêmeos da foto
que o leite materno contém os nutrien- idade, o embrião mede cerca de 4 centímetros de
B são fisicamente diferentes? Justifique.
tes mais adequados ao bebê, por isso comprimento e pesa menos de 10 gramas.
Veja respostas em Respostas e comentários.
deve ser priorizado. a) O cordão umbilical e a bolsa amniótica, preenchida 7. Indique a ordem dos acontecimentos em um
a) Quais estruturas protegem e nutrem o em- pelo parto normal. Pela ordem Peladosordem
acontecimentos:
dos acontecimentos:
6. a) Os estudantes devem perceber que brião que a imagem retrata? líquido amniótico. IV, III, II, IV,
V, I.III, II, V, I.
I. Após a expulsão do feto, corta-se o cordão
os gêmeos da foto A são do mesmo sexo b) Explique o que é placenta.Veja resposta em umbilical.
Respostas e comentários.
biológico e quase idênticos. Os gêmeos da c) O embrião da foto representa um estágio II. Acontece o parto.
foto B são de sexos biológicos diferentes inicial, intermediário ou final da gravidez? III. As contrações tornam-se mais intensas e
e apresentam mais diferenças físicas. d) Que informações permitiram a você chegar frequentes, impelindo o feto para o exterior.
b) Os gêmeos idênticos (foto A) se for- à resposta ao item anterior? Veja resposta em IV. As contrações uterinas começam a empur-
c) Representa um estágio inicial. Respostas e comentários.
mam por meio da divisão de um único 5. Os seres humanos pertencem ao grupo dos rar o feto para a saída do útero. O colo ute-
embrião em dois ou mais agrupamen- mamíferos. Cite as características da re- rino se dilata e o âmnio se rompe.
tos independentes de células. Como produção humana que confirmam essa V. O bebê chora pela primeira vez, ativando
os embriões resultantes da divisão se afirmação. Presença de glândulas mamárias e capacidade seu sistema respiratório.
de produzir leite durante o processo de amamentação do bebê.
originaram do mesmo zigoto, eles são
2. a) O zigoto é a primeira célula do embrião e é formado pela fusão do núcleo do óvulo com o núcleo do
geneticamente idênticos. Os indivíduos espermatozoide e pelo citoplasma do óvulo.
nascem muito parecidos entre si e são 196
sempre do mesmo sexo. Já os gêmeos
fraternos (foto B) se formam quando
dois ou mais ovócitos são liberados pelo GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U08_C2_190A202.indd 196 06/05/22 14:32 GA_C
196
Omikron/Science Source/Fotoarena
Dr Najeeb Layyous/SPL/Fotoarena
Natureza, bem como características e
9. a) Resposta processos do mundo natural, as atividades
variável. É promovem as competências específicas
provável que, em 2 e 3. Além disso, as atividades 1, 9 e 10
suas respostas,
os estudantes desenvolvem as competências gerais 8
mencionem que os e 9 e a competência específica 7.
riscos de infecção são
baixos e há produção
de hormônios que
induzem a liberação
de leite, além de a
recuperação pós-
-parto da mãe ser
melhor e mais rápida.
Feto humano com 24 semanas. Feto humano com 36 semanas.
197
197
198
198
199
200
Arquivo/PNAS
humano e a saúde da mulher, entre outros. de explicar corretamente o modo de
Resposta pessoal, de acordo com as dúvidas
de cada estudante. ação dos métodos mencionados.
13. Leia o texto a seguir e faça o que se
9. b) As imagens A são do cérebro de uma
B pede. criança, pois mostram poucas áreas de
cor azul, quando comparadas às imagens
Os bebês até os seis meses de idade devem
ser alimentados somente com leite materno,
B, que são do cérebro de um adolescente,
não precisam de chás, sucos, outros leites, pois mostram o predomínio de áreas de
nem mesmo de água. Após essa idade, deverá cor azul, que evidenciam a maturação
ser dada alimentação complementar apro- do cérebro, ou seja, menor quantidade
Detalhes de imagens colorizadas feitas por priada, mas a amamentação deve continuar até de sinapses.
ressonância magnética mostram o processo o segundo ano de vida da criança ou mais.
de desenvolvimento do cérebro. As áreas em 10. a) A placenta permite a troca de subs-
vermelho indicam maior quantidade de sinapses, Amamentar os bebês imediatamente após o tâncias entre a mãe e o feto. O cordão
e as áreas em azul, menor quantidade de nascimento pode reduzir a mortalidade neona-
sinapses. umbilical possibilita a ligação entre o
tal – aquela que acontece até o 28o dia de vida.
a) De acordo com o texto, as pesquisas mos- embrião e a placenta. Pela veia umbili-
[…] cal, O2 e nutrientes passam da mãe para
tram quais mudanças no cérebro?
b) Com base no texto, quais imagens devem
Bebês que são amamentados ficam menos o feto. Pelas artérias umbilicais, CO2 e
doentes e são mais bem nutridos do que aqueles resíduos passam do feto para a mãe.
estar retratando o cérebro de um adoles-
que ingerem qualquer outro tipo de alimento.
cente? E o de uma criança? Explique. b) Caso julgue necessário, mostre uma
Veja respostas em Respostas e comentários. Utilizar substitutos do leite materno, como
10. Leia o texto a seguir e, depois, responda às fórmulas infantis ou leite de outros animais,
imagem do cordão umbilical conectando
questões. pode ser um grande risco para a saúde do o embrião ao corpo da mãe.
bebê. Isso ocorre principalmente quando os 11. Se julgar pertinente, comente com os
O período entre a quarta e oitava semanas pais não podem comprar os substitutos na estudantes que essa é uma das dife-
é muito significativo para o desenvolvimento quantidade necessária ou quando a água que renças entre os organismos do sexo
embrionário, porque todos os principais utilizam para preparar o alimento não é limpa feminino e do sexo masculino, já que
o suficiente.
órgãos aparecem durante esse período. No a uretra faz parte apenas do sistema
final da oitava semana, todos os principais sis- […] urinário nas mulheres.
temas do corpo começaram a se desenvolver, Aleitamento materno. Unicef Brasil. Disponível em:
ainda que suas funções sejam mínimas. https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno. 12. Oriente os estudantes a buscar infor-
Gerard J. Tortora; Bryan Derrickson. Corpo
Acesso em: 8 fev. 2022. mações em fontes confiáveis.
humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. a) Por que é importante incentivar as mães
8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 608. a amamentar os bebês com leite mater- Solidariedade com pessoas que se
a) Veja resposta em Respostas e comentários. no até os 6 meses de idade? sentem frágeis e indefesas
a) Que estruturas são responsáveis por for- b) Muitas mães apresentam dificuldade na
necer nutrientes, permitir trocas gasosas produção de leite após o parto. Existem 13. a) Os bebês alimentados somente com
e eliminar resíduos durante a gravidez? mães que coletam e doam parte do leite leite materno, além de receberem anti-
b) Que estrutura conecta o embrião ao corpo que produzem para dividir com os filhos corpos da mãe, são mais bem nutridos
da mãe? Cordão umbilical. de outras mães. Por que a doação de do que aqueles que ingerem outro tipo de
leite humano pode ser considerada uma
11. Nos homens, a uretra desempenha função
atitude solidária?
alimento e, consequentemente, ficam
tanto no sistema urinário quanto no sistema menos doentes.
a) e b) Veja respostas em Respostas e comentários.
genital. Essa afirmação está correta? Explique.
Sim. A uretra localiza-se no interior do pênis e é b) A doação de leite materno é muito
via de passagem tanto da urina quanto do sêmen. importante e uma atitude solidária, pois
ajuda a salvar vidas de bebês que neces-
201
sitam desse alimento.
201
Nelson Provazi/ID/BR
202
202
UNIDADE 9
OBJETIVOS
Capítulo 1 – Métodos anticoncepcionais e ISTs
• Perceber que a gravidez demanda responsabilidade e altera a vida dos pais.
• Identificar as características gerais de alguns métodos anticoncepcionais e sua eficácia na prevenção
da gravidez.
• Compreender que os preservativos não só têm alta eficácia contra a gravidez, mas também previnem
a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
• Conhecer algumas ISTs, seus sintomas, modos de transmissão e formas de preveni-las.
JUSTIFICATIVA
O início da vida sexual é um momento em que se exige do adolescente atitudes maduras, e ele mui-
tas vezes não está preparado para isso, uma vez que essa questão envolve saúde, contextos sociocultu-
rais e projetos de vida. Nesse sentido, a unidade trabalha temas relacionados à saúde do adolescente
e temas que visam promover outros aspectos, como agir com responsabilidade e respeito e valorizar a
diversidade. No capítulo 1, os objetivos ressaltam a importância de se conhecer os métodos de preven-
ção à gravidez precoce, além de abordar algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e seus
sintomas, as formas de contágio e os meios de evitá-las. Os objetivos do capítulo 2 tratam do tema
sexualidade do ponto de vista comportamental.
SOBRE A UNIDADE
Esta unidade aborda temas relacionados à sexualidade, com especial interesse não só na saúde do ado-
lescente, mas também em outros aspectos, como responsabilidade, acolhimento e valorização da diver-
sidade. Dois desses temas são tratados no capítulo 1 – métodos anticoncepcionais e ISTs –, tendo como
foco o desenvolvimento das habilidades EF08CI09 e EF08CI10.
O capítulo 2, por sua vez, encaminha a abordagem de sexo biológico e gênero, auxiliando os estu-
dantes a compreender melhor suas posturas e orientações, entendendo e discutindo a sexualidade
humana sob aspectos biológicos, culturais e sociais. A orientação sexual também é pontuada, de forma
que os estudantes compreendam a diversidade de orientações e as respeitem – essas abordagens pro-
movem a habilidade EF08CI11. Esse capítulo também tem como tema a gravidez na adolescência, no
sentido de desenvolver a habilidade EF08CI09.
Quanto às competências, a unidade propicia o desenvolvimento das competências gerais da Educa-
ção Básica 5, 6, 7, 8, 9 e 10 e das competências específicas de Ciências da Natureza 5, 6, 7 e 8, sobretu-
do aquelas relacionadas aos cuidados com a saúde física e emocional, ao agir pessoal e coletivamente
com responsabilidade, à valorização da diversidade e ao respeito ao outro, sem preconceitos de qual-
quer natureza (competências gerais 7, 8 e 10 e específicas 5, 7 e 8).
203 A
203 B
PRIMEIRAS IDEIAS
1. Casais que não desejam ter filhos utilizam métodos anticoncepcionais.
Você conhece alguns desses métodos? Quais?
2. Com frequência, as instituições públicas de saúde lançam campanhas
incentivando o uso de preservativos. Qual é a importância do uso de
preservativos?
3. O universo infantil é quase todo dividido em “coisas de menino” e “coisas de
menina”. Em sua opinião, essa divisão faz sentido? Justifique.
Respostas pessoais. Os estudantes podem apresentar opiniões divergentes sobre esse assunto. Incentive o
debate de ideias, bem como a valorização da diversidade e do respeito, sem preconceitos. Aproveite para
discutir com os estudantes sobre a importância da empatia, ou seja, de se colocar no lugar do outro.
203
203
204
Mar de Palha/ID/BR
• Incentive os estudantes a expressar suas
opiniões e reforce a importância de res-
peitar o outro e de valorizar a diversidade
de indivíduos e de grupos sociais.
• Solicite aos estudantes que pensem em
outras atividades consideradas masculi-
nas ou femininas e que argumentem se
essa classificação é adequada.
Crianças brincando.
205
205
NO CAPÍTULO
(EF08CI09) Comparar o modo de ação e a
eficácia dos diversos métodos contracep-
tivos e justificar a necessidade de com-
1 MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS E ISTs
partilhar a responsabilidade na escolha e
na utilização do método mais adequado à
prevenção da gravidez precoce e indese- PARA COMEÇAR GRAVIDEZ E RESPONSABILIDADE
jada e de Doenças Sexualmente Trans- A sexualidade deve ser Ter um filho, em especial na adolescência, altera significa-
missíveis (DST). exercida com segurança e tivamente a vida dos pais. Mulheres e homens têm o direito de
(EF08CI10) Identificar os principais sinto- responsabilidade, por isso, decidir de forma livre e responsável se querem ou não ter filhos.
mas, modos de transmissão e tratamento é necessário estar bem O planejamento reprodutivo é um direito de todos, adoles-
de algumas DST (com ênfase na AIDS), e centes, jovens e adultos, e deve ser feito sob orientação de um
informado(a). Que método
discutir estratégias e métodos de prevenção. profissional da saúde, que vai ajudar na escolha do método anti-
anticoncepcional é também
concepcional mais indicado para cada situação.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS eficiente na prevenção de
• Utilize a pergunta em Para começar para infecções sexualmente
avaliar inicialmente o conhecimento dos transmissíveis? MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
estudantes a respeito do assunto. Os métodos usados para evitar a gravidez são chamados de
• O tema gravidez na adolescência será abor- O preservativo, tanto o masculino métodos anticoncepcionais. Vamos conhecer alguns deles.
quanto o feminino, é o único
dado com mais profundidade no próximo método anticoncepcional que
capítulo. Contudo, caso julgue oportuno, também previne as ISTs. Caso
MÉTODOS HORMONAIS
promova uma sondagem inicial dos co- algum estudante apresente Nesses métodos, a gravidez é evitada pelo uso de medica-
concepções alternativas ou
nhecimentos prévios dos estudantes sobre equivocadas, procure esclarecê-lo
mentos contendo um ou mais hormônios combinados. A pílula
esse tema. e diga à turma que mais detalhes anticoncepcional, medicamento de uso oral, geralmente é com-
sobre o assunto serão abordados posta de dois hormônios similares aos produzidos pelos ovários,
ao longo do capítulo.
DE OLHO NA BASE Os métodos anticoncepcionais o estrógeno e a progesterona, que impedem a ovulação. Quan-
visam impedir a fertilização do usado corretamente, a eficácia desse método é muito alta.
do ovócito (em vermelho) pelo
Os assuntos abordados nas páginas 206 espermatozoide (em azul). Foto ao No entanto, é importante considerar que a pílula pode causar
e 207 promovem o processo cognitivo, o microscópio eletrônico, imagem efeitos colaterais e só deve ser usada quando receitada por um
objeto de conhecimento e o modificador colorizada, aumento de cerca de
médico especialista.
2 300 vezes.
da habilidade EF08CI09 (modo de ação
e eficácia de métodos contraceptivos e
ISTs). Além disso, trabalham aspectos
da competência geral 6 (apropriar-se de
conhecimentos que possibilitem fa-
zer escolhas com consciência crítica
e responsabilidade), das competências
gerais 7, 8 e 10 e específicas 5, 7 e 8
Eye of Science/SPL/Fotoarena
(cuidar da saúde física e emocional, de
si e do outro, agir pessoal e coletiva-
mente com responsabilidade e tomar
decisões a respeito da saúde individual
e coletiva).
206
(IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_203A210.indd 206 comece na primeira infância e seja não só para 02/05/22 17:16 GA_C
206
Sergiy Kuzmin/Shutterstock.com/ID/BR
ra, há o diafragma, um anel flexível envolvido por uma borra- lientando a eficácia e as limitações de
cha fina, que deve ser introduzido na vagina. Há também os cada um deles. Caso julgue interessante,
preservativos, que podem ser tanto para o homem (preserva- anote em um quadro na lousa as carac-
tivo masculino) quanto para a mulher (preservativo feminino). terísticas de cada um.
Os preservativos apresentam alta eficácia e são o único mé- • Ressalte que os métodos de barreira
todo que também previnem a transmissão de infecções sexual- também ajudam a evitar a transmissão
mente transmissíveis (ISTs), pois impedem o contato entre as B de infecções sexualmente transmis-
MÉTODOS INTRAUTERINOS
Nesses métodos, um dispositivo é colocado no útero por um
médico. O mais conhecido é o dispositivo intrauterino (DIU).
O DIU é um método altamente eficaz, de longo prazo, e cau-
sa poucos efeitos colaterais. Seu mecanismo de ação ainda não A B
é totalmente conhecido; acredita-se que ele cause alterações
O DIU é formado por uma estrutura
no útero que afetam a mobilidade dos espermatozoides e im- de plástico com um fio de cobre
pedem a nidação (fixação no útero) do óvulo fecundado. Alguns enrolado (A). Existe também o
sistema intrauterino (SIU) ou
dispositivos liberam um hormônio que impede o desenvolvi- DIU hormonal, que age liberando
mento do endométrio. hormônio na cavidade uterina (B).
207
207
Aldred Pasieka/SPL/Fotoarena
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. O pri-
• Promova um ambiente propício aos estu- meiro sintoma é o aparecimento de caroços e de feridas abertas
dantes para que exponham suas dúvidas e indolores, conhecidas popularmente como cancro, nos órgãos
sobre as ISTs. A Atividade complementar genitais. No estágio inicial da infecção, o tratamento é feito com
sugerida nesta página do manual traz uma o uso de antibióticos. Em estágios mais avançados da infecção, a
abordagem interessante do tema para ser doença pode atingir o sistema nervoso central e deixar sequelas
realizada em sala de aula. graves, podendo até causar a morte.
Bactéria Treponema pallidum. A transmissão ocorre durante o ato sexual, por transfusões
Perceba o formato espiralado
DE OLHO NA BASE do microrganismo. Foto ao de sangue e da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto.
O conteúdo das páginas 208 e 209
microscópio eletrônico, imagem Bebês contaminados durante a gestação podem apresentar mal-
colorizada, aumento de cerca de
promove o processo cognitivo, o objeto 5 500 vezes. formações cerebrais, alterações ósseas e cegueira. A prevenção
de conhecimento e o modificador da é feita com o uso de preservativos, o acompanhamento pré-natal
habilidade EF08CI10 (identificar sin- e a adoção de medidas de controle nas transfusões de sangue.
tomas, modos de transmissão e trata-
mento de algumas ISTs). Além disso, CLAMIDÍASE
dá continuidade ao desenvolvimento A bactéria Chlamydia trachomatis é causadora da clamidíase.
das competências gerais 6, 7, 8 e 10 Na maioria dos casos, essa infecção não apresenta sintomas,
e específicas 5, 7 e 8 (apropriar-se de mas, quando eles aparecem, caracterizam-se por: dor e ardên-
conhecimentos que possibilitem fazer cia ao urinar, micção frequente e inflamação nos órgãos genitais
escolhas com consciência crítica e res- que, nas mulheres, pode ocasionar esterilidade.
ponsabilidade, cuidar da saúde física e A transmissão ocorre por relação sexual ou da mãe para o
emocional, de si e do outro, agir pessoal bebê durante o parto. A prevenção é feita com o uso de preser-
e coletivamente com responsabilidade e vativo nas relações sexuais e por acompanhamento durante o
tomar decisões a respeito da saúde pré-natal. O tratamento é feito com antibióticos.
individual e coletiva).
GONORREIA
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
Steve Gschmeissner/SPL/Fotoarena
208
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_203A210.indd 208 coerente, sorteie os estudantes que lerão as 05/05/22 11:17 GA_C
208
209
11:17 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_203A210.indd 209 “O HIV está se espalhando rapidamente05/05/22
entre10:11
os mais vulneráveis e marginalizados, colocan-
Uma adolescente é infectada pelo HIV a
do as meninas adolescentes no centro da crise”,
cada três minutos, diz Unicef
acrescentou.
Uma adolescente de 15 a 19 anos é infectada a
Em 2017, 130 000 mortes de pessoas com
cada três minutos com o HIV, informou a Unicef
menos de 20 anos estavam ligadas à aids e
nesta quarta-feira (25) [julho de 2018], alertan-
430 000 novas infecções por HIV ocorreram
do para uma crise de saúde pública esquecida.
nessa faixa etária.
As meninas são vítimas de dois terços das in-
Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, o nú-
fecções em todo o mundo nesta faixa etária, de
mero de mortes está estagnado, enquanto em
acordo com dados apresentados na 22 a Confe- outras faixas etárias vem caindo desde 2010.
rência Internacional da Aids em Amsterdã.
[…]
“Na maioria dos países, mulheres e meninas
não têm acesso às informações e serviços neces- Uma adolescente é infectada pelo HIV a cada três
minutos, diz Unicef. G1, 25 jul. 2018. Disponível em:
sários, nem têm a oportunidade de recusar sexo https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/07/25/
desprotegido”, declarou em um comunicado a uma-adolescente-e-infectada-pelo-hiv-a-cada-tres-
diretora-geral da Unicef, Henrietta Fore. minutos-diz-unicef.ghtml. Acesso em: 9 fev. 2022.
209
1. Aproveite esta atividade para enfatizar 3. c) Muitas vezes, a doença não apresenta sintomas
ou eles demoram muito tempo para se manifestar.
a responsabilidade das duas pessoas
1. Observe as imagens a seguir. Depois, faça o 3. Leia o texto a seguir e responda às questões.
envolvidas em uma relação sexual em
que se pede. O papanicolau é um exame ginecológico que
usar métodos para prevenir gravidez e
I. permite identificar inflamações, tumores
infecções sexualmente transmissíveis.
em estágios iniciais no útero e infecção pelo
Ievgenii Meyer/
Shutterstock.com/ID/BR
2. a) ISTs são infecções que podem ser HPV. Nesse exame, um profissional colhe
transmitidas de uma pessoa para outra células do colo do útero, que são enviadas
pelo contato sexual. Elas podem ser para análise laboratorial.
causadas por vírus, bactérias, fungos a) O que é HPV? O HPV é um vírus, o papilomavírus
ou protozoários. Pílula anticoncepcional. humano.
b) Que IST ele pode causar? O condiloma acuminado.
b) Possibilidade de resposta: clamidía- c) Essa doença apresenta sintomas?
II.
se – dor e ardência ao urinar, micção
d) Qual é a importância de as mulheres faze-
frequente, inflamação nos órgãos ge-
ReaLiia/Shutterstock.com/ID/BR
rem o papanicolau?
nitais; gonorreia – dor e dificuldade ao
urinar, pus amarelado na uretra (em e) Desde 2007, existe uma vacina anti-HPV
homens), corrimento vaginal com pus que previne contra os quatro tipos de vírus
(em mulheres); hepatite B – cansaço, mais relacionados ao câncer de colo do
útero e à presença de verrugas genitais.
enjoo, vômito e icterícia.
Preservativo masculino.
Por que o uso de preservativo é necessá-
c) Certifique-se de que todos os estu- rio, mesmo que o indivíduo seja vacinado
6. a) Preservativos masculino
dantes distinguem os métodos anticon- III. e feminino, pílula combinada, contra HPV?
cepcionais, que também consistem em anticoncepcional injetável, d) e e) Veja respostas em Respostas e comentários.
dispositivo intrauterino com cobre, 4. Ainda sobre as ISTs, faça o que se pede.
métodos de prevenção às ISTs.
diafragma, anticoncepcional de • Monte uma tabela no caderno com as
3. d) O exame permite detectar inflamações, emergência e minipílula. principais informações sobre as ISTs
Lalocracio/iStock/Getty Images
tumores em estágio inicial e infecção (agente causador, forma de transmissão
pelo HPV. e prevenção). As informações da tabela vão
variar de acordo com as ISTs abordadas pelos estudantes.
e) Os preservativos protegem o corpo
5. Segundo dados da Unaids, programa conjunto
de outras ISTs e ajudam a evitar a gra-
da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre
videz. Além disso, as vacinas não são HIV/aids, na América Latina, um terço das novas
totalmente eficazes e podem falhar em DIU.
infecções pelo HIV ocorre em jovens de 15 a 24
alguns casos. Caso julgue oportuno, 1. b) O preservativo anos. Cite quais são as formas de contágio pelo
proponha aos estudantes que pesqui- A. Método de barreira. masculino, por ser um HIV e o método de prevenção a esse vírus.
sem a incidência de HPV no Brasil e no B. Método hormonal. método de barreira que Veja resposta em Respostas e comentários.
impede o contato direto 6. Segundo o Ministério da Saúde, em 2018 o Brasil
mundo. Utilize esses dados para sensi- C. Método intrauterino.com os fluidos corporais.
bilizá-los para a importância de adotar apresentava a maior taxa de mães adolescentes
a) No caderno, associe o método anticoncep- da América Latina. Ainda de acordo com esse ór-
métodos preventivos contra as ISTs. cional mostrado em cada foto ao respectivo gão, 66% dessas gestações são não planejadas.
4. Oriente os estudantes a pesquisar em tipo, descrito em A, B e C. I – B; II – A; III – C.
Organizem-se em duplas e façam o que se
fontes confiáveis. b) Qual dos métodos mostrados nas fotos é pede a seguir.
5. A transmissão do HIV pode ocorrer da o mais indicado para prevenir infecções
sexualmente transmissíveis? Justifique. a) Pesquisem quais métodos anticoncepcio-
mãe para o bebê durante a gestação, no nais são fornecidos pelo Sistema Único de
parto ou na amamentação e por meio de 2. Sobre as ISTs, faça o que se pede a seguir. Saúde (SUS).
transfusão de sangue, do contato com a) Explique o que são ISTs. Veja resposta em
agulhas ou seringas contaminadas e de Respostas e comentários. b) Elaborem cartazes informativos sobre mé-
b) Cite três exemplos de ISTs e seus princi- todos anticoncepcionais e ISTs. Cada dupla
relação sexual. A prevenção é feita com pais sintomas. Resposta variável. poderá escolher um método anticoncep-
o uso de preservativos durante a relação c) Cite dois modos de prevenção às ISTs men- cional ou uma IST. Os cartazes deverão ser
sexual, o acompanhamento pré-natal cionadas no item anterior. afixados nos corredores da escola.
e o controle dos doadores nos bancos Uso de preservativo masculino ou de preservativo Resposta variável, de acordo com a pesquisa de
de sangue. feminino durante as relações sexuais. cada dupla.
6. Procure formar grupos heterogêneos e 210
atribua tarefas de acordo com o perfil dos
estudantes. Cuide para que a organização
do espaço seja adequada à realização da
atividade e discuta as regras a serem ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C1_203A210.indd 210
DE OLHO NA BASE 04/05/22 17:27 GA_C
respeitadas por todos, deixando claro Realize uma avaliação reguladora, a fim de As atividades desta seção desenvolvem
que o trabalho deverá ser colaborativo e
diagnosticar dificuldades de aprendizagem dos as habilidades EF08CI09 e EF08CI10 e as
compartilhado no final.
estudantes em relação aos temas do capítulo. competências gerais 6, 7, 8 e 10 e espe-
cíficas 5, 7 e 8. A atividade 6 promove o
Caso verifique pontos problemáticos, você
protagonismo dos estudantes, aspecto
pode orientar a realização de pesquisas em
da competência geral 5, ao incentivar a
fontes confiáveis, como o site do Ministério pesquisa, a criatividade e a comunicação.
da Saúde, disponível em https://www.gov.br/
saude/pt-br (acesso em: 8 fev. 2022), para
buscar informações sobre ISTs e métodos
de prevenção e de contracepção. Aproveite
o momento para discutir com os estudantes
sobre a importância de saber reconhecer fontes
confiáveis de informação.
Ao final, verifique se as dificuldades apre-
sentadas pelos estudantes foram resolvidas.
210
2 SEXUALIDADE E
RESPONSABILIDADE
NO CAPÍTULO
(EF08CI09) Comparar o modo de ação e a
eficácia dos diversos métodos contracep-
tivos e justificar a necessidade de com-
*Resposta pessoal. Os estudantes podem citar os profissionais da saúde, livros, sites confiáveis, como os de partilhar a responsabilidade na escolha e
universidades, entre outras fontes de informação. na utilização do método mais adequado à
CUIDANDO DE SI MESMO PARA COMEÇAR prevenção da gravidez precoce e indeseja-
da e de Doenças Sexualmente Transmis-
As transformações físicas, sociais e emocionais que carac- Embora os jovens de hoje
síveis (DST).
terizam a adolescência costumam vir acompanhadas de respon- tenham mais autonomia
sabilidades e muitas dúvidas. Por isso, é importante que o ado- (EF08CI11) Selecionar argumentos que
e liberdade para conduzir
lescente procure conversar com pessoas de confiança. evidenciem as múltiplas dimensões da
sua vida sexual do que
sexualidade humana (biológica, sociocul-
Todo adolescente tem o direito de ser atendido na rede de os de décadas atrás, tural, afetiva e ética).
saúde pública. Os profissionais da saúde estão aptos a tirar dú- ainda falta abertura
vidas em relação às mudanças físicas e emocionais caracterís- para conversar sobre ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ticas dessa fase. • Proponha um debate sobre sexualida-
esse assunto. Onde os
O início da vida sexual deve ser acompanhado de orienta- jovens devem buscar de e responsabilidade e possibilite aos
ção sobre os métodos anticoncepcionais e de prevenção às ISTs. estudantes que exponham livremente
informações sobre saúde
Muitos profissionais da saúde recomendam o uso da dupla pro- suas opiniões. Procure orientá-los, por
sexual e reprodutiva? *
teção, que é o uso do preservativo masculino ou feminino asso- exemplo, no sentido de refletirem sobre
ciado a outro método anticoncepcional. Conversar com profissionais a responsabilidade de uma paternidade
A escolha do método anticoncepcional deve ser orientada
da saúde ajuda o adolescente a ou de uma maternidade precoce.
tirar dúvidas sobre as mudanças
por um profissional da saúde e a responsabilidade pela preven- físicas e emocionais que ocorrem • Questione os estudantes quanto à in-
nessa fase. fluência dos meios de comunicação na
ção de uma gravidez precoce deve ser do casal.
sexualidade dos adolescentes. Aproveite
a pergunta em Para começar para reforçar
a importância do uso de fontes confiáveis.
• Ressalte que o início da vida sexual cos-
tuma coincidir com o desenvolvimento
do corpo, mas nem sempre vem acom-
panhado de maturidade emocional e
psicológica para lidar com as mudanças
características dessa fase.
DE OLHO NA BASE
O conteúdo desta página promove o
modificador da habilidade EF08CI11
(dimensões da sexualidade humana) e
a habilidade EF08CI09. Também traba-
lha aspectos da competência geral da
Steve Debenport/Getty Images
211
17:27 (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_211A220.indd 211 intensificação destas sensações. É com a02/05/22
che-17:17
gada da puberdade, com o desenvolvimento físi-
Sexualidade na adolescência co, que o ser humano se torna apto a concretizar
A sexualidade, uma das características mais a sexualidade plena através do ato sexual propria-
importantes do ser humano, está presente desde mente dito, que permite tanto obter prazer eróti-
os primórdios da vida. O ser humano é movido co como procriar. […]
por suas pulsões libidinais direcionadas à busca […] Acompanhar desde cedo o processo de
do prazer e estas se manifestam muito precoce- desenvolvimento pode ajudar o adolescente a
mente. Manifestações sexuais podem ser visuali- prevenir problemas futuros como abuso sexual,
zadas em imagens ultrassonográficas de fetos do gravidez não desejada, promiscuidade ou dificul-
sexo masculino, como […] a ereção peniana. Já dades sexuais propriamente ditas […].
as meninas desde os primeiros dias de vida apre-
TaqueTTe, Stella Regina. Sexualidade na adolescência.
sentam lubrificação vaginal. Estes comporta- In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
mentos são uma demonstração da potencialidade à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
biológica para o desenvolvimento da sexualidade. Estratégicas. Saúde do adolescente: competências
e habilidades. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
Sensações sexuais estão presentes durante todo o
p. 205. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
desenvolvimento da criança, desde a amamenta- bvs/publicacoes/saude_adolescente_competencias_
ção até o início pubertário, quando então há uma habilidades.pdf. Acesso em: 8 fev. 2022.
211
212
indivíduos expressam Jennifer Siebel Newsom. a união estável entre casais homossexuais
sua sexualidade de- Documentário que aborda como foi reconhecida no ano de 2011 e, apenas
o conceito de masculinidade
pende de todos esses predominante atualmente afeta
em 2019, a homofobia foi criminalizada.
fatores associados. psicologicamente crianças e jovens. • Se julgar conveniente, promova uma dis-
É importante re- cussão com base na campanha apresen-
conhecer que não tada nesta página do Livro do Estudante.
existe um único modo Problematize o tema perguntando: “Quais
de expressar a se- são as razões de campanhas desse tipo?”.
xualidade e todas as Converse com a turma sobre a violência
formas devem ser contra homossexuais, por exemplo, o
igualmente aceitas e preconceito e a discriminação. Reforce
respeitadas. Campanha de 2020 da prefeitura de a importância de respeitar o outro, sem
Curitiba (PR) contra a homofobia. preconceitos de qualquer natureza.
213
Respeito a nós mesmos
RESPOSTAS E COMENTÁRIOS
17:17 O pouco interesse pela temática revela uma fa-
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_211A220.indd 213 ceiras. Daí o interesse científico e a importância
02/05/22 17:18
• Resposta pessoal. Os estudantes podem
ceta complexa de exclusão social e constitui um social de discutir este tema, propondo novas alter- propor a realização de campanhas ou con-
problema de saúde pública, na medida em que a nativas para reflexão e ação neste campo. vidar especialistas em direitos humanos
escassa literatura existente aponta evidências de […] para ministrar palestras e mesas-redon-
que ações voltadas à inclusão do pai adolescente das para discussão, por exemplo.
RodRigues, Laís et al. No contexto da gravidez na
podem provocar um impacto positivo na vida dos adolescência, há paternidade: revendo olhares e
sujeitos e de seus filhos, e abrem possibilidades práticas. In: Fazendo Gênero 8: corpo, violência e
para reflexões mais amplas no tocante ao compro- poder, 2008, Florianópolis. [Resumo]. Florianópolis:
misso por parte dos homens e jovens nas esferas UFSC, 2008. Simpósio temático Masculinidades
e paternidade: leituras feministas e de gênero.
da vida sexual e reprodutiva e do cuidado para Disponível em: https://www.yumpu.com/pt/document/
com a criança. Estamos diante de um complexo read/13461799/no-contexto-da-gravidez-na-
processo: dificuldades para assumir responsabi- adolescencia-ha-paternidade-ufsc. Acesso em:
lidades adultas, observadas entre adolescentes, 9 fev. 2022.
são, por vezes, reforçadas ou mesmo criadas pelas
instituições sociais que dificultam, ou impossibi-
litam, que pais adolescentes assumam funções
esperadas ou desejáveis junto a seus filhos e par-
213
DE OLHO NA BASE
Leandro Lassmar/ID/BR
Neste momento, promovem-se a
habilidade EF08CI11 e aspectos das
competências gerais da Educação Bá-
sica 5 (utilizar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma
crítica, no exercício do protagonismo)
e 9 (exercitar a empatia, o diálogo e a
cooperação), além das competências
gerais 7, 8 e 10 e específicas 5, 7 e 8
(cuidar da saúde física e emocional, de si 214
e do outro, agir pessoal e coletivamente
com responsabilidade, tomar decisões
a respeito da saúde individual e coletiva,
acolher e valorizar a diversidade, sem (IN)FORMAÇÃO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_211A220.indd 214 Marçal Ribeiro, coordenador do Mestrado em 02/05/22 17:18 GA_C
214
Leandro Lassmar/ID/BR
9
215
1. Verifique se os estudantes reconhecem 1. A dupla proteção, que é o uso de um método anticoncepcional associado ao uso de preservativo masculino ou
que os métodos anticoncepcionais hor- feminino. Respostas pessoais.
1. Qual é a recomendação de grande parte dos a) Descreva como a mulher e o homem são
monais, comportamentais e cirúrgicos profissionais da saúde para a prevenção de retratados na imagem.
não previnem ISTs. gravidez precoce e de ISTs? Qual é sua opinião b) As características associadas ao homem e
2. Após os estudantes refletirem indivi- sobre essa recomendação? Justifique. à mulher, nessa imagem, podem ser consi-
dualmente sobre a atividade, permita 2. Explique a diferença entre sexo biológico e gê- deradas estereótipos de gênero? Explique.
que eles troquem ideias reunidos em nero. O sexo biológico é determinado geneticamente no c) Pode-se afirmar que, atualmente, os pa-
duplas ou em trios. Ao final, promova momento da fecundação e o o gênero é uma construção social péis sociais de homens e mulheres sofre-
uma conversa a fim de verificar se todos 3. Leia o texto a seguir e responda às questões.do que ram mudanças? Explique.
caracteriza ser homem e ser mulher. Veja resposta em Respostas e comentários.
distinguem corretamente os conceitos 5. Leia o texto a seguir e responda às questões.
de sexo biológico e de gênero e se usam O pequeno Romeo Clarke […] tem 5 anos
5. a) Na maioria das vezes, as adolescentes não têm
tais noções corretamente, nesta e nas e adora usar seus mais de 100 vestidos para as condições financeiras nem emocionais para assumir a
atividades do dia a dia. […] Clarke virou notí- Gravidez na adolescência aumenta
próximas atividades.
cia em maio do ano passado. O projeto de con- no Brasil maternidade, e os rapazes dificilmente
3. d) Espera-se que os estudantes re- traturno que ele frequentava na cidade de se sentem responsáveis pela gravidez.
[…] b) Resposta pessoal.
conheçam que a escola está sendo Rugby, no Reino Unido, considerou as roupas
preconceituosa, ao proibir a criança impróprias. O menino ficou afastado até que A gravidez precoce é uma das ocorrências
de frequentar as aulas por causa das decidisse – palavras da instituição – “se vestir mais preocupantes relacionadas à sexualidade
roupas que usa. Questione os estudantes de acordo com seu gênero”. da adolescência, com sérias consequências
Wellington Soares. Educação sexual: precisamos para a vida dos adolescentes envolvidos, de
sobre possíveis formas de se posicionar o
falar sobre Romeo... Nova Escola, 1 fev. 2015. seus filhos que nascerão e de suas famílias.
e intervir em situações como essa. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/80/educacao-sexual-precisamos-falar- A maioria dessas adolescentes não tem
4. c) Sim. Hoje, é muito comum a mulher sobre-romeo. Acesso em: 9 fev. 2022. condições financeiras nem emocionais para
trabalhar fora de casa e participar do assumir a maternidade.
sustento da família, assim como o papel 3. a) Provavelmente, Romeo é do sexo masculino.
a) Qual é o provável sexo biológico de Romeo? […]
do homem mudou, dividindo com a mu-
b) Com qual gênero Romeo se identifica? Ex- E o pai da criança? […] Infelizmente, os
lher a responsabilidade pela criação dos
plique. Romeo identifica-se com o gênero feminino, rapazes, principalmente aqueles que ape-
filhos e pela manutenção do lar. Ao final, pois gosta de usar vestidos.
cite algumas profissões e pergunte aos c) A escola espera que Romeo se vista de nas “ficam”, dificilmente vão sentir como
acordo com qual gênero? A escola espera que Romeo sendo sua também a responsabilidade
estudantes se eles conhecem homens se vista de acordo com o
d) Em sua opinião, a atitude da escola foi cor- gênero sobre a gravidez.
e mulheres que as exercem. masculino.
reta? Justifique. As complicações psicossociais relacionadas
5. b) Verifique se os estudantes discu- Respostas pessoais.
à gravidez na adolescência são, em geral, mais
tem sobre as responsabilidades do 4. Observe a imagem a seguir e faça o que se pede.
importantes que as complicações físicas. […]
pai adolescente. Em caso de gravidez na Anna Beatriz Galdino Sarmento. Gravidez na
adolescência, é importante que ele este-
ESTRATÉGIAS DE APOIO
GA_CIE_8_LE_4ED_PNLD24_OB1_U09_C2_211A220.indd 216 Além disso, pode-se solicitar aos estudantes 05/05/22 10:13 GA_C
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ÁRVORES NATIVAS
(EF08CI07) Comparar diferentes proces-
sos reprodutivos em plantas e animais
em relação aos mecanismos adaptativos
A
tal a partir da identificação de alterações
s árvores presentes nas áreas urbanas desempenham importantes funções para o climáticas regionais e globais provocadas
meio ambiente e, consequentemente, para o ser humano, como melhoria do conforto pela intervenção humana.
térmico e luminoso, interceptação de água da chuva, estabelecimento de corredores • Investigar a realidade local em relação à
ecológicos para animais, entre outras. Assim, o plantio de árvores nativas pode ser uma ação arborização e representar essa observação
importante para a recuperação ambiental das cidades. usando linguagem cartográfica (mapa).
Para plantar árvores nativas, entretanto, é preciso primeiro produzir mudas. E a obten- • Pesquisar a reprodução de mudas e apli-
ção de mudas passa, na maioria das vezes, pela geração e germinação de uma semente e
car o aprendizado na construção de um
pelo desenvolvimento da planta jovem.
viveiro de mudas.
Neste projeto, você e os colegas vão trabalhar em conjunto para produzir mudas de plan-
tas nativas que serão destinadas ao plantio na comunidade local. • Pesquisar a arborização em áreas urbanas
e quais normas determinam essa ação.
Objetivos Procedimentos • Desenvolver folhetos informativos sobre
• Aplicar o conhecimento sobre reprodução Mapeamento do bairro a importância das áreas verdes e das
de plantas e trabalhar coletivamente na • Com um adulto responsável, andem pelo plantas nativas nas cidades.
produção de mudas. setor predeterminado e observem as áreas • Distribuir mudas de plantas nativas como
• Distribuir as mudas cultivadas para o plantio verdes do bairro. forma de melhorar a qualidade ambiental
no entorno da escola. • Fotografem os locais propícios para a da comunidade.
• Refletir sobre a importância das plantas intervenção da turma e mapeiem os locais
nativas em áreas urbanas. que sejam pouco arborizados. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Levantamento de informações • O desenvolvimento desta atividade prá-
Planejamento tica é relevante, uma vez que envolve a
• Pesquisem em livros, folhetos e na inter-
• Organizem-se em grupos de acordo com net o que é um viveiro de plantas, como
participação efetiva dos estudantes por
as orientações do professor. ele deve ser montado, quais são as meio do uso de metodologias ativas,
• A primeira etapa do projeto será mapear as técnicas de reprodução de plantas e os cui- como o mapeamento de áreas, a pesqui-
áreas verdes do bairro. Os arredores podem dados necessários para sua manutenção. sa, a semeadura e a manutenção de um
ser divididos em setores e cada grupo se Pesquisem também algumas espécies viveiro e a distribuição de mudas para
responsabilizará por mapear um setor. de plantas nativas da flora brasileira que a comunidade local.
• Em seguida, cada grupo deverá pesquisar poderiam ser cultivadas no viveiro e plan- • Inicie a atividade explicitando os ob-
os viveiros de mudas e, em um dia previa- tadas em áreas carentes de vegetação. jetivos e os procedimentos do projeto.
mente combinado, compartilhar com a • Façam uma pesquisa sobre a legislação Avalie a possibilidade de o projeto ser
turma suas descobertas. que regulamenta a arborização urbana ou iniciado no começo do segundo semes-
• Os grupos poderão se revezar nas etapas entrem em contato com a prefeitura do tre, junto com a unidade 6, que trata da
Visivasnc/iStock/Getty Images
de semeadura e de manutenção do viveiro. município onde vocês vivem para desco- reprodução de plantas.
• Ao final, a distribuição de mudas para a brir onde o plantio das mudas é autori-
• Se julgar oportuno, oriente os estudantes a
comunidade do entorno da escola deverá ser zado em seu bairro e que tipo de árvore é
realizada coletivamente pelos estudantes.
registrar, em um diário de bordo, todas as
permitido plantar em cada setor.
etapas do projeto. Esse diário poderá ser
escrito em um caderno que os estudantes
tenham em casa e não estejam utilizando,
221 incentivando a reutilização de materiais.
• Uma aula prévia de orientação para a
construção do mapa pode ser realizada
Apresentamos, a seguir, uma proposta de cronograma de trabalho.
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com o apoio do professor de Geografia.
• Ao final de cada etapa do projeto, promova
Aula(s) Ação um momento de socialização para os
estudantes apresentarem os resultados
1e2 Apresentação do projeto aos estudantes e produção do mapa dos arredores da escola. obtidos. Sempre que possível, retome os
Apresentação dos mapas e análise conjunta das condições de arborização do entorno conceitos de semente, germinação, fotos-
3 síntese e outros que estejam relacionados
da escola.
ao cultivo das mudas.
Pesquisa sobre os tipos de viveiro e verificação de quais são viáveis na escola; planeja-
4e5 • Ao discutir as informações levantadas
mento do viveiro da escola.
pela turma, apresente outros modelos de
6e7 Investigação dos impactos causados pela escola e organização dos dados coletados. viveiro, além do proposto neste projeto, e
8 Construção do viveiro e plantio de sementes. avalie a realidade da escola para fazer as
adaptações necessárias.
9 a 12 Manutenção do viveiro e acompanhamento do desenvolvimento das mudas.
13 Produção do material de comunicação para a campanha de distribuição de mudas.
14 Realização da campanha de cultivo de plantas nativas e distribuição de mudas.
221
MementoImage/iStock/Getty Images
germinação das sementes escolhidas e
Além disso, promove as competências saquinhos de mudas. no cuidado com as mudas? Descreva-as.
gerais 7, 9 e 10, ao levar os estudantes 6 Usem os palitos de sorvete para iden- 3. Vocês conseguem imaginar os impac-
a argumentar com base em informa- tificar as mudas. Vocês podem escre- tos positivos que o plantio das mudas
ções confiáveis, a praticar a escuta, ver no palito o nome da planta que vocês formaram podem ter em sua
a empatia, o diálogo e a pensar em e a data da semeadura. comunidade? Citem exemplos.
ações pessoais e coletivas com auto- 1. a 3. Respostas pessoais.
nomia e responsabilidade, tomando
decisões com base em princípios éticos
e sustentáveis. Também desenvolve a
competência específica 5 (promover
a consciência socioambiental). 222
OUTRAS FONTES
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Ciências
Ensino Fundamental
Anos finais | 8° ano
MANUAL DO PROFESSOR
André Catani
MANUAL DO
PROFESSOR
Gustavo Isaac Killner
João Batista Aguilar
Editor responsável:
2 1 1 8 1 8 André Zamboni
ISBN 978-65-5744-746-8
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva concebida, desenvolvida
2 900002 118186 e produzida por SM Educação.