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Profissional Documentos
Cultura Documentos
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RUMOS DA
ARTE
MANUAL DO
PROFESSOR
MANUAL DO PROFESSOR
MAURILIO ROCHA
Estudos Avançados em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal).
Pós-doutor pelo Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (Portugal).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Autor de livro didático de Arte.
Músico.
RODRIGO VIVAS
Licenciado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e
Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Mestre em História pela UFMG.
Doutor em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Diretor de Ação Cultural da UFMG.
Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
22-112154 CDD-372.5
Índice para catálogo sistemático:
1. Arte : Ensino fundamental 372.5
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
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Apresentação.............................................................................................................. IV
Orientações gerais....................................................................................................... V
1. A Arte e os anos finais do Ensino Fundamental..............................................................V
1.1 A importância da Arte para o processo de educação integral.................................V
1.2 O Ensino Fundamental – Anos finais...................................................................... VIII
1.3 Culturas juvenis....................................................................................................... VIII
1.4 Cultura de paz, saúde mental e bullying..................................................................IX
1.5 Temas Contemporâneos Transversais.......................................................................X
2. Visão geral da coleção.....................................................................................................X
2.1 Os volumes da coleção..............................................................................................X
2.2 A estrutura de cada volume......................................................................................XI
3. Proposta teórico-metodológica adotada ....................................................................... XII
3.1 O livro didático de Arte – Aspectos metodológicos................................................ XII
3.1.1 Metodologias ativas .....................................................................................................................XIII
3.1.2 Argumentação ..............................................................................................................................XIII
3.1.3 Inferência ..................................................................................................................................... XIV
3.1.4 Pensamento computacional........................................................................................................ XIV
ARTE III
1
Para evitar o uso de o(a), os(as) a todo momento e facilitar a leitura do 2
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Na-
texto, neste Manual do Professor usamos os termos estudante e pro- cional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Dis-
fessor, no sentido coletivo, abrangendo todos os gêneros. ponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 9 fev. 2022.
IV ARTE
ARTE V
ID/BR
Aspectos a obra levada a público.
morais
É comum que o componente curricular Arte interaja com a comu-
Aspectos Aspectos nidade escolar por meio de apresentações artísticas. A apresentação
éticos simbólicos ao público é uma característica fundamental das artes, uma vez que
estas são construídas também para serem compartilhadas. No entanto,
é importante sensibilizar a comunidade escolar no sentido de que
Aspectos Aspectos eventuais apresentações fazem parte do processo de aprendizagem
físicos afetivos
em Arte e que não devem ser consideradas apresentações profissio-
nais, mas também não devem ser entendidas como “imitação” da
arte que é produzida profissionalmente. Essas apresentações devem
Aspectos Aspectos ser valorizadas, justamente por serem executadas por estudantes
intelectuais sociais
ainda em formação, e não devem ser entendidas exclusivamente
como “resultado final” do ensino-aprendizagem, mas como parte
A BNCC objetiva a construção de uma sociedade justa, democrá- do percurso criativo dos estudantes. Sobre isso, refletem os autores
tica e inclusiva e opta por uma visão do estudante como sujeito da do livro Práticas pedagógicas em Artes:
aprendizagem, valorizando sua singularidade. Isso é feito por meio do
conceito de competência, que é definido pelo documento como: Apresentações teatrais podem ser experiências criativas, tanto para
você quanto para seus alunos, mas isso depende de como o traba-
[…] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), lho for proposto. É importante que preservemos tempo e espaço
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valo- para a criação de aulas, assegurando a possibilidade de descoberta
res para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno e conhecimento da linguagem teatral pelos alunos, e, claro, também
exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (Brasil, 2018, p. 8). pelos professores. Se, no contexto de sua escola, ainda não há con-
dições de pensar em teatro para outro fim, é bom não esquecer que
Todos os componentes curriculares da Educação Básica de- isso pode ser feito mesmo quando se prepara uma apresentação
vem contribuir para o desenvolvimento das competências gerais para datas comemorativas. (Mödinger et al, 2012, p. 24).
propostas pela BNCC, na mobilização de seus conhecimentos e
habilidades específicos. O conhecimento refere-se à aquisição de Apesar de o texto citado anteriormente relacionar-se es-
saberes importantes para a vida, e as habilidades constituem a pecificamente ao teatro, ele pode ser pensado também para
aplicação desses conhecimentos no cotidiano. Isso se dá por meio as demais linguagens. É muito comum a apresentação de
de atitudes, ou seja, da disposição para aplicar, quando necessário, dança, por exemplo, estar associada, no contexto escolar, a
os conhecimentos e as habilidades em uma rede de valores que coreografias de passos preconcebidos, acentuando o enten-
propõe sua utilização de forma consciente, ética e construtiva. dimento da dança apenas como entretenimento durante as
Para o componente curricular Arte no Ensino Fundamental, datas comemorativas na escola. Sobre esse assunto, em seu
a BNCC prevê quatro linguagens – artes visuais, dança, teatro livro Interações: crianças, dança e escola, a coreógrafa Isabel
e música – e abrange as artes integradas: Marques faz um alerta:
No Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está […] a cópia mecânica de repertórios não educa corpos cênicos
centrado nas seguintes linguagens: as Artes visuais, a Dan- ou lúdicos; “educam”, isto sim, corpos silenciados, apáticos, não
ça, a Música e o Teatro. Essas linguagens articulam saberes participantes e/ou expressivos. Isso significa também educar
referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as prá- cidadãos não lúdicos, silenciados, apáticos, não participantes
ticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre e/ou expressivos. (Marques, 2012, p. 41).
formas artísticas. […] (Brasil, 2018, p. 193).
É importante frisar que a dança no contexto escolar deve
Compreender Arte como componente curricular é valorizar suas buscar não apenas o desenvolvimento motor dos estudantes,
práticas e saberes em si, extrapolando seu uso como ferramenta mas principalmente suas capacidades expressivas, imaginativas
pedagógica para a aprendizagem de outros conteúdos. As artes5 e criativas. A valorização do processo criativo em relação ao
provocam experiências significativas por meio da experimentação, resultado também pode ser observada na BNCC:
da leitura das obras de arte e da contextualização dos procedi-
mentos, das técnicas e dos processos criativos em arte. Portanto, […] Os processos de criação precisam ser compreendidos
além de ser um componente curricular, a Arte é uma experiência como tão relevantes quanto os eventuais produtos. […]
que ultrapassa a cópia simples de modelos preestabelecidos ou A prática investigativa constitui o modo de produção e orga-
o desejo de resultados considerados “bons” ou “belos”. nização dos conhecimentos em Arte. É no percurso do fazer
artístico que os alunos criam, experimentam, desenvolvem e
O filósofo italiano Luigi Pareyson (1918-1991) entendia o processo percebem uma poética pessoal. […] (Brasil, 2018, p. 193).
artístico como uma decantação. Por meio das escolhas feitas pelos
5
Usamos o termo artes ao nos referirmos às diversas linguagens da arte:
6
Usamos a expressão obra de arte para o produto artístico: uma escul-
artes visuais, dança, teatro, música, entre outras. tura, uma peça de teatro, uma dança, uma música, um soneto, etc.
VI ARTE
ARTE VII
VIII ARTE
ARTE IX
X ARTE
ARTE XI
XII ARTE
Metodologias ativas
A vida em sociedade trouxe para os seres humanos um aprendi-
Estudantes como agentes da zado extremamente importante: não se poderiam resolver todas
construção da própria aprendizagem. as questões pela força, era preciso usar a palavra para persuadir
os outros a fazer alguma coisa. Por isso, o aparecimento da ar-
Aulas mais dinâmicas. gumentação está ligado à vida em sociedade e, principalmente,
ao surgimento das primeiras democracias. No contexto em que
os cidadãos eram chamados a resolver as questões da cidade
Maior autonomia dos estudantes.
é que surgem também os primeiros tratados de argumentação.
Eles ensinam a arte da persuasão.
Valorização de opiniões, conhecimentos
Todo discurso tem uma dimensão argumentativa. Alguns se
prévios e experiências. apresentam como explicitamente argumentativos (por exemplo,
o discurso político, o discurso publicitário), enquanto outros não
Incentivo à reflexão. se apresentam como tal (por exemplo, o discurso didático, o dis-
curso romanesco, o discurso lírico). No entanto, todos são argu-
Preparação para atuar na vida em sociedade. mentativos: de um lado, porque o modo de funcionamento real
do discurso é o dialogismo; de outro, porque sempre o enunciador
pretende que suas posições sejam acolhidas, que ele mesmo seja
O foco de uma prática pedagógica que considere as meto- aceito, que o enunciatário faça dele uma boa imagem.
dologias ativas é o trabalho com um processo de aprendizagem
mais desafiador e motivador para os estudantes, propondo a A coleção apresenta oportunidades em que o professor
construção de conhecimentos por meio de questionamentos e poderá levar os estudantes a exercitar suas capacidades ar-
de experimentação e incentivando as potencialidades individuais, gumentativas de maneira oral e escrita, como na realização de
como criatividade e sensibilidade. atividades de pesquisa seguidas de apresentação e debate de
Entre as metodologias ativas mais utilizadas atualmente ideias. É importante que, no decorrer dos anos finais do Ensino
estão a aprendizagem baseada em projetos, a aprendizagem Fundamental, eles sejam incentivados a recorrer à argumenta-
entre times, a sala de aula invertida, as abordagens mistas e a ção embasada e a verificar fontes e informações, procurando
aprendizagem colaborativa. argumentos que as corroborem ou as contrariem.
Nesta coleção, há seções que se inserem nas bases da Dessa maneira, os estudantes desenvolvem a argumentação
aprendizagem colaborativa, como “Mãos à obra” e “Atividade de forma significativa, respeitando a pluralidade de ideias e con-
complementar”, pois promovem templando a competência geral da Educação Básica 7 da BNCC:
ARTE XIII
XIV ARTE
ARTE XV
XVI ARTE
ARTE XVII
ID/BR
tudantes com base no trânsito criativo entre as linguagens
artísticas e suas formas híbridas, evidenciando conexões e
procedimentos estéticos, além de suas formas de se rela-
cionar com o tempo e a sociedade da qual fazem ou fizeram
parte. Isso acontece na integração do conhecimento entre
as diversas linguagens artísticas em práticas que, conhe-
cendo as especificidades de cada arte, transita entre elas e,
muitas vezes, chega a criar uma nova forma expressiva ou
procedimental, possibilitando uma aprendizagem complexa.
A BNCC, nesse sentido, estabelece as artes integradas
como a unidade temática que “[…] explora as relações e
articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas,
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias
de informação e comunicação.” (Brasil, 2018, p. 197). Para
isso, foram apresentados vários exemplos de obras artísticas
que integram mais de uma linguagem e a influência tecnoló-
gica na produção artística contemporânea. Além disso, há
atividades experimentais que pretendem relacionar diferentes
linguagens artísticas de maneira prática, contextualizada
e reflexiva. Esses conteúdos são trabalhados ao longo da
coleção e distribuídos nos quatro volumes, mas aparecem
principalmente nas “Atividades complementares”, presentes Grupos numerosos e diversos são um desafio para o professor, mas é possí-
após a primeira Unidade de cada volume. vel tirar proveito dessa situação e criar um ambiente favorável à aprendizagem.
XVIII ARTE
ID/BR
REGULADORA
No caso específico de Arte, em uma atividade prática de teatro,
por exemplo, é possível dar a um estudante que tenha dificuldade
em lidar com o público a oportunidade de fazer um papel ativo
em uma cena, explorando suas potencialidades. A organização e
a divisão dos papéis em uma atividade auxiliam os estudantes a
identificar sua importância e sua contribuição no grupo, levando-
-os a tomar a iniciativa e a ter responsabilidade com os colegas.
Por fim, vale ressaltar que, ao serem levados a diversificar
os grupos e a experimentar papéis com os quais não estão
acostumados, os estudantes sairão de sua zona de conforto, CICLO
INICIAL FINAL
o que pode resultar em conflitos e desconfortos. Assim, cabe AVALIATIVO
ao professor desenvolver com a turma um espaço de exercí-
cio da escuta atenta e da empatia, explorando as habilidades
deliberativas e de comunicação não violenta para a resolução
de conflitos, estimulando o diálogo e as práticas da cultura de
paz entre os estudantes.
A compreensão não pode ser quantificada. […] Nela encontra-se A avaliação inicial é aquela que leva em consideração a
a missão propriamente espiritual da educação: ensinar a com- singularidade de cada estudante e da turma coletivamente.
preensão entre as pessoas como condição e garantia da solida- Pretende-se saber quais são os conhecimentos prévios dos
riedade intelectual e moral da humanidade. (morin, 2011, p. 93). estudantes em relação àquilo que será trabalhado. Essa avaliação
diagnóstica permite que o professor realize um planejamento
Se a missão da educação, como afirma Morin, é ensinar a “fundamentado e, ao mesmo tempo, flexível […] em que as
compreensão humana, entendemos que essa é uma missão atividades e tarefas e os próprios conteúdos de trabalho se
a ser compartilhada por todas as áreas de conhecimento adequarão constantemente.” (ZaBala, 2007, p. 201).
ARTE XIX
XX ARTE
ARTE XXI
Artes integradas
• Características narrativas e visuais das HQs
• Diferentes tipos de plano
• Encenação de HQs
• Storyboard
• Criação de HQs
• Criação de storyboard
• Criação de cena
• Apresentação de cena
XXII ARTE
Música Música
• Musicalidade do samba de roda • Notação musical
• Pulsação e ritmo do samba de roda • Cânone
• Samba carioca • Cantando em cânone
• Musicalidade do carimbó • Notação musical alternativa
• Dança no carimbó • Sonorizando partitura alternativa
• Pulsação e ritmo do carimbó • Ciência e poesia
• Musicalidade do povo indígena Kalapalo • Música: do analógico ao digital
• Mudanças na gravação de sons e músicas
Teatro • Som analógico e som digital
• Intervenções urbanas • Gravação digital
• A escola e a cidade como patrimônio • Novos gêneros digitais
• Audiowalk • Software de edição de som
• Formas de conhecer uma cidade
• Criação de audiowalk Teatro
• Artistas de rua • Referências históricas
• Artes cênicas e patrimônio imaterial • Deus ex machina
• Cultura popular brasileira no mundo • Teatro de sombras
• Teatro e cinema
Artes integradas • Teatro e pandemia
• Diálogo entre diferentes linguagens artísticas • Teatro e internet
• Dança • Criação de cena teatral
• Música • Convívio teatral
• Pintura • Teatro de robôs
• Happenings
• Performance Artes integradas
• Literatura • Os corpos dançantes e a tecnologia
• Diálogo entre linguagens no patrimônio cultural brasileiro • Videodança
• Criação de Parangolés • Criação de videodança e cenário
• Cenografia
• Filmagem
ARTE XXIII
Dança e Contextos e práticas (EF69AR09) Pesquisar e analisar 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente
tecnologia diferentes formas de expressão, práticas e produções artísticas e culturais do
Trocando ideias representação e encenação da seu entorno social, dos povos indígenas, das
dança, reconhecendo e apreciando comunidades tradicionais brasileiras e de diversas
Tecnologias
composições de dança de artistas e sociedades, em distintos tempos e espaços, para
associadas à
grupos brasileiros e estrangeiros de reconhecer a arte como um fenômeno cultural,
dança
diferentes épocas. histórico, social e sensível a diferentes contextos e
Sapatilha de dialogar com as diversidades.
(EF69AR31) Relacionar as práticas
ponta
artísticas às diferentes dimensões da 2. Compreender as relações entre as linguagens da
Cenário e vida social, cultural, política, histórica, Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas
iluminação econômica, estética e ética. possibilitadas pelo uso das novas tecnologias
Figurinos de informação e comunicação, pelo cinema e
Tecnologia pelo audiovisual, nas condições particulares de
Arte e tecnologia (EF69AR35) Identificar e manipular
digital e dança produção, na prática de cada linguagem e nas suas
diferentes tecnologias e recursos
articulações.
Instrumentos digitais para acessar, apreciar, produzir,
digitais registrar e compartilhar práticas e 6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado
repertórios artísticos, de modo reflexivo, e consumo, compreendendo, de forma crítica
A videodança
ético e responsável. e problematizadora, modos de produção e de
circulação da arte na sociedade.
Elementos da (EF69AR10) Explorar elementos
linguagem constitutivos do movimento cotidiano
e do movimento dançado, abordando,
criticamente, o desenvolvimento das
formas da dança em sua história
tradicional e contemporânea.
XXIV ARTE
ARTE XXV
Mãos à obra – Elementos da (EF69AR11) Experimentar e analisar 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de
Experimentando linguagem os fatores de movimento (tempo, peso, registro, pesquisa e criação artística.
a criação de fluência e espaço) como elementos que, 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o
uma videodança combinados, geram as ações corporais trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
Outras vozes e o movimento dançado.
O corpo Processos de criação (EF69AR15) Discutir as experiências 6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado
na dança pessoais e coletivas em dança e consumo, compreendendo, de forma crítica e
contemporânea vivenciadas na escola e em outros problematizadora, modos de produção e de
Trocando ideias contextos, problematizando estereótipos circulação da arte na sociedade.
e preconceitos.
Em poucas
palavras
XXVI ARTE
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer Cultura digital
de informação e comunicação de forma crítica, à abordagem própria das ciências, incluindo Artes visuais
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
sociais (incluindo as escolares), para se comunicar imaginação e a criatividade, para investigar causas,
por meio das diferentes linguagens e mídias, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
produzir conhecimentos, resolver problemas e problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
desenvolver projetos autorais e coletivos. com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias
e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base
em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
ou visual-motora, como Libras, e escrita), e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
corporal, visual, sonora e digital –, para se o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
expressar e partilhar informações, experiências, acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
ideias e sentimentos em diferentes contextos de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
e produzir sentidos que levem ao diálogo, à potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
resolução de conflitos e à cooperação.
ARTE XXVII
Seções e temas
Objetos de Competências específicas de Arte para o
da Atividade Habilidades
conhecimento Ensino Fundamental
complementar
Pesquisar Contextos e práticas (EF69AR09) Pesquisar e analisar 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar
diferentes formas de expressão, criticamente práticas e produções artísticas
representação e encenação da dança, e culturais do seu entorno social, dos povos
reconhecendo e apreciando composições indígenas, das comunidades tradicionais
de dança de artistas e grupos brasileiros brasileiras e de diversas sociedades, em
e estrangeiros de diferentes épocas. distintos tempos e espaços, para reconhecer
a arte como um fenômeno cultural, histórico,
Estratégias de escrita: (EF89LP25) Divulgar o resultado de social e sensível a diferentes contextos e
textualização, revisão e pesquisas por meio de apresentações dialogar com as diversidades.
edição orais, verbetes de enciclopédias
colaborativas, reportagens de divulgação
científica, vlogs científicos, vídeos de
diferentes tipos etc.
XXVIII ARTE
ARTE XXIX
Artes visuais e tecnologia Contextos e (EF69AR03) Analisar situações nas quais 5. Mobilizar recursos tecnológicos como
Trocando ideias práticas as linguagens das artes visuais se formas de registro, pesquisa e criação
integram às linguagens audiovisuais (cinema, artística.
Arte e tecnologia na
animações, vídeos etc.), gráficas (capas de
fotografia
livros, ilustrações de textos diversos etc.),
Fotopintura cenográficas, coreográficas, musicais etc.
Mãos à obra – Recolorir
o mundo Materialidades (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes
Arte e tecnologia no formas de expressão artística (desenho,
cinema pintura, colagem, quadrinhos, dobradura,
Videoarte escultura, modelagem, instalação, vídeo,
fotografia, performance etc.).
Arte cinética
Arte digital Arte e (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes
Web arte tecnologia tecnologias e recursos digitais para acessar,
Outras vozes apreciar, produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios artísticos, de modo
reflexivo, ético e responsável.
A tecnologia a serviço Materialidades (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes 7. Problematizar questões políticas, sociais,
dos museus formas de expressão artística (desenho, econômicas, científicas, tecnológicas e
Explorando na rede – pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, culturais, por meio de exercícios, produções,
Visita virtual escultura, modelagem, instalação, vídeo, intervenções e apresentações artísticas.
fotografia, performance etc.).
Arte do amanhã – Sistemas da (EF69AR08) Diferenciar as categorias de artista, 2. Compreender as relações entre as linguagens
Reapropriação de linguagem artesão, produtor cultural, curador, designer, da Arte e suas práticas integradas, inclusive
dispositivos tecnológicos entre outras, estabelecendo relações entre os aquelas possibilitadas pelo uso das novas
Trocando ideias profissionais do sistema das artes visuais. tecnologias de informação e comunicação,
pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições
Em poucas palavras
Processos de (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, particulares de produção, na prática de cada
criação proposições temáticas, repertórios imagéticos e linguagem e nas suas articulações.
processos de criação nas suas produções visuais.
XXX ARTE
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais 2. Exercitar a curiosidade intelectual e Cultura digital Educação
de informação e comunicação de forma crítica, recorrer à abordagem própria das ciências, Audiovisual em Direitos
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas incluindo a investigação, a reflexão, a análise Humanos
Cibercultura
sociais (incluindo as escolares), para se comunicar crítica, a imaginação e a criatividade, para Educação
por meio das diferentes linguagens e mídias, investigar causas, elaborar e testar hipóteses, Física (cinética)
Ambiental
produzir conhecimentos, resolver problemas e formular e resolver problemas e criar Patrimônio
Educação
desenvolver projetos autorais e coletivos. soluções (inclusive tecnológicas) com base cultural
Financeira
nos conhecimentos das diferentes áreas. Geografia
Educação Fiscal
Ciências
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
de vista que respeitem o outro e promovam os direitos digitais de informação e comunicação de
humanos, a consciência socioambiental e o consumo forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
responsável em âmbito local, regional e global, diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
atuando criticamente frente a questões do mundo para se comunicar, acessar e disseminar
contemporâneo. informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, digitais de informação e comunicação de
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
ao patrimônio cultural da humanidade, bem como diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
participar de práticas diversificadas individuais e para se comunicar, acessar e disseminar
coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à informações, produzir conhecimentos, resolver
diversidade de saberes, identidades e culturas. problemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva.
ARTE XXXI
Teatro e tecnologia Contextos e (EF69AR24) Reconhecer e 2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas
Trocando ideias práticas apreciar artistas e grupos de práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das
teatro brasileiros e estrangeiros novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema
Algumas referências
de diferentes épocas, e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na
históricas
investigando os modos de prática de cada linguagem e nas suas articulações.
Deus ex machina criação, produção, divulgação, 3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e
Teatro de sombras circulação e organização da culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e
atuação profissional em teatro. nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua
tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as
Arte e (EF69AR35) Identificar e nas criações em Arte.
tecnologia manipular diferentes tecnologias
e recursos digitais para acessar,
apreciar, produzir, registrar
e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo
reflexivo, ético e responsável.
Convívio teatral Contextos e (EF69AR25) Identificar e analisar 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro,
Teatro de robôs práticas diferentes estilos cênicos, pesquisa e criação artística.
contextualizando-os no tempo e 6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo,
Atividades
no espaço de modo a aprimorar compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos
Explorando na rede – a capacidade de apreciação da de produção e de circulação da arte na sociedade.
O teatro na internet estética teatral.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas
Trocando ideias
práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das
Em poucas palavras Arte e (EF69AR35) Identificar e novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema
tecnologia manipular diferentes tecnologias e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na
e recursos digitais para acessar, prática de cada linguagem e nas suas articulações.
apreciar, produzir, registrar
e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo
reflexivo, ético e responsável.
XXXII ARTE
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem
fruir e respeitar as diversas manifestações própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
artísticas e culturais, das locais às mundiais, análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
cultural da humanidade, bem como participar problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
de práticas diversificadas individuais e coletivas, base nos conhecimentos das diferentes áreas.
da produção artístico-cultural, com respeito à 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
diversidade de saberes, identidades e culturas. informação e comunicação de forma crítica, significativa,
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
de informação e comunicação de forma crítica, as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
sociais (incluindo as escolares), para se comunicar
por meio das diferentes linguagens e mídias, 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
produzir conhecimentos, resolver problemas e responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação
desenvolver projetos autorais e coletivos. tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
ARTE XXXIII
Música e tecnologia Elementos da (EF69AR20) Explorar e analisar elementos 5. Mobilizar recursos tecnológicos
Trocando ideias linguagem constitutivos da música (altura, intensidade, como formas de registro, pesquisa e
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos criação artística.
Notação musical
tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, 8. Desenvolver a autonomia, a
Atividades canções e práticas diversas de composição/ crítica, a autoria e o trabalho coletivo
Cânone criação, execução e apreciação musicais. e colaborativo nas artes.
Mãos à obra – Cantando
a escala de Dó maior em Notação e registro (EF69AR22) Explorar e identificar diferentes
cânone musical formas de registro musical (notação
Mãos à obra – Cantando musical tradicional, partituras criativas e
o “Kamiolê” procedimentos da música contemporânea),
bem como procedimentos e técnicas de
Arte do amanhã – registro em áudio e audiovisual.
Núcleos Estaduais de
Orquestras Juvenis e
Processos de criação (EF69AR23) Explorar e criar improvisações,
Infantis da Bahia
composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras,
Notação musical entre outros, utilizando vozes, sons corporais
alternativa e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos,
Atividades convencionais ou não convencionais,
Mãos à obra – expressando ideias musicais de maneira
Sonorizando uma partitura individual, coletiva e colaborativa.
alternativa
XXXIV ARTE
ARTE XXXV
Viva a ciência! Viva a Contextos e práticas (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da 5. Mobilizar recursos tecnológicos
poesia! apreciação musical, usos e funções da música como formas de registro, pesquisa e
Atividades em seus contextos de produção e circulação, criação artística.
relacionando as práticas musicais às 6. Estabelecer relações entre
Música: do analógico ao
diferentes dimensões da vida social, cultural, arte, mídia, mercado e consumo,
digital
política, histórica, econômica, estética e ética. compreendendo, de forma crítica e
As mudanças na gravação
(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel problematizadora, modos de produção
de sons e músicas
de músicos e grupos de música brasileiros e de circulação da arte na sociedade.
Som analógico × som e estrangeiros que contribuíram para o 7. Problematizar questões políticas,
digital desenvolvimento de formas e gêneros musicais. sociais, econômicas, científicas,
Os passos da gravação (EF69AR19) Identificar e analisar diferentes tecnológicas e culturais, por meio de
digital estilos musicais, contextualizando-os no exercícios, produções, intervenções
Novos gêneros musicais tempo e no espaço, de modo a aprimorar a e apresentações artísticas.
capacidade de apreciação da estética musical. 9. Analisar e valorizar o patrimônio
artístico nacional e internacional,
Elementos da (EF69AR20) Explorar e analisar elementos material e imaterial, com suas
linguagem constitutivos da música (altura, intensidade, histórias e diferentes visões de mundo.
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos
tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos,
canções e práticas diversas de composição/
criação, execução e apreciação musicais.
Explorando na rede – Contextos e práticas (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da 3. Pesquisar e conhecer distintas
Softwares de edição de apreciação musical, usos e funções da música matrizes estéticas e culturais –
som em seus contextos de produção e circulação, especialmente aquelas manifestas
Outras vozes relacionando as práticas musicais às na arte e nas culturas que
diferentes dimensões da vida social, cultural, constituem a identidade brasileira –,
Arte do amanhã – O
política, histórica, econômica, estética e ética. sua tradição e manifestações
projeto Música por Meios
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, contemporâneas, reelaborando-as
Eletrônicos
diferentes meios e equipamentos culturais de nas criações em Arte.
Trocando ideias
circulação da música e do conhecimento musical. 5. Mobilizar recursos tecnológicos
Em poucas palavras como formas de registro, pesquisa e
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes
estilos musicais, contextualizando-os no criação artística.
tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
XXXVI ARTE
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 28 mar. 2022.
ARTE XXXVII
XXXVIII ARTE
ARTE XXXIX
1
DANÇA E
UNIDADE
Trocando ideias
A dança e as outras manifestações artísticas sempre utilizaram recursos tecnológicos dispo-
níveis de sua época para desenvolver suas linguagens. Atualmente, os recursos tecnológicos
Questões que introduzem o tema desenvolvido na
digitais, oriundos da era da informação, têm sido cada vez mais usados na pesquisa de pro-
cessos criativos em dança, propondo novas formas de espetáculo que podem combinar essa
Dançarino interage com
imagens virtuais em
Unidade. Por meio desta seção, é possível registrar
linguagem artística com novas tecnologias.
Muitos recursos tecnológicos, como projeções de vídeo, animações e recursos multimídia,
movimento na coreografia
Hakanaï, dos artistas
franceses Claire Bardainne
os conhecimentos iniciais dos estudantes sobre
vêm sendo utilizados como elementos cênicos e interativos, como podemos observar na foto da
coreografia Hakanaï que abre esta Unidade.
(1978- ) e Adrien Mondot
(1979- ). Chennai, Índia.
Foto de 2018.
o tema, permitindo, assim, uma avaliação inicial,
ou diagnóstica, dos conhecimentos prévios e dos
8 9
interesses da turma.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Visita virtual
capacidade técnica de se reproduzir e chegar a milhões de pessoas. O mesmo
aconteceu com o surgimento da televisão, dos aparelhos de videocassete e DVD
e, finalmente, do streaming por meio da internet. Boxe com o significado Nesta atividade, você verá como são organizadas as obras em uma exposição.
Para isso, realizará uma visita virtual ao Museu de Arte Sacra da cidade de São João
Explorando na rede
de palavras e expressões
del Rei, em Minas Gerais.
Nesse contexto, a morte do teatro foi decretada por críticos e jornalistas
em diversas ocasiões, inclusive durante o distanciamento físico na pandemia
de covid-19. No entanto, apesar do impacto das novas tecnologias no modo
1
1. Acesse a visita virtual ao Museu de Arte Sacra, disponibilizada no site https://
www.eravirtual.org/mas_sjdr/index.htm (acesso em: 23 mar. 2022). Atividade de pesquisa na
destacadas no texto do
como as pessoas se relacionam com o teatro, ele continua vivo.
internet de conteúdos e
DISPONÍVEL EM: <HTTPS://WWW.ERAVIRTUAL.ORG/MAS_SJDR/
INDEX.HTM>. ACESSO EM: 28 ABR. 2022.
Uma das razões da vitalidade do teatro é sua capacidade de se adaptar
e incorporar diversas tecnologias em cena, de maneira inovadora. O alemão
Erwin Piscator (1893-1966) foi pioneiro nisso. Piscator utilizou-se do cinema
no teatro como uma forma de: Livro do Estudante. Esse Imagem da visita informações relacionados ao
elemento colabora para a
virtual ao Museu de
Explore o museu por meio do menu lateral localizado no canto direito da tela.
Usando esse menu é possível conhecer diferentes seções, salas e ambientes.
habilidades de pesquisa e
de seleção de informações.
acontecimentos de
1918 a 1919 que
SASHA STONE/ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
culminaram com 4 O museu também disponibiliza uma visualização em 360 graus de todos os
a derrubada do ambientes. Acesse-a para visitar outras salas por meio das setas verdes que
diagnóstica e formativa,
6 Depois de concluída a visita, converse com os colegas sobre a estrutura e a
organização do acervo do museu, tendo como ponto de partida as pergun-
tas a seguir.
segundo os parâmetros
• Quais eram as principais características do acervo?
• As peças estavam organizadas em diferentes ambientes por qual critério: cro-
nológico ou temático?
• Em cada ambiente, de que maneira os artefatos estavam dispostos? Como isso
contribuiu para sua apreciação de cada peça?
• As informações apresentadas em cada ambiente e pela fala do narrador con-
sugeridos para a avaliação
neste Manual do Professor.
Perfil de Erwin Piscator
projetado no cenário de tribuíram de que modo em sua visita?
uma de suas peças.
Reapropriação de dispositivos
Outras vozes Arte do amanhã
Na peça Distância, dirigida pelo argentino Matías Umpierrez (1980- ), a cena é ocu-
pada por grandes telas nas quais atrizes em diversas cidades do mundo se relacionam, por
meio do computador, com seus amores que estão distantes. A obra é toda filmada ao vivo tecnológicos
e exibida via streaming.
reportagens ou notícias
câmeras fotográficas, entre outros, tornam-se obsoletos cada vez mais rapidamente.
Distância, peça
Um dos efeitos causados pelo consumo em excesso é a redução da vida útil dos ob-
jetos tecnológicos, o que aumenta consideravelmente a produção de lixo. Muitos desses artísticas com questões
relacionadas a artistas importantes para
teatral que usa objetos são descartados de maneira irregular e não há reciclagem dos diversos materiais
transmissão reutilizáveis que os compõem, o que inclui metais de alto valor, como ouro, prata, cobre,
por streaming e
platina e paládio. Outro problema é que vários componentes apresentam substâncias quí-
que estreou em
[…] Preciso dialogar com esse espectador que está inquieto. [Na peça Distância] a ideia
era que o público não precisasse entender a obra, e sim recortar. Parte da virtualidade está
da Unidade e para a Em 2001, o artista brasileiro Cildo Meireles (1948- ) construiu uma instalação com
mais de novecentos aparelhos de rádio ligados ao mesmo tempo, empilhados em círculo,
formando uma torre de 5 metros de altura.
ecologia e sociologia,
relacionada com a ação de recortar. Recortar porque o cosmo virtual é quase infinito e está
ampliação do repertório em busca de um futuro
GUY BELL/SHUTTERSTOCK.COM
crescendo constantemente. Cresce sem medida, à medida que nós vamos crescendo. Por
isso existem ferramentas [de busca na internet] que é nossa forma de recorte real. […]
Matías Umpierrez. Em: M. L. Muniz; J. Dubatti.
Cena de exceção: o teatro neotecnológico em Belo Horizonte (Brasil) e Buenos Aires (Argentina).
Revista brasileira de estudos da presença, Porto Alegre, v. 8, n. 2. p. 366-389, 2018.
artístico dos estudantes. sustentável, possibilitando
o trabalho com temas
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2237-266069727. Acesso em: 8 mar. 2022.
3
vendo uma peça de teatro, um filme, uma série ou jogando um game?
Como você compreende a seguinte frase de Matías Umpierrez: “a ideia era que o Cildo Meireles.
contemporâneos
e próximos da
público não precisasse entender a obra, e sim recortar”? Babel 2001, 2001.
Instalação de
estrutura metálica
4 Quando navega pela internet, você realiza um recorte? Como seleciona páginas, e rádios, 500 cm x
XL ARTE
Materiais:
com os fundamentos da
da, interagindo com ela e Na dança contemporânea, não existe apenas um tipo de corpo. Existem,
se inspirando em seus for- sim, diferentes tipos de corpo, com jeitos próprios de ser e de se movimentar.
matos e ritmos. Em segui-
da, improvisem movimen-
tos coletivamente.
aprendizagem colaborativa.
O bailarino deve respeitar e valorizar seu corpo, explorando suas possibilida-
des únicas e singulares e expressando suas experiências pessoais. questões para a verificação
da aprendizagem
Atividades
11
a letra da composição a seguir. 22 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Devolva-me
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Seção de atividades
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor, meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me!
individuais e coletivas que
Deixe-me sozinho
Porque assim permitem aos estudantes
praticar e desenvolver os
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz
Lilian Knapp; Renato Barros. Devolva-me. Em: Devolva-me. Rio de Janeiro: CBS. Compacto, lado 1. diagnóstica e formativa,
2. Quais instrumentos musicais você conseguiu identificar na gravação?
segundo os parâmetros TROCANDO IDEIAS
3. Com relação aos elementos musicais (andamento, ritmo, gêneros musicais), o
que você percebeu de mais marcante na gravação? sugeridos para a avaliação • Com base nas perguntas a seguir, reflita sobre o que foi abordado nesta Unidade e
converse com os colegas e o(a) professor(a).
Em poucas
Nesta Unidade, você:
• experimentou formas tradicionais e alternativas de notações musicais;
• cantou em cânone;
palavras
• identificou a temática da tecnologia em composições de artistas brasileiros e interna-
cionais;
• conheceu conceitos e modos de produção digital de música.
Filme
ATIVIDADE COMPLEMENTAR: • Ron Bugado, direção de Sarah Smith, Jean-Philippe Vine e Octavio E. Rodriguez. Estados
Unidos, 2021 (107 min).
A animação, que conta a história de um menino e seu robô, apresenta uma visão crítica
sobre o quanto as pessoas estão inseridas no mundo tecnológico, a ponto de perder
ARTES INTEGRADAS
A arte está em constante transformação. A relação da dança com a tecnologia tem contribuído
Atividade contato com outros aspectos da vida cotidiana.
efetivamente para a consolidação de novas propostas artísticas. As montagens que combinam arti-
fícios virtuais e corpos humanos e mecânicos multiplicam-se pelos palcos. Com isso, os movimentos
de dança ganham novas dimensões e texturas. Assim, a tecnologia desafia não só a capacidade complementar: NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 125
Artes integradas
criativa de coreógrafos e de bailarinos, como também os olhares do público.
Nesta “Atividade complementar”, você conhecerá uma experiência da dança que extrapola os limi-
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd 125 6/3/22 10:52 AM
tes dessa linguagem artística por meio da utilização da tecnologia e da integração com as artes visuais.
ARTE XLI
3
TEATRO
TEATRO EE
NIDADE
UNIDADE
Unidade 3 TECNOLOGIA
TECNOLOGIA Veja
Vejarespostas
respostasnas
•• Converse
Conversecom
nasOrientações
Orientaçõesdidáticas
comososcolegas
didáticasdeste
colegaseeo(a)
desteManual
ManualdodoProfessor.
o(a)professor(a)
professor(a)sobre
Professor.
sobreaatecnologia
tecnologiana
naprodução
produçãode
de Trocando ideias
Objetivos: relacionar a tecnologia ao teatro conteúdo
conteúdoartístico
artísticoeeresponda
respondaàsàsperguntas
perguntasaaseguir.
seguir.
Objetivos e justificativa
a) Respostas pessoais. Dê início ao debate
desde suas origens por meio de exemplos do a)a) Quando
Quandovocê
vocêinterage
interagecom
comasastecnologias
tecnologiasdigitais
digitaisem
emseu
seudia
diaaadia?
dia?Quais
Quaisusos
usosvocê
você
Ocidente e do Oriente no uso de diversos me- U faz
fazde
dedispositivos
dispositivoscomo smartphone, ,tablet
comosmartphone tableteecomputador
computadorconectados
conectadosààinternet?
internet?
sobre o uso das tecnologias digitais no
canismos; refletir sobre as origens do cinema e, cotidiano dos estudantes. Estimule-os a
b)b) Você
Vocêjájáusou
usouaainternet
internetpara
paracriar
criarconteúdos
conteúdosememáudio,
áudio,em
emimagem
imagemou
ouaudiovisual?
audiovisual?
posteriormente, da televisão e do computador, refletir sobre o comportamento deles em
OOque
quevocê
vocêainda
aindanãonãofez
fezeegostaria
gostariade
defazer?
fazer?
e sobre sua relação com o teatro; debater o relação aos dispositivos e à internet.
uso da internet no cotidiano, identificando e c)c) Você
Vocêjájáinteragiu
interagiucom
comuma
umaobra
obrade
deteatro
teatropela
pelainternet?
internet?Compartilhe
Compartilhesuas
suasexperiências.
experiências.
pedagógicos e a respectiva
em diálogo com seu tempo e aberta a influên-
cias de novas tecnologias; identificar o teatro para incluir questões importantes, como
como uma forma de resistência à virtualização a privacidade dos outros e de si mesmo,
das relações contemporâneas ao promover o a divulgação e o compartilhamento de
justificativa.
encontro de uma mesma coordenada espa- informações sem a checagem de fontes
çotemporal; discutir os efeitos da pandemia e outros problemas associados ao uso
de covid-19 no teatro e em sua relação com não consciente da rede.
a internet e outras mídias digitais.
c) A interação com uma obra de teatro pela
Justificativa: o processo de ensino-apren- internet pode ser feita ao pesquisar a
dizagem em teatro contempla a contextuali-
peça e os artistas, ao ver um vídeo, ouvir
zação da relação dessa linguagem artística
com a tecnologia, a fruição de obras que um áudio ou analisar as fotografias da
incorporam tecnologias, seja como motivação, montagem. Ao longo desta coleção, a in-
NoNoOcidente,
Ocidente,ooteatro
teatrotem
temsuas
suasorigens
origensnonoséculo
séculoVVa.C.,
a.C.,na
naGrécia
GréciaAntiga.
Antiga.Uma
Umade desuas
suasprin-
prin-
seja como meio de criação, e a produção cipais
cipaiscaracterísticas
característicasééque
queososatores
atoreseeoopúblico
públicocompartilham
compartilhamasasdimensões
dimensõesdodoespaço
espaçoeedodotempo,
tempo, ternet foi acionada em diversos momentos
teatral por meio da experimentação e in- ououseja,
seja,estão
estãoememuma
umamesma
mesmacoordenada
coordenadaespaçotemporal.
espaçotemporal.AAcopresença
copresençadedeatores
atoreseepúblico
públicoééoo como espaço de pesquisa, conhecimento
corporação de tecnologias acessíveis e da que
queleva
levaooteatro
teatroaaser
serconsiderado
consideradouma umaarte
arteda
dapresença.
presença. ou criação. Caso os estudantes não con-
exploração do teatro mediado por tecnologias OOteatro
teatrotransforma-se
transforma-seeedialoga
dialogacom
comaasociedade
sociedadede deseu
seutempo.
tempo.Por
Porisso,
isso,asasnovas
novastecno-
tecno- sigam identificar exemplos, aponte casos
de transmissão remota. logias
logiassão
sãoincorporadas
incorporadasfrequentemente
frequentementenanacena
cenateatral
teatralcontemporânea.
contemporânea.RedesRedessociais,
sociais,recurso
recurso do próprio Livro do Estudante ou de outras
audiovisual,streaming
audiovisual, streaming, ,computadores
computadoreseeoutros
outrosdispositivos
dispositivosdigitais, comosmartphones
digitais,como smartphoneseetablets
tablets, ,
Consulte a página XXXII das “Orientações práticas que vocês tenham realizado.
eeaté
atémesmo
mesmorobôs,robôs,fazem
fazemparte
partedos
dosespetáculos
espetáculosteatrais
teatraisatualmente.
atualmente.ÉÉoocasocasodadaperformance
performance
específicas” deste manual, em que consta Black
Blackrock
rock, ,que
queutiliza
utilizaprojeções
projeçõesdedeaudiovisuais,
audiovisuais,retratada
retratadananafoto
fotoque
queabre
abreesta
estaUnidade.
Unidade.
o quadro de competências e habilidades da
Durante
Duranteaapandemia
pandemiadedecovid-19,
covid-19,ooteatro
teatrofoi
foimuito
muitoafetado
afetadopela
pelanecessidade
necessidadede
dedistancia-
distancia-
BNCC com as descrições completas. mento
mentofísico
físicoeeteve
tevede
demigrar
migrarpara
paraasasmídias
mídiasdigitais
digitaispara
paramanter-se
manter-sevivo.
vivo.
Performance
PerformanceBlack
Black
rock
rock
, do
, doEstúdio
Estúdio
Reator,
Reator,ememBelém
Belém(PA).
(PA).
TCTs – Ciência e Tecnologia Foto
Fotodede2017.
2017.
os estudantes sobre o modo como o teatro reflete Orientações didáticas abordados, além de interesses dos estudantes
MAPA DA UNIDADE em relação a essa temática. Procure planejar o
a sociedade na qual está inserido, bem como os
Trocando ideias percurso educativo com base nesse diagnóstico,
avanços científicos e tecnológicos.
Competências gerais 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9 e 10. adaptando os planos de aulas, considerando as
Se necessário, lembre aos estudantes que especificidades, fragilidades e habilidades dos
Competências específicas de Linguagens para performance, no sentido utilizado pelo Estúdio Reator, estudantes e incluindo os interesses deles, de modo
1, 2, 3, 5 e 6.
o Ensino Fundamental pode ser definida como uma ação artística híbrida, que a aprendizagem seja mais significativa. Sobre
Competências específicas de Arte para o Ensino
com elementos de diversas linguagens. Esclareça, avaliação, consulte a página XIX das “Orientações
2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. se necessário, que os dispositivos digitais permitem gerais” deste Manual do Professor.
Fundamental
a interação com a tecnologia digital; esta, por sua
EF69AR24, EF69AR25, EF69AR27, EF69AR28, vez, opera por meio de circuitos eletrônicos que Aproveite o desenvolvimento da seção para
Habilidades
EF69AR30, EF69AR32 e EF69AR35. trabalham com valores binários. trabalhar com os estudantes a argumentação
Contextos e práticas; Arte e tecnologia; Processos e a inferência. Caso você identifique alguma
Objetos de conhecimento A seção “Trocando ideias” é uma atividade avalia- informação questionável ou pouco embasada no
de criação.
tiva diagnóstica. Por meio das perguntas propostas, decorrer da conversa inicial, oriente-os a buscar
Referências históricas; Deus ex machina; Teatro
você pode levar os estudantes a refletir sobre os mais dados em fontes confiáveis, como o próprio
de sombras; Teatro e cinema; Teatro e pandemia;
Conteúdos assuntos que serão trabalhados na Unidade, antes Livro do Estudante e livros e artigos citados no
Teatro e internet; Criação de cena teatral; Convívio
teatral; Teatro de robôs. de explicações e leituras teóricas, e identificar os “Referencial bibliográfico comentado”, além de
conhecimentos prévios da turma sobre os temas revistas e sites confiáveis.
60 ARTE 9 o ANO ARTE 9 o ANO 61
4
4
Orientações didáticas Orientações didáticas
MÚSICA
MÚSICAEE
Mapa da Unidade
e identificar os conhecimentos prévios da turma
Justificativa: compreender as diversas
sobre os temas abordados, além de interesses
maneiras com as quais o fazer musical se
dos estudantes em relação a essa temática.
relaciona com a tecnologia leva os estudantes a
Procure planejar o percurso educativo com
ter uma visão mais aguçada para as conexões
base nesse diagnóstico, adaptando os planos
que existem entre os saberes, as ciências e as
de aulas, considerando as especificidades,
artes. A apreciação e a prática das canções e
de Arte e os respectivos objetos de conhecimento O site HypeScience disponibiliza o áudio de uma Trocando ideias
música sendo executada com a flauta reproduzida a) Resposta pessoal. As substâncias orgânicas
A flauta
A flauta
apresentada
apresentada na na
fotofoto
queque
abre
abre
esta
esta
Unidade
Unidade
foi foi
construída
construída
com
como osso
o osso
de de
umaumaave,
ave,
na abertura desta Unidade. Se possível, ouça o presentes no interior do osso da ave foram
há há
mais
mais
de de
3535milmil
anos,
anos,
e éeuma
é umaevidência
evidência
dadapresença
presença
dodo fazer
fazer
musical
musical
no no
cotidiano
cotidiano
dosdos
seres
seres
áudio com os estudantes (disponível em: https://
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd
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84 84
NÃO
NÃO ESCREVA
ESCREVA NESTE
NESTE LIVRO.
LIVRO.
6/3/22
6/3/22
10:5110:51
AM AM
NÃO
NÃO ESCREVA
ESCREVA NESTE
NESTE LIVRO.
LIVRO.
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AM AM
b) Os instrumentos musicais atuais apre-
sentam grandes avanços tecnológicos,
permitindo que um maior número de
pessoas tenha acesso a sonoridades de
melhor qualidade; a popularização dos
MAPA DA UNIDADE computadores possibilitou a expansão
dos estúdios caseiros e maior acesso a
Competências gerais 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10.
formas de gravação e divulgação musi-
Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental 1, 2, 3, 4, 5 e 6. cal. Ressalte aos estudantes que, apesar
do maior acesso à tecnologia, continua
sendo fundamental ampliar o repertório
Competências específicas de Arte para o Ensino Fundamental 3, 5, 6, 7, 8 e 9.
musical e se dedicar ao estudo de um
EF69AR16, EF69AR17, EF69AR18, EF69AR19, EF69AR20, EF69AR22, instrumento ou do canto para uma boa
Habilidades
EF69AR23, EF69AR31 e EF69AR35. formação musical.
Elementos da linguagem; Notação e registro musical; Processos de criação;
Objetos de conhecimento
Contextos e práticas; Arte e tecnologia.
Notação musical; Cânone; Cantando em cânone; Notação musical alternativa;
Sonorizando partitura alternativa; Ciência e poesia; Música: do analógico ao
Conteúdos
digital; Mudanças na gravação de sons e músicas; Som analógico e som
digital; Gravação digital; Novos gêneros digitais; Software de edição de som.
RODNEY SUGUITA/FOLHAPRESS
Orientações didáticas
11
a letra da composição
a letra
a seguir.
da composição a seguir. Aproveite o momento da atividade para explorar
1969, especialmente devido aos programas com a turma aspectos da argumentação e da
de auditório transmitidos pela televisão na Devolva-me Devolva-me inferência. Incentive os estudantes a argumentar
época. As músicas da Jovem Guarda eram com base em fatos, em conhecimentos adquiri-
PEDRO HAMDAN/ID/BR
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Orientações didáticas e
Assim será melhor, meu
Assim bem!
será melhor, meu bem! questionável ou pouco embasada, oriente-os a
foi o principal ídolo desse movimento e apro- O retrato que eu te dei
O retrato que eu te dei retomar suas anotações ou o Livro do Estudante.
fundou-se, posteriormente, na música popular Se ainda tens, não sei
Se ainda tens, não sei Dessa maneira, eles serão capazes de identificar e
romântica. Mas se tiver, devolva-me!
Mas se tiver, devolva-me! questionar falácias e de embasar seus argumentos
Deixe-me sozinho Deixe-me sozinho em fontes confiáveis.
comentários pedagógicos
Adriana Calcanhotto (1965- ) foi lançada
no mercado fonográfico brasileiro no início da A dupla Leno e A dupla Leno e
Porque assim Porque assim
década de 1990. Seu repertório inclui músicas Lílian em 1996. Lílian em 1996. Eu viverei em paz Eu viverei em paz Respostas
próprias em vários estilos, mesclando aspectos Quero que sejas bemQuero
feliz que sejas bem feliz
Na década de 1960, Na já
década de prática
era uma 1960, comum
já era uma prática comum
os namorados os namorados trocarem
trocarem Junto do seu novo rapaz
Junto do seu novo rapaz Atividades
Devolva-me! Devolva-me!
4. Uma carta escrita provavelmente à mão
das atividades.
Devolva-me! Devolva-me!
ou em uma máquina de escrever, já
que na época de sua criação não havia
computadores domésticos. A própria
canção é também uma forma de comu-
Lilian Knapp; Renato Barros.
LilianDevolva-me.
Knapp; Renato Devolva-me.
Em: Barros. Devolva-me.
Rio de Em: Devolva-me.
Janeiro: CBS. Compacto,
Rio de Janeiro:
lado 1. CBS. Compacto, lado 1. nicação em que se reitera o rompimento
da relação, simbolizada pelo pedido de
2. musicais
2. Quais instrumentos Quais instrumentos musicais
você conseguiu você conseguiu
identificar identificar na gravação?
na gravação?
devolução de uma foto pessoal. Essa
2. A canção é apresentada
2. A canção
somente
é apresentada
com violão acompanhado
somente com violão
de umaacompanhado
voz feminina.de uma voz feminina. canção também se apresenta como
3. Com relação aos 3. elementos
Com relação aos elementos
musicais musicais
(andamento, ritmo,(andamento, ritmo, gêneros
gêneros musicais), o musicais), o um documento histórico recente de for-
que você percebeuque de você percebeu na
mais marcante de gravação?
mais marcante na gravação? mas de comunicação humana. Entre
Veja resposta nas Orientações
Veja resposta
didáticas
nas Orientações
deste Manual
didáticas
do Professor.
deste Manual do Professor.
4. Qual forma de 4. Qual formaé de
comunicação comunicação
mencionada é mencionada
na canção? Como naelacanção? Como ela se relaciona
se relaciona
os meios de comunicação atuais que
A cantora Adriana A cantora Adriana ao período em queaoa período
canção em que a cançãogravada?
foi originalmente foi originalmente gravada?
Quais outros meiosQuais outros meios podem ser mencionados pelos estudan-
Calcanhotto em Calcanhotto em de comunicação
de comunicação poderiam poderiamnessa
ser mencionados ser mencionados
canção se ela nessa canção
tivesse sido se ela tivesse sido tes estão e-mail, mensagem de texto,
apresentação em apresentação em composta atualmente? composta atualmente?
Teresina (PI). Teresina (PI). mensagem por aplicativos, recados em
Veja resposta nas Orientações
Veja resposta
didáticas
nas Orientações
deste Manual
didáticas
do Professor.
deste Manual do Professor.
Foto de 2018. Foto de 2018. redes sociais, etc.
Respostas
110 110 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 111 111
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd 110 110 6/3/22 10:52 AM 6/3/22 10:52 AM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd 111 111 6/23/22 4:39 PM 6/17/22 11:02 AM
XLII ARTE
Texto complementar
[…] sonhos. conferindo às bailarinas a aparência de um ser onírico, fantástico. Em 1832, des pedaços de seda esvoaçantes que eram movimentados por meio de bastões
Atualmente, interagimos de tal forma a bailarina Marie Taglioni (1804-1884) dançou o primeiro espetáculo inteiro amarrados em seus braços, resultando no efeito de uma grande tela em que era
na ponta dos pés, mudando, assim, a maneira de dançar o balé. possível projetar luzes. A bailarina incorporou esses efeitos e movimentos inova-
com as tecnologias que, certamente,
dores a seus trabalhos coreográficos, que se tornaram um marco na história da
esses elementos terão lugar de desta- dança e também do cinema.
BIBLIOTECA DAS ARTES DECORATIVAS, PARIS. FOTOGRAFIA: ARCHIVES CHARMET/ BRIDGEMAN IMAGES/EASYPIX BRASIL
que na dança de nosso tempo. Cada
tecnologia se impõe sobre o corpo
o objetivo de ampliar a
mos as mudanças necessárias a ela:
nosso corpo e nossos sentidos mu-
dam em sintonia com as mudanças
de nosso meio.
compreensão de conceitos e
Miranda, Regina. Dança e tecnologia.
In: antunes, Arnaldo et al. Lições de dança 2.
Rio de Janeiro: UniverCidade, 2000. Iluminadores dos lados e Cartaz ilustrando a
p. 114 e 141. Marie Alexandre Alophe. Marie Taglioni embaixo do palco projetam movimentação de Loïe Fuller
Texto complementar pelhos, projetores e figurinos, investindo combinação de luzes projetadas, o que
em uma arte abstrata e poética. […] alguns anos mais tarde o cinema faria,
O texto a seguir aborda mais detalhadamente o ao tentar criar atmosferas.
[…]
papel de Loïe Fuller como dançarina e a relevância
Para Fuller, não interessava uma pes- Portanto, a descoberta definitiva de
de seu pensamento criativo.
quisa minimal ou mimética dos movi- Fuller refere-se à associação dos mo-
[…] Criadora da famosa Dança Serpen- mentos da dança que reproduzissem, vimentos plásticos, nos quais o corpo
tina, Fuller foi considerada o grande por exemplo, fielmente, o bater de feminino transforma-se em figura abs-
mito da Belle Époque, ao apresentar asas de uma borboleta. O que ela bus- trata, com o uso da iluminação. […]
um gênero novo de dança, no qual seu cava era uma espécie de movimento Monteiro, Gabriela Lírio Gurgel. Loïe
corpo desaparecia ao manipular tecidos transitório e plástico que deveria ser Fuller – artista precursora da cena expandida.
cujas formas eram modificadas pela in- Repertório: Teatro & Dança, Salvador, ano 19, v. 2,
obtido através da manipulação de n. 27, p. 137-145, 2016. Disponível em: https://
cidência de luzes coloridas. Responsável tecidos, alcançando um gesto flui- periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/
por criar uma arte em movimento, muito do, luminoso e evanescente. A partir view/20620/13246. Acesso em: 23 mar. 2022.
próxima do cinema, explorou diversas desta constatação, Fuller criou doze
técnicas que articulavam o uso de es- movimentos, revelados por meio da
(1861-1938), pode ser encontrado facilmente acrobacias, danças, -1940), em um ensaio publicado em 1936,
na internet. Se houver possibilidade, exiba-o números de mágica, aconteceu com o surgimento da televisão, dos aparelhos de videocassete e DVD discute a perda da “aura” da arte – a capa-
entre outros; foi e, finalmente, do streaming por meio da internet.
aos estudantes em sala de aula para eles cidade de estar no aqui e no agora – com a
muito comum no fim
conhecerem um pouco mais a obra. Nesse contexto, a morte do teatro foi decretada por críticos e jornalistas reprodutibilidade técnica. Um dos exemplos que
do século XIX e na
primeira metade do em diversas ocasiões, inclusive durante o distanciamento físico na pandemia ele desenvolve é justamente a possibilidade de
século XX. de covid-19. No entanto, apesar do impacto das novas tecnologias no modo o cinema substituir o teatro em razão de sua
como as pessoas se relacionam com o teatro, ele continua vivo.
Ilusionismo: capacidade infinita de reprodução. Benjamin
capacidade de criar Uma das razões da vitalidade do teatro é sua capacidade de se adaptar
ilusão por meio de
considerou, na época, que isso implicaria a
e incorporar diversas tecnologias em cena, de maneira inovadora. O alemão perda da essência do teatro como arte, uma
técnicas diversas.
Erwin Piscator (1893-1966) foi pioneiro nisso. Piscator utilizou-se do cinema vez que o público deixaria de se relacionar com
no teatro como uma forma de:
Fotograma do filme
o ator para se relacionar com uma máquina –
Viagem à Lua, de 1902, o projetor – e um objeto – a tela do cinema.
no qual um foguete “fura” Esse ensaio é muito importante para o estudo
o olho da Lua por meio […] comprovar a veracidade histórica dos fatos narrados ou dramati-
dos efeitos especiais zados pelos atores. Esse uso se apoiava na crescente credibilidade dada às intermidiático, ou seja, o estudo das inter-rela-
desenvolvidos por
imagens audiovisuais, desde o advento do cinema, como registro confiável ções entre as diversas mídias. No entanto, há
Georges Méliès.
e comprovável. pensamentos mais recentes que discutem e
O francês Georges Méliès (1861-1938) era ilusionista e proprietário de um Marcelo Soler. O campo do teatro documentário. Sala Preta, v. 13, n. 2, p. 130-143, 2013.
desconstroem a percepção de Walter Benjamin,
teatro na virada do século XX. Começou a fazer experimentos para o cinema que deve ser contextualizada historicamente.
usando a narrativa teatral e truques de ilusionismo. Assim, Méliès revolucionou Você pode encontrar esse ensaio no livro in-
Na peça Apesar de tudo! (1925), Piscator usou imagens cinematográfi- dicado a seguir.
a linguagem cinematográfica criando efeitos especiais inacreditáveis para a Revolução Alemã:
cas como documentos para discutir os acontecimentos da Revolução Alemã. acontecimentos de
época, entre outras técnicas. Seus filmes, e o mais importante deles, Viagem à
1918 a 1919 que
Lua, de 1902, eram exibidos em seu teatro e apresentam cenas realizadas por Indicações
SASHA STONE/ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
culminaram com
meio da técnica atualmente conhecida como stop motion. Tal técnica é utilizada a derrubada do
em diversos filmes até hoje e já foi trabalhada no Volume 6 desta coleção.
• Benjamin, Walter. A obra de arte na era de
kaiser, título
alemão que sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre:
L&PM, 2018.
GRAEME ROBERTSON/EYEVINE/IMAGEPLUS
Indicações
significa
“imperador”.
Ensaio de Walter Benjamin, publicado em
1936, no qual o filósofo alemão aborda a
arte e sua relação com a reprodutibilidade
técnica.
o aprofundamento de temas,
conteúdos e discussões propostos.
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083.indd 66 RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083.indd
6/3/22 11:37 AM 67 6/3/22 11:37 AM
Teatro de robôs
Teatro de robôs rebelião de robôs travada
rebeliãocontra
de robôs
a raça
travada
humana.
contra
Foianessa
raça peça
humana.queFoi
surgiu
nessaa peça que surgiu a
Orientações didáticas palavra robô (derivada
palavra robô (derivada
do tcheco robota, quedo tcheco
significarobota,
”trabalho
queforçado“),
significa ”trabalho
in- forçado“), in- Sugestão de atividade
O convívio entre atores
O convívio
e público
entrepassou
atores ae ser
público
mais passou
valorizado
a sercom
mais
o valorizado com o ventada pelo irmão ventada
de Karel,pelo
Josefirmão
Capek de (1887-1945).
Karel, Josef Capek
A peça(1887-1945).
inspirou LeonelA peça inspirou Leonel
passar do tempo, mas
passar
o engenheiro
do tempo,japonês
mas o engenheiro
Takenobu Chikaraishi,
japonês Takenobu
da Universi-
Chikaraishi, da Universi- Moura (1948- ), artista
Mouraplástico
(1948-especializado
), artista plástico
em robótica
especializado
e inteligência
em robótica
artificial
e inteligência artificial Ao abordar o protótipo do robô Nao, aproveite
Teatro de robôs
dade de Osaka, temdade
outrodefoco
Osaka,
em relação
tem outro
a isso:
foco ele
em colabora
relação acom
isso:aele
compa-
colabora com a compa- que, em parceria comque,
o engenheiro
em parceriaPaulo com Alvito,
o engenheiro
criou a Paulo RUR, ocriou
peça Alvito, nascimento
a peça RUR, o nascimento a oportunidade para propor à turma um debate
sobre os impactos negativos e positivos da
Sugestão de atividade
Este item pretende apresentar informações e nhia teatral Seinendan
nhiaeteatral
o dramaturgo
Seinendan
Oriza
e o Hirata
dramaturgo
(1962-Oriza
), noHirata
Japão,(1962-
com ), no Japão, com do robô, que estreoudonarobô
cidade
, quedeestreou
São Paulo
na cidade
(SP) emde2010.
São Paulo (SP) em 2010.
reportagens sobre procedimentos artísticos que o objetivo de estudaro objetivo
a interação
de estudar
entre robôs
a interação
e humanos
entrepor
robôs
meioe do
humanos
teatro. por meio do teatro. Em comemoração aoEmcentenário
comemoração
da peça
ao centenário
tcheca, a companhia
da peça tcheca,
THEAITRE
a companhia THEAITRE tecnologia na saúde mental dos seres humanos.
dialogam com outras áreas do conhecimento e estreou, em 2021,estreou,
a primeira
em peça
2021, teatral
a primeira
escritapeça
por robôs.
teatral Leia
escrita
a seguir
por robôs.
o Leia a seguir o Organize os estudantes em dois grandes
YOSHIKAZU TSUNO/AFP
YOSHIKAZU TSUNO/AFP
possibilitam complementar
de Franz Kafka, de Franz Kafka, theaitre.com. Acesso em: 17
theaitre.com.
mar. 2022. (Tradução
Acesso em:
dos
17autores
mar. 2022.
feita (Tradução
especialmente
dos autores
para esta
feita
obra).
especialmente para esta obra). pesquisar aspectos positivos. Oriente-os a
Vale salientar que esse projeto tambémrealizado no Japão. realizado no Japão. retomar os conhecimentos adquiridos e seus
Foto de 2018. Foto de 2018.
estuda a interação entre robôs, atores e público, conhecimentos prévios para organizarem a
Fora dos teatros,
Fora dos teatros, atualmente estamosatualmente estamos
cercados por robôscercados por robôs e nem percebe-
e nem percebe-
levantando questões como a preferência dos Leia a seguir um fragmento
Leia a seguir
do espetáculo
um fragmento
Metamorfose:
do espetáculo
versãoMetamorfose:
androide, versão androide, mos. Muitos na
mos. Muitos dos atendimentos dosinternet
atendimentos na internet
ou por telefone, porouexemplo,
por telefone,
são por exemplo, são
pesquisa, retomando, por exemplo, a questão
e ampliar as abordagens.
artistas entre contracenar com outra pessoa da companhia Seinendan,
da companhia
no qualSeinendan,
um ator atua
nocom
qualum
umrobô.
ator atua com um robô. mediados
mediados por um robô. por éum
Também robô. Também
comum, é comum,
na internet, na realizar
termos de internet, um
termos de realizar um do uso excessivo das telas e o protótipo Nao,
ou com uma máquina, e a preferência da procedimento paraprocedimento para provar
provar que somos humanos.queEsse
somos humanos. Esse
procedimento impedeprocedimento impede que pode ser utilizado para fazer companhia
plateia entre assistir a espetáculos realizados […] As apresentações[…]deAs apresentações
teatro deHirata
de robôs de teatro tornaram-se
de robôs de Hirata
impor- tornaram-se impor- que robôs se passemque robôs
por se passem
pessoas por pessoas
e interajam e interajam
com programas de com programas de computador
computador a crianças internadas.
apenas por seres humanos ou a encenações tantes não
tantes não apenas porque nelasapenas porque
há robôs nelas háatuando
e humanos robôs e juntos,
humanosmasatuando juntos, mas para, por exemplo,para, por exemplo,
propagar propagar notícias falsas.
notícias falsas.
Explique aos estudantes que as informações
que envolvam robôs. porque suas obras vãoporque
alémsuas obras mero
de serem vão além de serem
espetáculo dosmero
robôs.espetáculo
As apre- dos robôs. As apre- pesquisadas devem ser anotadas de modo
ARQUIVO/THEAITRE
ARQUIVO/THEAITRE
sentações
sentações são mais do são mais do que um
que um entretenimento entretenimento
do tipo “veja o que um do tipo
robô“veja
é o que um robô é Cartaz de divulgaçãoCartaz
da estreia
de divulgação da estreia
capaz de fazer”. Nascapaz
peçasdedefazer”.
Hirata,Nas peças interpretam
os robôs de Hirata, osdiferentes
robôs interpretam
perso- diferentes perso- a poderem ser facilmente encontradas no
Indicações da primeira peça escrita
da primeira
por peça escrita por
decorrer do debate. Você pode reservar uma
nagens,
nagens, e o autor tenta e osobre
refletir autorastenta refletir
questões sobre as questões
fundamentais fundamentais da convivên-
da convivên- robôs. Praga, República
robôs.
Tcheca.
Praga, República Tcheca.
• Del, Felipe. Ponto: Como o teatro inventou o cia ehumanos
cia e da interação entre da interação entre
e robôs porhumanos
meio da earte
robôs por meio da arte teatral.
teatral. Foto de 2021. Foto de 2021. aula para a pesquisa e uma aula para o debate.
robô. SP Escola de Teatro, 24 jun. 2014. Dispo-
nível em: https://www.spescoladeteatro.org.br/
Krisztina Rosner. O olharKrisztina
do robô: Rosner.
o teatro O
deolhar
robôsdo
derobô:
OrizaoHirata. The
teatro de Theatre
robôs Times
de Oriza Hirata.
, The Theatre Times, No momento do debate, explique as regras
11 mar. 2018. Disponível11
em:mar.
https://thetheatretimes.com/the-gaze-of-the-robot/.
2018. Disponível em: https://thetheatretimes.com/the-gaze-of-the-robot/.
e atue como mediador(a). Incentive todos os
WISE ANT/
SHUTTERSTOCK.COM/
ID/BR
WISE ANT/
SHUTTERSTOCK.COM/
ID/BR
RUMOS_ARTE_9_LP_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083_NOVO.indd 80 RUMOS_ARTE_9_LP_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083_NOVO.indd
7/18/22 3:35 PM 81 7/18/22 3:36 PM
Temas Contemporâneos
A atividade proposta nesta seção pode ser porâneo Transversal Meio Ambiente: Educa-
realizada como uma atividade avaliativa diag- ção Ambiental. Converse com os estudantes
nóstica e formativa, pois possibilita que você Nesta atividade, vocêNestaverá
atividade,
como sãovocê
organizadas
verá comoassão obras
organizadas
em uma exposição.
as obras em uma exposição. tecnológicos
tecnológicos sobre o uso racional dos recursos naturais e os
Para isso, realizará Para
uma isso,
visitarealizará
virtual aouma
Museu
visita
devirtual
Arte Sacra
ao Museu
da cidade
de ArtedeSacra
São João
da cidade de São João impactos que o uso desenfreado desses recur-
avalie os conteúdos conceituais (objeto de del Rei, em Minas Gerais.
del Rei, em Minas Gerais.
pesquisa), procedimentais (ação de pesquisa) Na sociedade contemporânea,
Na sociedade vivemos
contemporânea,
sob o fenômenovivemos do sob
consu-
o fenômeno do consu- sos tem causado ao meio ambiente. Para tanto,
Transversais
Obsoleto: que caiu Obsoleto: que caiu
e atitudinais (relação ética com as fontes e 1
1. Acesse a visita 1.
1virtual
Acesse
ao Museu
a visitadevirtual
Arte Sacra,
ao Museu
disponibilizada
de Arte Sacra, site https:// no site https://
no disponibilizada mismo, em que compramos
mismo, em emque
excesso
compramos
produtosemdeexcesso
que muitasprodutos
vezesde que muitas vezes
em desuso. em desuso. você pode abordar a questão da durabilidade
www.eravirtual.org/mas_sjdr/index.htm
www.eravirtual.org/mas_sjdr/index.htm
(acesso em: 23 mar.(acesso
2022).em: 23 mar. 2022). não temos necessidade.
não Com
temososnecessidade.
avanços tecnológicos,
Com os avanços
tornou-setecnológicos,
comum tornou-se comum dos equipamentos tecnológicos atuais, comen-
posicionamento diante delas) dos estudantes.
vermos anúncios de vermos
produtosanúncios
que ganham
de produtos
novas versões,
que ganham modelosnovas
atua-
versões, modelos atua-
Sobre avaliação, consulte a página XIX das tando com a turma que, há algumas décadas,
DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ERAVIRTUAL.ORG/MAS_SJDR/
INDEX.HTM. ACESSO EM: 28 ABR. 2022.
Comentários e sugestões
estudantes sobre a organização e a curadoria Um dos efeitos causados
Um dospelo efeitos
consumo
causadosem excesso
pelo consumoé a redução
em excesso
da vida é aútil
redução
dos ob-da vida útil dos ob-
desses mesmos aparelhos hoje. Explique a eles
de um museu, assim como guiar a exploração Imagem da visita Imagem da visita jetos tecnológicos, jetos
o quetecnológicos,
aumenta consideravelmente
o que aumenta consideravelmente
a produção de lixo. a produção
Muitos desses de lixo. Muitos desses
que a indústria é capaz de produzir itens mais
deles por um espaço virtual. virtual ao Museu de virtual ao Museu de objetos são descartados
objetosdesão maneira
descartados
irregulardeemaneira
não há irregular
reciclagem e não
dos há
diversos
reciclagem
materiais
dos diversos materiais
Arte Sacra da cidade Arte Sacra da cidade reutilizáveis que osreutilizáveis
compõem, que o que osinclui
compõem,
metais odeque altoinclui
valor,
metais
comodeouro,alto prata,
valor, como
cobre,ouro, prata, cobre, duráveis, mas que essa durabilidade é contrária
quí- substâncias àquí- necessidade de vender novos produtos. No
de São João del Rei de São João del Rei
Explique aos estudantes que o acervo do platina e paládio. Outro
platinaproblema
e paládio. é que
Outro vários
problema
componentes
é que vários
apresentam
componentes
substâncias
apresentam
para o desenvolvimento
(MG), em 2022. (MG), em 2022.
Museu de Arte Sacra de São João del Rei, em micas e metais pesados,
micas ecomo metaischumbo,
pesados, cádmio,
como mercúrio
chumbo, ecádmio,berílio, mercúrio
e podeme provocar
berílio, e podem provocar entanto, produtos mais duráveis resultariam
Minas Gerais, é composto de peças litúrgicas contaminação do solocontaminação
e da água,do alémsolodee causar
da água,doenças
além de emcausar
pessoas doenças
que tenhamem pessoas
contatoque tenham contato em menos consumo e em menos resíduos.
2 O site disponibiliza
2 Osom, site disponibiliza
portanto deixesom,
ativado
portanto
o dispositivo
deixe ativado
de saída
o dispositivo
de áu- de saída de áu-
relacionadas às irmandades e confrarias da dio do computador.dioO do
narrador
computador.
vai informar
O narrador
o contexto
vai informar
históricoodas
contexto
peçashistórico
do das peças do constante com essesconstante
materiais,
com
como
esses
emmateriais,
depósitoscomo
e aterros
em depósitos
sanitários.e aterros sanitários.
região. A organização do acervo pelos diferentes museu, assim comomuseu,
suas características
assim como suas
artísticas
características
e culturais.
artísticas e culturais. Para além da conscientização
Para além daquanto
conscientização
à destinaçãoquanto
correta
à destinação
desses equipamentos
correta desses
em equipamentos em
do Tema Contemporâneo
ambientes do museu é feita por meio de um desuso e quanto à reciclagem,
desuso e quanto
há pessoas
à reciclagem,
que enxergam
há pessoas
outras
quepossibilidades
enxergam outras
e usam
possibilidades
esses e usam esses
critério temático. 3 Explore o museu
3 por
Explore
meio o
domuseu
menu por
lateral
meiolocalizado
do menu no
lateral
cantolocalizado
direito danotela.
canto direito da tela. materiais como matéria-prima
materiais como
para matéria-prima
realizar trabalhos
paraartísticos.
realizar trabalhos artísticos.
Usando esse menuUsando
é possível
esse
conhecer
menu é diferentes
possível conhecer
seções, salas
diferentes
e ambientes.
seções, salas e ambientes.
Verifique a possibilidade de realizar a aula Em 2001, o artistaEmbrasileiro
2001, o Cildo
artista
Meireles
brasileiro
(1948-
Cildo ) Meireles
construiu (1948-
uma instalação
) construiu
comuma instalação com
mais de novecentosmais
aparelhos
de novecentos
de rádioaparelhos
ligados ao demesmo
rádio ligados
tempo, empilhados
ao mesmo tempo,
em círculo,
empilhados em círculo,
no laboratório de informática da escola, para 4 O museu também
4 O disponibiliza
museu também
uma disponibiliza
visualização em uma360visualização
graus de em
todos
360os graus de todos os
Transversal trabalhado no
ambientes. Acesse-a
ambientes.
para visitar
Acesse-a
outras para
salas visitar
por meio
outras
dassalas
setaspor
verdes
meio que
das setas verdes que formando uma torreformando
de 5 metros
umade torre
altura.
de 5 metros de altura.
que os estudantes possam fazer a visita vir-
tual. Depois de terem-na concluído, organize aparecem na tela. aparecem na tela.
GUY BELL/SHUTTERSTOCK.COM
GUY BELL/SHUTTERSTOCK.COM
Livro do Estudante.
em cada ambienteem e de
cada
queambiente
maneira eestão
de que
organizados
maneira estão
e sãoorganizados
apresentados
e são apresentados
Leve a turma a refletir sobre a organização pelo narrador. pelo narrador.
do museu e a perceber como ela auxilia na
compreensão do acervo. 6 Depois de concluída
6 Depois
a visita,
de concluída
converse com
a visita,
os colegas
conversesobre
com aosestrutura
colegasesobre
a a estrutura e a
organização do acervo
organização
do museu,
do acervo
tendo como
do museu,
pontotendo
de partida
como asponto
pergun-
de partida as pergun-
tas a seguir. tas a seguir.
• Quais eram as principais
• Quais características
eram as principais
do acervo?
características do acervo?
• As peças estavam
• organizadas
As peças estavam
em diferentes
organizadas
ambientes
em diferentes
por qualambientes
critério: cro-
por qual critério: cro-
nológico ou temático?
nológico ou temático? Cildo Meireles. Cildo Meireles.
Babel 2001, 2001. Babel 2001, 2001.
• Em cada ambiente,• Em
de cada
que maneira
ambiente,
os artefatos
de que maneira
estavamosdispostos?
artefatos estavam
Como isso
dispostos? Como isso Instalação de Instalação de
contribuiu para suacontribuiu
apreciaçãopara
de sua
cadaapreciação
peça? de cada peça? estrutura metálica estrutura metálica
e rádios, 500 cm x e rádios, 500 cm x
• As informações apresentadas
• As informações
em cadaapresentadas
ambiente em
e pela
cadafala
ambiente
do narrador
e pelacon-
fala do narrador con- 200 cm. Londres, 200 cm. Londres,
tribuíram de que modo
tribuíram
em sua
de visita?
que modo em sua visita? Reino Unido. Foto Reino Unido. Foto
de 2020. de 2020.
56 56 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 57 57
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ARTE XLIII
XLIV ARTE
MAURILIO ROCHA
Estudos Avançados em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal).
Pós-doutor pelo Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (Portugal).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Autor de livro didático de Arte.
Músico.
RODRIGO VIVAS
Licenciado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e
Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Mestre em História pela UFMG.
Doutor em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Diretor de Ação Cultural da UFMG.
Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
ARTE 9 o ANO 1
22-112154 CDD-372.5
Índice para catálogo sistemático:
1. Arte : Ensino fundamental 372.5
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
2 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 3
Este é seu livro de Arte, e ele vai acompanhá-lo durante todo o ano letivo. Vamos conhecê-lo?
1
DANÇA E
UNIDADE
Trocando ideias
cursos tecnológicos em dança e responda às perguntas a seguir.
a) Descreva o que mais chamou sua atenção na foto da abertura.
b) Você já assistiu a alguma apresentação de dança como a do
Abertura de Unidade
Imagem e texto introduzem o assunto
A dança e as outras manifestações artísticas sempre utilizaram recursos tecnológicos dispo-
níveis de sua época para desenvolver suas linguagens. Atualmente, os recursos tecnológicos
digitais, oriundos da era da informação, têm sido cada vez mais usados na pesquisa de pro-
de cada Unidade.
Dançarino interage com
cessos criativos em dança, propondo novas formas de espetáculo que podem combinar essa imagens virtuais em
linguagem artística com novas tecnologias. movimento na coreografia
Hakanaï, dos artistas
Muitos recursos tecnológicos, como projeções de vídeo, animações e recursos multimídia, franceses Claire Bardainne
vêm sendo utilizados como elementos cênicos e interativos, como podemos observar na foto da (1978- ) e Adrien Mondot
coreografia Hakanaï que abre esta Unidade. (1979- ). Chennai, Índia.
Foto de 2018.
Visita virtual
Explorando
A invenção do cinema impactou o teatro no início do século XX. Isso por-
que muitos estudiosos acreditavam que a nova linguagem artística e os avanços
tecnológicos nela contidos acabariam por substituir o teatro em razão de sua Nesta atividade, você verá como são organizadas as obras em uma exposição.
capacidade técnica de se reproduzir e chegar a milhões de pessoas. O mesmo Para isso, realizará uma visita virtual ao Museu de Arte Sacra da cidade de São João
aconteceu com o surgimento da televisão, dos aparelhos de videocassete e DVD
na rede
del Rei, em Minas Gerais.
e, finalmente, do streaming por meio da internet.
1
1. Acesse a visita virtual ao Museu de Arte Sacra, disponibilizada no site https://
Nesse contexto, a morte do teatro foi decretada por críticos e jornalistas www.eravirtual.org/mas_sjdr/index.htm (acesso em: 23 mar. 2022).
em diversas ocasiões, inclusive durante o distanciamento físico na pandemia
de covid-19. No entanto, apesar do impacto das novas tecnologias no modo
você investigar
zados pelos atores. Esse uso se apoiava na crescente credibilidade dada às 2 O site disponibiliza som, portanto deixe ativado o dispositivo de saída de áu-
imagens audiovisuais, desde o advento do cinema, como registro confiável
dio do computador. O narrador vai informar o contexto histórico das peças do
e comprovável.
museu, assim como suas características artísticas e culturais.
Marcelo Soler. O campo do teatro documentário. Sala Preta, v. 13, n. 2, p. 130-143, 2013.
informações na
3 Explore o museu por meio do menu lateral localizado no canto direito da tela.
Usando esse menu é possível conhecer diferentes seções, salas e ambientes.
Na peça Apesar de tudo! (1925), Piscator usou imagens cinematográfi-
Revolução Alemã:
cas como documentos para discutir os acontecimentos da Revolução Alemã. acontecimentos de 4 O museu também disponibiliza uma visualização em 360 graus de todos os
1918 a 1919 que ambientes. Acesse-a para visitar outras salas por meio das setas verdes que
Glossário internet.
SASHA STONE/ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
significado de
• Quais eram as principais características do acervo?
• As peças estavam organizadas em diferentes ambientes por qual critério: cro-
nológico ou temático?
• Em cada ambiente, de que maneira os artefatos estavam dispostos? Como isso
palavras destacadas
Perfil de Erwin Piscator
projetado no cenário de
uma de suas peças. 56 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
ARTE DO AMANHÃ
OUTRAS VOZES
Arte do
Reapropriação de dispositivos
tecnológicos
Outras vozes
Na peça Distância, dirigida pelo argentino Matías Umpierrez (1980- ), a cena é ocu-
pada por grandes telas nas quais atrizes em diversas cidades do mundo se relacionam, por
amanhã
meio do computador, com seus amores que estão distantes. A obra é toda filmada ao vivo Na sociedade contemporânea, vivemos sob o fenômeno do consu-
e exibida via streaming. mismo, em que compramos em excesso produtos de que muitas vezes
Obsoleto: que caiu
em desuso.
não temos necessidade. Com os avanços tecnológicos, tornou-se comum
ARQUIVO/STUDIO MATÍAS UMPIERREZ
Reportagens e lizados, com lançamento de algum novo recurso ou alguma promessa de melhoria em seu funcio-
de temas que
objetos são descartados de maneira irregular e não há reciclagem dos diversos materiais
Distância, peça reutilizáveis que os compõem, o que inclui metais de alto valor, como ouro, prata, cobre,
revelam como a
por streaming e contaminação do solo e da água, além de causar doenças em pessoas que tenham contato
que estreou em
Buenos Aires, constante com esses materiais, como em depósitos e aterros sanitários.
opiniões e rotinas.
ponda às perguntas a seguir. mais de novecentos aparelhos de rádio ligados ao mesmo tempo, empilhados em círculo,
formando uma torre de 5 metros de altura.
[…] Preciso dialogar com esse espectador que está inquieto. [Na peça Distância] a ideia
a construção de
GUY BELL/SHUTTERSTOCK.COM
era que o público não precisasse entender a obra, e sim recortar. Parte da virtualidade está
relacionada com a ação de recortar. Recortar porque o cosmo virtual é quase infinito e está
crescendo constantemente. Cresce sem medida, à medida que nós vamos crescendo. Por
isso existem ferramentas [de busca na internet] que é nossa forma de recorte real. […]
Matías Umpierrez. Em: M. L. Muniz; J. Dubatti.
Cena de exceção: o teatro neotecnológico em Belo Horizonte (Brasil) e Buenos Aires (Argentina).
Revista brasileira de estudos da presença, Porto Alegre, v. 8, n. 2. p. 366-389, 2018.
um futuro mais
democrático,
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2237-266069727. Acesso em: 8 mar. 2022.
sustentável e
Cildo Meireles.
Babel 2001, 2001.
3 Como você compreende a seguinte frase de Matías Umpierrez: “a ideia era que o Instalação de
estrutura metálica
público não precisasse entender a obra, e sim recortar”? e rádios, 500 cm x
200 cm. Londres,
igualitário.
4 Quando navega pela internet, você realiza um recorte? Como seleciona páginas, Reino Unido. Foto
de 2020.
redes, informações? Qual é sua relação como consumidor e produtor de imagens,
textos e vídeos na web?
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 57
4 ARTE 9 o ANO
Materiais:
• Dispositivo com reprodutor de multimídia
• Projetor multimídia
Seção em que são
• Caderno ou papel e caneta ou lápis para tomar notas
• Smartphone ou câmera de vídeo
• Dispositivo com aplicativo de edição de vídeo
propostas atividades Áudio
Como fazer:
1 Organizem-se em quatro grupos.
práticas relacionadas
2 Pesquisem músicas instrumentais que serão utilizadas como estímulo para a
improvisação de movimentos individuais e em grupo. às diferentes linguagens
3 Em um programa reprodutor de multimídia, abram as músicas escolhidas.
Trocando ideias
os artistas passam a perceber o corpo como aquele que deve se libertar de
padrões preestabelecidos, descobrindo novos movimentos. O corpo já não
é mais idealizado, mas aceito dentro de suas representatividades.
Na dança contemporânea, não existe apenas um tipo de corpo. Existem,
18 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
sim, diferentes tipos de corpo, com jeitos próprios de ser e de se movimentar.
No final da Unidade,
O bailarino deve respeitar e valorizar seu corpo, explorando suas possibilida-
des únicas e singulares e expressando suas experiências pessoais.
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A023.indd 18 6/6/22 9:54 AM
Atividades
11
a letra da composição a seguir.
Devolva-me
apresentados.
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Bailarinos da companhia de dança britânica Candoco ensaiam uma performance. Londres, Reino Unido.
Rasgue as minhas cartas Foto de 2019.
E não me procure mais
Assim será melhor, meu bem!
O retrato que eu te dei
Seção com atividades TROCANDO IDEIAS
na compreensão dos
Eu viverei em paz b) Considerando a experiência que você teve na seção “Mãos à obra”, comente o pro-
Quero que sejas bem feliz cesso criativo em dança que utiliza a tecnologia.
Junto do seu novo rapaz
conteúdos trabalhados.
22 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor, meu bem!
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A023.indd 22 6/6/22 9:54 AM
O retrato que eu te dei
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me!
Devolva-me!
Devolva-me!
Lilian Knapp; Renato Barros. Devolva-me. Em: Devolva-me. Rio de Janeiro: CBS. Compacto, lado 1.
TROCANDO IDEIAS
• Com base nas perguntas a seguir, reflita sobre o que foi abordado nesta Unidade e
converse com os colegas e o(a) professor(a).
a) Descreva com suas palavras o significado do termo cânone em música.
b) Quais foram as claves estudadas nesta Unidade e qual seu uso em música?
c) Descreva uma das canções exploradas nesta Unidade e sua relação com o desenvol-
vimento tecnológico de seu período de composição.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR:
EM POUCAS PALAVRAS
complementar:
A arte está em constante transformação. A relação da dança com a tecnologia tem contribuído
efetivamente para a consolidação de novas propostas artísticas. As montagens que combinam arti- • cantou em cânone;
fícios virtuais e corpos humanos e mecânicos multiplicam-se pelos palcos. Com isso, os movimentos • identificou a temática da tecnologia em composições de artistas brasileiros e interna-
palavras
de dança ganham novas dimensões e texturas. Assim, a tecnologia desafia não só a capacidade cionais;
criativa de coreógrafos e de bailarinos, como também os olhares do público. • conheceu conceitos e modos de produção digital de música.
Nesta “Atividade complementar”, você conhecerá uma experiência da dança que extrapola os limi-
tes dessa linguagem artística por meio da utilização da tecnologia e da integração com as artes visuais.
Artes integradas
Seção em que
JONAS JONGEJAN/BODY NAVIGATION
Filme
• Ron Bugado, direção de Sarah Smith, Jean-Philippe Vine e Octavio E. Rodriguez. Estados
estudados na
construir e criar em uma
Unidos, 2021 (107 min).
A animação, que conta a história de um menino e seu robô, apresenta uma visão crítica
Unidade.
sobre o quanto as pessoas estão inseridas no mundo tecnológico, a ponto de perder
contato com outros aspectos da vida cotidiana.
artísticas.
24
Espetáculo Body navigation, da companhia dinamarquesa Recoil. Copenhague, Dinamarca. Foto de 2008.
ARTE 9 o ANO 5
6 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 7
UNIDADE
Unidade 1
Objetivos: conhecer o desenvolvimento TECNOLOGIA
de estilos de dança por meio do uso das
tecnologias em uma perspectiva histórica; com-
preender e desenvolver o processo de criação
artística autoral tomando como base a relação
entre dança e vídeo; discutir as experiências
pessoais e coletivas em dança vivenciadas
no processo de criação de uma videodança.
Justificativa: o processo de ensino-apren-
dizagem em dança contempla o reconheci-
mento do uso da tecnologia em diferentes
estilos de dança em uma perspectiva histórica.
Nesta Unidade, os estudantes vão ter contato
com contextualiação e fruição de danças re-
lacionadas à tecnologia, especialmente entre
dança e vídeo, e vão produzir e vivenciar uma
videodança.
Consulte a página XXIV, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
MAPA DA UNIDADE
Objetos de conhecimento Contextos e práticas; Arte e tecnologia; Elementos da linguagem; Processos de criação.
8 ARTE 9 o ANO
Respostas
Trocando ideias
Dançarino interage com
imagens virtuais em
a) Resposta pessoal. Espera-se que os es-
movimento na coreografia tudantes destaquem na foto a interação
Hakanaï, dos artistas
franceses Claire Bardainne entre o dançarino e a imagem do cubo
(1978- ) e Adrien Mondot projetada.
(1979- ). Chennai, Índia.
Foto de 2018.
b) Resposta pessoal. É importante que os es-
tudantes comentem suas experiências em
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 9
espetáculos que usam tecnologias (luz,
efeitos especiais, projeções e imagens
computadorizadas), além da interação dos
/22 9:54 AM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A023.indd 9 6/6/22 9:54 AM bailarinos com esse tipo de cenário.
c) Espera-se que os estudantes percebam
que o uso da tecnologia em si não deter-
mina a fruição estética, ou seja, o modo
como as pessoas desfrutam uma obra de
arte. A questão que se coloca é como o
recurso pode ser utilizado para enriquecer
a estética da obra.
ARTE 9 o ANO 9
BIBLIOTECA DAS ARTES DECORATIVAS, PARIS. FOTOGRAFIA: ARCHIVES CHARMET/ BRIDGEMAN IMAGES/EASYPIX BRASIL
que na dança de nosso tempo. Cada
tecnologia se impõe sobre o corpo
de diferentes maneiras, e estamos
acostumados a nos comportar de
maneiras apropriadas a ela. Assim,
quando a tecnologia muda, efetua-
mos as mudanças necessárias a ela:
nosso corpo e nossos sentidos mu-
dam em sintonia com as mudanças
de nosso meio.
Miranda, Regina. Dança e tecnologia.
In: antunes, Arnaldo et al. Lições de dança 2.
Rio de Janeiro: UniverCidade, 2000.
p. 114 e 141. Marie Alexandre Alophe. Marie Taglioni
em A sílfide, c. 1832. Litogravura colorida.
Foi na apresentação desse balé que
Taglioni utilizou a sapatilha de ponta
pela primeira vez.
10 ARTE 9 o ANO
Texto complementar pelhos, projetores e figurinos, investindo combinação de luzes projetadas, o que
em uma arte abstrata e poética. […] alguns anos mais tarde o cinema faria,
O texto a seguir aborda mais detalhadamente o ao tentar criar atmosferas.
[…]
papel de Loïe Fuller como dançarina e a relevância
Para Fuller, não interessava uma pes- Portanto, a descoberta definitiva de
de seu pensamento criativo.
quisa minimal ou mimética dos movi- Fuller refere-se à associação dos mo-
[…] Criadora da famosa Dança Serpen- mentos da dança que reproduzissem, vimentos plásticos, nos quais o corpo
tina, Fuller foi considerada o grande por exemplo, fielmente, o bater de feminino transforma-se em figura abs-
mito da Belle Époque, ao apresentar asas de uma borboleta. O que ela bus- trata, com o uso da iluminação. […]
um gênero novo de dança, no qual seu cava era uma espécie de movimento Monteiro, Gabriela Lírio Gurgel. Loïe
corpo desaparecia ao manipular tecidos transitório e plástico que deveria ser Fuller – artista precursora da cena expandida.
cujas formas eram modificadas pela in- Repertório: Teatro & Dança, Salvador, ano 19, v. 2,
obtido através da manipulação de n. 27, p. 137-145, 2016. Disponível em: https://
cidência de luzes coloridas. Responsável tecidos, alcançando um gesto flui- periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/
por criar uma arte em movimento, muito do, luminoso e evanescente. A partir view/20620/13246. Acesso em: 23 mar. 2022.
próxima do cinema, explorou diversas desta constatação, Fuller criou doze
técnicas que articulavam o uso de es- movimentos, revelados por meio da
ARTE 9 o ANO 11
12 ARTE 9 o ANO
Balé Triádico,
desenvolvido por
Oskar Schlemmer.
Berlim, Alemanha.
Foto do começo do
século XX.
ARTE 9 o ANO 13
14 ARTE 9 o ANO
Instrumentos digitais
Além de fazer parte do processo criativo, a tecnologia pode auxiliar no
aprimoramento técnico dos profissionais da dança. Um exemplo disso é o pro-
tótipo da designer espanhola Lesia Trubat (1990- ). Ela conseguiu transformar
a tradicional sapatilha de ponta em uma sapatilha de ponta tecnológica para
ser utilizada como um pincel digital.
A bailarina move a sapatilha em contato com o chão, e o dispositivo,
preso ao calçado, registra os movimentos. Então, um aplicativo instalado em
um aparelho eletrônico captura os sinais transmitidos pelo dispositivo e faz o
registro gráfico deles. Com isso, a dançarina pode visualizar em formato de
vídeo todos os movimentos realizados, extrair e imprimir imagens deles e, com
base nessas informações, analisá-los.
ARTE 9 o ANO 15
Texto complementar pode ser produzida tanto no meio ele- culos feitos para o teatro e passa a
trônico e digital quanto em película encomendar obras criadas especifi-
Tendo em vista que transformações re- camente para vídeo sob a alcunha
cinematográfica.
presentam a constância do fazer artístico, a
[…] de videodança.
videodança traz consigo a multidisciplinaridade
de linguagens da dança e do audiovisual, além […] Não se sabe ao certo quando nem Um dos primeiros coreógrafos a tra-
da incorporação de novas tecnologias no pro- balhar com a nova possibilidade é o
como a videodança foi assim batiza-
cesso criativo. O texto a seguir contextualiza o americano Merce Cunningham (1919-
da. Uma hipótese é de que o termo
surgimento da videodança e apresenta alguns -2009). A partir de 1974, ele estabe-
tenha sido cunhado em 1982 com um
trabalhos pioneiros dessa linguagem híbrida. lece uma parceria com o videomaker
festival anual de exibição de filmes de Charles Atlas […] que resulta na pro-
A videodança é um produto híbri- dança no Centro Georges Pompidou, dução de obras batizadas por eles
do realizado com a mistura entre o na França. Há ainda registros de que como media/dances [mídia/danças],
audiovisual e a dança e tem como o batismo tenha ocorrido também feitas especialmente para a câmera a
principal elemento o movimento. […] nos anos 1980 pelo programa inglês partir da combinação de dança, filme
Apesar de adotar o termo “vídeo” de televisão Channel 4, que apresenta e vídeo. Entre os trabalhos produzidos
em sua nomenclatura, a videodança adaptações para a TV de espetá- estão Westbeth (1975) e Locale (1980).
16 ARTE 9 o ANO
Imagem de um monitor de televisão dos anos 1970, que mostra uma cena da videodança
M 3×3, de Analivia Cordeiro.
ARTE 9 o ANO 17
ARTE 9 o ANO 19
20 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 21
adquiridos no decorrer do estudo da Unidade, em dos pés oferecida pela sapatilha quanto à Indicações
seus conhecimentos prévios e em suas vivências, noção de criar uma cena para vídeo e/ou • Bailarina plus size ganha legião de fãs ao pro-
exercitando a argumentação e a inferência. Pro- para a internet. var que balé não é só para as magras. O Es-
cure também orientá-los na identificação e na b) Resposta pessoal. Espera-se que os estu- tado de S. Paulo, 15 jan. 2017. Disponível
desconstrução de falácias, indicando que devem em: https://emais.estadao.com.br/noticias/
dantes abordem a interferência do vídeo
sempre voltar aos textos estudados e conferir as comportamento,bailarina-plus-size-ganha-
fontes de seus argumentos. no processo criativo, a diferença entre o legiao-de-fas-ao-provar-que-bale-nao-e-so-
processo criativo tradicional e aquele em para-as-magras,10000100240. Acesso em:
Respostas que se utiliza o vídeo, como foi a etapa de 25 mar. 2022.
edição, etc. A notícia trata da bailarina Lizzy Howell e de
Trocando ideias suas postagens em uma rede social, por meio
a) Novas experimentações de movimento, da qual ela inspira muitas garotas.
organização e exploração do corpo no
espaço são possibilitadas por invenções
tecnológicas. Isso diz respeito tanto à
possibilidade de se manter nas pontas
22 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 23
Espetáculo Body navigation, da companhia dinamarquesa Recoil. Copenhague, Dinamarca. Foto de 2008.
MAPA DA UNIDADE
24 ARTE 9 o ANO
ASPHYXIA-PROJECT/ACERVO DO PROJETO
Os movimentos da bailarina são capturados por meio da tecnologia de sensores no projeto as·phyx·i·a.
Nova York, Estados Unidos. Foto de 2015.
Texto complementar de interação, tendo em vista a grande entre em contato com seu corpo de forma
adesão às redes sociais digitais e ao a estreitar a relação entre o movimento
O trabalho com a videodança oferece a
tempo que disponibilizam para esta prá- de interiorização da exterioridade e de
oportunidade de conversar com os estudantes
tica, intercambiando postagens de fotos, exteriorização da sua interioridade, para
sobre a representação do corpo na contempo-
textos e vídeos; interagindo em rede ampliar as possibilidades, mesmo que
raneidade e sua relação com as mídias digitais:
sob novas relações de espaço e tempo, restritas, de atingir maior reflexividade
A imagem virtual do corpo, presente na e que certamente geram relações de e produzir novos sentidos e novas ações
sociedade contemporânea, principalmen- pertencimento social. sociais cotidianas.
te sob o viés de apelo ao consumo, incul- […] SantoS, Bruna Bardini dos. Videodança na
ca concepções de beleza, de movimento, Neste sentido, encontra-se no ensino da escola: reflexões sobre o corpo e a dança no
de contato corporal, gerando ajustes nos videodança uma prática de intervenção contexto escolar. 2015. 155 p. Dissertação
habitus das atuais “gerações digitais”, a fim (Mestrado em Educação) – Universidade Federal
que atua diretamente no corpo e, por isso,
do Paraná, Curitiba, 2015. p. 70. Disponível
de atender as demandas sociais. é capaz de interferir na construção de em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/
Logo, crianças e jovens têm na ima- percepções e signos expressivos. E assim, UFPR_2be2c5b1cc4f93907019eb392aa135fc.
gem uma de suas principais formas tende-se a propiciar que o(a) aluno(a) Acesso em: 30 jun. 2022.
ARTE 9 o ANO 25
ASPHYXIA-PROJECT/ACERVO DO PROJETO
O site também apresenta um vídeo com
os bastidores da criação dessa produção
(disponível em: http://www.asphyxia-project.
com/behind; acesso em: 4 mar. 2022). Se for
possível, assista a esse vídeo com a turma,
assim, os estudantes poderão acompanhar
os passos de criação da produção que estão
descritos nesta seção.
Indicações
• Projeto as·phyx·i·a. Disponível em: http://
www.asphyxia-project.com/film. Acesso em:
4 mar. 2022.
O site está em inglês, porém basta clicar no
botão de reprodução para assistir ao vídeo.
Caso seja possível, exiba-o aos estudantes
e peça-lhes que observem de que maneira Criação de animação 3D feita por meio dos movimentos capturados no projeto as·phyx·i·a. Nova York, Estados Unidos.
Foto de 2015.
a tecnologia (captura do movimento, ani-
mação 3D, trilha sonora, edição de vídeo,
ASPHYXIA-PROJECT/ACERVO DO PROJETO
etc.) contribuiu para realçar os movimentos
da bailarina.
26 ARTE 9 o ANO
Pesquisar
PESQUISAR
Nesta parte da “Atividade complemen-
tar”, incentive os estudantes a retomar os
Nesta parte da “Atividade complementar”, você e os colegas vão utilizar ferramentas de busca
conhecimentos desenvolvidos no decorrer
na internet para pesquisar e conhecer obras de videodança com o objetivo de servir de inspiração da Unidade 1. Peça a eles que analisem as
para o trabalho que realizarão em seguida. videodanças que encontrarem na pesquisa
recuperando as etapas realizadas e a expe-
1. Formem grupos de cinco ou seis estudantes. riência que tiveram no trabalho desenvolvido
2. Utilizem sites de busca da internet para encontrar coreografias feitas no formato de videodança. na seção “Mãos à obra”.
3. Assistam aos vídeos encontrados e anotem os aspectos que mais chamaram a atenção do A atividade proposta nesta etapa pode ser
grupo, como: o tema da videodança, a movimentação do corpo (diferentes níveis, velocida- realizada como uma atividade avaliativa diag-
des, etc.), a maneira como a câmera enquadra esses movimentos, elementos tecnológicos nóstica e formativa, pois possibilita que você
(cenário interativo, projeções, etc.) que fazem parte da coreografia, entre outros. avalie os conteúdos conceituais (objeto de
4. Escolham uma das videodanças visualizadas. pesquisa), procedimentais (ação de pesquisa)
e atitudinais (relação ética com as fontes e o
5. Pesquisem a autoria da videodança e outras informações relevantes sobre o trabalho (bailarinos, posicionamento diante delas) dos estudantes.
coreógrafos, diretores de vídeo, ano de realização, etc.). Anotem essas informações para utilizá-
Sobre avaliação, consulte a página XIX das
-las na elaboração de um vídeo explicando os aspectos pesquisados no item 3.
“Orientações gerais” deste Manual do Professor.
6. Elaborem um roteiro que aborde as informações obtidas para montar uma análise dos prin-
cipais elementos da obra. Ao organizar os estudantes em grupos,
considere seus conhecimentos sobre a turma
7. Gravem o material em vídeo com base no roteiro elaborado pelo grupo. Vocês podem inse- e incentive a empatia e a cooperação entre
rir narração, cenas da videodança para contextualizar as informações pesquisadas, caixas eles, de modo a desenvolverem a capacidade
de textos, efeitos visuais como setas e círculos para indicar detalhes da coreografia e do
de escuta do outro, a empatia e a colaboração.
cenário, trilha sonora, etc.
8. Apresentem o vídeo para a turma. Observem também o trabalho dos outros grupos para
Promova um debate respeitoso, levando
discutir sobre eles em uma roda de conversa ao final desta atividade. os estudantes a reconhecer a diversidade e a
exercitar a cidadania e o convívio social republi-
9. Discutam as diferenças do uso do audiovisual e dos movimentos dançados em cada um dos cano. Incentive-os a embasar seus argumentos
trabalhos apresentados. nos conhecimentos adquiridos no decorrer do
estudo da Unidade, em seus conhecimentos
prévios e em suas vivências, exercitando a
argumentação e a inferência. Procure também
orientá-los na identificação e na desconstrução
de falácias, indicando que devem sempre voltar
FABIO EIJI SIRASUMA/ID/BR
ARTE 9 o ANO 27
Criar
CRIAR
Na etapa “Criar”, os estudantes realizam prá-
ticas artísticas que exploram a multimodalidade
das linguagens artísticas, que permitem a eles
exercitar os fundamentos das metodologias Nesta seção, você vai criar uma videodança por meio de experimento com a movimentação
em um papel e a marcação desses movimentos com o uso de tinta guache.
ativas por meio da aprendizagem colaborativa.
Lembre-se de que, no processo criativo em dança, pressupõe-se uma relação entre aquele que
Incentive os estudantes a acolher as dife- cria, seu corpo e os elementos a ele relacionados (movimento, espaço, tempo, peso), bem como
renças e a tratá-las com respeito. Ao trabalhar elementos relacionados às artes visuais (cenário, figurino, entre outros).
coletivamente com a turma, o convívio em sala
de aula é enriquecido, e a interação social e Materiais:
a aprendizagem são potencializados por meio • Bobina de papel plotter branco (40 g e 160 cm de largura)
da aprendizagem colaborativa, levando a um
processo de ensino-aprendizagem significativo. • Seis rolos de fita adesiva transparente ou fita-crepe
• Pincéis de pintura com cabeça de tamanho médio
Aproveite para analisar a atividade desenvol-
vida como uma atividade avaliativa diagnóstica • Potes grandes de tinta guache (cores sortidas)
e formativa, avaliando o desenvolvimento dos • Vasilhas de plástico para diluir a tinta
estudantes em conhecimentos procedimentais • Dispositivo eletrônico para filmar: câmeras, smartphones, etc.
(materiais e processos artísticos) e atitudinais
(relação com os colegas em trabalhos coletivos). • Aparelho para reprodução de música
Sobre avaliação, consulte a página XIX das • Computador ou outro dispositivo eletrônico com programa de edição de vídeo
“Orientações gerais” deste Manual do Professor.
Etapa 1 – Produção do cenário
Nesta etapa, pretende-se demonstrar aos
estudantes que a dança não necessita do palco 1. Organizem-se em grupos de cinco ou seis estudantes.
ou de outro lugar específico para acontecer, uma
vez que a matéria-prima dessa linguagem artística 2. Pesquisem espaços pela escola que possam ser utilizados como cenários para o vídeo.
é o corpo, que age com intencionalidade estética.
Como mencionado no trecho da dissertação de 3. Com a autorização da escola, preparem o chão do local escolhido, cobrindo-o com o
Bruna Bardini dos Santos, apresentado na página papel plotter branco.
25 deste Manual do Professor, essa forma de
apresentar a dança pode transformar a vivência
cotidiana do estudantes, isto é, o gesto cotidiano
28 ARTE 9 o ANO
10. Atenção! Não se deve registrar o corpo estático no papel, e sim as várias movimentações
do corpo ou das partes do corpo.
ARTE 9 o ANO 29
4. Definam uma trilha sonora para ser utilizada na coreografia. Pode ser uma música ou ruí-
dos. O grupo pode também utilizar o silêncio como forma de explorar a ausência de som
para elaborar a composição coreográfica.
6. Escolham um figurino feito de tecidos que facilitem a movimentação do corpo e que tenha
cor neutra para que o cenário fique em destaque.
30 ARTE 9 o ANO
Etapa 4 – Edição
1. Façam a edição do vídeo no laboratório de informática da escola ou no dispositivo eletrô-
nico com programa de edição de vídeo disponível para o grupo.
3. Algumas etapas que vocês devem seguir para fazer a montagem do vídeo:
• seleção das imagens;
• ordenação das cenas;
• uso de efeitos visuais e de edição de vídeo;
• finalização (inserir no começo do vídeo o título da videodança e no fim a ficha técnica
com o nome de todos que participaram).
ARTE 9 o ANO 31
Respeitável público
RESPEITÁVEL PÚBLICO
Converse com a direção e a coordenação da
escola sobre a organização do festival e reserve
um espaço e uma data para seu acontecimento. 1. Os grupos devem apresentar os vídeos que montaram para o restante da turma.
Certifique-se de que o espaço reservado tenha
o equipamento adequado para a exibição das 2. Discutam as coreografias, o posicionamento das câmeras e os efeitos de edição de vídeo
videodanças. de todos os grupos.
Considere convidar para o festival os familiares 3. Planejem um festival de exibição das videodanças.
ou responsáveis dos estudantes e a comunidade
do entorno da escola, além de funcionários e 4. Ordenem a exibição do vídeo de cada grupo no festival. Essa organização pode ser feita
outras turmas da escola. por meio da classificação das temáticas apresentadas em cada vídeo.
8. Antes da apresentação de cada videodança, o grupo criador deve fazer uma pequena
introdução sobre a obra, citando o processo criativo e a temática do vídeo.
32 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 33
UNIDADE
Unidade 2
Objetivos: refletir sobre como o uso das
tecnologias se relacionam à produção em artes
TECNOLOGIA
visuais, associando-o aos conhecimentos de
diversos campos, responsáveis pelo desen-
volvimento tanto da ciência como da criação;
conhecer a história e as contribuições do cinema,
da fotografia, da arte cinética, da arte digital e da
web arte; entender as contribuições realizadas
pela tecnologia em museus de arte; discutir o
destino dos objetos tecnológicos quando se
tornam obsoletos para a sociedade de consumo e
a capacidade que a arte tem de ressignificá-los.
Justificativa: a tecnologia está presente em
muitas ações cotidianas; e, por estarem ligadas de
certa forma a essas ações, as artes visuais fazem
uso dela e da ciência. Ao conhecer e entender
a evolução da tecnologia no campo artístico, os
estudantes poderão perceber sua constante con-
tribuição, ao longo dos anos, tanto na ampliação
das possibilidades de criação e reprodução quanto
no modo de exposição e conservação das obras.
Consulte a página XXX das “Orientações espe-
cíficas” deste Manual do Professor, na qual consta
o quadro de competências e habilidades da BNCC
com as descrições completas.
MAPA DA UNIDADE
Competências gerais 2 e 5.
34 ARTE 9 o ANO
SSPL/GETTY IMAGES
TROCANDO IDEIAS
Veja respostas nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
• Observe a imagem, converse com os colegas e o(a) professor(a) sobre a utilização Trocando ideias
de recursos tecnológicos nas artes visuais e responda às perguntas a seguir.
A seção “Trocando ideias” é uma atividade
a) Você já ouviu falar de exposições de fotografias, vídeos ou obras interativas ou já foi avaliativa diagnóstica. Por meio das perguntas
a alguma? Qual seria a razão de tal proposta? Descreva as propostas que conhece.
propostas, você pode levar os estudantes a
b) Cite alguns sites cujos aspectos visuais chamaram sua atenção, por apresentarem refletir sobre os assuntos que serão trabalhados
animações, botões personalizados, imagem de fundo, etc. Como você acha que é o na Unidade e identificar os conhecimentos
processo de criação desses elementos? prévios da turma sobre os temas abordados,
além de interesses dos estudantes em rela-
ção a essa temática, antes do contato deles
com textos e explicações teóricas. Procure
planejar o percurso educativo com base nesse
diagnóstico, adaptando os planos de aulas,
considerando as especificidades, fragilidades
e habilidades dos estudantes e incluindo os
interesses deles, de modo que a aprendiza-
gem seja mais significativa. Sobre avaliação,
consulte a página XIX das “Orientações gerais”
deste Manual do Professor.
Aproveite o desenvolvimento desta seção
para trabalhar com os estudantes a argumenta-
ção e a inferência. Caso você identifique alguma
informação questionável ou pouco embasada
no decorrer da conversa inicial, oriente-os
a buscar mais dados em fontes confiáveis,
como o próprio Livro do Estudante e livros e
artigos citados no “Referencial bibliográfico
comentado”, além de revistas e sites confiáveis.
Respostas
Trocando ideias
a) Resposta pessoal. Ao pensar sobre essa
questão, os estudantes passam a refle-
tir a respeito do valor cultural de certos
vídeos, fotografias ou objetos; da razão
pela qual são expostos em uma galeria
ou um museu; do que lhes confere a
Fotografia de Étienne-Jules noção de que há envolvimento do olhar
Marey, tirada no fim do e do fazer artísticos nesses processos
século XIX.
tecnológicos.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 35 b) Resposta pessoal. Por meio dessa
questão, é possível verificar se os es-
tudantes têm o costume de observar
22 12:20 PM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_034A059.indd 35 6/3/22 12:20 PM
a composição visual de conteúdos na
internet. A pergunta lhes permitirá re-
fletir sobre os processos de criação e
montagem desses sites.
ARTE 9 o ANO 35
36 ARTE 9 o ANO
1 2
ARTE 9 o ANO 37
38 ARTE 9 o ANO
Texto complementar Esse foi um dos motivos que tornaram Historiadores localizam a criação do pro-
urgente a criação de uma artimanha cesso de fotopinturas em torno de 1863.
Acredita-se que a fotopintura teria surgido com
para maquiar seu realismo bruto. As- Seu criador teria sido André Adolphe
a necessidade do artista de retocar ou embelezar
sim, em 1855, apenas dezesseis anos Eugène Disdéri (1819-1889), que, a par-
a fotografia realizada, em casos de resultados não
satisfatórios para o cliente ou mesmo para o artista, após a invenção oficial da fotografia, o tir de uma base fotográfica em baixo
como aponta Eder Chiodetto (1965- ) no catálogo alemão Franz Seraph Hanfstaengl, de contraste, aplicou tintas para dar cores
da exposição “Fotopinturas”: Munique, espantou o mundo ao apre- às imagens. Nesse processo, a fotografia
sentar na Exposição Universal de Paris, se tornou, então, um esboço das formas,
No entanto, os primeiros retratos fotográ- um facilitador na execução do retrato
ficos realizados nos estúdios pioneiros da a primeira em que fotografias foram ex-
postas, sua técnica de retocar imagens. que poupava o pintor de ter de realizar o
Europa muitas vezes decepcionavam os desenho do semblante do cliente.
clientes. O longo tempo de exposição Ao mostrar a mesma fotografia com e
sem retoque, Hanfstaengl descortinou chiodetto, Eder (curador). Fotopinturas: coleção
necessário para obter um retrato, ocasio- Titus Riedl. In: duarte, Paulo Sérgio (curador).
nado pelos materiais pouco fotossensíveis a possibilidade de esse “espelho má-
Arte brasileira: além do sistema (Catálogo).
da época, obrigava os retratados a ficar gico” simular uma situação, ou seja, São Paulo: Galeria Estação, 2010.
imóveis durante longos minutos, em ver- criar uma nova “realidade”.
dadeiras sessões de tortura. […] […]
ARTE 9 o ANO 39
JORDAN J. LLOYD/DYNAMICHROME
Orientações didáticas 1 2
grafia, enquanto os trabalhos digitais podem ser 2 Foto de Dorothea Lange com colorização digital realizada por Jordan J. Lloyd, em 2013.
reproduzidos infinitamente. Para encaminhar
a reflexão, você pode elencar com a turma os Comparando as duas imagens desta página, podemos perceber
aspectos positivos e negativos dessa possi- algumas diferenças entre os processos de colorização de cada uma de-
bilidade de reprodução. Proponha o seguinte las, que envolvem formas distintas de realização. Além disso, pode-se
questionamento aos estudantes: “O que é observar como a existência ou não das cores em uma imagem modifica
possível fazer com uma colorização digital que nosso modo de visualizar os elementos nela contidos, devido aos con-
não seria possível na fotopintura tradicional?”. trastes apresentados.
É preciso considerar que, tanto no processo de fotopintura quanto
Indicações no de colorização digital, a escolha de cores não parte somente do
• Mestre Júlio Santos. Disponível em: https:// acaso ou das preferências do artista. Em ambos os casos, o conheci-
mestrejuliosantos.com.br/. Acesso em: 16 mento da técnica de mistura de cores é tão necessário quanto as pes-
mar. 2022. quisas referentes ao período em que a fotografia foi realizada. Como
Na página do Mestre Júlio Santos a intenção geralmente está relacionada à representação de aspectos
(1944- ), é possível conhecer a tradi- da realidade, o conhecimento dos contextos cultural e histórico é im-
ção da fotopintura no Brasil e ver como prescindível para que o trabalho se adeque o máximo possível ao que
o artista pernambucano incorporou é retratado. Além disso, o estudo das diferentes tonalidades de cinza
softwares para a renovação e a permanência contidas em uma fotografia em preto e branco é capaz de indicar a
dessa arte. intensidade das cores dos elementos da imagem.
• Júlio Santos: o mestre da fotopintura. Sesc No Brasil, durante a primeira metade do século XX, a fotopintura
Belenzinho, 8 jun. 2016. Disponível em: foi um recurso muito utilizado para retratar ocasiões especiais, como
https://www.youtube.com/watch?v=DLA formaturas, casamentos e encontros familiares. É importante lembrar
1CzUB3Fc. Acesso em: 16 mar. 2022. que, na época, contratava-se o serviço de fotógrafo e de fotopintor
O vídeo apresenta uma entrevista com Mes- para o registro desses eventos, pois a câmera fotográfica ainda não
tre Júlio Santos, na qual ele conta o processo era um aparelho de fácil acesso. Assim, é comum que muitas famílias
de aprendizagem e de incorporação de novas ainda tenham guardadas as fotopinturas das gerações passadas, como
tecnologias na fotopintura. Se julgar ade- lembrança daquele período.
quado, assista ao vídeo com os estudantes.
40 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
40 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 41
Aproveite a oportunidade para discutir os Temas 10 Apresente sua fotopintura à turma e conte como foi seu processo cria-
Contemporâneos Transversais Economia: Educa- tivo. Fale sobre o que chamou sua atenção nos elementos visuais
ção Financeira e Educação Fiscal. Para tanto, fotografados e como se deu o processo de experimentação com a
é necessário estipular um valor hipotético para a aquarela ao transformar a fotografia por meio da cor.
compra de todos os materiais que poderão ser
utilizados na atividade. Com base nesse valor, faça 11 A fotopintura pode ser digitalizada e retrabalhada por meio de edições
com a turma o levantamento real dos gastos. Para digitais, em aplicativos de computador ou smartphone. Você pode real-
çar as cores ou inserir novas texturas nas imagens.
isso, considere as cópias, as tintas, os cotonetes,
a fita-crepe e qualquer outro material que venha a 42 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
ser usado. Levante os preços pesquisando lojas e
marcas diferentes. Isso possibilitará a compreensão
dos estudantes sobre como é possível reduzir os
custos com pesquisa de preços. Após a compara- RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_034A059.indd 42 6/3/22 12:20 PM
42 ARTE 9 o ANO
Fenacistoscópio criado
na Bélgica em 1833.
ARTE 9 o ANO 43
SSPL/GETTY IMAGES
Praxinoscópio com tiras
de imagens sequenciais
datado de 1878.
Texto complementar Entre a invenção da fotografia, Nicéphore lifórnia, Stanford, acerca do movimento
Nièpce, em 1826, e do aparelho rever- do cavalo a galope. Muybridge criou um
Ao abordar como a tecnologia provocou uma
sível (que permitia filmar e projectar) a dispositivo constituído por uma bateria
mudança na arte, é importante ressaltar o que era
que os seus inventores Auguste e Louis de 24 máquinas fotográficas, colocadas
debatido até então de forma técnica para poder
avançar nos conhecimentos sobre fotografia e Lumière chamaram de cinematógrafo, em linha, a curta distância umas das
movimento. O texto a seguir aborda algumas 1895, aconteceram muitas tentativas outras e, utilizando placas fotográficas
dificuldades da época e da invenção de Eadweard quer de aperfeiçoamento do suporte cada vez mais sensíveis, conseguiu outras
Muybridge (1830-1904). de registro fotográfico, quer dos pro- tantas fotografias que decompunham o
cessos mecânicos que permitiram a movimento do cavalo confirmando a
[…] O problema central consistiu em tese de Stanford. […]
resolver o arrasto intermitente da película análise do movimento e a sua síntese
na projeção […] RibeiRo, José. As imagens da ciência. Porto:
combinada com o rodar do obturador, Universidade Aberta. 1993. p. 3-4.
peça reguladora do tempo de entrada Dentre estes destacamos em primeiro
de luz na câmara para impressionar a lugar as experiências desenvolvidas, em
película e formar as imagens ou para Palo Alto, entre 1873 e 1880, pelo fotó-
permitir a projecção descontínua de um grafo Eadweard Muybridge, procurando
raio de luz sobre o ecrã. […] demonstrar a tese, levantada numa apos-
[…] ta, pelo milionário e governador da Ca-
44 ARTE 9 o ANO
FAC-SÍMILE: ID/BR
Machado, Arlindo. Arte e mídia. Rio de
Janeiro: Zahar, 2007. p. 23.
Imagem do filme
A chegada de um trem
na estação, dos irmãos
Lumière. Foto de 1895.
ARTE 9 o ANO 45
46 ARTE 9 o ANO
Abraham Palatnik.
Cinético CK-8, 1966.
Escultura de metal,
madeira, motor,
engrenagens e
tinta acrílica, 117 cm ×
40 cm × 40 cm.
Texto complementar maior conhecimento por parte dos usuá- artistas. Então, nesse espaço, onde copiar
rios das tecnologias da informação. Essas e colar são procedimentos padrão e as
No texto a seguir, Maria Amelia Bulhões reflete formas de apropriação e hibridação se
dinâmicas plataformas permitem que os
sobre os desafios que os processos criativos na generalizam, alguns artistas abrem novos
usuários colaborem para a construção e a
web apresentam. paradigmas estéticos e relacionais que
organização dos conteúdos, inaugurando
A internet iniciou sua difusão generali- uma nova interatividade. As potencia- interessa investigar.
zada ao público na segunda metade dos lidades interativas que se desenvolvem Bulhões, Maria Amelia. Experiências artísticas na
anos [19]90 e apresentou uma importante conduzem a práticas artísticas on-line rede internet no Brasil. 24o Encontro da ANPAP:
inovação em 2004, com o desenvolvi- mais abertas, flexíveis e democráticas, compartilhamento na arte – redes e conexões,
Santa Maria (RS), 2015. Disponível em: http://
mento da Web 2.0. Esse termo designa estimulando a diluição das hierarquias anpap.org.br/anais/2015/simposios/s3/maria_
um conjunto de serviços em plataforma, tradicionais, das autoridades, das autorias e amelia_bulhoes.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
envolvendo aplicativos de uso participativo das propriedades. Entretanto, os modelos
sob forma de comunidades, que permitem desta nova modalidade instrumental das
partilhar textos, arquivos, imagens, fotos, relações comunicacionais são restritivos
vídeos etc. sem a necessidade de um em termos criativos e têm desafiado os
ARTE 9 o ANO 49
50 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 51
ALAMY/FOTOARENA
ção, de recursos e pela fragilidade das políticas
culturais. Promova uma discussão sobre essas
questões com os estudantes, mostrando como
essa mudança nas instituições foi importante
para, além de ampliar o acesso ao público,
induzi-lo a fazer uma visita real.
Procure incentivar os estudantes a buscar por
museus que achem interessantes na internet,
verificando se disponibilizam visitas virtuais,
como a que será proposta na seção “Explorando
na rede”. Reforce com a turma a necessidade
de realizar também visitas físicas a esses Visitante utiliza audioguia
espaços, destacando que uma reprodução no Museu Solomon R.
Guggenheim, em Nova
não substitui a experiência de observar uma York, nos Estados Unidos.
obra de arte pessoalmente. Destaque ainda a Foto de 2018.
importância de eles terem contato com ele-
mentos culturais da localidade em que vivem. A preocupação com a acessibilidade e a superação de barreiras que
dificultam o acesso de pessoas com deficiência aos espaços culturais, como
museus e teatros, vai muito além da adaptação de banheiros, construção de
rampas e instalação de pisos táteis. Atualmente, nesses espaços culturais,
procura-se planejar formas de estender o acesso de pessoas com deficiência
a obras de arte e espetáculos, ampliando a discussão quanto à importância
da acessibilidade na sociedade.
Entre as possibilidades já existentes para a inclusão de pessoas com de-
ficiência em museus, podemos citar, além dos audioguias, maquetes e repro-
duções táteis, muitas vezes elaboradas com impressoras 3D.
A acessibilidade, nesse sentido, não se limita a permitir o deslocamento
da pessoa com deficiência no espaço museológico, mas possibilita que ela
seja incluída como público, podendo perceber, compreender e interagir com
o conteúdo exposto.
Desde 2003, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, em São Paulo (SP),
tem ampliado o acesso de pessoas com deficiência às obras de arte de sua
coleção com o Programa Educativo para Públicos Especiais, que disponibiliza
52 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 53
54 ARTE 9 o ANO
coisa em backup.”
Em nota, a Secretaria da Cultura do
Estado de São Paulo lamentou o
falecimento do bombeiro civil Ro-
naldo Pereira durante o combate
ao incêndio no Museu da Língua
Portuguesa. “A destruição parcial
do prédio é uma grande perda, mas
nunca comparável à vida humana,
essa sim, insubstituível. Nos solida-
rizamos com seus familiares.”
Espaço de exposição A Secretaria esclareceu que “todo o
no Museu da acervo do museu era virtual, por isso,
Língua Portuguesa.
São Paulo (SP).
sua recuperação plena será possível
Foto de 2021. após a reconstrução do edifício […]”.
incêndio atinge Museu da Língua Portuguesa
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 55 em São Paulo. G1, 21 dez. 2015. Disponível
em: http://g1.globo.com/sao-paulo/
noticia/2015/12/incendio-atinge-museu-da-
lingua-portuguesa-em-sp-dizem-bombeiros.
22 12:21 PM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_034A059.indd 55 6/3/22 12:21 PM
html. Acesso em: 4 mar. 2022.
ARTE 9 o ANO 55
56 ARTE 9 o ANO
Cildo Meireles.
Babel 2001, 2001.
Instalação de
estrutura metálica
e rádios, 500 cm x
200 cm. Londres,
Reino Unido. Foto
de 2020.
ARTE 9 o ANO 57
Orientações didáticas
Trocando ideias
Nick Gentry. DBase, 2013. Tinta a óleo e disquetes sobre madeira, 28 cm × 36 cm.
As questões da seção “Trocando ideias” do
fim da Unidade podem ser realizadas como
atividade avaliativa final. Para isso, você pode
retomar as respostas e os conhecimentos
iniciais dos estudantes e avaliar o desen-
volvimento dos conhecimentos conceituais,
atitudinais e procedimentais deles no decorrer
do trabalho com a Unidade. Sobre avaliação, TROCANDO IDEIAS
consulte a página XIX das “Orientações gerais” Veja respostas nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
deste Manual do Professor. • Com base nas perguntas a seguir, reflita sobre o que foi abordado nesta Unidade e
converse com os colegas e o(a) professor(a).
Durante a conversa, incentive os estudantes a) Entre as formas de produzir arte usando tecnologia vistas nesta Unidade, qual mais
a embasar seus argumentos nos conheci- despertou seu interesse? Cite as principais características dessa forma de arte e diga
mentos adquiridos no decorrer do estudo da por que ela chamou sua atenção.
Unidade, em seus conhecimentos prévios e em
b) Identifique algum projeto na cidade onde vive que utilize a arte para ressignificar mate-
suas vivências, exercitando a argumentação
riais em desuso ou que produza peças estéticas usando objetos do cotidiano.
e a inferência. Procure também orientá-los
na identificação e na desconstrução de falá- c) Aponte algum tipo de técnica ou tecnologia que foi substituído em grande escala, mas
cias, indicando que devem sempre voltar aos que ainda é utilizado por alguns grupos.
textos estudados e conferir as fontes de seus
argumentos. 58 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Respostas
RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_034A059.indd 58 6/3/22 12:21 PM RUMOS_A
Trocando ideias
c) Resposta pessoal. Alguns exemplos que po-
a) Resposta pessoal. O objetivo da questão dem ser citados são: aparelhos de videogame
é incentivar os estudantes a refletir so- antigos, aparelho de fax, DVD, toca-fitas, toca-
bre as diversas modalidades artísticas -discos, videocassete, máquina de escrever,
apresentadas ao longo da Unidade e câmera fotográfica analógica, correspondên-
justificar sua escolha, enumerando as cia por meio de cartas, entre outros.
principais características da modalida-
de selecionada. Estimule o respeito às
escolhas dos colegas, evidenciando o
valor de cada uma.
b) Resposta pessoal. Espera-se que os es-
tudantes observem as inúmeras possibi-
lidades de criação com objetos comuns,
centrando seus olhares na diversidade de
produção local.
58 ARTE 9 o ANO
Filme
• Amador, de Krzysztof Kieslowski. Polônia, 1979 (117 min).
O filme conta a história de Filip Mosz, um operário que se apaixona pela produ-
ção cinematográfica e adquire uma câmera com a qual passa a filmar tudo
o que o cerca. Entretanto, ao registrar alguns eventos, ele é repreendido.
O filme aborda a tensão entre as expressões individuais e a censura.
Sites
• Museu para Todos. Disponível em: http://museu.pinacoteca.org.br. Acesso em: 4 mar. 2022.
Plataforma virtual da Pinacoteca do Estado de São Paulo. O site apresenta textos e orienta-
ções para agendamento de visitas guiadas, além de jogos que possibilitam o aprendizado
em arte.
• DesVirtual. Disponível em: https://www.desvirtual.com/. Acesso em: 4 mar. 2022.
A artista Giselle Beiguelman publica vídeos, imagens e textos sobre obras de arte digital,
audiovisuais, intervenções urbanas e instalações tanto de sua autoria como assinadas
por outros artistas.
ARTE 9 o ANO 59
UNIDADE
Unidade 3 TECNOLOGIA
Objetivos: relacionar a tecnologia ao teatro
desde suas origens por meio de exemplos do
Ocidente e do Oriente no uso de diversos me-
canismos; refletir sobre as origens do cinema e,
posteriormente, da televisão e do computador,
e sobre sua relação com o teatro; debater o
uso da internet no cotidiano, identificando e
discutindo sua forma de interação com a rede;
conhecer experiências teatrais contemporâneas
que se utilizam da internet como procedimento
de criação e refletir sobre elas; experimentar
o uso da internet como procedimento criativo,
tensionando a noção de copresença de atores e
público no espaço e no tempo como essencial
no teatro; compreender o teatro como uma arte
em diálogo com seu tempo e aberta a influên-
cias de novas tecnologias; identificar o teatro
como uma forma de resistência à virtualização
das relações contemporâneas ao promover o
encontro de uma mesma coordenada espa-
çotemporal; discutir os efeitos da pandemia
de covid-19 no teatro e em sua relação com
a internet e outras mídias digitais.
Justificativa: o processo de ensino-apren-
dizagem em teatro contempla a contextuali-
zação da relação dessa linguagem artística
com a tecnologia, a fruição de obras que
incorporam tecnologias, seja como motivação, No Ocidente, o teatro tem suas origens no século V a.C., na Grécia Antiga. Uma de suas prin-
seja como meio de criação, e a produção cipais características é que os atores e o público compartilham as dimensões do espaço e do tempo,
teatral por meio da experimentação e in- ou seja, estão em uma mesma coordenada espaçotemporal. A copresença de atores e público é o
corporação de tecnologias acessíveis e da que leva o teatro a ser considerado uma arte da presença.
exploração do teatro mediado por tecnologias O teatro transforma-se e dialoga com a sociedade de seu tempo. Por isso, as novas tecno-
de transmissão remota. logias são incorporadas frequentemente na cena teatral contemporânea. Redes sociais, recurso
audiovisual, streaming, computadores e outros dispositivos digitais, como smartphones e tablets,
Consulte a página XXXII das “Orientações
e até mesmo robôs, fazem parte dos espetáculos teatrais atualmente. É o caso da performance
específicas” deste manual, em que consta Black rock, que utiliza projeções de audiovisuais, retratada na foto que abre esta Unidade.
o quadro de competências e habilidades da
Durante a pandemia de covid-19, o teatro foi muito afetado pela necessidade de distancia-
BNCC com as descrições completas. mento físico e teve de migrar para as mídias digitais para manter-se vivo.
60 ARTE 9 o ANO
Performance Black
rock, do Estúdio
Reator, em Belém (PA).
Foto de 2017.
FITZWILLIAM MUSEUM, UNIVERSIDADE DE CAMBRIDGE, REINO UNIDO. FOTOGRAFIA: BRIDGEMAN IMAGES/EASYPIX BRASIL
Grua: equipamento
práticas artísticas em teatro. utilizado para
erguer e locomover
materiais e/ou
pessoas.
62 ARTE 9 o ANO
Cia. Lumiato em apresentação do espetáculo 2 mundos, na cidade de Brasília (DF). Foto de 2021.
Texto complementar silhueta está afastada da tela, o Teatro filha da contemporaneidade, atualizada
de Sombras contemporâneo começou, nas formas cênicas e na concepção dra-
No trecho a seguir, Fabrizio Montecchi, integrante por sua vez, a se utilizar de sombras pro- matúrgica.
do Teatro Gioco Vita, na Itália, faz uma reflexão sobre jetadas. A cena, assim, transformou-se
as mudanças do teatro de sombras no Ocidente a Montecchi, Fabrizio. Em busca de uma identidade:
em um dispositivo de projeção […] que reflexões sobre o Teatro de Sombras contemporâneo.
partir da década de 1970. Móin-Móin: Revista de Estudos sobre Teatro de
permitiu ao manipulador afastar-se da
A revolução [no teatro de sombras tela e agir no espaço, multiplicando as Formas Animadas, v. 1, n. 9, p. 20-35, 2012.
contemporâneo] nasceu então de uma próprias possibilidades performáticas. […] Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/
moin/article/view/10596525950347010920120
necessidade sentida de renovação da […] Este conjunto de contribuições e 20/7933. Acesso em: 8 mar. 2022.
linguagem como um todo, mas aconteceu experiências levou a uma renovação total
graças a uma mudança técnica funda- dos cânones estéticos, dos modelos de Se considerar adequado, leia esse fragmento
mental: a transformação do tradicional representação e dos ritmos perceptivos com os estudantes. Converse com eles sobre as
espaço das sombras em um verdadeiro ligados à criação da imagem da sombra mudanças citadas por Montecchi, principalmente
dispositivo de projeção. e também à transformação do espaço no que diz respeito às imagens projetadas em uma
[…] da tela (bidimensional) para a cena (tri- tela por meio de filamentos de luz.
Com a introdução de uma fonte luminosa dimensional), tendo como consequência
com filamento puntiforme, que permi- o nascimento de uma linguagem com ca-
te obter sombras nítidas inclusive se a racterísticas novas e originais, totalmente
ARTE 9 o ANO 63
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
O cinematógrafo utilizado pelos irmãos Lumière
Bobina com
película impressa
Bobina com
película virgem
Laço
Objetiva
Janela
Obturador
ARTE 9 o ANO 65
Fotograma do filme
Viagem à Lua, de 1902,
no qual um foguete “fura”
o olho da Lua por meio
dos efeitos especiais
desenvolvidos por
Georges Méliès.
GRAEME ROBERTSON/EYEVINE/IMAGEPLUS
Manipulação de boneco
para filmagem em
stop motion da animação
Wallace & Gromit: uma
questão de miolo e morte,
dirigido por Nick Park (2008).
66 ARTE 9 o ANO
culminaram com
a derrubada do • Benjamin, Walter. A obra de arte na era de
kaiser, título
alemão que sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre:
significa L&PM, 2018.
“imperador”.
Ensaio de Walter Benjamin, publicado em
1936, no qual o filósofo alemão aborda a
arte e sua relação com a reprodutibilidade
técnica.
ARTE 9 o ANO 67
Essa relação entre audiovisual e teatro tem sido explorada ao longo da his-
tória do teatro brasileiro por vários artistas, com peças que se transformam em
filmes ou filmes que se transformam em peças, entre outras possibilidades. Nos
1 Cena da peça dias atuais, com o advento de tecnologias cada vez mais acessíveis, o teatro
A brincadeira,
apresentada em Belo brasileiro incorporou o audiovisual como um elemento importante para a cena.
Horizonte (MG). Foto É o caso do espetáculo A brincadeira, dirigido por Júlio Vianna e Rafael Conde,
de 2015. que é uma adaptação do conto de mesmo nome do autor russo Anton Tchekhov
2 Telão disposto no
cenário da peça (1860-1904). Nesse espetáculo, a história contada no palco é entrecortada
A brincadeira. Belo por um curta-metragem, exibido em um telão disposto no cenário. Juntos, teatro
Horizonte (MG). Foto e cinema apresentam os encontros e desencontros de um casal.
de 2015.
LUDMILA LOUREIRO/ ACERVO DA FOTÓGRAFA
Texto complementar Jesus. Em 1926, ingressa na Companhia Batista, Dircinha Batista, Trio de Ouro,
Negra de Revistas, viajando para o Rio Chico Alves e Jorge Goulart. […]
Grande Otelo (1915-1993) é um dos mais de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo. Em 1985, grava A Noiva do Condutor,
importantes artistas brasileiros do século XX, tendo Retorna ao palco em 1935, no Rio de opereta de Noel Rosa escrita em 1935,
atuado no cinema, no teatro, no rádio e na televisão Janeiro, com a companhia Tro-Lo-Ló, com a atriz Marília Pêra e o Conjunto
como ator, compositor, cantor, comediante e poeta. de Jardel Jércolis, que muda seu nome Coisas Nossas. Deixa duas composições
Para conhecer um pouco mais sobre esse artista, artístico para Grande Otelo. […] inéditas, os sambas “Ela Mora em Ma-
leia o texto a seguir. Faz a carreira no teatro de revista, rádio, dureira” e “Saudades do Elite” (s.d.). Em
Sebastião Bernardes de Souza Prata, cinema e televisão. Como compositor, 2011, o liceu em que estuda na infância
“Grande Otelo” (Uberlândia, MG, 1915 dedica-se principalmente ao samba. […] inaugura o Teatro Grande Otelo.
– Paris, França, 1993). Compositor, cantor, Compõe, em parceria com Herivelto Grande Otelo. In: enciclopédia Itaú Cultural
ator, comediante e poeta. Ainda criança, Martins, “Praça Onze”, que empata com de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo:
canta e declama poemas nas ruas e par- o samba “Amélia” (Ataulfo Alves e Má- Itaú Cultural, 2022. Disponível em: http://
ticipa de números no circo. É adotado por rio Lago) no concurso carnavalesco do enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12087/
grande-otelo. Acesso em: 7 mar. 2022. Verbete
Isabel Gonçalves, mãe de Abigail Parecis, Flamengo, em 1942. […]
da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.
da Companhia de Comédia e Variedades Muitas de suas composições fazem parte
Sarah Bernhardt, que o leva para São de trilhas dos filmes dos quais participa,
Paulo, onde estuda no Liceu Coração de gravadas por intérpretes como Linda
68 ARTE 9 o ANO
Cena do espetáculo
E se elas fossem para
Moscou?, de Christiane
Jatahy, que esteve em
cartaz em Lisboa, em
Portugal. Foto de 2018.
Texto complementar que nos olha são as diferenças: um tomar uma posição mais ativa no
enquadramento que ressignifica a acontecimento teatral. […]
Para conhecer mais o trabalho da diretora ação, uma mudança de cenário que
Christiane Jatahy (1968- ), leia a seguir um Romagnolli, Luciana Eastwood. Tensões entre
fornece novos signos ou qualquer teatro e cinema: notas a partir da MITsp e de
trecho da crítica realizada por Luciana Romagnolli. sinal de que não se trata da repro- experiências de infância. Questão de crítica,
Nas projeções, ora aparecem ima- dutibilidade ao vivo da performance v. 8, n. 65, p. 201-217, ago. 2015. Disponível
gens de fora do espaço cênico que dos atores, mas, sim, de outro espaço, em: http://www.questaodecritica.com.br/wp-
outro tempo, outros sentidos, simu- content/uploads/2015/09/LUCIANA-ROMAGNOLLI-
não seriam acessíveis à visão da Quest%C3%A3o-de-Cr%C3%ADtica-Vol-VIII-n65-
plateia senão pela mediação tecno- lando reproduzir algo que o olhar agosto-de-2015.pdf. Acesso em: 8 mar. 2022.
lógica, ora simulacros mais ou menos atento identificará como diferente.
fiéis do que se está a ver naquele […]
mesmo instante em um dos cantos Outro aspecto interessante para esta
do palco. Então, quando se colocam discussão é a disputa da atenção da
simultaneamente diante do olhar do plateia entre as telas de projeção e
espectador a cena em carne e osso os corpos presentes. Como é incapaz
dos atores percorrendo os aquários de apreender o todo que está diante
e a mesma cena descarnada, fantas- de si, cabe ao espectador escolher
magórica, dos vídeos projetados, o para onde olhar – o que lhe permite
ARTE 9 o ANO 69
70 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 71
72 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 73
5 O interlocutor escolhido deve sair do lugar do ensaio, ir até o local previamente Assistir à cena “de fora” é uma situação inte-
selecionado e testar a conexão com o grupo por meio do dispositivo e do aplicativo ressante a ser experimentada. O olhar externo
escolhidos. Se a conexão não for boa, é possível fazer esse teste em outros espaços. contribui para a construção de cenas teatrais.
6 Quando a conexão estiver estável, comecem a improvisar, utilizando o dispo-
Muitas vezes, essa é uma função exercida por
sitivo. O interlocutor deve basear-se nos mesmos princípios da improvisação um diretor de teatro, mas também pode ser
descritos anteriormente. Mesmo distante, deve manter uma escuta ativa com os conduzida por outros atores do grupo.
colegas e vice-versa.
7 Lembrem-se de que essa improvisação será realizada com base no que foi es-
tabelecido anteriormente: local, personagens e situação. Suas ações devem
corresponder a essas circunstâncias.
ARTE 9 o ANO 75
76 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 77
DANIEL ROMERO/ALAMY/FOTOARENA
Atriz interagindo com o público em apresentação na cidade de Bogotá, na Colômbia. Foto de 2016.
78 ARTE 9 o ANO
Texto complementar Ideia que me leva a procurar eliminar o seu sentimento gregário e comunitário,
mais possível a diferença entre cidadão contribuindo assim para a construção
O grupo Tá na Rua é um dos coletivos mais de uma nova cidade e uma nova so-
e artista, e a criar um espaço onde é
importantes do teatro brasileiro atual. Seu diretor, ciedade onde as diferenças sociais e
possível a cidadania se manifestar ar-
Amir Haddad (1937- ), tem uma forma singular culturais poderão ser administradas
tisticamente; a buscar não separar uma
de relacionar teatro e cidade, criando diferentes e o sonho utópico da construção da
parte da cidade e colocar dentro de um
tipos de interação com o público, de forma direta, ‘Cidade Feliz’ possa ser retomado”.
edifício para que ela esteja ali simboli-
sem o intermédio de mídias tecnológicas.
zada. Mas sim, a pensar toda a cidade tá na Rua. In: enciclopédia Itaú Cultural de Arte e
[…] Com esses espetáculos o grupo como uma possibilidade teatral – Ela Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022.
realiza a utopia de unir público e atores é o espaço de representação, suas ruas Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.
na comunhão de uma festa popular. e edifícios são a cenografia e os atores org.br/grupo399345/ta-na-rua. Acesso em: 7 mar.
Quem esclarece é o próprio diretor são os cidadãos. […] Dessa maneira, 2022. Verbete da Enciclopédia.
Amir Haddad: “Venho trabalhando a enxergamos o teatro como a possível ISBN: 978-85-7979-060-7.
ideia de que a cidade é por si teatral e arte do futuro, a única talvez que estará
dramática e que o teatro está impregna- se mantendo dentro do propósito de
do dessas possibilidades de expressão. fornecer ao ser humano espaço para o
ARTE 9 o ANO 79
YOSHIKAZU TSUNO/AFP
tentam resolver problemas complexos, consi-
derando o futuro. No caso do teatro de robôs,
além do impacto que uma máquina feita para
parecer um ser humano e simular emoções
humanas pode provocar, é interessante notar Cena do espetáculo
como a colaboração entre robótica e artes cê- Metamorfose:
versão androide,
nicas pode ser empregada no desenvolvimento baseado na novela
de ambas as áreas de conhecimento. de mesmo nome
de Franz Kafka,
realizado no Japão.
Vale salientar que esse projeto também Foto de 2018.
estuda a interação entre robôs, atores e público,
levantando questões como a preferência dos Leia a seguir um fragmento do espetáculo Metamorfose: versão androide,
artistas entre contracenar com outra pessoa da companhia Seinendan, no qual um ator atua com um robô.
ou com uma máquina, e a preferência da
plateia entre assistir a espetáculos realizados […] As apresentações de teatro de robôs de Hirata tornaram-se impor-
apenas por seres humanos ou a encenações tantes não apenas porque nelas há robôs e humanos atuando juntos, mas
que envolvam robôs. porque suas obras vão além de serem mero espetáculo dos robôs. As apre-
sentações são mais do que um entretenimento do tipo “veja o que um robô é
Indicações capaz de fazer”. Nas peças de Hirata, os robôs interpretam diferentes perso-
nagens, e o autor tenta refletir sobre as questões fundamentais da convivên-
• Del, Felipe. Ponto: Como o teatro inventou o cia e da interação entre humanos e robôs por meio da arte teatral.
robô. SP Escola de Teatro, 24 jun. 2014. Dispo- Krisztina Rosner. O olhar do robô: o teatro de robôs de Oriza Hirata. The Theatre Times,
nível em: https://www.spescoladeteatro.org.br/ 11 mar. 2018. Disponível em: https://thetheatretimes.com/the-gaze-of-the-robot/.
noticia/ponto-como-o-teatro-inventou-o-robo. Acesso em: 17 mar. 2022.
(Tradução dos autores feita especialmente para esta obra).
Acesso em: 17 mar. 2022.
• Pires, Marco Túlio. Atores contracenam com
robôs em peça de teatro. Veja, 7 ago. 2010. A colaboração entre teatro e robótica permi-
ALEXANDER KOERNER/GETTY IMAGES
80 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 81
Livros
• maia, Hortência. Improvisação teatral com 82 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
crianças: o Sistema Impro na escola. Curitiba:
Appris, 2020.
O livro aborda o Sistema Impro, criado por RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083.indd 82 6/3/22 11:37 AM RUMOS_A
Keith Johnstone, e seus principais funda- ficção. O filme não é recomendado para a faixa
mentos, bem como sua aplicação nas aulas etária dos estudantes.
de teatro da Educação Básica.
• Oliveira, Roberto Carlos Farias de. Jogos Site
teatrais e desenvolvimento integral. Colatina: • Linguagem do Cinema e do Audiovisual. Dispo-
Pé de Jambo, 2021. nível em: www.linguagemdocinema.latec.ufrj.br.
O livro contém roteiros didático-pedagógicos Acesso em: 7 mar. 2022.
destinados a professores de Arte, para a Site desenvolvido por um grupo de pesquisa da
condução de jogos teatrais pela abordagem Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre o
do desenvolvimento integral dos estudantes. cinema. Nele, é possível visualizar as primeiras
produções dos irmãos Lumière.
Filme
• Era uma vez em Hollywood. Direção: Quentin
Tarantino. Estados Unidos, 2019 (161 min).
O filme aborda os bastidores do cinema
de Hollywood na década de 1960 em uma
trama intrigante que mistura realidade e
82 ARTE 9 o ANO
Trocando ideias
PARA LER, OUVIR E VER a) O teatro tem relação com o cinema
desde que este surgiu, na virada do
Livro século XIX para o século XX. Muitas
• História do cinema mundial, de Franthiesco Ballerini. São Paulo: Summus Editorial, 2020. vezes ameaçado de extinção pelas no-
O livro aborda os principais movimentos cinematográficos mundiais, destacando filmes vas tecnologias audiovisuais, o teatro
e artistas que mudaram o cinema ao longo de sua história. É um bom livro para consul-
soube adaptar-se ao tempo e refletir
tas, com informações atualizadas e lindas fotografias.
essas mudanças em sua temática e em
Filme seus procedimentos criativos.
• Mank, dirigido por David Fincher. Estados Unidos: Netflix, 2020 (132 min).
b) O advento da internet possibilitou a inser-
O filme conta a história do roteirista do famoso clássico do cinema Cidadão Kane, de 1941,
dirigido por Orson Welles (1915-1985), e sua batalha para receber os devidos créditos por ção do ciberespaço na cena teatral, incor-
sua obra. O filme é um retrato instigante do cinema da década de 1940 em Hollywood. porando a virtualidade na qual atores em
diversas partes do mundo podem encenar
uma mesma peça por meio do streaming,
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 83 por exemplo. Também impactou na di-
vulgação das peças e de grupos teatrais,
democratizando o acesso aos meios de
22 11:37 AM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_060A083.indd 83 6/3/22 1:54 PM comunicação em redes sociais.
c) Porque um dos elementos mais importan-
tes no teatro, quiçá aquilo que o define, é
o convívio entre artistas e público em uma
mesma coordenada espaçotemporal. Des-
sa forma, diante de um mundo cada vez
mais midiatizado e virtualizado, o teatro
se mostra como um lugar de resistência
da presença.
ARTE 9 o ANO 83
UNIDADE
Objetivos: compreender que a tecnologia
está presente em vários aspectos que envolvem o
fazer musical; conhecer de forma contextualizada TECNOLOGIA
canções que abordam em suas letras temas
relacionados à tecnologia; apreciar e praticar
cânones; conhecer formas de notação musical
e se expressar sonoramente por meio delas.
Justificativa: compreender as diversas
maneiras com as quais o fazer musical se
relaciona com a tecnologia leva os estudantes a
ter uma visão mais aguçada para as conexões
que existem entre os saberes, as ciências e as
artes. A apreciação e a prática das canções e
cânones trabalhados no decorrer da Unidade
ampliam o repertório cultural dos estudantes e
contextualizam os conhecimentos adquiridos ao
longo dos anos finais do Ensino Fundamental.
Por fim, o repertório da linguagem musical
é ampliado pelo contato e o trabalho com
diferentes formas de notação musical e sua
expressão sonora.
Consulte a página XXXIV, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
O acesso ao laboratório de informática da
escola é importante para uma abordagem mais
completa desta Unidade com os estudantes.
O site HypeScience disponibiliza o áudio de uma
música sendo executada com a flauta reproduzida
A flauta apresentada na foto que abre esta Unidade foi construída com o osso de uma ave,
na abertura desta Unidade. Se possível, ouça o
há mais de 35 mil anos, e é uma evidência da presença do fazer musical no cotidiano dos seres
áudio com os estudantes (disponível em: https:// humanos daquele período.
hypescience.com/wp-content/uploads/2009/06/
flauta-prehistorica.mp3; acesso em: 23 mar. A tecnologia musical não engloba somente softwares de computador e grandes mesas de
som, mas também os diversos meios e materiais existentes que de alguma forma estão envolvidos
2022). nos processos de fazer e de ouvir música.
Os processos tecnológicos em música envolvem a escrita musical em forma de partituras,
as técnicas de gravação, a edição e a reprodução sonora, e os modos de construir e de tocar
instrumentos, por exemplo.
MAPA DA UNIDADE
84 ARTE 9 o ANO
Respostas
Trocando ideias
a) Resposta pessoal. As substâncias orgânicas
presentes no interior do osso da ave foram
retiradas, formando um tubo. Orifícios fo-
ram perfurados em pontos diferentes do
osso. Quando o tubo é soprado, forma-se
uma coluna de ar em vibração. Os orifícios
alteram a maneira como esse fluxo de ar
Flauta encontrada em 2008, na caverna
de Hohle Fels, na Alemanha. O instrumento se comporta dentro do osso e, consequen-
tem mais de 35 mil anos.
temente, a altura das notas produzidas por
meio do sopro.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 85 b) Os instrumentos musicais atuais apre-
sentam grandes avanços tecnológicos,
permitindo que um maior número de
22 10:51 AM RUMOS_ARTE_9_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_084A125.indd 85 6/3/22 10:51 AM
pessoas tenha acesso a sonoridades de
melhor qualidade; a popularização dos
computadores possibilitou a expansão
dos estúdios caseiros e maior acesso a
formas de gravação e divulgação musi-
cal. Ressalte aos estudantes que, apesar
do maior acesso à tecnologia, continua
sendo fundamental ampliar o repertório
musical e se dedicar ao estudo de um
instrumento ou do canto para uma boa
formação musical.
ARTE 9 o ANO 85
Pianista interpreta
a partitura de uma O aperfeiçoamento desse sistema tornou possível às pessoas que dominam
composição. Bulgária. essa linguagem tocar músicas que nunca escutaram, apenas lendo as informa-
Foto de 2019.
ções da partitura. Nos gêneros em que há maior liberdade para a improvisa-
ção dos músicos, como o jazz e outros tipos de música popular, a partitura pode
ser tocada com mais liberdade, permitindo a improvisação do músico.
Para escrever música de maneira tradicional, os músicos utilizam uma
pauta, também conhecida como pentagrama, que é composta de um grupo
de cinco linhas horizontais e diversas figuras ou símbolos musicais.
86 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
86 ARTE 9 o ANO
Metade da duração
Mínima
da semibreve
Metade da duração
Semínima
da mínima
Metade da duração
Colcheia
da semínima
Metade da duração
Semicolcheia
da colcheia
Menor duração
Fusa (metade da duração
da semicolcheia)
Fonte: Roy Bennett. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. p. 11.
ARTE 9 o ANO 87
ACERVO DA EDITORA/ID/BR
culo e suas divisões em partes iguais
(semicírculo, um quarto de círculo 1 semibreve
4 semínimas
(1) (2) (3) (4)
Basta olhar para as duplas de fi-
guras (1) e (2), (2) e (3) e (3) e (4)
para perceber, sem a necessidade 8 colcheias
Fonte: Roy Bennett. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. p. 12.
88 ARTE 9 o ANO
ILUSTRAÇÕES:
ACERVO DO AUTOR/ID/BR
Portanto, nesse exemplo, temos dois sons de mesma duração, mas em
alturas diferentes.
• Exemplo 2
Um pentagrama com sons representados por semibreves em movimento
de altura ascendente, que vão de notas mais graves até mais agudas, da
esquerda para a direita.
Fonte: Roy Bennett. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. p. 11.
O livro Como ler uma partitura, de Roy Bennet, oferece mais informações, caso
deseje aprofundar seus conhecimentos sobre notação musical e leitura de partituras.
A referência completa dessa obra está disponível na seção “Para ler, ouvir e ver”, ao
final da Unidade.
ARTE 9 o ANO 89
ILUSTRAÇÕES:
ACERVO DO AUTOR/ID/BR
A clave de Fá é usada para instrumentos que emitem sons mais graves,
como o violoncelo. Com a utilização dessa clave, determina-se que as notas
representadas na quarta linha, de baixo para cima, correspondem à nota Fá.
Veja a seguir a representação da clave de Fá no pentagrama.
Fonte: Roy Bennett. Como ler uma partitura. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 98.
90 ARTE 9 o ANO
ILUSTRAÇÕES:
ACERVO DA EDITORA/ID/BR
escala de Dó maior e os nomes das
notas e levá-los a relacionar os sons
apresentados na faixa de áudio a sua
representação gráfica.
Fonte: Roy Bennett. Como ler uma partitura. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 98.
Fonte: Paul Trein. A linguagem musical. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. p. 13.
ATIVIDADES
1. Utilizando como exemplo a clave de Sol, podemos registrar as demais notas da esca-
la. Veja a seguir a representação da escala de Dó maior em movimento sonoro ascen-
dente, da nota mais grave à mais aguda, representada na clave de Sol.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
2. Ouça a faixa 1, que apresenta a escala de Dó maior tocada ao piano em movimento sonoro
ascendente, da nota mais grave para a mais aguda. Depois de ouvir, cante a escala com os
1
colegas. Você já conhecia essa sequência de notas e seus respectivos nomes?
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
ARTE 9 o ANO 91
ACERVO DO AUTOR/ID/BR
o nome das notas nessa ordem. Ex-
plique a eles que, com repetição e
treino, vão conseguir dominar o nome
das notas nas sequências ascendente
e descendente apresentadas. Dó Si Lá Sol Fá Mi Ré Dó
7. O áudio apresenta voz e piano soando
as notas e a percussão marcando as
pulsações. Inicialmente, ouve-se a es- 4. Ouça a faixa 2, que apresenta a escala de Dó maior tocada ao piano em movimento sonoro
cala de Dó maior ascendente (1a frase); 2
descendente, da nota mais aguda até a mais grave.
em seguida, a descendente (2a frase);
novamente a ascendente (3a frase); e, 5. Agora, cante a escala com os colegas. Como foi a experiência de cantar essa sequ-
ao final, a descendente (4a frase). ência de notas em relação à sequência da faixa 1?
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
Quanto às pulsações, elas estão 6. Ouça a faixa 3, que contém as duas escalas de Dó maior: ascendente e descendente.
agrupadas da seguinte maneira: 3
quatro pulsações para cada nota 7. Agora, converse com os colegas e o(a) professor(a) e descreva o que você ouviu nessa faixa
(1a frase); três pulsações para cada (instrumentos, vozes, a sequência das escalas, as pulsações do som, etc.).
nota (2a frase); duas pulsações para Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
cada nota (3a frase); uma pulsação 8. Ouça a faixa 4, que contém as duas escalas de Dó maior, ascendente e descendente,
4
para cada nota (4 a frase), conforme mas em uma versão distinta da apresentada na faixa 3.
a partitura a seguir:
9. Converse com os colegas e o(a) professor(a) e descreva qual diferença você percebeu
na faixa 4 em relação à faixa 3. 9. O áudio se diferencia do anterior porque agora ouvimos
palmas no primeiro tempo de cada compasso.
92 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 93
deste Manual do Professor. 4 Agora é a vez de você e os colegas cantarem. Comecem com um cânone a
Para esta atividade, reserve uma sala ampla duas vozes. Para isso, organizem a turma em dois grupos.
ou um ambiente da escola em que o som não
• Grupo A: deve começar o canto da 1a estrofe e cantar até o fim.
interfira em outras aulas, como a quadra de
esportes ou o pátio. • Grupo B: deve começar a cantar a 1a estrofe somente quando o grupo A ini-
ciar a 2a estrofe. Depois, prossegue até o fim.
Após o item 2, converse com a turma so-
bre a melodia da faixa 7 (o áudio apresenta
uma voz cantando a melodia acompanhada 94 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
94 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 95
LENON REIS/NEOJIBA
inserção social e o desenvolvimento da cidada-
nia – e compartilhe-os com a turma por meio
de um projetor multimídia ou no laboratório
de informática. Existem exemplos em vários
estados brasileiros, como o Projeto Guri, no
estado de São Paulo, e Música Para Todos,
no estado do Piauí.
Procure se informar se na região em que se
localiza a escola existem projetos como esses
e indique-os aos estudantes interessados. De
maneira geral, nesses projetos as aulas são
gratuitas e há também disponibilização de
instrumentos musicais para o estudo.
Orquestra Juvenil da Bahia durante ensaio no Teatro Filarmônico de Verona, Itália. Foto de 2018.
96 ARTE 9 o ANO
ARTE 9 o ANO 97
ILUSTRAÇÕES:
ACERVO DA EDITORA/ID/BR
Já na sonorização do exemplo da linha (som
longo), peça aos estudantes que risquem uma
linha horizontal imaginária, com os dedos,
buscando associar a linha reta e horizontal Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60. (Adaptado).
com sons longos de mesma altura.
• Linha: som longo.
Por fim, no exemplo da linha ondulante, peça
aos estudantes que risquem uma linha ondu-
lante imaginária, com os dedos, associando
os sons longos de diferentes alturas a essa
representação. Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60.
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60.
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60.
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60.
98 ARTE 9 o ANO
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 60. (Adaptado).
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 61.
Fonte: Patrícia Furst Santiago; Betânia Parizzi. Musicalização na escola regular: formando professores e
crianças. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2016. p. 61. (Adaptado).
ARTE 9 o ANO 99
Atividades
8
Vocês podem criar partituras de duas linhas, como no exemplo proposto para
sonorização nesta atividade, ou acrescentar mais linhas, se preferirem.
letras.mus.br/jorge-drexler/176115/traducao.
html; acesso em: 24 mar. 2022).
A análise da letra da composição de Jorge
Drexler aqui proposta é uma forma de introduzir
os estudantes na relação entre o tema da tecno-
logia e as inspirações de um processo criativo.
Na sequência, eles deverão fazer esse tipo de
análise nas seções “Atividades”.
PEDRO HAMDAN/ID/BR
etária dos estudantes são: “12 segundos de O despertador vai anunciando a aurora
oscuridad”, “Telefonía”, “La edad del cielo” e E no telescópio se demora a última estrela
“Al otro lado del rio”. O homem faz a máquina
E ela é o que o homem faz com ela
O arado, a roda, o moinho
[…]
O chá, os computadores e os espelhos
As lentes para ver de longe e de perto
[…]
Há mãos capazes de fazer ferramentas
Com as quais se fazem máquinas para fazer computadores
Que por sua vez projetam máquinas que fazem ferramentas
[…]
Há tantas coisas
E eu só preciso de duas:
Meu violão e você
Jorge Drexler. Guitarra y vos. Em: Eco. Montevidéu: Gravadora DRO Atlantic, 2004. 1 CD,
faixa 4. (Tradução feita especialmente para esta obra).
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Momento histórico, O que será do mar,
mentar com base em fatos, em conhecimentos Simples resultado Da flor, do violão?
adquiridos, em seus conhecimentos prévios e Do desenvolvimento da ciência viva Tenho pensado tanto, mas nem sei
em suas vivências. Caso identifique alguma Afirmação do homem
afirmação questionável ou pouco embasada, Normal, gradativa, Poetas, seresteiros, namorados, correi
oriente-os a retomar suas anotações ou o Sobre o universo natural É chegada a hora de escrever e cantar
Sei lá que mais… Talvez as derradeiras noites de luar
Livro do Estudante. Dessa maneira, eles serão
capazes de identificar e questionar falácias e de Ah, sim! Gilberto Gil. Lunik 9. Em: Louvação.
embasar seus argumentos em fontes confiáveis. Os místicos também Rio de Janeiro: Polygram Music, 1967.
1 LP, faixa 3.
Profetizando em tudo o fim do mundo
E em tudo, o início dos tempos do além
Em cada consciência,
Em todos os confins
Da nova guerra, ouvem-se os clarins
Lá se foi o homem
Conquistar os mundos,
Lá se foi
Lá se foi buscando
A esperança que aqui já se foi
Nos jornais, manchetes, sensação,
Reportagens, fotos, conclusão:
A lua foi alcançada afinal
Muito bem, confesso que estou contente também
Texto complementar Porque Terra é pequena/ Do tamanho quando afirma que “Hoje o mundo é
da antena parabolicamará”, quando é muito grande”, aquele mundo do qual
O artigo a seguir apresenta uma análise da o sujeito tem conhecimento, devido ao
apresentada a ideia de que antes do
canção “Parabolicamará”, abordando especial- fato de que a “Terra é pequena”, pois
meio técnico-científico-informacional
mente a questão do encurtamento das distân- agora se conhece, mesmo que apenas
o “mundo era pequeno”, ou melhor, o
cias e da aceleração do tempo no estilo de vida por um relance televisivo, todas ou quase
mundo conhecido, porque a “Terra era
contemporâneo. todas suas partes.
grande”, ou seja, a Terra não conhecida
O fenômeno do “encurtamento” das era vasta; todavia, a partir desse desen- Correio, Francisco Tomaz de Moura Júnior.
distâncias, por sua vez, já [existia] desde volvimento tecnológico e de suas ferra- Análise da música “Parabolicamará” de Gilberto
o final da Segunda Guerra Mundial, mentas: a antena parabólica, instrumento Gil sob a perspectiva foucaultiana e sua
potencialidade para o ensino. Itinerarius: Revista
porém, é a partir dos anos [19]70-[19]80 televisivo por excelência que permite Eletrônica de Pós-Graduação em Educação,
que começa a ser vivenciado com maior um conhecimento, ainda que superficial, v. 12, n. 1, 2016. Disponível em: https://www.
intensidade, podendo ser identificado das diversas partes do globo, o avião, revistas.ufg.br/rir/article/view/36921/pdf.
nos versos 1-4 da primeira estrofe, “Antes que permite longos deslocamentos em Acesso em: 7 mar. 2022.
mundo era pequeno/ Porque Terra era curto espaço de tempo, o que tornam
grande/ Hoje mundo é muito grande/ a Terra pequena, como coloca o autor
Respostas
Atividades
3. Resposta pessoal. A canção, assim como
o título, que junta duas palavras, une ins-
trumentos que são, geralmente, utilizados
em gêneros e contextos diferentes, como
o berimbau e a guitarra elétrica. O anda-
mento é rápido e os ritmos remetem a
Gilberto Gil. Parabolicamará. Em: Parabolicamará. Rio de Janeiro: Warner Music Brazil, 1992. 1 LP, faixa 2.
gêneros musicais nordestinos, como o
baião.
2. Quais instrumentos musicais você conseguiu identificar na gravação?
2. Os instrumentos utilizados na gravação são: caxixi e berimbau na 4. Alguns dos elementos tecnológicos
introdução, contrabaixo, guitarra, bateria e percussão, além de voz masculina. citados por Gilberto Gil são a antena
3. Com relação aos elementos musicais (andamento, ritmo, gêneros musicais), o que você
percebeu de mais marcante na gravação? parabólica e o avião, em contraposição a
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor. jangada e saveiro. Como consequência
4. Quais são os avanços tecnológicos citados pelo compositor na canção e como ele da antena, temos a globalização, com
interpreta as consequências desses avanços na vida das pessoas?
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
maior afluxo das informações; com o
5. Comparando com a canção “Lunik 9”, estudada anteriormente, como parece ser a avião, temos o encurtamento relativo
reação de Gil diante das novas tecnologias na composição “Parabolicamará”? das distâncias.
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
5. Em “Parabolicamará”, Gilberto Gil já
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 109
não se mostra tão apreensivo com
os avanços da tecnologia, e sim um
comentador dos efeitos inevitáveis de
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tais avanços, como o encurtamento
relativo das distâncias e a aceleração
metafórica do tempo. Incentive os es-
tudantes a reparar que, como nativos
digitais, essas sensações de distância
e tempo relatadas na música podem
ser percebidas por eles como algo
natural. Nesse sentido, a música de
Gil se mostra um documento histórico
recente do advento da globalização e
de seus efeitos na vida cotidiana.
RODNEY SUGUITA/FOLHAPRESS
popular no Brasil entre os anos de 1965 e
1969, especialmente devido aos programas
de auditório transmitidos pela televisão na
época. As músicas da Jovem Guarda eram
marcadamente influenciadas pelo rock britâ-
nico e estadunidense, com letras românticas
e despretensiosas. Roberto Carlos (1941- )
foi o principal ídolo desse movimento e apro-
fundou-se, posteriormente, na música popular
romântica.
Adriana Calcanhotto (1965- ) foi lançada
no mercado fonográfico brasileiro no início da A dupla Leno e
década de 1990. Seu repertório inclui músicas Lílian em 1996.
Atividades
1. Ouça a faixa 11, que contém uma gravação da canção “Devolva-me”, e acompanhe
11
a letra da composição a seguir. Aproveite o momento da atividade para explorar
com a turma aspectos da argumentação e da
Devolva-me inferência. Incentive os estudantes a argumentar
com base em fatos, em conhecimentos adquiri-
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Rasgue as minhas cartas dos, em seus conhecimentos prévios e em suas
E não me procure mais vivências. Caso identifique alguma afirmação
Assim será melhor, meu bem! questionável ou pouco embasada, oriente-os a
O retrato que eu te dei retomar suas anotações ou o Livro do Estudante.
Se ainda tens, não sei Dessa maneira, eles serão capazes de identificar e
Mas se tiver, devolva-me! questionar falácias e de embasar seus argumentos
Deixe-me sozinho em fontes confiáveis.
Porque assim
Eu viverei em paz Respostas
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz Atividades
gravação, pela
circulação e pela
divulgação de
mídias sonoras
em massa.
EARLY SPRING/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
Fitas cassete podem ser tocadas em aparelhos Os CDs podem ser reproduzidos em
elétricos ou a pilha e conter cerca de aparelhos elétricos ou a pilha.
120 minutos de gravação em áudio.
ALAMY/FOTOARENA
musical brasileira se tornou mais acessível, o
que ampliou as possibilidades de ouvir novas
músicas. Além disso, um grande número de
artistas pode gravar e divulgar suas músicas
sem depender, necessariamente, de uma em-
presa do mercado fonográfico.
Proponha aos estudantes que pesquisem,
na internet, músicos que disponibilizam álbuns
gratuitamente na rede, por meio de streaming
ou outras plataformas. Depois, peça a eles
que compartilhem o que encontraram com o
restante da turma.
Estúdio de gravação
Porém, isso mudou durante a década de 2000, com o surgimento do MP3 em Londres, no Reino
e a popularização dos computadores e dos telefones celulares, aparelhos que Unido. Foto de 2018.
podem auxiliar em gravações musicais feitas fora do estúdio. A distribuição das
canções pode ser feita por serviços de streaming, e a divulgação, pelas redes
sociais. Plataformas de vídeo na internet também disponibilizam videoaulas que
ensinam maneiras de tocar e produzir música.
Atualmente, já é possível fazer gravações de boa qualidade em pequenos
estúdios caseiros, chamados pelos músicos de home studios, devido ao bara-
teamento dos equipamentos e da grande oferta de programas de computador
que auxiliam nas diversas fases de gravação e divulgação de música.
As formas tradicionais de produção musical em grandes estúdios conti-
nuam existindo e, geralmente, são utilizadas por artistas que já alcançaram
grandes vendas. Mas as mudanças tecnológicas recentes fizeram com que
um maior número de pessoas pudesse gravar suas músicas e divulgar seus
trabalhos. O grande desafio hoje já não é gravar as músicas ou colocá-las à
disposição do público, mas ter destaque em meio à enorme oferta de músicas
que encontramos na internet.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 115
VLADIMIR A VELJANOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
A guitarra tem dispositivos
que captam as vibrações
produzidas pelo toque
das cordas.
SKIMIN0K/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
Disco de vinil, mídia
feita por meio de
tecnologia analógica.
Texto complementar
Leia o texto a seguir, sobre a transição do som
analógico para o digital:
[…] Os registros sonoros em discos de vinil
ou fitas cassete, comumente usados no sé-
culo XX, […] convertiam o sinal elétrico em
outras formas analógicas. No disco de vinil,
a vibração da agulha passando nos sulcos
produz o sinal elétrico; na fita cassete, esse
mesmo sinal é armazenado com sistemas
magnéticos. A grande revolução ocorreu
a partir do instante em que os registros do
som deixaram de ser analógicos, quando
entramos na era digital.
Gohn, Daniel M. Introdução à tecnologia musical.
São Carlos: EdUFSCar, 2012. p. 14.
BESPALIY/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
Texto complementar o conversor for a placa interna de seu computador pode ocorrer de diversas
computador, poderemos enfrentar o formas, sendo a mais comum por meio
Leia o texto a seguir para conhecer mais sobre da entrada USB.
que é chamado de “latência”.
conversores digitais.
Chamamos de “latência” a demora da […]
Existem diferentes maneiras de trans- máquina no processamento dos dados, Outra possibilidade para captar áudio
formar nossa música em informações gerando um atraso entre a inserção do e inseri-lo diretamente no computa-
digitais, mas, em todas elas, sempre há sinal e o retorno do áudio digital. dor são microfones USB. Trata-se de
um conversor envolvido. Praticamente […] microfones acoplados a cabos com a
todo computador, na configuração que Existem várias marcas e modelos de terminação que pode ser ligada direta-
sai da fábrica, tem uma capacidade placas externas, mas todas têm em mente na entrada USB, convertendo o
mínima para realizar essa conversão. comum as entradas para microfones sinal para digital e, dessa forma, fazendo
No entanto, essa tarefa não é cumpri- e instrumentos musicais (usualmente o papel de placa de som.
da perfeitamente sem um conversor de 2 a 16, podendo ser mais), além de Gohn, Daniel M. Introdução à tecnologia musical.
específico, dedicado para o traba- converterem os sinais de áudio para São Carlos: EdUFSCar, 2012. p. 15-17.
lho com áudio. Caso tenhamos um dados digitais e vice-versa […]. Por
equipamento especial, os resultados isso, são chamadas de interfaces digitais
certamente serão satisfatórios, mas se de áudio. A conexão entre a placa e o
118 ARTE 9 o ANO
JEDSADA KIATPORNMONGKOL/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
Microfone dinâmico.
Microfone condensador.
Texto complementar
De acordo com o teórico Daniel Gohn, os microfones:
[…] possuem membranas que captam as
vibrações sonoras e as transformam em
sinais elétricos, obtidos com a oscilação
de uma voltagem mantida pelo circuito do
equipamento. Esses sinais podem ser trans-
mitidos por cabos e enviados a aparelhos
como amplificadores e gravadores. O alto-
-falante de um amplificador faz o trabalho
inverso, pois as vibrações do cone trans-
formam os sinais elétricos novamente em
movimento do ar, chegando aos nossos
ouvidos como som.
Gohn, Daniel M. Introdução à tecnologia musical.
São Carlos: EdUFSCar, 2012. p. 13.
ARTE 9 o ANO 119
BRUNO FERNANDES/FOTOARENA
Festival de
música eletrônica Outro exemplo é a música eletroacústica, parte do campo da música
em Itu (SP). Foto erudita que realiza composições por meio de sons gravados que são modi-
de 2016.
ficados em computador e posteriormente combinados, formando uma obra
sonora. Essa nova maneira de compor música também se reflete nas apre-
sentações. Na música eletroacústica acusmática, os músicos não estão
presentes nas apresentações ao vivo, as obras são tocadas por meio de
alto-falantes. Existe também a música eletroacústica em tempo real, cujas
criações musicais são improvisadas ao vivo por meio de sons gerados em
um computador.
Outra modalidade é a eletroacústica mista, em que a parte gravada
da composição se mistura à música produzida ao vivo por músicos durante
a apresentação.
Sugestão de atividade
Peça aos estudantes interessados em música
eletrônica que tragam para a sala de aula sua
música preferida com as informações sobre o
DJ. Com um dispositivo de áudio, reproduza
as músicas para a turma e converse com os
estudantes sobre elas. Algumas perguntas mo-
tivadoras podem ser: “Que tipo de instrumentos
é possível identificar?”; “Há a presença de canto Show do Vintage Culture no Festival Lollapalooza, em São Paulo (SP). Foto de 2019.
ou voz?”; “É possível identificar a presença
de sintetizadores ou outros programas de Muitos DJs também se tornam produtores de música eletrônica, profissionais que criam
computador na música escutada?”. músicas desse gênero. Eles produzem arranjos, misturam composições e trabalham com
softwares de edição de sons.
O DJ Lukas Ruiz (1993- ) nasceu na cidade de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.
Ruiz criou o projeto Vintage Culture, que combina influências de sonoridades antigas, em
especial de grupos dos anos 1980, com a música eletrônica atual, em uma proposta de
misturar o novo com o antigo.
11. Leia o trecho de uma entrevista com Lukas Ruiz sobre seu trabalho com o Vintage
Culture, codinome pelo qual é conhecido. Depois, discuta o texto com os colegas e
o(a) professor(a) e responda às perguntas a seguir.
Lukas: Eu não esperava isso, nunca esperei. Não tinha histórico na cena para essa
projeção de um artista nacional de eletrônica, sempre fomos alternativos, representan-
tes de um nicho à parte. Não tem receita, não tem enredo, é um dia após o outro com
muito amor e dedicação pelo que faço e com mais amor ainda pelo carinho que recebo,
pelas pessoas. É a música, não tem explicação, é sentimento.
Felipe Deliberaes. TMDQA! entrevista: Vintage Culture. Tenho mais discos que amigos!, 3 ago. 2016.
Disponível em: http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2016/08/03/tmdqa-entrevista-vintage-culture/.
Acesso em: 8 mar. 2022.
21. Como Lukas Ruiz começou a ter contato com a música eletrônica?
2. Ele teve contato em Mundo Novo, sua cidade natal, onde passou grande parte de sua infância e
adolescência, quando encontrou um disco de música eletrônica que era de seu tio.
31. Quais são as principais influências do DJ para realizar suas composições eletrônicas?
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
41. Como o DJ idealiza seus sets?
4. Lukas Ruiz idealiza seus sets por meio de sua experiência de vida e do contato com o público.
[…] a UFRGS apresenta uma proposta de educação não formal reunindo atividades mu-
sicais interativas e performáticas com o uso de tecnologia aplicada às artes.
[…]
O projeto MpME [pretende] […] realizar atividades de educação não formal e despertar o
interesse da comunidade pela música e suas possibilidades.
Centro de Música Eletrônica. Música por meios eletrônicos. Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Disponível em: http://www.ufrgs.br/musicaeletronica/index.php/mpme/. Acesso em: 8 mar. 2022.
Entre as atividades propostas está a apresentação de arranjos – feitos por meio de sintetizadores,
bateria eletrônica e outros meios eletrônicos não convencionais – para trilhas sonoras e temas da
música erudita, que são acompanhados de projeção de vídeos e filmes. Após a apresentação, o
público é convidado a interagir com os diversos instrumentos eletrônicos disponíveis, experimentando
suas sonoridades com a orientação dos professores que participam do projeto.
O projeto inclui palestra e distribuição de material didático, CD e DVD a todos os partici-
pantes. Entre os instrumentos contemplados estão sintetizadores, percussão eletrônica, compu-
tadores e pedais.
ARQUIVO/CME-UFRGS
Estudantes experimentando
bateria eletrônica no projeto
MpME. Porto Alegre (RS).
Foto de 2016.
Livro Livros
• Como ler uma partitura, de Roy Bennett. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. • Maletta, Ernani. Atuação polifônica: prin-
O livro apresenta trechos de partituras convencionais com explicações e orientações que cípios e práticas. Belo Horizonte: Ed. da
permitem iniciar um estudo da leitura de notações musicais. UFMG, 2016.
Filme Nessa obra, o autor apresenta diversas
• Ron Bugado, direção de Sarah Smith, Jean-Philippe Vine e Octavio E. Rodriguez. Estados
abordagens de ensino musical, denominadas
Unidos, 2021 (107 min). por ele polifônicas.
A animação, que conta a história de um menino e seu robô, apresenta uma visão crítica • trein, Paul. A linguagem musical. São Paulo:
sobre o quanto as pessoas estão inseridas no mundo tecnológico, a ponto de perder Mercado Aberto, 2016.
contato com outros aspectos da vida cotidiana. Obra que introduz alguns dos conceitos-chave
da linguagem musical.
conteúdo escolar. Revista da Abem, Beiguelman, Giselle. Memória da amnésia: políticas do esquecimento. São Paulo:
v. 28, p. 65-80, 2020. Disponível em: Sesc, 2019.
http://www.abemeducacaomusical. Nesse livro, a autora apresenta um levantamento das produções realizadas
com.br/revistas/revistaabem/index.php/ na contemporaneidade, sobretudo no que se refere às dinâmicas da estética
revistaabem/article/view/862. Acesso em: da memória, explorando-a como um direito em oposição ao esquecimento
21 mar. 2022. sistematizado.
No artigo, os autores discutem a Benedetti, Raimo. Entre pássaros e cavalos: Marey, Muybridge e o pré-cinema. São Paulo:
importância da notação na educação Sesi-SP, 2018.
musical por aumentar a consciência
O autor traça um paralelo entre Eadweard James Muybridge e Étienne-Jules Marey,
sobre os elementos musicais, ampliando
destacando como a conexão entre um cientista e um artista pode produzir resultados tão
a relação dos estudantes com a música e promissores e possibilitar a invenção do que se convencionou denominar “pré-cinema”.
estimulando a consciência deles sobre a
própria prática musical. Bernardet, Jean-Claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 2017. (Coleção
Primeiros Passos).
Angotti-SAlgueiro, Heliana. A casaca do
Arlequim: Belo Horizonte, uma capital No livro, o autor apresenta um panorama da história do cinema desde o período
eclética do século XIX. São Paulo: Edusp; da passagem da fotografia para a tela, com as primeiras experiências de exibição
pública do cinematógrafo, até seu uso como meio de comunicação de massa.
Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2020.
Nesse livro, a autora constrói um Brum, Leonel. Videodança: uma demanda do mercado. Dança, Arte & Ação, n. 71,
importante percurso sobre a fundação mar./abr. 2006. Disponível em: http://www.dancecom.com.br/daa/col_brum.
php. Acesso em: 10 mar. 2022.
da primeira cidade planejada no Brasil:
Belo Horizonte, em Minas Gerais. Na obra, O artigo apresenta ao leitor um mapeamento da produção nacional e internacional
são explorados aspectos arquitetônicos e de videodança por meio de eventos que se dedicam à exibição e à produção desse
urbanísticos da cidade, evidenciados por tipo de obra.
representações de fotografias, mapas Castro, Paulo Alexandre e. O futuro do teatro ou a reinvenção da arte. ERAS: Revista
e pinturas. Europeia de Estudos Artísticos, v. 10, n. 4, p. 29-36, 2019. Disponível em: https://
brito, Teca Alencar de. Um jogo chamado eras.mundis.pt/index.php/eras/article/view/41. Acesso em: 21 mar. 2022.
música: escuta, experiência, criação, Nesse artigo, o autor discute o futuro do teatro e sua relação cada vez mais intensa
educação. São Paulo: Peirópolis, 2019. com tecnologias contemporâneas, incluindo robôs e humanoides. Ele aborda também
Nesse livro, a autora discute o conceito como essas questões abalam o conceito que temos atualmente de teatro e como
podem provocar uma reinvenção dessa arte.
de jogo aplicado à educação musical e
explora como esse conceito pode ser greiner, Christine. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
usado no favorecimento de experiências
Com esse livro, a autora pretende auxiliar aqueles que iniciam seus estudos no tema
sonoras abertas e significativas. apresentando debates voltados à estética e à política do corpo, às experiências
bulhõeS, Maria Amelia. Web arte e poéticas do artísticas e às questões ligadas à saúde, entre outros tópicos discutidos em áreas
território. v. 1. Porto Alegre: Zouk, 2011. específicas, como antropologia e sociologia.
Lunik 9 Parabolicamará
Poetas, seresteiros, namorados, correi Antes mundo era pequeno
É chegada a hora de escrever e cantar Porque Terra era grande
Talvez as derradeiras noites de luar Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Momento histórico, Do tamanho da antena parabolicamará
Simples resultado Ê, volta do mundo, camará
Do desenvolvimento da ciência viva Ê, ê, mundo dá volta, camará
Afirmação do homem
Normal, gradativa, Antes longe era distante
Sobre o universo natural Perto, só quando dava
Sei lá que mais… Quando muito, ali defronte
Ah, sim! E o horizonte acabava
Os místicos também Hoje lá trás dos montes, den de casa, camará
Profetizando em tudo o fim do mundo Ê, volta do mundo, camará
E em tudo, o início dos tempos do além Ê, ê, mundo dá volta, camará
Em cada consciência, De jangada leva uma eternidade
Em todos os confins De saveiro leva uma encarnação
Da nova guerra, ouvem-se os clarins
Guerra diferente das tradicionais, Pela onda luminosa
Guerra de astronautas nos espaços siderais Leva o tempo de um raio
E tudo isso em meio às discussões, Tempo que levava Rosa
Muitos palpites, mil opiniões Pra aprumar o balaio
Um fato só já existe Quando sentia que o balaio ia escorregar
Que ninguém pode negar: Ê, volta do mundo, camará
7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, já! Ê, ê, mundo dá volta, camará
ARTE XLV
XLVI ARTE
XLVIII ARTE
RUMOS DA ARTE
RUMOS DA
ARTE
MANUAL DO
PROFESSOR