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RUMOS DA
ARTE
MANUAL DO
PROFESSOR
MANUAL DO PROFESSOR
MAURILIO ROCHA
Estudos Avançados em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal).
Pós-doutor pelo Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (Portugal).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Autor de livro didático de Arte.
Músico.
RODRIGO VIVAS
Licenciado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e
Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Mestre em História pela UFMG.
Doutor em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Diretor de Ação Cultural da UFMG.
Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
22-112153 CDD-372.5
Índice para catálogo sistemático:
1. Arte : Ensino fundamental 372.5
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
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Apresentação.............................................................................................................. IV
Orientações gerais....................................................................................................... V
1. A Arte e os anos finais do Ensino Fundamental .............................................................V
1.1 A importância da Arte para o processo de educação integral.................................V
1.2 O Ensino Fundamental – Anos finais...................................................................... VIII
1.3 Culturas juvenis....................................................................................................... VIII
1.4 Cultura de paz, saúde mental e bullying................................................................. IX
1.5 Temas Contemporâneos Transversais...................................................................... X
2. Visão geral da coleção.................................................................................................... X
2.1 Os volumes da coleção ............................................................................................ X
2.2 A estrutura de cada volume..................................................................................... XI
3. Proposta teórico-metodológica adotada ...................................................................... XII
3.1 O livro didático de Arte – Aspectos metodológicos............................................... XII
3.1.1 Metodologias ativas .................................................................................................................... XIII
3.1.2 Argumentação ............................................................................................................................. XIII
3.1.3 Inferência ..................................................................................................................................... XIV
3.1.4 Pensamento computacional ....................................................................................................... XIV
3.2 A Abordagem Triangular.......................................................................................... XV
3.3 Seis dimensões do conhecimento em Arte........................................................... XVI
3.4 Artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas ...................................... XVII
4. Grupos grandes e de estudantes com diferentes perfis........................................... XVIII
5. Avaliação: reflexões e propostas ................................................................................. XIX
6. Quadro de conteúdos da coleção .............................................................................. XXII
Orientações específicas.......................................................................................... XXIV
1. Introdução .................................................................................................................. XXIV
2. Quadros esquemáticos de competências e habilidades para o volume 8............... XXIV
3. Proposta de distribuição anual dos conteúdos do volume .................................. XXXVIII
4. Mapa do Livro do Estudante......................................................................................... XL
5. Mapa do Manual do Professor – Parte específica ..................................................... XLII
Livro do Estudante: volume 8...................................................................................... 1
Unidade 1: O patrimônio cultural......................................................................................... 8
Atividade complementar: Artes integradas.................................................................... 34
Unidade 2: Dança e patrimônio cultural............................................................................. 50
Unidade 3: Música e patrimônio cultural........................................................................... 72
Unidade 4: Teatro e espaço urbano................................................................................. 104
Referencial bibliográfico comentado................................................................................ 127
Transcrição dos áudios.............................................................................................XLV
Referencial bibliográfico comentado........................................................................XLVI
Referencial bibliográfico complementar comentado
para pesquisa e consulta....................................................................................... XLVII
ARTE III
1
Para evitar o uso de o(a), os(as) a todo momento e facilitar a leitura do 2
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Na-
texto, neste Manual do Professor usamos os termos estudante e pro- cional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Dis-
fessor, no sentido coletivo, abrangendo todos os gêneros. ponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 9 fev. 2022.
IV ARTE
ARTE V
ID/BR
Aspectos a obra levada a público.
morais
É comum que o componente curricular Arte interaja com a comu-
Aspectos Aspectos nidade escolar por meio de apresentações artísticas. A apresentação
éticos simbólicos ao público é uma característica fundamental das artes, uma vez que
estas são construídas também para serem compartilhadas. No entanto,
é importante sensibilizar a comunidade escolar no sentido de que
Aspectos Aspectos eventuais apresentações fazem parte do processo de aprendizagem
físicos afetivos
em Arte e que não devem ser consideradas apresentações profissio-
nais, mas também não devem ser entendidas como “imitação” da
arte que é produzida profissionalmente. Essas apresentações devem
Aspectos Aspectos ser valorizadas, justamente por serem executadas por estudantes
intelectuais sociais
ainda em formação, e não devem ser entendidas exclusivamente
como “resultado final” do ensino-aprendizagem, mas como parte
A BNCC objetiva a construção de uma sociedade justa, democrá- do percurso criativo dos estudantes. Sobre isso, refletem os autores
tica e inclusiva e opta por uma visão do estudante como sujeito da do livro Práticas pedagógicas em Artes:
aprendizagem, valorizando sua singularidade. Isso é feito por meio do
conceito de competência, que é definido pelo documento como: Apresentações teatrais podem ser experiências criativas, tanto para
você quanto para seus alunos, mas isso depende de como o traba-
[…] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), lho for proposto. É importante que preservemos tempo e espaço
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valo- para a criação de aulas, assegurando a possibilidade de descoberta
res para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno e conhecimento da linguagem teatral pelos alunos, e, claro, também
exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (Brasil, 2018, p. 8). pelos professores. Se, no contexto de sua escola, ainda não há con-
dições de pensar em teatro para outro fim, é bom não esquecer que
Todos os componentes curriculares da Educação Básica de- isso pode ser feito mesmo quando se prepara uma apresentação
vem contribuir para o desenvolvimento das competências gerais para datas comemorativas. (Mödinger et al, 2012, p. 24).
propostas pela BNCC, na mobilização de seus conhecimentos e
habilidades específicos. O conhecimento refere-se à aquisição de Apesar de o texto citado anteriormente relacionar-se es-
saberes importantes para a vida, e as habilidades constituem a pecificamente ao teatro, ele pode ser pensado também para
aplicação desses conhecimentos no cotidiano. Isso se dá por meio as demais linguagens. É muito comum a apresentação de
de atitudes, ou seja, da disposição para aplicar, quando necessário, dança, por exemplo, estar associada, no contexto escolar, a
os conhecimentos e as habilidades em uma rede de valores que coreografias de passos preconcebidos, acentuando o enten-
propõe sua utilização de forma consciente, ética e construtiva. dimento da dança apenas como entretenimento durante as
Para o componente curricular Arte no Ensino Fundamental, datas comemorativas na escola. Sobre esse assunto, em seu
a BNCC prevê quatro linguagens – artes visuais, dança, teatro livro Interações: crianças, dança e escola, a coreógrafa Isabel
e música – e abrange as artes integradas: Marques faz um alerta:
No Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está […] a cópia mecânica de repertórios não educa corpos cênicos
centrado nas seguintes linguagens: as Artes visuais, a Dan- ou lúdicos; “educam”, isto sim, corpos silenciados, apáticos, não
ça, a Música e o Teatro. Essas linguagens articulam saberes participantes e/ou expressivos. Isso significa também educar
referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as prá- cidadãos não lúdicos, silenciados, apáticos, não participantes
ticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre e/ou expressivos. (Marques, 2012, p. 41).
formas artísticas. […] (Brasil, 2018, p. 193).
É importante frisar que a dança no contexto escolar deve
Compreender Arte como componente curricular é valorizar suas buscar não apenas o desenvolvimento motor dos estudantes,
práticas e saberes em si, extrapolando seu uso como ferramenta mas principalmente suas capacidades expressivas, imaginativas
pedagógica para a aprendizagem de outros conteúdos. As artes5 e criativas. A valorização do processo criativo em relação ao
provocam experiências significativas por meio da experimentação, resultado também pode ser observada na BNCC:
da leitura das obras de arte e da contextualização dos procedi-
mentos, das técnicas e dos processos criativos em arte. Portanto, […] Os processos de criação precisam ser compreendidos
além de ser um componente curricular, a Arte é uma experiência como tão relevantes quanto os eventuais produtos. […]
que ultrapassa a cópia simples de modelos preestabelecidos ou A prática investigativa constitui o modo de produção e orga-
o desejo de resultados considerados “bons” ou “belos”. nização dos conhecimentos em Arte. É no percurso do fazer
artístico que os alunos criam, experimentam, desenvolvem e
O filósofo italiano Luigi Pareyson (1918-1991) entendia o processo percebem uma poética pessoal. […] (Brasil, 2018, p. 193).
artístico como uma decantação. Por meio das escolhas feitas pelos
5
Usamos o termo artes ao nos referirmos às diversas linguagens da arte:
6
Usamos a expressão obra de arte para o produto artístico: uma escul-
artes visuais, dança, teatro, música, entre outras. tura, uma peça de teatro, uma dança, uma música, um soneto, etc.
VI ARTE
ARTE VII
VIII ARTE
ARTE IX
X ARTE
ARTE XI
XII ARTE
Metodologias ativas
A vida em sociedade trouxe para os seres humanos um aprendi-
Estudantes como agentes da zado extremamente importante: não se poderiam resolver todas
construção da própria aprendizagem. as questões pela força, era preciso usar a palavra para persuadir
os outros a fazer alguma coisa. Por isso, o aparecimento da ar-
Aulas mais dinâmicas. gumentação está ligado à vida em sociedade e, principalmente,
ao surgimento das primeiras democracias. No contexto em que
os cidadãos eram chamados a resolver as questões da cidade
Maior autonomia dos estudantes.
é que surgem também os primeiros tratados de argumentação.
Eles ensinam a arte da persuasão.
Valorização de opiniões, conhecimentos
Todo discurso tem uma dimensão argumentativa. Alguns se
prévios e experiências. apresentam como explicitamente argumentativos (por exemplo,
o discurso político, o discurso publicitário), enquanto outros não
Incentivo à reflexão. se apresentam como tal (por exemplo, o discurso didático, o dis-
curso romanesco, o discurso lírico). No entanto, todos são argu-
Preparação para atuar na vida em sociedade. mentativos: de um lado, porque o modo de funcionamento real
do discurso é o dialogismo; de outro, porque sempre o enunciador
pretende que suas posições sejam acolhidas, que ele mesmo seja
O foco de uma prática pedagógica que considere as meto- aceito, que o enunciatário faça dele uma boa imagem.
dologias ativas é o trabalho com um processo de aprendizagem
mais desafiador e motivador para os estudantes, propondo a A coleção apresenta oportunidades em que o professor
construção de conhecimentos por meio de questionamentos e poderá levar os estudantes a exercitar suas capacidades ar-
de experimentação e incentivando as potencialidades individuais, gumentativas de maneira oral e escrita, como na realização de
como criatividade e sensibilidade. atividades de pesquisa seguidas de apresentação e debate de
Entre as metodologias ativas mais utilizadas atualmente ideias. É importante que, no decorrer dos anos finais do Ensino
estão a aprendizagem baseada em projetos, a aprendizagem Fundamental, eles sejam incentivados a recorrer à argumenta-
entre times, a sala de aula invertida, as abordagens mistas e a ção embasada e a verificar fontes e informações, procurando
aprendizagem colaborativa. argumentos que as corroborem ou as contrariem.
Nesta coleção, há seções que se inserem nas bases da Dessa maneira, os estudantes desenvolvem a argumentação
aprendizagem colaborativa, como “Mãos à obra” e “Atividade de forma significativa, respeitando a pluralidade de ideias e con-
complementar”, pois promovem templando a competência geral da Educação Básica 7 da BNCC:
ARTE XIII
XIV ARTE
ARTE XV
XVI ARTE
ARTE XVII
ID/BR
tudantes com base no trânsito criativo entre as linguagens
artísticas e suas formas híbridas, evidenciando conexões e
procedimentos estéticos, além de suas formas de se rela-
cionar com o tempo e a sociedade da qual fazem ou fizeram
parte. Isso acontece na integração do conhecimento entre
as diversas linguagens artísticas em práticas que, conhe-
cendo as especificidades de cada arte, transita entre elas e,
muitas vezes, chega a criar uma nova forma expressiva ou
procedimental, possibilitando uma aprendizagem complexa.
A BNCC, nesse sentido, estabelece as artes integradas
como a unidade temática que “[…] explora as relações e
articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas,
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias
de informação e comunicação.” (Brasil, 2018, p. 197). Para
isso, foram apresentados vários exemplos de obras artísticas
que integram mais de uma linguagem e a influência tecnoló-
gica na produção artística contemporânea. Além disso, há
atividades experimentais que pretendem relacionar diferentes
linguagens artísticas de maneira prática, contextualizada
e reflexiva. Esses conteúdos são trabalhados ao longo da
coleção e distribuídos nos quatro volumes, mas aparecem
principalmente nas “Atividades complementares”, presentes Grupos numerosos e diversos são um desafio para o professor, mas é possí-
após a primeira Unidade de cada volume. vel tirar proveito dessa situação e criar um ambiente favorável à aprendizagem.
XVIII ARTE
ID/BR
REGULADORA
No caso específico de Arte, em uma atividade prática de teatro,
por exemplo, é possível dar a um estudante que tenha dificuldade
em lidar com o público a oportunidade de fazer um papel ativo
em uma cena, explorando suas potencialidades. A organização e
a divisão dos papéis em uma atividade auxiliam os estudantes a
identificar sua importância e sua contribuição no grupo, levando-
-os a tomar a iniciativa e a ter responsabilidade com os colegas.
Por fim, vale ressaltar que, ao serem levados a diversificar
os grupos e a experimentar papéis com os quais não estão
acostumados, os estudantes sairão de sua zona de conforto, CICLO
INICIAL FINAL
o que pode resultar em conflitos e desconfortos. Assim, cabe AVALIATIVO
ao professor desenvolver com a turma um espaço de exercí-
cio da escuta atenta e da empatia, explorando as habilidades
deliberativas e de comunicação não violenta para a resolução
de conflitos, estimulando o diálogo e as práticas da cultura de
paz entre os estudantes.
A compreensão não pode ser quantificada. […] Nela encontra-se A avaliação inicial é aquela que leva em consideração a
a missão propriamente espiritual da educação: ensinar a com- singularidade de cada estudante e da turma coletivamente.
preensão entre as pessoas como condição e garantia da solida- Pretende-se saber quais são os conhecimentos prévios dos
riedade intelectual e moral da humanidade. (morin, 2011, p. 93). estudantes em relação àquilo que será trabalhado. Essa avaliação
diagnóstica permite que o professor realize um planejamento
Se a missão da educação, como afirma Morin, é ensinar a “fundamentado e, ao mesmo tempo, flexível […] em que as
compreensão humana, entendemos que essa é uma missão atividades e tarefas e os próprios conteúdos de trabalho se
a ser compartilhada por todas as áreas de conhecimento adequarão constantemente.” (ZaBala, 2007, p. 201).
ARTE XIX
XX ARTE
ARTE XXI
Artes integradas
• Características narrativas e visuais das HQs
• Diferentes tipos de plano
• Encenação de HQs
• Storyboard
• Criação de HQs
• Criação de storyboard
• Criação de cena
• Apresentação de cena
XXII ARTE
Música Música
• Musicalidade do samba de roda • Notação musical
• Pulsação e ritmo do samba de roda • Cânone
• Samba carioca • Cantando em cânone
• Musicalidade do carimbó • Notação musical alternativa
• Dança no carimbó • Sonorizando partitura alternativa
• Pulsação e ritmo do carimbó • Ciência e poesia
• Musicalidade do povo indígena Kalapalo • Música: do analógico ao digital
• Mudanças na gravação de sons e músicas
Teatro • Som analógico e som digital
• Intervenções urbanas • Gravação digital
• A escola e a cidade como patrimônio • Novos gêneros digitais
• Audiowalk • Software de edição de som
• Formas de conhecer uma cidade
• Criação de audiowalk Teatro
• Artistas de rua • Referências históricas
• Artes cênicas e patrimônio imaterial • Deus ex machina
• Cultura popular brasileira no mundo • Teatro de sombras
• Teatro e cinema
Artes integradas • Teatro e pandemia
• Diálogo entre diferentes linguagens artísticas • Teatro e internet
• Dança • Criação de cena teatral
• Música • Convívio teatral
• Pintura • Teatro de robôs
• Happenings
• Performance Artes integradas
• Literatura • Os corpos dançantes e a tecnologia
• Diálogo entre linguagens no patrimônio cultural brasileiro • Videodança
• Criação de Parangolés • Criação de videodança e cenário
• Cenografia
• Filmagem
ARTE XXIII
1. Introdução
Este volume da coleção, relacionado ao 8o ano, tem como tema Nos quadros a seguir, você visualizará de que maneira
atravessador o patrimônio cultural. Cada Unidade estabelecerá as competências e as habilidades da Base Nacional Co-
relações com o tema com base nas especificidades de suas lingua- mum Curricular (BNCC) estão vinculadas aos conteúdos
gens e também de forma interdisciplinar com outros componentes trabalhados neste volume, assim como suas possíveis rela-
curriculares. A “Atividade complementar” propõe uma prática que ções de interdisciplinaridade e os Temas Contemporâneos
envolve os Parangolés do artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980). Transversais desenvolvidos.
O patrimônio cultural Patrimônio cultural (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico
cultural, material e imaterial, de culturas nacional e internacional, material e imaterial,
Trocando ideias
diversas, em especial a brasileira, incluindo com suas histórias e diferentes visões de
Diferentes tipos de suas matrizes indígenas, africanas mundo.
patrimônio cultural e europeias, de diferentes épocas, e
favorecendo a construção de vocabulário e
Patrimônio mundial
repertório relativos às diferentes linguagens
Patrimônio natural artísticas.
Explorando na rede –
Um mergulho pelos Curadoria de (EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo
patrimônios brasileiros informação o recorte das questões, usando fontes
abertas e confiáveis.
As mudanças na
concepção de patrimônio
cultural
Outras vozes Matrizes estéticas e (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar
culturais sociais e políticos da produção artística, criticamente práticas e produções artísticas
Mãos à obra –
problematizando as narrativas eurocêntricas e culturais do seu entorno social, dos povos
Representação visual de
e as diversas categorizações da arte (arte, indígenas, das comunidades tradicionais
nossos patrimônios
artesanato, folclore, design etc.). brasileiras e de diversas sociedades, em
Mãos à obra – Seleção, distintos tempos e espaços, para reconhecer
classificação e Processos de criação (EF69AR06) Desenvolver processos de a arte como um fenômeno cultural, histórico,
catalogação de um criação em artes visuais, com base em social e sensível a diferentes contextos e
patrimônio temas ou interesses artísticos, de modo dialogar com as diversidades.
Os museus individual, coletivo e colaborativo, fazendo
uso de materiais, instrumentos e recursos
Explorando na rede – convencionais, alternativos e digitais.
Visita virtual
Arte do amanhã – Contextos e práticas (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico
Relação entre turismo e às diferentes dimensões da vida social, nacional e internacional, material e imaterial,
patrimônio cultural, política, histórica, econômica, com suas histórias e diferentes visões de
estética e ética. mundo.
Trocando ideias
Em poucas palavras
XXIV ARTE
5. Desenvolver o senso estético para 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à História Educação para
reconhecer, fruir e respeitar as diversas abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, valorização do
Patrimônio cultural
manifestações artísticas e culturais, das a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, multiculturalismo nas
locais às mundiais, inclusive aquelas para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, Língua Portuguesa matrizes históricas e
pertencentes ao patrimônio cultural da formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive culturais Brasileiras
humanidade, bem como participar de tecnológicas) com base nos conhecimentos das Educação Ambiental
práticas diversificadas, individuais e diferentes áreas.
coletivas, da produção artístico-cultural,
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
com respeito à diversidade de saberes,
culturais, das locais às mundiais, e também participar de
identidades e culturas.
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
1. Compreender as linguagens como 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à História e culturas Educação para
construção humana, histórica, social abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, étnicas o Trânsito
e cultural, de natureza dinâmica, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
reconhecendo-as e valorizando-as como para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formas de significação da realidade formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
e expressão de subjetividades e tecnológicas) com base nos conhecimentos das
identidades sociais e culturais. diferentes áreas.
3. Utilizar diversas linguagens – verbal 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente Cidade e cidadania
(oral ou visual-motora, como Libras, construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
e escrita), corporal, visual, sonora e digital para entender e explicar a realidade, continuar
digital –, para se expressar e partilhar aprendendo e colaborar para a construção de uma
informações, experiências, ideias e sociedade justa, democrática e inclusiva.
sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao diálogo,
à resolução de conflitos e à cooperação.
ARTE XXV
Seções e temas
Objetos de Competências específicas de Arte
da Atividade Habilidades
conhecimento para o Ensino Fundamental
complementar
Conhecer Contextos e (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas 2. Compreender as relações entre as linguagens da
práticas às diferentes dimensões da vida social, Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas
cultural, política, histórica, econômica, possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de
estética e ética. informação e comunicação, pelo cinema e pelo
audiovisual, nas condições particulares de produção,
na prática de cada linguagem e nas suas articulações.
Pesquisar Patrimônio (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de
cultural cultural, material e imaterial, de culturas registro, pesquisa e criação artística.
diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas
e europeias, de diferentes épocas, e
favorecendo a construção de vocabulário e
repertório relativos às diferentes linguagens
artísticas.
Criar Processos de (EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos 3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e
criação temáticos, as relações processuais entre culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e
Respeitável público
diversas linguagens artísticas. nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua
tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-
-as nas criações em Arte.
XXVI ARTE
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações Interartes (dança
respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, artísticas e culturais, das locais às mundiais, e e artes visuais)
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao também participar de práticas diversificadas da
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar produção artístico-cultural.
de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da
produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de
saberes, identidades e culturas.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações Interartes (dança
respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, artísticas e culturais, das locais às mundiais, e e artes visuais)
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao também participar de práticas diversificadas da
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar produção artístico-cultural.
de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da
produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de
saberes, identidades e culturas.
ARTE XXVII
Dança e Contextos e (EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente
patrimônio cultural práticas de expressão, representação e encenação da dança, práticas e produções artísticas e culturais do
reconhecendo e apreciando composições de dança seu entorno social, dos povos indígenas, das
Trocando ideias
de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de comunidades tradicionais brasileiras e de diversas
A dança como diferentes épocas. sociedades, em distintos tempos e espaços, para
patrimônio cultural reconhecer a arte como um fenômeno cultural,
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
imaterial pelo histórico, social e sensível a diferentes contextos
diferentes dimensões da vida social, cultural, política,
mundo e dialogar com as diversidades.
histórica, econômica, estética e ética.
Outras vozes 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico
Processos de (EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas nacional e internacional, material e imaterial, com
criação em dança vivenciadas na escola e em outros contextos, suas histórias e diferentes visões de mundo.
problematizando estereótipos e preconceitos.
A dança como Contextos e (EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente
patrimônio cultural práticas de expressão, representação e encenação da dança, práticas e produções artísticas e culturais do
imaterial do Brasil reconhecendo e apreciando composições de dança seu entorno social, dos povos indígenas, das
de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de comunidades tradicionais brasileiras e de diversas
Roda de capoeira
diferentes épocas. sociedades, em distintos tempos e espaços, para
Samba de roda do reconhecer a arte como um fenômeno cultural,
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
Recôncavo Baiano histórico, social e sensível a diferentes contextos
diferentes dimensões da vida social, cultural, política,
e dialogar com as diversidades.
Frevo histórica, econômica, estética e ética.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes
Matrizes (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e estéticas e culturais – especialmente aquelas
estéticas e políticos da produção artística, problematizando as manifestas na arte e nas culturas que constituem
culturais narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da a identidade brasileira –, sua tradição e
arte (arte, artesanato, folclore, design etc.). manifestações contemporâneas, reelaborando-as
nas criações em Arte.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico
Patrimônio (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural,
nacional e internacional, material e imaterial, com
cultural material e imaterial, de culturas diversas, em especial a
suas histórias e diferentes visões de mundo.
brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas
e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a
construção de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
XXVIII ARTE
1. Compreender as linguagens como construção humana, 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações Matrizes Diversidade
histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, artísticas e culturais, das locais às estéticas e Cultural
reconhecendo-as e valorizando-as como formas de mundiais, e também participar de práticas culturais
significação da realidade e expressão de subjetividades e diversificadas da produção artístico-cultural.
Geografia
identidades sociais e culturais.
6. Valorizar a diversidade de saberes
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, e vivências culturais e apropriar-se de
corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade conhecimentos e experiências que lhe
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades possibilitem entender as relações próprias do
de participação na vida social e colaborar para a construção de mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas
uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e
crítica e responsabilidade.
respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais,
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de de conflitos e a cooperação, fazendo-se
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção respeitar e promovendo o respeito ao outro
artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, e aos direitos humanos, com acolhimento e
identidades e culturas. valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
1. Compreender as linguagens como construção humana, 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações Matrizes
histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, artísticas e culturais, das locais às estéticas e
reconhecendo-as e valorizando-as como formas de mundiais, e também participar de práticas culturais
significação da realidade e expressão de subjetividades e diversificadas da produção artístico-cultural. Educação
identidades sociais e culturais. Física
6. Valorizar a diversidade de saberes
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, e vivências culturais e apropriar-se de
corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade conhecimentos e experiências que lhe
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades possibilitem entender as relações próprias do
de participação na vida social e colaborar para a construção de mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas
uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e
crítica e responsabilidade.
respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais,
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção
artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas.
ARTE XXIX
Explorando na Contextos e (EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas 3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes
rede – práticas de expressão, representação e encenação da dança, estéticas e culturais – especialmente aquelas
Pesquisando reconhecendo e apreciando composições de dança manifestas na arte e nas culturas que constituem
a dança nos de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de a identidade brasileira –, sua tradição e
patrimônios diferentes épocas. manifestações contemporâneas, reelaborando-as
culturais nas criações em Arte.
brasileiros Processos de (EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos, danças 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas
criação coletivas e outras práticas de dança de diferentes de registro, pesquisa e criação artística.
matrizes estéticas e culturais como referência
para a criação e a composição de danças autorais,
individualmente e em grupo.
Arte do amanhã – Processos de (EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente
A valorização dos criação em dança vivenciadas na escola e em outros contextos, práticas e produções artísticas e culturais do
mestres da cultura problematizando estereótipos e preconceitos. seu entorno social, dos povos indígenas, das
brasileira comunidades tradicionais brasileiras e de diversas
sociedades, em distintos tempos e espaços, para
reconhecer a arte como um fenômeno cultural,
histórico, social e sensível a diferentes contextos
e dialogar com as diversidades.
O movimento na Elementos da (EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e
dança linguagem movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
elementos que, combinados, geram as ações corporais
Mãos à obra –
e o movimento dançado.
Conhecendo
movimentos
e criando
coreografias
Processos de (EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de
criação improvisação e criação do movimento como fonte para a
construção de vocabulários e repertórios próprios.
Trocando ideias Processos de (EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e
Em poucas criação em dança vivenciadas na escola e em outros contextos, o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
palavras problematizando estereótipos e preconceitos.
XXX ARTE
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos Patrimônio Processo de
que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a historicamente construídos sobre o mundo cultural envelhecimento,
consciência socioambiental e o consumo responsável em físico, social, cultural e digital para entender respeito e
âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a e explicar a realidade, continuar aprendendo valorização do
questões do mundo contemporâneo. e colaborar para a construção de uma Idoso
sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral Geografia
(artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da ou visual-motora, como Libras, e escrita),
atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas corporal, visual, sonora e digital –, bem como
possibilidades de participação na vida social e colaborar para conhecimentos das linguagens artística,
a construção de uma sociedade mais justa, democrática e matemática e científica, para se expressar e
inclusiva. partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, para se expressar e partilhar informações, 10. Agir pessoal e coletivamente com
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de resiliência e determinação, tomando decisões
conflitos e à cooperação. com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução Patrimônio
que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a de conflitos e a cooperação, fazendo-se cultural
consciência socioambiental e o consumo responsável em respeitar e promovendo o respeito ao outro
âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a e aos direitos humanos, com acolhimento e
questões do mundo contemporâneo. valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
ARTE XXXI
Competências específicas
Seções e temas Objetos de
Habilidades de Arte para o Ensino
da Unidade 3 conhecimento
Fundamental
Música e Contextos e (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções 1. Explorar, conhecer, fruir e
patrimônio cultural práticas da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas analisar criticamente práticas
Trocando ideias musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, e produções artísticas e
econômica, estética e ética. culturais do seu entorno
A musicalidade do social, dos povos indígenas,
samba de roda (EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e
das comunidades tradicionais
equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.
A pulsação e o brasileiras e de diversas
ritmo do samba (EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música sociedades, em distintos
de roda brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas tempos e espaços, para
e gêneros musicais. reconhecer a arte como um
Atividades
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, fenômeno cultural, histórico,
Mãos à obra – social e sensível a diferentes
contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
Cantando um contextos e dialogar com as
capacidade de apreciação da estética musical.
samba de roda: diversidades.
ritmo e pulsação (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida
social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. 3. Pesquisar e conhecer
O samba carioca distintas matrizes estéticas
Outras vozes e culturais – especialmente
aquelas manifestas na arte e
A musicalidade do nas culturas que constituem
carimbó a identidade brasileira –, sua
Atividades tradição e manifestações
A dança no contemporâneas,
carimbó reelaborando-as nas criações
Patrimônio (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de em Arte.
Mãos à obra – cultural culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas,
Cantando um 5. Mobilizar recursos
africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de tecnológicos como formas
carimbó: ritmo e vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. de registro, pesquisa e
pulsação
criação artística.
A musicalidade 6. Estabelecer relações
do povo indígena entre arte, mídia, mercado e
Kalapalo Arte e (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais consumo, compreendendo,
Atividade tecnologia para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios de forma crítica e
artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. problematizadora, modos de
produção e de circulação da
arte na sociedade.
Elementos da (EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, 8. Desenvolver a autonomia,
linguagem intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos tecnológicos a crítica, a autoria e
(games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de o trabalho coletivo e
composição/criação, execução e apreciação musicais. colaborativo nas artes.
9. Analisar e valorizar o
patrimônio artístico nacional
e internacional, material e
imaterial, com suas histórias
e diferentes visões de mundo.
Explorando Contextos e (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções 3. Pesquisar e conhecer
na rede – práticas da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas distintas matrizes estéticas
Pesquisando o musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, e culturais – especialmente
samba carioca econômica, estética e ética. aquelas manifestas na arte e
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e nas culturas que constituem
Trocando ideias a identidade brasileira –, sua
equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.
Em poucas tradição e manifestações
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contemporâneas,
palavras contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a reelaborando-as nas criações
capacidade de apreciação da estética musical. em Arte.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social,
cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
XXXII ARTE
2. Conhecer e explorar diversas práticas 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e Diversidade e
de linguagem (artísticas, corporais e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas inclusão
linguísticas) em diferentes campos diversificadas da produção artístico-cultural.
da atividade humana para continuar
aprendendo, ampliar suas possibilidades
de participação na vida social e colaborar
para a construção de uma sociedade
mais justa, democrática e inclusiva.
ARTE XXXIII
Teatro e espaço urbano Contextos e práticas (EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e 2. Compreender as relações entre as
grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de linguagens da Arte e suas práticas
Trocando ideias
diferentes épocas, investigando os modos de integradas, inclusive aquelas possibilitadas
Intervenções urbanas criação, produção, divulgação, circulação e pelo uso das novas tecnologias de
organização da atuação profissional em teatro. informação e comunicação, pelo cinema e
pelo audiovisual, nas condições particulares
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes
de produção, na prática de cada linguagem
estilos cênicos, contextualizando-os no
e nas suas articulações.
tempo e no espaço de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética teatral.
Mãos à obra – A Processos de criação (EF69AR27) Pesquisar e criar formas de 4. Experienciar a ludicidade, a percepção,
escola e a cidade como dramaturgias e espaços cênicos para o a expressividade e a imaginação,
patrimônio de todos acontecimento teatral, em diálogo com o ressignificando espaços da escola e de fora
teatro contemporâneo. dela no âmbito da Arte.
(EF69AR28) Investigar e experimentar 7. Problematizar questões políticas, sociais,
diferentes funções teatrais e discutir os limites econômicas, científicas, tecnológicas
e desafios do trabalho artístico coletivo e e culturais, por meio de exercícios,
colaborativo. produções, intervenções e apresentações
artísticas.
(EF69AR30) Compor improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos 8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a
dramáticos ou outros estímulos (música, autoria e o trabalho coletivo e colaborativo
imagens, objetos etc.) caracterizando nas artes.
personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
Audiowalk: a caminhada Contextos e práticas (EF69AR25) Identificar e analisar diferentes 5. Mobilizar recursos tecnológicos como
acompanhada de áudio estilos cênicos, contextualizando-os no formas de registro, pesquisa e criação
tempo e no espaço de modo a aprimorar a artística.
Diferentes formas de
capacidade de apreciação da estética teatral.
conhecer uma cidade
Explorando na rede – Arte e tecnologia (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes
Descobrindo a cidade tecnologias e recursos digitais para acessar,
Mãos à obra – Criando apreciar, produzir, registrar e compartilhar
um audiowalk para práticas e repertórios artísticos, de modo
caminhar na cidade reflexivo, ético e responsável.
XXXIV ARTE
1. Compreender as linguagens como 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente Cidade e Educação para o
construção humana, histórica, social construídos sobre o mundo físico, social, cultural e cidadania Trânsito
e cultural, de natureza dinâmica, digital para entender e explicar a realidade, continuar
reconhecendo-as e valorizando-as como aprendendo e colaborar para a construção de uma
formas de significação da realidade e sociedade justa, democrática e inclusiva.
expressão de subjetividades e identidades
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
sociais e culturais.
conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.
2. Conhecer e explorar diversas práticas 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e Performance
de linguagem (artísticas, corporais e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
linguísticas) em diferentes campos práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
da atividade humana para continuar
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
aprendendo, ampliar suas possibilidades de
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
participação na vida social e colaborar para
sonora e digital –, bem como conhecimentos das
a construção de uma sociedade mais justa,
linguagens artística, matemática e científica, para se
democrática e inclusiva.
expressar e partilhar informações, experiências, ideias
3. Utilizar diversas linguagens – verbal e sentimentos em diferentes contextos e produzir
(oral ou visual-motora, como Libras, e sentidos que levem ao entendimento mútuo.
escrita), corporal, visual, sonora e digital –,
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física
para se expressar e partilhar informações,
e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
experiências, ideias e sentimentos em
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
diferentes contextos e produzir sentidos
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
que levem ao diálogo, à resolução de
conflitos e à cooperação.
5. Desenvolver o senso estético para 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais Arte e tecnologia
reconhecer, fruir e respeitar as diversas de informação e comunicação de forma crítica, Língua
manifestações artísticas e culturais, das significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas Portuguesa
locais às mundiais, inclusive aquelas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
pertencentes ao patrimônio cultural da acessar e disseminar informações, produzir
humanidade, bem como participar de conhecimentos, resolver problemas e exercer
práticas diversificadas, individuais e protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
coletivas, da produção artístico-cultural,
com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas.
ARTE XXXV
Arte do amanhã – O Contextos e práticas (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas 6. Estabelecer relações entre arte, mídia,
artista de rua e o direito às diferentes dimensões da vida social, mercado e consumo, compreendendo, de
à cidade cultural, política, histórica, econômica, estética forma crítica e problematizadora, modos
e ética. de produção e de circulação da arte na
sociedade.
As artes cênicas e o Matrizes estéticas e (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico
patrimônio imaterial culturais sociais e políticos da produção artística nacional e internacional, material e
problematizando as narrativas eurocêntricas imaterial, com suas histórias e diferentes
Do Brasil para o mundo
e as diversas categorizações da arte (arte, visões de mundo.
Outras vozes artesanato, folclore, design etc.)
Trocando ideias
Patrimônio cultural (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio
Em poucas palavras cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas
e europeias, de diferentes épocas, e
favorecendo a construção de vocabulário e
repertório relativos às diferentes linguagens
artísticas.
XXXVI ARTE
4. Utilizar diferentes linguagens para 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, Arte e cidadania Trabalho
defender pontos de vista que respeitem o responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
outro e promovam os direitos humanos, a determinação, tomando decisões com base em
consciência socioambiental e o consumo princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
responsável em âmbito local, regional e solidários.
e global, atuando criticamente frente a
questões do mundo contemporâneo.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 14 mar. 2022.
ARTE XXXVII
*
“Atividade complementar” é uma seção apresentada entre as Unidades 1 e 2.
XXXVIII ARTE
ARTE XXXIX
4
TEATRO E ESPAÇO
UNIDADE
Abertura da Unidade
junto a um pedestre, entre muitas outras ações. Sua proposta é intervir nas
relações estabelecidas no trânsito, que normalmente são estressantes, recu-
perando o contato humano entre pedestres e motoristas. Por meio do humor,
o palhaço Tuga propõe uma reflexão sobre a violência no trânsito, a pressa
do dia a dia e a falta de afeto nas relações humanas nas ruas e avenidas
das metrópoles. As dinâmicas de suas interações transformam esse tipo de Seção que apresenta imagem relacionada ao
espaço público, mostrando novas possibilidades aos passantes, que param
para observar a cidade e o palhaço. tema da Unidade, possibilitando aos estudantes a
O palhaço chileno Tuga em intervenção urbana na cidade de Valparaíso, Chile, em 2014.
prática da leitura de imagem e a associação com
Ele usa uma bicicleta alta, roupa e acessórios cor de laranja (semelhantes a uniformes de
agentes de trânsito) e outros elementos cênicos que o ajudam a destacar-se no meio da os conteúdos que serão desenvolvidos, antes do
contato com textos teóricos.
multidão. Além disso, faz uso de um megafone para comunicar-se com motoristas e pedestres.
104 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 105
Explorando na rede
bandolim. de canto coletivo Visita virtual
em que a voz de
Durante a chula cantada, as palmas são batidas suavemente para não um solista canta os
Glossário
atrapalhar os cantadores. Quando o canto termina, todos recomeçam a Você aprendeu sobre a importância dos museus no que se refere a preservar ob-
versos principais e
bater as palmas com mais intensidade. O samba chula também se caracte- chama a resposta jetos artísticos e históricos, possibilitar a construção do conhecimento e salvaguardar a
Atividade de pesquisa na
riza pelo canto responsorial e repetitivo. Nesse canto, a estrofe principal, das outras vozes identidade cultural de um povo por meio de seu acervo. Assim, pôde perceber que a
conhecida igualmente pelo termo chula, é cantada por um ou dois cantores,
para os demais visitação e a conservação dos museus são de extrema relevância.
versos do canto.
e a resposta é cantada por todos os presentes. Para que um número maior de pessoas tenha acesso a seu acervo, muitos museus
Nesta atividade, você vai realizar uma visita on-line ao Museu Nacional, no Rio
de palavras e expressões
de Janeiro, como era antes do incêndio que destruiu parte do prédio e do acervo,
em 2 de setembro de 2018, por meio do site Google Arts & Culture, e montar um
roteiro de visitação com os colegas. informações relacionados ao
destacadas no texto do 1 Formem trios e acessem a visita virtual ao Museu Nacional, disponível em: https://
artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil. Acesso em: 14 mar. 2022.
tema da Unidade, levando
Livro do Estudante. Esse REPRODUÇÃO/GOOGLE ARTS & CULTURE
os estudantes a desenvolver
elemento colabora para a habilidades de pesquisa e
ampliação do vocabulário de seleção de informações.
da turma. Página de abertura
da visita ao Museu
Esta seção pode ser usada
como atividade avaliativa
Nacional, em
março de 2022.
3
Cliquem na exposição on-line “Volte no tempo e explore”.
Iniciem a visita ao museu. Para explorá-lo, utilizem o mouse clicando com o botão
diagnóstica e formativa,
segundo os parâmetros
Como já visto no volume 7 desta coleção, na música popular, a pulsa- direito e arrastando para a direção que vocês queiram ir, ou deixem o vídeo re-
ção é, na maior parte dos casos, regular, ou seja, ela se repete e pode ser produzir a visita automaticamente.
acompanhada com batidas dos pés ou com palmas. No diálogo entre as
sugeridos para a
linguagens da música e da dança, a pulsação é um dos principais elemen- 4 Outras ferramentas que podem ser utilizadas para aprofundar a experiência:
tos de ligação entre a musicalidade e o movimento corporal.
• girar a imagem em 360 graus, de maneira que vocês consigam enxergar do
O ritmo é um conjunto de sons regulares que se repetem e formam estrutu- chão ao teto da construção;
ras rítmicas nos intervalos entre as pulsações. Os ritmos regulares das batidas
de palmas no samba de roda são uma das principais características da sono-
ridade dessa manifestação cultural.
• mudar a sala do museu, rolando a página para o vídeo seguinte.
avaliação neste Manual
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 79 30 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
do Professor.
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_072A103.indd 79 5/12/22 9:00 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd 30 5/11/22 8:42 AM
Outras vozes
O cantor, compositor e ator Gabriel
MICHELLE BEFF/ACERVO DA FOTÓGRAFA
apresenta entrevistas,
rais brasileiros. O projeto Mestres da Cul-
reportagens ou notícias
Ceará. Por meio dessa iniciativa, os mes-
relacionadas a artistas
compartilhando suas tradições.
importantes para
de Janeiro (RJ). Foto de 2022.
1 Leia o trecho de uma entrevista com Gabrielzinho do Irajá em 2019. Depois, discu-
Como você percebe essa renovação geracional do samba como parte do processo? Capa do Livro dos mestres – a sociedade, como
contextualização do tema
o legado dos mestres: cultura
É um processo natural, a bola tem que rolar. O samba começou com o Donga, Sinhô, João
da Baiana, Pixinguinha, os caras fizeram a parte deles, foram perseguidos e espancados pela po-
lícia na época que o samba era vadiagem. Depois vem uma turma mais para cá, o Candeia, João
e tradição popular no Ceará.
tecnologia, ciência,
Nogueira, Clara Nunes e assim sucessivamente. A galera do Cacique nos anos 80, Fundo de
Quintal, Zeca Pagodinho, Jovelina. Depois Dudu Nobre com a geração deles e agora é a nossa
vez, daqui a dez ou quinze anos serão outros, segue o baile. Tem um moleque, o Enzo Belmonte, da Unidade e para a Os Mestres da Cultura Tradicional Popular são a representação mais genuína do povo cea-
rense. Tem vaqueira, sineiro, rezadeira, brincantes de reisado, de maneiro-pau, maracatu, banda
cabaçal, dança de São Gonçalo e do coco, pastoril e boi. Manipulador de calunga, rendeiras, ecologia e sociologia,
ampliação do repertório em busca de um futuro
que já é de outra geração, tem dezoito anos e canta samba que nem gente grande. Então é um palhaço, escultor, cordelistas, dramista, artesão, artista plástico, xilógrafo, cantora de benditos,
processo natural, hoje em dia está mais difícil porque a mídia está colocando muita coisa que penitentes, cacique e pajé.
não condiz com a nossa verdadeira cultura. Mas o samba é ouvido nas comunidades, nos bares, […]
sustentável, possibilitando
sambistas, isso não morre e vai continuar se perpetuando eternamente. Todos eles exercem ofícios que se misturam entre as obrigações e prazeres da lida diária,
inventam artefatos e mundos, numa espécie de magia que religa homem e natureza. Constroem
Eduardo Sá. Gabrielzinho do Irajá: talento da nova geração do samba no partido alto. Mídia Ninja, 27 set. 2019. um processo ativo de transmissão de práticas, de valores. Passam seus modos de fazer para outras
Disponível em: https://midianinja.org/eduardosa/gabrielzinho-do-iraja-talento-da-nova-geracao-do-samba-no- gerações, que criam e reinventam o que aprenderam, fazendo com que a cultura tradicional
XL ARTE
Materiais:
• Dispositivos de gravação e reprodução de áudio (gravador ou smartphone)
• Fones de ouvido
práticas com passo a passo
• Câmera fotográfica (ou smartphone)
• Caderno de anotações detalhado e ilustrado. Essa
Etapa 1 – Determinando o trajeto
prática pode ser usada
como atividade avaliativa
1 Organizem-se em grupos de cinco a dez estudantes.
3
tificar possíveis pontos de interesse: praças, edifícios, monumentos, etc.
Nesta Unidade, você conheceu o samba carioca e seus subgêneros. Duas das
primeiras gravações desses sambas estão disponíveis no acervo on-line do Instituto Moreira
Salles (IMS). O IMS disponibiliza gratuitamente para audição milhares de gravações de
• título da música;
TROCANDO IDEIAS
• Nas perguntas a seguir, reflita sobre o que foi abordado nesta Unidade e converse com os
colegas e o(a) professor(a).
a) Cite quais foram os dois tipos de samba de roda estudados nesta Unidade e descreva as-
pectos da musicalidade de cada uma dessas manifestações.
b) Quais são os instrumentos musicais mais comumente encontrados no carimbó de raiz e no
carimbó estilizado?
ATIVIDADES
102 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
1. Ouça a faixa 5, que apresenta a canção “Dança do Iá”, um canto de carimbó de domínio
Atividades
5 público, e acompanhe a letra dessa canção.
Faceirar: enfeitar-
Dança do Iá
Seção de atividades
-se. No texto,
tem o sentido de
Iá, Iá, Iá, cadê Iá? aparecer, entrar.
Eu ia sair na sala
Com a fama de dançador
individuais e coletivas que
permitem aos estudantes
Iá, Iá, Iá, cadê Iá?
Para a festa, meu Iá
Deixa outro faceirar
diagnóstica e formativa,
segundo os parâmetros
sugeridos para a avaliação
PEDRO HAMDAN/ID/BR
Em poucas
Nesta Unidade, você:
mentos, cantos, conteúdo das letras) do carimbó que você identificou nessa canção.
• identificou as características da musicalidade dos Patrimônios Culturais Imateriais. sam-
ba de roda, carimbó e samba carioca, além de conhecer a musicalidade de rituais
palavras
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 93 indígenas;
• cantou e tocou músicas do repertório do samba de roda e do carimbó;
• marcou a pulsação e o ritmo de uma canção;
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_072A103.indd 93 7/18/22 6:42 PM • pesquisou gravações antigas de música em acervos musicais on-line.
CD
• Rebujo, de Dona Onete. Gravadora MultiDiversão, 2019. 1 CD.
O álbum apresenta 11 canções do carimbó contemporâneo.
Audiovisual
• Carimbó, vídeo produzido pelo Iphan. Direção: Eduardo Souza. Brasil, 2011/2013 (16
min 34 s). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/videos/detalhes/26/carimbo. Acesso
em: 24 fev. 2022.
Audiovisual que aborda o carimbó em suas diferentes vertentes, apresentando artistas, ins-
trumentos, músicas, danças e histórias de grupos atuantes em diversas cidades do Pará.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR:
complementar:
A partir de meados do século XX, as artes visuais, em suas múltiplas expressões (pintura, es-
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_072A103.indd 103 5/10/22 2:17 PM
cultura, gravura, design, etc.), aproximaram-se de outras linguagens artísticas, como a dança, a
música e o teatro. Tais aproximações trouxeram novas possibilidades de expressão para as artes
Artes integradas
visuais, resultando em criações que não precisavam estar necessariamente em museus para serem
admiradas ou vivenciadas.
Nesta “Atividade complementar”, você vai explorar algumas criações derivadas das novas
possibilidades geradas pela aproximação entre essas diferentes linguagens, como os happenings
Para ler, ouvir e ver
Seção localizada após a primeira
e as performances.
aprendizagem colaborativa.
34 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
ARTE XLI
11
Orientações didáticas Respostas
O PATRIMÔNIO
O PATRIMÔNIO
UNIDADE
Veja respostas nas Orientações
Veja respostas
didáticas
nas Orientações
deste Manual
didáticas
do Professor.
deste Manual do Professor.
Unidade 1
Trocando ideias
CULTURAL
CULTURAL
• Observe
• Observe a imagem, conversea imagem, conversee com
com os colegas os colegas ee o(a)
o(a) professor(a) professor(a)
responda às per- e responda às per-
Objetivos: discutir o conceito de patrimônio guntas a seguir. guntas a seguir.
a) Respostas pessoais. A pergunta pre-
Objetivos e justificativa
cultural e suas diferentes categorias; relacionar a) objeto
a) Você guarda algum Você guarda
por umaalgum
razãoobjeto por uma
especial? razão especial?
A conservação dele A conservação
é uma dele é uma preocupação
preocupação
a preservação do patrimônio cultural à memória sua? Descreva esse sua?
objetoDescreva esseasobjeto
e explique razõese de
explique as preservado.
mantê-lo razões de mantê-lo preservado.
tende instigar os estudantes a reali-
de um povo; explorar a importância dos museus zar conexões entre a conservação de
b) Em
b) Em sua comunidade ou sua comunidade
região ou regiãoconstrução,
existe celebração, existe celebração, construção,
monumento monumento
ou tradição que ou tradição que
de arte e de história brasileiros. seja um patrimônio seja um patrimônio
cultural? cultural?
Por que razão vocêPor queque
acha razão
essevocê acha foi
elemento quepreservado? elementos, como objetos pessoais, e a
esse elemento foi preservado?
Justificativa: por meio da contextualiza- c) Existe
c) Existe algum museu em sua algum museu
cidade ou em sua cidadeVocê
comunidade? ou comunidade? Você jáalguma
já o visitou? Havia o visitou? Havia alguma
preservação de memórias e tradições,
ção e da fruição de exemplos de patrimônios coleção
coleção sendo exposta? sendo sua
Descreva exposta? Descreva sua experiência.
experiência. auxiliando você a identificar os conhe-
pedagógicos e a respectiva
na qual consta o quadro de competências para a preservação e a manutenção de
e habilidades da BNCC com as descrições um patrimônio.
completas. c) Respostas pessoais. Com base nessas
perguntas, espera-se que os estudantes
justificativa.
façam uma reflexão inicial, ainda sem o
contato com explicações teóricas, sobre
o papel dessas instituições na socieda-
Quando entramos em Quando
contato
entramos
com objetos,
em contato
construções,
com objetos,
celebrações
construções,
ou lugares
celebrações
que fize-ou lugares que fize-
de como locais responsáveis por pre-
ram parte de nossaramvidaparte
em algum
de nossa
momento
vida emdoalgum
passado,
momento
podemos
do passado,
nos recordar
podemos
de diversos
nos recordar de diversos servar objetos e documentos artísticos,
eventos, sentimentoseventos,
e pessoas.
sentimentos
Eles estão
e pessoas.
relacionados
Eles estão
a nossa
relacionados
memória. a nossa memória. históricos, etnográficos, entre outros,
O Centro Histórico O daCentro
cidadeHistórico
de São da Luís,cidade
capitalde
doSão
Maranhão,
Luís, capital
é reconhecido
do Maranhão, como é um
reconhecido como um possibilitando que todos tenham acesso
patrimônio cultural, patrimônio
pois suas construções
cultural, pois
apresentam
suas construções
detalhesapresentam
arquitetônicos
detalhes
e artísticos
arquitetônicos
que são e artísticos que são ao conhecimento e aos valores culturais
considerados importantes
considerados
para a importantes
preservaçãopara da memória
a preservação
da localidade.
da memória Existem
da localidade.
muitos casa-Existem muitos casa-
neles contidos.
rões em seu conjuntorõesarquitetônico,
em seu conjunto
comoarquitetônico,
o apresentadocomo na foto
o apresentado
que abre esta naUnidade,
foto que abre
que são
esta Unidade, que são
revestidos externamente
revestidos
por azulejos
externamente
de estilo
portradicional
azulejos de português.
estilo tradicional
Tal modelo
português.
de construção
Tal modelo de construção
está relacionado aoestá
período
relacionado
colonial,ao quando
períodooscolonial,
portugueses
quando
trouxeram
os portugueses
seus costumes
trouxeram
e sistemas
seus costumes e sistemas
de valores, implantando-os
de valores,
e adaptando-os
implantando-os aoeterritório
adaptando-os
brasileiro.
ao território
No casobrasileiro.
das fachadas No caso
dos das fachadas dos
casarões, o revestimento
casarões,
com oazulejos,
revestimento
vindos
comda azulejos,
metrópolevindos
portuguesa,
da metrópole
tinha também
portuguesa,
o propó-
tinha também o propó-
sito de refrescar os ambientes,
sito de refrescar
uma maneira
os ambientes,
de lidaruma
commaneira
as altasdetemperaturas
lidar com asda altas
região.
temperaturas
Como da região. Como
patrimônio cultural, patrimônio
esses casarõescultural,
devemesses
sercasarões
preservadosdevempelos
ser cidadãos
preservados e por
pelos
instituições
cidadãos go-e por instituições go- Casarões coloniais, Casarões coloniais,
vernamentais. vernamentais. dois deles com fachadadois deles com fachada
de azulejos no centro de azulejos no centro
Nesta Unidade, o Nesta
conceito
Unidade,
de patrimônio
o conceito
cultural
de patrimônio
será apresentado
cultural eserá
discutido
apresentado
em seuse discutido em seus histórico de São Luís (MA).
histórico de São Luís (MA).
aspectos tanto materiais
aspectos
como
tanto
imateriais.
materiais como imateriais. Foto de 2020. Foto de 2020.
8 8 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 9 9
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd
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8:41 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd
9 9 5/11/22 8:41 AM 5/11/22 8:41 AM
33
Orientações didáticas MÚSICA
MÚSICA
E E Grupo de carimbó. Santarém
Grupo de carimbó. Santarém
(PA). Foto de 2017. (PA). Foto de 2017. Respostas
UNIDADE
UNIDADE
Unidade 3 PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO Trocando ideias
Objetivos: compreender que a música in-
tegra diversas manifestações culturais que são CULTURAL
CULTURAL a) Respostas pessoais. O objetivo da questão
é diagnosticar o conhecimento prévio dos
consideradas patrimônios culturais; conhecer
de forma contextualizada o samba de roda, estudantes em relação a quais manifes-
o samba carioca, o carimbó e os rituais do tações tradicionais apresentam musica-
povo indígena Kalapalo; apreciar e praticar lidade e são reconhecidas por eles como
as músicas oriundas dessas manifestações. culturalmente importantes. Além disso, é
Justificativa: por meio da contextuali- uma maneira de investigar de que manei-
zação, da apreciação e da prática musical, ra os estudantes classificam os elementos
os estudantes vão compreender o conceito musicais – se citam mais os cantos e os
de patrimônio histórico e conhecer diversas instrumentos ou se abordam também o
manifestações culturais, reconhecidas pelo reconhecimento de ritmos. Acolha toda as
Iphan, que envolvem a música, além de ampliar
Mapa da Unidade
o repertório cultural dos estudantes e levá-los manifestações apresentadas e promova
a valorizar essas manifestações. uma discussão avaliando com a turma
se elas se alinham com as diretrizes do
Consulte a página XXXII, referente às “Orien-
Iphan. Ressalte que a importância das
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências manifestacões não é medida pelo valor
longo da Unidade, apoiando, assim, o planejamento docente. 72 72 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 73 73
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_072A103.indd
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12:05 PM 73 7/14/22 12:05 PM
BERTRAND RIEGER/HEMIS.FR/ALAMY/FOTOARENA
Orientações didáticas
As mulheres realizam
Asmovimentações
mulheres realizamsuaves,
movimentações
e os homens, suaves,
movimentos
e os homens,
acele- movimentos acele-
da região de Shoplouk, na Bulgária. Hoyos (1946- ) idealizou
Hoyos (1946-
a cria- ) idealizou a cria- nhola é o flamenco, uma dança caracterizada
rados. Eles ficam organizados
rados. Eles ficam
em filas
organizados
separadas em e, acompanhados
filas separadas e, poracompanhados
um por um
ção de um espaço destinado
ção de umaespaço
reu- destinado a reu-
coro, dançam, cantam
coro,e dançam,
batem palmas.
cantam e batem palmas. por movimentos emocionais, com gesticulação
As danças e as canções da região de nir a história do flamenco
nir a história
em cole-do flamenco em cole-
dos braços e golpes de pés, além do uso de
Shoplouk são preservadas e compartilhadas ções de objetos, música,
ções devestimen-
objetos, música, vestimen-
TORSTEN BLACKWOOD/AFP
TORSTEN BLACKWOOD/AFP
Orientações didáticas e
nessa região, as mulheres vestem roupas Flamenco, em Sevilha, Flamenco,
na Espa-em Sevilha, na Espa-
nha, no ano de 2006. nha, no ano de 2006. amor, lamúria, desespero ou calma.
búlgaras tradicionais e se movimentam em
roda, enquanto agarram o cinto da roupa das No flamenco, a movimentação das mãos,
companheiras ao lado. Pisando no chão le- dos pés e dos braços é feita com precisão; no
comentários pedagógicos
vemente, elas se movem da esquerda para a Museu do Baile FlamencoMuseu
em do Baile Flamenco em entanto, a flexibilidade é igualmente importante
Sevilha, Espanha. Foto Sevilha,
de 2012. Espanha. Foto de 2012.
direita. Dentro dessa estrutura há certo número para improvisar dentro da estrutura básica
de variações, dependendo da música e da da dança e da musicalidade. Os dançarinos
prática do ritual. No canal da Unesco, é possível 1 Leia a seguir um
1 depoimento
Leia a seguir
deum
Cristina
depoimento
Hoyos sobre
de Cristina
a criação
Hoyosdosobre
Museua criação
do Bailedo Museu dotambém
Baile sapateiam, em coreografias em que
assistir a um vídeo dessa dança tradicional Flamenco e discutaFlamenco
a leitura com
e discuta
o(a) professor(a)
a leitura come o(a)
os colegas.
professor(a) e os colegas.
Respostas
enquanto as mulheres dançam. • Flamenco, um dos • símbolos
Flamenco,daum
cultura
dos símbolos
espanhola
da cultura espanhola ao flamenco. Nossaaointenção
flamenco.sempre
Nossafoiintenção
encontrar sempre
uma fórmula
foi encontrar
única uma
e particu- 2. O objetivo de Cristina Hoyos foi de
fórmula única e particu-
lar para que os visitantes,
lar para
espanhóis
que os visitantes,
ou estrangeiros,
espanhóispossam
ou estrangeiros,
tanto compreender
possam estatanto compreender esta
No flamenco, canto, Nomúsica
flamenco,
e dança
canto,
dialogam
música para
e dança
compor
dialogam
essa expres-
para compor essa expres-
manifestação artísticamanifestação
– que é parteartística
importante
– quedeé parte
nossaimportante
identidade de – como
nossatambém
identidade – como também
que os visitantes do museu pudessem
são artística do sul são
da Espanha.
artística doAssulpalmas
da Espanha.
e as castanholas
As palmasestão
e as bastante
castanholas estão bastante compreender a história e o significado
experimentar as emoções
experimentar
que o baile
as emoções
é capaz dequedespertar.
o baile é capaz de despertar.
das atividades.
presentes na movimentação
presentes enanamovimentação
sonoridade doe flamenco.
na sonoridade
As mulheres
do flamenco.
reali- As mulheres reali-
Buscamos uma fórmula Buscamos
e um espaço,
uma fórmula
onde oe flamenco,
um espaço,como ondePatrimônio
o flamenco,Mun- como Patrimônio Mun- do flamenco, suas características e sua
zam movimentos suaveszam movimentos
e dramáticos, suaves
e os ehomens
dramáticos,
batemeosospés
homens
de maneira
batem os pés de maneira
dial da Humanidade, dial
pudesse
da Humanidade,
envolver ospudesse
visitantes
envolver
com toda os visitantes
sua expressividade,
com toda sua expressividade, importância como manifestação cultu-
mais firme e acentuada.
mais firme e acentuada.
para que possam se aproximar
para que possam
dos diferentes
se aproximar
[bailados]
dos diferentes
e compreender
[bailados]
suas eestrutu-
compreender suas estrutu-
ral, além de experimentar as emoções
Respostas, comentários e
ras, conhecer suas origens
ras, conhecer
e seus maiores
suas origens
representantes.
e seus maiores representantes.
QUIM LLENAS/GETTY IMAGES
Respostas pessoais. Os
Respostas
estudantes
pessoais.
devemOsseestudantes
expressar livremente.
devem se expressar
Caso julgue
livremente. Caso julgue
58 58 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. pertinente, mostre umpertinente,
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.vídeo de apresentação
mostre um vídeo
de flamenco
de apresentação de flamenco para59
para a turma. a turma. 59
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd 58 58 5/11/22 11:42 AM 5/11/22 11:42 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd 59 59 7/2/22 12:38 PM 7/2/22 12:38 PM
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7/2/22 1:01 PM 59 7/2/22 1:01 PM
XLII ARTE
ALENA ZHARAVA/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
ALENA ZHARAVA/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
Texto complementar
Jaider Esbell. Entidades
Jaider Esbell.
, 2021. DuasEntidades
cobras , 2021. Duas cobras JaiderdeEsbell
Jaider Esbell na exposição It wasde arte indígena It was
na exposição
arte indígena
o objetivo de ampliar a
mar visualmente a paisagem da cidade,
mar visualmente seus edifícios,
a paisagem suas seus
da cidade, ruas,edifícios,
os centrossuas ruas, os centros
históricos e a periferia, atuando
históricos e anos mais variados
periferia, atuandocontextos.
nos mais variados contextos.
Em muitas cidades, Em devido à violência
muitas cidades,ou à falta
devido à de infraestrutura,
violência ou à faltaas de
ruasinfraestrutura, as ruas
e os passeios transformaram-se
e os passeios emtransformaram-se
meros lugares de empassagem.
meros lugaresAs pessoas
de passagem. As pessoas
compreensão de conceitos e
saem de suas casassaem em direção
de suasacasas
outro em
local privado;
direção dessalocal
a outro maneira, a rua
privado; dessa maneira, a rua
é, muitas vezes, umé,corredor de acesso
muitas vezes, de um lugar
um corredor a outro.
de acesso de Noum entanto,
lugar a outro. No entanto,
O grupo A Pombagem, O grupo A Pombagem, ruas, praças, rios, lagoas e praiasrios,
ruas, praças, sãolagoas
na maior parte locais
e praias são napúblicos,
maior partee assim
locais públicos, e assim
do coletivo Arte Marginal
do coletivo Arte Marginal
Salvador, apresenta Salvador, apresenta
pertencem à população da cidade.
pertencem Ocuparda
à população esses locaisOcupar
cidade. é importante para é importante para
esses locais
valorizá-los como patrimônio,
valorizá-lose como
é nesse contexto que
patrimônio, e é as intervenções
nesse urbanas
contexto que as intervenções urbanas
106 106 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 107 107
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd 106 106 5/13/22 8:09 AM 5/13/22 8:09 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd 107 107 5/10/22 8:02 PM 5/10/22 8:02 PM
Texto complementar de maior autonomia criativa, distinguin- Texto complementar mento de certos padrões para aparecer
do-as, assim, das ações artísticas mais novas formas de inter-relação entre os
Sobre o conceito de intervenção urbana, Marcelo Ainda sobre intervenção urbana, Marcelo Rocco,
institucionalizadas. Geralmente, as in- seres e a cidade […].
Rocco, aponta algumas características: artista, professor universitário e um dos fundadores
tervenções urbanas são marcadas pelo Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de. Arte da cena:
Em meio às diversas possibilidades de do coletivo Transeuntes, afirma que: a pesquisa em diálogo com o mundo. VII Reunião
caráter político de atuação, enfatizando
ações, […], há diferentes formas de atua- as discussões atuais da sociedade através Misturadas entre as várias possibilidades Científica da Abrace, 2013, Minas Gerais. Belo
ção artística sobre os eixos urbanos, tais Horizonte: UFMG, 2013. Disponível em: http://
de ações em tempos limitados, efêmeros, de manifestações públicas, as interven-
como as intervenções urbanas. Elas pro- www.portalabrace.org/viireuniao/acrua/GASPERI_
em um aspecto de estreitamento entre a ções urbanas têm ganhado, ao longo das Marcelo_Rocco.pdf. Acesso em: 25 fev. 2022.
movem provocações acerca das noções últimas décadas, grande destaque entre
feitura e os habitantes das cidades. […]
sedimentadas da urbe, gerando visões
Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de. Entre a os grupos sociais. Sobre as diferentes
diversificadas sobre a feitura de arte a
metrópole e a cidade sagrada: uma análise noções de intervenções urbanas, pode-se
partir de estéticas distintas. […]
comparativa entre o Obscena – Agrupamento associá-las aos estados de rupturas do
[…] Independente de Pesquisa Cênica (Belo Horizonte) e cotidiano, desconstruindo certas formas
[…] As intervenções urbanas possuem o grupo Transeuntes (São João del Rei). 2016. 277 p.
dos espaços já sedimentados das grandes
um caráter dinâmico de apresentação, Tese (Doutorado em Arte) – UFMG, Belo Horizonte,
2016. p. 78. Disponível em: http://hdl.handle. construções. Espaços estes que o poder
o que dá a elas uma espécie de “livre
circulação” pelo tecido urbano, na busca net/1843/BUBD-AMQQJ8. do capital proporciona. Sendo assim, as
Acesso em: 18 maio 2022. intervenções podem provocar o cercea-
106 ARTE 8 o ANO ARTE 8 o ANO 107
Indicações
cinco
cinco indígenas. Essa indígenas.
flauta é formada Essa
porflauta é formada
um longo porda
pedaço umárvore
longoconhe-
pedaço da árvore conhe- O livro foi escrito com base na experiência
ritual dura sete meses e começa com a saída cida como taquaracida
que como
emite taquara que emite
um som grave quandoum som graveApós
soprada. quando soprada. Após o ritual,
o ritual, da autora no Alto Xingu e descreve a Festa
dos homens da aldeia para a realização da aoflautas
ao fim do dia, essas fim dosão
dia,queimadas.
essas flautas são queimadas. da Taquara por meio do ponto de vista de
pesca coletiva em barragens construídas nos diferentes personagens da aldeia. A obra
DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS
rios próximos. Os peixes capturados são levados valoriza a cultura indígena e conta com
para a aldeia e consumidos durante quatro um anexo que sugere diversas fontes de
o aprofundamento de temas,
Querência (MT). Querência (MT).
na condução do ritual. É por meio dos trajetos Foto de 2016. Foto de 2016.
musicais que se acessam a compreensão dos
saberes e a conexão com o mundo espiritual. Durante o Jawari, os Durante o Jawari,
indígenas, os indígenas,
homens e mulheres,homens
realizame mulheres,
o canto erealizam o canto e
a dança
a dança ritual, marcando ritual, marcando
a pulsação, agitandoa pulsação,
chocalhosagitando
e batendo chocalhos
com os e batendo com os
De acordo com a tradição dos Enawenê-
JR MANOLO/FOTOARENA
JR MANOLO/FOTOARENA
tronas, em uma das tronas,
quais vê-se
em umaa protagonista
das quais vê-se
da cena.
a protagonista da cena.
to das inúmeras possibilidades interpretativas Com o corpo jogado Com
sobreo corpo
o móvel,
jogado
a mulher
sobredeo longos
móvel, a mulher de longos
similares. É importante recordar esses incidentes
com base no olhar individual, na criatividade e cabelos acobreadoscabelos
esconde acobreados
parte do rosto
escondecomparte
uma do rosto com uma e a impossibilidade de recuperação de certos
nas experiências de mundo. mão. Podemos imaginar,mão. Podemos
como observadores
imaginar, como ocultos,
observadores ocultos, artefatos históricos, arqueológicos, naturais,
que o momento representado
que o momento é de profundo
representado
desespero
é de profundo desespero entre outros. Na internet, é possível encontrar
Uma discussão possível é a representação
e tristeza, sentimentos
e tristeza,
justificados
sentimentos
pela presença
justificados
de uma
pela presença de uma diversas reportagens e artigos que abordam a
da figura feminina em ambos os quadros. As
carta atirada ao chão.carta atirada ao chão. dimensão das perdas causadas pelo incêndio do
obras foram idealizadas e criadas por umBelmiro
pintorde Almeida. Belmiro Ao
de Almeida.
vermos de perto,Ao
no vermos
museu, de
essa
perto,
pintura
no de
museu,
Belmiro,
essapodemos
pintura deconstatar
Belmiro,apodemos constatar a Museu Nacional e que podem ser compartilhados
masculino que retratou as mulheres porMá meionotícia, 1897. Má notícia, 1897.
grande habilidade técnica
grandena habilidade
representação
técnica
dosnadetalhes,
representação
como dos
os fios
detalhes,
que com-
como os fios que com- com os estudantes.
de uma visão influenciada por seu gênero Óleoe sobre tela, Óleo sobre tela,
168 cm × 168 cm. põem
168 cm ×a168
tecelagem
cm. da
põem
poltrona.
a tecelagem
Vista dedalonge,
poltrona.
percebemos
Vista de o
longe,
trabalho
percebemos
de cores,o trabalho de cores,
pelos contextos histórico e social. Portanto, é
luzes e sombras queluzes
compõem
e sombras
a cena,
que transmitindo
compõem aum cena,
aspecto
transmitindo
dramático.
um aspecto
Um dramático. Um
importante problematizar as relações de gênero foco especial é dadofoco
à protagonista
especial é dado
da cena,
à protagonista
que tem sua
dapele
cena,bem
queiluminada
tem sua pele
e bem iluminada e A maior parte dos 20 milhões de
representadas nas telas como expressões de um vestido em cuja saia
um vestido
reluz uma
em mistura
cuja saia
dereluz
tons que
umacintilam,
mistura dequase
tons em
quefurta-cor.
cintilam, quase em furta-cor. itens que o museu abrigava foi total-
um período e de um artista específicos. Um Exterior do Museu de Exterior do Museu de
No mesmo museu encontramos
No mesmo museu Arrufos, de Belmiro,
a obraencontramos a obra Arrufos,
uma pintura
de Belmiro,
que uma pintura que Arte Popular da Paraíba. mente destruída. Nele, estava o mais
Arte Popular da Paraíba.
exercício interessante é comparar as repre- Campina Grande (PB). Campina Grande (PB).antigo fóssil humano já encontrado
também retrata um aspecto
também doméstico
retrata um em
aspecto
uma doméstico
cena dramática,
em umanacena
qual dramática,
somos na qual somos
sentações femininas de Belmiro com as de convidados a observar
convidados
um casal,
a possivelmente
observar um casal,
em momento
possivelmente
posterior
emamomento
um de- posterior a um de-
Foto de 2018. Foto de 2018.
no país, a Luzia; a coleção egípcia
pintoras do período, como a artista fluminense sentendimento. sentendimento.
Sugestão de atividade
que começou a ser adquirida ainda
Abigail de Andrade (1864-1890), e com obras
JR MANOLO/FOTOARENA
JR MANOLO/FOTOARENA
por Dom Pedro I; a coleção de arte
de artistas femininas contemporâneas. Dessa
maneira, os estudantes conseguem perceber e artefatos greco-romanos da Impe-
MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, RIO DE JANEIRO. FOTOGRAFIA: ID/BR
possibilitam complementar
2 set. 2021. Disponível em: https://
www.correiobraziliense.com.br/
Parte do acervo do Museu
Parte do acervo do Museu
brasil/2021/09/4947344-incendio-no-
de Arte Popular da Paraíba. museu-nacional-no-rio-de-janeiro-completa-
de Arte Popular da Paraíba.
Belmiro de Almeida. Arrufos,
Belmiro de Almeida. Arrufos, Campina Grande (PB). Campina Grande (PB). tres-anos-relembre.html.
e ampliar as abordagens.
1887. Óleo sobre tela, 1887. Óleo sobre tela, Foto de 2018. Foto de 2018. Acesso em: 14 mar. 2022.
89,1 cm × 116,1 cm. 89,1 cm × 116,1 cm.
28 28 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 29 Essas
29questões podem auxiliar nas discussões
com os estudantes, demonstrando a importância
das medidas de preservação e da ação dos pes-
quisadores, responsáveis por manter um registro
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd
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28 28 5/11/22 8:41 AM 5/11/22
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8:41 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd
29 29 5/11/22 8:42 AM 5/11/22 8:42 AM
Sugestão de atividade Promova uma conversa com a turma contextua- desses bens culturais por meio de estudos.
lizando como as pessoas com problemas de saúde
Convide os estudantes a fazer um levanta- mental eram tratadas no início do século XX e a
mento de museus que conhecem e de que já transformação da abordagem de Nise da Silveira,
tenham ouvido falar, mas que não se relacionem a que utilizava a arte como maneira de proporcionar
artefatos históricos, etnográficos e arqueológicos, um tratamento mais humanizado a seus pacientes.
como o Museu do Futebol, em São Paulo (SP),
o Museu de Cera, na Inglaterra, o Museu do Aproveite o momento para discutir a saúde
mental, perguntando aos estudantes como cuidam
Ramen, no Japão, e o Museu dos Frascos de Sal
da própria saúde e o que fazem para cuidar da
e Pimenta, nos Estados Unidos. Apresente a eles mente. Você pode destacar a importância da arte
a ideia do Museu de Imagens do Inconsciente, na promoção da saúde mental. Se julgar adequa-
fundado em 1952 pela psiquiatra Nise da Silveira do, aprofunde essa temática, conversando sobre
(1905-1999), mostrando a eles a página do sintomas de ansiedade e de depressão e outras
museu (disponível em: http://www.ccms.saude. questões relacionadas à saúde mental, abrindo o
gov.br/museuvivo/index.php; acesso em: 1 jun. diálogo com eles. Conte com a direção e a coor-
2022) e explorando algumas das produções denação da escola caso identifique estudantes que
apresentadas na seção “Obras/Biografias”. precisem de ajuda.
Conheça as características
Conheçadeasalgumas
características
das danças
de algumas
que sãodas
consideradas
danças que são consideradas • Balé Real do Camboja
• Balé Real do Camboja
Orientações didáticas patrimônios mundiais
patrimônios
pela Unesco:
mundiais pela Unesco: Famoso por seus gestos
Famosograciosos
por seuse gestos
fantasias
graciosos
magníficas,
e fantasias
o Balé magníficas,
Real do o Balé Real do Orientações didáticas
• Tango • Tango Camboja, país localizado
Camboja,no país
Sudeste
localizado
Asiático,notem
Sudeste
em seu
Asiático,
repertório
temclássico
em seu repertório clássico
ANTON VELIKZHANIN/ALAMY/FOTOARENA
ANTON VELIKZHANIN/ALAMY/FOTOARENA
É comum que, nas manifestações populares, Com base nas fotos e nas descrições apre-
de danças quatro tipos
de danças
de personagem:
quatro tiposo de
macaco,
personagem:
a mulher,o macaco,
o homemaemulher,
o o homem e o
as linguagens artísticas de dança, música, Nas culturas argentina
Nas culturas
e uruguaia,
argentina
o tan-e uruguaia, o tan- sentadas no Livro do Estudante, faça uma busca
gigante. Cada umagigante.
tem cores,
Cadafantasias,
uma temmaquiagem
cores, fantasias,
e máscaras
maquiagem
próprias.
e máscaras próprias.
artes visuais, entre outras, estejam mescla- go é bastante praticado
go é bastante
nos tradicionais
praticado
salões
nos tradicionais salões na internet por outras informações sobre as
Essas posturas e gestos
Essascodificados,
posturas e gestos
cujo domínio
codificados,
requercujo
anosdomínio
de treinamento
requer anos de treinamento
das. Os movimentos corporais, a vocalização de dança de suas de respectivas
dança decapitais,
suas respectivas
Buenos capitais, Buenos danças, considerando o suporte audiovisual
intensivo, evocam todas
intensivo,
as emoções
evocam humanas,
todas as emoções
do medohumanas,
e da raivadoaomedo
amore da raiva ao amor
dos cânticos, a musicalidade, a execução de Aires e Montevidéu.Aires
Em pares
e Montevidéu.
enlaçados,
Emospares
ca- enlaçados, os ca- dos movimentos, das coreografias, dos rituais,
e à alegria. e à alegria.
sais executam passos
saiscom
executam
mudanças
passos
frequentes
com mudanças frequentes
instrumentos musicais e a utilização de objetos dos figurinos, etc. Você pode assistir a alguns
de direção, cruzamento
de direção,
de pernas,
cruzamento
movimentos
de pernas, movimentos
JACK VARTOOGIAN/GETTY IMAGES
FRANCOIS-XAVIER FRELAND/UNESCO
MICHAEL BRACEY/ALAMY/FOTOARENA
Temas Contemporâneos
râneo Transversal Multiculturalismo: Diversi-
envolve
envolve a dança. Eles a dança.durante
são tratados Eles são tratados durante
algumas semanas ou algumas
meses porsemanas ou meses por curandeiros
curandeiros
dade Cultural. Converse com os estudantes
que têm uma casaque nastêm uma reservada
aldeias casa nas aldeias reservada
sobre a importância de respeitar e valorizar
como temphiri
para os pacientes,
para os pacientes, conhecida conhecida
. como temphiri.
as diferentes culturas e suas manifestações
nas danças populares. Peça a eles que deem
Transversais
Uma vez que o diagnóstico
Uma vezéque feito,
o os
diagnóstico
doen- é feito, os doen-
tes passam por um tes
ritualpassam
de cura.porPara
um ritual
isso, de cura. Para isso, exemplos de como podem contribuir para o
as mulheres e as crianças
as mulheres
da aldeia
e as formam
crianças da aldeia formam respeito às diferentes danças de todo o mundo,
um círculo ao redorum docírculo
paciente,
ao redor
que lenta-
do paciente, que lenta- orientando-os a justificar as respostas. Garanta
mente entra em transe,
menteenquanto
entra emelastranse,
entoam enquanto elas entoam que todos possam se manifestar de modo
canções para evocar canções
os espíritos.
para evocar
Os únicos os espíritos. Os únicos respeitoso e que as ideias e as opiniões sejam
homens que participam
homens são que
os músicos
participam (quesão os músicos (que embasadas em argumentos.
o desenvolvimento do Tema
Drametse, no Butão. Drametse, no Butão. oferecendo espaço oferecendo
para os pacientes
espaço“dan- para os pacientes “dan-
Foto de 2015. Foto de 2015.
çarem sua doença”.çarem sua doença”.
54 54 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 55 55
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd
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54 54 5/11/22 11:42 AM 5/11/22
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11:42 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd
55 55 5/11/22 11:42 AM 5/11/22 11:42 AM
Contemporâneo Transversal
trabalhado no Livro
do Estudante.
RUMOS_ARTE_8_LP_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071_NOVO.indd 54 RUMOS_ARTE_8_LP_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071_NOVO.indd
7/2/22 1:01 PM 55 7/2/22 1:01 PM
ARTE XLIII
XLIV ARTE
MAURILIO ROCHA
Estudos Avançados em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal).
Pós-doutor pelo Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa e pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (Portugal).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Autor de livro didático de Arte.
Músico.
RODRIGO VIVAS
Licenciado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e
Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Mestre em História pela UFMG.
Doutor em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Professor da Escola de Belas Artes da UFMG.
Diretor de Ação Cultural da UFMG.
Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.
ARTE 8 o ANO 1
22-112153 CDD-372.5
Índice para catálogo sistemático:
1. Arte : Ensino fundamental 372.5
SM Educação
Avenida Paulista, 1842 – 18o andar, cj. 185, 186 e 187 – Condomínio Cetenco Plaza
Bela Vista 01310-945 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
2 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 3
Este é seu livro de Arte, e ele vai acompanhá-lo durante todo o ano letivo. Vamos conhecê-lo?
4
TEATRO E ESPAÇO
UNIDADE
Abertura de Unidade
e por meio de brincadeiras, malabarismos e danças, o artista interage com
elementos da rua, motoristas e pedestres, intervindo no trânsito de grandes ci-
dades. Em suas intervenções, Tuga pode pedir para um carro parar e, então,
entregar uma flor ao motorista, ou fazer uma dança engraçada no semáforo
junto a um pedestre, entre muitas outras ações. Sua proposta é intervir nas
relações estabelecidas no trânsito, que normalmente são estressantes, recu-
perando o contato humano entre pedestres e motoristas. Por meio do humor,
o palhaço Tuga propõe uma reflexão sobre a violência no trânsito, a pressa
Imagem e texto introduzem o assunto
do dia a dia e a falta de afeto nas relações humanas nas ruas e avenidas
das metrópoles. As dinâmicas de suas interações transformam esse tipo de
espaço público, mostrando novas possibilidades aos passantes, que param
de cada Unidade.
para observar a cidade e o palhaço.
104 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 105
Explorando
ou sem viola, mas no samba chula a presença desse instrumento é mais Canto Visita virtual
constante. A viola também pode ser substituída por violão, cavaquinho ou responsorial: tipo
bandolim. de canto coletivo
Você aprendeu sobre a importância dos museus no que se refere a preservar ob-
em que a voz de
Durante a chula cantada, as palmas são batidas suavemente para não um solista canta os jetos artísticos e históricos, possibilitar a construção do conhecimento e salvaguardar a
na rede
atrapalhar os cantadores. Quando o canto termina, todos recomeçam a versos principais e identidade cultural de um povo por meio de seu acervo. Assim, pôde perceber que a
Glossário
bater as palmas com mais intensidade. O samba chula também se caracte- chama a resposta visitação e a conservação dos museus são de extrema relevância.
riza pelo canto responsorial e repetitivo. Nesse canto, a estrofe principal, das outras vozes
para os demais Para que um número maior de pessoas tenha acesso a seu acervo, muitos museus
conhecida igualmente pelo termo chula, é cantada por um ou dois cantores, versos do canto. disponibilizam visitas on-line a seus espaços.
e a resposta é cantada por todos os presentes.
Nesta atividade, você vai realizar uma visita on-line ao Museu Nacional, no Rio
Atividade de
de Janeiro, como era antes do incêndio que destruiu parte do prédio e do acervo,
pesquisa para
1 Formem trios e acessem a visita virtual ao Museu Nacional, disponível em: https://
significado de
artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil. Acesso em: 14 mar. 2022.
3 Iniciem a visita ao museu. Para explorá-lo, utilizem o mouse clicando com o botão
A pulsação e o ritmo do samba de roda direito e arrastando para a direção que vocês queiram ir, ou deixem o vídeo re-
produzir a visita automaticamente.
Como já visto no volume 7 desta coleção, na música popular, a pulsa-
ção é, na maior parte dos casos, regular, ou seja, ela se repete e pode ser 4 Outras ferramentas que podem ser utilizadas para aprofundar a experiência:
acompanhada com batidas dos pés ou com palmas. No diálogo entre as
linguagens da música e da dança, a pulsação é um dos principais elemen- • girar a imagem em 360 graus, de maneira que vocês consigam enxergar do
tos de ligação entre a musicalidade e o movimento corporal. chão ao teto da construção;
O ritmo é um conjunto de sons regulares que se repetem e formam estrutu- • mudar a sala do museu, rolando a página para o vídeo seguinte.
ras rítmicas nos intervalos entre as pulsações. Os ritmos regulares das batidas
de palmas no samba de roda são uma das principais características da sono-
ridade dessa manifestação cultural. 30 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
ARTE DO AMANHÃ
OUTRAS VOZES A valorização dos mestres da cultura brasileira
Os mestres são responsáveis pela trans-
Arte do
Outras vozes
amanhã
com a música desde criança. Atualmente capoeira. Eles são a tradição viva, e seus
está entre os principais sambistas da nova ensinamentos são de grande importância
geração, com dois álbuns lançados e parce- para a preservação dos patrimônios cultu-
Reportagens e
ria com nomes tradicionais do samba, como rais brasileiros. O projeto Mestres da Cul-
Zeca Pagodinho (1959- ). O jovem com- tura Tradicional Popular reuniu em um livro
de temas que
compartilhando suas tradições.
Grabrielzinho do Irajá em gravação no Rio
revelam como a
1 Leia o trecho de uma entrevista com Gabrielzinho do Irajá em 2019. Depois, discu-
ta a leitura com a turma e o(a) professor(a). Capa do Livro dos mestres –
a construção de
Quintal, Zeca Pagodinho, Jovelina. Depois Dudu Nobre com a geração deles e agora é a nossa palhaço, escultor, cordelistas, dramista, artesão, artista plástico, xilógrafo, cantora de benditos,
vez, daqui a dez ou quinze anos serão outros, segue o baile. Tem um moleque, o Enzo Belmonte, penitentes, cacique e pajé.
que já é de outra geração, tem dezoito anos e canta samba que nem gente grande. Então é um […]
processo natural, hoje em dia está mais difícil porque a mídia está colocando muita coisa que Todos eles exercem ofícios que se misturam entre as obrigações e prazeres da lida diária,
um futuro mais
não condiz com a nossa verdadeira cultura. Mas o samba é ouvido nas comunidades, nos bares, inventam artefatos e mundos, numa espécie de magia que religa homem e natureza. Constroem
os pais passam aos seus filhos e assim a gente vai fazendo. Cada vez tem mais gente e novos um processo ativo de transmissão de práticas, de valores. Passam seus modos de fazer para outras
sambistas, isso não morre e vai continuar se perpetuando eternamente. gerações, que criam e reinventam o que aprenderam, fazendo com que a cultura tradicional
Eduardo Sá. Gabrielzinho do Irajá: talento da nova geração do samba no partido alto. Mídia Ninja, 27 set. 2019. permaneça viva e dinâmica.
democrático,
Disponível em: https://midianinja.org/eduardosa/gabrielzinho-do-iraja-talento-da-nova-geracao-do-samba-no- O ofício de cada um dos Mestres é sobretudo criação, seja através da festa, da música e da
partido-alto/. Acesso em: 14 mar. 2022.
dança, seja através do trabalho manual, do trabalho experimental. Em tudo o que produzem
existem mãos, ideias e fantasia. […]
2 O que você acha que Gabrielzinho do Irajá quis dizer com esta frase: “hoje em dia Dora Freitas; Silvia Furtado (org.). Livro dos mestres – o legado dos mestres: cultura e tradição popular no Ceará.
sustentável e
está mais difícil porque a mídia está colocando muita coisa que não condiz com a Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2017. p. 36.
nossa verdadeira cultura. Mas o samba é ouvido nas comunidades, nos bares, os
pais passam aos seus filhos e assim a gente vai fazendo.”?
Ações como essa são importantes para a valorização dos saberes tradicionais da cultura bra-
3 Procure na internet algum samba de Gabrielzinho do Irajá. Ouça as canções que sileira. Por meio do reconhecimento da sabedoria adquirida ao longo dos anos, a transmissão do
igualitário.
encontrar, anote o nome de uma delas e do álbum a que pertence e escolha um conhecimento desses mestres também auxilia a sociedade a respeitar e valorizar a figura do idoso.
trecho da letra para copiar no caderno. Depois compartilhe com os colegas suas
impressões sobre a canção.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 67
4 ARTE 8 o ANO
Materiais:
• Dispositivos de gravação e reprodução de áudio (gravador ou smartphone)
EXPLORANDO NA REDE
Pesquisando o samba carioca
Nesta Unidade, você conheceu o samba carioca e seus subgêneros. Duas das
primeiras gravações desses sambas estão disponíveis no acervo on-line do Instituto Moreira
Salles (IMS). O IMS disponibiliza gratuitamente para audição milhares de gravações de
músicas brasileiras de diversos gêneros e épocas.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 115 1 Acesse o site do acervo do IMS:
• Acervo de fonogramas do IMS. Disponível em: https://discografiabrasileira.
com.br/. Acesso em: 24 fev. 2022.
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd 115 5/12/22 10:00 AM
2 Na seção de busca avançada, busque pelo subgênero musical partido-alto,
relacionado ao samba carioca.
3 Selecione as canções “Samba de fato”, de Pixinguinha e Cícero de Almeida
“Baiano” e “Tentação do samba”, de Getúlio Marinho “Amor” e João Bastos
Filho; e ouça-as, clicando no botão de reprodução de áudio.
4 No caderno, anote as seguintes informações:
• título da música;
• autoria (compositores);
• intérpretes;
• data da gravação.
5 Depois, descreva quais são os conteúdos das letras dessas canções, se elas
são cantadas por coros e/ou solistas, quais instrumentos musicais presentes
na gravação você consegue identificar.
ATIVIDADES
6 Investigue em outros sites se existem fotos ou vídeos dos autores ou intérpretes
1. Ouça a faixa 5, que apresenta a canção “Dança do Iá”, um canto de carimbó de domínio das canções escolhidas. Caso encontre, selecione alguns exemplos para exibir
Atividades
5 público, e acompanhe a letra dessa canção. para a turma.
7 Em sala de aula, compartilhe com os colegas todas as informações que pesquisou.
Faceirar: enfeitar-
Dança do Iá -se. No texto,
tem o sentido de
Trocando ideias
Com a fama de dançador colegas e o(a) professor(a).
você desenvolveu
sobre os conteúdos
PEDRO HAMDAN/ID/BR
EM POUCAS PALAVRAS
Em poucas
Nesta Unidade, você:
• identificou as características da musicalidade dos Patrimônios Culturais Imateriais. sam-
ba de roda, carimbó e samba carioca, além de conhecer a musicalidade de rituais
indígenas;
palavras
• cantou e tocou músicas do repertório do samba de roda e do carimbó;
• marcou a pulsação e o ritmo de uma canção;
• pesquisou gravações antigas de música em acervos musicais on-line.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR:
Seção em que
ARTES INTEGRADAS
Atividade
A partir de meados do século XX, as artes visuais, em suas múltiplas expressões (pintura, es-
você vai revisar
complementar:
cultura, gravura, design, etc.), aproximaram-se de outras linguagens artísticas, como a dança, a
música e o teatro. Tais aproximações trouxeram novas possibilidades de expressão para as artes PARA LER, OUVIR E VER
visuais, resultando em criações que não precisavam estar necessariamente em museus para serem
admiradas ou vivenciadas.
os conteúdos
Artes integradas
Nesta “Atividade complementar”, você vai explorar algumas criações derivadas das novas Livros
possibilidades geradas pela aproximação entre essas diferentes linguagens, como os happenings • Festas e danças brasileiras, de Ana Tatit e Maristela Loureiro. São Paulo: Melhoramentos, 2016.
estudados na
e as performances.
No livro, são apresentadas partituras de canções de diferentes manifestações culturais
brasileiras, como o carimbó e o frevo.
JAMES KLOTSY/ACERVO DO FOTÓGRAFO. © JASPER JOHNS/AUTVIS, BRASIL, 2022.
conhecimentos para
O álbum apresenta 11 canções do carimbó contemporâneo.
Audiovisual
• Carimbó, vídeo produzido pelo Iphan. Direção: Eduardo Souza. Brasil, 2011/2013 (16
artísticas.
Para ler, ouvir e ver
Fotografia do estúdio do artista plástico Jasper Johns, que apresenta um collant, peça de vestuário geralmente
usada por bailarinos, sobre uma das telas do pintor. A foto, sem data, representa a parceria entre Johns e o
coreógrafo e dançarino Merce Cunningham.
ARTE 8 o ANO 5
Atividade complementar:
Artes integradas, 34
PEDRO HAMDAN/ID/BR
6 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 7
UNIDADE
Unidade 1
Objetivos: discutir o conceito de patrimônio
cultural e suas diferentes categorias; relacionar
CULTURAL
a preservação do patrimônio cultural à memória
de um povo; explorar a importância dos museus
de arte e de história brasileiros.
Justificativa: por meio da contextualiza-
ção e da fruição de exemplos de patrimônios
brasileiros, os estudantes vão compreender
o conceito de patrimônio e reconhecer a im-
portância da preservação dos espaços, bens
e saberes históricos, culturais e naturais para
a constituição da identidade e da noção de
pertencimento.
Consulte a página XXIV, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
Quando entramos em contato com objetos, construções, celebrações ou lugares que fize-
ram parte de nossa vida em algum momento do passado, podemos nos recordar de diversos
eventos, sentimentos e pessoas. Eles estão relacionados a nossa memória.
O Centro Histórico da cidade de São Luís, capital do Maranhão, é reconhecido como um
patrimônio cultural, pois suas construções apresentam detalhes arquitetônicos e artísticos que são
considerados importantes para a preservação da memória da localidade. Existem muitos casa-
rões em seu conjunto arquitetônico, como o apresentado na foto que abre esta Unidade, que são
revestidos externamente por azulejos de estilo tradicional português. Tal modelo de construção
está relacionado ao período colonial, quando os portugueses trouxeram seus costumes e sistemas
de valores, implantando-os e adaptando-os ao território brasileiro. No caso das fachadas dos
casarões, o revestimento com azulejos, vindos da metrópole portuguesa, tinha também o propó-
sito de refrescar os ambientes, uma maneira de lidar com as altas temperaturas da região. Como
patrimônio cultural, esses casarões devem ser preservados pelos cidadãos e por instituições go-
vernamentais.
Nesta Unidade, o conceito de patrimônio cultural será apresentado e discutido em seus
aspectos tanto materiais como imateriais.
MAPA DA UNIDADE
Competências gerais 1, 2 e 3.
8 ARTE 8 o ANO
Casarões coloniais,
dois deles com fachada
de azulejos no centro
histórico de São Luís (MA).
Foto de 2020.
O tombamento é o instrumento de
reconhecimento e proteção do pa-
trimônio cultural mais conhecido, e
pode ser feito pela administração
federal, estadual e municipal. […]
De acordo com o Decreto [Decre-
to-Lei no 25, de 30 de novembro
de 1937], o Patrimônio Cultural é
definido como um conjunto de bens
móveis e imóveis existentes no País
e cuja conservação é de interesse
público, quer por sua vinculação
a fatos memoráveis da história do
Brasil, quer por seu excepcional valor
arqueológico ou etnográfico, biblio-
gráfico ou artístico. São também
sujeitos a tombamento os monumen- O sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo contém construções remanescentes de uma missão jesuítica dos séculos
tos naturais, sítios e paisagens que XVII e XVIII. Por seu valor histórico, arqueológico e arquitetônico, tornou-se um patrimônio cultural brasileiro. São Miguel
das Missões (RS). Foto de 2017.
importe conservar e proteger pela
feição notável com que tenham sido
10 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
dotados pela natureza ou criados
pela indústria humana.
[…]
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd 10 5/11/22 8:41 AM RUMOS_A
[…] O objetivo do tombamento de
um bem cultural é impedir sua des-
truição ou mutilação, mantendo-o
preservado para as gerações futuras.
Bens tombados. Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/
pagina/detalhes/126.
Acesso em: 21 fev. 2022.
10 ARTE 8 o ANO
A cidade de Diamantina (MG) preserva construções que datam do período colonial; por seu valor histórico, é um
patrimônio cultural brasileiro. Foto de 2016.
ARTE 8 o ANO 11
12 ARTE 8 o ANO
CAVAN-IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
As personagens mascaradas, em fantasias que evocam a imagem de animais como o boi, estão presentes nas
encenações da Festa do Divino em Pirenópolis (GO) como maneira de afastar maus espíritos. Foto de 2020.
Texto complementar invasões, para garantir a produção e Post pintou também cerca de 18 qua-
o escoamento do açúcar, produto de dros, sempre retratando paisagens, en-
No período da missão holandesa no Brasil, no
século XVII, o pintor holandês Frans Post (1612- exportação mais valioso da época. quanto esteve no Brasil. Ao voltar para a
-1680) foi contratado por Maurício de Nassau Entre 1636 e 1644, esse governo foi Holanda, em 1644, continuou pintando
(1604-1679) especialmente para retratar as pai- chefiado pelo conde José Maurício de a óleo uma centena de paisagens bra-
sagens brasileiras. Nassau-Siegen (1604-1679), que, para sileiras, baseadas em seus esboços e
documentar seus feitos na colônia, desenhos […].
Os holandeses ocuparam o Nordeste
do Brasil durante cerca de 30 anos. trouxe em sua comitiva pintores como
equiPe BrasiLiana iconográfica. O legado dos
Depois de uma tentativa frustrada de Albert Eckhout e Frans Post, o médico
artistas de Maurício de Nassau. Brasiliana
dominar a Bahia, em 1624, instalaram Willem Piso, o biólogo e cartógrafo Iconográfica, 28 maio 2021. Disponível em:
o governo colonial em Recife, em 1630. Georg Marcgraf, entre outros homens https://www.brasilianaiconografica.art.br/
Criaram a Companhia das Índias Oci- da ciência. artigos/20259/o-legado-dos-artistas-de-
dentais, que organizou e financiou as […] mauricio-de-nassau. Acesso em: 26 fev. 2022.
14 ARTE 8 o ANO
ABEL LIMA/FOTOARENA
formação formal e valorização do movimento são alguns
decorativa da
parte frontal de
dos aspectos presentes na arte barroca, cujo
uma construção. contexto de ocorrência revela os contrastes do
período no tocante a valores medievais, como
a espiritualidade e o teocentrismo, em oposição
ao racionalismo e ao antropocentrismo do Re-
nascimento. Na arquitetura, o Barroco inspirou
fortemente a construção de igrejas.
A arte barroca chegou ao Brasil por influência
da colonização portuguesa, onde adaptou-se
e ganhou traços próprios.
ARTE 8 o ANO 15
LEO CALDAS/AFP
à humanidade. a
e
O trecho a seguir, extraído do site do c
Iphan, descreve alguns protocolos seguidos
internacionalmente para aprovar o reco-
nhecimento de Patrimônio Mundial a bens
culturais e naturais.
MOISES SABA/TYBA
são avaliadas por organismos técni-
cos consultivos, segundo a natureza
do bem em questão, e a aprovação
final é feita anualmente pelo Comitê
do Patrimônio Mundial, integrado
por representantes de 21 países.
Patrimônio Mundial Cultural e Natural. Iphan.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/
pagina/detalhes/29. Acesso em:
21 fev. 2022.
Visitante no Parque
Nacional Serra da
Capivara (PI).
Foto de 2018.
16 ARTE 8 o ANO
CAVAN IMAGES/ALAMY/FOTOARENA
TCTs – Educação Ambiental
O trabalho desse assunto com os estudantes
desenvolve o Tema Contemporâneo Transversal
Meio Ambiente: Educação Ambiental. Esse
é um importante momento para problematizar
com a turma o desafio diário de preservação do
meio ambiente por meio de ações cotidianas,
como o uso racional da água, o consumo res-
ponsável e os processos de reciclagem, que
minimizam os impactos ambientais.
Indicações
• Costa, Francisco Wendell Dias; aguiar, Patrícia
Rosa. A formação da cidadania ecológica
articulada à educação ambiental na escola.
Revista Cerrados (Unimontes), v. 18, n. 2,
2020. Disponível em:https://www.redalyc.
Complexo de Conservação da Amazônia Central. Parque Nacional de Anavilhanas (AM). Foto de 2020. org/journal/5769/576962806013/html/.
Acesso em: 23 fev. 2022.
A imagem apresenta uma dessas formações, que compreende a grande
área da Bacia Amazônica, localizada no estado do Amazonas. Essa é uma
Biodiversidade: Os autores do artigo encaram a escola como
das regiões mais ricas do planeta em termos de biodiversidade, onde vive, conjunto de o espaço principal para a formação de su-
todos os seres
por exemplo, a maior variedade de peixes elétricos do mundo. vivos existentes
jeitos ecológicos, por meio da Educação
No Brasil, a Unesco reconhece sete sítios como Patrimônio Mundial Na- em determinada Ambiental.
região ou época.
tural. São eles: Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná; Reservas da Mata • Monteiro, Marluce Maria Costa. Educação
Atlântica da Costa do Descobrimento, no sul da Bahia e norte do Espírito Ambiental: um estudo sobre a formação dos
Santo; Reservas da Mata Atlântica do Sudeste, nos estados de São Paulo e princípios de cidadania. Revista Getec, v. 8,
Paraná; Área de Conservação do Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso n. 21, 2019. Disponível em: https://www.
do Sul; Complexo de Conservação da Amazônia Central, nos estados do
fucamp.edu.br/editora/index.php/getec/
Amazonas e de Roraima; Ilhas Atlânticas Brasileiras: Fernando de Noronha e
article/view/1906. Acesso em: 23 fev. 2022.
Atol das Rocas; e Áreas Protegidas do Cerrado: Parques Nacionais da Cha-
pada dos Veadeiros e das Emas, em Goiás. No artigo, a autora destaca a importância
de uma abordagem interdisciplinar para a
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 17
implementação de uma Educação Ambiental
efetiva e criadora de uma nova visão sobre
o planeta.
8:41 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd 17 5/11/22 8:41 AM
ARTE 8 o ANO 17
18 ARTE 8 o ANO
11 Imprima ou faça cópias do folheto e distribua aos estudantes das outras turmas e aos
funcionários da escola.
ARTE 8 o ANO 19
Grupo de jongo no
Quilombo Boa Esperança,
em Presidente Kennedy (ES).
Foto de 2019. O jongo
tornou-se um patrimônio
imaterial pelo Iphan
em 2005.
20 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 21
22 ARTE 8 o ANO
7 Terminada a modelagem, espere a argila secar por pelo menos 24 horas. De-
pois de seca, utilize a tinta guache para pintá-la.
8 Compartilhe o resultado com a turma e conte como foi sua experiência: Por
que você escolheu essa figura? Como foi o processo de decorá-la com lante-
joulas e pintá-la com tintas de cores diferentes?
ARTE 8 o ANO 23
ser trabalhados na próxima etapa com base no informações que serão apresentados, de acordo
É importante que os estudantes vejam e/ou valor que eles acreditam que o bem tenha para com o recorte do tema, mas também na forma
participem dos bens culturais pessoalmente; a identidade e a memória de uma comunidade de apresentação desses elementos em uma de-
então, estimule a ocupação de espaços públi- e/ou para si mesmos. monstração expositiva, preocupando-se tanto com
cos, integrando as pessoas e desenvolvendo o visual quanto com o tempo de apresentação.
um olhar estético e uma fruição que somente Caso não haja patrimônios culturais cadastra-
a pesquisa indireta não seria capaz de oferecer. dos no município em que se localiza a escola,
oriente os estudantes a conversar com familiares, TCTs – Educação para o Trânsito
Por isso, incentive os estudantes a formar gru-
pos de visita com os quais possam vivenciar os colegas e professores sobre praças, práticas Esse é um excelente momento para desenvolver
patrimônios escolhidos por outros. Isso também artísticas e culturais, celebrações, feiras, comidas com a turma o Tema Contemporâneo Transversal
facilita o acesso dos estudantes aos locais, pois típicas, construções, entre outros elementos que Cidadania e Civismo: Educação para o Trânsi-
apenas um adulto responsável precisa estar são considerados importantes para o município to. Se possível, planeje a visita aos patrimônios
junto ao grupo. Caso julgue adequado, sugira e para a comunidade. Peça a eles que elaborem culturais com os estudantes considerando incluir
à diretoria da escola uma saída pedagógica um pequeno texto, explicando as razões de esses explicações sobre as características fundamentais
que contemple os elementos selecionados elementos serem considerados patrimônios. do trânsito, explicitando os direitos e os deveres
pela turma e visite-os em conjunto. dos pedestres e dos motoristas. Incentive-os a
É importante demonstrar aos estudantes a ne-
Solicite aos estudantes que façam a cessidade de se pensar não apenas na seleção identificar os sinais de trânsito e explique a eles
seleção dos elementos culturais que vão de imagens, desenhos, anotações, depoimentos e aspectos da sinalização básica.
24 ARTE 8 o ANO
Etapa 3 – Catalogação
1 Para a catalogação das fichas elaboradas pela turma, criem uma pasta em um
serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos.
5 Vocês podem também fazer uma versão física dessa pasta, utilizando uma pasta
catalográfica, que pode ser disponibilizada na biblioteca da escola.
ARTE 8 o ANO 25
DIEGO GRAND/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
público e com pesquisadores, atuando como um
mediador cultural ativo, ou seja, disponibilizando
seu acervo à visitação e a estudos e pesquisas
sobre suas obras e o contexto em que estão
inseridas. Nesse sentido:
VANESSA RUNG/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
v. 12, n. 1, p. 168-179, jan./jul. 2016.
Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/
ouvirouver/article/view/31216. Acesso em:
14 mar. 2022.
26 ARTE 8 o ANO
Sala das Sessões do Museu Mineiro. Belo Horizonte (MG). Foto de 2018.
ARTE 8 o ANO 27
28 ARTE 8 o ANO
JR MANOLO/FOTOARENA
similares. É importante recordar esses incidentes
e a impossibilidade de recuperação de certos
artefatos históricos, arqueológicos, naturais,
entre outros. Na internet, é possível encontrar
diversas reportagens e artigos que abordam a
dimensão das perdas causadas pelo incêndio do
Museu Nacional e que podem ser compartilhados
com os estudantes.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 29 Essas questões podem auxiliar nas discussões
com os estudantes, demonstrando a importância
das medidas de preservação e da ação dos pes-
quisadores, responsáveis por manter um registro
8:41 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN1_008A033.indd 29 5/11/22 8:42 AM
Sugestão de atividade Promova uma conversa com a turma contextua- desses bens culturais por meio de estudos.
lizando como as pessoas com problemas de saúde
Convide os estudantes a fazer um levanta- mental eram tratadas no início do século XX e a
mento de museus que conhecem e de que já transformação da abordagem de Nise da Silveira,
tenham ouvido falar, mas que não se relacionem a que utilizava a arte como maneira de proporcionar
artefatos históricos, etnográficos e arqueológicos, um tratamento mais humanizado a seus pacientes.
como o Museu do Futebol, em São Paulo (SP),
o Museu de Cera, na Inglaterra, o Museu do Aproveite o momento para discutir a saúde
mental, perguntando aos estudantes como cuidam
Ramen, no Japão, e o Museu dos Frascos de Sal
da própria saúde e o que fazem para cuidar da
e Pimenta, nos Estados Unidos. Apresente a eles mente. Você pode destacar a importância da arte
a ideia do Museu de Imagens do Inconsciente, na promoção da saúde mental. Se julgar adequa-
fundado em 1952 pela psiquiatra Nise da Silveira do, aprofunde essa temática, conversando sobre
(1905-1999), mostrando a eles a página do sintomas de ansiedade e de depressão e outras
museu (disponível em: http://www.ccms.saude. questões relacionadas à saúde mental, abrindo o
gov.br/museuvivo/index.php; acesso em: 1 jun. diálogo com eles. Conte com a direção e a coor-
2022) e explorando algumas das produções denação da escola caso identifique estudantes que
apresentadas na seção “Obras/Biografias”. precisem de ajuda.
ARTE 8 o ANO 29
3 Iniciem a visita ao museu. Para explorá-lo, utilizem o mouse clicando com o botão
direito e arrastando para a direção que vocês queiram ir, ou deixem o vídeo re-
produzir a visita automaticamente.
30 ARTE 8 o ANO
Visita virtual ao
Museu Nacional
5 Depois de visitar o museu, elaborem um roteiro de visitação ao local. como era antes
do incêndio de
2018. Captura
6 O roteiro de visitação deve conter: de tela em
março de 2022.
• descrição das diferentes salas e ambientes do museu;
• indicação das principais obras, com um resumo de suas características
artísticas e históricas;
• dicas do grupo sobre os ambientes e salas que vocês acharam mais
interessantes.
ARTE 8 o ANO 31
32 ARTE 8 o ANO
Trocando ideias
ARTE 8 o ANO 33
MAPA DA UNIDADE
Competências gerais 2 e 3.
34 ARTE 8 o ANO
Conhecer
CONHECER Esta “Atividade complementar” busca de-
monstrar a possibilidade de criação englobando
mais de um campo de produção artística.
Trata-se de uma contribuição das mudanças
Colaboração e diálogos entre diferentes linguagens artísticas ocorridas ao longo do século XX nas artes
No volume 6 desta coleção, você conheceu o trabalho do bailarino e coreógrafo estaduni- visuais, que, especialmente na década de 1960,
dense Merce Cunningham (1919-2009) e as inovações coreográficas que foram frutos de seu ampliaram suas possibilidades de produção.
processo criativo. Cunningham buscou nos movimentos cotidianos (como andar, correr, dobrar,
pular e alongar) modos de pensar e inspirar suas produções artísticas. Em Michael Archer, em seu livro Arte contempo-
suas coreografias, propôs a utilização de movimentos corriqueiros e não rânea: uma história concisa, aborda a inserção
dramatizados, pois entendia que, na dança, a movimentação corporal
Hegemônico: de novas formas de produzir arte a partir da
não deveria necessariamente representar emoções ou contar uma história,
condição de década de 1960, ampliando as noções desse
preponderância
como ocorre mais frequentemente na concepção hegemônica de dança. de um elemento
campo:
sobre outro, quando
Dessa maneira, Cunningham inaugurou uma aproximação entre a dan- alguma coisa,
ça e o cotidiano. Em suas aulas, não era requerido que os estudantes tives- pessoa ou ideia No início dos anos [19]60, ainda era
sem um conhecimento anterior de dança, ou seja, eles não precisavam ter tem impacto ou possível pensar nas obras de arte
influência maior em
frequentado aulas de balé clássico ou de dança moderna, pois as produ- relação aos demais.
como pertencentes a uma de duas
ções do coreógrafo se espelhavam em movimentos comuns, realizados pelas amplas categorias: a pintura e a es-
pessoas em situações do dia a dia. cultura. As colagens cubistas e outras,
O conceito de acaso também foi uma prioridade nos trabalhos de Cunningham. A duração, a performance futurista e os eventos
a sequência dos movimentos e o papel dos dançarinos em uma coreografia eram estabelecidos dadaístas já haviam começado a
aleatoriamente, determinados por procedimentos semelhantes aos de um jogo de probabilida- desafiar este singelo “duopólio”, e a
des, como cara ou coroa. O experimento era o ponto focal de suas obras. fotografia reivindicava, cada vez mais,
Merce Cunningham analisou seu trabalho na construção de coreografias da seguinte maneira:
seu reconhecimento como expressão
artística. No entanto, ainda persistia
a noção de que a arte compreende
Um dos elementos que distinguem o meu trabalho das coreografias tradicionais, sejam elas
essencialmente aqueles produtos do
clássicas ou modernas, é certamente esse alargamento das possibilidades.
esforço criativo humano que gostaría-
[…] mos de chamar de pintura e escultura.
Comecei com a ideia de que, antes de tudo, qualquer tipo de movimento podia ser dança. Depois de 1960 houve uma decom-
Não expressei isso assim na época, mas achava que qualquer tipo de movimento podia ser usado posição das certezas quanto a este
como movimento de dança, que não havia limites nesse sentido. Então evoluí para uma ideia de sistema de classificação.
que cada dança devia ser diferente, ou seja, o que se encontra em uma dança no que diz respeito Archer, Michael. Arte contemporânea:
a movimento deve ser diferente do que se usou nas danças anteriores. O que estou tentando uma história concisa. São Paulo:
dizer com isso é que na busca por movimento eu procurava algo que não conhecia, mais do que Martins Fontes, 2012. p. 1.
algo que já conhecia.
Merce Cunningham. O dançarino e a dança: conversas com Jacqueline Lesschaeve.
Rio de Janeiro: Cobogó, 2014. p. 14-37.
ARTE 8 o ANO 35
FUNDAÇÃO ROBERT RAUSCHENBERG, NOVA YORK. ©ROBERT RAUSCHENBERG FOUNDATION/AUTVIS, BRASIL, 2022.
O expressionismo abstrato, o pri-
meiro dos grandes movimentos ar-
tísticos do pós-guerra, originou-se
do surrealismo, o movimento mais
importante do período imediatamen-
te anterior à guerra. O surrealismo
superara o dadaísmo em Paris no
início da década de 1920, e foi André
O coreógrafo Merce
Breton, sua figura principal, que Cunningham e o
talvez o tenha definido mais satisfa- músico John Cage.
Nova York, Estados
toriamente no Primeiro Manifesto Unidos. Foto de 1968.
Surrealista de 1924.
[…] Essa ideia de uma “dinâmica O artista visual estadunidense Robert Rauschenberg (1925-
Expressionismo
contínua” teria papel importante -2008) também colaborou com as obras de Cage e Cunningham. abstrato: movimento
De fato, a companhia de dança de Merce Cunningham realizou, em
no expressionismo abstrato e, so- artístico da década de
parceria com os três artistas, dezenas de espetáculos cujos elemen- 1950, com origem nos
bretudo, na obra de Jackson Pollock tos coreográficos, sonoros e visuais se combinavam em uma estéti- Estados Unidos.
(1912-1956). O próprio Gorky não ca definida pelo acaso. Rauschenberg se inspirou em conceitos do
conseguiu levá-la mais adiante. Expressionismo abstrato e da Arte Pop para compor visualmente os cenários e os figurinos do
Lucie-Smith, Edward. Os movimentos espetáculo Travelogue (na tradução do inglês para o português, “Registro de viagem”), lançado
artísticos a partir de 1945. São Paulo: em 1977.
Martins Fontes, 2006. p. 15.
36 ARTE 8 o ANO
de ambos.
[…] “O que me interessa é aquilo que só pode existir quando dois ou três desses elementos são
colocados juntos, aquilo que nenhum deles poderia produzir sozinho e só aparece com a junção.”
[…] “Tento fazer o palco ficar mais perto de como as coisas acontecem na natureza” […].
Agência Estado. Merce Cunningham apura o significado da dança. Estadão, 6 jul. 2004. Disponível em:
https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,merce-cunningham-apura-o-significado-da-danca,20040706p4322.
Acesso em: 23 fev. 2022.
ARTE 8 o ANO 37
GETTY IMAGES
18 happenings in 6 parts, happening de Allan Kaprow, em 1959. Neste happening, o público recebia cartões com
instruções de como participar.
Texto complementar News. No artigo, ele argumenta que foi o de fato, o espaço por eles habitado.
“gesto memorialista” de Pollock sua maior Também de grande importância para
A crítica e curadora de arte Gillian Sneed aborda
contribuição para a arte de vanguarda. Kaprow foram as escalas imensas das
no trecho a seguir a influência das obras do pintor
Ao colocar suas telas no chão, ele foi obras de Pollock. Seus tamanhos gigan-
estadunidense Jackson Pollock (1912-1956) no
capaz de, literalmente, entrar na pintura tescos transformavam as pinturas em
estabelecimento do conceito de happening por
enquanto trabalhava. Kaprow também “ambientes”. Ao invés de alargar seus
Allan Kaprow (1927-2006).
elogia em Pollock o não respeito pelos quadros para o interior e na direção de
Tendo começado como um pintor de limites retangulares da tela “em favor de um ponto de fuga distante, seus gestos
ação, as experiências e observações de um movimento contínuo em todas as e sinais não permaneceram apenas na
Kaprow sobre os avanços no seu estilo direções, ao mesmo tempo”. superfície – como Greenberg argumen-
de pintura foram o que o levou a desen- Dessa forma, o observador foi força- tou – mas sim estenderam-se para a
volver o conceito de happenings. Em do a participar mais ativamente da sala. A pintura chegou aos espectadores,
outubro de 1958, o pintor de 31 anos obra, dando continuidade, em sua tornando-os “participantes e não apenas
de idade publicou seu ensaio seminal própria mente, aos gestos de Pollock, observadores”.
“O Legado de Jackson Pollock” na Art onde as bordas da tela passaram a ser, […]
38 ARTE 8 o ANO
Em 1961, Kaprow começou a elaborar que não podem ser repetidos. Além os elementos – pessoas, espaço, os
os happenings através de escritos, prá- disso, os happenings devem “eliminar a materiais particulares e característi-
tica que continuaria durante o resto arte e qualquer coisa que remotamente cas do ambiente, o tempo – possam
de sua vida. Happenings, escreve ele, a sugere, assim como evitar as galerias ser integrados… fazendo com que o
“são eventos que, em poucas palavras, de arte, teatros, salas de concerto e último vestígio da convenção teatral
acontecem…” […]. outros empórios da cultura”. [desapareça]”.
Happenings não têm “nenhum plano, Assim como os happenings deveriam Sneed, Gillian. Dos happenings ao diálogo:
nenhuma ‘filosofia’ óbvia, e concreti- renunciar às convenções artísticas, eles legado de Allan Kaprow nas práticas artísticas
“relacionais” contemporâneas. Revista Poiésis,
zam-se de forma improvisada, como deveriam também renunciar às conven- n. 18, p. 169-187, dez. 2011. Disponível
o jazz…”. Eles envolvem o acaso e ções teatrais. Ao contrário das peças de em: http://www.poiesis.uff.br/PDF/poiesis18/
comportam possíveis falhas, tornan- teatro, eles não deveriam ser ensaiados Poiesis_18_TRAD_Happenings.pdf.
do-os mais parecidos com a vida do ou encenados por profissionais. Acima Acesso em: 23 fev. 2022.
que com a arte. Da mesma forma, ao de tudo, “a ideia de audiência deve
contrário dos objetos de arte, eles não ser eliminada completamente”, escre-
são mercadorias, mas eventos breves, ve Kaprow em 1966, para que “todos
ARTE 8 o ANO 39
Parangolé, de
Hélio Oiticica.
Foto de 1972.
40 ARTE 8 o ANO
Parangolés, obra de Hélio Oiticica, no Museu de Arte Moderna de Frankfurt, Alemanha. Foto de 2013.
ARTE 8 o ANO 41
42 ARTE 8 o ANO
João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. Em: João Cabral de Melo Neto. Obra completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 105-106.
ARTE 8 o ANO 43
Tais imagens, gravadas por Colker e Assis, foram posteriormente projetadas no cenário em que
o espetáculo foi apresentado. Os dançarinos, cobertos por lama, evocando também o poema de
João Cabral, se movimentam enquanto se misturam e se fundem às imagens dessa expedição.
44 ARTE 8 o ANO
Pesquisar
PESQUISAR
A atividade proposta nesta etapa pode ser
realizada como uma atividade avaliativa diagnós
tica e formativa, pois possibilita que você avalie
Pesquisa 1 – Diálogos entre linguagens no patrimônio os conteúdos conceituais (objeto de pesquisa),
cultural brasileiro procedimentais (ação de pesquisa) e atitudinais
Nesta “Atividade complementar”, discutimos as relações entre as distintas linguagens artísti-
(relação ética com as fontes e posicionamento
cas e as produções resultantes desses diálogos. Com base nesse conhecimento, você vai realizar
diante delas) dos estudantes. Sobre avaliação,
uma atividade de pesquisa para encontrar exemplos de manifestações culturais dos patrimônios
consulte a página XIX das “Orientações gerais”
imateriais brasileiro e mundial em que haja a aproximação de linguagens artísticas, como as artes deste Manual do Professor.
visuais, a dança, o teatro e a música, e seus desdobramentos em ações de performance, moda, Ao organizar os estudantes em grupos,
eventos culturais, etc. considere seus conhecimentos sobre a turma
e incentive a empatia e a cooperação entre
1. Organizem-se em grupos de três ou quatro estudantes. eles, de modo a desenvolverem a capacidade
de escuta do outro, a empatia e a colaboração.
2. Utilizando a internet, livros, jornais, revistas e outros materiais impressos ou audiovisuais,
escolham uma manifestação cultural brasileira que seja um patrimônio artístico imaterial Esta atividade de pesquisa tem como objetivo
para pesquisar de maneira mais aprofundada. Registrem as fontes consultadas nesta eta- ampliar o conhecimento dos estudantes sobre
pa da pesquisa. o patrimônio cultural, mais especificamente os
patrimônios imateriais. A consulta de fontes
3. Observem e identifiquem as linguagens artísticas presentes na manifestação cultural escolhi- confiáveis para a pesquisa deve ser orientada,
da e descrevam quais são elas. Por exemplo, no caso dos bonecos gigantes do Carnaval e os estudantes devem compreender quais
de Olinda, cujo modo de fazer é considerado um patrimônio imaterial, a confecção das são os sites oficiais das instituições protetoras
armações, assim como o formato, as cores e os enfeites dos bonecos, envolve componentes dos patrimônios e localizálos, bem como as
das artes visuais; o cortejo animado de bonecos e foliões envolve componentes de dança; publicações bibliográficas sobre o tema que te
e as canções e as marchinhas que dão ritmo à festa envolvem componentes de música. nham validade para a discussão, amparando os
argumentos e exercitando a leitura inferencial,
4. Após o recolhimento dessas informações, preparem uma apresentação oral sobre a mani-
permitindo, assim, a identificação de falácias.
festação cultural escolhida pelo grupo:
Além das sugestões dispostas no Livro
• Apresentem a manifestação indicando o nome dela, a localidade onde é realizada,
as razões de ter se tornado um patrimônio (salvaguardar o modo de fazer, preservar a
do Estudante para a pesquisa, você pode
tradição, reconhecer seu valor cultural, etc.) e as características gerais de sua realização
inserir outras opções de consulta, assim
(tipos de dança, música, vestimentas, adereços, etc.).
como outras propostas relativas ao anda
mento/desenvolvimento da pesquisa.
• Com o auxílio de imagens e vídeos, indiquem as linguagens artísticas que estão envol-
vidas nessa manifestação, em que momentos elas ocorrem e de que maneira elas dialo- A atividade pode ser realizada em espaços da
gam e realizam trocas entre si. Para isso, vocês podem preparar uma apresentação de escola, como a biblioteca e a sala de informática,
slides e/ou confeccionar cartazes. de modo que os estudantes sejam orientados
a buscar fontes de referência pertinentes para
• Façam uma breve consideração final sobre o tema abordado, pontuando ideias que
a estruturação da pesquisa.
surgiram ao longo da pesquisa, dificuldades encontradas e dúvidas que não foram res-
pondidas com as referências encontradas. A apresentação final deverá ser realizada
em forma de seminário, podendo ser utilizados
recursos audiovisuais como slides ou cartazes.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 45 Promova um ambiente acolhedor para a apre
sentação, garantindo que todos sejam ouvidos
e respeitados.
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ARTE 8 o ANO 45
Aproveite o momento da apresentação dos 3. Dividam os temas de acordo com a preferência e a afinidade dos grupos ou realizem um
grupos para trabalhar com a turma a argumen- sorteio para definir a pesquisa de cada um.
tação e a inferência, incentivando os estudantes
a embasar seus argumentos nos conheci- 4. Os grupos devem realizar a pesquisa por meio de consulta a internet, jornais, revistas e
mentos adquiridos no decorrer do estudo da documentários.
Unidade, em seus conhecimentos prévios e em
suas vivências, exercitando a argumentação 5. Após a finalização da pesquisa, reúnam as informações coletadas e montem uma apresen-
e a inferência. Caso você identifique alguma tação para ser feita com a turma.
informação questionável ou pouco embasada no
decorrer da conversa, oriente-os a buscar mais 6. Por fim, com base nas apresentações, discutam as diferentes linguagens exploradas por Oiti-
cica nos Parangolés, assim como de que maneira as escolhas de materiais e locações para
dados em fontes confiáveis, como o próprio
as performances se relacionam com a inspiração e os objetivos do artista para esse projeto.
Livro do Estudante e livros e artigos citados
no “Referencial bibliográfico comentado”, além
de revistas e sites confiáveis. Procure também
orientá-los na identificação e na desconstrução
de falácias, indicando que devem sempre voltar
aos textos estudados e conferir as fontes de
46 ARTE 8 o ANO
Criar
CRIAR
Nesta etapa, os estudantes realizam prá-
ticas artísticas que exploram a multimo-
dalidade das linguagens artísticas, o que
Agora é sua vez de vivenciar a experiência do Parangolé, utilizando tecidos coloridos e a permite que exercitem os fundamentos das
movimentação de seu corpo nesta proposta artística. metodologias ativas por meio da aprendiza-
gem colaborativa.
Materiais: Incentive os estudantes a acolher as
• Dois ou três pedaços de tecidos com • Tesoura com pontas arredondadas diferenças e a tratá-las com respeito. Ao
cores e texturas diferentes (algodão, • Alfinetes de segurança trabalhar coletivamente com eles, o convívio
viscose, TNT, etc.). Dimensões: em sala de aula é enriquecido e a interação
1,40 m × 2 m.
social e a aprendizagem são potencializadas
por meio da aprendizagem colaborativa (me-
Como fazer: todologias ativas), levando a um processo de
1. Selecione os pedaços de tecido e amarre-os a seu corpo de maneira que fiquem partes ensino-aprendizagem significativo.
soltas deles. Você pode amarrá-los nos braços, nas pernas, no quadril ou nos ombros, por
exemplo. Lembre-se de que são as partes soltas do tecido que vão valorizar os movimentos Você pode trabalhar esta etapa como uma
corporais. Os tecidos podem ser presos ao corpo e uns aos outros com nós, mas você pode atividade avaliativa diagnóstica e formativa,
também prendê-los com alfinetes. avaliando o desenvolvimento dos estudantes
em conhecimentos procedimentais (materiais e
2. Com os colegas e o(a) professor(a), selecione um samba para fazer parte da experimenta- processos artísticos) e atitudinais (relação com
ção do Parangolé.
os colegas em trabalhos coletivos). Sobre ava-
liação, consulte a página XIX das “Orientações
gerais” deste Manual do Professor.
Os estudantes devem explorar diferentes
tipos de tecido, misturando texturas, cores e
estampas. Providencie previamente os ma-
teriais para o desenvolvimento da atividade,
certificando-se de que serão disponibilizados
tecidos de diferentes cores e texturas.
FABIO EIJI SIRASUMA/ID/BR
ARTE 8 o ANO 47
7. Assistam ao vídeo gravado, façam uma roda de conversa para compartilhar as impressões
de cada um sobre a experiência de criar um Parangolé e vivenciá-lo, e discutam o resultado
que os movimentos e as cores dos tecidos produziram.
48 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 49
UNIDADE
Unidade 2 PATRIMÔNIO
Objetivos: conhecer diferentes manifesta-
ções de danças brasileiras e estrangeiras que CULTURAL
são Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco;
analisar danças populares por meio dos fatores
de movimento do teórico da dança Rudolf Laban
(1879-1958); explorar novos movimentos na
criação em dança, utilizando elementos das
danças populares nacionais e internacionais;
valorizar os mestres da tradição na cultura
popular brasileira.
Justificativa: para o sucesso no ensino-
-aprendizagem em dança, é fundamental que
os estudantes tenham contato com diferentes
manifestações de dança, nacionais e interna-
cionais, reconhecidas como patrimônio cultural
mundial pela Unesco, ampliando o repertório
artístico-cultural deles e valorizando saberes de
diferentes matrizes étnico-culturais. O repertó-
rio de movimentos dos estudantes é ampliado
ao conhecerem os fatores de movimento de
Rudolf Laban e ao vivenciarem processos
criativos com base neles.
Consulte a página XXVIII, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
MAPA DA UNIDADE
Dança como patrimônio imaterial pelo mundo; Dança como patrimônio imaterial no
Conteúdos Brasil; Roda de capoeira; Samba de roda do Recôncavo Baiano; Frevo; A dança nos
patrimônios culturais brasileiros; O movimento na dança; Criação de coreografias.
50 ARTE 8 o ANO
Roda de capoeira
em Cachoeira (BA).
Foto de 2014.
ARTE 8 o ANO 51
52 ARTE 8 o ANO
[…] Eminentemente:
i. representar uma obra-prima do gênio criador humano; em alto grau;
acima de tudo.
ii. testemunhar um intercâmbio de valores humanos considerável,
Geológico:
durante um período concreto ou em uma área cultural do mundo deter- referente à
minada, nos âmbitos da arquitetura ou tecnologia, das artes monumen- Geologia, ciência
tais, do planejamento urbano ou da criação de paisagens; que estuda as
iii. fornecer um testemunho único ou excepcional, sobre uma tradi- origens da Terra e
as transformações
ção cultural ou uma civilização viva ou desaparecida;
sofridas pelo
iv. ser um exemplo eminentemente representativo de um tipo de planeta.
construção ou de conjunto arquitetônico ou tecnológico, ou de paisagem Geomórfico:
que ilustre um ou vários períodos significativos da história humana; referente à
v. ser um exemplo relevante de formas tradicionais de assentamento Geomorfologia,
humano ou de utilização da terra ou do mar, representativas de uma cultura (ou estudo da
evolução
de várias culturas), ou de interação do homem com seu meio, sobretudo quando
das formas
este tornou-se vulnerável devido ao impacto causado por alterações irreversíveis; geográficas.
vi. estar direta ou materialmente associado a acontecimentos ou tradi- Fisiográfico:
ções vivas, ideias, crenças ou obras artísticas e literárias que têm um signifi- referente à
cado universal excepcional. (O Comitê considera que este critério deva ser Geografia
utilizado preferentemente de modo conjunto com os outros critérios). física, ciência
que descreve
vii. representar fenômenos naturais ou áreas de beleza natural e de
os aspectos
importância estética excepcionais; dos fenômenos
viii. ser exemplos eminentemente representativos das grandes fa- naturais.
ses da história da Terra, incluído o testemunho da vida, de processos In situ: expressão
geológicos em curso na evolução das formas terrestres ou de elementos do latim que
significa “no
geomórficos ou fisiográficos significativos; local”.
ix. ser exemplos eminentemente representativos dos processos eco-
lógicos e biológicos em curso na evolução e no desenvolvimento de
ecossistemas e de comunidades de plantas e animais terrestres, aquáticos,
costeiros e marinhos;
x. conter os habitats naturais mais representativos e mais importantes
para a conservação in situ da diversidade biológica, compreendidos aqueles
nos quais sobrevivem espécies ameaçadas que tenham um Valor Universal
Excepcional desde o ponto de vista da ciência ou da conservação. […]
Patrimônio mundial: fundamentos para seu reconhecimento – A convenção sobre proteção do
patrimônio mundial, cultural e natural, de 1972: para saber o essencial. Brasília: Iphan, 2008.
p. 16 e 17. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Cartilha_do_
patrimonio_mundial.pdf. Acesso em: 23 fev. 2022.
ANTON VELIKZHANIN/ALAMY/FOTOARENA
É comum que, nas manifestações populares,
as linguagens artísticas de dança, música, Nas culturas argentina e uruguaia, o tan-
artes visuais, entre outras, estejam mescla- go é bastante praticado nos tradicionais salões
das. Os movimentos corporais, a vocalização de dança de suas respectivas capitais, Buenos
dos cânticos, a musicalidade, a execução de Aires e Montevidéu. Em pares enlaçados, os ca-
sais executam passos com mudanças frequentes
instrumentos musicais e a utilização de objetos
de direção, cruzamento de pernas, movimentos
simbólicos ou alegóricos, por exemplo, podem firmes, posições dramáticas e giros.
fazer parte de uma mesma expressão. Assim,
é importante que tanto a observação como a
prática de tais expressões culturais considerem
essa multiplicidade de linguagens.
Casais dançam tango
Indicações em uma competição.
Buenos Aires,
• Sem roSto colado: Argentina restringe tan- Argentina. Foto
de 2016.
go por pandemia do covid-19. CNN Bra-
sil, 18 mar. 2020. Disponível em: https:// • Dança de máscaras no Festival de Drametse
www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/
Durante o Festival de Drametse, no Butão, país do continente asiático,
sem-rosto-colado-argentina-restringe- ocorre uma dança em que 16 bailarinos utilizam máscaras de madeira que
tango-por-pandemia-do-covid-19/. Acesso representam animais. Os dançarinos também usam vestimentas monásticas
em: 10 mar. 2022. e suas movimentações são acompanhados por uma orquestra formada por
Durante a pandemia de covid-19, muitas Monástico: relativo tambores, trompetes e gongo. Na dança, há duas partes diferentes: uma
aos hábitos de seção de movimentos mais acelerados, que simbolizam os deuses tempes-
apresentações artísticas ao redor do mundo monge, à vida
foram impactadas. Com o tango não foi em mosteiro.
tuosos, e outra seção de movimentos mais calmos, como uma maneira de
representar os deuses pacíficos.
diferente. Leia a matéria para saber mais
sobre o assunto e, se julgar adequado,
MICHAEL BRACEY/ALAMY/FOTOARENA
compartilhe-a com a turma.
Dança de máscaras
no Festival de
Drametse, no Butão.
Foto de 2015.
54 ARTE 8 o ANO
FRANCOIS-XAVIER FRELAND/UNESCO
O desenvolvimento desse assunto é uma boa
norte do Malauí, país da África Oriental,
oportunidade de trabalhar o Tema Contempo-
curam seus doentes por meio de um ritual que
râneo Transversal Multiculturalismo: Diversi-
envolve a dança. Eles são tratados durante
algumas semanas ou meses por curandeiros
dade Cultural. Converse com os estudantes
que têm uma casa nas aldeias reservada
sobre a importância de respeitar e valorizar
para os pacientes, conhecida como temphiri. as diferentes culturas e suas manifestações
Uma vez que o diagnóstico é feito, os doen- nas danças populares. Peça a eles que deem
tes passam por um ritual de cura. Para isso, exemplos de como podem contribuir para o
as mulheres e as crianças da aldeia formam respeito às diferentes danças de todo o mundo,
um círculo ao redor do paciente, que lenta- orientando-os a justificar as respostas. Garanta
mente entra em transe, enquanto elas entoam que todos possam se manifestar de modo
canções para evocar os espíritos. Os únicos respeitoso e que as ideias e as opiniões sejam
homens que participam são os músicos (que embasadas em argumentos.
tocam um ritmo específico para cada espírito
no tambor) e, em certos casos, o curandeiro.
O canto e o ritmo do tambor se combinam
para criar uma experiência muito intensa,
oferecendo espaço para os pacientes “dan-
çarem sua doença”.
ARTE 8 o ANO 55
DANITA DELIMONT/ALAMY/FOTOARENA
56 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
56 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 57
TORSTEN BLACKWOOD/AFP
por um grupo de mulheres idosas conhecido
como Babi de Bistritsa. Na dança praticada
nessa região, as mulheres vestem roupas
búlgaras tradicionais e se movimentam em
roda, enquanto agarram o cinto da roupa das
companheiras ao lado. Pisando no chão le-
vemente, elas se movem da esquerda para a
direita. Dentro dessa estrutura há certo número
de variações, dependendo da música e da
prática do ritual. No canal da Unesco, é possível
assistir a um vídeo dessa dança tradicional
(disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=s3tYqw9sbBk; acesso em: 17 maio A tradição Lakalaka
2022). Se julgar adequado, assista ao vídeo no Reino de Tonga.
com os estudantes, destacando os elementos Foto de 2008.
da dança, os figurinos e o canto que é entoado
enquanto as mulheres dançam. • Flamenco, um dos símbolos da cultura espanhola
No flamenco, canto, música e dança dialogam para compor essa expres-
são artística do sul da Espanha. As palmas e as castanholas estão bastante
presentes na movimentação e na sonoridade do flamenco. As mulheres reali-
zam movimentos suaves e dramáticos, e os homens batem os pés de maneira
mais firme e acentuada.
58 ARTE 8 o ANO
BERTRAND RIEGER/HEMIS.FR/ALAMY/FOTOARENA
A bailarina espanhola Cristina Um dos gêneros artísticos da cultura espa-
Hoyos (1946- ) idealizou a cria- nhola é o flamenco, uma dança caracterizada
ção de um espaço destinado a reu-
por movimentos emocionais, com gesticulação
nir a história do flamenco em cole-
dos braços e golpes de pés, além do uso de
ções de objetos, música, vestimen-
tas e documentos escritos. Dessa
castanholas para marcar o ritmo e exibir o
forma, surgiu o Museu do Baile virtuosismo na atitude dos bailarinos. Os mo-
Flamenco, em Sevilha, na Espa- vimentos podem expressar sentimentos, como
nha, no ano de 2006. amor, lamúria, desespero ou calma.
No flamenco, a movimentação das mãos,
dos pés e dos braços é feita com precisão; no
Museu do Baile Flamenco em entanto, a flexibilidade é igualmente importante
Sevilha, Espanha. Foto de 2012.
para improvisar dentro da estrutura básica
da dança e da musicalidade. Os dançarinos
1 Leia a seguir um depoimento de Cristina Hoyos sobre a criação do Museu do Baile também sapateiam, em coreografias em que
Flamenco e discuta a leitura com o(a) professor(a) e os colegas.
há constante troca de passos.
[…] Respostas
“Meu sonho é que o Museo del Baile Flamenco fosse um inesquecível espaço de
encontro com esta arte, para todos que a queiram descobrir ou se reencontrar com Outras vozes
ela. Que eu saiba, é o primeiro e único museu do mundo dedicado exclusivamente
ao flamenco. Nossa intenção sempre foi encontrar uma fórmula única e particu- 2. O objetivo de Cristina Hoyos foi de
lar para que os visitantes, espanhóis ou estrangeiros, possam tanto compreender esta
manifestação artística – que é parte importante de nossa identidade – como também
que os visitantes do museu pudessem
experimentar as emoções que o baile é capaz de despertar. compreender a história e o significado
Buscamos uma fórmula e um espaço, onde o flamenco, como Patrimônio Mun- do flamenco, suas características e sua
dial da Humanidade, pudesse envolver os visitantes com toda sua expressividade, importância como manifestação cultu-
para que possam se aproximar dos diferentes [bailados] e compreender suas estrutu-
ras, conhecer suas origens e seus maiores representantes. ral, além de experimentar as emoções
Para mim é uma aposta pessoal e artística, já que na cúpula desta arte pude perce- que essa dança transmite.
ber como tanta gente no mundo se emociona com o flamenco. Portanto, como artista
e andaluza, tinha de conceber este espaço de encontro e ensino como legado de uma
atividade que marcou toda minha vida cultural, artística, social e emocional”. […]
Clarissa Beretz. Conheça o Museu do Baile Flamenco. Flamenco Brasil. Disponível em: https://
flamencobrasil.com/2011/08/museu-do-baile-flamenco/. Acesso em: 23 fev. 2022.
ARTE 8 o ANO 59
60 ARTE 8 o ANO
Roda de capoeira em
Ruy Barbosa (BA).
Foto de 2014.
Roda de capoeira em
Salvador (BA). Foto
de 2019.
ARTE 8 o ANO 61
62 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 63
Passos do frevo
Passos do frevo
Os passos apresentados no infográfico são Ponta de pé e calcanhar
uma pequena seleção dos diversos movimentos O passista toca a ponta de um dos pés no chão e, em seguida, encosta o calcanhar no chão.
corporais praticados e realizados no frevo. É
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
importante que isso seja reforçado com os es-
tudantes, que podem realizar uma pesquisa na
internet para conhecer outros passos do frevo.
Alguns exemplos que não foram citados são:
tramela, pisando em brasa e pernada.
Tesoura
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
O passista estende
uma das pernas à
direita e, em seguida,
à esquerda, marcando
o calcanhar no
chão. Durante essa
movimentação, as
pernas devem se
cruzar e a sombrinha
deve ser segurada com
a mão direita.
Ferrolho
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
64 ARTE 8 o ANO
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
dade do povo brasileiro;
• a aproximação com a realidade e o cotidiano;
• a construção e o desenvolvimento da noção
de coletividade;
• o estímulo à criatividade.
Carpado
O passista salta no ar com as pernas afastadas uma da outra.
FLAVIO RIBEIRO/ID/BR
ARTE 8 o ANO 65
66 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 67
68 ARTE 8 o ANO
Mãos à obra
Conhecendo movimentos e criando Objetivos: observar o movimento dançado
coreografias por meio de vídeos e fotos para identificar e
analisar as características dos movimentos pre-
Nesta atividade, por meio da observação do movimento dançado, com base sentes nas diferentes formas de dança brasilei-
nos vídeos e nas imagens pesquisados e apresentados na seção “Explorando na ras consideradas patrimônio cultural imaterial
rede”, vamos analisar as características dos movimentos presentes em diferentes da humanidade; compreender algumas noções
danças brasileiras consideradas Patrimônio Mundial. básicas da organização do movimento do corpo
e do uso do tempo e do espaço.
Etapa 1
Nesta atividade prática, a turma é mobilizada
1 Vejam novamente os vídeos e as fotos da roda de capoeira, do samba de a desenvolver fundamentos das metodolo-
roda e do frevo, na seção “Explorando na rede”. gias ativas, como: envolvimento em atividades
complexas; incentivo à tomada de decisões,
2 Atentem aos movimentos apresentados no vídeo e busquem identificar os exercitando a colaboração e os processos
fatores de movimento de Rudolf Laban na execução da dança: peso, tempo, democráticos; e envolvimento nos processos de
espaço e fluência. avaliação dos resultados dos próprios trabalhos
e os dos colegas. Procure explorar e aproveitar
3 No caderno, construam uma tabela com os seguintes elementos:
as potencialidades de cada estudante no desen-
volvimento da atividade, incentivando a troca
Dinâmicas dos movimentos entre a turma, a colaboração e a superação de
Outras dificuldades em grupos, levando os estudantes
Nome da dança Peso Tempo Espaço Fluência
características a contar com o auxílio dos colegas, isto é, pro-
movendo a inclusão da turma e considerando
1. Roda de capoeira as individualidades dos estudantes, garantindo
um processo de aprendizagem significativo.
2. Frevo
Ao organizar os estudantes em grupos,
3. Samba de roda considere seus conhecimentos sobre a turma
e incentive-os a desenvolver a capacidade de
escuta do outro, a empatia e a colaboração.
4 Assistam novamente aos vídeos e tentem preencher cada item da tabela com
o maior número de detalhes que conseguirem. Esta seção pode ser realizada como uma
atividade avaliativa diagnóstica e formativa,
5 Em seguida, formem grupos de cinco estudantes e comparem as tabelas. pois possibilita avaliar o desenvolvimento dos
estudantes em relação aos conhecimentos
6 Conversem sobre as diferenças e as semelhanças que encontraram e elabo- procedimentais (experiência com materiais e
rem apenas um quadro, em uma cartolina, reunindo todas as informações processos artísticos) e atitudinais (relação com
que conseguiram observar. os colegas em trabalhos coletivos). Sobre ava-
liação, consulte a página XIX das “Orientações
7 Por fim, o grupo deve fixar a cartolina na lousa. Com o(a) professor(a), ob-
gerais” deste Manual do Professor.
servem as características que apareceram com mais frequência nos quadros
e debatam as diferenças encontradas. Etapa 1
Nesta etapa, é possível desenvolver com
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 69 os estudantes o primeiro item do pensamento
computacional: a decomposição. Eles vão criar
uma coreografia (problema complexo) com base
11:42 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd 69 5/11/22 11:42 AM
nos quatro fatores de movimento de Rudolf
Laban, entendidos como partes menores que
auxiliam na visualização e na resolução do
todo. Para isso, aproveite as tabelas elaboradas
pelos estudantes.
Explique a eles que as pessoas têm per-
cepções diversas e que podem surgir ele-
mentos comuns e diferentes nas análises das
imagens. Aceite e valorize cada resposta ou
reflexão. É importante que todos tenham voz
e que o grupo saiba respeitar as opiniões dos
colegas. No entanto, incentive os estudantes
a sempre justificar as respostas, trabalhando
assim a argumentação.
A apreciação dos movimentos dançados é
uma maneira de os estudantes compreenderem
o valor cultural dessas danças e se sentirem
motivados a preservá-las.
ARTE 8 o ANO 69
70 ARTE 8 o ANO
Respostas
Trocando ideias
a) Os estudantes devem escolher qualquer
PARA LER, OUVIR E VER
uma das manifestações apresentadas e
detalhar os movimentos corporais estu-
Livro dados nelas. Por exemplo, o frevo e os
• Livro dos mestres – o legado dos mestres: cultura e tradição popular no Ceará, de Dora movimentos inspirados por golpes de ca-
Freitas e Silvia Furtado (org.). Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2017. poeira. Promova um momento de partilha
O livro reúne relatos e fotos dos 79 mestres da cultura popular tradicional do Ceará. de ideias respeitoso, pedindo aos estu-
dantes que justifiquem suas respostas.
Audiovisual
• Roda de capoeira, direção de Marcia Medeiros. Brasil: Ministério da Cultura (Iphan), 2014. Dis-
b) Espera-se que os estudantes consigam
ponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yE3diemWu1o. Acesso em: 12 mar. 2022. articular o envolvimento do peso, da
Audiovisual com 10 minutos de duração que aborda os aspectos históricos e as princi- fluência e do espaço na construção da
pais características da roda de capoeira. coreografia e na análise do repertório de
movimentos corporais das danças brasi-
leiras: capoeira, frevo e roda de samba.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 71
Indicações
Site
11:42 AM RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN2_050A071.indd 71 8/15/22 4:34 PM
• Estatuto do Idoso. Disponível em: www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/
L10.741.htm. Acesso em: 23 fev. 2022.
Criado pela Lei n. 10 741, em 2003, o es-
tatuto garante proteção integral às pessoas
com mais de 60 anos de idade, regulando
os direitos específicos para essa população,
que ultrapassou os 37 milhões de indivíduos
em 2021, de acordo com dados do IBGE.
ARTE 8 o ANO 71
UNIDADE
Unidade 3 PATRIMÔNIO
Objetivos: compreender que a música in-
tegra diversas manifestações culturais que são CULTURAL
consideradas patrimônios culturais; conhecer
de forma contextualizada o samba de roda,
o samba carioca, o carimbó e os rituais do
povo indígena Kalapalo; apreciar e praticar
as músicas oriundas dessas manifestações.
Justificativa: por meio da contextuali-
zação, da apreciação e da prática musical,
os estudantes vão compreender o conceito
de patrimônio histórico e conhecer diversas
manifestações culturais, reconhecidas pelo
Iphan, que envolvem a música, além de ampliar
o repertório cultural dos estudantes e levá-los
a valorizar essas manifestações.
Consulte a página XXXII, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
MAPA DA UNIDADE
Objetos de conhecimento Contextos e práticas; Patrimônio cultural; Arte e tecnologia; Elementos da linguagem.
72 ARTE 8 o ANO
Trocando ideias
a) Respostas pessoais. O objetivo da questão
é diagnosticar o conhecimento prévio dos
estudantes em relação a quais manifes-
tações tradicionais apresentam musica-
lidade e são reconhecidas por eles como
culturalmente importantes. Além disso, é
uma maneira de investigar de que manei-
ra os estudantes classificam os elementos
musicais – se citam mais os cantos e os
instrumentos ou se abordam também o
reconhecimento de ritmos. Acolha toda as
manifestações apresentadas e promova
uma discussão avaliando com a turma
se elas se alinham com as diretrizes do
Iphan. Ressalte que a importância das
manifestacões não é medida pelo valor
econômico, mas pelo significado que elas
têm para as pessoas e para as comuni-
dades que as praticam.
b) Resposta pessoal. Espera-se que os
estudantes identifiquem que o grupo é
composto de um cantor e diversos instru-
mentistas, que tocam maracás, saxofone,
clarineta e curimbó.
TROCANDO IDEIAS
Veja respostas nas Orientações didáticas deste Manual do Professor. LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS
ARTE 8 o ANO 73
Homens e mulheres
praticam o samba de
roda. Santo Amaro (BA).
Foto de 2017.
Instrumentista do
grupo de samba de
roda Filhos de Oyo
toca o pandeiro.
Camaçari (BA).
Foto de 2018.
Instrumentista do
grupo de samba de
roda Filhos de Oyo
toca o atabaque.
Camaçari (BA).
Foto de 2018.
A percussionista
baiana Edith Nogueira
(1916-2009), também
conhecida como Edith
do Prato, toca o prato e
faca. Salvador (BA).
Foto de 2005.
76 ARTE 8 o ANO
Tocador de machete do
grupo de roda Filhos do
Caquende, no município
de Simões Filho (BA).
Foto de 2018.
Tocador de machete, em
Pernambuco, no século
XIX. A musicalidade do
samba de roda é uma
herança das práticas
culturais de escravizados
africanos e seus
descendentes.
Texto complementar deixando de ser utilizadas nos grupos denota a preocupação da instituição
de samba do Recôncavo Baiano, sendo com a reprodução do instrumento e
O luthier é o construtor e reparador de instru- conservação do mesmo nos moldes
substituídas pelas violas industrializa-
mentos de corda, entre eles a viola machete. De tradicionais. […]
acordo com a pesquisadora Andressa Marques das, chamadas “violas paulistas”.
Siqueira, essa profissão é de grande importância […] siqueira, Andressa Marques. A produção da viola
Visando à revitalização da feitura ar- machete e a política de salvaguarda do samba
para a preservação do samba de roda do Recôn-
de roda do Recôncavo Baiano. In: Anais do I
cavo Baiano. tesanal das violas o Iphan apontou Encontro Internacional de Cultura, Linguagens
A produção de viola machete no Re- a necessidade de construir violas e Tecnologias do Recôncavo. Santo Amaro
côncavo Baiano foi quase extinta, uma machetes a partir dos exemplares (BA), 2017. Disponível em: http://enicecultufrb.
remanescentes com a ajuda de arte- org/ocs/index.php/enicecult/Ienicecult/paper/
vez que o último grande produtor de
sãos-luthiers que fazem violas simi- download/55/61.
machetes, Clarindo dos Santos, faleceu Acesso em: 24 fev. 2022.
em 1980 e, em parte, por não haver lares, considerando a morte de Cla-
mais disponibilidade do instrumento, rindo dos Santos, último produtor de
nas últimas décadas essas violas foram machetes do Recôncavo Baiano, o que
ARTE 8 o ANO 77
Texto complementar no samba corrido, ao contrário, dança, quanto aprecia o desempenho do outro,
canto e toques acontecem simultanea- como também, de maneira mais geral, os
No trecho a seguir, do dôssie sobre o samba de
mente. Segundo: no samba chula apenas conjuntos de sambadores e cantores pre-
roda do Recôncavo Baiano, elaborado pelo Iphan,
uma pessoa de cada vez samba no meio da cisam esperar-se mutuamente, cada grupo
você pode encontrar mais informações sobre os
roda; enquanto no samba corrido podem apreciando enquanto isso o desempenho
diferentes tipos dessa manifestação cultural.
sambar uma ou várias pessoas ao mesmo do outro. Dessa forma, o samba chula é
Há inúmeras modalidades de samba tempo no meio da roda. Pode-se dizer que uma modalidade de expressão onde a
de roda no Recôncavo. […] no samba corrido os eventos tendem a apreciação estética desempenha papel
As principais diferenças entre samba ser mais agregados, e no samba chula, especialmente importante.
corrido e samba chula se referem às re- mais separados. Os músicos expressam
lações entre música e dança e podem Brasil. Ministério da Cultura. Instituto do
a diferença dizendo, em outras palavras,
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
ser resumidas em dois pontos principais. que o samba corrido é mais livre, mais Samba de roda do Recôncavo Baiano. Brasília:
Primeiro: no samba chula, a dança e o permissivo; ao passo que o samba chu- Iphan, 2006. (Dossiê Iphan). Disponível em:
canto nunca acontecem ao mesmo tem- la é mais exigente, mais rigoroso. Neste http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/
po – estando os toques dos instrumentos último, não só cada um dos sambadores PatImDos_SambaRodaReconcavoBaiano_m.pdf.
presentes nas duas atividades –, enquanto precisa esperar sua vez de dançar, en- Acesso em: 24 fev. 2022.
78 ARTE 8 o ANO
A pulsação
A pulsação
e o ritmo
e o ritmo
do samba
do samba
de roda
de roda
Como Como
já vistojáno
visto
volume
no volume
7 desta
7 coleção,
desta coleção,
na música
na música
popular,
popular,
a pulsa-
a pulsa-
ção é,çãona maior
é, na maior
parte dos
parte
casos,
dos casos,
regular,regular,
ou seja,
ouela
seja,
se ela
repete
se repete
e podee ser
pode ser
acompanhada
acompanhada
com batidas
com batidas
dos pés
dosoupéscomoupalmas.
com palmas.
No diálogo
No diálogo
entre as
entre as
linguagens
linguagens
da música
da música
e da dança,
e da dança,
a pulsação
a pulsação
é um dos
é umprincipais
dos principais
elemen-elemen-
tos de tos
ligação
de ligação
entre aentre
musicalidade
a musicalidade
e o movimento
e o movimento
corporal.
corporal.
O ritmoOéritmo
um conjunto
é um conjunto
de sonsderegulares
sons regulares
que seque
repetem
se repetem
e formam
e formam
estrutu-estrutu-
ras rítimicas
ras rítmicas
nos intervalos
nos intervalos
entre as
entre
pulsações.
as pulsações.
Os ritmos
Os ritmos
regulares
regulares
das batidas
das batidas
de palmas
de palmas
no samba
no samba
de rodadesão
roda umasãodas
umaprincipais
das principais
características
características
da sono-
da sono-
ridaderidade
dessa manifestação
dessa manifestação
cultural.cultural.
Texto complementar seu ritmo fosse realizado de acordo dança, derivados dos ritmos naturais do
com convenções e conforme ditado movimento corporal, ditaram muitos
O Dicionário Grove de música contextualiza a dos modelos rítmicos que permeiam
pelo texto verbal. Em algumas peças
pulsação e o ritmo na história da música ocidental. toda a música ocidental.
musicais do século XX, os composito-
[Ritmo é] a subdivisão de um lapso de res buscaram evitar estruturas rítmicas sadie, Stanley (ed.). Dicionário Grove de música:
tempo em seções perceptíveis; o grupa- regulares a fim de alcançar um ritmo edição concisa. Rio de Janeiro:
mento de sons musicais principalmente mais flexível. Zahar, 1994. p. 788.
por meio de duração e ênfase. […] […] O ritmo, como elemento funda-
A maior parte da música ocidental, do mental – a música é algo que só pode
final da Idade Média ao século XX, existir no tempo –, tem um papel a de-
possui uma pulsação rítmica e uma sempenhar em muitos outros aspectos
métrica regulares; isso pode não existir, da música: é importante elemento da
porém, em alguns tipos de música an- melodia, afeta a progressão da harmo-
tiga, por exemplo no cantochão ecle- nia e desempenha papéis em questões
siástico, ao qual aparentemente faltava como textura, timbre e ornamentação.
uma estrutura métrica, deixando que É fundamental à dança; os padrões da
ARTE 8 o ANO 79
80 ARTE 8 o ANO
PEDRO HAMDAN/ID/BR
4. Por meio das características sonoras identificadas na faixa 2, você identifica essa gra-
vação como um samba de roda corrido ou chula? Justifique sua resposta.
Veja resposta nas Orientações didáticas deste Manual do Professor.
ARTE 8 o ANO 81
Nesta atividade prática, a turma é mobiliza- 1 Ouça a faixa 3, que contém a marcação da pulsação da canção “Arrasta a
da a desenvolver fundamentos das metodolo- 3
sandália” por meio da batida de palmas. Na faixa, primeiro você vai escutar
gias ativas, como: envolvimento em atividades apenas o som das palmas e, em seguida, o som das palmas marcando a
complexas; incentivo à tomada de decisões, pulsação da canção.
exercitando a colaboração e os processos de-
mocráticos; e envolvimento nos processos de 2 Agora escute a faixa 4, que contém a marcação de uma estrutura rítmica
4
característica da canção “Arrasta a sandália” por meio da batida de palmas.
avaliação dos resultados dos próprios trabalhos
Na faixa, primeiro você vai escutar apenas o som das palmas e, em seguida,
e dos trabalhos dos colegas. Procure explorar e o som das palmas marcando o ritmo junto com a canção.
aproveitar as potencialidades de cada estudante
no desenvolvimento da atividade, incentivando a 3 Escute novamente as faixas 3 e 4 e responda às seguintes perguntas:
troca entre a turma, a colaboração e a superação 3 4
82 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 83
ACERVO DA ORGANIZAÇÃO CULTURAL REMANESCENTES DE TIA CIATA, RIO DE JANEIRO. FOTOGRAFIA: ID/BR
várias etnias que aqui vieram ter e
conviveram.
[…]
Com a drástica intervenção urbanística
realizada pelo prefeito Pereira Passos
na primeira década do século XX “pro-
movida com o intuito confesso de ‘lim-
par’ a cidade de tudo que significasse
pobreza, doença e atraso, dando feição
que se pretendia moderna a uma me-
trópole que se queria europeia” essa
população marginalizada se reuniu na
região conhecida como Cidade Nova
e aí, em torno da casa da baiana Tia
Ciata, formou um poderoso núcleo Retrato de Tia Ciata
(data desconhecida).
de resistência cultural, cuja produção
vigorosa começou a furar o bloqueio 84 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
social, econômico e geográfico. Em
1917, pela primeira vez, um selo de
disco de 78 r.p.m. trouxe no campo
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN3_072A103.indd 84 5/10/22 2:17 PM RUMO
reservado à descrição do gênero mu-
sical a palavra samba.
Brasil. Ministério da Cultura. Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan). Dossiê das matrizes do samba no Rio
de Janeiro. Disponível em: http://portal.iphan.
gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossi-%20
Matrizes%20do%20Samba.pdf.
Acesso em: 24 fev. 2022.
84 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 85
86 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 87
Texto complementar nas formas de organização e reprodução história remonta ao século XVII, na
sociais em torno dele, no cotidiano de região da Amazônia que corresponde
O texto a seguir apresenta referências históricas sociabilidade dos carimbozeiros, seja ao atual Estado do Pará. De acordo com
sobre a prática do carimbó no estado do Pará. ele relativo ao dia a dia do trabalho ou os registros existentes, o Carimbó foi
Há mais de dois séculos, o Carimbó das celebrações religiosas e seculares. trazido ao Brasil por escravos africanos
mantém sua tradição em quase todas […] e incorporou influências indígenas e ibé-
as regiões do Pará, e tem se reinventado ricas, dando origem a uma manifestação
Esse bem imaterial e os outros bens
constantemente. Seus instrumentos, singular, representada por grupos que se
culturais a ele associados incidem em espalham por vários municípios.
sua dança e música são resultados da diversas práticas de lazer, religiosidade,
fusão das influências culturais indígena, manifestações artísticas, festas públicas iphaN. Carimbó. Disponível em: http://portal.
iphan.gov.br/pagina/detalhes/1052/.
negra e ibérica; e a memória coletiva dos e familiares, em torno de uma das mais Acesso em: 14 mar. 2022.
mestres e seus descendentes tem man- significativas formas de expressão mu-
tido vivo estes aspectos. Entretanto, a sical paraense. Tal forma de expressão
principal característica do Carimbó está manifesta-se durante todo o ano e sua
88 ARTE 8 o ANO
ARTE 8 o ANO 89
Texto complementar das que trabalham como carpinteiros, Uma das dimensões essenciais da re-
meeiros, roceiros, pedreiros, pescadores, produção desse bem cultural na vida
Leia o texto a seguir, que discute a musicalidade catadores de caranguejo, biscateiros, social carimbozeira é a relação com os
no carimbó, desde as letras das canções até a
serventes, vigilantes, caçadores, serí- instrumentos, principalmente em relação
especificidade dos instrumentos utilizados.
grafos, agricultores, etc. aos tambores (os carimbós). Os instru-
As letras das canções do Carimbó agre- A composição instrumental do carimbó mentos fabricados por seus tocadores são
gam à musicalidade da expressão os conhecido como “tradicional” apresen- agrupados de maneira a conformar um
elementos da natureza (fauna e flora ta dois ou três carimbós (tambores), espaço lúdico e de interações próprias.
locais), ao trabalho diário e outras prá- um instrumento de sopro (flauta, sa- A dança é motivada pelo baque dos
ticas cotidianas. São muito comuns, nas xofone ou clarinete), banjo, milheiros tambores e caracteriza-se pelos dançan-
danças, as referências ao movimento e maracas. Eventualmente, também tes, o cavalheiro e a dama, que realizam
das marés e dos animais da floresta, estão presentes outros instrumentos: passos miúdos e giram em movimentos
dos pescadores e agricultores, e de todo triângulo, reco-reco, paus, rufo, maraca, circulares, sem contato físico direto.
o universo das comunidades urbanas, milheiro e tambor de onça. Os tambo- iphaN. Cantos e danças dos carimbozeiros.
ribeirinhas e rurais da Amazônia. Os res sustentam a marcação rítmica e Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/
mestres, tocadores, dançarinos, can- propulsionam os movimentos, o pulsar detalhes/1053/.
tadores e compositores são amazôni- da canção e dos corações. Acesso em: 24 fev. 2022.
90 ARTE 8 o ANO
Instrumentos
confeccionados de
maneira artesanal para
a prática do carimbó
de raiz. Santarém (PA).
Foto de 2015.
Texto complementar atracados com corda, madeira e couro. uma maraca, fazendo um reco, fazendo
Esse modo de produzir os instrumentos curimbó. Aprendi através disso, de sonho.
Leia a entrevista realizada com o Mestre Sabá,
é uma herança da sabedoria indígena Dormindo, deitado no chão”, conta o
um dos responsáveis pelo compartilhamento do
e africana que deu origem ao ritmo mestre, que mesmo depois de aposen-
modo de fazer artesanal de alguns instrumentos
típico do Estado do Pará, o Carimbó. A tado não pretende deixar a atividade de
do carimbó.
técnica é também bastante valorizada lado tão cedo. “Foi uma criatividade que
Se julgar interessante, compartilhe essas Deus me deu e eu abracei com muito
por ser considerada mais “orgânica”,
informações com os estudantes e pergunte a eles amor e carinho. O pessoal diz ‘ah, tu
se já viram algum instrumento ser construído. não sendo utilizados metais, como o
já se aposentou não vai largar?’, não
No volume 7 desta coleção, eles construíram ferro, na confecção dos instrumentos
largo nada.”
alguns instrumentos, e podem relacionar essa de percussão do carimbó […].
paschoal, Yasmin. Mestre Sabá ensina a
experiência ao relato do Mestre Sabá. […] confecção de instrumentos de carimbó. LeiaJa,
Mestre Sabá é responsável pela preser- Segundo ele, foram sonhos que tinha 5 mar. 2016. Disponível em: http://www.leiaja.
vação do modo tradicional de confec- enquanto tirava cochilos no chão de sua com/cultura/2016/03/05/mestre-saba-ensina-
confeccao-de-instrumentos-de-carimbo/.
ção de instrumentos, utilizando tronco casa que o estimularam na confecção dos
Acesso em: 24 fev. 2022.
de grandes árvores, do mangue e do instrumentos. “Aquilo veio num sonho,
igapó, e tambores ancestrais que são eu tava dormindo e sonhava fazendo
ARTE 8 o ANO 91
CRISTIANE MOTA/FOTOARENA
Dona Onete, uma
das vozes do carimbó
contemporâneo, durante
apresentação no Rock In
Rio, Rio de Janeiro (RJ).
Foto de 2019.
Texto complementar um em torno de 1 metro a 1,5 de com- ganzá, dois pauzinhos – que servem para
primento por cerca de 50 centímetros batucar na parte de trás do curimbó, na
Leia a seguir um texto em que o pesquisador
de diâmetro. Geralmente um curimbó madeira do tambor, criando um efeito
Tony Leão da Costa aborda a música de Mestre
é maior que o outro, servindo, respec- sonoro equivalente à batida das mãos
Verequete e as principais características da for-
tivamente, o grande para marcação do no couro – e um instrumento de sopro,
mação instrumental no carimbó de raiz.
ritmo e o menor para repique, um mais clarinete ou flauta. […]
O tipo de carimbó que Verequete to- grave e outro mais agudo. O tambor é
cava era o chamado “pau-e-corda” Costa, Tony Leão da. Música do Norte:
fechado de um lado das extremidades
intelectuais, artistas populares, tradição e
ou “carimbó de raiz”, […] o carimbó por couro de animal entesado; o outro modernidade na formação da “MPB” no Pará
feito de maneira tradicional. Este tipo lado aberto serve para evacuação do (anos 1960 e 1970). 2008. 256 p. Dissertação
de carimbó seguia no geral o seguinte som potente dos tambores. 2. Fora os (Mestrado em História Social da Amazônia)
modelo: 1. tinha por base rítmica dois tambores outros instrumentos podem – UFPA, Belém, 2008. Disponível em: http://
grandes tambores feitos de troncos de fazer parte do “carimbó de raiz”, ge- repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/4275.
madeira oca, o curimbó, medindo cada ralmente um banjo, um pandeiro, um Acesso em: 17 maio 2022.
92 ARTE 8 o ANO
1. Ouça a faixa 5, que apresenta a canção “Dança do Iá”, um canto de carimbó de domínio Atividades
5 público, e acompanhe a letra dessa canção. 2. Na faixa, é possível reconhecer a utili-
zação de maracas, milheiro e tambores,
Faceirar: enfeitar- instrumentos utilizados no carimbó tra-
Dança do Iá -se. No texto, dicional. Além disso, ouve-se um coro
tem o sentido de
Iá, Iá, Iá, cadê Iá? aparecer, entrar. masculino cantando o refrão e um can-
Eu ia sair na sala tor solista nas estrofes. A letra da canção
Com a fama de dançador remete à festa do carimbó e sua dança.
Incentive os estudantes a justificar seus
Iá, Iá, Iá, cadê Iá? argumentos, embasando-os em conhe-
Para a festa, meu Iá cimentos prévios e adquiridos e em suas
Deixa outro faceirar vivências, exercitando a argumentação
e a inferência.
Iá, Iá, Iá, cadê Iá?
Para a saia, meu Iá Sugestão de atividade
Deixa outro em seu lugar
Se possível, acesse o canal da Cinemateca
Iá, Iá, Iá, cadê Iá? Paraense e assista com os estudantes ao
Para a festa, o carimbó
documentário Chama Verequete (direção: Luiz
Arnaldo Campos e Rogério Parreira. Brasil,
Deixa outro faceirar
2002, 18 min), disponível em: https://www.
Para a festa, o carimbó
youtube.com/watch?v=3tJqtZMIv-8 (acesso
Deixa outro em seu lugar
em: 14 mar. 2022).
Iá, Iá, Iá, cadê Iá? O filme aborda a vida e a música de Mestre
Verequete, um dos mais importantes nomes
Domínio público.
do carimbó tradicional do Pará. Em seguida,
proponha uma roda de conversa sobre o do-
cumentário, pedindo aos estudantes que ex-
pressem opiniões acerca do estilo musical e do
artista, relacionando-os ao que foi trabalhado
até o momento na Unidade.
PEDRO HAMDAN/ID/BR
ARTE 8 o ANO 93
5 Por fim, sem o auxílio da faixa 5, cantem e batam palmas de acordo com a
sequência que aprenderam. Tentem também se movimentar e dançar ao ritmo
do som que estão criando.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 95
Sugestão de atividade Representação gráfica do exemplo rítmico apre- Fonte: Guerreiro do AmArAl, Paulo Murilo. Tradição
sentado na faixa 8: e modernidade no carimbó urbano de Belém.
Outra opção de trabalho é organizar a turma em Disponível em: https://www.bregapop.com/
dois grupos. Enquanto um grupo canta, o outro tradicao-e-modernidade-no-carimbo-urbano-de-
bate as palmas na pulsação ou nos exemplos de 2 belem. Acesso em: 14 out. 2018.
ritmos, um de cada vez. Quando a turma já estiver 4
familiarizada com os diferentes ritmos e o canto, Caso obtenha uma boa resposta da turma, Se houver instrumentos de percussão disponí-
pode-se, aos poucos, juntar os grupos. Nesse você poderá introduzir os dois exemplos seguin- veis, você pode substituir as palmas por tambores,
caso, sugere-se alterná-los, de forma que todos tes, também característicos do carimbó, para os por exemplo. Caso julgue adequado, oriente os
os estudantes possam cantar, marcar a pulsação estudantes praticarem: estudantes a convidar outras turmas para participar
e os dois exemplos de ritmo. da dança e do canto do carimbó.
Representação gráfica do exemplo rítmico apre- 2 Essa prática pode ser desenvolvida ao longo
sentado na faixa 7: 4 de diversas aulas, considerando que o desenvol-
vimento rítmico dos estudantes requer exercícios
2 musicais regulares. Leve isso em consideração e
2 não faça maiores exigências quanto ao resultado
4 4 musical nas primeiras tentativas.
ARTE 8 o ANO 95
96 ARTE 8 o ANO
O Jawari dura sete dias e seis noites, e nesse período os Kalapalo e a al-
deia visitante realizam várias atividades juntos: preparam o beiju com a mandio- Moitará: prática
ca da roça que eles mesmos cultivaram; confeccionam adereços, como colares indígena de troca
e outros enfeites para o corpo; consertam suas casas; realizam o moitará. de objetos.
Indígenas do povo
Kalapalo fazendo pintura
corporal para o Jawari.
Parque Indígena do
Xingu, Querência (MT).
Foto de 2016.
Texto complementar do chão. Os dardos têm suas pontas uma panela de cerâmica, alguns dardos
embotadas com bolas de cera e suas e propulsores de um e de outro gru-
Segundo o portal Povos Indígenas no Brasil, o hastes são enfiadas num coco de tucum po são quebrados, sendo em seguida
ritual Jawari é: queimados. Terminada a refeição, os
(chamado Jawari em língua kamaiurá,
[…] realizado por volta do mês de julho. como o rito ficou mais conhecido), convidados partem de volta para sua
Trata-se de uma série de disputas, cada com furos, que os fazem sibilar, quando aldeia.
qual entre dois indivíduos de etnias atirados. Os dardos são lançados com povos iNdígeNas No Brasil. O ritual do Jawari.
diferentes, colocados a cerca de seis ajuda de um propulsor, instrumento Disponível em: https://pib.socioambiental.org/
metros um do outro. Cada um por sua amplamente difundido no passado, mas pt/Povo:Xingu. Acesso em: 24 fev. 2022.
vez atira dardos no adversário, procu- que hoje, no Brasil, só existe no Alto
rando atingi-lo da cintura para baixo. Os Xingu e cujo uso se limita a esse jogo.
jogadores se protegem escondendo-se, […]
esquivando-se ou pulando atrás de um Uma vez terminada a disputa, alimentos
feixe de varas, que não podem mover são oferecidos aos visitantes. Junto a
ARTE 8 o ANO 97
Crianças indígenas
tocam a flauta
SERGIO RANALLI/PULSAR IMAGENS
de taquara em
preparação para a
festa. Parque Indígena
do Xingu, Querência
(MT). Foto de 2016.
ARTE 8 o ANO 99
Texto complementar critério, endereçados a mulheres sem defender nossos direitos e planejar ações
nenhuma preparação e conhecimento e projetos de interesse das mulheres
Para conhecer mais a organização das mulheres xinguanas.
das comunidades. Assim, as informações
xinguanas, leia a seguir uma entrevista com a
presidente da Associação Yamurikumã, Kaiulu não chegavam nas comunidades após Quais os principais objetivos da
Yawalapiti Kamaiurá. as indígenas participarem de eventos e Associação Yamurikumã?
reuniões. As informações não chegavam Kaiulu: O principal objetivo da as-
Como surgiu a ideia de reunir as às comunidades indígenas xinguanas sociação é fortalecer politicamente
mulheres xinguanas e fundar a As- também por motivo de não haver recur- as lideranças femininas das aldeias
sociação Yamurikumã? sos financeiros para realizar reuniões nas para que estejam preparadas para re-
aldeias para repassar o assunto discutido presentar as comunidades xinguanas
Kaiulu: Surgiu da percepção da deman-
nos eventos. Devido a isso, as mulheres nas reuniões dentro e fora do Parque
da de vários convites para indígenas
xinguanas sentiram a necessidade de do Xingu. […]
xinguanas participarem de eventos e
seminários realizados por ONGs e órgãos criar uma associação para organizar a terras iNdígeNas No Brasil. Entrevista com a
presidente da Associação Yamurikumã das
do governo, para discutir assuntos de participação das lideranças mulheres Mulheres Xinguanas. Disponível em: https://
interesse das mulheres indígenas. Os de cada etnia do Parque do Xingu nas terrasindigenas.org.br/pt-br/noticia/148804.
convites eram efetuados sem nenhum reuniões externas e internas, buscando Acesso em: 24 fev. 2022.
[…] a música promove uma comunicação entre os que tocam e os que es-
cutam […]. Assim, na mitologia kalapalo, a música é tratada ao mesmo tempo
como manifestação de metamorfoses agressivas de seres perigosos (itseke) e
como um meio acessível a pessoas para o controle dessas forças.
Dessa forma, os Kalapalo usam a música ritualmente como meio de comu-
nicação entre domínios que eles definem como absolutamente separados […]:
homens e mulheres, seres humanos e seres poderosos, adultos e crianças pe-
quenas. Essa comunicação é feita não tanto pelo estabelecimento de um cli-
ma de solidariedade, mas principalmente para mostrar aos ouvintes o poder
desses seres, assim como para usar os poderes dos ouvintes para desarmá-los
temporariamente.
O uso ritual mais importante da música ocorre em eventos coletivos pú-
blicos que duram semanas ou meses durante o período da estação seca (isoa-),
compreendido entre maio e setembro. Quando principia essa estação, os Kala-
palo ocupam-se intensamente em esforços coletivos complexos que envolvem
ao mesmo tempo performances musicais e atividades econômicas.
Povos indígenas no Brasil. Kalapalo – Música e rituais. Disponível em:
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kalapalo. Acesso em: 24 fev. 2022.
ATIVIDADE
• De que maneira a música se relaciona com as visões de mundo dos Kalapalo?
A música para o povo indígena Kalapalo é uma forma de comunicação entre diferentes
elementos dessa sociedade, além de ser uma forma de solidariedade coletiva e uma
maneira de reafirmar a hierarquia social.
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 101
CD
• Rebujo, de Dona Onete. Gravadora MultiDiversão, 2019. 1 CD.
O álbum apresenta 11 canções do carimbó contemporâneo.
Audiovisual
• Carimbó, vídeo produzido pelo Iphan. Direção: Eduardo Souza. Brasil, 2011/2013 (16
min 34 s). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/videos/detalhes/26/carimbo. Acesso
em: 24 fev. 2022.
Audiovisual que aborda o carimbó em suas diferentes vertentes, apresentando artistas, ins-
trumentos, músicas, danças e histórias de grupos atuantes em diversas cidades do Pará.
UNIDADE
Unidade 4
Objetivos: explorar as relações entre tea-
tro e espaço urbano, especialmente aquele
URBANO
relacionado ao patrimônio cultural material e
imaterial de diferentes culturas; experimentar
a relação entre o espaço e o espectador como
elemento dramatúrgico no teatro contemporâ-
neo; investigar o espaço como propositor de
formas de dramaturgia e encenação por meio
da improvisação e da montagem de breves
cenas coletivas.
Justificativa: a contextualização e a frui-
ção de experiências teatrais de exploração
do espaço urbano, em especial dos espa-
ços relacionados ao patrimônio cultural, e
de reverberações dos patrimônios imateriais
no teatro possibilitam aos estudantes reco-
nhecer o espaço como motivador da criação
cênico-dramatúrgica e ampliam o repertório
artístico-cultural deles. A produção artística se
dá por meio da improvisação teatral, integrando
o espaço e a comunidade escolar, e por meio
de um audiowalk, ampliando o conceito de
intervenção urbana.
Consulte a página XXXIV, referente às “Orien-
tações específicas” deste Manual do Professor,
na qual consta o quadro de competências
e habilidades da BNCC com as descrições
completas.
MAPA DA UNIDADE
Orientações didáticas Aproveite para trabalhar com os estudantes a TCTs – Educação para o Trânsito
argumentação e a inferência. Caso você identifique Aproveite o desenvolvimento desta Unidade
Trocando ideias alguma informação questionável ou pouco emba- para abordar o Tema Contemporâneo Trans-
sada no decorrer da conversa inicial, oriente-os a versal Cidadania e Civismo: Educação para o
A seção “Trocando ideias” é uma atividade buscar mais dados em fontes confiáveis, como o
avaliativa diagnóstica. Por meio das perguntas Trânsito. Converse com os estudantes sobre
próprio Livro do Estudante e livros e artigos citados a percepção que têm do trânsito, estando
propostas, você pode levar os estudantes a refletir no “Referencial bibliográfico comentado”, além de
sobre os assuntos que serão trabalhados na Unida- a pé, de bicicleta, de ônibus ou de carro.
revistas e sites confiáveis. Guie a discussão questionando-os sobre quais
de, antes de explicações teóricas, e identificar os
conhecimentos prévios da turma sobre os temas atitudes contribuem para uma relação mais
abordados, além de interesses dos estudantes saudável com o trânsito, como o respeito à
em relação a essa temática. Procure planejar o legislação, a atenção e a cordialidade. Sobre
percurso educativo com base nesse diagnóstico, a importância dessa abordagem com a turma,
adaptando os planos de aulas, considerando as sugere-se a leitura do artigo “Educação para
especificidades, fragilidades e habilidades dos o trânsito nas escolas” (Portal do Trânsito
estudantes e incluindo os interesses deles, de modo e Mobilidade, 4 set. 2020; disponível em:
que a aprendizagem seja mais significativa. Sobre https://www.portaldotransito.com.br/opiniao/
avaliação, consulte a página XIX das “Orientações educacao-para-o-transito-nas-escolas/; acesso
gerais” deste Manual do Professor. em: 18 maio 2022).
ARTE 8 o ANO 105
ALENA ZHARAVA/SHUTTERSTOCK.COM/ID/BR
4
4. Lembrem-se de que a escola é um patrimônio público que deve ser cuidado e
preservado. Por isso, não façam nenhuma alteração permanente no espaço e,
caso a ação produza algum resíduo, combinem o momento de limpá-lo após
a intervenção.
5
5. Depois de realizadas as ações, na aula seguinte, avaliem coletivamente os
impactos de seus desdobramentos em relação às dinâmicas do dia a dia da
escola e verifiquem se conseguiram expressar o ponto de vista de vocês.
6
6. Avaliem também os imprevistos que possam ter ocorrido durante a ação e a
maneira como isso foi assimilado pelo grupo e pelo público.
7.
7 Determinem os detalhes que poderiam ser ajustados, caso desejem repetir a ação.
FRANCESCO GARLASCHELLI/ALAMY/FOTOARENA
chama-se Como os ciganos fazem as malas,
realizado ao vivo por meio de aplicativo de
mensagem, utilizando apenas o áudio como
recurso expressivo. O segundo é Quer ver
escuta, série de arquivos digitais de áudio
que foram tocados pela Rádio Inconfidência
na estreia. Atualmente, ambos podem ser
ouvidos em aplicativos de podcast. Caso jul-
gue conveniente, busque pela obra Quer ver
escuta em serviços de streaming de música
ou em plataformas de podcast e selecione um
trecho dela para mostrar aos estudantes. Peça
a eles que observem como a expressividade se
concentra no aspecto sonoro da obra.
Você pode encontrar mais informações sobre
essas obras teatrais em áudio no site do Grupo
Galpão (disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=loKiTcV5nqI; acesso em: 14 mar.
2022) e no canal oficial do grupo (disponível
em: https://youtu.be/loKiTcV5nqI; acesso em:
14 mar. 2022).
Castelo dos Mouros na cidade de Sintra, em Portugal, considerada patrimônio mundial pela Unesco. Foto de 2020.
Participantes do projeto
Bike Tour SP em frente à
Estação Pinacoteca e ao
Memorial da Resistência,
no centro de São Paulo
(SP). Foto de 2020.
6
6. Por meio do planejamento, produza o roteiro. Lembre-se de guiar, passo a
passo, a caminhada de quem escutará seu audiowalk.
7
7. Grave sua voz, lendo e interpretando o roteiro, em um dispositivo eletrônico
como um smartphone.
8
8. Se tiver acesso a um software de edição de áudio, insira também trilhas sono-
ras e apresente seu audiowalk para a turma.
Etapa 1
A organização dos grupos vai depender dos
recursos disponíveis, uma vez que a atividade
final determina que a turma escute o audiowalk
feito por cada grupo. Assim, pode ser interes-
sante formar quatro grandes grupos. Também
é importante saber a quantidade de dispositivos
NÃO ESCREVA NESTE LIVRO. 115 disponíveis para a atividade, incluindo os que a
escola possa fornecer e os que os estudantes já
tenham. Pergunte a eles se têm gravadores, smar-
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd 115 5/12/22 10:00 AM
tphones ou fones de ouvido e se podem emprestar
a um colega da turma, conscientizando todos da
importância do cuidado com o material alheio.
Planeje o trajeto com antecedência, sele-
cionando lugares que podem ser do interesse
dos estudantes. Você pode se organizar com
a equipe pedagógica e a direção da escola
para que outros professores ou funcionários
também participem do passeio, auxiliando na
segurança dos estudantes e no encaminha-
mento adequado da atividade.
Esta atividade também pode ser realizada
de forma interdisciplinar, com professores de
outros componentes curriculares. Apresente-a
para a equipe pedagógica e a outros professo-
res para vocês pensarem, juntos, nos temas
que podem ser acrescentados de forma a
contemplar os componentes envolvidos.
Caso opte por trabalhar com a edição dos 5 Por fim, realizem a caminhada elaborada em cada proposta de audiowalk.
áudios, há softwares gratuitos de edição de
áudio disponíveis na internet. Para utilizá-los, 6 Ao retornarem à sala de aula, comentem, em uma roda de conversa, a expe-
é necessário o acesso a computadores ou riência vivenciada. Vocês podem utilizar anotações, fotos e demais registros
smartphones com programas de edição de capturados durante a caminhada para memorizar e comentar aspectos da
áudio. Você também pode contar com o auxílio vivência.
do(a) professor(a) de Informática da escola,
se houver. 116 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Etapa 3
Caso os estudantes optem por disponibilizar
RUMOS_ARTE_8_LE_2ED_PNLD24_OB1_UN4_104A126.indd 116 5/10/22 8:02 PM
o audiowalk na rede social da escola, é impor-
• Quais foram as dificuldades encontradas para
tante que os responsáveis pelos estudantes
a realização do áudio?
assinem um termo de consentimento para que
eles divulguem os materiais com o objetivo • O que vocês acham que deu certo? E o que
específico do projeto. Além disso, deve haver acham que poderia ser melhorado?
um termo de consentimento para os entrevis-
tados, nos quais devem estar explícitos a rede
social que será utilizada e o período em que o
material estará disponível.
Você pode se basear nas perguntas listadas
a seguir para conduzir o debate de avaliação
da atividade. É importante ouvir o que os
estudantes têm a dizer sobre a experiência
e estimular o senso crítico deles sobre a
própria prática.
• O audiowalk fez com que vocês experi-
mentassem ruas e lugares já conhecidos
de forma diferente?
11. Leia a seguir uma reportagem sobre o artista de rua Vinicius Porto Trecha e, depois,
discuta o texto com o(a) professor(a) e os colegas.
OTAVIO HENRIQUES/FOTOARENA
trânsito é interditado nas ruas cen-
trais da capital, as lojas fecham, as
ruas pelas quais a procissão passa
são profusamente decoradas, jane-
las, portas e sacadas são ocupadas
pelos moradores atentos à passa-
gem da imagem da santa. Muitos
chegam até a comprar roupa nova
para vestir no dia do Círio. […]
[…]
Por volta de 1700, reza a tradição,
caminhava nas matas da então tor-
tuosa estrada do Utinga, hoje avenida
Nazaré, em Belém do Pará, um ca-
boclo agricultor e caçador chamado
Plácido José dos Santos. Levado
pela sede, acabou descobrindo en-
tre pedras cobertas de trepadeiras,
às margens do igarapé Murutucu
(localizado atrás da atual Basílica
de Nazaré), uma espécie de nicho
natural com uma pequena imagem
da Virgem de Nazaré (a imagem,
hoje tida como a original, tem 38,5
centímetros de altura). Plácido levou- Devotos carregam a corda na procissão do Círio de Nazaré na cidade de Belém (PA). Foto de 2019.
-a para casa e, no dia seguinte, ao
acordar, viu que havia desaparecido. 120 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Espetáculo teatral The Theatre, da companhia Farm in the Cave. Um dos atores utiliza o chapéu de fitas presente no
maracatu de baque solto. Belo Horizonte (MG). Foto de 2012.
Texto complementar diária de trabalhadores braçais. O fol- O maracatu de baque solto é visualmen-
gazão gosta de folgar, divertir-se, é um te reconhecido no país pelo caboclo de
O maracatu de baque solto é um patrimônio lança, personagem viril que, empunhan-
brincalhão. E o gosto por determinado
cultural imaterial brasileiro, reconhecido pelo do lança pontiaguda, se movimenta com
modo de se divertir é tão potente que
Iphan desde 2014. ruidosos chocalhos às costas, flutuante
a diversão se converte em devoção, em
Caso considere pertinente, leia aos estudantes esfuziante festa de carnaval e festa de ter- cabeleira e vistoso figurino multicolo-
o texto a seguir, extraído do dossiê do Iphan sobre reiro. É assim que os brincantes encaram rido. […]
essa manifestação. O texto aborda os brincantes o samba de maracatu: comovente alegria Brasil. Ministério da Cultura. Instituto do
e as personagens do maracatu rural. e devoção obstinada, que trança as fibras Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Dossiê: maracatu de baque solto. Recife:
Para os folgazões, maracatu de baque da espinhenta palha da cana com as fitas Fundarpe, 2013. Disponível em: http://portal.
solto é brinquedo, brincadeira, é fol- esvoaçantes da fantasia, na soberba pai- iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossiê_
guedo, folgança. Folguedo, pausa para sagem do latifúndio açucareiro da Zona MARACATU_RURAL.pdf.
da Mata Norte de Pernambuco. […] Acesso em: 25 fev. 2022.
a folga, ter prazer, alegrar-se, desafogar
e desoprimir-se da massacrante labuta […]
Apresentação do grupo de jongo Núcleo de Arte e Cultura de Campos, em Campos dos Goytacazes (RJ). Foto de 2019.
Texto complementar sua visão pessoal e social de mundo novas formas de trabalhar que não
confronta-se com um “outro” e, nesse podem ser desenvolvidas durante pro-
Leia a seguir a apresentação do grupo Farm jetos sem continuidade ou em teatros
confronto, há um compartilhamento
in the Cave. “oficiais”, e, ao mesmo tempo, eles são
forte de experiências entre artistas e
Os trabalhos atuais da companhia vão espectadores. capazes de reavaliar a sua atitude em
além das fronteiras do teatro físico, da […] relação a si mesmos e para suas vidas.
Dança ou do musical. As performances A companhia estabeleceu-se como Em seus mais de vinte anos de exis-
do Farm in the Cave surgem a partir um “laboratório moderno”, em que os tência, a companhia representou a
de pesquisas de longo prazo, que estão artistas têm “asilo” para trabalhar con- República Tcheca em muitos festivais
focadas na transmissão da experiência tinuamente em seu desenvolvimento, de prestígio, em mais de 60 cidades, e
humana além das palavras e dos limites sem considerar a sua nacionalidade em três continentes.
do senso comum. Eles encontram isso, (República Tcheca, Espanha, Vietnã, Farm in The Cave. Profile. Disponível em: http://
por exemplo, no legado de minorias Alemanha, Coreia, Eslováquia, Brasil, farminthecave.com/en/profile/. Acesso em:
culturais, músicas, expressões físicas, 25 fev. 2022. (Texto traduzido pelos autores
França e Rússia), independentemente
especialmente para esta obra).
atmosferas e fatos conectados com lo- de sua profissão anterior ou gêneros de
cais específicos. Em suas performances, seu trabalho artístico. Eles descobrem
Trocando ideias
a) Intervenção urbana é uma ação artística PARA LER, OUVIR E VER
que pode integrar artes cênicas, visuais,
sonoras e audiovisuais e que objetiva Livros
modificar a relação do transeunte com • A brecha: uma reviravolta quilombola, de Arquimino dos Santos, Deborah Goldemberg e
determinado espaço ou com a cidade. Jefferson Gonçalves Correia. São Paulo: Estrela Cultural, 2020.
A obra apresenta, além da luta travada pelos quilombolas por seus direitos, a rica cultura
b) Resposta pessoal. A pergunta se rela- desse grupo, mostrando manifestações afro-brasileiras, como a Festa do Ticumbi, pelos olhos
ciona, especialmente, com a experiên- do menino Fred.
cia da intervenção artística na escola • O pátio das sombras, de Mia Couto. Ilustrações de Malangatana. São Paulo: Kapulana,
na seção “Mãos à obra”. Oriente os 2018.
estudantes a pensar sobre essas ex- Mia Couto (1955- ) é um escritor de Moçambique, país do continente africano onde
também se fala português. Sua literatura nos permite conhecer o povo moçambicano,
periências, destacar ações já realizadas suas crenças e seus costumes. Nessa obra, um menino que vive em uma aldeia descobre
e propor possíveis ações artísticas de um segredo de sua avó. A partir daí, ele aprende uma bela lição sobre a vida e a morte.
intervenção em seu cotidiano.
c) Na seção “Outras vozes” são citadas
as relações estéticas e sociais estabe- 126 NÃO ESCREVA NESTE LIVRO.
Artigo
entrevista citada na seção, Alício Amaral
afirma que, mais do que a estética, a • Bharucha, Rustom. Viajando através do in-
terculturalismo: do pós-colonial ao presente
expedição realizada pelo grupo tche-
global. OuvirOUver, Uberlândia, v. 13, n. 1,
co em Pernambuco foi marcada pela p. 12-23, jan./jul. 2017. Tradução: Ma-
convivência e pelas relações com a ria Lyra. Disponível em: http://www.seer.
comunidade. ufu.br/index.php/ouvirouver/article/view
File/37801/20353. Acesso em: 25 fev. 2022.
Indicações O artigo trata de uma visão do interculturalismo
Livro no teatro europeu pelo ponto de vista dos povos
dos quais essas tradições culturais provêm.
• Pavis, Patrice. O teatro no cruzamento de
culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.
O autor debate a presença de outras
culturas na formação do teatro ocidental.
Na atualidade, destaca-se a marca desse
cruzamento na cena europeia.
Faixa 1, p. 80 Faixa 5, p. 93
Faixa 2, p. 81
Arrasta a sandália
Arrasta a sandália aí
Sou eu morena
Arrasta a sandália aí
Sou eu morena
Arrasta a sandália aí
Sou eu morena
Arrasta a sandália aí
Sou eu morena
Grupo Sambadores de Mutá e Pirajuía. Arrasta a sandália.
In: Samba de Roda – Patrimônio da Humanidade.
Iphan, 2005. 1 CD.
ARTE XLV
Barbosa, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018.
1980 e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2019. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.
(Edição do Kindle). br/. Acesso em: 16 fev. 2022.
Essa nova edição do seminal livro de Ana Mae Esse documento, elaborado pelo Ministério da
Barbosa, revista e atualizada pela autora, traz os Educação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases
debates sobre a Abordagem Triangular para a luz das da Educação Nacional, de 1996, estabelece os
discussões atuais sobre ensino de Arte. conhecimentos, as competências e as habilidades
Barbosa, Ana Mae. O dilema das Artes no Ensino Médio no que os estudantes devem desenvolver nas etapas da
Brasil. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação Educação Básica até o Ensino Médio.
em Artes da Escola de Belas-Artes da UFMG, Belo Brasil. Ministério da Educação. Secretaria da Educação
Horizonte, v. 7, n. 13, maio 2017. Básica. Temas Contemporâneos Transversais
na BNCC: contexto histórico e pressupostos
Nesse artigo, a autora discute os benefícios do ensino
pedagógicos. Brasília: MEC/SEB, 2019. Disponível
de Arte para a consolidação do ensino-aprendizagem
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
em diversas áreas do conhecimento.
images/implementacao/contextualizacao_temas_
Barbosa, Ana Mae. Paulo Freire: desde o Recife. contemporaneos.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022.
Revista Imaginar, n. 66, nov. 2021. Disponível em:
O documento apresenta e contextualiza os Temas
https://www.apecv.pt/pt-pt/revista_imaginar_66.
Contemporâneos Transversais, indicando como eles
Acesso em: 22 fev. 2022.
podem ser inseridos em sala de aula na Educação
Nesse ensaio, Ana Mae Barbosa reflete sobre as Básica de modo a colaborar para a formação dos
influências que recebeu do educador Paulo Freire estudantes como cidadãos.
e os caminhos que a levaram à proposição e ao
Cardona, Patricia. La poetica de la enseñanza. PÓS:
desenvolvimento da Abordagem Triangular.
Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da
Barbosa, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: Escola de Belas-Artes da UFMG, Belo Horizonte,
C/Arte, 1988. v. 7, n. 14, nov. 2017. Disponível em: https://periodicos.
O livro reúne textos que ajudam a compreender as ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15492.
origens da Abordagem Triangular. Acesso em: 16 fev. 2022.
Brackmann, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do No artigo, Patricia Cardona apresenta uma visão do
pensamento computacional através de atividades ensino de dança no contexto mexicano partindo da
desplugadas na Educação Básica. 2017. 226 p. Tese perspectiva da necessidade de criação de uma poética
(Doutorado em Informática na Educação) – Centro do ensino por parte do que chama de professor-artista.
Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação, Coli, Jorge. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 2000.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto (Coleção Primeiros Passos).
Alegre, 2017. Disponível em: https://lume.ufrgs.
Nesse livro, o autor apresenta as principais vertentes
br/bitstream/handle/10183/172208/001054290. do conceito de arte, de forma contextualizada e
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: questionadora.
27 jul. 2022.
Fiorin, José Luiz. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2015.
Brackmann apresenta os conceitos básicos do
pensamento computacional e como ele pode ser O autor apresenta um estudo claro e relevante sobre
utilizado na Educação Básica em atividades que não argumentação, abordando suas bases e dissertando
demandam dispositivos computacionais, também sobre os principais tipos de argumento.
conhecidas como desplugadas. Larrosa, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo
Brasil. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial Horizonte: Autêntica, 2015.
da União, Brasília, 16 jul. 1990. Disponível em: http:// Nessa obra, o autor questiona e discute a definição de
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso experiência e seu impacto no processo educacional.
em: 20 jul. 2022. Marques, Isabel A. Interações: crianças, dança e escola.
Documento que apresenta as leis e as diretrizes São Paulo: Blucher, 2012.
acerca dos direitos das crianças e dos adolescentes e A autora apresenta experiências do ensino de dança,
dos deveres da família e da sociedade, representada apontando possíveis caminhos metodológicos ao
pelo governo e por seus órgãos. professor de dança, e defende o direito de as crianças
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação experimentarem essa linguagem artística como forma
Básica. Base Nacional Comum Curricular: de agir e de se expressar no mundo.
XLVI ARTE
Morán, José. Mudando a educação com metodologias Zabala, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto
ativas. In: Souza, Carlos Alberto de; Morales, Ofelia Elisa Alegre: Artmed, 2007.
Torres (org.). Convergências midiáticas, educação e O autor aborda a ação educativa e o modo de
cidadania: aproximações jovens. v. 2. ensinar por meio da função social do ensino e pela
Ponta Grossa: PROEX/UEPG, 2015. (Coleção Mídias concepção dos processos de aprendizagem.
Contemporâneas). p. 15-33. Disponível em: http://
www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/
mudando_moran.pdf. Acesso em: 23 abr. 2022.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
Artigo em que são discutidas e abordadas as
metodologias ativas na educação e sua relação com COMPLEMENTAR COMENTADO PARA
a tecnologia. PESQUISA E CONSULTA
Morin, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do
futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2011. Associação Brasileira de Educação Musical (Abem).
Nesse livro, o autor apresenta e discute os principais Disponível em: http://abemeducacaomusical.com.br/.
desafios e os saberes necessários para a educação no Acesso em: 9 maio 2022.
século XXI.
O site da Abem reúne diversas possibilidades
Pareyson, Luigi. Formazione dell’opera d’arte. In: Pareyson, de apoio ao educador musical, como falas em
Luigi. Estetica: teoria della formatività. Bologna: congressos, periódicos e duas publicações
Zanichelli, 1960. próprias: a revista Música na Educação Básica e a
No artigo, o filósofo italiano discute os elementos Revista da Abem.
de composição da obra de arte pela perspectiva da
Barbosa, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. 7 ed. São
estética, ramo específico da filosofia.
Paulo: Perspectiva, 2012.
Perrenoud, Philippe. Cuando la escuela pretende preparar
para la vida. Barcelona: Graó, 2014. Nesse livro, basilar para a área de educação pela
Arte, Ana Mae Barbosa aborda ideias e propósitos
Nessa obra, é desenvolvida e discutida a ideia
dominantes no ensino de Arte no Brasil e contribui
da escola como local de preparação para a vida,
para a reflexão sobre o ensino de Arte na escola.
abordando competências e habilidades no lugar de
conteúdo disciplinar. Barbosa, Ana Mae. Arte na educação: interterritorialidade
Pimentel, Lucia Gouvêa. Abordagem Triangular e as refazendo interdisciplinaridade. Design, Arte e
narrativas de si: autobiografia e aprendizagem em Tecnologia 4. Bauru/São Paulo/Rio de Janeiro:
Arte. Revista GEARTE, Porto Alegre, v. 4, n. 2, Unesp-Bauru/Rosari e Universidade Anhembi
p. 307-316, maio/ago. 2017. Disponível em: https:// Morumbi/PUC-Rio, 2008.
seer.ufrgs.br/gearte/article/view/71493/43534. Acesso No artigo, Ana Mae Barbosa, referência na área de
em: 22 fev. 2022. arte-educação, chama a atenção para a dominação
Nesse artigo, a Abordagem Triangular é considerada dos códigos culturais europeu e estadunidense,
por uma perspectiva contemporânea, o que incentiva destacando a necessidade de rearticular valores
e mobiliza o professor de Arte a buscar uma culturais democráticos.
metodologia própria.
Brasil. Lei n. 9 394, de 20 de dezembro de 1996.
Torres, Patrícia Lupion; Irala, Esrom Adriano.
Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
Aprendizagem colaborativa: teoria e prática. In:
L9394.htm. Acesso em: 3 maio 2022.
Torres, Patrícia Lupion (org.). Complexidade: redes
e conexões na produção do conhecimento. Curitiba: Texto que trata da Lei de Diretrizes e Bases da
Senar, 2014. p. 61-93. Educação Nacional.
ARTE XLVII
A autora reflete sobre o modo como docentes Silva, Helena Lopes da. Escutar para criar e/ou criar
Guarani Mbya, da aldeia Tenonde Porã, em São para escutar: provocações para a aula de música
Paulo (SP), conduzem as práticas musicais na Escola dos anos finais do Ensino Fundamental. Revista
Estadual Indígena Guarani Gwyra Pepo, privilegiando Orfeu, Florianópolis, v. 6, n. 2, p. 213-234, set. 2021.
a experiência nos processos de ensino-aprendizagem Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/
de música, tanto entre pares quanto intergeracional. orfeu/article/view/19249. Acesso em: 8 maio. 2022.
Gouthier, Juliana. História do ensino da Arte no Brasil. In: No artigo, a autora discute resultados de pesquisas
Pimentel, Lucia Gouvêa (org.). Curso de especialização realizadas em escolas públicas sobre ensino de
em ensino de artes visuais. v. 1. Belo Horizonte: música com base na escuta criativa e na integração
Escola de Belas-Artes, 2009. com outras linguagens artísticas.
Miranda, Bernardo. Espaços para o teatro e o teatro A obra e o capítulo em questão abordam as
no espaço da cidade: estudo do caso de Niterói. especificidades da avaliação em Arte e propõem
VI Jornada Nacional Arquitetura, Teatro e Cultura, um entendimento de avaliação que visa ao
2021. Disponível em: http://www.unirio.br/reitoria-2/ desenvolvimento integral dos estudantes.
espacoteatral/arquivos/evento-extensao/ANAIS_
VIJORNADA_NACIONAL_2021.pdf#page=161.
Acesso em: 5 maio 2022.
O autor estuda a relação do teatro com a cidade de
Niterói (RJ) analisando como os grupos de teatro
locais se relacionam com os espaços urbanos. Além
disso, discute a democratização do acesso ao teatro
e seu impacto na economia criativa local, bem como
políticas públicas para ampliar o acesso da população
e dos grupos de teatro à cidade.
Perrenoud, Philippe. 10 novas competências para ensinar.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
O autor propõe um inventário com dez competências
fundamentais para o exercício da docência e para o
aprimoramento da educação no Ensino Fundamental.
XLVIII ARTE
RUMOS DA ARTE
RUMOS DA
ARTE
MANUAL DO
PROFESSOR