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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO - CEDU


PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

MARIA KAROLINE SALUSTIANO ALVES


TALISSON KAUÃ DA SILVA GUSMÃO
WIL ROBSON DE SOUZA
SARA VIEIRA LOPES

POLÍTICA;
QUEM MANDA, POR QUE MANDA, COMO MANDA

Por João Ubaldo Ribeiro

TRABALHO

MACEIÓ 2022
MARIA KAROLINE SALUSTIANO ALVES
TALISSON KAUÃ DA SILVA GUSMÃO
WIL ROBSON DE SOUZA
SARA VIEIRA LOPES

POLÍTICA;
QUEM MANDA, POR QUE MANDA, COMO MANDA

Por João Ubaldo Ribeiro

Trabalho voltado ao tema


Política, quem manda, por que
manda, como manda.
Da matéria de fundamentos
Políticos da educação.

MACEIÓ 2022
Ribeiro começa seu livro falando sobre o que é política e o que ela significa.
Demonstra o fato de que a política não é simplesmente um exercício de poder -
considere essa uma definição muito ruim para um assunto tão complexo -, mas sim
um processo em que determinados interesses são considerados como objetivos, onde
uma análise aprofundada é necessária antes de uma decisão pode ser feito. Ele disse
que a política pode ser analisada como a relação entre quem é responsável, por que
é responsável e como é responsável, podendo ser considerada tanto uma arte quanto
uma ciência. . Ribeiro afirma que o exercício do poder é inerente a cada pessoa, por
isso o exercemos mesmo inconscientemente. O preconceito, por exemplo, em suas
mais diversas formas, é reflexo da influência que um poder exerce sobre os indivíduos
de uma sociedade no processo de criá-la, de forma quase sutil. Mesmo que um
indivíduo se considere apolítico, ele involuntariamente exerce seu direito político de
não participar.

O cotidiano moderno é marcado por divisões funcionais que conduzem a tomadas de


decisão concretas, sugerindo que o comportamento humano está necessariamente
atrelado à consciência política na maioria de seus aspectos. Mesmo que um indivíduo
não atue de acordo com o cenário político, ele pode e provavelmente será enquadrado
em um aspecto representativo daquela sociedade. O simples ato de votar é
politicamente correto e irrevogável. Toda sociedade é de alguma forma politizada,
definida pelos mecanismos estabelecidos por meio dos quais as decisões públicas
são formuladas e aplicadas. No entanto, isso não significa que sempre haja um
governo centralizado.

Aqui, o autor decifra o conceito através de uma “história” hipotética que descreve a
evolução de uma sociedade primitiva até a formação do que podemos identificar como
uma grande organização de governança, e como essa organização pode levar essa
sociedade a situações de conflito interno e externo conflito, bem como o surgimento
de uma religião. O autor enfatiza a diferença entre Estado e Nação, dois conceitos
considerados muito próximos pelo cidadão comum. O Estado é uma organização
legalmente organizada, social e política, dirigida por um governo que afirma ser
soberano interna e externamente. Por seu lado, uma Nação é a representação de um
todo cultural, constituído por hábitos e valores partilhados por um grupo de pessoas,
o que lhe confere um sentido de identidade e unidade.
O que o Estado e a Nação têm em comum é que não precisam de um território fixo
para existir. Os ciganos são citados como exemplo – um povo com cultura e identidade
diferentes, mas com comportamento nômade. Ribeiro explicou que para um país ser
soberano não pode depender de nenhum outro país. Se um país faz parte de um
estado subjugado, ele “pertence” ao estado dominante – isso é característico de
alguns países menos desenvolvidos. Atualmente, devido à interdependência dos
países devido à globalização, mais precisamente no campo econômico, nenhum país
possui soberania total.

Da mesma forma, os pequenos estados são relativamente soberanos, sob pressão


dos gigantes que dominam a economia. Em tese, o Estado deveria representar o
interesse público, a felicidade do povo, atender a todas as suas necessidades. No
entanto, a triste realidade, especialmente no Brasil, é que a maioria das decisões
tende a ser tomada no interesse da elite. Tudo isso porque a ordem jurídica – a lei –
é monopolizada pelo Estado. Por lei, o Estado tem o poder de perdoar e punir, iniciar
ou acabar com a guerra, oprimir ou eliminar. Uma ferramenta poderosa para o controle
populacional.

O que o autor descreve como "violência" refere-se ao fato de que, com ou sem
consentimento, um indivíduo é obrigado a respeitar um conjunto de leis definidas por
um terceiro, quer ele saiba o que é ou não. Ribeiro explica brevemente o papel do
Estado em uma nação. Basicamente: ele faz leis, administra assuntos públicos e
aplica leis a casos específicos. São considerados pontos que descrevem os três
poderes do Estado (executivo, legislativo, judiciário), que o autor imediatamente
elucida, observando que esses poderes não são divididos e definidos, como as
pessoas pensam. Aliás, seria uma forma recente de “esconder” o simples e
surpreendente fato de que o Estado centraliza todo esse poder em um só lugar.

Outro ponto importante enfatizado por Ribeiro é a intervenção do Estado no ambiente


econômico, onde muitas vezes o Estado tem que atuar como intermediário para evitar
que um desequilíbrio grande o suficiente leve ao monopólio, mesmo que
investimentos em áreas não sejam permitidos. interesse do setor privado. Ribeiro
expõe algumas das muitas visões que as pessoas podem ter sobre o Estado e seu
papel na sociedade que governa. Alguns acreditam que o homem, o animal que é,
deve ser controlado externamente por um poder superior, enquanto outros acreditam
que é o estado o responsável pelo negativismo que o homem desenvolve ao longo de
sua vida.

Ainda podemos pensar no Estado como uma benção e uma maldição, uma evolução
ou mesmo um retrocesso, entre as muitas correntes teóricas atuais. Ribeiro também
fala sobre a democracia e a ambiguidade a que ela se refere devido às diferentes
aplicações de alguns de seus conceitos em diferentes países. Ou ainda, às vezes,
quando o bar é forçado a fazer as pessoas acreditarem que existe sim democracia –
a realidade nem sempre é o que está escrito no papel. Mesmo o voto popular,
considerado o mais puro representante da democracia, não garante que não haja
manipulação nos bastidores. A democracia em sua forma mais pura e direta é algo
distante da realidade atual, exigindo uma análise minuciosa das possibilidades.
REFERENCIAS

Ribeiro, João Ubaldo 3 ed. Política; quem manda, por que manda, como manda / João
Ubaldo Ribeiro. — 3.ed.rev. por Lucia Hippolito. — Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1998.

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