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REGIME POLÍTICO: UM ENSAIO SOBRE EDUCAÇÃO E POLÍTICA

LEONIDAS MEDEIROS JR.

RESUMO: Com base inicial no livro A Política de Aristóteles, pode-se criar eixos para
pesquisa de qual regime político se alinha ao ideal de um povo. Ao mesmo tempo, faz-se
uma comparação no nível de educação familiar, educação de criação e meio, buscando
realçar as características que podem se tornar indicadores do referido regime. Nessas
considerações levam-se em conta os momentos de uma vida cotidiana a fim de demonstrar
que todos os regimes são usados rotineiramente, muitas vezes sem essa percepção de
contexto, e firmados dentro de uma família cristã ─ tendo em vista a experiência do autor
e sua circulação neste meio. Ao final busca-se deixar para reflexão o entendimento de
qual a melhor maneira de se administrar um povo ou comunidade lincando-o ao nível de
entendimento, educação e capacidades pessoais de ser gerido.

Palavras-chave: Ciência Política, Regime Político e Educação familiar.

BRASILIA

NOVEMBRO 2022
Analisando inicialmente o livro “A Política” de Aristóteles, os eixos para uma
pesquisa sobre o Regime Político adequado a um povo, em um artigo sobre a correlação
entre educação e política.

Desde o tempo das grandes descobertas marítimas, as pessoas que vieram para a
América tinham o intuito de tornarem-se ricas, preferencialmente, “da noite para o dia”.
O Brasil estava nessa rota, tornando-se um país com o povo de característica positiva,
com uma história marcada pela extração mineral e vegetal, escravização e espírito de
sobrevivência, de colonização nada fácil. A política adotada para gerenciar esse povo,
desde aquela época, foi muito contundente na aplicação de impostos, taxas e exploração.
Muitas decisões tomadas vislumbravam favorecer classes dominantes. Até a criação do
mito da “manga com leite” ser mortal, surgiu durante a época da escravidão e sobreviveu
até os dias atuais.

Por mais tempo que passe, com a falta de compromisso moral, muitas alegações
correm os noticiários para justificar os rumos que a administração do país vem tomando.
Mas a gênese, o entendimento, a correção já estavam disponíveis desde a antiguidade.
Não saber como fazê-la, talvez denote desconhecimento ou falta de um processo
adequado à realidade da nação. Há de encontrar explicação, pois um país que constrói
também se instrui.

Aristóteles (384 - 322 a.C.), filósofo grego, aluno de Platão, nos deixou como
herança obras ético-políticas, dentre elas A POLÍTICA, na qual esclarecendo diferentes
modelos (políticos) que existiam no seu tempo, enumerou mais de uma centena de
constituições de cidades ou países diferentes e procurou suas semelhanças e diferenças,
evidenciando a natureza de cada regime. Toda a sua filosofia assenta numa observação
minuciosa da natureza, da sociedade e dos indivíduos: “A politica não deveria ser a arte
de dominar, mas sim a arte de fazer justiça” (ARISTÓTELES). Este coerente pensamento
poderia ser a busca na administração política, visto que o uso de ataques a outras
administrações objetiva dominar, esconder fragilidades ou mesmo, tendências obscuras,
e a Democracia, por si só, é uma ferramenta para a justiça, mas nem sempre compreendida
pelo povo que não esteja preparado para tal.

Para Platão o ser humano é composto de corpo físico e alma, aquela que dá anima
que movimenta o corpo, elas habitavam o mundo das ideias e caíram para ocupar os
corpos (que são imperfeitos). Para ele a alma, antes de habitar um corpo, passa por um
esquecimento e, para ser resgatado o que foi deixado, haveria a reminiscência onde o ser
humano através do que os gregos chamavam de paidéia ─ processo dialético da síntese
dos conteúdos com dedicação à educação dos 7 aos 30 anos no mundo sensível através
do estudo fazendo as pessoas progredirem através das reminiscências. As almas eram
divididas em três tipos Corrupcível, Irascível e Racional

Na visão aristotélica, todo Estado é uma sociedade. Todas as ações dos homens
têm por fim aquilo que consideram um bem, sendo a política um elo entre o que é justo e
o que gera felicidade de forma geral. Na consolidação desse amontoado de pessoas, os
indivíduos abrem mão de seu interesse pessoal por perceber um bem maior da
coletividade, revelando assim a consciência política, fruto da relação de educação e
cidadania. A argumentação evidencia que para ser cidadão, deve-se participar da vida
política, das decisões em assembleias, definição de leis e deveres para toda população
cumprir, efetivamente, não bastando que o bem seja feito se não for transformado em
forma de uma vida feliz para todos. “Como sabemos, todo Estado é uma sociedade, a
esperança de um bem, seu princípio, assim como de toda associação, pois todas as ações
dos homens têm por fim aquilo que consideram um bem” (ARISTÓTELES).

Em uma sociedade perfeita, há que existir um cidadão perfeito, aquele que não só
pratica uma boa ação ou faz somente o bem, mas o cidadão que participa ativamente da
construção social de seu meio construindo a cada dia que passa uma cidade melhor de se
viver, através da democracia. “Não é sempre a mesma coisa ser um bom homem e ser um
bom cidadão” (ARISTÓTELES).

A ética, a política e a educação.

Um país precisa ser justo, integrado, dividido em porções para administração,


evitando as minorias com direitos que se confrontam. A família é a base e as crianças
devem ter uma infância leve, lúdica e generosa. Quando os representantes de um povo
estão relacionados a falcatruas e escândalos, seria falta de comprometimento deles? Seria
falta de ética, política inadequada ou simplesmente ausência de educação?

A ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que


motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, na qual o
homem encontra a sua realização e plenitude. Portanto, ligando-se o homem a uma ação
ética dentro de um ambiente definido (cidade), pode-se chamar de política.

A política define o que é importante na arte de governar, qual a intensidade da


relação harmoniosa em sociedade e a determinação do que seja o bem, pertencendo a mais
elevada e importante das ciências. Aristóteles afirmava que a grandeza não consiste em
receber honras, mas em merecê-las. Será que estamos seguindo nesse rumo? A busca pela
grandeza desenfreada está desalinhando os pensamentos e as doutrinas científicas da
relação humana?

Desdenhar da educação, do esclarecimento, favorecendo o desvio de conduta civil


é muito nocivo ao equilíbrio de um ambiente social. A carga aplicada em cima de
propaganda ideológica e seus programas sociais, evidenciando as “conquistas
inquestionáveis”, sem o equilíbrio ou esclarecimento de suas consequências sociais e
econômicas, são pura irresponsabilidade e podem gerar uma falsa sensação de
prosperidade parcial.

Os integrantes de um Estado, não devem suportar a desonestidade, a perda da


dimensão ética da moral com a administração das cidades, pois a política é direcionada à
sociedade, não permitindo que os interesses individuais se sobressaiam diante do bem
comum. Uma educação direcionada ao conhecimento das capacidades, direitos, deveres
e formação política diferenciam-no a merecer a prosperidade. A visão política do Filósofo
é do parlamento do povo e para o povo, onde se discutem os interesses comuns, pois estes
são por essência políticos, com predicado moral do diálogo entre si para a construção de
uma cidade justa.

A família, formada a partir da união do homem com a mulher, é a primeira


instituição política ao qual o homem se integra. O interesse comum permeia todos os
cidadãos para que possam garantir seu sustento, se alimentar e se vigorar fisicamente.
Dentro da pólis o homem é o centro de todas as coisas e mantém uma relação íntima com
a cidade, onde expressa sua conduta, se manifesta, participa em ações políticas,
construindo harmoniosamente o bem estar e a felicidade, para garantir o bem coletivo.

A política de início se refere à estrutura e a organização da cidade, visa ao seu


bom funcionamento e aperfeiçoamento, tornando as pessoas virtuosas e éticas,
transformando-se em uma peça fundamental para a efetivação da vida feliz e plena, regida
pela lei e pela justiça. O homem quando separado destes preceitos é um animal do mais
baixo nível de desenvolvimento.

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do
feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o
peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância
política nasce[...] o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo (BRECHT1).

Estudar as relações de poder na sociedade, as forças na relação entre o povo e o


governo, nos ajuda a entender como este funciona, assim como as leis, os partidos e o que
influencia ou regulamenta a nossa vida em sociedade.

Qual o melhor regime político?

O legado da civilização grega clássica abrange invenções institucionais, literárias,


artísticas, teóricas e uma cultura fértil para o desenvolvimento da política, cujo grande
destaque é a criação da cidade (pólis), que bem localizada no tempo, pode ser considerada
uma elaboração fruto de um descontentamento do modelo de realeza feudal com
dominação absoluta e despótica (KIRCHHEIN, 2008).

A ciência política grega estudava constituições e generalizava a relação entre


a natureza humana e as instituições políticas [...]. As monarquias tendem a
degenerar em tirania, as tiranias são derrubadas pelas aristocracias, que
degeneram em oligarquias que exploram o povo e são derrubadas pelas
democracias, que por sua vez degeneram na intolerável instabilidade do regime
da turba, que aproveita algum líder poderoso para se estabelecer como
monarca, recomeçando todo o ciclo novamente. Esta é a versão da ciência
política que vemos poderosamente exposta mais tarde por um grego chamado
Políbio, cuja principal preocupação era explicar a política romana a seus
compatriotas; outras versões do ciclo político são encontradas em Platão e
Aristóteles (MINOGUE, 1998, p. 26-27).

Aristóteles conceitua que devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os


desiguais, na medida de sua desigualdade. Em sua busca de estabelecer uma democracia
direta, defende um tipo perfeito de cidadão, capaz de participar da construção harmoniosa
da cidade, apto a representá-la nas obrigações e deveres políticos, de forma participativa,
empenhado na consolidação da justiça.

1
O texto é atribuído a Brecht pela primeira vez em Terra Nossa: Newsletter of Project Abraço, North
Americans in Solidarity with the People of Brazil, Vols. 1-7 (1988, p. 42), mas em alemão, a língua
original do autor.
Tratar pessoas diferentes de forma igual ou os iguais, de forma desigual, também
já era criticado por Rui Barbosa. Portanto, utilizando os próprios conceitos descritos e
focado na relação social ─ conjunto lasso de interações que os indivíduos estabelecem na
convivência em sociedade, faz-se um paralelo da forma de governar um povo com a forma
de governar um lar. Sim, um lar, habitação, residência composto de pessoas distintas e
criadas sob um mesmo teto e mesmo regime, constituindo a família.

Não teríamos melhor exemplo do que retratar uma família: mais antiga instituição
social da humanidade, ressaltando, porém, que as comparações a serem realizadas, têm a
intenção de despertar o pensamento para uma análise posterior do entendimento da
relação entre povo e governo, partindo de dentro dos lares que formam nosso
entendimento social.

Para iniciar essa escalada de fatos, considere a união de um casal. Ao iniciarem


um relacionamento, o homem e a mulher2 trocam sua liberdade pelo prazer da companhia
um do outro. A alegria de estar mais completo e a certeza de ter um ombro amigo, para
se apoiar, uma companhia frequente, já os coloca numa condição de entender as novas
regras que o outro naturalmente impõe, fruto da experiência vivida, o que fatalmente irá
inibir as ações outrora livres, com algumas necessárias e novas considerações de liberdade
de ação.

Vem o primeiro filho e tudo na casa vai girar em torno dele. Apenas como
exemplo, os fumantes são capazes de abrir mão do cigarro, assim como os pândegos de
diminuírem suas farras, se perceberem que seus produtos e ações podem afetar a saúde e
bem estar do bebê. Nesse momento, inicia-se a visão paralela da relação dos PAIS
(Estado) e seus FILHOS (Povo), incluindo as decisões cotidianas de uma criação normal
dentro do conceito de família cristã3, em uma forma branda com objetivo cognitivo.

A criança nasce e tudo que ela precisa lhe é dado, pois essa relação explícita de
oferecer o melhor ao ente querido é clara. As decisões do que comer, como proceder na
troca das roupas, onde deitar, o uso de cobertor ou não, são gerenciadas pelos pais, sem
consulta prévia aos filhos, não se abstendo da observação continuada e da preocupação

2
”Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”
Gênesis 2:24
3
comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão da Trindade, chamada a partilhar da oração e do
sacrifício de Cristo.
com os sinais de seus desejos. Regime Totalitarista impera, onde todos os poderes ficam
concentrados nas mãos do Estado, não havendo espaço para a prática da democracia, pois
o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com sua vontade.

Quando o filho avança em seu crescimento e inicia suas primeiras caminhadas


dentro de casa, as preocupações aumentam, seu nível de aprendizado está maior, mas o
entendimento da razão ainda permeia um nível muito baixo. Ao aproximar seu dedo de
uma tomada elétrica, ato comum da curiosidade infantil, os pais o alertam com um
poderoso “não”... Talvez ele entenda, mas o risco do desconhecido pode ser adiado para
futura aventura. O normal é o jovem bebê levar uma sutil repreensão, como um aperto na
mão, caso desobedeça a aquele “não” inicial, o que marca a primeira demonstração de
respeito – o medo. Sem a menor intenção de magoar o filho, os pais sabem que esse sinal
irá garantir que o mesmo (por medo) não tente introduzir um indicador na tomada elétrica.
O nível de consciência, educação e entendimento do bebê fizeram com que a melhor
conduta de gerenciamento da política caseira fosse o Regime Autoritarista uma forma
de governar a casa com obediência absoluta à autoridade, em oposição à liberdade
individual ainda deficiente e expectativa de obediência inquestionável dos filhos, por
entender suas necessidades.

Ao se desenvolver um pouco mais, a criança já possui suas vontades, distingue


seus gostos, tem as próprias ideias, ainda dependendo fortemente dos pais, para as
decisões cotidianas e programação da rotina, com baixa capacidade de planejamento.
Vive-se um Regime Ditatorial, onde o Pai aglutina os poderes executivo, legislativo e
judiciário de sua casa, buscando controlar os setores mais importantes, estabelecendo seus
passeios, alimentação e diversão, observando os sinais que seus descendentes
demonstram e preferências, denotando um regime inteligente de relacionamento.

Nesse ponto da evolução da criança, o filho ganha um irmão e todo aquele aparato
montado, será dividido com o novo integrante. Algumas vezes o ciúme aparece, mas a
certeza é de que ele também passará por todas as fases do irmão mais velho e que, dentro
do conceito familiar citado, dividirá a comida, dormida e demais atenções. Numa
refeição, assim como na divisão do lugar de andar dentro do carro, ônibus ou avião,
naturalmente haverá a disputa e a sábia decisão dos pais será a divisão de tudo. Um litro
de suco é para ser disfrutado por todos; quatro bifes no almoço serão divididos e o
entendimento da comunhão, do condicionamento da vida do homem a uma conduta tanto
pessoal quanto coletiva, o seu dever de cuidar e participar daquilo que é de todos, será
considerado (preocupação de Aristóteles com a posição de cidadão perante a organização
da cidade). Vive-se um Regime Comunista ou Socialista cujo primeiro tem uma
ideologia pretendendo promover uma sociedade igualitária, baseada na propriedade
comum dos meios, e o segundo com a organização econômica, advoga à administração e
a propriedade pública ou coletiva dos meios existentes e distribuição de seus bens,
caracterizados pela igualdade de oportunidades e meios para todos os filhos, com um
método igualitário de compensação.

O tempo passa e já despontando de maior independência, conseguindo formar um


entendimento das relações familiares, associados aos desejos próprios e as capacidades
em realizá-los, somado a uma busca de independência, os filhos querem agir numa
sequência de prioridades próprias. Dotados então, de um grau majorado de
responsabilidade, discernimento e senso comum, os jovens querem alterar a hora do lazer
com as obrigações do estudo e pedem pra sair com os amigos. No entendimento parcial
dos pais eles recebem a negativa, que prontamente é retrucada apresentando argumentos
considerados importantes, “mas é aniversário do nosso melhor amigo”. Através de
explicações e contextos, não se abstendo das práticas combinadas anteriormente,
conseguem demonstrar capacidade e a negativa inicial é substituída por um “sim” parcial.
Vive-se um Regime Democrático, cabendo a cada um o entendimento da sua posição
perante as regras da casa e a aplicação da justiça quando necessária, para garantir não só
a sua felicidade, mas, a de todos. As imposições do bem comum e da relação social da
família aparecem como linha ordenadora. As obrigações para o bem estar, preterem o
individual, zelando pela ordem e o bem comum.

Distingue-se o bem do mal, da maneira mais justa de criar condições de felicidade


aos integrantes da família e pode-se inferir ao estado de educação as decisões dos regimes
a se administrar um ambiente social chamado: família. Há que se pensar melhor à qual
tipo de regime politico uma sociedade deve ser submetida, sem se influenciar as
avocações que os representantes políticos apresentam. Ao mergulhar nesse conceito, é
possível entender que a mistura de vários regimes seria totalmente compreensível, se os
ambientes sociais apresentarem níveis de educação e discernimento distintos. Pode-se
entender o porquê das diferenças globais de sociedades bem sucedidas, com regimes
antagônicos.
Conclusão

Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos
filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina
graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente. (Platão, Carta Sétima, 326b).

A evolução natural da sociedade estabelece que os homens se constituam em


famílias e estas formem as bases da sociedade, obedecendo a princípios éticos e leis de
ordem moral. Esta união natural faz com que os homens sejam governados por uma
autoridade, impedindo que passe pelo estado de desordem, visando à felicidade coletiva,
através da entrega voluntaria à moral do bem comum.

A partir da evolução social, econômica e antropológica da família, da aldeia e por


último da cidade, a política a ser adotada, através da boa convivência social, onde as
pessoas se empenham em dar de si o melhor e ao mesmo tempo criam uma consciência
social, jurídica e ética como apresentado pelo filosofo grego, atinge seu grau máximo de
desenvolvimento, após sua definição de educação.

Transcorrendo alguns aspectos da política, penetramos no pensamento filosófico


de Aristóteles, correlacionando com aquilo que ele chamou de primeira instituição
política ao qual o homem se integrou: a família, para estabelecer um indicador para
regime político.

Fica evidente a preocupação de se identificar os níveis adequados de educação,


responsabilidade, discernimento e senso comum de cada agrupamento de pessoas que
precisam ser regidas, de maneira a estabelecer o Estado ideal desse relacionamento, as
melhores e mais válidas relações, visando o bem estar, o empenho individual capaz de
garantir a felicidade das pessoas, determinando a melhor forma de se resolver problemas
e levar o homem a sua plenitude.

Dessa forma, um resumo desta conclusão expõe que o nível de educação e


discernimento está diretamente relacionado e à escolha do regime a ser utilizado,
seguindo o raciocínio do exemplo aqui apresentado, acompanhado de possíveis
contestações, naturais de opiniões desta simples, mas complexa definição de
administração política.
REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Política. Tradução: Pedro Constantin Tolens. 6ª Ed. Martin Claret.


São Paulo-SP. 2001.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução: Pietro Nassetti. São Paulo. Martin


Claret, 2006.

BRECHT, Bertolt. Analfabeto político. Disponível em:


<https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-
BR&q=Bertolt+Brecht%2C+O+analfabeto+pol%C3%ADtico&btnG=&lr=>. Acesso
em 08 jul. 2015.

KIRCHHEIN, A. F. Fundamentos de Ciência Política. Curitiba: Ibpex, 2008. v. 1.


218p.

MINOGUE, Kenneth. Política – uma brevíssima introdução. Tradução de Marcus


Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

MONOGRAFIAS ONLINE. O ensaio. Disponível em:


<http://www.monografiasonline.com.br/ensaio.asp>. Acesso em 30 jun. 2015.

OLIVEIRA, Leonildo D. de. Ensaio sobre a política (Aristóteles). Disponível em:


<http://www.webartigos.com/artigos/ensaio-sobre-a-politica-aristoteles/95880/>.
Acesso em 08 jul. 2015.

PEIXOTO, Miriam Campolina D. & PARANHOS, Washington da Silva. Filosofia e


política. Edições Loyola. São Paulo. 2004.

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