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Escola Secundária Josina Machel

Filosofia Política Antiga


Aristóteles

Cornell Machado (08)


Shaznil Mussagy Sulemane (34)

Docente: António Mabongo


Indices
Introdução ...................................................................................................................................2
As Quaro Causas .........................................................................................................................2
Origem do estado ........................................................................................................................3
Funções do estado .......................................................................................................................3
Formas de governo ......................................................................................................................4
Introdução

“A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces”. Disse: Aristóteles

Nascido em Estagira, mudou-se aos 17 anos para Atenas, onde viera conhecer Platão, que
acabou por se tornar seu discípulo, o grande filósofo foi também professor e Alexandre Magno.
Suas reflexões filosóficas – por um lado originais e por outro reformuladoras da tradição grega –
acabaram por configurar um modo de pensar que se estenderia por séculos. Prestou inigualáveis
contribuições para o pensamento humano, destacando-se: Ética, Política, Física, Metafísica,
Lógica, Psicologia, Poesia, Retórica, Zoologia, Biologia, História Natural e outras áreas de
conhecimento humano. Atenas é onde Aristóteles fundou também em 335 a.C., a Escola Liceu
(depois se transformou na Escola Peripatética), onde passou o restante de sua vida, estudando e
ensinando e escrevendo.

Aristóteles faleceu aos 62 anos, em 322 a.C. na cidade de Calcis, deixando assim uma esposa
(Pítia) e dois filhos (Pítias e Nicômano).

As Quaro Causas

Segundo Aristóteles, há quatro causas implicadas na existência de algo:

1. Causa material: daquilo que a coisa é feita como, por exemplo, o trigo.
2. Causa formal: é a coisa em si mesmo, por exemplo, um pão.
3. Cause eficiente: aquilo que dá origem a coisa feita como, por exemplo, as mãos de um
padeiro.
4. Causa final: seria a função para a qual foi feita como, por exemplo, alimentar.

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Origem do estado

Aristóteles considera o homem como “animal político”, animal que tende a viver em
sociedade por sua própria natureza. Aquele que não necessita a vida em sociedade ou é um Deus,
que não depende de ninguém, ou é um animal bestial, isto é, animal irracional. Aristóteles
acreditava que o Estado é uma manifestação natural da natureza humana, e esta acontece de
modo gradual começando pelas uniões civis mais simples (o homem e a mulher que formam uma
família), até a das grandes comunidades (aldeias, povoados), estas desenvolveram-se e formaram
cidades (Estados). O estado, então, é superior ao indivíduo, portanto a coletividade é superior ao
indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação
de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode
realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.

Funções do estado

O estado provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e


positivas, defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas
o seu fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, consequentemente, a felicidade
dos súditos mediante a ciência. Para Aristóteles, a felicidade não é um objetivo puramente
individual, mas sim um estado alcançado por meio da vida em comunidade, na qual os cidadãos
vivem de acordo com a virtude e são capazes de realizar suas potencialidades. Além de buscar o
bem comum, o Estado também tem a responsabilidade de garantir a segurança e a justiça dentro
da sociedade. Ele deve criar leis e instituições que protejam os direitos e as liberdades dos
cidadãos, assegurando uma convivência pacífica e harmoniosa.

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Formas de governo

Aristóteles classificou as formas de governo em três categorias puras: monarquia,


aristocracia e democracia. Cada uma dessas formas possui uma ênfase diferente na distribuição
do poder e na tomada de decisões políticas.

• Monarquia: A monarquia é a forma de governo em que um único governante detém o


poder supremo. Aristóteles defendia a monarquia quando o monarca governava em
benefício de todos os cidadãos, visando ao bem comum. Nessa forma de governo, a
autoridade é concentrada em um único líder virtuoso e sábio.
• Aristocracia: A aristocracia é a forma de governo na qual um grupo de pessoas virtuosas e
qualificadas governa em benefício da sociedade. Aristóteles considerava a aristocracia
como uma forma ideal de governo, pois permitia que aqueles com maior sabedoria e
virtude tomassem as decisões políticas em nome de todos. No entanto, quando a
aristocracia se tornava um governo dominado pelos interesses de poucos privilegiados,
ela degenerava em oligarquia.
• Democracia: Aristóteles via a democracia como uma forma perversa de governo, em que
o poder é exercido pela maioria dos cidadãos. Ele acreditava que a democracia tende a ser
instável e suscetível a influências demagógicas, nas quais líderes populistas manipulam
as emoções do povo para alcançar seus próprios

Ele reconheceu que cada forma tem suas vantagens e desvantagens, mas defendeu que a
monarquia virtuosa e a aristocracia governada pelos melhores são as formas ideais de governo.
No entanto, ele alertou para os perigos das degenerações dessas formas, como a tirania, a
oligarquia e a demagogia. Essa análise das formas de governo visava encontrar um equilíbrio
entre o poder concentrado e a participação popular, a fim de alcançar a estabilidade e o bem-estar
coletivo.

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Conclusões

A partir das ideias de Aristóteles na filosofia política, podemos extrair as seguintes conclusões:

• O Estado é fundamental: Aristóteles defende que o Estado é uma instituição natural e


necessária para a vida em sociedade. Ele reconhece a natureza política dos seres humanos
e a importância de viver em comunidade para alcançar a plenitude individual e coletiva.
• A busca pelo bem comum: Aristóteles enfatiza que a função primordial do Estado é
buscar o bem comum e promover a virtude. O Estado deve garantir a justiça, a segurança
e criar condições para que os cidadãos possam alcançar a felicidade e desenvolver suas
capacidades.
• Importância da virtude: Aristóteles destaca a importância da virtude tanto para os
governantes como para os cidadãos. A virtude é fundamental para o bom funcionamento
do Estado e para a busca do bem comum. Governantes virtuosos e cidadãos virtuosos
contribuem para uma sociedade mais justa e harmoniosa.
• Formas de governo equilibradas: Aristóteles classifica as formas de governo em
monarquia, aristocracia e democracia. Ele argumenta que a monarquia virtuosa e a
aristocracia governada pelos melhores são as formas ideais de governo. No entanto, ele
também alerta para as possíveis degenerações dessas formas, como a tirania, a oligarquia
e a demagogia. É necessário encontrar um equilíbrio entre a concentração de poder e a
participação popular para evitar abusos e promover a estabilidade política.

Essas conclusões destacam a importância do Estado como organizador da vida em sociedade, a


busca pelo bem comum, a necessidade de virtude tanto dos governantes como dos cidadãos, e a
busca por formas de governo equilibradas. As ideias de Aristóteles ainda são relevantes para a
reflexão e o debate sobre filosofia política nos dias atuais.

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Bibliografia

• BIRIATE, Manuel e GEQUE Eduardo, Pré-Universitário – Filosofia 12, Ed. Longman


Moçambique, 1.ª Edição, Maputo, 2010.
• ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. Brasília: UnB, 1979. (Coleção
Pensamento Político).
• WOLFF, Francis. A política de Aristóteles. São Paulo: Discurso, 1999.
• BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. Brasília, UnB, 1997.
• https://www.suapesquisa.com/aristoteles/
• https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/politica.html

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