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Filosofia Geral do

Direito
Prova 2: da aula 8 à aula 12
Conteúdo: conceitos de palavras, Aristóteles, medievalismo, Maquiavel,
contratualismo.

1- CONCEITOS
INDULTO: libertação temporária.

INATISMO: NATO (quem nasceu) + I (algo que existe antes de você nascer) – você
nasce com o conhecimento.

ESFERA PRIVATIVA: é algo que você compartilha com um número X de pessoas e


deve ficar só entre vocês.

INTIMIDADE: algo seu, que não é compartilhado de forma alguma, que só você sabe ou
tem acesso.

FEMINISMO: defende os direitos iguais entre homens e mulheres.

FEMISMO: é o contrário do machismo, defende o direito das mulheres acima do direito


dos homens.

FORTUNA: é uma deusa grega responsável pela sorte - MAQUIAVEL disse que não se
pode contar com a sorte.

LAICIZAÇÃO: definir os papéis sociais das instituições – é o processo para o Estado se


tornar laico.

ABSOLUTISMO: estrutura de poder onde há concentração de poder – colocar todo o


poder na mão de uma pessoa só.

LIBERALISMO: contrário de absolutismo; é a liberdade individual dos campos


econômicos, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do
poder estatal.

NECROPOLÍTICA: é um modelo de política; a partir de decisões que você toma, você


acaba decidindo quem vive e quem morre; ex: alguém tem que respirar ar poluído para
outra pessoa respirar o ar bom.
2- ARISTÓTELES
 Era macedônico.
A MULHER NA CONCEPÇÃO DE PLATÃO E ARISTÓTELES

 Para Platão, a natureza da alma de homens e mulheres é a mesma (prega a igualdade


de direitos).
 Para Aristóteles, a mulher era uma versão incompleta do homem; a mulher só serviria
para gerar os filhos; a mulher seria inferior; o sêmen do homem continha todos os
elementos para gerar uma criança, a mulher seria apenas para fazê-la vir ao mundo; o
homem teria uma superioridade natural; o homem é destinado ao comando e a mulher
a ser comandada; a mulher tem capacidade de liderar, mas é inútil.
ÉTICA

 Aristóteles diz que tudo tem uma razão para viver, vivemos buscando as coisas para
nossa vida; tudo existe uma razão de ser e existir.
 No fundo, o que queremos alcançar é a FELICIDADE, o outro patamar sempre é a
FELICIDADE.
 A ética está intrinsicamente ligada à felicidade, pois todos buscamos algo na vida e
todos desejamos ser felizes de alguma maneira.
 SUMO BEM: todos nós temos um objetivo, status de bem estar.
 EUDEMONISMO: doutrina que busca a nossa causa final, o nosso SUMO BEM, o
BEM FINAL, a nossa FELICIDADE. – O BEM ESTAR PESSOAL.
 ÉTICA: é um conceito individual, cada um buscar sua felicidade; é buscar a
felicidade.
 Nem todo mundo consegue alcançar a ética e a felicidade.
 Há alguns passos para se alcançar:
1- RAZÃO: só aqueles que possuem razão e consciência conseguem, é ativada
através do estudo; a consciência nos da segurança para discernir entre o certo e o
errado.
2- BOA CONDUTA: quem é dotado de razão, deve ter boa conduta para chegar à
felicidade; JUSTA MEDIDA/MEIO TERMO: viver na prudência; saber agir sem
excessos; evitar os extremos; evitar os exageros; é como se fosse um corpo
humano saudável que não possui exageros; deve respeitar a busca da felicidade
das pessoas que estão em volta para que você consiga alcançar a sua.
 A política já está ligada a valores coletivos, ao bem comum, diferentemente do
conceito de ética, o qual é coletivo.
POLÍTICA, FAMÍLIA E ESCRAVIDÃO

 Política – obra de Aristóteles.


 Política é a busca pela felicidade em comunidade.
 É a felicidade coletiva.
 Política é realizada pelos cidadãos dentro das cidades-estados, independente do
regime adotado.
 A cidade surge para os seres humanos assegurarem a sua subsistência, e de forma
natural, precedendo a formação da família e do indivíduo.
 Para Aristóteles, cidade antecede a família e os seres humanos.
 Família é algo natural, é o poder doméstico (do homem sobre as mulheres – do
homem é permanente).
 Com o crescimento dessas famílias e o surgimento de novas, se formas aldeias e
posteriormente as pólis, onde há o início do poder político.
 Com relação à escravidão, Aristóteles defendia a escravidão como natural e um bem
de direito, sendo considerado um instrumento animado, pertencentes ao governo
doméstico. – Instrumentos inanimados (machados) e instrumentos animados
(escravos).
 O próprio escravo DEVE entender que é parte do instrumento animado do grupo
familiar.
O QUE É SER CIDADÃO PARA ARISTÓTELES:

 Ser cidadão: é quem participa de uma vida política de uma Pólis – mandando ou
sendo mandado.
 Não é quem vive na pólis, pois escravos e estrangeiros não participam da política,
mas vivem nas cidades.
 As pólis podem ser compostas por homens bons, mas nem sempre esses homens são
cidadãos.
 O cidadão é aquele que sabe tanto mandar, quanto obedecer, e por isso é virtuoso, é
um bom cidadão.
 Quando a cidade passar por uma transição de uma oligarquia ou aristocracia para a
democracia, ou ao contrário, ela continua sendo a mesma cidade, pode-se manter o
seu nome e a sua estrutura, mas os contratos, que definem o que é cidadão ou não,
dependem de cada caso.
AS COMUNIDADES IDEAIS:

 Aristóteles propões a análise de quais são os tipos ideais de comunidade.


 Comunidade é a organização social que ocorre dentro da cidade.
 Ele recorre a análise de modelos discutidos por outros atores: Platão, Faléas e
Hipódamo.
 Faléas: foi o 1º a defender que todas as riquezas fossem distribuídas aos pobres,
alegando que seria mais fácil essa divisão no INÍCIO da formação das cidades, com
os ricos doando mais e recebendo menos – esse modelo traria a raiva dos ricos e não
satisfazer ia os mais pobres.
 Hipódamo: planeja uma cidade de 10 mil hab, divididos em 3 classes – 1- artífices, 2-
agricultores, 3- defensores armados. As terras também seriam divididas em 3 – 1-
sagradas, 2- públicas, 3- privadas. As leis também em 3 classes – 1- ofensas, 2-
injúrias, 3- homicídio; com a criação de um único tribunal supremo – crítica: divisão
das 3 classes, pois os artífices e agricultores estariam em uma posição inferir aos
defensores armados, pois eles não possuíam armas, logo, eles seriam dominados; na
questão da justiça não teria o julgamento em absoluto, pois seria tudo muito relativo,
o magistrado seria apenas um intermediador de conflitos.
 Platão: Aristóteles diz que há 3 alternativas para os membros de uma cidade, 1-
cidadãos devem ter todas as coisas em comum, 2- nada em comum, 3- apenas
algumas coisas em comum; Aristóteles lembra que Sócrates defendia que mulheres,
crianças e bens deveram ser comuns e uma cidade ideal seria pautada na unidade,
porém discorda desse argumento, visto que uma cidade existe pela diversidade dos
indivíduos ali presentes. Na obra Leis, Platão tenta esboçar um outro modelo de
comunidade ideal, com exceção da comunidade de mulheres e de bens, todo o resto
seja igual para todos. – Aristóteles diz que isso não resolveu o problema, diz que ele
está pensando em uma sociedade impossível.
 A comunidade ideal deveria
3- MEDIEVALISMO
MANIQUEÍSMO

 É uma filosofia religiosa do início do primeiro milênio, fundada por Maniqueu, que
tinha como influência o zoroastrismo, budismo, cristianismo, etc.
 É um pensamento que visa destacar que o universo é formado por dois polos, o bom e
o mau. O mundo terreno seria essencialmente MAU e o mundo espiritual seria
essencialmente BOM; os dois lados estão sempre em constante conflito.
 A vida humana está em constante conflito entre o bem e o mal.
 Influencia do Gnosticismo: alcançar a salvação/bem através do pensamento/estudo.
Aqueles que conhecem, alcançam a salvação.
 A essência de bom e mal forma o mundo.
 Gnosticismo: superação do mal pelo bem.
 As almas que conseguem lutar pelo mal no mundo terreno e alcançar o bem, elas vão
para um lugar bom, há uma nova separação do bem e do mal.
 O cristianismo definiu o maniqueísmo como uma heresia, pois, segundo o
pensamento de Santo Agostinho, Deus criou o universo como um ato pleno de
bondade e jamais criaria o seu oposto.
 Ou seja, onde há a criação do bem, não pode existir a criação do mal.
MEDIEVALISMO

 Época das trevas.


 Envolto pela teologia.
 Aconteceu durante a idade média.
 Séc 5 ao 15.
 Houve a expansão e a consolidação do cristianismo na Europa.
 Objeto de estudo: começou após a morte de Jesus Cristo.
 Tem suas raízes na filosofia clássica (Platão e Aristóteles).
 Buscou unir a fé cristã e a filosofia grega.
 Entre a idade antiga e a moderna.
 É dividida em 2 fases: patrística e escolástica.
LINHA DO TEMPO:

SÉC III ____________________________________SÉC XII__________________


PATRÍSTICA ESCOLÁSTICA
PATRÍSTICA – visão de Platão (inatista)

 Recebe esse nome por ter sido desenvolvida pelos “Padres da Igreja”.
 CATHOS: foi um projeto de unificação feito pela igreja; tentaram unificar a moeda, a
língua e a cultura; é o atual catolicismo.
 Ocidente durante o projeto CATHOS: seguia a letra fria das escrituras, ao pé da letra,
favorecem o preconceito e a bagunça.
 Oriente durante o projeto CATHOS: dizia que as escrituras sagradas não podem ser
lidas de forma romântica (GNOSE) – a bíblia seria para os sacerdotes e não para os
profanos.
 Focou na disseminação do cristianismo, defesa da religião cristã e refutação do
paganismo.
 Preocupava-se em adaptar os ensinamentos da filosofia grega, especialmente os de
PLATÃO.
 Platão: dizia que a ideia era algo que existia antes de as coisas serem concretizadas,
antes de existirem no mundo sensível, existiam no mundo das ideias.
 Padres da Igreja associaram o muno das ideias platônico como a palavra de Deus,
assim, seria o lugar da verdade, onde todos os seres humanos tinham acesso.
 Assim, todos os seres humanos tinham como entender a Deus através de sua
revelação.
 Utilizaram os conceitos de alma e corpo explicados por Platão (alma é imortal, pois
pertence ao mundo das ideias; corpo era mortal, pois existia no mundo da matéria;
logo, alma é superior ao corpo).
 O mundo sensível seria o reino dos homens, enquanto o inteligível seria o reino dos
céus.
 Para ter a salvação, é necessário se converter para entrar no reino dos céus.
 Padres da Igreja utilizaram isso e disseram que: a alma é pura por ser espiritual e o
corpo é pecado por ser matéria.
DIFERENÇAS DO CRISTIANISMO E DA FILOSOFIA GREGA:
 Gregos: mundo eterno sem começo e sem fim; para encontrar a verdade tudo deveria
ser questionado e discutido à luz da razão.
 Cristãos: mundo criado por Deus com começo e com fim; a verdade eram os dogmas,
os quais eram imutáveis, não poderiam ser discutidos, nem entendidos por conta da
limitação humana.
SANTO AGOSTINHO

 Principal representante da Patrística.


 Foi chamado pelos católicos para elaborar a religião católica.
 Era africano, negro, romano, poliglota, politizado e apto à filosofia.
 Sua mãe Mônica era cristã convertida e seu sonho era que ele virasse católico, porém
ele era mundano, então sua mulher e seu filho o deixaram e isso deu origem à sua
primeira ferida narcísica, então sua mãe ameaçou ir embora também e ele aceitou o
catolicismo para não perder sua mãe.
 Estudou o maniqueísmo, mas não quis se aprofundar por não concordar como um
Deus bom seria punitivo.
 Após se converter ao catolicismo, teve contato com as espístolas paulinas e com as
obras e Platão, por isso é considerado um filósofo neo platônico, que cristianizou as
ideias de Platão.
 Existe o início (criação), o meio (reino dos homens) e o fim (a salvação no reino dos
céus).
IDEIAS: Fé e razão, e providencialismo.
1- Fé e razão:
 Não haveria conflito, seriam pontos conciliáveis.
 “É preciso compreender para crer, e crer para compreender”.
 Acreditava na fusão da fé (Igreja) com a razão (filosofia) para encontrar Deus
(verdade).
FÉ + RAZÃO = DEUS
 A fé orientava a razão.
 Seria possível ter uma razão sem a fé, porém seria uma razão vazia, ela só seria
completa se encontrasse a salvação.
 Era uma ideia muito confusa para os pagãos.
2- Providencialismo
 Tudo que ocorre ao ser humano é pela vontade de Deus, a Providencia.
 Nada no mundo acontece sem a permissão divina, então cabe ao ser humano aceitar a
providência divina se quiser encontrar a verdade.
 Deus criou o mundo por extrema bondade.
PECADO ORIGINAL:
 PECATUM: fora do alvo; ORIGINAL: por ser do ser humano.
 A origem do mal estaria na Eva e a condenação era que todos os filhos de Eva
nascessem com o pecado original proeminentes da cobra, então desde então todos
nascemos com o pecado original.
 Para sair do pecado original precisamos dos SACRAMENTOS e tudo que é fora do
sacramento é PROFANO.
 O pecado não seria apenas em ação, mas também em pensamento.
 1º - batismo, 2º comunhão, etc.
 Instauraram a confissão, para terem acesso à intimidade das pessoas.
 Condenaram qualquer forma de sexo antes do casamento.
 Cátaros: acreditavam que o mundo medieval foi criado pelo diabo e contaminado
pelo pecado, por isso, a única maneira de alcançar a salvação seria praticar uma vida
de isolamento e privações; defendiam a igualdade de direitos; católicos colocaram +
de 800 cátaros à beira de um penhasco onde exigiam que eles renunciassem sua
crença, o que não fizeram e foram atirados de um penhasco.
 Adámicos: pregavam que devíamos viver como no paraíso; já que o problema foi ter
saído do paraíso, o que resta é viver como dá; viviam diferente do que a Igreja
propunha, ela assassinou todos.
 Livre arbítrio: estaria nas escrituras; liberdade para julgar/escolher/decidir; é um
direito; Agostinho afirma que todas as vezes que o ser humano faz uso do livre
arbítrio ele peca, está sempre em pecado, pois tínhamos que seguir SÓ o que a igreja
falava.
ESCOLÁSTICA – visão de Aristóteles (empirista)

 Nome provém de ESCOLA, pois a filosofia deveria ser ensinada nas escolas.
 Surgiu junto com a época que as universidades surgiram na Europa.
 Aconteceu durante a inquisição também.
 Conciliação entre fé e razão.
 Aquino cristianizou as ideias de Aristóteles.
 Mostra que o mundo sensível é capaz de gerar conhecimento para compreender a fé
cristã e a existência de Deus.
 O povo e os nobres começam a questionar a igreja, então ela domina a educação para
manter o controle da sociedade.
 Baseava-se na filosofia de Aristóteles: o objetivo da vida humana é a felicidade.
 Usaram da lógica aristotélica (premissas para refletir sobre o ser) para provar a
existência de Deus, da alma humana, da imortalidade e justificar a fé a partir da
razão.
 Os escolásticos sustentavam ser possível conhecer Deus através da lógica e da razão.
 Pretendia defender a doutrina cristã das heresias, que apareceram na alta idade média,
como os cátaros.
 Padres jesuítas legitimaram a escravidão com fundamento em S.Thomas de Aquino;
diziam que homens negros e índios, por viverem como “animais”, não tinham alma
racional, logo, podiam ser escravizados.
SÃO THOMAS DE AQUINO

 Maior representante da escolástica.


 É considerado doutor da igreja católica.
 Sua obra está diretamente relacionada às transformações na baixa da idade média.
 Todas suas obras são feitas por silogismo (Todos os homens são mortais, Pedro é um
homem, Então Pedro é mortal).
 A razão auxiliava a fé, pois era racional crer na existência de algo superior.
 A fé ajudava a razão por ser o critério para a verdade e atuar como um parâmetro.
 Obra mais notável: as 5 provas da existência de Deus, onde demonstra a existência de
deus pela razão.
PROVAS:
1- VIA DO MOVIMENTO (motor móvel): tudo se move, então deve existir uma
causa que provoque esse movimento; o primeiro que provocou o movimento foi
DEUS.
2- VIA DA CAUSALIDADE (causa eficiente): tudo tem uma causa e nada pode
causar a si mesmo; o primeiro que causou foi DEUS.
3- VIA DO CONTINGENTE E DO NECESSÁRIO (ser necessário e ser possível):
as coisas existem porque são necessárias; existem algumas coisas que são
acidentais, a qual chamamos de “contingentes”. Se elas existem, obedecem a um
propósito; ou seja, existe algo que ordenou todo o universo para que as coisas
pudessem existir.
4- VIA DOS GRAUS DE PERFEIÇÃO: para cada coisa que existe no mundo, há
diferentes graus de perfeição, então deve existir algo que seja mais perfeito que
todas as coisas e que reúna em si mesmo todas as qualidades, seria Deus.
5- VIA DA FINALIDADE (o governo do supremo): existe uma finalidade de
existirmos e vivermos, por isso, a vida não acaba após a morte, há uma busca
pelo ser supremo; tudo existe para um fim, mas nem todas as coisas entendem
sua finalidade; Deus é o fim último para todas as coisas.
REPERCUSSÕES:

 Essa filosofia permitiu a expansão do cristianismo pelo Império Romano.


 A filosofia medieval valorizou a ideia de que o conhecimento é algo que pode ser
ensinado e por isso surgem as universidades na Europa.
 Porém, ela seria confrontada com novos questionamentos a pertir do séc XV com o
RENASCIMENTO, o RACIONALISMO e o EMPIRISMO.
 Pouco a pouco a razão e a fé passaram por um processo de afastamento, onde a razão
ligada à ciência e à fé seria algo moral e privado.

4- MAQUIAVEL
 Defende a República e o Estado laico.
 Séc XV até o XVI.
 Obras: O príncipe; A arte da guerra.
 É italiano – de Florença.
 É filósofo, cientista, político e dramaturgo.
 Sempre brinca em suas obras com o bem e com o mal.
 Tem o sentimento nacionalista.
 Tem o sentimento de república (“nossas terras são nossas e não vão para o Estado”).
 Tem conflito com a IC.
 Adepto à laicização do estado.
 Os exércitos da Itália estavam acabados (milicianos não lutam por patriotismo).
 Acredita que quando a IC é envolvida em assuntos estatais ela se corrompe e vira
uma empresa.
 “os fins justificam os meios desde que os meios sejam feitos de forma virtuosa”.
 LAICIZAÇÃO: definir os papéis das instituições – é o processo para o Estado se
tornar laico.
 FAMÍLIA: é a 1º instituição; RELIGIÃO: 2º instituição; ESTADO: 3º instituição.
 O estado é uma variável, está sempre em mudança; é a totalidade dos cidadãos; é uma
ficção jurídica; se o estado não é para todos vira uma AUTOCRACIA.
O PRÍNCIPE - é um governante

 Trata o mundo como ele realmente é e não como ele deveria ser.
 É estudada até hoje devido a sua importância para o entendimento das monarquias
absolutistas e até a atualidade.
 Essa obra era para ser um manual de presente para LORENZO DE MÉDICI –
importante família europeia.
 A obra é sobre uma família que está sempre crescendo, adquirindo cada vez mais
poder na Europa.
 MÉDICI: família burguesa muito forte que cresciam através de casamentos, brigas e
ganhavam cada vez mais poder dentro da Europa.
 O Príncipe ensinava para o MÉDICI como aumentar seu poder.
 Obra se baseia em 2 coisas: CONQUISTAR ESTADOS e MANTER-SE.
 Ensina através do príncipe como conquistar e como manter.
 Diz que o Príncipe tem que ser autoritário.
 Para Maquiavel, a política está acima de qualquer moral, não importa os meios e sim,
a conquista da moral.
 Ou seja, não importa a maneira, o importante é conquistar.
 Napoleão leu essa obra no séc XIX e fez anotações, as quais viraram notas de rodapé.
 Deve-se controlar o braço direito, pois se você chega ao poder, o seu braço direito te
trai.
 A IC insere a moral cristã, que não tem como você matar alguém em detrimento do
sue próprio poder, principalmente se for da mesma família; por isso Maquiavel
ressaltar que os fins justificam os meios.
 Foi perseguido pela IC por colocar a política acima da moral.
 É mais difícil manter o poder do que conquistar, pois os SH são imprevisíveis, então
tem que ter pulso forte e ser extremamente habilidoso para se manter no poder.
 Maquiavel diz que o Príncipe tem que ter qualidades (VIRTUDES): a força de um
leão, ser irracional, agir com violência quando for necessário, ter a astúcia de uma
raposa – O GOV DEVE SER FORTE E INTELIGENTE.
 VIRTÚ: virtudes e qualidades. - Ele precisa ser flexível para saber lidar com as
situações e se manter no poder.
 FORTÚ: oportunidades. – Ele precisa ter oportunidades/sorte.
 VIRTÚ + FORTÚ: governante forte que sabe lidar com tudo.
 Como um príncipe não pode ser temido e amado ao mesmo tempo, é melhor que seja
TEMIDO, para manter o respeito de seus súditos. Porém, esse temor não deve se
transformar em ódio, pois assim causam revoltas.
 Se você for + amado, as pessoas ficam muito perto e sentem o cheiro do seu poder,
eles viram seu braço direito e pode te trair.
 É MELHOR SER TEMIDO DO QUE AMADO, MAS NUNCA ODIADO, pois o
ódio leva à fúria e a fúria leva à revolução, o que faz com que a pessoa perca o poder.
 É melhor o político sempre fazer a política de PÃO E CIRCO – feita em Roma, onde
migalhas (pão e trigo) eram fornecidas gratuitamente à população e haviam
espetáculos públicos em arenas, os gladiadores, para entreter a população, fazendo
com que não ficassem revoltados com o seu desemprego e demais problemas sociais,
É A FAMOSA ENGANAÇÃO DA POPULAÇÃO PARA QUE ACEITEM
QUALQUER COISA E NÃO SE REBELEM.

5- CONTRATUALISTAS
 São os revolucionários que atacaram os reis e a Igreja.
 São 4 caras que deram suas opiniões a respeito do contrato social.
 Contrato social: é como se fosse um tratado feito entre governantes e governados; é a
teoria que explica como a sociedade se organizou como estado
 Cada filósofo defende um ponto de vista diferente de com foi e como deveria ser.
 É uma espécie de escolha, de dar direito ao estado e aos governantes.
 A ideia independe do momento filosófico e da política; cada filósofo está em um
momento.
 ESTADO DE NATUREZA: é a situação que o ser humano tem que antecede o
estado; seria o estado primitivo onde não há regras e leis.
HOBBES

 É absolutista: estrutura de poder onde há concentração de poder nas mãos do estado.


 ESTADO DE NATUREZA: é selvagem; os seres humanos são selvagens e lutam por
sobrevivência no estado de natureza; o ser humano está em constante guerra
(natureza BELICOSA – armas); não pode confiar no outro, pois o ser humano
NASCE MAL; faz tudo de acordo com seus interesses.
 “O homem é o lobo do próprio homem”.
 CONTRATO SOCIAL: os homens abdicam de sua liberdade plena, entregando-a a
um rei absolutista para governa-los através da imposição de leis, garantindo a ordem
acima de tudo.
 Você continua mau, porém agora possui leis que podem te punir, então você se
controla.
 Acredita que o estado deve ter apenas UMA religião.
 PROPRIEDADE PRIVADA: a propriedade pertence ao estado absolutista, o
governante que define quais são e para onde vão; ao se submeter ao contrato social,
as pessoas perderam esse direito.
 Para Hobbes, os súditos tem o direito de se rebelar quando a ordem não é garantida
pelo soberano e escolher outro representante civil.

LEVIATÃ
 Mesmo no estado de natureza, os seres humanos possuem sentimentos, pois no estado
de natureza você é movido por paixões.
 O mundo não é dos mais fortes, mas sim dos mais espertos.
 Influenciou a Inglaterra.
LOCKE

 É liberal: o contrário de absolutismo.


 É iluminista; séc XVII.
 É empirista, racional e pertencente à burguesia.
 Participou do estabelecimento da monarquia parlamentarista inglesa, por isso se opõe
ao absolutismo e DEFENDE A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, onde os
proprietários seriam a base política.
 Participou das revoluções inglesas: que foram contra o absolutismo.
 É um filósofo moderno.
 Um dos pais do pensamento liberal.
 ESTADO DE NATUREZA: os seres humanos não nascem bons e nem maus, mas
com direito inalienáveis (JUS NATURALE: direito natural: vida, liberdade e
propriedade); é um estado inseguro;
 Ele diz que É POSSÍVEL viver sem conflito em um estado de natureza, mas não há
garantia.
 A propriedade privada é um direito ABSOLUTOS; porém só é absoluto se você tem
a CONDIÇÃO de adquirir, não é adepto à reforma agrária; quem tem tem e quem não
tem não tem.
 Os direitos individuais estariam acima dos direitos sociais.
 CONTRATO SOCIAL: você escolhe quem te representa através de um processo
democrático; não há abdicação dos direitos e sim a escolha de alguém para
representa-los por você; o estado DEVE garantir os direitos inalienáveis; é um estado
democrático, porém dentro do âmbito da burguesia.
 RELIGIÃO: defensor da tolerância religiosa; diz que NINGUÉM pode definir uma
ÚNICA e verdadeira religião com a violência; é contra a intolerância religiosa; os
católicos não aceitam essa tolerância, eles agem como serpentes para conseguirem o
que querem.
 TRABALHO: defendia que o trabalho infantil deveria ser utilizado por famílias que
não tinham condições de se sustentar; não era contra a escravidão, através de um
contrato social – como se fosse uma servidão, ele aceita a servir como um bônus pelo
oponente ter deixado ele vivo;
 EPISTEMOLOGIA: defende o empirismo (experimentação) – método INDUTIVO;
utiliza a metáfora da TABULA RASA: nós seres humanos somos uma folha em
branca que vamos preenchendo através da sua experiencia.
 IDENTIDADE PESSOAL: diz que todos os átomos são únicos em sua essência,
mesmo compondo uma massa; os seres humanos são únicos, assim como todos os
organismos vivos; há distinção entre o homem e a pessoa - homem: corpo vivo,
pessoa: ser pensante que pode conhecer a si mesmo como ser racional em diferentes
lugares; por isso a consciência pode passar de alma para alma. e
ROSSEAU

 Liberal e iluminista
 ESTADO DE NATUREZA: seres humanos nascem BONS, porém a SOCIEDADE
nos CORROMPE com suas relações sociais; elas são boas porque são individuais,
pois não há nenhuma regra que faz com que você tenha interações sociais; se já
nasceu bom, não vai ser corrompido; você aprende a ter amor próprio, ter o seu
primeiro; o ser humano é desprovido de seus sentidos tendo seus desejos satisfeitos
são da natureza – comer, dormir, beber água, por isso não pode ser hostil ao ponto de
prejudicar o outro.
 CONTRATO SOCIAL: deve ser feito através de um modelo de DEMOCRACIA
PARTICIPATIVA, onde através de praças públicas o povo deve atuar diretamente na
política; você que se representa, precisa fazer uma democracia onde VOCÊ participa
da política; é como se fosse a democracia ateniense; o estado deve garantir o
DIREITO DE TODOS; o que o povo quiser o estado tem que garantir; é o interesse
coletivo; deve garantir a VONTADE GERAL – pra chegar à vontade geral, é preciso
eliminar as desigualdades, onde o estado deve respeitar a soberania do povo.
 PROPRIEDADE PRIVADA: não deve existir; é a causa dos males da sociedade;
quem tem, tem mais do que todos; tem muito poder envolvido, o que faz com que os
outros sejam mandados e desmandados pelos proprietários burgueses; ela é a causa
das desigualdades sociais.
 FORMAS DE GOVERNO: a democracia direta e participativa funcionaria em
cidades pequenas; a Aristocracia, com o governo dos magistrados, teria maior
sucesso em Estados Médios; e a Monarquia deverão ser melhores para Estados
Grandes; porém, todas essas formas deveriam respeitar a soberania do povo.
 Um os nomes mais importantes do iluminismo.
 Sec XVIII.
 É o mais radical dos iluministas.
 Influenciou a REVOLUÇÃO FRANCESA e a REVOLUÇÃO HAITIANA.
 Era contra a escravidão.
 Não era nobre, mas nasceu dentro da burguesia.

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