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ANTIGA
DISCIPLINA: FILOSOFIA - SEMANA 3
• Platão foi discípulo de Sócrates e um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga,
conheceu o filósofo Sócrates, pensador que foi o seu mestre iniciador na Filosofia, mentor
intelectual e amigo, em Atenas.
• A influência de Sócrates sobre Platão é tão grande que a maioria dos textos deixados por Platão
é feita de diálogos em que Sócrates é o personagem principal. Platão foi discípulo de Sócrates.
• As ideias socráticas marcaram a trajetória intelectual de Platão, que, por sua vez, foi mestre de
Aristóteles.
A PRODUÇÃO POLÍTICO-FILOSÓFICA DE PLATÃO
• Apesar de viver no auge do período democrático da cidade de Atenas, na Antiguidade, Platão não estava
convencido de que essa fosse a melhor forma de governo.
• Muito de sua má vontade se justificava exatamente porque seu mestre Sócrates – “o homem mais sábio de
todos” – tinha sido condenado à morte por essa mesma democracia.
• Todos os seus escritos foram produzidos após a morte de seu professor e depois de o filósofo também tentar
uma carreira política. Portanto, esses escritos carregaram, de um jeito ou de outro, certo posicionamento
político.
• A partir dessa sua formação e observando de perto toda a sua literatura, até seria possível dizer que toda – ou,
ao menos, grande parte – de sua produção filosófica pode ser, no fundo, lida como um pensamento político em
constante amadurecimento.
• Trata questões organizacionais do Estado, da política como uma preocupação também ética, da criação de um
homem que estivesse interessado em ser correto, não corrompido pelas peculiaridades dos tempos, ou, nos
termos platônicos, um homem livre que buscasse as formulações eternas sobre o belo, o verdadeiro e o bem.
A CONSTRUÇÃO DA CIDADE E SEUS HABITANTES – UMA CONVERSA
ENTRE SÓCRATES E PL ATÃO SOBRE UMA CIDADE UTÓPICA
• PLATÃO – deve ser criada uma polis perfeita que sirva como ideal para todas as cidades.
• SÓCRATES – dizia que o ponto de partida da criação da cidade perfeita é a defesa da especialização. Ele
acreditava que especialistas em apenas uma habilidade ou um ofício são muito mais produtivos nos seus
trabalhos que um não especialista ou alguém que atue em mais de uma frente.
Tal recomendação formou a cama argumentativa de Sócrates para a defesa da justiça individual: alguém
que não está dividido, alguém em equilíbrio entre seus diferentes impulsos, em uma espécie de harmonia
psíquica.
* Em vez de artistas, para povoar tal cidade, Sócrates sugere uma série de profissões mais “úteis” para o
bem de todos e a felicidade geral. E a mais útil de todas, de acordo com o filósofo, é a do guardião, porque,
além de proteger a cidade de ataques externos, é dessa classe que sai, também, o legislador, que poderá
produzir as melhores leis do povoado.
A CONSTRUÇÃO DA CIDADE E SEUS HABITANTES
QUATRO PRINCÍPIOS:
1. A ética é considerada como algo natural, assim como a sociedade é um
dado natural. Nesse ponto, observamos a definição de Aristóteles
segundo a qual o ser humano é um animal racional e político por
natureza.
2. Todas as nossas escolhas e decisões visam alcançar um fim, alcançar
um bem, ou, conforme diz Aristóteles, “Toda arte e toda investigação,
assim como toda ação e todo propósito visam a algum bem”. Uma
ética finalista ou teleológica que deriva do grego telos, fim, propósito.
ARISTÓTELES E A ÉTICA
QUATRO PRINCÍPIOS:
3. A ética é racional. Para Aristóteles, o intelecto exerce uma função
divina (perfeita), a nossa melhor parte, por isso, tudo deve estar
subordinado à razão.
4. A ética vem da natureza. A natureza nos dá a virtude moral que se
aperfeiçoa com o hábito.
ARISTÓTELES
• A ética e a política integram, portanto, o que o filósofo chamou de “ciências práticas”, que estudam a
conduta humana, a construção do homem virtuoso e, consequentemente, do cidadão. Por quê?
Porque o pensamento filosófico de Aristóteles relacionou o homem moralmente bom com o bom
cidadão.
• De acordo com Aristóteles, para ser feliz – esse tipo de felicidade virtuosa, é necessário viver bem
como um ser humano. E, como sempre estamos dentro de algum tipo de comunidade, vivendo
gregariamente, o bem viver tem sempre relação com a organização desse agrupamento de pessoas, o
que reforça o argumento de que ética e política são duas partes da mesma preocupação.
• Ele explica que, muitas vezes, o “bem” é um problema social: é determinado pela comunidade em
que você está inserido. O que é bom para um grupo pode ser visto como ruim para outro, e vice-
versa. Esse, inclusive, é mais um argumento para a interconexão entre ética e política.
A ÉTICA PARA ARISTÓTELES
• A finalidade do ser humano é alcançar um bem. Porém, há muitos bens possíveis. Quanto ao ser
humano, há um bem maior que é a felicidade. Aristóteles considerou a felicidade (eudaimonia)
como o maior bem, a finalidade (telos) da vida humana. O conceito de felicidade aparece, portanto,
em Aristóteles, numa relação íntima com a ética, pois a felicidade estaria vinculada a uma função
da alma.
• Assim como o olho tem a função de olhar, o ouvido, de ouvir, qual seria a função da alma? Qual
seria a função do ser humano? A atividade racional, o “exercício da mente é a finalidade específica
do homem e nisto está a sua realização final, a sua felicidade” (PEGORARO, 2006, p. 42).
• Assim, a felicidade está vinculada ao exercício intelectual, mas requer também algumas condições,
tais como: a prática das virtudes, ter amigos, ter boa saúde, suficiência de bens materiais, viver
numa sociedade justa e praticar a meditação filosófica (PEGORARO, 2006).
• A dedicação à meditação filosófica finaliza as condições que o filósofo coloca para a felicidade,
porque representa a busca pela verdade: busca a verdade e evita propagar ideias de senso comum.
ARISTÓTELES – A
SABEDORIA PRÁTICA
• DA REFLEXÃO À PRÁTICA: hábito de praticar a virtude, o agir virtuoso.
• O que significa sabedoria prática?
Um conhecimento que permite discernir, julgar, e que o filósofo definiu como “um estado
racional e verdadeiro de capacidade de agir em relação ao bem humano” (EN, VI, 5; SANDEL,
2011, p. 246). Por isso, a virtude, em Aristóteles, não é apenas um conceito, mas liga-se a uma
postura diante da vida. Trata-se de uma pessoa que realiza atos moderados pela razão, atos que
devem revelar sabedoria e prudência. Vemos, assim, a relação entre o hábito e o conhecimento
para o bem.