UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Amanda da Silva Santana

Primeira avaliação de Ciências Políticas

SEROPÉDICA, 2022

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 AMANDA DA SILVA SANTANA

Primeira avaliação de Ciências Políticas

Trabalho apresentado ao professor

Leandro Lapa do Departamento de
Ciências Sociais da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para
obtenção parcial de nota na disciplina
Ciências Políticas.

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 SEROPÉDICA, 2022

Sumário

1. Desenvolva um texto analisando como os conceitos de isonomia, isegoria e

nomos contribuíram para a formação da teoria social e política na Grécia do Século
V a.c., no contexto mais amplo da controvérsia sobre a democracia.....................3 - 4

2. Elabore um texto comparando as teorias políticas de Platão e Aristóteles,

ressaltando os seguintes pontos: i) a relação entre filosofia e política ii) a democracia
iii) a noção da cidade ideal......................................................................................5 - 6

Referências Bibliográficas.......................................................................................7 - 8

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1. Desenvolva um texto analisando como os conceitos de
isonomia, isegoria e nomos contribuíram para a formaçã o da
teoria social e política na Grécia do Século V a.c., no contexto mais
amplo da controvérsia sobre a democracia.

Hoje quando falamos em democracia grega vemos que ela era considerada
avançada para sua época, mas sabemos também que ela evoluiu aos poucos e com
a participação de vários líderes importantes, como Sólon que acabou com a
escravidão por dividas. A construção da teoria social e política foram avançando
com o tempo e com a contribuição de vários pensadores importantes que tornaram
este avanço político da Grécia possível em seu tempo.
A democracia grega foi construída com base em alguns pilares que guiavam
sua existência, sendo eles a isonomia que garantia a igualdade entre todas as
pessoas, com ela as leis seriam aplicadas da mesma forma a todos os cidadãos,
independentemente de sua classe social, reforçando assim o fim do critério
censitário como decidiu Clístenes, a isegoria também era importante na democracia
grega, ela foi criada com o propósito de dar a todos os cidadãos o mesmo tempo e a
mesma chance de se expressar sobre assuntos relevantes, isso garantia que todos
os cidadãos pudessem participar igualmente de assembleias e outras reuniões
importantes nas decisões da cidade, já o nomos seria uma palavra para as normas
impostas pelos homens, estas norma seriam particulares em cada cultura, sendo
assim o motivo de algumas discordâncias entre povos diferentes, com este conceito
podemos pensar que as leis e moralidades culturais eram mais invenções
particulares de cada sociedade.
Estes conceitos formaram, em uma significativa parte, a política grega da
época, visto que sem eles a teoria social e política grega não seria reconhecida
ainda hoje, séculos depois de seus acontecimentos, por fatores como sua igualdade
com relação a participação política dos cidadãos independentemente da renda, por
exemplo. Num geral a criação da democracia é um grande avanço, juntamente com
a liberdade, igualdade e poder que tinha povo nas decisões da cidade independente
de sua classe social, os conceitos utilizados pelos gregos no século V são ainda
hoje usados, como a isonomia por exemplo, que é lei. Claramente obtivemos
avanços desde aquela época, como o direito ao voto feminino por exemplo, mas o
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ponto importante é que características fundamentais da política Grega seguem vivas
até hoje e sendo difundidas por todas as sociedades, independentemente de seu
nomos.
Com isso, percebemos que os conceitos de nomos, isonomia e isegoria são,
nada mais nada menos, que parte fundamental da essência da teoria social e
política da Grécia antiga e em parte responsáveis por seu avanço e destaque
histórico.

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2. Elabore um texto comparando as teorias políticas de Platão
e Aristóteles, ressaltando os seguintes pontos: i) a relação
entre filosofia e política ii) a democracia iii) a noção da cidade
ideal.

Platão acreditava que nem todos os homens estavam preparados para

governar, achar que todos tem este “dom” era, segundo Platão, um equívoco
terrível, já que governantes despreparados fazem com que a injustiça prolifere na
cidade. Para ele os únicos preparados para exercer o poder de governar eram os
filósofos já que a sabedoria era a maior das virtudes. Já Aristóteles acreditava que o
homem é um ser que precisa viver em sociedade, político por sua natureza. Para ele
o estado surge naturalmente, depois de seu surgimento ele passa a ter como
finalidade o bem comum naturalmente, sendo assim o Estado se torna indispensável
aos seres humanos. Para Aristóteles um indivíduo justo, bem educado e filosofo por
natureza é um líder ideal.
Em relação a democracia Platão não era muito otimista, ele achava arriscado
votar em um líder já que as pessoas se influenciavam, segundo ele, de maneira fácil
por características muito básicas e irrelevantes. Para ele o líder devia ter as
qualificações perfeitas para que governasse de forma justa e exemplar. Já
Aristóteles acreditava que a democracia era uma forma degradada da república ou
da politia, degradação essa que ocorre por interesses pessoais dos homens mas
mesmo sendo um desvio, era menos pior dos desvios, visto que pouco se afastava
de sua forma original. Ele dizia que não era correto chamar a democracia de
governo de todos já que se numa sociedade a maioria é rica, os ricos vão dominar e
para ele isso seria mais como uma oligarquia, mesmo que fosse um grupo grande
de pessoas, já que o poder seria limitado apenas aos ricos.
A noção de cidade ideal de Platão é constituída por um governante justo e
sábio, um filosofo, como dito anteriormente, este governante buscaria o bem de
todos. Para que a sociedade ande bem deve existir uma harmonia entre a
moderação, a coragem, a sabedoria e a própria justiça para que assim todos os
direitos sejam respeitados, ele também diz que todos os indivíduos tem seu próprio
papel na sociedade, Platão divide a sociedade em três classes: o povo, os
guerreiros e os filósofos. Para Platão a melhor forma de governo seria a aristocracia,
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que se define por uma organização política governada por um grupo privilegiado, ou,
na visão dele, um grupo melhor. Aristóteles pensa diferente de Platão, para ele a
cidade deve ter um território ideal para seu número de pessoas, não sendo nem
exageradamente grande nem sendo menor que o necessário. Os cidadãos teriam
funções de acordo com suas capacidades, quando jovens deviam ser guerreiros,
passando mais tarde a conselheiros e por fim se tornando sacerdotes, assim a
cidade aproveitaria da juventude e depois da sabedoria dos mais velhos. Para que a
sociedade vivesse bem e alcançasse a virtude, ele dizia que todos deviam ter
acesso à educação. A forma de governo ideal seria a timocracia, onde os ricos
governariam visando o bem comum, mas das formas de governo já existentes, a
melhor seria a monarquia, mas se ela viesse a se tornar uma tirania se degradando
pelos interesses pessoais dos homens, ela se tornaria a pior forma de governo
existente.
Platão e Aristóteles discordam em diversos pontos ao decorrer deste texto,
eles analisam a política de forma diferente, Platão buscando uma polis perfeita,
Aristóteles analisou também a parte física da polis, mas eles também concordam em
alguns pontos, como por exemplo dizer que a sociedade, para ser justa, deve ser
dividida em estamentos e cada indivíduo deve fazer aquilo que sua natureza
determina. Entendem também que o estado deve sempre buscar o bem comum de
todos os indivíduos que estão contidos nele.

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Referências Bibliográficas

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20 ago. 2022.

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A CIDADE Ideal - Aristóteles. Direção: Jeferson Albuquerque Spindola. [S. l.: s. n.],
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20 ago. 2022.