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20-02-2023
1ª frequência- 17 de abril
2 frequências (70% da avaliação)
1 trabalho (30% da avaliação) - entregar até dia 29 de maio e apresentação de
5 a 12 de junho.
Temas do trabalho:
1. Os fins e as funções do Estado
2. A importância do Estudo da Ciência Política
3. As ideologias e o poder
10 págs. A4
Tipo de letra: Times New Roman, 12, espaçamento de 1,5.
Bibliografia:
Ciência Política no séc. XXI, Lisbon Internacional Price
Adriano Moreira, Ciência Política
António José Fernandes, Porto Editora, Introdução à Ciência Política
Objetivos da disciplina:
Objetos da ciência política
Sociedade Civil
Cidadãos e o poder político
A importância do estudo da ciência política
Ciência Política
Valores da filosofia política
As correntes da antiguidade clássica
Iluminismo
Positivismo
Marxismo
Liberalismo
Século XXI
Classificação de Aristóteles: saber/fazer/criar
Ciências Teóricas (matemática, física), práticas (ética,
Economia- ciência da família e dos seus recursos
Política- Ciência de constituição e da conduta da cidade
Depois da ligação entre a antiguidade grega e latina com Santo Agostinho e S.
Tomás de Aquino.
Conceção moderna com maquiavel- o príncipe (1512)
Jean Bodin- a República (1576)
Montesquieu- o espírito das leis (1748)
República, monarquia, despotismo
John Locke- dois tratados sobre o governo (1690)
Jean Jacques Rosseau- contrato social (1761)
Augusto Comte- Lei dos três Estados (1855)
Aléxis de Tocqueville- a Democracia na América (1867)
Karl Marx- Capital (1867)
27-02-2023
Max Weber- Ciência e Técnica
A política deve ser uma vocação ou uma profissão?
O liberalismo levou a pessoas sem posses financeiras ascender à política.
A resposta aparentemente é que devemos olhar para a política como uma
vocação tendo em conta a Respublica (Res- coisa; pública); quando estudamos
a ciência política entendemos que ela tem uma esfera privada de intervenção e
Weber trouxe para a ciência política a liderança política e a burocracia política,
a maneira como é organizado o poder. Quer entre os Estados, quer entre o
interior dos Estados é esta a definição que ele traz para a política. Existe uma
“luta” para participar no poder, existe a dimensão de participar no poder e
dimensão de influenciar o poder. Existe uma diferença entre participar e
influenciar:
Participar no poder é ser ator do poder, mas para além disso pode-se ser autor.
O autor é quem pensa/concede/ desenvolve e o ator é quem executa.
Influenciar o poder, exemplos, da média, grupos de pressão e redes sociais,
influenciam o poder. Não havendo paz social, o poder pode estar a ser
influenciado, pela negativa.
Weber explicou isto de uma maneira simples, é que a política é inevitavelmente
uma competição entre áreas políticas. Quando alguém se candidata para
deputado está a procurar participar no poder; enquanto se alguém candidatar
para um sindicato está a procurar influenciar o poder.
Outros autores da nossa vida política refletiram qual seria o objeto da ciência
política, por exemplo Raymond Aron “Espectador comprometido”; a política é
o estudo das relações de autoridade entre os indivíduos e os grupos. Da
hierarquia de forças que se estabelecem no interior de todas as comunidades
complexas numerosas.
O espectador está comprometido porque usa como porta de entrada a sua
situação ideológica.
As autoridades complexas e numerosas são os Estados. Sem poder não há
autoridade e sem autoridade não há poder;
Duverger junta a autoridade dos governantes e do poder.
George Vedel: Definir a política pelo poder, ela tem como objeto os fenómenos
oriundos do poder, os fenómenos de comando que se manifestam numa
sociedade.
Porque é que damos valor aos atos de simbolismo na política?
A vontade individual é junta com as outras vontades individuais formando a
vontade geral.
O poder é na legitimidade que ela vai buscar a sua legitimidade e autoridade,
por exemplo, o poder absoluto não respeita a separação de poderes não
respeitando a legitimidade.
O poder precisa dessa legitimidade que está consagrada na constituição (o
poder reside no povo, e a soberania passou a ser popular), por isso, é que a
constituição é a lei suprema, é o princípio de todas as coisas.
Adriano Moreira: “O poder é o objeto da Ciência Política” e deve ser
examinado num critério tridimensional: a sede do poder, a forma ou a imagem
e a ideologia.
O poder está no centro do nosso objeto da ciência política, mas para termos
poder precisamos de legitimidade que o vai buscar à autoridade.
A lei também tem prevista um crime, no direito penal, todos os crimes têm a
sua tipicidade, para não exercerem o abuso de poder, pois o exercício do poder
tem limites.
Nem sempre a sede e a forma coincidem com o poder. Desencadeando-se um
acontecimento, em determinados momentos, é possível bloquear um Estado
porque não há coincidência entre a sede e a forma.
Segundo a concessão sociológica o Estado difere devido à sua própria
dinâmica, por exemplo, através da organização da sociedade, difere da Igreja
devido à sua complexidade. O direito está sempre relacionado com a sua
realidade sociológica. Exemplo dos casamentos, a lei estava imposta sobre o
casamento civil e o divorcio, enquanto se cassassem pela igreja não se
poderiam divorciar, então porque será que as pessoas preferiam o casamento
pela igreja invés do civil? Devido à pressão social, como o peso social era
muito forte, as pessoas mesmo tendo a possibilidade de terem essa escolha
preferiam aquilo que era socialmente imposto.
Duverger diz que a escolha entre noção jurídica e a noção sociológica de
Estado é uma escolha à priori- hipótese inicial.
Ao contrário da sociologia política a ciência política vai possibilitar como ciência
do poder comparar como Estado e as demais comunidades.
A Ciência Política como ciência do poder nas sociedades complexas. Esta
noção de Ciência política aproxima-se da concessão de Ciência política igual a
ciência de Estado, com a diferença que o Estado é definido de modo realista,
por critérios sociológicos e não através do critério jurídico de soberania.
As monarquias como hoje conhecemos vemos a preocupação da separação
dos poderes e a soberania popular. Mesmo com o assumir deste princípio há
quem diga que as monarquias não fazem sentido devido a chegar ao poder do
Estado através do nascimento.
Ainda algumas referências à filosofia política
Foi a génese do estudo da política
Renovou-se com autores como Hannah Arendt (consentimento como
base de autoridade) ou Leo Strauss.
Martin Heidegger e a Escola de Frankfurt
Herbert Marcuse e Habermas
Friedrich von Hayek (1889-1991) - liberalismo ético
Karl Popper (1902-2002) A sociedade aberta e os seus inimigos.
Tolerância e controlo da democracia.
A ciência política não é uma ciência exata devido às diferentes perspetivas.
Quando o Estado usa a legitima defesa é uma violência legitima para
defendermos os nossos valores (Hannah Arendt); a banalidade do mal, este
livro foi escrito com base no julgamento de um militar nazi eu fugiu para a
Argentina e quando foi descoberto raptaram-no
Sociedade aberta é algo onde todos podem participar (autores e espectadores)
para praticar a tolerância e a democracia.
Voltando a sociologia vemos que Emile Durkheim (1857-1917) ou Max
Weber e os seus contributos para a liderança e a burocracia.
Os modelos de Talcott Parsons
Movimentos sociais
Redes sociais
A diferença entre Ciência Política e Sociologia política, apesar da
coincidência no objeto.
A sociologia política estuda os fenómenos políticos enquanto fenómenos
sociais.
A antropologia política é a procura de uma política sem Estado. A
antropologia na determinação das almas dos povos, espíritos nacionais ou
personalidades básicas.
Estudo de Jorge Dias sobre “caráter nacional português”.
Adriano Moreira e a Academia Internacional de Cultura Portuguesa.
A importância da antropologia no estudo das instituições e culturas.
O estudo da questão nacional, das relações interétnicas e dos fenómenos
de racismo e da xenofobia.
A abordagem marxista (abordagem de esquerda), liberal (abordagem mais
de direita/mais aberta) ou institucionalista (feita pelas instituições e pelos
Estados).
Em Portugal não sentimos este impacto, mas sentimos que estes
fenómenos têm impacto na nossa leitura da Ciência Política.
06-03-2023
A perspetiva sistémica
David Easton e Karl Deutsch
A perspetiva sistémica na ciência política é uma tentativa de síntese de todas
as perspetivas.
A origem deste modelo remonta aos estudos da biologia a propósito da célula.
Esta perspetiva foi importada para as ciências sociais.
Aplicada depois na Ciência Política por David Easton e Karl Deutsch.
Toda a ação humana apresenta os caracteres de um sistema- interação entre o
agente e a situação em que se encontra.
Funções: adaptação e realização de objetivos.
O sistema de ação social está dividido em quatro subsistemas:
Biológico: adaptação
Personalidade: realização de objetivos
Social: integração
Cultura: criatividade
O sistema social realiza estas quatro funções.
Parsons autonomiza o sistema político com um critério funcionalista e atribui a
definição de objetivos gerais da comunidade.
O poder aparece ocupar o centro das preocupações.
Importa a ciência económica o conceito para recorrer por analogia a avaliar o
comportamento do Poder como se fosse o comportamento da moeda.
As correntes atuais não negam valor a Parsons, mas aceitam que o poder é o
fenómeno central da política, mas mais que o poder são os conflitos sociais e a
luta não o equilíbrio e a ordem.
A sede do poder
O aparelho do Poder como um sistema que produz decisões irresistíveis.
Regime político: a estrutura e dinâmica dos intervenientes na formação das
decisões.
Como vimos o principal problema do poder é a obediência e se não for
generalizada o Poder é ineficaz.
A diferença de gestão de uma greve parcial ou geral.
Três ideias:
Decisões
Formação das decisões
Dinâmica e estrutura
A produção da minha decisão sofre alterações.
O aparelho produz decisões.
A estrutura vai ter a ver com a sociedade civil, com os partidos políticos, com
os grupos de pressão… grupos da sociedade civil.
O nosso sistema político não é estático, ele tem uma dinâmica, nos vimos
anteriormente que o principal problema do poder é a desobediência, ou seja, se
não houver uma lei de obediência o poder é ineficaz, ou seja, há uma gestão
de uma greve parcial ou uma greve geral.
Uma greve parcial é uma greve que não abrange mais que um setor, por
exemplo greve dos professores básico e secundário.
Uma greve geral é todos os setores aderem à greve, por exemplo, transportes,
serviços de saúde e de educação.
O poder é ineficaz em fase de greve geral, que em muitos casos os Governos
caem, por exemplo o Governo de Passos Coelho.
Utilização do aparelho burocrático ou militar.
Paralisa num caso ou se não decidir intervir.
Primeira distinção: entre a sede de apoio e a sede de exercício do Poder.
A sede de apoio fica visível em sistemas parlamentares. Princípio da
legitimidade democrática.
Esta sede de apoio pode ser ativa (militância) ou passiva (alheamento das
pessoas).
Partidos políticos
Partidos como organizações que lutam pela aquisição, manutenção e
ocupação do poder.
Ocupar o poder
Para isso devem ser duráveis, implantação local, obter o apoio popular em
sistema democrático.
São organizações sociais voluntárias, com caráter de permanência e duração
razoável, que lutam pela aquisição e exercício do poder, através de meios
legais e democráticos.
Implantação local= autarquias locais.
Objetivos do teste:
1. O objeto da ciência política e a sua relação com disciplinas ou áreas
cientificas das quais se veio a autonomizar (história, filosofia,
sociologia)- aulas 1 e 2
2. A perspetiva sistémica de Easton e outros- aula 3
3. A forma e a sede do Poder- aulas 4 e 5
4. Os partidos políticos- aula 6
22-05-2023
Sociedade civil
Influência da economia e das novas formas de
comunicação
Sociedade civil- conjunto das organizações voluntárias que servem como
mecanismos de articulação de uma sociedade por oposição às estruturas
apoiadas pela força de um Estado independentemente do seu sistema político.
Distinção entre sociedade e Estado (Maquiavel)
A sociedade civil é o oposto do individuo isolado (Adam Ferguson 1767)
Sociedade baseada no direito oposto da categoria explicativa de estado de
natureza por vocação, de guerra potencial entre todos contra todos (Kant).
A sociedade civil como um estágio no relacionamento dialético (tese- antítese -
síntese) entre a macro comunidade Estado e a micro comunidade Família.
Nobbert Bobbio
Segundo Bobbio, sobre a democracia.
Se no seu período acionista – período em que pertencia ao Partido d’Azione,
que ajudou a fundar (1942) e que fazia oposição frontal ao fascismo,
pretendido uma síntese de liberalismo e socialismo- Bobbio defende a
conceção ética da democracia; a partir da década de 1950 propõe uma
conceção procedimentalista da democracia.
Antes, a democracia tinha um fim: “O objetivo próprio que distinguia
substancialmente de todas as outras formas de governo: a educação do
cidadão para a liberdade.” Com efeito, só o homem livre é responsável.
Porém, o homem não nasce livre, antes, torna-se livre em um ambiente social.
Assim, importa desenvolver nos indivíduos o sentido da liberdade, bem como
fortalecer as instituições que garantam as condições socioeconómicas que o
permitam.
Esta foi a posição de Bobbio, que, naquele particular contexto do pós-guerra e
de luta contra o fascismo, estava particularmente preocupado com a
emergência de um ethos democrático.
-“Os fascistas talvez não soubessem o que queriam, mas sabiam muito bem o
que não queriam. Numa palavra, não queriam a democracia, entendida como
laborioso processo de educação para a liberdade”.
-“Ser democrático é, em primeiro lugar crer que a igualdade entre os homens é
um ideal nobre, em segundo lugar, que uma diminuição das desigualdades
sociais é, por obra do homem, possível”.
No entanto, Bobbio não deixa de sublinhar que esta visão da democracia, no
contexto de imediato pós-guerra.
Maquiavel
Descreveu as dinâmicas do poder.
Adam Smith
Influencia Intelectual
Mão invisível
Divisão do trabalho
Mercantilismo
Karl Marx
Ideologia do proletariado