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Filosofia jurídica

Luciana
Pensamento filosófico na história ocidental.
Idade Antiga
Idade Média/Medieval
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Essa separação de idades foi instituída por nós, na Idade Antiga por ex, eles
não sabiam que estavam fazendo parte dessa época.
Direito não é algo hermético (algo totalmente fechado)
INFLUÊNCIAS AO DIREITO
Historicidade:
 organização social
 cultura
Sistema econômico:
 modo de produção específico de cada época histórica
Estado:
 monismo (e não pluralismo): monopólio da produção jurídica
 coerção: monopólio do uso da força (ou ameaça de tal uso)
Ideologia: professora considera religião como ideologia, pois quando nós
nos encontramos em alguma religião acabamos adotando costumes e
valores da mesma, pensando em ideologia como maneira de ver o mundo.
HISTORICIDADE:
o Relatividade: reconhecer que o direito é relacional, relacionando-se a
uma determinada sociedade. Assim como as sociedades são
diferentes, suas estruturas jurídicas também serão.
o Leitura não linear da história: como na história há rupturas e
continuidades, avanços e retrocessos, isso também ocorre no Direito.
o Visão não evolucionista da história, mas também exige uma visão
não evolucionista do direito.
Importante saber separar os fatos da interpretação que temos sobre eles.
ressaltar/respeitar o diferente: discussão quanto às noções de:
entendimento, tolerância e aceitação.
Empatia: colocar-se no lugar do outro, não fazer ao outro o que não se
quer pra si.
Alteridade: humildade em “libertar” do outro de mim; o outro não é
meu espelho (e sim um universo próprio).
“O outro é único. É mistério insondável”. (LEVINÁS, E. Totalidade e
infinito).
Postura epistemológica: método do estranhamento x relativização:
 Duas faces: tornar estranho o que é natural: naturalizar o que é
estranho (pra nossa cultura).
 Relativização: questionar a noção de “natural” frente a ideia de
construção social; questionar o “evolucionismo histórico”.
Tornar estranho aquilo que é absolutamente “normal” favorece
perceber/questionar as razões do ser “porquê as coisas não são como
são”.
A filosofia é fruto da hegemonia (supremacia de um povo sobre
outro).
Na Idade Antiga (VI a.C. até VII d.C.) o paradigma era cosmológico
(a visão cosmocêntrica era o que determinava os pensamentos e
ações da época). Sistema econômico era a agricultura e o sistema
político era dividido em cidades-estados. Eram adeptos à alguns
tipos de filosofia: holismo (atitude que busca entender e abranger
tudo, entender os fenômenos de maneira integral), indutivismo
(baseada na observação, tirar conclusões acerca de algo, que podem
ou não ser verdadeiras), idealismo (conjunto de filosofias que se
propõe a idealizar/construir um ideal de realidade. Para Aristóteles o
direito vem daquilo que é vivido, a lei não era lei porque algum
superior afirmou isso e sim, porque aquela lei era vivida e por isso
ela existia.
Na Idade Média/Medieval (até XV d.C.) o paradigma era
teológico/teocêntrico muito baseado na fé. Na Idade Antiga, chove
pela natureza/física, na Idade Média chove porque Deus quis. O
sistema econômico era baseado no feudalismo (suserano e vassalo,
relação de servidão e honra, caso fosse quebrado o contrato de
vassalagem, a morte era a punição). Não havia cidade, era uma
grande “família”, portanto o sistema político era marcado por feudos
e reinos. Nobreza, era dona dos feudos, apoiada pela Igreja e não
aceitavam mudanças sociais. Pensamento filosófico baseado no
cristianismo e no idealismo.
Na Idade Moderna (séc. XVII é muito importante, teve o nome de
século das luzes, por isso seus anteriores, os medievos eram
chamados de idade das trevas) o paradigma era
antropológico/antropocêntrico (homem no centro de tudo). Vão
caracterizar a existência com a capacidade racional, o “penso, logo
existo” de Descartes é muito usado. Eles trabalham com padrão, no
que eles consideram normal. Não parte do concreto para ter seu
raciocínio, consequentemente partiam do abstrato. Empirismo tem
muito espaço, que é a verificação. Marcada pela Revolução
Científica. O sistema econômico era o capitalismo de maneira
incipiente (inicial). Capitalismo baseado em burgos, depois com a
Revolução Industrial o Capitalismo se torna industrial, a produção de
bens para suprir a necessidade era em grande escala. Surgimento dos
Estados Nacionais, contratualistas criaram o conceito de que se você
quer viver em um determinado local, você faz parte de um contrato
social. Nos Estados Nacionais o Direito passou a existir de uma
maneira mais similar com a que conhecemos hoje. Contrato social de
Rousseau, seria o momento em que o ser humano deixa de viver
como um ser natural e passa a viver como um ser que cria suas
próprias leis, sua moral e costumes, além de conjunto de instituições
para que a convivência seja mais harmônica. Pensamento filosófico
baseado no contratualismo (Hobbes, Montesquieu, Locke, Rousseau)
e do renascentismo (Aristóteles e os outros já citados). Modernos
pensavam que a lei era capaz de mudar comportamentos. Máxima: o
meu direito vai até onde começa o direito do outro.

Exemplo: por que a pessoa morreu?


Id antiga: porque ela estava desequilibrada e destoando, não estava
adequada.
Id média: porque Deus quis
Id moderna: ir atrás da razão pelo fato, explicações testáveis.
Id contemporânea: se mantém na racionalidade como na idade
moderna.
Por que chove?
Idade Antiga: para manter o equilíbrio do planeta.
Idade média: Porque Deus quis
Idade Moderna: porque as nuvens possuem uma concentração x de
tal coisa... explicação racional.
Id contemporânea: se mantém na racionalidade como a idade
moderna.

Idade contemporânea: Paradigma não deixa de ser antropológico/


antropocêntrico, mas agora não é o homem no centro e sim o
humano. Preocupação com culturas, sem distinções e discriminação.
Crítica que vem da filosofia diz que nosso paradigma deveria deixar
de ser antropocêntrico para se tornar biocêntrico, humano x vida. A
exemplo do direito dos animais, que na nossa sociedade atual não
são considerados prioridade e nem possuem personalidade jurídica,
algo que vem sendo muito discutido, visto que cada vez mais os
animais vêm se tornando mais especiais para nós humanos da
sociedade contemporânea. São seres sencientes, que respondem a
estímulos. Aqui, para o direito há o intuito de sair do abstrato para a
concretude. Estados Nacionais se tornam Países. Capitalismo vira
financeiro, globalizado, mas não deixa de ser industrial. Para o
direito a transição da modernidade para contemporaneidade ainda
está acontecendo. Pensamento filosófico baseado na hermenêutica
(filosofia da alteridade) – libertar o outro de mim, permitir que o
outro seja ele próprio e não o que eu espero que ele seja (fase da
professora). Hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da
interpretação. São três objetivos: debruçar-se, pesquisar e tentar
sistematizar esse processo interpretativo.
PROVA: um exemplo de justiça distributiva e corretiva.

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