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Resumo Estudos Antropológicos e Sociológicos (EAD)

- Diferentes Cultura  Distintos modos de pensar o homem!

 Pensamento Mítico (Explicação a partir do “Extra-físico”);


 Pensamento Filosófico (Séc. VIII a. C.).

O início de tudo dá-se pelo pensamento mítico, onde a explicação


do homem e dos fenômenos era dada a partir de forças míticas (extra-
físicos). Deuses que geralmente eram associados às crenças, cultura e
natureza. Instaura-se um modelo de vida cego, onde a livre escolha era
excluída. Os deuses decidiam o destino humano. Permaneceu por
diversos anos até a entrada do pensamento filosófico (Sec. VIII a. C.).

 Vontade tinha de ser mantida sobre controle;


 Exclusão do livre arbítrio;
 O homem posto como tendo essência, pensamento essencialista
sobre o mesmo.

- Pensamento Filosófico, reflexão e questionamento.

 Questionamento ao “homem-natureza”;
 Explicação do homem a partir dos elementos;
 Sócrates, Platão e Aristóteles.

*Para entender o pensamento filosófico é necessário compreendermos


como cada um desses pensadores definia sua linha de pensamento.

Os filósofos começam a questionar as narrativas dos religiosos e


autoridades, que não apresentavam provas de seus discursos. Abrem-se portas
então para novas maneiras de reflexão sobre a razão social da época e os
conceitos de “homem-natureza” (escolhidos por Deus). O pensamento mítico
perde força e alavanca o pensamento racional, os cidadãos agora começam a
decidir o que é bom ou ruim para eles, vale lembrar que nem todos eram
considerados cidadãos (exclusão das mulheres e escravos e estrangeiros). O
pensamento racional nasceu com os pensadores que apoiavam-se na
cosmologia, tentando explicar a essência humana através dos elementos.

Apoiados também a lógica e ao diálogo, chegaram Sócrates, Platão e


Aristóteles, nesta mesma ordem, que por meio de suas teorizações e
argumentações buscaram o bem público.
 Método Socrático:

O método socrático consiste na argumentação, exortação e ironia,


um confronto de ideias onde primeiramente o inter-locutor deve sentir-se leigo,
para assim colocar-se em condição de aprendizagem e produzir e reproduzir
conhecimento. Sócrates visa o governo da polis (cidade) baseado na ética, justiça
e educação, além da política, instaurando assim um sistema democrático.

 Platão: Platão utiliza-se do método socrático, mas o modifica e aprimora.


Faz uma divisão entre o saber verdadeiro e a simples opinião, algo como
universalidade científica e o senso-comum e para compreender o mundo Platão
teorizou o mundo das idéias (conhecimento científico) e o mundo sensível
(sentidos e interpretações), na concepção desse pensador o sensível é enganoso
e prejudica o conhecimento, sendo assim inimigo da filosofia.

 Aristóteles: Aristóteles afasta-se da teoria proposta por seu tutor (Platão)


dizendo que o homem deve prestigiar a lógica e o sensível buscando o
conhecimento através da interação dos objetos (forma empírica de pensar). Os
tratados e acordos escritos na visão de Aristóteles substituem os diálogos uma
vez que posso condensar os argumentos de todos, alcançando portanto uma
melhor aceitação.

Continuando...

Problemática Divina;
Regressão ao pensamento mítico;
A imposição ideológica da Igreja;
Igreja Lucrativa (Alienação de adeptos ao Catolicismo).

Na sequência a dominação da igreja retorna a problemática divina (regresso


ao mítico), implica na relação entre homem, natureza e universo. Instaura-se
aqui novos modos de pensar o homem: Seus tratados, sua realidade social, a
razão humana depende de uma revelação e um conhecimento divino (Deus dá
inteligência, essência e deixa-se ser descoberto, além de deixar descobrir).

O problema de ver o homem nesta base é que o próprio pensamento por si


revela Deus!

Exemplo: Você só pensa porque Deus permite que você “pense”, justificativa
religiosa que coloca Deus no plano de tudo, englobando também explicações
para a natureza (mundo) e para o universo (criacionismo, início de tudo). Vendo
por este ângulo pode-se dizer que até mesmo a permanência de tudo depende da
boa vontade de Deus.

Essas questões ficaram soltas neste período sócio-histórico implicando na


não evolução tecnológica principalmente no ocidente onde as doutrinas
religiosas eram de mais pesar e repressão.

 Coisas do mundo (natureza) imersas na concepção divina;


 Medievalismo (Inércia, freada do desenvolvimento).

Pois, viam-se as coisas do mundo como sagradas, assim devem ser


respeitadas, para isto o homem não deve interferir, controlar ou modificar a
natureza. Período do Medievalismo e sistema Feudal com base sócio-cultural
na não mobilidade das coisas (coisas da natureza).

Atualmente as maiores fontes tecnológicas encontram-se no ocidente, com


mais primazia no Japão. Temos a ideia que este fato ocorreu depois de uma
grande aceleração desta e outras indústrias, algo como: Se não tínhamos antes,
teremos de ter agora!

*Igreja mantendo seu alicerce na ignorância pública.

Igreja lucrativa, custeada por adeptos alienados de ideologias do


Catolicismo que aumentavam gradualmente em busca de salvação e proteção
social, fato simples de entender se levarmos em consideração a vida humilde dos
camponeses e suas naturezas familiares. Cresce a igreja em seu poder
econômico e estrutural facilitando sua hegemonia (disseminação, espalhar
rapidamente). Posteriormente o clero encontra-se adepto do idealismo grego,
Tomás de Aquino incorpora o pensamento de Aristóteles ao âmbito religioso,
unindo fé e pensamento, retirando então o extremismo cristão e gerando ideais
que mais tarde seria usado como alicerces para o Humanismo e o
Renascimento, dando origem a modernidade.

Part 2  O homem no centro de tudo (Período do Renascimento).

 O homem se vê livre da ideologia repressiva da religião;


 Natureza não é mais sagrada, portanto devemos usufruir de seus
recursos e com isto obter conhecimento e desenvolvimento;
 Libertando-se do ser religioso;
 Deus humanizado (Michelangelo).

O Renascimento e o Humanismo tiveram em seus firmamentos o homem


no centro do universo, o Humanismo (Séc. XVI), foi um movimento voltado para
o homem e suas capacidades, implicando mudanças no rumo da História,
pondo o homem no centro de tudo e fora do alcance das explicações míticas,
contrapondo a ideologia cristã até agora vigente. O conhecimento aqui não parte
de revelações divinas e com o Antropocentrismo a natureza não é mais
sagrada. A época do Renascimento é marcada pelo desligamento do homem com
o ser religioso, podendo afirmar com excelência que começou a compreender o
mundo e a natureza pelos métodos racionais. O Renascimento pode ser visto
como uma tentativa de regresso aos valores gregos.

Marcou-se o Humanismo por lidar melhor com os contextos sociais e


regimes políticos. Importante ressaltar que o Renascimento marca a transição
do período medieval para o moderno, introduzido pelas artes. Podemos observar
no quadro de Michelangelo onde Deus está humanizado essa evidente
diferenciação, deuses por vezes eram caprichados em telas de pedra, entre
outras, como não-humanos (pinturas de animais bizarros ou elementos
simplórios). Nota-se a invenção de um ser que ao mesmo tempo é homem e
Deus, ou a audácia e fantasia do homem em tornar-se Deus. Resumidamente
podemos pontuar que com o Humanismo a sociedade pisou novos patamares.

*Tornar-se Deus ou parecido com ele, pensamento justificado pela bíblia


(somos a imagem e semelhança de Deus).

OBS: Não levar em consideração a afirmação que farei a seguir, mas em


meu modo de pensar sobre religião, digo em minha subjetividade que: Deus foi a
melhor INVENÇÃO DA HUMANIDADE!

Part 3  Humanismo indo por água abaixo (Período do Capitalismo).

 Revolução Industrial;
 Queda dos ideais Humanistas;
 Tudo como mercadoria;

 Revolução Francesa;
 Queda do regime monarca.

Patamares que após o Iluminismo levaram as revoluções modernas.


Comecemos pela Revolução Industrial que previamente dizendo pode ser
dividida em dois pontos: Primeiro ponto consiste no invento do maquinário e
as extrações do minério – Que por sua vez impulsionaram as indústrias, o
transporte e a energia – Já o segundo momento encontra-se na aceleração desse
proletariado e industrialização. Este processo de industrialização aumenta as
migrações dos campos para a cidade, influencia no cotidiano dos cidadãos e
produz certos contrapontos e oposições ao regime capitalista. Devemos pontuar
também que a industrialização foi quase universalizada tendo focos em várias
partes do mundo e esses contrapontos serão expostos claramente por “Marx”
que esteve vivenciando a mesma época.

Já o capitalismo emerge para supostamente solucionar problemas


econômicos e segundo “Adam Smith” para promover riqueza social, garantindo
riqueza ao país, algo parecido com o que temos atualmente: “Um país rico, se faz
pela educação” – kkk... Brincadeira pessoal sobre os comerciais políticos.

Ao instalar-se o capitalismo joga-se de lado os ideais humanistas que


alavancaram o lado social do homem, pois, para o capitalismo tudo é
transformado em mercadoria inclusive a força trabalhista dos funcionários. A
questão que acabamos de levantar é que: Com o capitalismo tudo torna-se
produto, resultando em um “Aumento de Produção” e um consumo cada vez
maior, para solucionar-se isso usa-se crianças e mulheres para suprimir a mão-
de-obra faltante, ocorrendo assim um novo aumento de produção.

A Revolução Francesa é um dos maiores marcos da Europa, de inigualável


importância e grandes mudanças de cunho político, social e ideológico. A
ascensão (subida) da burguesia cria força e destitui do regime monarca (sistema
de reis – ou seja, o poder está na família e não nos outros), assumindo políticas
democráticas. Retirando qualquer hipótese do poder permanecer com famílias
(modelo de poder exclusitivista) e colocando-o nas mãos de todos (população).
Sistema que impera nos dias atuais permanecendo com pouquíssimas
mudanças.

Para finalizarmos, consideremos alguns pontos sobre sociedade para

Weber: Contrariando “Durkheim”, Weber diz que o sujeito explica a sociedade,


sendo seu fator fundante. A realidade social parte das ações do indivíduo no
mundo.

A existência e explicação da sociedade se dão pelas ações e interações


recíprocas dos indivíduos, contrariando a idéia que cada um faz sua parte
(individualista) para um todo. Ou seja, além de realizar sua parte, você tem
interação na parte dos outros.

Weber criou formas de facilitar os estudos da interação social, são


divididos em: Ação racional para fins (eficiência), Ação racional referente aos
valores (religião, ética, cultura), Ações sócio-afetivas (emocional),
possibilitando a compreensão do sujeito.

Observa-se também que para Weber o capitalismo moderno deu-se pelo


exagero de racionalização, buscando sempre eficiência. E podemos aplicar
esse conceito a Reforma Protestante e ao Catolicismo como devoção total,
que exagerando nas ações referentes a valores vigorou e permaneceu.

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