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Resenha crítica

No vídeo baseado no livro : PLURALISMO JURÍDICO - FUNDAMENTOS DE UMA


NOVA CULTURA DO DIREITO(e com base em outros textos de apoio), o autor
ANTONIO CARLOS WOLKMER chama atenção para a noção do chamado
Pluralismo Jurídico. O autor não deixa de citar fatos históricos anteriores ao
surgimento do conceito de Pluralismo Jurídico, fatos esses que ajudam a
compreender a sistemática do termo em questão. De certa forma tambem ressalta a
questao da transformação do sistema tomista para o pluralista.
O video enseja um tom misto onde há parcelas de descrição e análise a fundo do
conteúdo e usa de principalmente de observações de grandes estudiosos, que vão
desde simples cientistas de ciencias fisicas até renomados cientistas sociais (dentre
eles antropologos , filosofos e outros)que demonstram a longa jornada para
elucidação dos fatos desde a Roma Antiga até os nossos dias .
Em seu discurso , o autor se apoia nas raizes historicas que margeiam a
colonização que segundo ele são a base dos direitos humanos , o que na nossa
historia regular aconteceria séculos depois. Demonstra aqui, o principio do
pluralismo que nos conhecemos atualmente. Antes disso temos a noção monista
eurocentrica .
Numa forma bastante elucidativa descreve com analise critica, as etapas do
pluralismo , aqui se baseando na historia primeiramente. Começando pelo projeto
centralizado, onde se evolui para transcendência do direito positivo onde se chega a
uma coletânea de varios tipos de pluralismo jurídico. Desde o sistema
feudal(corporativista ) , o autor relata que há por exemplo a evolução do
teocentrismo para o antropocentrismo. Avançando no tempo observamos em suas
palavras a questão do capitalismo atrelado à etica protestante onde cita Max Weber,
onde nao mais teriamos o sistema tomista.
Relata também que os direitos humanos ao contrario de que nos conhecemos como
um conceito hodierno , teve na verdade inicio na epoca do Colonialismo do seculo
XV.
Segundo o professor Antonio Carlos, já existia o direito publico, não como o
conhecemos atualmente, mas este satisfazia senão aos monarcas. A cultura jurídica
vai se centralizando(direito positivo) onde se observa a vontade do indivíduo. A essa
altura o Liberalismo aos poucos vai ganhando força. Também há o nascimento dos
direitos costumeiros, vontade popular confirmada. Há aqui a noção de burocracia do
judiciario ensejando a quebra de paradigmas da chamada sociedade feudal).
Avançando um pouco mais no tempo visualizamos a sociedade capitalista (claro
com seus vários ciclos). Notamos segundo o estudioso o direito monista oriundo da
diretamente da sociedade.
.

1.A temática do pluralismo jurídico envolve a cultura jurídica na modernidade.Aqui


temos um projeto centralizado. Num segundo momento verificamos o pluralismo
jurídico.
2. Além do direito do Estado existem outras práticas reconhecidas como
normatividades oriundas da sociedade.Isso se propõe ao transcendência do direito
positivo.Ainda existem vários tipo de pluralismo jurídico.Exemplo da globalização,da
economia.Aqui se vê nas sociedades pós coloniais.O pluralismo jurídico assume
formas dinâmica.
Há ainda a figura do novo constitucionalismo.Dentre eles há dois pilares: Bolívia e
Equador.

Fontes:Livro PLURALISMO JURÍDICO - FUNDAMENTOS DE UMA Nova Cultura


Do Direito.Antonio Carlos Wolkmer.
3.Antes de chegarmos ao pluralismo jurídico moderna ,precisamos entender como
se formou a cultura juridca na modernidade (ocidental principalmente
européia).Antes da modernidade ocidental encontramos o sistema feudal.As
instituições eram descentralizadas e os direito também consequentemente era
descentralizado. Há aqui Pluralismo feudal e corporativista.Há quebra de
paradigmas quando a ciência vem se desenvolvida por exemplo o modelo
geocêntrico muda para héliocentrica ,na filosofia.Há uma mudança profunda de uma
sociedade verticalista para a visão horizontal Ista.O que era teocentrico agora é
antropocentrico.No direito há o surgimento do contrato social(origem da sociedade
humana ,política).Como autores temos Hobbes.
4.O capitalismo vem surgindo atrelado a ética protestante(Max Weber) não mais
tomista.Também não podemos esquecer que também desponta o Iluminismo
A Modernidade (eurocêntrica) ocupa o novo continente e vem se tornando
polissemica e deve se entende -la como algo atemporal, como avanço na
racionalidade humana. Para alguns estudiosos começa a partir do século XV.Os
direitos humanos começariam no novo mundo com a colonização.
5.Estamos presos na cultura romano germânica,no civil Law. Antes tinha direito
público e se expressava para interesses dos monarcas(penal e tributário) muito
centralizada .
6. A cultura jurídica vai se centralizando ,materialização do direito positivo.Agora
tudo gira em torno da vontade do indivíduo.O liberalismo ganha força.A nova
sociedade aceita agora a vontade popular. A partir da revolução francesa o novo
contexto do novo direito público.No âmbito do direito pro ado há muitas obras
também.
7.Os direitos costumeiros agora vão dando brecha para o direito . Ágora a vontade
popular vai se confirmando.A tripartição de poderes. O liberalismo ganha força
também.Ha a existência da burocracia do judiciário.Quebra o paradigma da
sociedade feudal.A lei representante da vontade popular.
Justiça cede lugar , previsibilidade a segurança e estabilidade.A violência que vem
do Estado é legitimada.Sao criados funcionários na burocracia vinculada ao Estado.
8.A sociedade nova é capitalista (vários ciclos).O direito moderno (monista)não é
produto dos códigos,dos juízes , é derivado de uma sociedade.
Não dá pra explicar a modernidade somente com o capitalismo.
9. Além do fator econômico se construiu pela fator social(sociedade tipo burguesa.
10.Terceiro fator é visão do mundo(filosofia)onde surge o Liberalismo (John
Locke)que sustenta o mundo juridico.O constitucionalismo nasce aqui com regras
para o poder e satisfazer o direito de o cidadão.
11.Como um último elemento para análise da cultura jurídica está a estrutura do
poder(não mais descentralizado, nas mãos do soberano, autocrático)agora vem o
Estado nação,Estado nacional.
12.No século XIX com o surgimento do código napoleônico, surge o princípio da
estatalidade ,o direito se confunde o com o Estado até a teoria pura do direito.
13.O segundo grande princípio é da unicidade ,apenas um direito e o direito positivo
formal(escrito)e marcado pela racionalidade (norma jurídica neutra).
Indo para século final XX onde há uma modernidade em
crise. O conceito de crise vem como uma situação histórica que não responde as
expectativas,o esgotamento de um sistema. Numa forma mais rebuscada e
profunda podemos encarar a crise como algo profundas contradições estruturais de
uma dada sociedade ,político,social e mesmo jurídico.
14. Há fatores da crise contemporânea que podemos destacar os novos processo
de secularização, o esgotamento de doutrinas políticas messiânicas contemporânea
(prometia o paraíso na terra) e que não aconteceu.Como exemplo deste último fator
citamos o socialismo real(modelo político) no leste europeu.
Também podemos somar como outro fator da crise contemporânea o modelo
clássico do Estado Nacional, e o impacto da globalização , além de outros fatores
como a violação da natureza(problemas da preservação ambiental) .
15.Essa crise chega ao acesso a justiça do direito, a inquietude de alternativas , o
nascimento dos paradigmas . Começa com a ciência , desenvolvimento científico.O
progresso científico não é cumulativo. Quando um paradigma não atende
determinada necessidade há necessidade de buscar outro. Mudanças por exemplo
a concepção de que a Terra não era centro do Universo.Essas mudanças era de
difícil de se aceitar ,mas por exemplo Giordano Bruno acha que a verdade tinha que
ser dito de qualquer jeito.
16.No âmbito do direito a visão de paradigmas começaria com a dogmática
jurídica(cientificidade), mas ainda assim traz problemas ,os
déficits,disfuncionalidades ,sistêmica com base no liberalismo, o problema não é
romper com esse modelo é manter o modelo e romper o que estava defectivo. Há o
caso da dogmática jurídica ter uma função social relevante na sociedade e também
o fato de que não se tenha que reformar o paradigma jurídico mas teria que mudar,
mas buscar o PLURALISMO.Há críticas no tocante a burocracia, há evolução de
juizados ,antes era resolvidos pela associação dos moradores (favelas).
O que seria o pluralismo ?Multiplicidade de grupos(várias fontes ,várias
realidades,em várias áreas).Com o PLURALISMO há a
descentralização,diversidade, tolerância.Sinônimos encerram por exemplo um
PLURALISMO conservador , pluralismo libertário,anárquico. Há varias tipologias.No
ocidente acha força na ciência política, sociedade de mercado.Por isso sofreu
resistência por forças políticas (ideológicas de esquerda),porque espelhava algo de
mercado,de competição. Com o tempo isso muda por exemplo na Itália e se
conjetura inclusive nas esquerda políticas.
No direito a tradição do direito é antiga por exemplo na Roma antiga existia direitos
para os romanos e para os estrangeiros(possível teoria).Na idade média há a
abertura das portas para o PLURALISMO.
No final do século XIX e começo do século XX,há junto com positivismo, há uma
reação anti formalista ,onde há relevância de investigações plurais (diferentes
instituições e o PLURALISMO).Antes do meados do século XX . Os antropólogos
desse meados criam entusiasmo, o PLURALISMO legal(lei nas sociedades(sem o
conhecimento da escrita) se fortalece com os antropólogos.
O PLURALISMO jurídico compreende as múltiplas manifestações normativas em
dada sociedade com o reconhecimento ou não pelo Estado. Essas últimas podem
estar em conflitos (ou não)e encerram as necessidades humanas.O PLURALISMO
jurídico é contrário a concepção tida como doutrina ,contrário ao monismo
centralizador(O centro é o Estado).Na tradição ocidental é de não reconhecer essas
normatividade não oficiais,não trazem atributos juridicos. Os pluralistas entendem
que a normatividade é muito ampla(sociais,jurídicas,morais e etc.)e pode ser estatal
e provém TB pela sociedade .
Quanto as espécies de PLURALISMO jurídico, quanto a origem estaria na Índia com
o Common Law.Os processos de colonização no mundo no século XIX onde o
direito estrangeiro da metrópole seria o determinante como o direito superior e o
direito local continua existindo ou é incorporado pelo direito maior.
Em países onde há o direito indígenas (EUA e mesmo na Austrália)a boa
convivência entre os direitos dos indígenas e o da nação conquistadora).Também
há o caso da antiga Rússia(entre os antigos estados e o direito dos trabalhadores)
onde há o PLURALISMO.
Quanto a tipologia jurídica podemos considerar dois tipos :societário e estatal. O
formal(estatal )compreendem as formas jurídicas (especiais regulamentada pelo
Estado ).Exemplo : justiça do esporte.Há também num segundo momento uma
justiça
Eclesiástica como o código canônico.Na Europa há o PLURALISMO formal por
exemplo o direito comunitário .
Quanto ao PLURALISMO juridico societário(informal) na América latina as
diferentes formas de justiça comunitárias(rondas campesinas ,grupos
militares,justiça indígena)no Brasil o direito da favela(Boaventura) e o direito dos
coronéis na antiga República.Há outros tipos de pluralismo jurídico ,o conservador
e contrahegemonico(progressivo).
No caso do pluralismo jurídico conservador ,este encerra a chamada globalização,
imposto pelo mundo globalizado ,pelas grandes corporações aos países em
desenvolvimento.Há o conceito da pós-modernidade no tocante à
cultura(retórica,linguagens).
Agora no contra hegemônico (PLURALISMO) observa múltiplas experiências na
América latina,na justiça comunitária(institucionalizado) no Brasil.Ha também nessa
tipologia de PLURALISMO jurídico as chamadas rondas campesinas no Peru por
exemplo.
Há casos de justiças indígenas,que além do direito estatal também formas como
comunitária,paramilitar , e outros.
Num prisma histórico o PLURALISMO jurídico no Brasil por exemplo há experiência
do quilombo no sudeste do Brasil,qual tipo de direito nessa comunidades,.No caso
das pesquisas de Palmares há falta de dados e pesquisas no tocante ao direto
nessas comunidades(há conjeturas).Outro caso na América,as reduções
missioneiras ,comunidades no sul da Américas .
Mais próximo de nós há a experiência de um movimento do novo
constitucionalismo. O novo constitucionalismo (diferente do
neoconstitucionalismo)não se prende as constituições europeias.Se espelham em
constituições sul-americana.Há menção de cinco poderes, e se manifesta uma
constituição ecológica e atribuir direitos para a natureza. Há a citação do Estado
plurinacional,refundação do Estado ,a unidade na pluralidade (diversidade),
juntamente com o igualitarismo nacional justiça estatal na mesma altura por
exemplo da justiça indigena ,campesina.

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