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ARISTOTELES refere com lucidez (razão) e modernidade ao tema das classes sociais
definidas em função das condições económicas e da sua influência na vida política e no
funcionamento do Estado.
ARISTÓTELES admite o valor relativo dos regimes políticos, pois ele ira defender que
não há apenas um regime legítimo ou conveniente, todos os governos que têm por fim a
utilidade comum dos cidadãos são bons e agem conforme à justiça, mas todos aqueles
que só zelam para o interesse particular dos homens que governam estão no caminho
errado.
De outro lado, temos as formas degeneradas, que são aquelas que constituem
desvios dos bons regimes, em relação à realeza, a tirania; em relação à aristocracia,
a oligarquia; e em relação à república, a democracia.
CAPÍTULO IV
Mas devido a opressão do tirano sobre o povo, este, o povo, reivindica o governo no seu
interesse, isso graças ao seu número, a sua força e ao seu desespero, assim surge a
Democracia.
Entretanto, o excesso destas obrigam dentro de algum tempo a adotar uma forma mais
moderada, em que o elemento oligárquico é convidado a participar, e que resultará
melhor quando se apoiar mais na classe média e, assim surge a república mista, forma
de governo que, como vimos, tem a preferência do filósofo.
CAPÍTULO V
Dita de outra forma, o homem é um animal político porque é feito para viver em
sociedade, pois, segundo Aristóteles, na ordem da natureza, a Cidade existe antes da
família e antes do indivíduo, por essa razão todos tendem para a vida em sociedade. A
vida em sociedade necessita de regras de conduta, de modo a haver uma melhor
convivência e, sendo o homem um animal político, o mesmo ira usar da política e, não
só, para regular os conflitos sociais estabelecendo regras, leis e normas de conduta., é
esse instinto Político que o incentiva a procurar pelo bem público, à vida em comum. O
homem, quando atinge o seu grau de perfeição, é o mais excelente dos animais, é no
entanto o pior deles todos quando vive isoladamente, sem leis e sem códigos, o único
capaz de viver na sociedade com vocação.
PLATÁO preconiza uma forma de sociedade comunista, embora só para a classe dos
guardas e para magistrados. Em primeiro lugar, nenhum deles possuirá quaisquer bens
próprios, devia-se eliminar nessas classes a propriedade privada e a riqueza. Além do
mais ele defendeu a abolição do casamento e da família. As mulheres dos guardas serão
comuns a todos esses homens, nenhuma delas coabitará em particular com nenhum
deles. Segundo, Platão a propriedade comunal conduz à paz social, visto que ninguém
teria inveja ou tentaria furtar a propriedade de outro.
Segundo, Aristóteles poder ajudar um amigo, não só, e socorrê-los na aflição, é o mais
doce dos prazeres e só se pode fazê-lo na medida em que possui alguma coisa como
própria.
Defesa da família – Aristóteles advoga, com perspicácia, que nada inspira mais ao
Homem do que uma coisa que nos pertence, “nada é mais prazeroso do que falar que
esse filho é meu, essa é minha família”. Numa sociedade como a que Platão propunha,
não é possível saber quem são os seus próprios irmão, ou seus filhos ou os seus pais,
haverá assim muito pouca benevolência (bondade), tendo em conta que esse sentimento
significa para a sociedade o maior de bens.
Sustenta ARISTÓTELES que "se houver um homem que difira tanto dos outros todos,
que não haja qualquer comparação entre a qualidade e a habilidade política dele e de
todas as outras pessoas, ele não deverá mais ser considerado parte da Cidade. Para
homens tal como este não haverá lei: eles serão a própria lei.
No entanto isso não é o ideal a fazer, a regra geral é a do respeito pela lei, a da
observância da legalidade, a do sistema das leis, objetivas e impessoais, acima da
vontade, do capricho e da discricionariedade dos homens.
O grande argumento a favor do governo dos homens, e contra o governo das leis, é o de
que "a lei é uma norma geral, não leva em conta situações particulares", ou seja, a lei é
cega e não permite uma aplicação individual justa, adaptada às circunstâncias de cada
caso particular. Mas ARISTÓTELES não se deixa convencer por este argumento.
Em primeiro lugar, porque no regime do primado da lei "a lei delega o resto nos
magistrados para que julguem e decidam tão justamente quanto possível". Há, pois,
neste sistema, toda a possibilidade de atender às circunstâncias particulares de cada
caso: será essa a tarefa dos órgãos executores da lei.
Em segundo lugar, ARISTÓTELES considera que o primado da lei é muito preferível
ao governo livre de qualquer cidadão, porque a lei é a razão sem o apetite, ao passo que
o poder pessoal é o domínio das paixões incontroláveis. Assim aquele que tenta dar o
poder supremo à lei parece estar a propor Deus e a razão para governarem sós, enquanto
aquele que tenta dar o poder a um homem acrescenta-lhes uma besta, pois o desejo e a
paixão distorcem os governantes e mesmo os melhores homens.
Por outro lado, ARISTÓTELES foi também um pioneiro das teorias modernas da
separação de poderes com efeito ele escreve que "Cada constituição tem três partes
aquela que delibera sobre os negócios públicos, aquela que respeita aos cargos públicos,
e aquela que julga e depois examina as várias espécies de cada uma, e como são
designados os respetivos titulares. Algo bastante semelhante ao que se vive hoje.
REFERENCIAS
https://universidadelibertaria.com.br/aristoteles-a-propriedade-privada-e-
o-dinheiro/
juntar critica com defesa da família e da propriedade privada.