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CURSO: SERVIÇO SOCIAL


POLO: LIMOEIRO-PE

• FÁBIO ANTONIO DOS SANTOS SILVA- (29793463)

“DIREITO À ALIMENTAÇÃO. REFLEXÃO SOBRE A PROTEÇÃO


SOCIAL E O PAPEL DO ESTADO ”
 FÁBIO ANTONIO DOS SANTOS SILVA- (29793463)

“DIREITO À ALIMENTAÇÃO. REFLEXÃO SOBRE A PROTEÇÃO


SOCIAL E O PAPEL DO ESTADO ”

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas norteadoras do semestre letivo.

Tutor(a) à Distância: Denise Barbosa Pereira.

PASSIRA / PE
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................4
2.1 FUNDAMENTOS HISTÓRICO...........................................................................4
2.2 SOCIOLOGIA CRÍTICA......................................................................................5
2.3 CIÊNCIA POLÍTICA............................................................................................6
2.4 ANTROPOLOGIA...............................................................................................7
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................8
REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

O tema proposto trás o desafio de refletir sobre a temática no Brasil,


refletindo a luz dos conteúdos despertados e aprofundados nas disciplinas sobre o
direito à alimentação, atualmente inscrito junto aos direitos fundamentais em nosso
pacto de Estado – Constituição Federal de 1988 (Segurança Alimentar) – mas
violado continuamente na história do Estado brasileiro, submetendo a população a
penúria, humilhação e violência que gira em torno da existência material humana.

Vemos em nosso País através de um cenário onde o direito à


alimentação e os direitos assegurados em uma constituição que só vive em papel,
representa um tema pouco explorado e desconsiderado no Direito brasileiro. Muitas
vezes sendo confundido com o direito à saúde, um direito social já bastante
consolidado, a presente contribuição, visa apresentar, sucintamente, a definição do
âmbito de proteção do direito à alimentação no Brasil.

Estaremos desenvolvendo nesta produção textual, uma proposta


para refletirmos sobre as dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros, também
ressalta o reconhecimento do forte conteúdo valorativo dos direitos fundamentais e a
compreensão da natureza jurídica das normas de direitos fundamentais sociais.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 FUNDAMENTOS HISTÓRICO

O Movimento Contra o Custo de Vida, ou Movimento Contra a


Carestia, é um dos maiores movimentos de massa do nosso país, organizado
principalmente por mulheres pobres. Embora a economia do Brasil sempre esteve
ligada à produção agrícola, até a década de 1970 o Brasil era fortemente
dependente da importação de alimentos. No final da década de 1970, o país adotou
uma estratégia de segurança alimentar para investir na produção nacional de
alimentos.
O Estado deve responder à proteção social por meio das ações de
suas diversas políticas públicas, especialmente nas políticas de assistência social,
que contam com programas e serviços básicos ou especiais de proteção social para
as pessoas ou grupos mais vulneráveis.
No entanto, a proteção social não é uma tarefa fácil. Historicamente,
as políticas públicas organizadas por setor têm se mostrado insuficientes em seu
foco em indivíduos e grupos socialmente desfavorecidos sob uma perspectiva de
impacto social. O desenvolvimento da política setorial também se mostrou
fragmentado, muitas vezes com sobreposição de ações, e, portanto, parte do
problema na implementação de suas recomendações de cobertura.
A proteção social não se limita ao Estado, mas está inicialmente
incorporada nas relações familiares e comunitárias. No entanto, uma das
responsabilidades fundamentais do Estado é proporcionar uma política social que
garanta que a proteção social é um direito e deve fazê-lo em articulação com a
sociedade, promovendo uma ação voltada para indivíduos, famílias e grupos sociais
socialmente desfavorecidos.
Essa vulnerabilidade pode ser decorrente da falta de renda,
desemprego, trabalho informal, doença etc., dificuldade de acesso aos serviços de
diferentes políticas públicas e vínculos rompidos ou fragilizados de pertencimento a
grupos sociais e familiares. O governo brasileiro não mediou a situação, foi às ruas.
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2.2 SOCIOLOGIA CRÍTICA

A concepção da teoria crítica oriunda da contribuição de Karl Marx,


que analisa o Estado como a superestrutura, determinada a partir das relações
sociais. Para ele, “não é o Estado que organiza a sociedade, mas é a sociedade,
entendida como o conjunto das relações econômicas, que explica o surgimento do
Estado, de sua natureza, caráter e recursos políticos”.
Em suma, a crítica é um projeto de superação das ideologias e
fantasias e das realidades sociais que as geram, com o objetivo de expressar as
visões do proletariado e contribuir para a transformação social (MARX, 1978).
A decisão social da fome seria uma explicação para o processo
nutricional de diferenciação social, ou uma das formas de entender a sobrevivência
de grupos desfavorecidos após a desigualdade social, diferentes formas de
intervenção cultural para manter a sobrevivência.
Anteriormente, a fome era considerada uma doença ultrapassada
(epidemia) quando afetava toda a população humana. Mas depois de Josue de
Castro, o caráter permanente da fome (endêmica) começou a emergir, pois
continuou a afetar grandes populações. Mas neste caso, é importante notar que esta
fome perpétua existe desde os tempos antigos, existiu. Foi quando as pessoas
começaram a olhar para a fome de forma diferente que novos conceitos de fome
nasceram, e agora podem ser vistos nos métodos da medicina, nutrição, geografia,
política, economia, sociologia e direito.
Não apenas pelo conhecimento e crenças dos discursos sobre a
fome, mas pela forma como a fome é expressa, todos nós estamos entregando uma
visão de mundo. Essas visões de mundo constituem paradigmas, "frames" e
proposições gerais. Isso porque a linguagem (o que é dito, como as coisas são
conceituadas) é influenciada pelo contexto social.
Pobreza, desemprego, desigualdade de oportunidades, racismo e
desnutrição são alguns dos principais problemas sociais do Brasil. Também
podemos mencionar habitação precária, discriminação no emprego, abuso e
negligência infantil e muito mais. Ao longo da história do Brasil, podemos ver como
esse problema tem sido enfrentado ao longo do tempo, desde a esfera da prática
social, passando pelos nomes dos movimentos populares ou grupos formados para
enfrentar esse problema.
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2.3 CIÊNCIA POLÍTICA

A fome, tem ligação direta com todas as formas de desigualdade,


porém pode ser potencializada por diversos fatores como: guerras e conflitos,
poluição, escassez hídrica, pregas e o que é de maior preocupação, desinteresse
político e falhas governamentais. Relaciona-se também com a má distribuição de
riquezas, grande desigualdade social, por isso vemos ainda tantas pessoas em
estado crítico de segurança alimentar.
O Estado é a organização político-administrativa que trata das
relações sociais e produtivas de um território, monopolizando o uso da força e o
monopólio fiscal, ou seja, a arrecadação de recursos para a prestação de serviços
comuns aos habitantes do território. Hoje, é comum que os Estados se organizem
em democracias representativas e liberais, mas nem sempre foi assim. As raízes
históricas do Estado moderno estão na Revolução Francesa.
No final da Idade Média, a monarquia absoluta era o modelo de
Estado vigente na Europa. A frase que melhor ilustra e resume este período vem do
rei Luís XIV: "Eu sou o Estado". O monarca não está vinculado à lei, na verdade, ele
está acima de qualquer lei. Centraliza o poder de fazer leis, aplicá-las e julgar
aqueles que as violam. Por vontade própria, ele preside grandes eventos e decide a
vida e a morte de seus súditos.
Portanto, um país democrático sob o Estado de Direito é uma forma
de Estado baseada na soberania do povo. Além disso, tendo como símbolo a
separação dos três poderes no país, legislação, administração e judiciário não serão
incoerentes e não prejudicarão a soberania popular. Outra característica desta forma
de Estado é o respeito pelos direitos humanos fundamentais e naturais de todos os
cidadãos. Assim, a importância do que está escrito no artigo 1º da Constituição
Federal pode ser vista no início do texto. Em outras palavras, os estados
democráticos de direito permitem que nos organizemos em uma sociedade
minimamente justa e estável, onde as relações de poder fazem mais bem do que
mal.
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2.4 ANTROPOLOGIA

O capitalismo é um modo de produção que impulsionou enormes


mudanças sociais e econômicas no passado. Supera esmagadoramente a
autossuficiência e a produção de uma economia natural, liberta o indivíduo das
restrições feudais, promove a vantagem das habilidades e habilidades humanas
sobre a rigidez da hereditariedade e da sociedade feudal baseada na posse da
riqueza da terra e derruba tudo o que impede os obstáculos tradicionais.
Desenvolvimento integral da produtividade.
No entanto, apesar do grande avanço na emancipação política do
indivíduo, o novo modo de produção consolidou a constituição de uma nova
sociedade de classes. Indivíduos libertos do feudalismo passam a se submeter a
uma nova relação social, subordinada a uma nova hierarquia de classes,
determinada pela posse dos meios de produção da riqueza expressos em dinheiro:
capitalistas e trabalhadores.
As condições de classe terão um papel decisivo no desenvolvimento
histórico do capitalismo, determinando a parcela da riqueza produtiva da sociedade
que cada classe pode usufruir. Isso ocorre fundamentalmente porque o capital é
uma relação social que só pode ser reproduzida pela exploração do trabalho
assalariado, mantendo o “direito” dos proprietários dos meios de produção de ocupar
o excedente de trabalho produzido pelos trabalhadores.
Assim, a qualidade e quantidade da partilha de riqueza a ser
estabelecida pressupõe o lugar de cada pessoa na estrutura capitalista de produção.
As decisões de classe permanecem ativas tanto durante os períodos de ascensão
do capitalismo quanto durante os períodos de decadência e crise.
Dessa forma, todas as transformações nos processos produtivos e
nas relações são pautadas por esses objetivos. Mesmo no caso do aumento da
produtividade, essa produtividade retorna cada vez menos aos trabalhadores à
medida que continua a se desenvolver e a exploração do trabalho aumenta, e
algumas das "partículas" do crescimento salarial são destinadas aos trabalhadores.
Outro efeito mais perverso deve ser considerado: o aumento da produtividade e o
consequente aumento do desemprego.
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3 CONCLUSÃO

O direito humano à alimentação adequada também chamado pela


sigla DHAA pode parecer essencialmente básico, pois dele depende o direito à vida.
Ainda assim, e talvez por isso mesmo, ele passe despercebido nas discussões
sobre prioridades de políticas públicas.
Em âmbito nacional e internacional, um vasto arcabouço legal
garante o direito de todas as pessoas de se alimentar de maneira adequada e digna.
No Brasil, junto ao conceito do direito à alimentação, caminha o de soberania
alimentar e o de segurança alimentar e nutricional.
Apesar disso, as políticas para sua garantia raramente acompanham
o avanço dessas propostas. O tema quase sempre teve um papel marginal entre as
prioridades de governo, historicamente subordinado ao crescimento econômico e ao
aumento da produtividade da agricultura por meio da modernização tecnológica, em
detrimento de políticas intersetoriais que envolvem as diversas condições
necessárias para a garantia plena desse direito e que passa pela sustentabilidade
dos sistemas alimentares.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Rodrigo Estramanho de; CHICARINO, Tathiana Senne; DIÉGUEZ, Carla


Regina Mota Alonso. Ciência Política. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional, 2017

AGUIAR, Adélia Barbosa, e PADRÃO Susana Moreira. Direito humano à


alimentação adequada: fome, desigualdade e pobreza como obstáculos para
garantir direitos sociais. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sssoc/a/7GNQn7tYqWL6wYZncbLRnSN/?format=pdf&lang=pt

ANDRADE, Iraci de. Modelos de gestão e protagonismo dos usuários na


implantação do SUAS. In: MENDES, J. M. R; PRATES, Jane C. e AGUINSKY,
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ABEPSS, Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais. Brasília:
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BELLINI, Maria Isabel Barros. et al. A Pesquisa Sobre Intersetorialidade no Contexto


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Intersetorialidade e Políticas Sociais: interfaces e diálogos. Porto Alegre:
EdiPUCRS, 2014.

BOSCHETTI, Ivanete Salete. Assistência Social no Brasil: um direito entre


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_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Norma


Operacional Básica NOB-SUAS/2005. Resolução n. 130, de 15 de junho de 2005.
Diário Oficial da União, Brasília/DF, 25 jul. 2005.

_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Norma


Operacional Básica NOB-SUAS/2012. Versão Oficial. Brasília: 2012

CHAMPE, Daniela da Silva. A direção social do trabalho profissional de


assistentes sociais no âmbito da política de Assistência Social. 2018, 140p.
Dissertação (Mestrado em Serviço Social), Programa de Pós-Graduação em Serviço
Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: 2018.

DEMO, Pedro. Pobreza política. 2. ed. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1990.

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