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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

POLÍTICA PÚBLICA: O SUAS E O TRABALHO SOCIAL


COM AS FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
SOCIAL E RISCO.

BELO HORIZONTE/MG
2022
POLÍTICA PÚBLICA: O SUAS E O TRABALHO SOCIAL
COM AS FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
SOCIAL E RISCO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção média no trabalho de
conclusão de curso.

BELO HORIZONTE/MG
2022

ASSIS . Kelly Rejane Silva. Política Pública: O Suas e o Trabalho Social Com as
Famílias em Situação de Vulnerabilidade Social e Risco. 2020. 31p. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Centro de Ciências
Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Ibotirama, 2022.
RESUMO

O trabalho de conclusão de curso aqui apresentado tem como tema Política Pública:
O Suas e o Trabalho Social Com as Famílias em Situação de Vulnerabilidade Social
e Risco. Ele objetiva-se compreender o Sistema Único da Assistência Social e
trabalho com as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e
risco. Assim ele vai ser delimitado em três capítulos que atenderam os seguintes
objetivos específicos: Entender a concepção do Estado Democrático de Direito junto
à politica publica da assistência social, enquanto direito do cidadão e dever do
Estado; Descrever o Sistema Único da Assistência Social, suas características
gerais e a proteção social; Identificar o trabalho social desenvolvido com as famílias
junto as proteção social básica e especial. A sua metodologia trata-se de uma
pesquisa bibliográfica qualitativa com suporte de livros impressos, artigos científicos
da Scielo, Tipificação, LOAS, CNAS, e demais resoluções para enriquecemos da
pesquisa. Os principais autores foram: SIMOES (2014), BUCCI (2007), PAIVA
(2013), SCAVONE (1993).

Palavras chave: Família. Direito. Vulnerabilidade. Politica Pública

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................04

1.ENTENDENDO À POLITICA PUBLICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ENQUANTO


DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO......................................................06

2.SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, CARACTERÍSTICAS GERAIS E A


PROTEÇÃO SOCIAL.................................................................................................12

2.1 Proteção Social....................................................................................................13

3.TRABALHO SOCIAL DESENVOLVIDO COM AS FAMÍLIAS JUNTO AS


PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E ESPECIAL.........................................................20
3.1 Concepção de Família..................................................................................20
3.2 Proteção Social Básica ..................................................................................22
3.3 Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade ..................................26

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................29

REFERENCIAS......................................................................................................30
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1.INTRODUÇÃO

Quanto mais o Brasil caminha rumo ao desenvolvimento sustentável,


mais deixa para trás a desigualdade e falta de oportunidade, cada passo dado para
a superação da miséria, contribui para a construção de um país onde todos têm
direitos iguais e uma vida digna. Nesse sentido o SUAS – Sistema Único de
Assistência social e um avanço importante para crianças, adolescentes, idoso,
pessoas com deficiência e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social,
tenham o seu direito constitucional assegurado, mais oportunidade no presente
geram mais perspectiva para o futuro de todos.

O trabalho de conclusão de curso aqui apresentado tem como tema


Política Pública: O Suas e o Trabalho Social Com as Famílias em Situação de
Vulnerabilidade Social e Risco.

O SUAS trás um grande diferencial, sair de uma política que muitas


vezes era e infelizmente às vezes até hoje é entendida como assistencialista e com
efeito de caridade para os usuários. Devemos compreender lutar e transmitir que ela
é uma politica pública de direitos estabelecidos em lei. Mas até que ponto os
profissionais atuantes e futuros profissionais, têm conhecimento dessa política
garantida em Lei?

Nesse contexto esse trabalho objetiva-se em compreender o


Sistema Único da Assistência Social e trabalho com as famílias que se encontram
em situação de vulnerabilidade social e risco. Assim ele vai ser delimitado em três
capítulos que atenderam os seguintes objetivos específicos: Entender a concepção
do Estado Democrático de Direito junto à politica publica da assistência social,
enquanto direito do cidadão e dever do Estado; Descrever o Sistema Único da
Assistência Social, suas características gerais e a proteção social; Identificar o
trabalho social desenvolvido com as famílias junto as proteção social básica e
especial.

A intervenção social, os trabalhos realizados com a família segundo


descritos por Pinheiro na Tipificação Nacional, ajuda as famílias a aprender origens,
significados que atribui os possíveis enfrentamentos de variadas situações de
vulnerabilidade, que toda a família possa vivenciar e que este venha contribuir para
5

a sua proteção. Nesse contexto esse projeto se justifica da necessidade de


compreender o SUAS e trabalho social com as famílias, atrás da proteção social na
garantia de seus direitos estabelecidos em Lei.

A sua metodologia trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa


com suporte de livros impressos, artigos científicos da Scielo, Tipificação, LOAS,
CNAS, e demais resoluções para enriquecemos da pesquisa. Esse tipo de pesquisa
permite a aquisição de conhecimentos sobre o tema investigado. Através dela pode-
se saber o que já descoberto sobre o tema e lacunas que ainda precisa ser
investigados.

É importante salientar que a pesquisa bibliográfica compreende a


leitura, seleção, fichamento e arquivo dos tópicos de interesse para a pesquisa em
pauta, com vistas a conhecer as contribuições científicas que se efetuaram sobre
determinado assunto (FERRARI, 1982).

Constituirá em uma pesquisa qualitativa, pois é um método de


interpretação dinâmica e totalizante da realidade, pois considera que os fatos não
podem ser relevados fora de um contexto social, político, econômico etc
(PRODANOV E FREITAS, 2013). Esse tipo de pesquisa há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito, isto é um vínculo indissociável entre o mundo objetivo
e o subjetivo.

Será utilizado o método dialético onde permitira a interpretação da


dinâmica da realidade das famílias de vulnerabilidade social e de risco e a proteção
que o SUAS garante.

Para melhor compreensão do leitor o trabalho estruturado em três


capítulos caracterizados como:

1.Entendendo à política pública da assistência social enquanto


direito do cidadão e dever do estado.

2.Sistema único da assistência social, características gerais e a


proteção social.

3.Trabalho social desenvolvido com as famílias junto as proteção


social básica e especial.
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1.ENTENDENDO À POLITICA PUBLICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ENQUANTO


DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO.

A concepção de Estado Democrático de Direito, que será


apresentado na Parte I deste TCC entre outros fundamentos, assenta na
constatação de que a economia de mercado não assegura, espontaneamente, a
inclusão e o desenvolvimento social. Mais do que as tênues concessões da teoria
neoliberal, os teóricos da economia, após os primeiros resultados da globalização,
têm plena consciência de que esses desígnios somente podem ser relativamente
atingidos com a intervenção do Estado, por meio de politicas públicas, para reduzir a
desigualdade social a níveis moralmente aceitável (Montenegro, 1980).

O funcionamento do sistema econômico, desde a revolução


industrial sobretudo a partir do final do século XIX, já registrava crises na Inglaterra,
onde ela teve origem. Mas a crise dos anos 1930, virulência e profundidade,
confirmou, de maneira trágica, três efeitos perversos que se tomaram um ponto
decisivo na história e no pensamento econômico:

• Apesar de relativamente eficiente, o sistema, deixado ao livre-


arbitrio de sua lógica interna, não elimina, ao contrário, gera amplas massa de
famílias em situação de risco e vulnerabilidade social;

• O seu funcionamento, altamente competitivo, tende a acentuar


as desigualdades sociais entre os indivíduos e classes sociais;

• Em determinadas fases históricas, os seus ajustes mais


vigorosos, de natureza puramente econômica, produzem desemprego generaliza- do
(denominado de patológico pelos economistas ortodoxos).

A atual politica monetária e a politica do FED, inspiradas na


realidade dos anos 1930, em lugar de minorarem, aprofundaram crise. A teoria
econômica de então apregoava a viabilidade do pleno emprego a todos os que se
dispusessem a trabalhar em troca de salário real de equilíbrio, e a ortodoxia
neoliberal atual ainda persiste nessa posição, como se emprego fosse voluntário, em
decorrência de fatores subjetivos de formação da força de trabalho (educação,
indolência e outros). A racionalidade abstrata da econômica incorpora, até hoje,
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essa evidente discrepância entre a realidade objetiva do desemprego e do risco e


vulnerabilidade social e a hipótese pleno emprego.

Para Simoes ( 2014) esses fatos denotam que as sociedades, mais


tolerantes com o funcionamento do mercado, que asseguram a ampla liberdade de
seus agentes económicos, a propriedade privada dos meios de produção e a livre
apropriação dos benefícios, resultantes de suas atividades legais, acabam
legitimando instituições que estimulam, ao limite, o objetivo do lucro, por meio da
mobilização dos fatores da produção e a promoção do desenvolvimento económico.

O mesmo autor ainda descreve que a tecnologia disponível e os


interesses dos agentes econômicos regulando o desenvolvimento do processo
produtivo, entretanto, são condicionados por relações objetivas. Marx e, antes dele,
Stuart Mill já havia percebido que os critérios de repartições dos bens produzidos
não são propriamente, uma questão técnica, que o livre funcionamento do mercado
possa assegurar, mas politica, regulada pelas normas constitucionais.

Em uma sociedade de mercado, como a brasileira, a relativa


compatibilização daqueles três objetivos somente se viabiliza pela promoção de
políticas públicas, mas que se desenvolvem em decorrência da privatização das
atividades económicas de interesse público, tendência à flexibilização das leis
trabalhistas, abandono do ideal do pleno emprego, precarização dos serviços
públicos, valorização do capital especulativo, estabilidade monetária, contenção do
orçamento e concessões fiscais ao capital, como mecanismos supletivos de
contenção da pobreza e atendimento das demandas sociais.

Diferentemente das leis, que são gerais e abstratas, as políticas, ao


contrário, são forjadas para a realização de objetivos determinados.
Princípios são proposições que descrevem direitos; já as politicas
descrevem objetivos. Assim, toda política pública é um instrumento de
planejamento, racionalização e participação popular. Seus elementos são a
finalidade da ação governamental, as metas nas quais se desdobra essa
finalidade, os meios alocados para a realização dessas metas e, finalmente
processos de sua efetivação ( Bucci , 2007, p. 168).

As políticas públicas, segundo tais objetivos, são de duas espécies:


as que regulam atividades económicas de interesse público (estatais ou privadas),
visando atender a demandas sociais gerais (energia, transporte etc.), e as que
implementam os direitos sociais (demandas sociais específicas), entre elas as
políticas socioassistenciais.
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Para Simões ( 2014, p. 300) ambas estão referidas, esparsamente,


nos arts. 21 a 24 da Constituição Federal. Com relação às primeiras, o governo
federal detém a prerrogativa de seu planejamento e formulação, em decorrência de
sua competência regulatória integral (art. 174). Foram criadas agências, a partir dos
anos 1990, para regular e fiscalizar o cumprimento das regras de mercado pelos
setores da economia privada, recém-privatizados, considerados estratégicos e que
deveriam ser fiscalizadas pelo Congresso Nacional, considerando s autonomia face
aos respectivos Ministérios. Elas são instituídas, basicamente, no seu Título VII - Da
Ordem Econômica e Financeira (art. 170 vinculadas à valorização do trabalho
humano, à justiça social, função social da propriedade, redução das desigualdades
regionais e sociais e busca de pleno emprego).

A Constituição Federal concebe a assistência social como politica de


seguridade social de responsabilidade do Estado e direito do cidadão (arts. 203 e
204 da CF). No campo jurídico, rompeu com a concepção de assistência como
benemerência Social e dos seus destinatários como tutelados (Sposati, 1995).

Pela primeira vez, na história da assistência social, o art. 1° da


LOAS a institui como direito público subjetivo. Porém, o enunciado desse mesmo
dispositivo também declara que a assistência é um dever do Estado. De fato, a sua
invocação, tão somente como direito subjetivo, não teria eficácia se não declarasse
sua contrapartida como obrigação objetiva. Por isso, declara que a esse direito
corresponde o dever estatal de assegurá-la.

O conceito de direito público subjetivo tem o sentido de uma


faculdade, atribuída às pessoas, individualmente ou em grupo (direitos individuais
homogêneos, difusos e coletivos), exigível judicialmente, porque assegurado pela
ordem jurídica. Tem fundamento no interesse individual ou de sociais, reconhecido
pela ordem legal como legítimo. E é público porque vinculado à política social, na
qual se integra e complementa.

A obrigação decorre da dimensão objetiva dos direitos sociais e


configura-se na instituição de procedimentos judiciais que tornem eficaz o direito
subjetivo. Neste ponto, a LOAS não os contém, ao contrário do ECA, por exemplo.
Este, com efeito, após a instituição dos direitos subjetivos, formula, nos dois títulos
finais, os procedimentos relativos ao acesso à Justiça e à tipificação dos crimes e
9

das infrações administrativas. No mesmo sentido, o Código de Defesa do


Consumidor.

A assistência social foi instituída no texto constitucional, com a


redação característica das cartas politicas, caracterizando-se pela expressão de
vontade política dos constituintes, como direito subjetivo público.

A Política Nacional de Assistência Social tem seus princípios,


diretrizes, objetivos e mecanismos criados em consonância com a LOAS, entre os
quais são princípios:

I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as


exigências de rentabilidade econômica;
II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da
ação assistencial alcançável pelas demais politicas publicas;
III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais;
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder público e dos
critérios para sua concessão. (PNAS, 2004, p.26).

A Lei Orgânica da Assistência Social - Lei nº 8.742 -, LOAS, criada


em 7 de dezembro de 1993, prevê aos idosos: proteção à velhice e garantia de um
salário mínimo mensal – benefício de prestação continuada - desde que o idoso,
com 65 anos ou mais, comprove não possuir recursos de prover seu próprio
sustento e nem de tê-lo provido por sua família (BRASIL, 1993).

A LOAS presente no artigo 2º diz que a política de assistência social


tem como objetivo proteger a família bem como garantia de um salário mi nino ao
idoso que não tem como possuir através da própria manutenção. Já no capitulo II
artigo 4º ressalva que o assistente social deve reger dos seguintes princípios,
respeito dignidade com os direitos e serviços de qualidade, convivência familiar de
forma que não se oponha as necessidades (LOAS,1993).

A Política Nacional de Assistência Social – PNAS aprovada em 2004


teve um avanço proposicional de uma regulação dos serviços socioassistenciais
pautados em parâmetros, padrões, critérios e respeito ao pacto federativo na sua
operacionalização: o Sistema Único de Assistência Social/SUAS.

A política pública de Assistência Social tem como objetivo realização


10

com integração ás demais políticas, em consideração as desigualdades explicitada


por Santini (2012, p. 209) “visando seu enfrentamento, a garantia dos mínimos
sociais, os provimentos de condições para atender contingências sociais e a
universalização dos direitos sociais, portanto, os objetivos se apresentam”.

Para Gonçalves (2012) é uma política com ações socioassistenciais


que recebe proteção social a família em situação de pobreza e vulnerabilidade social
assegurada pelos programas e serviços de proteção social básica que tem como
intuito prevenir situações de risco social, e que os mesmos desenvolvam
fortalecimento de vinculo familiar e comunitário.

Um dos objetivos da Política Nacional de Assistência Social é dar à


segurança a família sendo ela o centro da assistência social, garantindo então a
convivência comunitária e familiar. (Orientação técnica) “isso quer dizer que
compreende a família como unidade de atenção primeira e é também no seu
contexto que os indivíduos são considerados”.

Mediante os fatos estudados, compreende-se que a assistência


social é um conjunto de princípios, objetivos e diretrizes operacionalizadas no
sistema nacional de seguridade social.

De acordo com a Politica Nacional de Assistência Social a realidade


brasileira nos mostra que existem famílias com as mais diversas situações
socioeconômicas que induzem à violação dos direitos de seus membros, em
especial, de suas crianças, adolescentes, jovens, idosos e deficientes, além da
geração de outros fenômenos como, por exemplo, pessoas em situação de rua,
migrantes, idosos abandonados que estão nesta condição não pela ausência de
renda, mas por outras variáveis da exclusão social. Percebe-se que estas situações
se agravam justamente nas parcelas da população onde há maiores índices de
desemprego e de baixa renda dos adultos. (PNAS, 2004 p. 20).

Antecede a análise da assistência como prática profissional


caracterizá-la enquanto instancia programática das políticas sociais e, portanto,
possibilidades concreta de absorção do trabalho do assistente social.

É importante ressaltar que a via de regra caracteriza a ação


governamental como de assistência social é a destinação a fundo perdido da
aplicação do recurso financeiro público. Com isso os programas de assistência
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social seria aqueles que operam com mercadorias e não só com serviços. Isto é, à
diferença da ação usual do médico, do professor, que opera fundamentalmente sua
capacidade especializada na produção de um serviço individual ou coletivo, o
assistente social opera, além disso, com mercadorias. Como diz Mrx: “a mercadoria
é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por usas propriedades,
satisfaz necessidades humanas, seja qual for a sua natureza”.

Ao finalizar esse capitulo é importante ressaltar que a assistência


social, passou a ser reconhecida como política social somente depois da
Constituição Federal Brasileira de 1988, que integra a seguridade social, ao lado das
políticas de saúde de previdência social, ressalta ainda que a assistência social é
regulamentada pelo LOAS e também norteada pela Norma Operacional Básica –
NOB de 2005 que disciplina a operacionalização gestão da Política nacional de
Assistência Social através do Sistema Único de Assistência Social - SUAS .
12

2.SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, CARACTERÍSTICAS GERAIS E A


PROTEÇÃO SOCIAL.

O SUAS é um sistema que consolida a Politica Nacional da


Assistência Social, tendo por funções assistenciais a proteção assistenciais: a
proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa dos direitos
socioassistencial ( art.2º da LOAS).

Em julho de 2005, foi aprovada a regulação do Sistema Único de


Assistência Social – SUAS. Um sistema nacional de ordenação da gestão das ações
sócio assistencial paramentado em regulação e obediência ao pacto federativo e
reconhecimento dos direitos sócio assistenciais do cidadão. Podemos dizer que o
SUAS, espelha-se no SUS (Sistema Único de Saúde).

O SUAS é um meio de atuação dentro das políticas públicas de


assistência social, trazendo dois aspectos muito presentes segundo Braun, direito e
cidadania de forma desafiadora no ponto de vista de rompimento das fragmentações
dos serviços sociais. Sistema esse que base na gestão descentralizada, com
participação compondo o território (BRAUN, 2009).

O Sistema Único de Assistência Social tem como objetivo atender de


modo especial a família, com respeito no que refere, a particularidade e
complexidade na estrutura e ações. Além de prevenir situações de risco, fortalece os
vínculos familiares e comunitários. Que tem como destino a população em situação
de risco social proveniente da facilidade de vínculos, pobreza e descriminação
(BRAUM, 2009).

Vale ressaltar que o SUAS é protegido e regido por Lei, é um


sistema público que organiza de forma descentralizada todos os serviços, benéficos
e a rede socioassistencial do país, muito mais do que isso, ele trás uma politica
pública unificada para o setor, com regras claras e papeis bem definidos. Ele é
coordenado pelo ministério de desenvolvimento social e combate a fome, tendo sua
gestão compartilhada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios e sobre
tudo implementado em parceria com Sociedade Civil. Nesse contexto o projeto de
pesquisa bibliográfico apresentado, tem como tema Política Pública: O SUAS e o
trabalho social com as famílias em situação de vulnerabilidade social e risco.
13

Levando em consideração os aspectos estudados para essa


pesquisa, pode ser mencionado que o SUAS é um sistema que consolida a Politica
Nacional de Assistência Social, tendo por funções assistenciais: a proteção social, a
vigilância socioassistencial e a defesa direitos socioassistenciais.

Ferreira (2014) subscreve em sua obra que a política de Assistência


Social como aquela que integra as demais políticas setoriais. O SUAS, por exemplo,
previne demais situações de risco, aonde a proteção social vem objetivar o
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Aquelas situações de maus
tratos, abusos abandono e violação de direitos.

O Sistema Único de Assistência Social tem como objetivo atender de


modo especial à família, com respeito no que refere, a particularidade e
complexidade na estrutura e ações. Além de prevenir situações de risco, fortalece os
vínculos familiares e comunitários. Que tem como destino a população em situação
de risco social proveniente da facilidade de vínculos, pobreza e descriminação.
(BRAUM, 2009)

Na Política Nacional de Assistência Social, o ponto central e


prioritário é a família, sendo seu objeto de intervenção, e que o atendimento seja de
maneira mais abrangente possível, independente de como é composta. A família em
disposto amparo vem por meio dela, o prevenir, a proteção com o haver de
necessidades de alguém que governe as políticas sócias, pois através delas se fará
o ponto culminante de suas ações e que estas fortaleçam os laços afetivos entre os
membros.

A política pública de Assistência Social tem como objetivo realização


com integração ás demais políticas, em consideração as desigualdades explicitada
por Santina (2012) “visando seu enfrentamento, a garantia dos mínimos sociais, os
provimentos de condições para atender contingências sociais e a universalização
dos direitos sociais, portanto, os objetivos se apresentam.”.

2.1 Proteção Social

Tal política social com expressado por Gonçalves (2012)” tem


caráter de política de proteção social articulada a outras políticas do campo sociais
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voltadas á garantia de direitos e de condições dignas de vida”.

Percebe-se que a proteção social tem sido instituída por politicas


sociais de distintas abrangências, de acordo com os respectivos critérios de acesso
da população as prestações sociais como, por exemplo, os serviços e benefícios
que instituem. De forma ampla, as politicas classificam-se em: Politicas
Universalistas, focalização, de seguro social.

Para concessão dessas garantias, o novo modelo de gestão


organiza-se pro modalidade de proteção social. Em 2003 a deliberação da IV
conferência Nacional da Assistência social determinou a reorganização das ações e
serviços assistenciais, o território nacional, por meio da articulação e provimento de
dois níveis de complexidade de atuação: a proteção oscila Básica e Proteção Social
Especial de Média e Alta complexidade. Correspondem ao nível de complexidade
dos programas, projetos, benefícios e serviços, mediante ginastico de apuração das
prioridades de proteção.

As políticas universalistas assentam no pressuposto de que a vida


social e política participativa das pessoas depende de seu pleno acesso à efetivação
dos direitos sociais, devendo ser assegurados a todos, indistintamente (conceito
positivo de liberdade); por meio de critérios do tipo "gatilho", segundo os quais as
pessoas que os satisfaçam adquirem o respectivo direito, independentemente de
seus rendimentos (por exemplo, o direito à saúde).

As políticas focalizadas elegem como critério, para o acesso à


população às referidas prestações, basicamente a situação de baixa renda, pobreza
exclusão social (conceito negativo de liberdade), entre outros, em que a proteção
social se torna apenas residual (por exemplo, o BPC).

As políticas de seguro social instituem um regime em que o acesso


das pessoas às prestações sociais está condicionado ao pagamento de uma
contribuição proporcional à renda que auferem, geralmente em decorrência do
trabalho (universalidade especial), por exemplo, a previdência social.

A proteção social define-se, como adiante exposto, pela proteção


básica e especial. A vigilância consiste no desenvolvimento da capacidade de
diagnóstico e de gestão, assumida pelo órgão gestor, para tomar ciência da
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presença de formas de vulnerabilidade social da população em um determina- do


território.

Para isso desenvolve as seguintes ações preventivas:

 Produção de informações sistematizadas, indicadores e


índices familiares; identificação de pessoas com redução de
capacidade pessoal (deficiência ou abandono);

 Identificação de crianças, adolescentes, jovens, adultos e


idosos, vítimas de exploração, violência, maus-tratos e
ameaças; assim como de quaisquer pessoas vítimas de
apartação social (fragilização, por perda de autonomia e
integridade pessoal);

 Controle dos padrões de serviços assistenciais em especial


(albergues, abrigos e outros);

 Detectação e informação sobre as situações de precarização


e vulnerabilização social;

 Implantação do Sistema Público de Dados das Organizações


de Assistência Social-Cadastro Nacional de Entidades.
(SIMOES, 2014, p. 328-329).

A defesa dos direitos socioassistenciais operacionaliza-se pela


instituição Ho SUAS, em resultado do pacto federativo entre gestores públicos
federais, estaduais e municipais e as organizações da sociedade civil, promovendo a
descentralização da gestão quanto ao monitoramento e ao financiamento dos
serviços assistenciais.

Essas organizações devem prestar serviços e executar programas e


projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos.

Em nível federal, o SUAS é administrado pela SNAS, órgão do MDS,


por meio do Departamento de Gestão do SUAS, Departamento de Proteção social
Básica, Departamento de Proteção Social Especial, Departamento de Benefícios
Assistenciais e Diretoria Executiva do FNAS.
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Em nível estadual e municipal, pelo Secretário de Desenvolvimento


Social do Poder Executivo respectivo ou denominação congênere.

Anteriormente, a política assistencial estava submetida a um duplo


comando: o da Comunidade Solidária e da Secretaria de Estado da Assistência
Social - SEAS. Além disso, tinha por foco segmentos sociais (públicos-alvo: idosos,
crianças, moradores de rua, pessoas com deficiência etc.). Já o SUAS organiza-se
segundo as necessidades sociais, decorrentes dos graus de complexidade dos
riscos e vulnerabilidades sociais, por meio da proteção social. A intensidade e
localização dessas necessidades é que passou a determinar padrão da oferta de
serviços ( SIMOES, 2014, p. 329).

A SNAS é o órgão responsável pela gestão da PNAS e tem sua


estrutura definida pelo Decreto n. 5.074, de 11/05/2004 (atualizado pelo Decreto n.
5.550, de 22/09/2005). Regula, no território nacional, a hierarquia, os vínculos e as
responsabilidades do sistema de benefícios, serviços, programas e projetos, de
caráter continuado, prestados direta ou, indiretamente, por meio de convénios com
organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (Instrução Normativa SIN n. 01,
de 15/01/1997); por órgãos e instituições federais, estaduais e municipais da
administração direta ou indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público é em
articulação com iniciativas da sociedade civil.

Insere-se no esforço de viabilização do projeto de desenvolvimento


social, representando um grande conjunto de alterações da área social envolvendo
o atendimento de cerca de 60 milhões de brasileiros (Folha de S. Paulo, 2006, p.
A3).

Suas ações são voltadas, basicamente, para o fortalecimento dos


vínculos familiares e comunitários, visando integrar as ações socioassistênciais, com
as áreas de saúde e educação.

O marco inicial de implantação do SUAS foi a Norma Operacional


Básica NOB/SUAS, aprovada pelo CNAS por meio da Resolução n. 130 de
15/07/2005.

Para tanto, classificou os municípios em três níveis de gestão (inicial


básica e plena), segundo sua capacidade de executar e cofinanciar os serviços
assistenciais, envolvendo também os fundos assistenciais. Sob o principio da
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territorialidade, classificou-os, segundo a respectiva população, em pequenos (com


dois níveis), médios, de grande porte e metrópoles. Segundo esta classificação, têm
sua habilitação condicionada para o repasse de recursos públicos. Exigiu-lhes a
criação dos conselhos municipais de assistência social, a instituição do fundo
municipal e a aprovação da política municipal de assistência social.

No nível Básico e Pleno, exigiu que os municípios devem dispor,


entre outros requisitos, de uma rede de proteção social básica, por meio de Centros
de Referência de Assistência Social - CRAS -, articuladores de casas de famílias,
com psicólogos e assistentes sociais em número proporcional a demanda,
compreendendo todos os serviços sociais da comunidade ou do território, prestados
diretamente pelo Poder Público ou por organizações da sociedade civil.

Foi o Plano Nacional de Assistência Social (Resolução 15/10/2004)


que instituiu a criação do SUAS, um modelo de gestão pública descentralizado e
participativo, tendo como base o território e a família foro prioritário de atendimento,
nos atuais 5.561 municípios brasileiros. Decorre do art. 204 da Constituição Federal,
instituindo um sistema de gestão da politica de assistência social, que une os três
entes federativos, com divisão de responsabilidades, para a sua instalação,
regulação e expansão; o modo de gestão compartilhada; o cofinanciamento e a
cooperação técnica. Tem por finalidade a integração de todos os entes interessados
na politica nacional de assistência social, gestores, conselheiros, trabalhadores e
usuários, em um processo participativo e democrático, com base na relação
unificada entre Estados e municípios, com padrão único de qualidade, atendimento e
recursos municipais (Paiva, 2003).

Nesse sentido, o art. 5 da LOAS, com relação à organização da


assistência social, prevê a descentralização político-administrativa para os Estados,
Distrito Federal e municípios, a participação, por meio dos conselhos e a primazia da
responsabilidade do Estado, na condução da política de assistência social, em cada
esfera de governo.

A participação popular está assegurada pelo inciso Il do art. 5" da


LOAS, em conjugação com três outras diretrizes: a descentralização político-
administrativa (Estados, Distrito Federal e municípios); o comando único, em cada
18

esfera de governo; e a primazia da responsabilidade do Estado, na condução da


política de assistência social.

Sendo a família uma instituição central do sistema, sua


matricialidade é garantida à medida que, na assistência social, com base em
indicadores das necessidades familiares, se desenvolva uma política de cunho
universalista; a qual, para além da transferência de renda, em patamares aceitáveis,
se desenvolva, prioritariamente, em redes de proteção social, que suportem as
tarefas cotidianas e valorizem a convivência familiar e comunitária. Enquanto política
pública, a assistência social deve funcionar, fundamentalmente, como um vetor de
articulação intersetorial com as demais políticas sociais (saúde, habitação, educação
e outras), para que as ações não sejam fragmentárias.

Essas diretrizes conduzem à institucionalização de um sistema


único, em que as ações sociais poderão ser executadas em parceria com entidades
governamentais de assistência social, integrando as redes de proteção social;
viabilizadas pela REDE/SUAS, para envio e troca de dados e agilização da
transferência automática e regular de recursos.

Os recursos provêm diretamente do FNAS para os FEAS e FMAS e


decorrência de convênios de projetos de duração determinada; e também de
repasses automáticos, condicionados ao envio de informações por meio do sistema
SUAS-WEB e do tipo de habilitação do Estado ou em município.

Os conselhos, fundos, políticas e planos expressam a politica de


assistência social de cada ente federativo, de modo descentralizado e suas inter-
relações com as demais políticas setoriais e, ainda, com a rede de proteção social.

O art. 11 da LOAS determina que as ações das três esferas


federativas na área da assistência social, devem realizar-se de forma articulada,
cabendo a coordenação e as normas gerais à União e a coordenação e execução,
em suas respectivas esferas, aos Estados e aos municípios.

A descentralização elege o município como esfera primordial, com o


reconhecimento de seu poder de autonomia, considerando-se as particularidades
dos territórios, seus interesses e necessidades. Isso possibilita a que os serviços e
benefícios sejam mais facilmente acessíveis à população, ao mesmo tempo em que
essa proximidade também aumenta a capilaridade das demandas locais. A
19

descentralização do poder, por meio da municipalização da gestão, viabiliza a


proximidade da população e sua participação direta por meio dos conselhos,
tornando-se, igualmente, um meio de controle das atividades assistenciais e
fiscalização das finanças. Não se confunde com a municipalização assistencial,
porque esta se caracteriza pela iniciativa do município em instituir políticas sociais
específicas, desvinculadas da política nacional, com ou sem recursos estaduais e
federais.

Democracia, descentralização e participação, portanto, são


expressões a sistema único, porém muitas vezes concebidas de forma vaga e
ambígua, servindo para abrigar diferentes concepções e motivações reformistas. No
entanto, correspondem a múltiplas determinações dos conflitos sociais, cuja
intensidade passou a exigir a ampliação das possibilidades de participação da
sociedade civil nas decisões públicas.

O fortalecimento das ações e propostas descentralizadoras e


participativas insere-se na tendência mundial, gerada pela crise dos anos 1970, que
caracterizou o desmonte da maioria dos Estados de Bem-Estar Social e as
mudanças na esfera produtiva dos países capitalistas desenvolvidos. Difundiram-se
novos discursos e práticas sociais de redefinição do papel do Estado e das suas
relações com a sociedade, envolvendo a partilha do poder, seja no âmbito da
transferência de competências da esfera federal para os Estados e municípios, seja
do poder decisório estatal, para a sociedade civil.
20

3.TRABALHO SOCIAL DESENVOLVIDO COM AS FAMÍLIAS JUNTO AS


PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E ESPECIAL.

3.1 Concepção de Família

Falar em família neste contexto do século XXI, no Brasil, com


alhures implica a referencias a mudanças e a padrões difusos de relacionamentos.
Com essas laços esgarçados, torna-se cada vez mais difícil definir os contornos que
a delimitam. Vivemos em uma época como nenhuma outra, em que a mais
naturalizada de todas as esferas sociais, a família além de sofrer importantes abalos
internos tem sido alvo de marcantes interferências externas.

Essas por sua vez dificultam sustentar a ideologia que associa a


família a ideias da natureza ou evidências que os acontecimentos ela ligados vão
além de respostas biológicas universais as necessidades humanas, que configuram
diferentes respostas sociais e culturais, disponíveis a homens e mulheres em
contexto histórico específicos.

Desde a revolução industrial do trabalho do mundo familiar,


contraposto ao mundo público, mudanças a ela referentes relacionam-se ao
impactos do desenvolvimento tecnológico. Mais recentemente, destacam se
descobertas científicas que resultaram em intervenções tecnológicas sobre a
reprodução humana ( Scavone, 1993).

As distintas inteleções tecnológicas, entretanto, atingem


diferentemente a concepção de família. Vale destacar que as mudanças são
particularmente difíceis uma vez que as experiências vividas e simbolizadas na
família têm como referências, o respeito desta, definições cristalizadas que são
socialmente instituídas pelos dispositivos jurídicos, médicos, psicólogos religiosos e
pedagógicos, enfim pelos dispositivos disciplinares existentes em nossa sociedade,
os quais tem nos meios de comunicação um veiculo fundamental, além de suas
instituições precificas
21

Essas referências constituem os modelos do eu é e como deve ser a


família, ancorada numa visão que a considera como unidade biológica constituída
segundo leis da “natureza”. Poderosa força simbólica.

Partimos então da ideia de que família se delimita simbolicamente,


baseada num discurso sobre si próprio, que opera como um discurso oficial.
Embora culturalmente instituído, ele comporta uma singularidade: cada família
constrói sua própria história, ou seu próprio mito, entendido como uma formulação
discursiva em que se expressam o significado e a explicação da realidade vivida,
com base nos elementos objetiva e subjetivamente acessíveis aos indivíduos na
cultura em que vive.

Pensar em família como uma realidade que se constitui pelo


discurso sobre si própria, internalizado pelos sujeitos, é uma forma de buscar uma
definição que não se antecipa à sua própria realidade, mas que nos permite pensar
como ela se constrói, constrói sua nação de si, supondo evidentemente que se isso
se faz uma cultura, dentro, portanto , dos parâmetros coletivos do tempo e do
espaço em que vivemos, que ordenam as relações de parentesco( entre irmãos,
entre pais, entre marido e mulher). Sabemos que não há realidade humana exterior
à cultura uma vez que os seres humanos se constituem em cultura, portanto
simbolicamente.

Nesse jogo entre o mundo exterior e o mundo subjetivo, as


construções simbólicas operam numa relação espetacular. Assim acontece a família.
O discurso social a seu respeito se reflete nas diferentes famílias como um espelho.
Em cada caso, entretanto há uma tradução desses discursos, e cada uma dela por
sus vez devolverá ao mundo social sua imagem, filtrada pela singularidade das
experiências vividas. Assim cada um constrói seus mitos segundo o ouve sobre si,
do discurso externo internalizando, mas devolve um discurso sobre mesma que
inclui sua elaboração, objetivando sua experiência subjetiva.

As famílias hoje apresentam várias problemáticas de subsistência


tais como aspectos econômico, financeiro e de segurança segundo Sikorski.
Delineia as questões sócias que afetam os vínculos familiares:

Pobreza - A pobreza é um sinônimo de exclusão social


vulnerabilidade, onde muitas famílias vivem sem condições de suprir as suas
22

necessidades. Sabe-se que o Brasil é um dos 5 países maior em extensão


geográfica com produção de grãos e ainda encontra pessoas passando fome , o que
acontece é que distribuição de renda não está sendo feita de forma correta existe
um número significante de pessoas na linha de pobreza e miséria, afirma Bruan.

Como consigna Gonçalves que o perfil da família empobrecida é


decorrente do número acrescente de famílias, moniparentais e matrifocais
exercendo dupla jornada de trabalho uma pela ausência da figura paterna aquela
que mantém a família, na manutenção e ordem social, educacional e moral e nos
serviços domésticos bem como o acréscimo de desemprego dos pais, e vivencia de
risco de substância psicoativo como; álcool, atos ilícitos, drogas e criminalidade.

Barracos, favelas frente a esta perspectiva de vida vem produzir


propõe vínculos rompidos da família nuclear, oferecendo ausência de serviços
considerados mínimos á sobrevivência maternal habitação precária, privando o
lazer, cultura educação, adquirindo uma identidade de excluídos. (GONÇALVES
2012).

Família é conceito que aparece e desaparece das teorias sociais


humanas, ora enaltecida, ora demonizada. É acusada como gênero de todas os
males, especificamente da repressão e da servidão, ou exaltada como provedora do
corpo e da alma. Ao longo da história, muitas tentativas foram feitas para combater
sua força, tanto por movimentos de direita quanto pelos os de esquerda,
comunitários e fascistas, como os Kibutz e o enaltecimento das crianças que
denunciavam os próprios pais para defender a pátria.

3.2 Proteção Social Básica

Cabe distinguir, desde logo que a Proteção Social Básica incide


sobre famílias, seus membros e indivíduos cujos direitos não foram violados, embora
em situação de vulnerabilidade social. Tem, por isso, caráter essencialmente
preventivo. É de responsabilidade de todos os municípios e objetiva fortalecer os
vínculos familiares interligando-os com a comunidade, a sociedade e o Estado em
três dimensões: vínculos legais, socioculturais e efetivo-relacionais. Caracteriza-se
23

por esses serviços continuado para crianças, família, pessoas idosos e jovens
implementando ações diferencias de forma que garanta a participação da
comunidade e a convivência familiar, por meio dos Centros de Referencia de
Assistência Social – CRAS.

A proteção básica, a cargo de todos os municípios de pequeno,


médio e grande porte, inclusive metrópoles, tem por finalidade prevenir situações de
risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades com fortalecimento de
vinculo familiar e comunitário.

A sua função prioritária é de promover a atenção às situações de


vulnerabilidade social decorrentes de pobreza, ausência de renda, acesso precários
ou inexistência dos serviços públicos, fragilização de vínculos efetivo-relacionais e
de pertencimento social e prevenções de potencial risco pessoal ou social,
contribuindo para a inclusão social e a autonomia das famílias, seus membros e
indivíduos, bem como para a redução dos índices de eventos.

Ela é ofertado pelo CRAS, por rede de serviço socioeducativos, pelo


BPC e serviço e projetos de inserção economicamente produtivo. O PAIF –
Programa de Atenção Integral à Família é o principal programa, cuja plano PNAIF
Plano Nacional de 2003 no ano seguinte se transformou em ação continuada de
assistência social passando a integrar a rede financiada pelo governo Federal
(Decreto 5.085/2004).

Os serviços de proteção social básica são executados de forma


direta nos CRAS ( porta de entrada do SUAS). Ou nos programas e projetos de
retaguarda, desenvolvidos em sua área de abrangência conforme a identificação da
situação de vulnerabilidade. Incluem pessoas com deficiência e são organizados em
rede, de modo que as inserem nas diversas ações ofertadas.

Objetivam o processamento de inclusão social, nas politicas sociais,


no mundo do trabalho e na vida comunitária e societária de grupos e indivíduos em
situação de vulnerabilidade e potencial risco social e pessoal.

A Política Nacional de Assistência Social através da criação de


programas vinculados a unidade CRAS exposto por Pinheiro em sua obra presente
na Tipificação, o Serviço de Fortalecimento de Vinculo Familiar ajuda assegurar o
usuário na sua vivencia familiar e comunitária com caráter que estimula o usuário
24

em situações de risco vivenciar a cultura, reconstruindo sua história de uma vivencia


coletivamente e individualmente.

Existem três seguranças que garante pelas proteções sociais


básicas diferidas pela orientação social básica presente na Política Nacional;

Primeira: Segurança de acolhida, direito que o cidadão tem frente as suas


demandas, na acolhida, respeito do profissional em relação do usuário,
ambiente espaço de privacidade da família.
Segunda: Segurança de desenvolvimento da autonomia individual, familiar e
social; é o desenvolvimento de forma livre, com poder de decidir , liberdade
de escolher .Possibilidade de crescer novos jeitos de aprendizagem com a
presença de autoconfiança .
Terceiro: Segurança de convívio ou vivência familiar , comunitária e social;
necessidade do ser humano relacionar com os outros, sua família
(Orientação Técnica, 2018).

De acordo o que preconiza na Tipificação Nacional de Serviços


Socioassistencias, o Serviço de Fortalecimento de Vinculo Familiar deve ser
articulado pelo PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento a Família, é de cunho
social atendendo de modo particular famílias em situação de risco, com intuito de
estreitar laços e fortalecer vínculos, promovendo uma qualidade maior de vida a
estes usuários, garantindo meios que proporcione fortalecimento, prevenção,
proteção, apoio, promoção de vivências saudáveis em família.

Na Tipificação Nacional de Serviço Socioassistencial são


considerados objetivos para os Serviços de Fortalecimento de Vinculo Familiar:

 Fortalecer a função projetiva da família, contribuindo na


melhoria de sua qualidade de vida;

 Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários,


possibilitando a situação de situações de fragilidade social
e vivenciadas;

 Promover aquisições sociais e matérias as famílias,


potencializando o protagonizou e autonomia das famílias e
comunidades;

 Promover acesso e benefícios, programas de transferência de


renda e serviços sócios assistências, contribuindo para
inserção das famílias na rede de proteção social de
25

assistência social;

 Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo


para o usufruto de direitos;

 Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros,


individuais que necessitam de cuidados, por meio da
promoção de espaços coletivos de escuta e troca de
vivencias familiares.

Baseando nos objetivos que traz os momentos de fortalecimento de


vinculo tornam meios que norteia a forma mais abrangente, concreta e definida,
causando no meio que o programa está inserido dimensões com objetividades e
metas. Do por que fazer acontecer? Para que fazer? E do como fazer?
Concretizando rumos e direções tornando.

O Serviço de Fortalecimento Familiar abrange Municípios de médio


e grande porte e que venha corresponder ao território correspondente ao CRAS. O
período de funcionamento acontece:

Período mínimo de cinco dias por semana, 8 horas diárias, sendo


que a unidade deverá necessariamente funcionar no período diurno
podendo eventualmente executar atividades complementares a noite,
com possibilidade de funcionar em feriados e finais de semana.
(PINHEIRO 2009,p. 9)

A política Nacional de Assistência Social como salienta Gonçalves


(2012) é uma política com ações socioassistenciais que recebe proteção social a
família em situação de pobreza e vulnerabilidade social assegurada pelos
programas e serviços de proteção social básica que tem como intuito prevenir
situações de risco social, e que os mesmos desenvolvam fortalecimento de vinculo
familiar e comunitário.

A unidade que atende e que atua estes serviços dentro das políticas
publica de assistência social é o CRAS-Centro de Referencia de Assistência Social
tem característica comunitária, com ações sicioeducativas, programa de atenção a
família meia que proporcione a participação dos usuários em grupo, dando novos
conhecimentos as famílias atendidas pela assistência social e que as mesmas seja
enriquecidas.
26

3.3 Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade

A Proteção Social Especial é de duas modalidades: média


complexidade, quando os referidos direitos já forma violados, mas o vinculo familiar
ainda permanece mantido, já a Alta complexidade, quando além da violação dos
direitos os referidos vínculos forma rompidos , exigindo a retirada do assistido da
vida familiar. Um exemplo de proteção de média complexidade, em 2006, é o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (até 16 anos de idade), que exige uma
estrutura técnica e operacional mais complexo, com atendimento individualizado e
monitoramento sistemático.

A proteção social especial é modalidade de atendimento assistencial


destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e
social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso
sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,
situação de rua, situação de trabalho infantil, dentre outras. (PNAS, 2004 p.22).

Portanto os serviços da proteção especial requerem


acompanhamentos individuais e maior flexibilidade nas soluções protetivas. Pode-se
dizer que da mesma forma, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e
processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na
reinserção almejada.

Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS


é uma unidade pública e estatal que oferta, obrigatoriamente, o Serviço de Proteção
e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI).

O PAEFI é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a


famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de
direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de
direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e
sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto
27

de condições que as vulnerabilizam e/ou submetem a situações de risco pessoal e


social.

Ainda no PNAS mostra que os serviços de proteção social especial


de alta complexidade são aqueles que garantem proteção integral – moradia,
alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se
encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados
de seu núcleo familiar e, ou, comunitário. Tais como: Atendimento Integral
Institucional; Casa Lar; República; Casa de Passagem; Albergue; Família Substituta;
Família Acolhedora; Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade
(Semiliberdade, Internação provisória e sentenciada); Trabalho protegido. ( PNAS,
2004, p. 23-24)

A atuação do Assistente social não se baseia apenas na singularidade do


sujeito, mas também na “investigação-ação”, no processo da totalidade,
estudando o contexto do usuário, englobando complexos menores e
complexos maiores onde o profissional vai ter um contato maior com o
usuário em questão, trabalhando com sua família, com seu entorno, com o
fortalecimento de vínculos que muitas vezes, devido a suas condições de
pessoa idosa são fragilizados ou até mesmo rompidos. (PNAS, 2004,p. 24)

O assistente social deve agir além do discurso, e atuar com a


pratica, pregando a cidadania através de seus projetos e programas sociais, de
forma que a verdadeira cidadania seja visada primordialmente pelos usuários.

A proteção social especial é uma modalidade de atendimento


assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontrem em situação de risco
pessoal e social por ocorrência de abandono, maus-tratos físicos ou psíquicos,
abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas
socioeducativas (ECA), situação de rua, trabalho infantil, entre outras.

Por isso, há necessidade de acompanhamento monitorado individual


a mais flexibilidade nas soluções protetivas, de apoio e processos, que assegurem
sua qualidade e efetividade na reinserção almejada. Constitui-se em serviços
estritamente vinculados ao sistema de garantias dos direitos, exigindo, muitas vezes,
uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, o Ministério
Público e órgãos do Poder Executivo.

A proteção especial, a cargo dos municípios de médio e grande porte,


consiste em um conjunto de serviços de média complexidade, tendo por
finalidade prover atenções socioassistenciais a famílias e indivíduos que se
28

encontrem em situação de risco pessoal e social, por ocorrência,


especificamente, de violação de direitos. A situação específica de violação
de direitos, como vimos, é que difere a proteção especial da proteção
básica. Ainda segundo a Resolução n. 145/2004 – PNAS, seus serviços
requerem acompanhamento individual e mais flexibilidade nas atenções
protetivas e comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos
que assegurem sua qualidade, atenção e efetividade, da reinserção social
(SIMOES, 2014, p. 344).
Nesse contexto é operada por meio de rede de serviços de
atendimento domiciliar, albergues, abrigos, moradias provisórias para adultos e
idosos, redes de Serviços para crianças e adolescentes, como abrigos e famílias
acolhedoras serviços especiais de referência para pessoas com deficiência,
abandono, vítimas de abuso e violência; ações de apoio em situações de
calamidade pública. Utiliza-se de rede própria ou de consórcios intermunicipais, cuja
função prioritária seja a de proteger as famílias, seus membros e indivíduos e
também inseri-las em outras políticas públicas, de forma sustentável.

Nos casos de situação de risco pessoal ou social, cujos vínculos já


estejam rompidos e que justifiquem um acolhimento direto do Poder Público,
caracteriza-se por serviços de alta complexidade; sua oferta deverá contar com a
parceria da esfera estadual, por prestação direta, como referência regional ou pelo
assessora- mento técnico e financeiro, na constituição dos citados consórcios.

Ainda convém lembrar que as políticas de proteção social especial,


tendo como destinatária a população excluída, ponderam não somente a pressão
dos fatores socioeconômicos e necessidades de sobrevivência, mas igualmente o
contexto cultural, em que se originou a situação de risco e a modalidade de seus
efeitos, assim como as dificuldades de auto-organização e de participação social. As
linhas de atuação com as famílias em situação de risco devem abranger desde o
acesso a serviços de apoio e sobrevivência material até sua inclusão em redes
sociais de atendimento e de solidariedade, com intervenções organizadas em
problemas específicos, o respeito à cidadania, o reconhecimento do grupo familiar,
como referência afetiva e moral e a reestruturação das redes de reciprocidade
social.

A ênfase da política de proteção social especial deve priorizar a


reestruturação dos serviços de abrigamento, asilamento e confinamento de
Indivíduos que, por uma série de fatores, não contam mais com a proteção e o
cuidado de suas famílias, para substituí-los por novas modalidades de atendimento
29

que assegurem o abrigamento, apenas em caráter provisório excepcional, mas


promovam, prioritariamente, a reinserção familiar, de origem ou substituta, garantam
a convivência familiar e comunitária, como ação prioritária, por meio do atendimento
profissionalizado e em pequenos grupos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo desta pesquisa para elaboração do Trabalho de Conclusão


de Curso foram encontrados dados e conceitos teóricos importantes acerca da
evolução do SUAS e dos direitos socioassistenciais garantido em lei para as
famílias. Assim, espera-se que o trabalho venha contribuir para os futuros leitores.

Em virtude dos argumentos apresentados no primeiro capitulo deste


TCC, pode ser concluído que as crises econômicas atuais, enfrentadas pelas
economias mais desenvolvidas, evidenciam que tais proposições não se
compatibilizam. As desigualdades, criadas pela ênfase irrestrita ao processo
competitivo, já destruíram o Estado do Bem-Estar Social e vão levantando uma onda
de irracionalidade nos países emergentes.

Pelas observações dos aspectos analisados no segundo capitulo,


conclui-se que as ações integradas de vários setores deverão ser efetivadas em
função de prioridades definidas a partir de situações especificas de vulnerabilidade
risco e eventos e que o SUAS é um sistema descentralizado, participativo e não
contributivo, que organiza e regula as responsabilidades de cada esfera de governo
e da sociedade civil, em relação à política nacional de assistência social. A
descentralização assenta na valorização da participação social e do poder municipal,
como mecanismos democráticos de implementação da política nacional.

Levando em consideração o estudo realizado, verifica-se que nas


políticas sócias publicas a assistência é considerada pelo Estado como uma área
especifica de dispensa governamental sob diferentes denominações como:
Assistência social, assistência geral, assistência comunitária, entre outros. Com isto,
a assistência social tanto se qualifica como um subprograma de uma política de
saúde, habitacional, educacional, como uma área especifica da política social.

Pode se concluído que os serviços, benefícios, programas e projetos


de proteção social básica com as demais politicas sociais locais garantem a
sustentabilidade das ações desenvolvidas e a promoção das famílias, seus
30

membros e indivíduos atendidos buscando superar as condições de vulnerabilidade


e a prevenir as situações que indiquem risco potencial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. LOAS (1993). Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília, MPAS,


Secretaria de Estado de Assistência Social, 1999.

________Resolução n. 130 de 15 de julho de 2005 - Aprova a Norma Operacional


Básica da Assistência Social – NOB /SUAS.

________Resolução CNAS n. 130/2005 - aprova a NOB/SUAS

________Tipificacaoservicos-socioassistenciais/...tipificação. Disponível em
www.mds.gov.br. Acesso 10 de Maio de 2020.

BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria


Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. Brasília,
novembro de 2004.

BRASIL, Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília: Senado, 1988.

BRAUN. Edna. Serviço Social e o Terceiro Setor. São Paulo. Perarson Prentice
Hall, 2009.

FERRARI AT. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo (SP): McGraw-Hill


do Brasil; 1982. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_nlinks&ref=000091&pid=S1413-9251199800030000100012&lng=pt.
Acesso em 18 de Maio de 2020.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 6. ed. São Paulo: Saraiva,
2009. v-6.

PAIVA, Beatriz. Síntese preliminar do relatório de consultoria . as bases da


31

construção do sistema único e decentralizado e participativo da assistência social.


Brasilia 2003.

SANTINI. M. A. Politicas Sociais III. São Paulo. Perarson Prentice Hall, 2009.

SIMOES. Carlos. Curso de Direito de Serviço Social. 7 ed.. São Paulo: Cortez,
2014

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