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Tutor orientado:
RESUMO
INTRODUÇÃO.................................................................................................05
SOCIAL.............................................................................................................12
5 POLITICA DE APOIO A
FAMILIA..........................................................................................................17
11 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................27
INTRODUÇÃO
{...} o seguro social público para a cobertura dos riscos do curso de vida,
doenças, velhice, morte e, de outro lado, a existência de solidariedade
familiar, baseada nas trocas internas e no apoio da mulher aos cuidados
familiares.
Para Campos e Mioto (2003) apud Zola (2015, pag. 58) “consideram essa
modalidade de cobertura de renda e de direitos sociais, aos dependentes do
homem, como de “direitos derivados” e não de primeira classe.”
Advertindo que atribui a mulher a função de provedora de cuidados
desenvolvidas pela família, ou seja, cabe a mulher {...} a reprodução social e de
provisão e manutenção do cotidiano e do próprio grupo familiar. Zola (2015, pg. 58).
Referente ao familismo as autoras Campos e Mioto (2003, pag. 170) apud
Zola (2015, pg. 58), {...} na perspectiva da baixa oferta de serviços pelo Estado,
tendo as famílias, “a responsabilidade principal pelo bem estar social.” Sendo uma
tendência do modelo nuclear de família, do provedor masculino, sendo o foco da
ação política à centralidade da família e a proteção de seus membros.
As autoras ainda ressaltam que o familismo se pauta na solidariedade dos
membros e reintera,
{...} a centralidade da ação pública não é na família e sim nos direitos dos
indivíduos, sendo responsabilidade do Estado à universalização dos
serviços. Possibilita a equidade de oportunidade e a “oferta de serviços de
apoio aos encargos familiares constitui alternativas claras, favorecendo uma
política de liberação do trabalho feminino para o mercado.
Para Murdock (1949, apud Gerstel, 1996, pg. 297) apud Gelinski e Moser
(2015, pg. 129) “ a ideia da família em rede se contrapõe à definição clássica de
família.
As famílias sofreram mudanças em suas estruturas e diversas realidades são
postas tais como: pais separados (divorciados), amasiados, mães e pais solteiros,
homossexuais, avôs e avós que assumem a criação dos netos.
Segundo Gelinski e Moser (2015, pg. 129) as famílias ganham novos
contornos.
{...} casais de classe média que vivem em casas separadas (devido
compromissos de trabalho ou por opção), a própria noção de parentesco,
intimamente ligada à de família, tem sofrido modificações.
Segundo Martino (2015, pg.97) relata que “durante os anos 1980 e 1990,
primeiro na academia e depois no nível político, supera-se o conceito de família e se
impõe o plural: famílias.”
A família então supera todas as mudanças e o processo que ajudou a superar
a imagem naturalizada e tradicional de família, composta por pai, mãe e filhos
vivendo no mesmo teto, e passa a reconhecer outras formas familiares consideradas
até então como fora do padrão ou disfuncional. Beck Gernsheim (2003) apud
Martino (2015, pg. 97).
Então os novos arranjos familiares resumem em dois processos, um
relacionado as mudanças sociodemagraficas e ou associado ao aumento da
participação das mulheres no mercado de trabalho. Martino (2015, pg. 97).
Vale ressaltar que o sistema capitalista trouxe como processo civilizatório
várias implicações profundas nos mais diversos ramos. E o sujeito contemporâneo,
neste contexto, encarcera em sua própria individualidade, ou seja, passa a enxergar
o mundo a partir de um prisma de individualidade.
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Segundo Jelin, (2000, 2012) apud Martino (2015, pg. 97), {...} quando o
processo de individualização e autonomia pessoal das mulheres e dos jovens minou
o poder patriarcal e colocou a família como uma expressão marcante de escolhas
individuais.
Assim, conforme Jelin (2000, 2012) apud Martino (2015, pg. 97) houve uma
{...} desnaturalização da ideia de família única {...} o que {...} tornou visível outros
modelos de organização patriarcal no qual o chefe de família tem o controle e
decisão sobre os outros membros.
Então para Mioto (2001) apud Martino (2015, pag. 97) “a família, por sua vez,
deixou de ser vista a priori como um lugar de felicidade {...} e também, passou a ser
vista como lugar de conflitos, tensões e abusos”.
Segundo Martino (2015, pg. 97).
O autor Esping – Andersen (2000) apud Martino (2015, pag. 102) {...} sustenta
uma dimensão essencial da analise é a medida na qual as famílias absorvem os
riscos sociais.
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Para o autor Esping – Andersen (2000) apud Martino (2015, pag. 102),
E Segundo Del Prá (2016) apud Mioto (2012) é pelo campo do cuidado que
se expressa a responsabilização da família, onde articulam-se estratégias de
imposição ou transferências dos custos do cuidado para as famílias seja no âmbito
financeiro, emocional e de trabalho.
A autora Steffenos (2011) apud Teixeira (2015, p. 215) {...} uma tendência de
apontar a família como responsável por seus dependentes, incluindo os idosos,
sendo chamados a assumir esses novos encargos, independente de laços afetivos e
de condições para cumpri-los.
Portanto, a política social com centralidade na família exige dos formuladores,
gestores e operacionalizadores a apreensão as quais devem ser consideradas, para
que a família possa ser devidamente amparada pelo Estado, mas ao mesmo tempo
responsabiliza a família pela proteção de seus membros. E segundo Teixeira (2015,
p.217) em relação ao sistema de proteção social é a visível adoção do princípio da
subsidiariedade da intervenção do Estado que, nunca exclusivamente estatal, e só
aparece quando a família falha na proteção e cuidados.
Assim, quando a família não consegue realizar o bem-estar de seus membros
contará com a ajuda da rede de proteção, ou seja, o Estado não é protagonista sua
função é prover apoio.
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CRAS é uma unidade de proteção social básica do SUAS, que tem por
objeti vo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos
sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da
ampliação do acesso aos direitos de cidadania.
reúne informações de famílias que possuem renda mensal por pessoa de até meio
salário mínimo ou ainda aquelas com renda familiar total de até três salários. O
Cadastro tem indicadores socioeconômicos importantes que permitem identificar
situações de vulnerabilidade social para além do critério de renda. Isso possibilita
aos gestores planejar políticas públicas a partir da identificação das demandas e
necessidades, bem como selecionar famílias para serem integradas aos programas
de acordo com o perfil.
Segundo Goldani (2002,p.38) apud Carloto (2015, p.184) os programas de
renda mínima que garantem um rendimento “mínimo” para as famílias e não para os
indivíduos justificando que a pobreza ocorre na família e cabe à mesma ser solidária
na gestão e no consumo dos rendimentos.
Pontuamos que para a família possa prevenir, proteger, promover e incluir
socialmente seus membros, ela precisa ter condições garantidas de
sustentabilidade, e os programas de transferência da renda direta às famílias e com
os demais serviços que devem ser ofertados pelo município, proporcionam a elas
algumas destas garantias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
27
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. 41. ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em 16 de abril de 2019
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mineiro de assistentes sociais – artigos. documento especial CRESS-MG n.8 parte
3. Disponível em:
ttp://www.cress-mg.org.br/Upload/Pics/63/630b7c83-68a6-4167-a3ed-f0b4125fea44.pdf . Acesso
em 30 de maio de 2019.
Gelinski, Carmem Rosario Ortiz Gutierrez; Moser, Liliane. Mudanças nas famílias
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Carloto, C.M. (Org.). Familismo Direitos e Cidadania. São Paulo: Cortez, 2015.
IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e serviço social
no Brasil:
C, M.S., Carloto, C.M. (Org.). Familismo Direitos e Cidadania. São Paulo: Cortez,
2015.