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Aline Tosta dos Santos
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Mestranda. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. E-mail: alinetosta@yahoo.com.br
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1. INTRODUÇÃO
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Nesse debate, não podemos negar a instrumentalidade da família como instituição reprodutora de valores da ordem social
estabelecida.
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Esta consistia em mecanismos informais de amparo social compostos pela proteção primária (rede familiar e/ou de vizinhança) e
secundária (formas iniciais de assistência sistematizada). Para este autor, se o indivíduo possui trabalho e vínculos sociofamiliares,
encontra-se potencialmente incluído nas redes de integração social. Se lhe falta um desses dois componentes (trabalho ou
vínculos) percorre as zonas de vulnerabilidade incorrendo em processos de desafiliação social.
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“excepcional” e “idoso” de modo que a atenção ao grupo familiar se tornou periférico. Assim, a
matricialidade sócio-familiar no âmbito da Política Nacional de Assistência Social ao conceber a
família como núcleo importante na socialização dos indivíduos pressupõe superar a perspectiva
setorial e a trajetória das grandes internações que separavam os indivíduos do seu contexto
familiar e comunitário.
Tendo como eixo estruturante a matricialidade sociofamiliar, as ações desenvolvidas no
âmbito do Sistema Único de Assistência Social devem estar voltadas para a família vivida, ou
seja, aquela que se apresenta de maneira concreta no cotidiano e não reforçar o tradicional
modelo nuclear burguês. Sobre essa questão são interessantes as contribuições de Campos e
Garcia (2007) ao analisarem a supervisão dos programas sociais com foco na família. Os
autores afirmam que
3. CONCLUSÃO.
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Refiro-me a Política Nacional de Assistência Social, 2004 e a Norma Operacional Básica, 2005.
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que o foco central de suas preocupações continua sendo a casa, enquanto o do homem ainda é
o local de trabalho.
A ação estatal deve fortalecer as competências familiares através da garantia dos
direitos. Este posicionamento torna-se um desafio tendo em vista o contexto social brasileiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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programas sociais com foco na família. In: Revista Katálysis. Florianópolis v. 10 n. 1 p. 95-
104 jan./jun. 2007.
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M. C. B. (Org.). A família contemporânea em debate. São Paulo: Cortez, 7 edição, 2007. p.
15-22.
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1979.
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MIOTO, Regina Célia Tamaso. Novas propostas e velhos princípios: a assistência às famílias
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e LEAL, M. (org.) Política Social, família e juventude: uma questão de direitos. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 2006.
PEREIRA, Potyara Amazoneida. Mudanças estruturais, política social e papel da família: crítica
ao pluralismo de bem-estar. In: SALES, M. A; MATOS, M. C. e LEAL, M. (org.). Política Social,
família e juventude: uma questão de direitos. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.
VITALE, Maria Amália Faller. Famílias Monoparentais: indagações. In: Revista Serviço Social
e Sociedade n º 71, Ano XXII, 2002, Ed. Cortez, São Paulo.