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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

LUANA BARBARA ALEIXO FERNANDES

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A IMPORTANCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NA REESTRUTURAÇÃO FAMILIAR

Coronel Fabriciano
2022

LUANA BARBARA ALEIXO FERNANDES

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A IMPORTANCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NA REESTRUTURAÇÃO FAMILIAR

Produção textual Interdisciplinar Individual


apresentada à disciplina: Projeto de Trabalho de
Conclusão de Curso, do Curso de Serviço
Social, da Faculdade Face Minas Coronel
Fabriciano.

Orientador (a): Prof.ª Amanda Boza Gonçalves


Carvalho

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Coronel Fabriciano
2022

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. PROBLEMATICA
3.

3.1. Especificos

4. JUSTIFICATIVA

5. METODOLOGIA

6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

7. CRONOGRAMA DA PESQUISA

8. ORÇAMENTO

9. RESULTADOS ESPERADOS

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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1. INTRODUÇÃO

A trajetória evolutiva da família segundo Roudinesco, (2003) apud Antunes, (2010) pode ser
dividida em três grandes períodos: a idade média onde a família era denominada de
“tradicional”, a família “moderna” que surge no final do século XVIII e declina em meados do
século XX e a “contemporânea” ou “pós-moderna” a partir da década de 1960.

Nesse período as famílias viviam sob o regime social do patriarcado onde o pai era a autoridade
máxima, os homens eram donos e proprietários de sua esposa, filhos e bens. A agricultura era a
principal fonte de subsistência por este motivo as famílias eram numerosas visto que essa
atividade necessitava de bastante mão-de-obra. Cabia as famílias a responsabilidade de educar
sua prole e transmitir todos os ensinamentos e preceitos religiosos.

A família tem sido objeto de estudo em muitos debates referentes às políticas públicas,
especialmente na assistência social. Com a implementação do Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), as discussões acerca do atendimento integral à família têm se intensificado,
considerando a totalidade das relações e dinâmicas que perpassam a vida familiar. No presente
Artigo, tais mudanças objetivam discutir e refletir sobre a atuação profissional do assistente
social na política de assistência social no âmbito do SUAS, desvelando quais são os avanços,
desafios e limites para o exercício profissional e qual a função do profissional de serviço social
perante as atuais mudanças na política de assistência social, visando à promoção de acesso a
políticas públicas e à conquista da autonomia e cidadania de famílias socialmente vulneráveis.

Serviço da Proteção Social Básica do SUAS é ofertado de forma complementar ao trabalho


social com famílias realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às
Famílias (PAIF.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) realiza atendimentos em


grupo. São atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a
idade dos usuários.

É uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta
os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e
familiares. O serviço pode ser ofertado no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
ou nos Centros de Convivência. Podem participar crianças, jovens e adultos; pessoas com
deficiência; pessoas que sofreram violência, vítimas de trabalho infantil, jovens e crianças fora

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da escola, jovens que cumprem medidas socioeducativas, idosos sem amparo da família e da
comunidade ou sem acesso a serviços sociais, além de outras pessoas inseridas no Cadastro
Único.

O serviço tem como objetivo fortalecer as relações familiares e comunitárias, além de


promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de
vida coletiva. O SCFV possui um caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos
e no desenvolvimento de capacidades dos usuários.

O serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) consiste no trabalho social com
famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva da família,
prevenir a ruptura de seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições
das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de
caráter preventivo, protetivo e proativo. O serviço PAIF integra o nível de proteção social
básica do SUAS. (Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais). Obervando que as
relações familiares são complexas e influenciadas por valores e interações que também se
constata nas relações interinstitucionais, nas palavras de Oliveira (2011):

Na complexidade das relações familiares intervêm valores,


interações e mecanismos que conformam as condições de
possibilidade de distribuição e exercício de poder por cada
um de seus integrantes. Essa interveniência de fatores de
diversas ordens também se constata no âmbito das
relações interinstitucionais [...]. Ambos os processos –
intrafamiliar e interinstitucional – conhecem sobre
determinações sociais e históricas para além do nível
intersubjetivo dos agentes diretamente envolvidos. Em
outras palavras, há condicionantes socialmente
construídos que estão na base das formas como cada
sujeito ou instituição decodifica a realidade e sobre ela age
(Oliveira, 2011:116).

Constituem usuários do PAIF as famílias territorialmente referenciadas ao CRAS, em situação


de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços
públicos, da fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra
situação de vulnerabilidade e risco social.

2. PROBLEMÁTICA

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Os usuários do PAIF em geral são famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente
da pobreza ou extrema pobreza, do precário ou não acesso aos serviços públicos, da
fragilização de vínculos sociais e de pertencimento ou qualquer outra situação de
vulnerabilidade e risco social no território de abrangência do CRAS. Observa - se que as
famílias estão meio que perdidas diante de tantas modernidades, a tecnologia membros
familiares que quase não se falam, a correria do dia a dia, entre outros. No processo de
formação de cada indivíduo é indiscutível que os primeiros valores advêm da primeira escola:
o lar. É a partir desses princípios educacionais que a criança, no seu desenvolvimento, começa
analisar o seu mundo e o mundo desconhecido que o cerca.

O trabalho do assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no


Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF com as famílias requer uma
escuta cuidadosa e qualificada, objetivando compreender as reais demandas dos usuários e as
características sócio-geográficas com intuito de identificar pontos de vulnerabilidade, mas
também a existência de recursos possíveis e disponíveis.

3. OBJETIVOS

3.1. Geral
Diante da necessidade das famílias em estabelecer um vinculo familiar que tem como
objetivo principal fortalecer os laços familiares, já que a família e considerada uma das
instituições mais antigas na história da humanidade, e um dos pilares de sustentação da
sociedade. É no núcleo familiar que a criança vai aprender a conviver e a interagir com as
demais pessoas, e ela que educa e prepara os filhos para a vida. Esse processo de educação
e formação permite que os filhos cresçam em segurança, os tornando aptos ao convívio
social É no grupo familiar que inicia o desenvolvimento psicológico, e também o primeiro
contato com a sociedade. Cabe à família educar e preparar a criança para relacionar se
com os diferentes grupos sociais. A criança deve receber desde a primeira infância o
suporte necessário para que possa entender a dinâmica de comunicação e interação junto à
sociedade.

3.2. Específicos
 Apoiar e orientar família com membros em situação de violação de direitos sobre a
importância da participação delas na recuperação dos mesmos.
 Melhorar a qualidade dos atendimentos as famílias no CRAS

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 Promover a participação das famílias na recuperação dos violados.
 Contribuir para prevenção e o enfrentamento de situações de vulnerabilidade

4. JUSTIFICATIVA

A Proposta é trabalhar a família que é a base. Uma família bem estruturada é uma sociedade
saudável. a família é o centro, é nela que aprendemos a respeitar, e sermos pessoas de bem
para o meio social. O trabalho com famílias, em suas diversas configurações, compõe o
cotidiano de trabalho do Assistente Social. O profissional de Serviço Social é o mais indicado
para lidar com a família, por ser ela uma unidade que deve ser amparada em todos os
aspectos.

O presente estudo buscou efetuar uma análise teórica sobre a família na contemporaneidade e
os desafios postos ao Serviço Social na garantia e efetivação dos direitos. Para tanto utilizou-
se como metodologia uma revisão bibliográfica de autores que discutem o tema família na
contemporaneidade, visando compreender as demandas propostas a esse profissional.

5. METODOLOGIA

O estudo desenvolvido foi do tipo exploratório, de natureza qualitativa, realizado no Centro


de Referência da Assistência Social (CRAS) de Tarumirim, focando no O Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e Serviço de Proteção e Atendimento
Integral às Famílias (PAIF) que contam com assistentes sociais em seu quadro técnico. A
relação desses serviços surgiu através do conhecimento da pesquisadora e de informações do
Departamento de Serviço Social da Prefeitura e CRAS de Tarumirim. Recorremos ainda à
relação das entidades cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social, que indicava
o público-alvo atendido pelas mesmas. Ou seja, a pesquisa apresentará a frequência e
regularidade dos fenômenos sociais, destacando as percepções e representações elaboradas
pelos diversos sujeitos da pesquisa.

Destacando que em especial, a entrevista é muito utilizada quando o profissional precisa obter
dados da família. Para Souza (1998), um dos maiores problemas da utilização da entrevista na

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área social é a questão da objetividade, de conseguir separar as informações dos sentimentos
que surgem durante a abordagem. O entrevistador, na “busca pela objetividade, ‘esforça-se’
por ignorar as sensações, a imaginação, a arte e o lúdico, ao realizar e analisar a entrevista,
deixando na maioria das vezes de abordar ou mesmo de referir-se à ‘arte’ e ao ‘sentir’ como
processos de ação-reflexão-ação” (Souza, 1998:30).

Ocorrer-se-á pesquisas, participação no centro de convivência, entrevistas com profissionais


do serviço de proteção especial de Tarumirim, consultas a Livros, e internet e outros
documentos. Para a coleta de dados, foi construído um roteiro de entrevista semiestruturado,
previamente testado, do qual constam questões relacionadas ao serviço (nome, população
atendida, duração, recursos humanos e financeiros, etc.) e à prática profissional (referencial
teórico, instrumental teórico-metodológico, formas de atendimento, entre outros).

6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Família segundo Roudinesco, Exercício profissional é o trabalhador e a sua família, em todos


os espaços ocupacionais. (2003) apud Antunes, (2010) (IAMAMOTO, 1983).

Segundo Acosta e Vitale (2008) tanto a família como as políticas públicas são essenciais ao
desenvolvimento e proteção de todos.

Guerra (2000), uma ação profissional que se projeta para além de sua eficiência operativa ou
de sua instrumentalidade e seja comprometida eticamente com a transformação social.
(VIEIRA, 2004; LIMA, 2006).

Mioto, (2009) a relação entre família e assistência social é entendida como ajuda pública a
partir da ideia de que a família é a principal instância de proteção social, ou seja, a assistência
social se estabelece no momento em que a família “fracassa” na provisão de bem-estar a seus
membros.

7. CRONOGRAMA DA PESQUISA

ETAPAS MÊS DE CONCLUSÃO

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Elaboração do projeto
Revisão de literatura
Apresentação do projeto
Coleta de dados
Conclusão e redação
Correção
Entrega

8. ORÇAMENTO

Data: 1º e 2 semestres de 2018

Nome do Projeto: “A importancia do assistente social na reestruturação familiar”


Pesquisador auxiliar: Prof.ª Amanda Boza Gonçalves Carvalho

Fonte Financiadora: Recursos Pessoais

VALOR R$
Material permanente
Material de consumo
Serviços de terceiros
Honorários do pesquisador
Despesas com os participantes da pesquisa
Outros
TOTAL

9. RESULTADOS ESPERADOS

O trabalho com as famílias é uma fonte de inquietação para os profissionais, dado a


complexidade do tema que envolve vários aspectos, entre eles as diferentes configurações
familiares, as relações que esta estabelece com outras esferas da sociedade, como Estado,
sociedade civil e mercado e também os processos familiares.

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Para o Serviço Social a família é o foco de interesse, nesse sentido, considerando que o
objeto de trabalho dos assistentes sociais são as expressões da questão social e que as
ações destes profissionais incidem diretamente na construção da proteção social na
perspectiva dos direitos, obviamente o foco de interesse central do Serviço Social é a
relação família e proteção social. Considerando uma abordagem da problemática familiar,
constitui-se uma tarefa difícil e complexa, tendo em vista que a família contemporânea se
apresenta como um desafio que envolve problemas de ordem cultural, ética, econômica,
política e social.

O trabalho com famílias tem se constituído numa fonte de preocupação para os


profissionais que trabalham na área, tanto pela atualidade do tema como pela sua
complexidade. A sua discussão envolve inúmeros aspectos dentre os quais estão presentes
as diferentes configurações familiares, as relações que a família vem estabelecendo com
outras esferas da sociedade, tais como Estado, Sociedade Civil e Mercado, bem como os
processos familiares. Além destes, estão envolvidos os aspectos inerentes à própria
história e desenvolvimento das profissões que atendem a esse campo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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MESQUITA, Andréa Pacheco de. A FAMÍLIA COMO CENTRALIDADE NAS


POLÍTICAS PÚBLICAS: A Constituição da Agenda Política da Assistência Social no

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SARTI, C. A. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. Família: Redes,


Laços e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez; PUC-SP, 2008, p. 21-36.

SAWAIA, B. B. Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política,


perigos e oportunidades.In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. Família: Redes, Laços e
Políticas Públicas. São Paulo: Cortez; PUC-SP, 2008, p. 39-50.

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