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UNICE – ENSINO SUPERIOR


IESF – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FORTALEZA
IEV – INSTITUTO DE ENSINO VISION

AÇÕES PÚBLICAS NAS FAMÍLIAS

PAULO ARAÚJO DA SILVA

Manaus – AM
2022.2
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PAULO ARAÚJO DA SILVA

AÇÕES PÚBLICAS NAS FAMÍLIAS

Artigo Científico apresentado a UNICE/IESF/IEV


como requisito parcial para obtenção do título de
Pós-Graduação em Segurança Pública, sob
orientação da Profª Drª Fabiane Veloso Soares.

Manaus – AM
2022.2
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INTRODUÇÃO

A proposta do presente trabalho é analisar a importância das Políticas


Pública brasileira e qual a sua inquietude ao lutar contra a fome e injustiça social e
quais as alternativas para combater esta exclusão e se essas iniciativas são
competentes e eficazes para o desenvolvimento, inserção e proteção social na
consolidação familiar; referente às suas necessidades e a importância de retirar a
família da extrema pobreza, com o intuito de assegurar uma absoluta prioridade a
cumprimentarão do direitos relativos à vida, á alimentação, à educação, ao lazer.

No Brasil, às famílias vem sofrendo transformações e o estado tem


como desafio oferecer qualidade de vida para a família, principalmente no nível
socioeconômico. Entretanto, para dar atenção adequada à família, juntamente com a
importância e a inflexibilidade dos seus problemas, é necessário o desenvolvimento
de políticas sociais condizente com as suas reais necessidades.

O presente trabalho pretende discutir uma breve contextualização


sobre a centralização da família como a responsável pelo seu sustento, e um dos
fatores importantes é o desempenho estabelecido pelo governo federal através de
programas sociais, e recursos do Estado nas famílias carentes; o exemplo, da
erradicação da pobreza e da diminuição das desigualdades sociais, através de
investimentos de políticas públicas na família que têm se tornado um desafio para o
governo federal no combate a vulnerabilidade e à irregularidade social.

GOMES et al. afirmam que:


Dessa forma, destacam-se as tecnologias móveis, como
computadores, tablets, smartphones, dentre outros, e com eles a
utilização de aplicativos móveis (Apps). Neste cenário, atualmente, é
possível observar um crescimento de tecnologias e aplicativos
móveis que estão colaborando para a construção de uma nova
modalidade de assistência em saúde, no qual as informações
referentes à saúde das pessoas se fazem pertinentes. Estudos
apontam que tais aplicativos, incluindo as informações geradas pelos
mesmos, podem ser utilizados para otimização dos resultados e
redução dos riscos em saúde, bem como, para compreensão dos
fatores determinantes que promovem a saúde.1

Os programas desenvolvidos na esfera federal tem, como forma,


complementar a renda familiar de maneira eficiente. Entretanto, este trabalho propõe
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uma meditação sobre o compromisso que o Estado tem com as famílias do nosso
país, abordando principalmente o valor da família no seu contexto social e
econômico.

1. O SIGNIFICADO DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE

É na família que se encontra a compreensão e refletem as influências


que contribuem para o desenvolvimento e aprendizado, tendo como principal papel a
socialização.As ações educativas da família estimulam e desenvolvem valores, a
família tem atitudes que reproduz na capacidade de atender as demandas do
individuo, como a promoção da saúde, e da educação. Que é tarefa da família, esta,
tem uma função predominante como agente educativo. Ela é definida na função de
desempenhar e construir sua identidade que vai além do contexto sócio econômico
em um prestígio nas decisões sociais e políticas, como também na formação da
personalidade do individuo que com suas experiências favorecem o aprofundamento
na construção do seu caráter.

A importância de existir uma relação saudável nas famílias, é


necessária que eles se conheçam se respeitem, e se entendem. (MIOTO 1997, p.
116) “a família é um grupo natural, limitado à essência biológica do homem e à sua
continuidade através da consanguinidade e da filiação”. É o que confirma o autor
acima que a família tem função de cuidar e educar seus filhos ligados por laços
sanguíneos e também aqueles que vivem em uma mesma casa, pois a família é
composta por indivíduos que se relacionam e estão interligados por uma teia de
sentimentos

A constituição básica da família brasileira ainda é nuclear (marido,


esposa e filhos), que vem perdendo espaço para o papel da família monoparental,
(composta apenas por pai ou mãe), como também avós que tomam conta dos netos,
e das uniões estáveis homo afetivos. Dessa forma (MIOTO, 1997, p.120,); reafirma
“como um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso
de tempo mais ou menos longo e que se acham unidas, ou não, por laços
consanguíneos’’. Em análise a observação acima, o autor revela que mesmo com as
diferenças de personalidades, não impedem que elas sejam felizes e se entendam,
não impedem que o respeito, consideração, amor, atenção, valores estes que
mantêm os laços de afinidade bem definidos, a mesma está ligada concepções que
remetem a emoções e está discernida como alicerce da comunidade.
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Para GOMES:

Está estruturada por relações de naturezas distintas. De um lado,


relações de poder e autoridade estruturam a família, cabendo a
marido e esposa, a pais e filhos, posições hierárquicas definidas e
direitos e deveres específicos, porém desiguais. Por outro lado, a
família é estruturada por relações afetivas criadas entre seus
componentes, com conteúdo diversificado conforme o vínculo entre
eles e de acordo com o gênero e a idade de cada um dos seus
integrantes. Porém, a organização das relações estruturais é variável
em famílias de diferentes segmentos sociais.

Podemos considerar também, que às famílias está intimamente


interligado com a escola, sobretudo, no que se refere ao amparo e a educação; uma
responsabilidade compartilhada, elas tem o papel decisivo nos valores éticos, morais
e na educação e essas transformações que ocorre na família geram fatores que vão
de encontro às profundas mudanças na vida social, cultural e econômica.

2. AÇÕES POLÍTICAS A FAVOR DAS FAMÍLIAS

A política pública precisa traçar o seu propósito e ajudar no


desenraizamento da extrema pobreza, pois se entende que atualmente que “as
atenções, hoje voltadas à família, são extremamente conservadoras, inerciais, só
justificáveis no contexto da cultura tutelar dominante” (Carvalho, 1995). Um olhar a
cerca da pobreza, se bem que, fragmentado, pode ser obtida através distribuição de
riqueza entre os sujeitos, onde milhões de brasileiros estão fora do mercado de
trabalho.
Cada vez mais as políticas públicas, são inseridas no seio familiar e
percebe-se a necessidade de enfatizar mudanças nas condições habitacionais. A
questão da proteção do Estado consiste assegurar a independência da família
preservando-a das necessidades em face ao déficit habitacional. Lançado em Março
de 2009 o Programa Minha Casa Minha Vida, é um recurso do governo federal,
recurso gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa
Econômica Federal, com parceria entre os estados e municípios, tem como objetivos
a produção de unidades habitacionais.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(PRONAF), que foi criado em 1995 com os mines e pequenos produtores, mediante
a valorização do produtor rural e a profissionalização dos produtores familiares, com
esse programa as famílias produtoras terá um aumento de renda com a melhoria da
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sua condição social e do uso racional da terra e da propriedade, à transferência de
renda e assistência social, com geração de oportunidades para a inclusão e
Independência das famílias, além de melhorar a condição social do mesmo.
O que coloca o Brasil no patamar maior na oferta de alimentos,
estimulando a permanência do agricultor e qualidade de vida. Dentro da área de
serviço social o governo criou também a existência de cisternas, que desde 2003, o
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), através da
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), financia a
construção de cisternas, que capta a água da chuva, à qual é capitada pelo telhado
por meio de calhas e armazenamento em reservatório, a finalidade de garantir para
atender a família, em período de seca e também para o acesso á água na produção
de alimentos, com isto, é incluído a produção de alimentos no Semi árido brasileiro.

À medida que a família desfavorável se apresenta como expressão


mais desumana da desproporção e da distinção coletiva. Essa condição de perda de
garantia chega a sua prole de forma bastante intima, à proporção que, gera a
mediocridade das emoções, da sensibilidade e ligações, em concordância (Gomes e
Pereira, 2005, p. 359):

O ser humano é complexo e contraditório, ambivalente em seus


sentimentos e condutas, capaz de construir e de destruir. Em
condições sociais de escassez, de privação e de falta de
perspectivas, as possibilidades de amar, de construir e de respeitar o
outro ficam bastante ameaçadas. Na medida em que a vida à qual
está submetido não o trata enquanto homem, suas respostas tendem
à rudeza da sua mera defesa da sobrevivência.

A família também pode contar com o Leite Fome Zero. Programa de


Aquisição de Alimentos (PAA) implantado para o desenvolvimento e fortalecimento
da agricultura e combate à vulnerabilidade social, principalmente contra a fome e à
desnutrição. O Estado também incluiu na bolsa família o Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil (PETI), que visa erradicar todas as formas de trabalho de
crianças e adolescentes menores de 16 anos, garantem à freqüência a escola e as
atividades sociais e educativas, apoiando e orientando as famílias beneficiadas.
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CONCLUSÃO

Foi exposto e demonstrado aqui a luta contra a pobreza requer que as


políticas públicas cumpra o seu direitos com investimento necessários em saúde,
moradia, criação de empregos e rendas que não se limitam a uma simples
transferência de renda no intuito de favorecer a justiça social e a integração dos
indivíduos pobres e carentes na sociedade.

Embora, a família sofre transformações, ela é central e presente nas


ações governamentais. Assim, fica evidente, que a situação de pobreza e
vulnerabilidade das famílias, leva o governo a refletir sobre a precariedade da
população no seu contexto socioeconômico.

Entende-se, que o governo tem a obrigação de garantir que as famílias


e seus membros sejam atendidos em suas necessidades essenciais: educação,
saúde, moradia, segurança, alimentação, lazer etc.

Muito importante a discussão acerca da implementação destas


necessidades para a família, uma vez que é preciso, ter iniciativas que garantem os
seus direitos. Se hoje, se discutem o interesse que essas iniciativas do Estado para
o fortalecimento das famílias, e o combate às desigualdades sociais, discutem
também sobre o papel da família e do Estado e sobre suas verdadeiras
necessidades e direitos. O que causa inquietações acerca das atuais políticas
direcionadas a família nos levam a questionar quais são as reais necessidades.

Uma forma de desenvolvimento social e econômico é distribuir os


recursos de modo igualitários e satisfatórios para todos os cidadãos do País de
forma justa, com geração de empregos, tanto formais como informais e um ganho
salarial maior, o que resultaria em um grande benefício para a família.
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BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Emenda Constitucional nº 65,


de 2010. Disponível em: http://portal.mj.gov.br. Acesso em: 17/09/15.

BRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal,


1988.

CARVALHO. M.C.B 1995. A priorização da família na agenda da política social, pp. 11-
21. In MCB Carvalho (org.). A família contemporânea em debate. Ed. Cortez, São
Paulo.

DURHAM, E.R.. A sociedade vista da periferia. Revista Brasileira de Ciências Sociais,


1(1), 58-99, 1986. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e
outros escritos. São Paulo: UNESP, p,68, 2000.

GOMES, M. A., & Pereira, M. L. D. (2005). Família em situação de vulnerabilidade


social: uma questão de políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, 10(2), 357-363,
abr.-jun. 2005. Disponível em http:// http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n2/a13v10n2.pdf.
Acesso em 26 de fevereiro de 2022.

MIOTO, R. C. T. Família e Serviço Social: contribuição para o debate. Serviço Social e


Sociedade, São Paulo, Cortez, n.55, p.115-130, 1997.

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