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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL
FACULDADE DE PEDAGOGIA
CATANHAL-PA
2022
RESUMO
ABSTRACT
This article aims to reflect on the stage of Pedagogy in Non-School Environment, from the
relationship between theory and practice. For Therefore, an internship period was carried out
at CREAS do Municipality of Tomé-Açu. Based on observation and dialogues established
with the pedagogue and other local professional the following topics of discussion were
structured: a) The planning of activities sector pedagogies; b) The methodology for serving
the public; c) The contributions of services to the community and the challenges of the
pedagogue's performance in this environment. It is concluded, then, that the pedagogue is a
very important figure in terms of acting in CREAS, dealing with people who seek their help
daily and having to work with people at risk, people who often seek more than help. financial,
they seek support, comfort, an ear to listen to them, help to get out of a difficult situation, we
pedagogues, besides having to be professionals, have to be human and empathetic.
Segundo (ROSSI et. al., 2016) A Pedagogia Social, Educação Social e/ou Educação Popular
surgiu em outros países, pois num primeiro momento relacionava-se com o processo de
ensino-aprendizagem. As medidas sócias pedagógicas. Após algum tempo se introduziu no
Brasil para tentar socializar a grande massa de habitantes da classe mais humilde que não
possuíam oportunidades de acesso à escola e não sabiam ler e escrever. E ainda citando
ROSSI, DE QUADROS FERREIRA e GLAP (2016) Atualmente, se percebe que a Pedagogia
Social parece estar mais voltada para pessoas que se encontram em condições sociais
desfavoráveis. É uma ciência de prática educacional e pedagógica que propõe um trabalho de
ajuda, conforme a necessidade do usuário buscando desenvolver valores como o da
solidariedade e da cidadania procurando desta forma, apresentar mais perspectivas para cada
contexto e realidade vivida, buscando a socialização do indivíduo.
O trabalho do (a) pedagogo (a) em espaços não escolares evidencia a necessidade de
ampliação do arcabouço epistemológico e metodológico do profissional egresso da academia.
Como diz Nascimento et al (2010), a formação do(a) pedagogo(a) está diretamente ligada às
transformações sociais contemporâneas e deve enfocar aspectos como “o desenvolvimento
humano, o trabalho em equipe, o aprofundamento teórico, [...]os processos de aprendizagem,
as estratégias de ensino, dentre outros requisitos [...]” (NASCIMENTO et al, 2010, p.62)
O Educador Social ou o Pedagogo foi inserido na Assistência Social da mesma maneira que
foi incluído em outros espaços, percebendo a necessidade de contribuições no que se refere
aos aspectos pedagógicos, mobilizando assim a sociedade na garantia de direito e perpetuando
uma cultura de paz (MENDES et. al. 2021).
Ainda segundo MENDES et. al. (2021) sobre o papel do pedagogo como educador social no
CREAS “O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Resolução nº 9, de 15 de abril
de 2014, no art. 4º no inciso II, definiu as funções do Educador Social, a conhecer: a)
desenvolver atividades socioeducativas e de convivência e socialização visando à atenção,
defesa e garantia de direitos e proteção aos indivíduos e famílias em situações de
vulnerabilidade e/ou risco social e pessoal, que contribuam com o fortalecimento da função
protetiva da família; b) desenvolver atividades instrumentais e registro para assegurar direitos,
(re)construção da autonomia, autoestima, convívio e participação social dos usuários, a partir
de diferentes formas e metodologias, contemplando as dimensões individuais e coletivas,
levando em consideração o ciclo de vida e ações intergeracionais; c) assegurar a participação
social dos usuários em todas as etapas do trabalho social; d) apoiar e desenvolver atividades
de abordagem social e busca ativa; e) atuar na recepção dos usuários possibilitando ambiência
acolhedora; f) apoiar na identificação e registro de necessidades e demandas dos usuários,
assegurando a privacidade das informações; g) apoiar e participar no planejamento das ações;
h) organizar, facilitar oficinas e desenvolver atividades individuais e coletivas de vivência nas
unidades e/ou na comunidade; i) acompanhar, orientar e monitorar os usuários na execução
das atividades; j) apoiar na organização de eventos artísticos, lúdicos e culturais nas unidades
e/ou na comunidade; k) apoiar no processo de mobilização e campanhas intersetoriais nos
territórios de vivência para a prevenção e o enfrentamento de situações de risco social e/ou
pessoal, violação de direitos e divulgação das ações das Unidades socioassistenciais; l) apoiar
na elaboração e distribuição de materiais de divulgação das ações; m) apoiar os demais
membros da equipe de referência em todas etapas do processo de trabalho; n) apoiar na
elaboração de registros das atividades desenvolvidas, subsidiando a equipe com insumos para
a relação com os órgãos de defesa de direitos e para o preenchimento do Plano de
Acompanhamento Individual e/ou familiar; o) apoiar na orientação, informação,
encaminhamentos e acesso a serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda,
ao mundo do trabalho por meio de articulação com políticas afetas ao trabalho e ao emprego,
dentre outras políticas públicas, contribuindo para o usufruto de direitos sociais; p) apoiar no
acompanhamento dos encaminhamentos realizados; q) apoiar na articulação com a rede de
serviços socioassistenciais e políticas públicas; r) participar das reuniões de equipe para o
planejamento das atividades, avaliação de processos, fluxos de trabalho e resultado; s)
desenvolver atividades que contribuam com a prevenção de rompimentos de vínculos
familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social
vivenciadas; t) apoiar na identificação e acompanhamento das famílias em descumprimento
de condicionalidades; u) informar, sensibilizar e encaminhar famílias e indivíduos sobre as
possibilidades de acesso e participação em cursos de formação e qualificação profissional,
programas e projetos de inclusão produtiva e serviços de intermediação de mão de obra; v)
acompanhar o ingresso, frequência e o desempenho dos usuários nos cursos por meio de
registros periódicos; w) apoiar no desenvolvimento dos mapas de oportunidades e demandas”.
A equipe do CREAS deve ser responsável pela acolhida, pelo atendimento e acompanhamento
das famílias e indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social e pessoal, por
violência, abuso, exploração sexual, ocorrência de abandono, violência contra o idoso, maus
tratos físicos e psíquicos, cumprimento de medidas socioeducativas e de trabalho infantil,
entre outras situações de violências dos direitos.
O CREAS de Tomé-Açu conta com profissionais especializados nas suas respectivas áreas,
assistentes sociais, psicólogo, pedagogo, que estão prontos para receber e atender as famílias e
indivíduos que ali chegam precisando de ajuda, fui assistida pela assistente social Ronisia
Farias, que me explicou que o CREAS do município tem como objetivos: atendimento para as
pessoas em busca ativa e acolhida, diagnóstico da situação, plano de atendimento,
acompanhamento psicossocial e articulação Inter setorial e mobilização da sociedade para
enfrentamento das situações de violação dos direitos, também fazem campanhas periódicas
para inserir a sociedade no contexto da trabalho no CREAS, fazendo até visitas em casas e
áreas da cidade.
O pedagogo no CREAS desenvolve atividades socioeducativas através de espaços de reflexão,
socialização de informações junto às famílias e os indivíduos com seus direitos violados.
Organiza procedimentos, organiza o planejamento das atividades a serem desenvolvidas.
O Pedagogo diferentemente do Assistente Social percebe aspectos educacionais que precisam
ser garantidos a criança e ao adolescente, como por exemplo: o direito a educação, a
profissionalização e sua inserção na sociedade. Os casos atendidos pelos CREAS perpassaram
pela equipe técnica no que são discutidas as demandas recebidas proporcionando uma visão e
uma compreensão no que diz respeito a aspectos sociais, legais, psicológicos e educacionais.
Dessa forma, ao evidenciar os papéis e os serviços oferecidos pelo CREAS faz-se necessário
atribuir a esses serviços a função do pedagogo, mediante os atendimentos com violação de
Direito. A compreensão acerca do papel do Pedagogo na assistência social é baseada pelas
publicações e regulamentações disponibilizadas no Ministério do Desenvolvimento Social,
vinculado ao governo federal (MENDES et. al. 2021).
Sendo assim o pedagogo atua de forma a resguardar os direitos da criança e adolescentes, sua
educação, seu bem estar, sempre educando os pais quanto a escolaridade da criança, e
combatendo os casos de violação dos direitos infantis. Durante minha estadia no CREAS de
Tomé-Açu, pude observar casos de violência infantil, trabalho infantil, e até abusos, sendo
estes últimos tratados com sigilo pelos profissionais e não pude ter todos os detalhes dos
envolvidos no caso para resguardar a segurança das crianças envolvidas, porém pude perceber
que há uma atenção especial por parte dos profissionais da pedagogia para cuidar do
psicológico das crianças vitimas dessa violência tão cruel. Os casos de violência contra a
mulher os profissionais da pedagogia abordam de forma a conversar com a envolvida,
buscando a esclarecer sobre os direitos que ela tem a segurança e bem estar, medidas
protetivas entre outras, a fim de inserir ela em uma vida livre e em paz.
BRASILIA. Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004. Brasilia-DF: [s. n.], 2004.
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