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U N I V E R S I DA D E

CANDIDO MENDES

CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA


PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

ÉTICA, RELAÇÕES INTERPESSOAIS


E CARREIRAS

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03

UNIDADE 2 – ÉTICA E CIDADANIA ...................................................................... 07


2.1 Ética – etimologia e reflexões............................................................................ 07
2.2 Cidadania .......................................................................................................... 09
2.3 O conflito e a convivência democrática ............................................................. 11
2.4 Vivenciando a cidadania.................................................................................... 14

UNIDADE 3 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS ....................................................... 18


3.1 As contribuições da Psicologia .......................................................................... 18
3.2 O desenrolar das relações interpessoais .......................................................... 22
3.3 Relações interpessoais no contexto escolar ..................................................... 25
3.4 As relações interpessoais que perpassam o universo da secretaria ................. 27
3.5 O reconhecimento da profissão e as relações interpessoais ............................ 28

UNIDADE 4 – CARREIRA ...................................................................................... 31


4.1 Fatores que levam ao sucesso pessoal ............................................................ 31
4.2 O que é carreira ................................................................................................. 36
4.3 Tipos e estruturas da carreira............................................................................ 40
4.4 Competências fundamentais na carreira ........................................................... 43
4.5 O gostar do trabalho .......................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 56

ANEXO ................................................................................................................... 61
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Na introdução do Manual de “Ética e Cidadania: construindo valores na


escola e na sociedade”, elaborado pelo Ministério da Educação (2007),
encontramos algumas justificativas que faremos valer nesse momento do curso:

1º - Não é responsabilidade apenas de educadores e estudantes, mas de


todos os segmentos sociais e profissionais a luta por uma educação de qualidade,
no sentido de promover a democracia e a justiça social, portanto, aqui está
incluído o(a) secretário(a) escolar.

2º - É preciso compreender que a educação formal na sociedade


contemporânea não é condição suficiente, mas é necessária para o
desenvolvimento da cidadania plena e para a consolidação da igualdade de
oportunidade para todas as pessoas. Nesse viés, projetos e ações devem ser
considerados nos planejamentos institucionais, os quais promovam o acesso aos
bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantam uma formação
política aos jovens de modo a lhes permitir participar da vida social de forma mais
crítica, dinâmica e autônoma. O(a) secretário(a) também participa da elaboração,
execução e avaliação desses projetos e ações.

Então, o que tem a ver as justificativas acima com ética e cidadania? É o


que propomos na unidade seguinte: levá-los a refletirem sobre a importância de
sermos todos éticos, o que passa pelo respeito aos limites do outro e ao
tratamento humano, sem ferir, maltratar, julgar o outro.

A ética caminha de mãos dados com a cidadania.

Segundo Carvalho (2003), ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão


pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos
homens à vida comunitária ou social.

Cidadania é, nesse sentido, um processo. Processo que começou nos


primórdios da humanidade e que se efetiva através do conhecimento e conquista
dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado; mas, como aquilo que se
constrói.
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Assim como a ética, a cidadania é hoje questão fundamental, quer na


educação, quer na família e entidades, para o aperfeiçoamento de um modo de
vida.

Não basta o desenvolvimento tecnológico, científico para que a vida fique


melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na comunidade política, para
que os gestos e ações de cidadania possa estabelecer um viver harmônico, mais
justo e menos sofredor.

Aqui tomamos uma variante a qual também faz valer a ética e a


cidadania. Estamos falando das relações interpessoais que nos envolvem
diuturnamente, e principalmente envolve aqueles que vivenciam relações
cotidianas na escola com pessoas de diferentes formações pessoais.

Ser profissional na escola, em qualquer uma das modalidades de curso,


requer uma formação não apenas técnica, mas também uma formação pessoal
para enfrentar todos os desafios que a área da educação nos coloca. Precisamos
nos preparar continuamente para lidar com esses desafios que nos surpreendem
a cada novo encontro nesse contexto (PEDROZA, 2012).

De maneira mais poética, Silva (2008) nos lembra que a aprendizagem é


a principal função social da escola, para a qual o professor em sala de aula é de
suma importância. Porém, não podemos ignorar que acontecem várias ações
educativas nos diversos ambientes da escola, onde o educando não convive só
com seus professores e, para que haja um ambiente educativo e formador, é
necessário que todos participem direta ou indiretamente, influenciando no
desenvolvimento da criança. Assim, podemos afirmar que existem muitos outros
atores que ficam por trás das cortinas e que fazem toda diferença para que o
espetáculo seja aplaudido de pé. Perceberam que aqui estamos a falar do(a)
secretário(a) escolar?!

Pimenta (2002) já dizia que para enfrentar os desafios das situações de


ensino, o profissional da educação precisa de competência do conhecimento, de
sensibilidade ética e de consciência política. Se os alunos precisam ter a
capacidade de estabelecer relações interpessoais e é sabido que 80% da sua

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aprendizagem se dá pela observação, é crucial que as relações interpessoais dos


funcionários dentro da escola estejam estabelecidas de forma harmônica.

Outro tema que pretendemos discorrer neste módulo se relaciona com a


carreira.

De maneira bem ampla e geral utilizamos ‘carreira’ para nos referirmos à


mobilidade ocupacional (caminho trilhado por um executivo, por exemplo) quando
se trata de uma carreira de negócios, ou, estabilidade ocupacional quando nos
referimos à carreira como profissão (a carreira militar, por exemplo).

Em ambas as situações, a ideia é de um caminho estruturado e


organizado no tempo e no espaço que pode ser percorrido por alguém.

Hall (1976 apud DUTRA, 1996) define carreira como uma sequência de
atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades
relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa. Pessoa essa
e cargo esse que pode ser o de secretário(a) escolar.

Enfim, já sabemos que o conceito de secretaria escolar é muito amplo e,


atualmente, várias funções estão direta e indiretamente inseridas no meio
educacional, principalmente no que diz respeito ao relacionamento interpessoal.
Agentes escolares, professores, pais e alunos devem caminhar lado a lado e,
além disso, é preciso haver harmonia no contato que há entre eles (GIMENES,
2011).

A concretização desse trabalho depende da adoção de práticas


democráticas e participativas que possibilitem um atendimento que supere as
relações de poder instituídas até então no ambiente escolar, visando dar acesso a
informações e estabelecer um relacionamento ético, eficiente e coerente entre
todos os envolvidos no âmbito escolar. Com a abertura da escola para o mundo
externo que é dinâmico, instável e composto de diversas realidades, em
decorrência da globalização e modernização do trabalho, é preciso reavaliar o
desempenho dos envolvidos no processo administrativo e pedagógico da escola
na construção de um projeto que atenda às necessidades da clientela escolar.

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Esses elementos contribuem para estabelecer novas relações entre a escola e a


comunidade, assim como para redimensionar sua função social.

Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha


como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia,
fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os
temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos
científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação
das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não
se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático
da obra, não serão expressas opiniões pessoais.

Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se


outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo
modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo
dos estudos.

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UNIDADE 2 – ÉTICA E CIDADANIA

2.1 Ética – etimologia e reflexões

Etimologicamente, a palavra ética (ethos) é uma transliteração de dois


vocábulos gregos:  (ethos) que significa morada do homem, morada do
animal: covil, caverna,  que dá o sentido de abrigo protetor, o homem
encontra um estilo de vida e de ação no espaço do mundo. Acostuma-se com sua
morada. Daí vem o costume, mas esta morada é passível de perfectibilidade, de
aperfeiçoamento (CARVALHO, 2003).

O outro vocábulo  (ethos), significa comportamento que resulta de um


repetir os mesmo atos – uma constante que manifesta o costume, o ato do
indivíduo – tem-se aí o hábito. Tanto costume, quanto hábito são construídos.

Estes dois vocábulos levam-nos a perceber que o espaço ético humano


instaura-se no reino da contingência (isto é, naquilo possível, naquilo que pode
ser necessário, ou naquilo livre e imprevisível, porque dá-se dentro de
possibilidades e probabilidades); enquanto que, a natureza está no domínio da
necessidade, porque ela é necessidade dada, sempre a sucessão do mesmo.

A ética enquanto parte da Filosofia é um tipo de saber que se tenta


construir racionalmente, utilizando para tanto o rigor conceitual e os métodos de
análise e explicação da própria filosofia.

Como reflexão sobre as questões morais, a ética pretende desdobrar


conceitos e argumentos que permitam compreender a dimensão moral da pessoa
humana nessa sua condição moral, ou seja, sem reduzi-la a seus componentes
psicológicos, sociológicos, econômicos ou de qualquer outro tipo.

Podemos dizer que a ética, enquanto filosofia moral, consegue explicar o


fenômeno moral, ou seja, consegue dar conta racionalmente da dimensão moral
humana e com isto, conseguimos alcançar um maior grau de conhecimento de
nós mesmos, por conseguinte, um grau maior de liberdade.

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Como dizem Cortina e Martinez (2009, p. 9), nós filosofamos para


encontrar sentido para o que somos e fazemos, e buscamos sentido para atender
aos nossos anseios de liberdade, pois consideramos a falta de sentido um tipo de
escravidão.

Voltando à etimologia da palavra ética que vem do grego ethos, ela tem
seu correlato no latim morale, com o mesmo significado: conduta, ou relativo aos
costumes. Etimologicamente, ética e moral são palavras sinônimas.

Em diferentes éticas, desde a Grécia antiga, vários pensadores


debruçaram-se e versaram sobre a ética: os pré-socráticos, Aristóteles, os
Estóicos, os pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant,
Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich, e muitos outros.

Na filosofia, o campo que se ocupa da reflexão sobre a moralidade humana


recebe a denominação de ética. Esses dois termos, ética e moral, têm
significados próximos e, em geral, referem-se ao conjunto de princípios ou
padrões de conduta que regulam as relações dos seres humanos com o mundo
em que vivem (ARAÚJO, 2007).

Uma educação ancorada em tais princípios, de acordo com Puig (1998,


p.15), deve converter-se em um âmbito de reflexão individual e coletiva que
permita elaborar racionalmente e autonomamente princípios gerais de valor,
princípios que ajudem a defrontar-se criticamente com realidades como a
violência, a tortura ou a guerra. De forma específica, para esse autor, a educação
ética e moral deve ajudar na análise crítica da realidade cotidiana e das normas
sócio-morais vigentes, de modo que contribua para idealizar formas mais justas e
adequadas de convivência.

Na linha de compreensão do papel da educação para a formação ética


dos seres humanos, Cortina (2003, p.113) entende que a educação do cidadão e
da cidadã deve levar em conta a dimensão comunitária das pessoas, seu projeto
pessoal e também sua capacidade de universalização, que deve ser exercida
dialogicamente, pois, dessa maneira, elas poderão ajudar na construção do

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melhor mundo possível, demonstrando saber que são responsáveis pela


realidade social.

De forma específica, lidar com a dimensão comunitária, dialogar com a


realidade cotidiana e as normas sócio-morais vigentes nos remete ao trabalho
com a diversidade humana, à abordagem e ao desenvolvimento de ações que
enfrentem as exclusões, os preconceitos e as discriminações advindos das
distintas formas de deficiência, e pelas diferenças sociais, econômicas, psíquicas,
físicas, culturais, religiosas, raciais, ideológicas e de gênero. Conceber esse
trabalho na própria comunidade onde está localizada a escola, no bairro e no
ambiente natural, social e cultural de seu entorno, é essencial para a construção
da cidadania efetiva (ARAÚJO, 2007).

2.2 Cidadania

Em seu sentido tradicional, a cidadania expressa um conjunto de direitos


e de deveres que permite aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida
política e da vida pública, podendo votar e serem votados, participando
ativamente na elaboração das leis e do exercício de funções públicas, por
exemplo.

Hoje, no entanto, o significado da cidadania assume contornos mais


amplos, que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e
sociais, e assume como objetivo a busca por condições que garantam uma vida
digna às pessoas.

Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações


sociais e políticas não é coerente com a multidimensionalidade que nos
caracteriza e com a complexidade das relações que cada um e todas as pessoas
estabelecem com o mundo à sua volta. Deve-se buscar compreender a cidadania
também sob outras perspectivas, por exemplo, considerando a importância que o
desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas, ideológicas,
científicas e culturais exerce na conquista de uma vida digna e saudável para
todas as pessoas (ARAÚJO, 2007).

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Tal tarefa, complexa por natureza, pressupõe a educação de todos


(crianças, jovens e adultos), a partir de princípios coerentes com esses objetivos,
e com a intenção explícita de promover a cidadania pautada na democracia, na
justiça, na igualdade, na equidade e na participação ativa de todos os membros
da sociedade nas decisões sobre seus rumos. Dessa maneira, pensar em uma
educação para a cidadania torna-se um elemento essencial para a construção da
democracia social.

Concordamos com Araújo (2007) que é preciso entender que tal forma de
educação deve visar, também, ao desenvolvimento de competências para lidar
com: a diversidade e o conflito de ideias, as influências da cultura e os
sentimentos e emoções presentes nas relações do sujeito consigo mesmo e com
o mundo à sua volta.

Uma questão a ser apontada é que atualmente as crianças e os


adolescentes vão à escola para aprender as ciências, a língua, a matemática, a
história, a física, a geografia, as artes, e apenas isso. Não existe o objetivo
explícito de formação ética e moral das futuras gerações. A escola, enquanto
instituição pública criada pela sociedade para educar as futuras gerações, deve
se preocupar também com a construção da cidadania, nos moldes que
atualmente a entendemos. Se os pressupostos atuais da cidadania têm como
base a garantia de uma vida digna e a participação na vida política e pública para
todos os seres humanos e não apenas para uma pequena parcela da população,
essa escola deve ser democrática, inclusiva e de qualidade, para todas as
crianças e adolescentes. Para isso, deve promover, na teoria e na prática, as
condições mínimas para que tais objetivos sejam alcançados na sociedade.

Para Araújo (2007), os valores não são nem ensinados, nem nascem com
as pessoas. Eles são construídos na experiência significativa que as pessoas
estabelecem com o mundo.

Essa construção depende diretamente da ação do sujeito, dos valores


implícitos nos conteúdos com que interage no dia-a-dia e da qualidade das
relações interpessoais estabelecidas entre o sujeito e a fonte dos valores.

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Buscando atingir amplos espectros de atuação, devemos entender que o


trabalho de educação em valores que visam à construção da cidadania pode
abarcar quatro grandes eixos temáticos que, de maneira geral, configuram
campos principais de preocupação da ética e da democracia nos dias atuais
(ARAÚJO, 2007). Dentre esses eixos temos a ética, a convivência democrática,
os direitos humanos, a inclusão social e a própria cidadania.

Vamos falar um pouco sobre a convivência democrática que junto com a


ética nos darão suporte para caminharmos rumo às relações interpessoais.

2.3 O conflito e a convivência democrática

Na Educação, para que haja transformações significativas, é preciso que


os profissionais da comunidade escolar estejam em sintonia, visando um
desenvolvimento articulado do trabalho. Este aspecto tem como base as
proposições elaboradas pela comissão internacional sobre educação para o
século XXI, que culminou com o relatório para a UNESCO. Nele, Delors (1999)
apresenta os quatro pilares da educação, sendo que um deles se refere ao
Aprender a Ser.

Atendendo a esse aspecto, a escola precisa ter um ambiente propício


para desenvolvimento da Omnidimensionalidade do ser, pois, se o ambiente
escolar for agradável, o aluno possivelmente poderá reproduzi-lo fora da escola,
mas, se este ambiente for desagradável e conflituoso, ele também poderá agir de
forma inadequada, reproduzindo as ações que observou (SILVA, 2008).

Mas o que é conflito?

O conflito é uma parte natural de nossas vidas. A maioria das teorias


interacionistas em filosofia, psicologia e educação está alicerçada no pressuposto
de que nos constituímos e somos constituídos a partir da relação direta ou
mediada com o outro. Nessa relação, nos deparamos com as diferenças e
semelhanças que nos obrigam a comparar, descobrir, ressignificar, compreender,
agir, buscar alternativas e refletir sobre nós mesmos e sobre os demais. O conflito

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torna-se, portanto, a matéria-prima para nossa constituição psíquica, cognitiva,


afetiva, ideológica e social (ARANTES, 2007).

A resolução satisfatória de um conflito exige que nos afastemos do nosso


próprio ponto de vista para contemplarmos, simultaneamente, outros pontos de
vista diferentes e, muitas vezes, opostos aos nossos. Exige-nos, ainda, a
elaboração de fusões criativas entre os diferentes pontos de vista. Tal processo
implica, necessariamente, operações de reciprocidade e síntese entre as
diferenças. Para tanto, faz-se necessário analisar a situação enfrentada, expor
adequadamente o problema e buscar soluções que permitam resolvê-lo de
maneira satisfatória para os envolvidos. Tudo isso requer um processo de
aprendizagem que nosso sistema educativo parece não contemplar.

Ora, uma formação que visa à construção de valores de democracia e de


cidadania não pode ignorar os conflitos pessoais e sociais vividos por seus atores,
mas deve, sim, conceder um lugar relevante às relações interpessoais.
Concebendo os conflitos interpessoais como um conteúdo essencial para a
formação psicológica e social dos seres humanos, um caminho profícuo para a
construção de sociedades e culturas mais democráticas e sensíveis à ética nas
relações humanas seria introduzir o trabalho sistematizado com conflitos no
cotidiano escolar (ARANTES, 2007).

Vale ressaltar que, apesar de bastante difundida em todo o mundo, a


maioria das propostas de resolução de conflitos, tal como sinalizou Schinitman
(1999), utiliza arbitragens, mediações, negociações e terapias, baseando-se em
modelos tradicionais que parecem atuar mais sobre objetivos específicos e
práticos e pautarem-se em pressupostos dicotômicos de ganhar e perder nas
resoluções.

Em outra direção, surgem novos paradigmas em resolução de conflitos


que, com base na comunicação e em práticas discursivas e simbólicas,
promovem diálogos transformativos. Tais propostas rechaçam a ideia de que em
um conflito sempre há ganhadores e perdedores e defendem a construção de
interesses comuns e uma coparticipação responsável. Incrementando o diálogo e

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a participação coletiva em decisões e acordos participativos, essas propostas


permitem aumentar a compreensão, o respeito e a construção de ações
coordenadas que considerem as diferenças.

Puig (2000, p. 33) entende que uma escola democrática define-se pela
participação do alunado e do professorado no trabalho, na convivência e nas
atividades de integração. Uma escola democrática, porém, deve possibilitar a
participação como um envolvimento baseado no exercício da palavra e no
compromisso da ação. Quer dizer, uma participação baseada simultaneamente no
diálogo e na realização dos acordos e dos projetos coletivos.

Dessa maneira, a escola precisa construir espaços de diálogo e de


participação no dia-a-dia de suas atividades curriculares e não-curriculares, de
forma a permitir que estudantes, docentes e a comunidade se tornem atores e
atrizes efetivos, de fato, da construção da cidadania participativa. Experiências
como as das assembleias escolares, dos grêmios estudantis e dezenas de outros
modelos de práticas de cidadania, que vêm sendo implementados em escolas
públicas e privadas de todo o País, fornecem a matéria-prima para que, de forma
democrática, os conflitos cotidianos sejam enfrentados nas escolas, permitindo a
construção de valores de ética e de cidadania por parte dos membros da
comunidade que vivem dentro e no entorno escolar (ARAÚJO, 2007).

Como diz Silva (2008), nos conflitos existentes dentro da escola acontece
um agravante: o desenvolvimento da gestão escolar, que pode contribuir para
diminuir estes abismos entre os profissionais ou pode acentuar e até mesmo
propiciar um ambiente em que ele se agrave.

O local em que se realiza a educação sistematizada precisa ser o


ambiente mais propício possível à prática da democracia. Por isso, na realização
da educação escolar, a coerência entre meios e fins exige que tanto a estrutura
didática quanto a organização do trabalho no interior da escola estejam dispostas
de modo a favorecer relações democráticas. Esses são requisitos importantes
para que uma gestão escolar, pautada em princípios de cooperação humana e

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solidariedade possam concorrer tanto para ética quanto para a liberdade,


componentes imprescindíveis de uma educação de qualidade (PARO, 2001).

2.4 Vivenciando a cidadania

Aprender a ser cidadão e a ser cidadã é, entre outras coisas, aprender a


agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência,
aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o
que acontece na vida coletiva da comunidade e do país. Esses valores e essas
atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto,
podem e devem ser ensinados na escola.

Para que os estudantes possam aprender e assumir os princípios éticos,


são necessários pelo menos dois fatores:

1) Que os princípios se expressem em situações reais, nas quais possam


ter experiências e nas quais possam conviver com a sua prática.

2) Que haja um desenvolvimento da sua capacidade de autonomia moral,


isto é, da capacidade de analisar e eleger valores para si, consciente e
livremente.

Outro aspecto importante a ser considerado nesse processo é o papel


ativo dos sujeitos da aprendizagem, estudantes e docentes, que interpretam e
conferem sentido aos conteúdos com que convivem na escola, a partir de seus
valores previamente construídos e de seus sentimentos e emoções. Tal premissa
está de acordo com a visão de que os valores e princípios éticos são construídos
a partir do diálogo, na interação estabelecida entre pessoas imbuídas de razão e
emoções e um mundo constituído de pessoas, objetos e relações multiformes,
díspares e conflitantes (ARAÚJO, 2007).

Enfim, a promoção de uma educação em valores deve partir de temáticas


significativas do ponto de vista ético, propiciando condições para que os alunos e
as alunas desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de seus
próprios sentimentos e emoções (e dos sentimentos das demais pessoas) e
desenvolvam a capacidade autônoma de tomada de decisão em situações
conflitantes do ponto de vista ético/moral.

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A melhor forma de ensiná-los, portanto, é estimulando reflexões e


vivências. Mais do que os discursos, são a prática, o exemplo, a convivência e a
reflexão, em situações reais, que farão com que os alunos e as alunas
desenvolvam atitudes coerentes em relação aos valores que queremos ensinar.
Por isso, o convívio escolar é um elemento-chave na formação ética dos
estudantes.

E, ao mesmo tempo, é o instrumento mais poderoso que a escola tem


para cumprir sua tarefa educativa nesse aspecto. Daí a necessidade de os
adultos reverem o ambiente escolar e o convívio social que ali se expressa, a
partir das próprias relações que estabelecem entre si e com os estudantes,
buscando a construção de ambientes mais democráticos.

Além disso, é necessário considerar o acolhimento dos estudantes – de


suas diferenças, potencialidades e dificuldades – e o papel reservado a eles e a
elas na instituição. O cuidado e a atenção com suas questões e problemáticas de
vida precisam concretizar o respeito mútuo, o diálogo, a justiça e a solidariedade
que queremos ensinar. Caso contrário, não estaremos dando nenhuma razão
plausível para que os estudantes os aprendam e os pratiquem (ARAÚJO, 2007).

Por fim, é necessário introduzir tais conteúdos e preocupações como


temas transversais, que perpassam o universo dos conteúdos trabalhados nas
escolas, de forma que seus princípios estejam presentes nas ações cotidianas
levadas a cabo nas salas de aula e nos demais espaços e tempos das instituições
escolares.

No livro Educação: um tesouro a descobrir1, destacam-se algumas ideias


que ajudam a compreender o papel da escola na construção da democracia e da
cidadania, à luz do que foi discutido até aqui. Por exemplo:

 Escolas em que são evocados princípios como respeito mútuo,


solidariedade, justiça e diálogo e em que os alunos e as alunas se
apropriam de canais de participação na vida escolar e são incentivados

1 Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, 2 ed.,
São Paulo: Cortez; Brasília: MEC/Unesco, 1999.

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pelos educadores a fazê-lo são aquelas em que se cria um espaço


democrático, do qual emergem as características de uma cidadania plena.

 Os educadores devem sempre estar atentos à coerência entre o discurso e


a ação: respeitar para ser respeitado, assumir e cumprir suas
responsabilidades, como forma de ensinar aos estudantes a importância da
responsabilidade.

 A participação dos estudantes na escola e na comunidade ajuda a formar


seu caráter como cidadão e como cidadã. Em particular, a participação dos
diferentes atores da comunidade educativa nas tomadas de decisão é uma
prática cívica – uma atuação no espaço público democrático – que
possibilita um conhecimento prático dos processos que caracterizam a vida
cívica e política na comunidade. A participação nas decisões vai de simples
contribuições à manutenção e à organização do espaço, por exemplo,
possível desde a mais tenra idade, até a participação em decisões
gerenciais e acadêmicas, por meio dos Conselhos de Escola e das
Assembleias Escolares.

 A disposição para a mudança e para a transformação da escola (incluindo


formação de docentes, trabalho com os estudantes, participação dos
demais funcionários e articulação com a comunidade) potencializa a
capacidade de atuação e fortalece todo o trabalho educativo escolar. A
escola tem mais força para atingir suas metas educativas com os
estudantes, o que reforça a própria instituição e produz um efeito
cumulativo, proporcionando transformações cada vez mais profundas e
duradouras (ARAÚJO, 2007).

Pois bem, falamos em ética e cidadania. Vamos fazer um gancho e


lembrar que geralmente a organização burocrática é realizada através de
atividades formais, com procedimentos padronizados, composta de divisão de
serviços que são estabelecidos de forma hierárquica, gerando na maioria das
vezes uma disputa de poder (BERGUE, 2010).

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Sabemos também que todo funcionário público é consciente que deve


seguir normas, que existe uma legislação a ser observada e seguida, porém na
maioria das vezes, o excesso de papéis impede a agilização dos serviços,
contribuindo para que o funcionário se torne acomodado e desestimulado.

Gimenes (2011) nos lembra que o apego às normas e a resistência à


mudança é visível no funcionalismo público e muitas vezes o funcionário não
aceita mudanças com medo de perder o poder, podemos, então, observar que
existem determinados serviços que apenas um funcionário saber realizar ficando
tudo centralizado no mesmo, o que lhe propicia poder e mando, porém emperra a
máquina administrativa que em sua ausência não poderá dar andamento aos
serviços e nem atendimento adequado ao público.

Existem conflitos de relacionamentos, pessoa que não atende nada que


não se relacione com o serviço estabelecido para sua função, desagregando ao
invés de agregar a comunidade escolar como um todo.

Essas são situações que acontecem no nosso cotidiano. Enfim, fizemos


esse gancho para dizer que em anexo encontra-se um Código de Ética dos
Secretários e Secretárias que ajuda a refletir e perceber direitos e deveres desses
profissionais.

Lembrem-se que o seu trabalho realizado/desenvolvido numa secretaria


escolar, escrituração, manuseio de documentos, arquivos, atendimento ao público
devem primar pela excelência sempre.

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UNIDADE 3 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Falar em relações interpessoais, necessariamente nos pede


primeiramente entender a parcela de contribuição da Psicologia, afinal de contas
estamos lidando com pessoas, com sentimentos, emoções, desejos,
necessidades, enfim, comportamentos.

3.1 As contribuições da Psicologia


A psicologia é considerada uma ciência tanto das áreas sociais, ou
humanas como da área de biomédicas, portanto, estuda muito mais do que o
comportamento humano, encontrando no cérebro a principal parte do corpo
humano que é seu objeto de estudo.

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus


processos mentais, ou seja, é a área da ciência que estuda o que motiva o
comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e também seus
processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção,
aprendizagem, inteligência.

A psicologia passou a ser considerada como ciência em 1879. Costuma-


se atribuir essa data como o seu início, pois foi quando se começou a desenvolver
os primeiros laboratórios experimentais de pesquisa em psicologia na Europa,
principalmente na Alemanha. Assim, encontramos nos livros de psicologia essa
data como referência ao surgimento desta ciência.

Isso não significa que antes não houvesse estudos de psicologia. Até
então, ela era considerada um ramo da filosofia. Isto é, o conhecimento sobre o
psiquismo humano era construído por meio das ideias de alguns pensadores
(PEDROZA, 2012).

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No entanto, as descobertas revolucionárias daquela época, sob a


influência do pensamento científico e o surgimento de outras ciências como a
sociologia, a antropologia e a fisiologia, criaram a necessidade de se pensar a
mente humana de outra forma, uma forma experimental a partir do método
científico.

Os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e


capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em grande
medida sua área de atuação, possibilitando cada área uma gama infinita de
descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas
relações.

O estado psicológico humano é fundamental para desfrutar do bem


individual, e por consequência o bem comum. Assim, a psicologia busca
permanentemente métodos para o desenvolvimento cognitivo, emocional e
relacional dos indivíduos e sua interação social.

Segundo Santos (2000), em psicologia, o termo atividade se alinha


conceitualmente às diferentes abordagens que procuram explicar a natureza do
comportamento e sua previsibilidade social. A busca pela elaboração de modelos
que permitam compreender os comportamentos do homem, de um lado, como um
sistema de recepção e tratamento da informação, e de outro lado, como um
sistema de transformação de energia, produziram diferentes formulações sobre o
desempenho das pessoas naquilo que elas fazem ou se proponham a fazer.

A visão de “homem” movido por determinantes internas (solicitações) ou


submetido à condicionantes externas (cargas de trabalho), originou, na psicologia
do trabalho, concepções que contemplam ambas as definições. Na verdade, o
trabalho pode ser visto como um subsistema menor das coisas que fazemos para
aliviar nossas tensões, mas também pode representar a atividade principal de
realização objetiva do ser humano. De uma forma ou de outra, o trabalho é
incorporado subjetivamente no nosso modo de perceber e fazer as coisas que
necessitamos.

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Além disso, podemos dizer que a diferença entre o trabalho formal (tarefa)
e o trabalho real (atividade), elemento fundamental do estudo do comportamento
do homem no trabalho, permite definir níveis da análise das atividades de
trabalho, que podem servir à teoria psicológica geral.

Segundo esta ótica, existem três grandes campos que são


interdependentes, relativos ao estudo das atividades de trabalho:

1. As comunicações: para agir é necessário efetuar trocas de informações


sobre o estado da situação na qual nos encontramos.

2. As regulações: toda ação consiste em reduzir a diferença entre um estado


desejado de uma determinada situação e o estado atual no qual nos
encontramos.

3. As competências: as modalidades e as possibilidades de reduzir esta


diferença dependem diretamente das habilidades cognitivas e sensório
motoras que o sujeito dispõe (SANTOS, 2000).

Pois bem, os psicólogos buscam estudar conceitos como a percepção,


cognição, emoção, personalidade, comportamento, relacionamento interpessoal,
individual e coletiva e do inconsciente, incluindo-se aqui questões relacionadas
com a vida quotidiana, por exemplo, família, educação e trabalho. Focam também
o tratamento de problemas de saúde mental, buscando compreender o
comportamento social e a dinâmica social, ao mesmo tempo em que incorpora os
processos subjacentes fisiológicas e neurológicas em suas concepções de
funcionamento mental.

Vamos pensar mais um pouco sobre o conhecimento humano. Mesmo


sem ter estudado psicologia, com certeza você já deu respostas para muitas
questões formuladas para entender e explicar o que se passa ao seu redor e com
você mesmo. Vários são os caminhos e tentativas para as indagações acerca do
começo do mundo, da nossa origem, de onde viemos e para onde vamos
(PEDROZA, 2012).

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A autora acima conta que, em sala de aula com seus alunos, costuma
perguntar o que eles entendem por psicologia e as respostas que aparecem são
as mais diversas. As mais frequentes são:

 estudo da mente;

 análise do comportamento;

 guia para o autoconhecimento humano;

 tratamento de enfermidades psicológicas;

 estudo da alma;

 estudo do homem;

 trabalho profundo com pessoas.

Por isso podemos afirmar que não é fácil definir o que é psicologia.
Alguns autores preferem falar em psicologias, no plural, dada às diferentes
concepções de mundo e do homem. De todo modo, a psicologia veio se
desenvolvendo ao longo dos tempos e influencia nosso dia-a-dia, tanto como o
processo histórico da construção do conhecimento que acontece ao mesmo
tempo em que as novas formas de organização da sociedade vão-se
concretizando, essa ciência também passou pela fase do senso comum, buscou
respostas científicas e hoje está bem avançada.

Se olharmos, por exemplo, o surgimento da escravatura, com homens se


apropriando de outros, podemos verificar também que em relação ao
conhecimento acontece a mesma divisão de papéis na sociedade.

Enquanto temos homens e mulheres que se dedicam exclusivamente a


trabalhar manualmente, criam-se condições para que outro grupo de homens (e
nem sempre de mulheres) possa só trabalhar pensando.

Na Grécia antiga, por exemplo, havia uma divisão entre os escravos e os


filósofos. Será que, se os grandes pensadores como Platão, Sócrates e
Aristóteles tivessem que trabalhar duro na lavoura poderiam pensar e produzir

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tantas ideias quanto fizeram? Outra questão interessante é por que atribuímos
diferentes valores nessa divisão do trabalho?

A questão, como diz Pedroza (2012), não está na especificidade de cada


trabalho, mas na importância, no valor atribuído a cada um.

Ainda falando um pouco sobre a Psicologia, existem grandes polêmicas


que a rondam. Existe uma corrente que, por exemplo, não aceita palavras como
subjetividade, inconsciência, emoção e afeto. Para esses, o objeto de estudo da
Psicologia é apenas o comportamento observável.

Entretanto, não temos intenção de entrar nessas discussões. Queremos


que entendam quatro pontos:

1) A Psicologia contribui para o conhecimento do ser humano em várias de


suas dimensões e uma dessas dimensões perpassa pelas relações
interpessoais.

2) A articulação da Psicologia com a Educação criou oportunidade para que


as relações interpessoais no contexto escolar fosse aperfeiçoadas.

3) Para que tenhamos relações interpessoais promissoras, positivas é


necessário haver uma visão política e a capacidade de dialogar com a
comunidade local, afinal de contas, o(a) secretário(a) escolar atende
também ao público externo.

4) As relações interpessoais secretaria/corpo discente, podem aperfeiçoar as


práticas para que se estabeleça um método pedagógico mais promissor.

3.2 O desenrolar das relações interpessoais

As relações interpessoais ocorrem de maneira mais objetiva quando


existe um intercâmbio mais eficaz entre as pessoas, podendo ser no ambiente
familiar, educacional, institucional ou profissional, visto que essas relações
encontram-se associadas a efeitos finais de consenso, êxito e resultado fecundo.
As relações interpessoais podem ser avaliadas como todos e quaisquer contatos
entre indivíduos, esses contatos sucedem entre pessoas em diversas ocasiões e

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em diferentes ambientes, norteados tanto para a esfera tecnológica e educacional


como também para as relações empresariais (ROCHA, 2009).

França (2009) já compreende que os relacionamentos interpessoais


ocorrem em diferentes domínios e, incontestavelmente, são alguns dos mais
imprevistos da natureza humana.

Tendo em vista que, o ser humano é consciente de seu instinto irracional


e capaz de contê-lo, pode então fazer escolhas. Essa questão aumenta
significativamente o enredamento das relações humanas, pois o homem é provido
de uma incomensurável heterogeneidade emocional (ANTONIASSI JUNIOR;
AZEVEDO, 2012).

As ocasiões que trazem motivação para a interação humana são


diversas, mas, universalmente, é sempre constituída por uma relação de troca.
Caso não haja troca, a relação não será positiva para ambas as partes, de
maneira que irá realmente se transformar em uma relação unilateral, contudo, o
lado egoísta/possessivo se favorecerá do passivo/submisso.

Segundo Rocha (2009), o desenvolvimento das relações interpessoais é


essencial para se obter boas convivências entre as pessoas. Pode-se planejar
esse desenvolvimento para atender aos objetivos individuais e grupais. Um dos
aspectos que contribuem para o cumprimento satisfatório das relações
interpessoais é o trabalho em equipe, no qual o grupo procura um intercâmbio
entre o objeto e seu desígnio, tal como a interdisciplinaridade no ambiente
escolar, na qual se congregam docentes de disciplinas afins para o
desenvolvimento de um projeto que objetive trabalhar o mesmo assunto, com
objetivos peculiares.

Para desenvolver o trabalho interdisciplinar, podem-se aproveitar as


dinâmicas de grupo, a fim de socializar os componentes das equipes que
naturalmente irão se sentir à vontade para propor um diálogo com os outros
componentes, assim, o grupo ao se aproximar através de atividades lúdicas e
descontraídas, tende a construir uma relação saudável no ambiente.

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Para Marcelos (2009), a presença de um líder é imprescindível na


existência de uma equipe e, por essa razão, ele precisa ser democrático,
inteligível, inovador e maleável. Precisa mostrar vontade de aprender, receber
ajuda das pessoas e reconhecer a importância da equipe que lhe foi confiada.
Torna-se relevante que o líder tenha habilidade para ouvir mais e falar menos.
Assim sendo, alguns aspectos beneficiam as relações interpessoais, como se
observa no quadro seguinte.

Ferramentas comportamentais para a qualidade no relacionamento interpessoal

para conseguir resultados.


Empreendedor

para mudar comportamentos e pontos de vista.


Flexível

para acompanhar os avanços da sociedade.


Atualizado

para enfrentar novas situações.


Adaptável

para enfrentar desafios e riscos.


Decidido

para promover o “como fazer”.


Técnico

para assimilar e aplicar novas técnicas e abordagens.


Dinâmico

para desenvolver alternativas de problemas.


Criativo

O líder deve ainda nortear seu trabalho com alguns princípios

união de ideias e ações buscando o respeito mútuo.


Interação

todos têm a mesma oportunidade de participação.


Democracia

liberdade para pensar e ser, ser e fazer, e compreensão


Liberdade responsável
da liberdade do outro.

prática do dia a dia de forma compartilhada visando os


Cooperação
resultados satisfatórios da equipe.

Fonte: Marcelos (2009, p. 1).

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Marcelos (2009) ainda diz que determinados princípios precisam ser mais
trabalhados que outros, mas é relevante que toda a equipe seja analisada pelo
coordenador para posteriormente decidir as táticas apropriadas ao bom
funcionamento da atividade grupal, para que seja possível fluir e estabelecer
relações interpessoais que promovam crescimento e afinidade entre as pessoas.

As relações interpessoais não acontecem apenas por meio das palavras,


mas também através do corpo e da expressão facial. Os indivíduos buscam se
relacionar ao se comunicarem por meio das mãos, do sorriso afável, por um olhar
que expressa seus sentimentos ou reações.

3.3 Relações interpessoais no contexto escolar

Pedroza (2006) descreve a respeito das relações interpessoais na escola


visando à construção de uma gestão democrática. Para essa autora, a gestão
democrática parte do pressuposto de uma instituição escolar para todos, na qual
verdadeiramente sejam prováveis o ingresso e a permanência do estudante,
como ainda afiançar a qualidade na educação.

Para tanto, torna-se necessário a elaboração de um projeto político-


pedagógico que tenha em vista à superação das incoerências existentes na
sociedade contemporânea e que agencie o desenvolvimento de uma nova
consciência igualitária e de novas relações entre as pessoas, numa expectativa
mais humanista. Uma proposta assim necessita da participação de todos os
profissionais que compõem o contexto escolar. É preciso ainda contar com a
participação das famílias dos alunos, para que se envolvam de forma consciente
nessa edificação de uma escola democrática, reconhecendo que essa proposta
apenas será possível com o comprometimento de cada envolvido no processo
educacional, especialmente, o educador, que deve ser provido de uma formação
adequada para lidar com essa proposta.

Freitas (2000) concorda com essa ideia e acrescenta que a promoção das
relações interpessoais é fundamental haver uma visão política e a habilidade de
dialogar com a comunidade escolar e local. Bem como, o estilo de liderança do

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gestor é categórico para o inter-relacionamento dessas comunidades e de êxito


escolar. As instituições escolares que vêm apresentando melhor desempenho nas
relações interpessoais contam com líderes proativos e bastante dedicados à
escola, tais líderes estão sempre abertos à participação e ao diálogo. O empenho
do líder e a pretensão de submergir toda a comunidade escolar são
determinantes, pois, desta forma, é possível harmonizar a equipe escolar e a
comunidade, assim, o desempenho nas relações se torna mais elevado.

No tocante à Psicologia, Pedroza (2006) pensa que esta disciplina só


pode contribuir com a constituição das relações interpessoais na escola visando à
construção de uma gestão democrática, se tiver o empenho social norteado para
a transformação da sociedade. O que se espera construir é uma sociedade
equitativa, na qual todos tenham ingresso ao patrimônio da produção humana,
material e intelectual e onde todos tenham a oportunidade de viver dignamente.

Então, é preciso desenvolver no ambiente escolar, relações interpessoais


que promovam uma relação das diferentes disciplinas do conhecimento e das
diferentes funções de cada componente da escola, distinguindo a necessidade de
superar a fragmentação do conhecimento e dos fazeres, particularidade intrínseca
a escola tradicional. O intuito é estabelecer uma escola mais humanizada, na qual
estudantes, docentes, funcionários e administração, conhecedores de suas
habilidades e inventividade, sintam-se compartes e responsáveis pela edificação
de uma nova sociedade. Para tanto, deve-se trabalhar com o coletivo.

Del Prette e Del Prette (1998) complementam dizendo que a comunicação


interpessoal, especialmente a mediada pelo docente, assume uma função de
grande importância no processo educativo, pois, o desenvolvimento interpessoal
dos estudantes promove o desenvolvimento do processo educacional, apesar de
que ele se sujeita também as condições estabelecidas pelo educador e pelas
suas capacidades interpessoais profissionais, assim a formação do docente deve
estar norteada para colaborar para a construção de uma sociedade igualitária.

Isso expressa resgatar a instituição escolar como ambiente público, como


espaço de debate, de diálogo estabelecido na reflexão crítica grupal. Essa batalha

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deve contar com as forças das diversas ordens sociais, políticas e econômicas.
Deste modo, a participação de todos fica cada vez maior e mais significativa na
comunidade em relação ao projeto da escola. Além disso, é relevante que se
ofereça espaço para as atividades lúdicas, tendo em vista que a brincadeira é
uma atividade que compõe a essência do humano. “Devemos romper com o
silêncio, a subserviência e o imobilismo que as relações de hierarquia do poder
pelo suposto saber determinavam no contexto da educação” (PEDROZA, 2006, p.
85).

Somente com o pensamento norteado para a construção de uma gestão


democrática na escola será possível pensar em construir boas e profícuas
relações interpessoais.

3.4 As relações interpessoais que perpassam o universo da secretaria

Secretário, por condições legais e regimentais, exerce uma ação ao


mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com
todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar.
Pode-se esquematizar essa situação da seguinte forma:

A secretaria e suas interações

assessoria, execução, coordenação e supervisão das


Com a direção:
atividades administrativas sob sua responsabilidade;
harmonia de propósitos e de princípios.

Colaboração;
Com a inspeção e/ou supervisão:
apresentação de situações para ratificação ou
retificação.

atendimento direto, sem intermediários;


Com o corpo discente:
busca de soluções.
elemento de ligação entre atividades pedagógicas e
Com o corpo docente:
administrativas;
respeito à competência e aos métodos do professor;
postura ética.

orientação e supervisão das rotinas de trabalho


Com os subordinados:
estabelecidas;
respeito às aptidões e habilidades de cada um.

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presteza de informações;
Com os pais e comunidade em geral:
busca de soluções;
respeito ao sigilo profissional.
Com órgãos colegiados:
subsidiar com informações;
formar o apoio ao bom andamento das reuniões.

Segundo o Programa de Apoio à Melhoria do Ensino Municipal


(CEAE/UFRJ), lembre-se:

 levando-se em conta as atribuições de produção e guarda da


documentação e de atendimento a todos os componentes da comunidade
escolar, inclusive da comunidade externa, a Secretaria deve localizar-se
em lugar acessível mas não devassado;

 é recomendável que seja um local agradável e de fácil circulação interna,


que também facilite o trabalho da equipe, que precisa oferecer pronto
atendimento ao usuário que comparece à Secretaria, com um mínimo de
prejuízo sobre as suas outras funções;

 a Secretaria é um excelente local para se manter um jornal mural, que


funcione como um pré-atendimento aos usuários e divulgue informações e
notícias de interesse, assim como um local de passagem dos professores e
funcionários para receber correspondência e notificar sua presença ou
ausência da escola (http://www.race.nuca.ie.ufrj.br/ceae/m3/texto3.htm).

3.5 O reconhecimento da profissão e as relações interpessoais

Apesar de a profissão de secretariado ser antiga e no Brasil ter sido


regulamentada pela Lei nº 7.377 de 07/07/1989, assinada pelo então Presidente
da República José Sarney, nos últimos anos é que tem surgido maior número de
cursos para dar melhor qualificação a esse profissional. E podemos afirmar
também que em breve, a legislação irá contemplar essa função.

O movimento dos trabalhadores em educação e, atualmente, o Ministério


da Educação vêm propondo a formação dos trabalhadores não-docentes como
um dos mecanismos de melhoria da qualidade do ensino e a realização da meta

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de democratização da educação básica, tendo em vista uma participação mais


efetiva e consciente no processo educativo da escola.

Tal preocupação, expressa no documento “Por uma política de


valorização dos trabalhadores em educação – em cena, os funcionários de
escola” (BRASIL, 2007), reconhece que todos os espaços da escola, além do
espaço da sala de aula, são importantes espaços educativos.

Complementando a importante atuação do professor em sala de aula,


ocorrem significativos processos de comunicação interativa e de vivência coletiva,
que colocam em cena os trabalhadores em educação não-docentes que estão
atuando nas unidades de ensino (BRASIL, 2004).

Pode-se evidenciar que a formação desses profissionais se configura


como necessidade, pois, nas quase duzentas mil escolas das redes estaduais e
municipais de educação básica, um contingente de, aproximadamente, um milhão
de funcionários se distribuem em funções denominadas de apoio ao projeto
pedagógico e ao processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2004, p. 20).

Esse reconhecimento tem relação direta e fundamental em uma


concepção de educador que ultrapasse os limites da sala de aula e supere o
preconceito histórico que vê os funcionários não-docentes apenas como
trabalhadores braçais, tarefeiros, alienados das ações pedagógicas. Para isso,
“os funcionários, conscientes de seu papel de educadores, precisam construir a
sua nova identidade profissional, isto é, ser profissionalizados, recebendo
formação inicial e continuada tanto quanto os professores” (BRASIL, 2004).

O Ministério da Educação juntamente com representantes da sociedade


elaborou um documento orientador para organizar a oferta da educação
profissional e tecnológica do país, com a finalidade de organizar os cursos
técnicos ofertados na federação, como segue:

Ao longo de 2007 e no primeiro semestre de 2008, especialistas de todo


o país, além de representantes dos sistemas de supervisão de ensino
dos estados, juntamente com representantes de outros órgãos do
governo somaram esforços ao Ministério da Educação para elaborar o

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Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos que servirá na orientação de


estudantes e instituições de ensino na oferta de cursos técnicos
(BRASIL, 2007).

O perfil do secretário escolar é destacado porque ele é a primeira pessoa


que recebe o aluno, que faz a orientação sobre o funcionamento da instituição,
disponibiliza os comunicados, organiza os dados tanto internos quanto
relacionados aos órgãos públicos, redige documentos e estabelece o
cumprimento dos horários e, portanto, para atuar no concorrente mercado, tem
que estar capacitado.

Guarde...

A gestão democrática parte da ideia de uma escola para todos onde


realmente sejam possíveis o acesso e a permanência do aluno, assim como a
garantia da qualidade na educação.

Para tal, é preciso a elaboração de um projeto político-pedagógico que


vise à superação das contradições existentes em nossa sociedade e que promova
o desenvolvimento de uma nova consciência social e de novas relações entre os
homens, numa perspectiva mais humanista.

Essa proposta precisa da participação de todos que fazem parte do


contexto escolar, inclusive você enquanto secretário(a) para que as mudanças
sociais aconteçam.

É necessário desenvolver no contexto escolar relações interpessoais que


permitam uma integração das diversas áreas do conhecimento e das diferentes
funções de cada membro da escola, reconhecendo a necessidade de superação
da fragmentação do saber e dos fazeres, característica da escola tradicional.

A construção de uma proposta pedagógica transformadora somente será


possível a partir do questionamento da realidade existente e não apenas de sua
negação. É preciso questionar essa realidade para apontar mecanismos de
superá-la, estimulando a pluralidade de experiências e de concepções
pedagógicas (FREIRE, 1976).

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UNIDADE 4 – CARREIRAS

Deveríamos começar explicando o que vem a ser “carreira”, mas optamos


por primeiro mostrar os fatores que levam sucesso pessoal, pois, em muito, a
carreira irá depender de fazermos valerem esses fatores.

4.1 Fatores que levam ao sucesso pessoal


Salvo as exceções patológicas:

 em alguns aspectos todos os homens são iguais – todos querem


sobreviver, obter reconhecimento e atingir a felicidade;

 em outros aspectos nem todos os homens são iguais uns aos outros – há
variações e coincidências em gostos, valores, visões de mundo, entre
outros;

 e em outra variedade de aspectos, todos os homens são diferentes dos


demais – cada um é único.

Em analogia a uma pesquisa de Kluckhohn e Murray (1974 apud Rosa,


2011), “Todo homem é, sob certos aspectos, (a) como todos os outros homens;
(b) como alguns outros homens; (c) como nenhum outro homem”.

Esse prisma acima nos leva a entender que o sucesso pode ser definido:

 em termos universais – por grandes realizações, fama, poder, dinheiro;

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 quando restrito a grupos – desempenho científico de valor, bom


desempenho como violonista, bons resultados como executivo, embora
algumas pessoas que atingem o sucesso no âmbito restrito também podem
chegar ao sucesso no âmbito universal, naturalmente, no entanto, o
sucesso no âmbito universal ou de grupo não está ao alcance de todos.
Poderão existir requisitos como talento ou nível de inteligência elevado,
como é o caso do desempenho artístico ou científico de alto valor. Ou,
quando não há tais requisitos, grandes realizações podem ser decorrentes
de sorte (o que inclui uma trajetória de vida específica que facilitou a
ascensão). É o caso de uma pessoa que, não tendo nenhum talento ou
qualificação especial, chega a um alto cargo político ou vira uma
“celebridade” da TV;

 individual – quando o profissional sonhava em deixar as funções executivas


e transformar-se em docente – ao atingir essa meta e consolidar-se na
nova carreira, chegou ao sucesso. Em princípio este é o único e verdadeiro
sucesso: o que faz sentido no âmbito individual.

Rosa (2011) explica que nada impede, por exemplo, que uma pessoa
aspire atingir grandes realizações na política, nos negócios ou na arte. Caso suas
aspirações sejam sensatas e viáveis, se houver uma definição pessoal e
consciente das metas e elas sejam concretizadas, há sucesso no âmbito pessoal
e também no âmbito universal. Por outro lado, se a pessoa atinge grandes
realizações – fama, dinheiro – mas não era isso exatamente o que ela queria, não
há sucesso.

Algumas pessoas definem para si mesmas metas inatingíveis ou de


realização pouco provável. Por exemplo: ela deseja intensamente consagrar-se
como compositor, mas não tem o talento requerido, ou como cientista, mas não
tem o nível de inteligência adequado.

Os esforços para atingir o sucesso inviável resultarão em frustração e


decepção.

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É fundamental estabelecer que, havendo uma patologia, não se pode


falar em sucesso. Não são consideradas bem-sucedidas as realizações
decorrentes dos estados alterados de consciência, do domínio por paixões
alucinadas, da visão destorcida da realidade, do crime. Sucesso verdadeiro
pressupõe um indivíduo consciente e equilibrado inserido positivamente na
sociedade.

Quatro fatores são interferentes quando falamos em obter sucesso e


concretizar realizações, o que diferencia as pessoas, ou seja, capacidade,
estratégia, desempenho e sorte são fatores que levam uma pessoa a ir mais
longe ou não, bem explicados por Rosa (2011).

a) Capacidade

Capacidade é o conjunto das qualificações pessoais. Aqui estão o talento,


a qualificação intelectual e a qualificação emocional. Seja para atingir o sucesso
no âmbito individual, seja para chegar às realizações do âmbito grupal ou
universal, sempre há interferência, em alguma medida, da capacidade.

Todos têm capacidade para atingir o sucesso? Se falarmos sobre


sucesso no âmbito universal ou de grupo, a resposta é um sonoro não. Mas, no
âmbito do indivíduo, sim. Muitas pessoas que não têm fama, dinheiro, poder, que
não lograram realizar nada de destaque na arte ou ciência, tem uma vida
equilibrada, harmônica e feliz. São pessoas de sucesso.

Podemos dizer que, no âmbito individual, o sucesso deveria estar ao


alcance de todos. E está – ao alcance de todos os sensatos. A pessoa que tem a
sensatez para perceber o tamanho de sua própria capacidade, suas limitações, e
sonha com realizações à altura disso, é sensata.

Ela, sim, pode até fazer um esforço permanente para ampliar sua
capacidade, mas não tem visão delirante de si mesma e não sonha com
realizações inatingíveis.

b) Estratégia

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As estratégias adotadas no percurso da carreira também têm um peso


significativo. A estratégia é um conjunto de decisões, a escolha de caminhos por
meio dos quais a pessoa tentará atingir suas metas. Ela lida sempre com a
incerteza – não se pode ter certeza absoluta previamente sobre qual caminho
será melhor. Assim, mesmo a pessoa capaz poderá cometer erros de escolha. Eis
algumas escolhas que terão forte impacto sobre as realizações, principalmente no
âmbito da carreira: da profissão, da empresa para trabalhar, de parceiros, entre
outros.

Estratégias bem formuladas ampliam a probabilidade de sucesso.

c) Desempenho

O desempenho no trabalho é igualmente importante. Quanto a pessoa


trabalha? Para quem deseja ser concertista de piano, há uma grande diferença
entre aquele que estuda quatro e o que estuda oito horas por dia. O mesmo
podemos dizer do empreendedor que trabalha mais horas. Guardadas outras
condições pessoais e ambientais, ele tende a ir mais longe que o colega menos
afeito ao trabalho. Além da quantidade de horas trabalhadas, há o empenho em
buscar a qualidade, isto é: a pessoa não só trabalha na realização das tarefas em
si, mas trabalha na sua própria mudança pessoal, ela se esforça
permanentemente para tornar-se melhor, mais eficaz.

Por fim, bom desempenho não pode ficar restrito às tarefas, mas tem de
se estender ao campo das relações, afinal, as pessoas trabalham para o mercado
e precisam de parcerias. De um modo geral, então, podemos dizer que a
probabilidade de sucesso aumenta na proporção da qualidade e quantidade de
esforço voltado para as metas, no âmbito profissional e social.

d) Sorte

Por fim, em uma medida ou outra, a sorte sempre interfere. Sorte aqui
não quer dizer qualidade pessoal, pois, evidentemente nesse sentido ela não

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existe. Quer dizer interferência de fatores externos à pessoa, fora de seu controle,
que a favoreçam – ou atrapalhem. Coisas que o mundo traz de graça para alguns
e que facilitam bastante as realizações: herança, chegar no momento certo,
conhecer a pessoa certa, entrar na empresa certa, envolver-se em acontecimento
favorável. Ou a má sorte, que eventualmente tira alguém da trajetória vitoriosa.

Eis uma fonte de razoável confusão: algumas pessoas parecem receber


mais da vida – e, com frequência, os outros acham que têm mais sorte.
Eventualmente, é verdade que uma ou outra pessoa coincidentemente tenha
recebido mais dádivas, assim como já se registraram casos de indivíduos que
foram vitimados por raios mais de uma vez. Quando se trata de eventos de sorte
propriamente ditos, tudo é aleatório.

Entretanto, há pessoas que parecem ter sorte, mas na verdade têm


qualidades ou atributos que atraem coisas boas. Por exemplo:

 simpatia;

 posição social privilegiada;

 beleza;

 capacidade de identificar (e agarrar no tempo certo) boas oportunidades


trazidas pela vida;

 inteligência emocional; e,

 capacidade de trabalho.

Pode ser também que as pessoas recebam mais dádivas da vida porque
fazem mais coisas – e o agir, por si, cria oportunidades. Thomas Jefferson disse
“eu percebo que quanto mais duro eu trabalho, mais sorte pareço ter”.
Evidentemente, quando fazendo a coisa certa, quanto mais a pessoa trabalha,
mais tende a atrair coisas positivas, porque faz mais contatos, propaga uma
imagem melhor, aprende mais e percebe mais coisas.

Na mesma linha de raciocínio, há pessoas que parecem ter azar, mas têm
na verdade características que “chamam” problemas, como por exemplo:

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 negligência;

 desleixo;

 propensão a conflitos;

 companhia de gente problemática; e,

 descontrole emocional.

Embora tenhamos visto os fatores isoladamente, na verdade o que leva


ao sucesso maior ou menor não são fatores isolados, mas os fatores combinados.
Por exemplo, o esforço intensivo partindo de uma pessoa com maior competência
certamente resultará em maior produtividade que o mesmo esforço feito por
pessoa menos capaz. Por outro lado, um lance de sorte provavelmente trará mais
frutos para aquele que trabalha mais. Uma boa estratégia, por outro lado, com um
desempenho sofrível, poderá trazer resultados aquém dos esperados (ROSA,
2011).

Outra condição ou ação de igual importância é saber administrar a si


mesmo, à sua herança física, social, intelectual e emocional e aos seus atributos,
ou seja, administrar os fatores citados.

A vida nos oferece oportunidades, dádivas, mas também sofremos


adversidades em graus variados, portanto, é preciso reconhecer essas condições
e tratá-las com consciência e paciência.

Uma parte daquilo que chamamos sucesso dependerá da pessoa e outra


parte não dependerá. Na parte que depende dela poderá fazer bem mais por si
mesma, se buscar administrar de forma inteligente sua vida e carreira. Decisões
refletidas e conscientes, atenção para com seus recursos e ativos, trabalho
eficiente e direcionado, essas coisas da boa administração não são garantia, mas
seguramente ampliam sobremaneira a probabilidade de sucesso (ROSA, 2011).

Por fim, ainda como fatores que levam ao sucesso, devemos falar dos
sentimentos de arrogância e autocomiseração.

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Nem soberba, nem arrogância, nem se sentir o “pobre coitado” que não
consegue nada. Manter a estima em equilíbrio é muito importante.

Lembrem-se disso!

4.2 O que é carreira


Etimologicamente a palavra “carreira” origina-se do latim via carraria,
estrada para carros (MARTINS, 2001).

Para Chanlat (1995), o conceito de carreira, tal qual o conhecemos hoje


como trajetória da vida profissional, apareceu no decorrer do século XIX, assim
como suas derivadas, carreirismo e carreirista, no século XX.

A carreira, em sua acepção moderna, significa um ofício, uma profissão


que apresenta etapas, uma progressão. Assim, a carreira nasce com a sociedade
industrial capitalista liberal (ANDRADE, 2009).

Ao discorrer sobre as inclinações profissionais Schein (1990 apud


ANDRADE, 2009) concebe a carreira como a maneira pela qual a vida
profissional de uma pessoa desenvolve-se ao longo do tempo e como é vista por
ela. Para o autor, a palavra carreira é usada de diferentes maneiras e possui
muitas conotações. O “seguir uma carreira” pode tanto se aplicar ao indivíduo
com uma determinada profissão ou àquele cuja vida profissional implica em
mudanças constantes.

Dutra (1996) também adere a esta concepção mais ampla do conceito de


carreira e cita duas outras importantes definições. Na primeira, carreira é uma
sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e
atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa.
Na segunda, utilizada como principal referência para as publicações geradas a
partir da década de 80, as carreiras constituem as sequências de posições
ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa (HALL, 1976,
apud DUTRA, 1996).

Aprofundando na carreira, em termos conceituais, Baruch (2004 apud


ANDRADE, 2009) conclui tratar-se da maior constituição da vida, pois envolve o

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trabalho; este provê o indivíduo de sentido, identidade, desafios, criatividade,


status e networking. Para esse autor, a mais moderna definição de carreira
caracteriza-a como o processo de desenvolvimento do indivíduo durante suas
experiências em trabalhos, em uma ou mais organizações.

Sob uma ótica, consideramos as carreiras como individuais; sob outra,


como planejadas e conduzidas pelas organizações.

Balassiano (2006) lembra que se tomarmos como ponto de partida a


Revolução Industrial, daquela época até hoje, as transformações sofridas foram
bem acentuadas.

Voltadas tanto para a área de formação acadêmica, conhecidas como


carreiras profissionais, quanto para as organizações, ou carreiras organizacionais,
as carreiras no mundo contemporâneo tendem a ser associadas à trajetória
profissional de cada indivíduo, independentemente da área de formação ou da
organização em que essa trajetória se desenvolve. Na verdade, a carreira
moderna transcende a própria existência de uma organização. O autor argumenta
que carreira significa administrar a própria vida pessoal e profissional cuidando do
autoaperfeiçoamento e dos relacionamentos profissionais.

Decorrente de todas as mudanças, um conceito bem mais condizente


com a carreira atualmente trilhada pelas pessoas seria o de uma ocupação ou
profissão representada por etapas e possivelmente por uma progressão, como
assinala Chanlat (1995).

Greenhaus (1999 apud MARTINS, 2001), também propõe um conceito de


carreira sem as amarras da abordagem tradicional, onde ela se tornaria um
padrão de experiências relacionadas ao trabalho, durante o curso da vida de uma
pessoa.

Não podemos nos furtar a expor a definição de carreira cunhada por


London e Stumph (1982 apud FLEURY, 2002) que torna-se a mais adequada
para orientar a discussão contemporânea do tema:

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Carreira são as sequências de posições ocupadas e de trabalhos


realizados durante a vida de uma pessoa. A carreira envolve uma série
de estágios e a ocorrência de transições que refletem necessidades,
motivos e aspirações individuais e expectativas e imposições da
organização e da sociedade.

Da perspectiva do indivíduo, engloba o entendimento e a avaliação de


sua experiência profissional, enquanto da perspectiva da organização engloba
políticas, procedimentos e decisões ligadas a espaços ocupacionais, níveis
organizacionais, compensação e movimento de pessoas. Essas perspectivas são
conciliadas pela carreira dentro de um contexto de constante ajuste,
desenvolvimento e mudança.

Tal definição encerra conceitos importantes!

 Em primeiro lugar, não trata a carreira como uma sequência linear de


experiências e trabalhos, mas como uma série de estágios e transições
que vão variar em função das pressões sobre o indivíduo, originadas dele
próprio e do ambiente onde está inserido.

 Em segundo lugar, pensa a carreira como fruto da relação estabelecida


entre a pessoa e a empresa, englobando as perspectivas de ambas.

 Finalmente, trata a carreira como elemento de conciliação dinâmica das


expectativas entre a pessoa e a empresa.

Tanto Fleury (2002) quanto análises mais recentes de Andrade (2009)


lembram que durante os anos 1970 foram feitas as primeiras tentativas de
estruturar a discussão sobre carreira levando-se em conta a relação entre a
empresa e as pessoas, tanto que o conceito de carreira pode ser dividido em
duas fases distintas: um conceito tradicional e um conceito moderno, com uma
ruptura que se dá a partir dos anos 1970.

Chanlat (1995) define quatro tipos de carreira, compreendidas nos


modelos tradicional e moderno: burocrática, profissional, empreendedora e
sociopolítica.

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Discorrendo sobre os subtipos principais das carreiras o autor conclui que


a do tipo burocrático remete às estruturas burocráticas da organização, com uma
rígida hierarquia de papéis, centralização de poder e impessoalidade das
relações. O tempo de empresa e os concursos constituem a base da seleção, do
recrutamento e da promoção. A carreira do tipo profissional baseia-se no
monopólio do saber, da especialização e da profissão. Seu avanço se faz com
disciplina profissional.

Na abordagem tradicional, ainda encontrada em alguns países, regiões


ou empresas, a carreira é preponderantemente feita por um homem pertencente
aos grupos socialmente dominantes. É marcada por relativa estabilidade e,
progressão linear vertical; e existe certa estabilidade no emprego (CHANLAT,
1995, p. 72). Essa abordagem era consoante ao tipo de sociedade masculina e de
certa estabilidade, comum até os anos 1970.

Nessa perspectiva tradicional, há uma mentalidade de que os benefícios


são direitos assegurados e de que as organizações empregadoras devem
assumir a responsabilidade pelas carreiras de seus empregados.

Em síntese, a carreira é da empresa, pois é ela que permite os acessos e


gerencia o desenvolvimento. E o sucesso na carreira tradicional pode ser medido
pelo quão alto se chegou na hierarquia da organização.

A carreira do tipo empreendedor está ligada às atividades de uma


empresa independente, porém traçada por uma pessoa. Ela reflete bem a
sociedade capitalista liberal com sua ideologia de sucesso individual. O sucesso
não é mais fruto do nascimento e sim resultado do talento e do trabalho do
indivíduo (CHANLAT, 1996). A precarização do trabalho e as altas taxas de
desemprego podem também levar as pessoas a este modelo de carreira.

“A carreira de tipo sociopolítico baseia-se nas habilidades sociais e no


poder de relações de que dispõe uma pessoa.” (CHANLAT, 1995, p. 75).

É graças a este nível de relações que a carreira se constrói e as


promoções são obtidas. O modelo moderno emergente, ao criar abertura para as
mulheres e para as minorias, permite a instalação de uma nova divisão do

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trabalho, que questionará a própria noção de carreira para a maioria da população


(CHANLAT, 1996).

4.3 Tipos e estruturas da carreira


Vamos apresentar e discutir mais um pouco sobre os tipos e estruturas de
carreira! Esperamos que reflitam a respeito delas, de sua importância e quem
sabe, perceberem-se participando de alguma ou algumas dessas perspectivas.

A carreira, em uma perspectiva tradicional, pode ser vista como um


ajustamento do indivíduo a uma ocupação escolhida ou à imagem que dela
possui e esse processo de ajustamento implica critérios dos quais nasce à noção
de hierarquia ou de sequência de papéis com maiores responsabilidades dentro
de uma ocupação. Experiências passadas e expectativas futuras devem ser
usadas no planejamento de carreira (MALVEZZI, 2000).

Traçar um objetivo de vida e carreira tornará a identificação com as


oportunidades oferecidas mais claras a partir também de uma autoavaliação,
quando a carreira é idealizada pelo próprio funcionário. Isso, no entanto, não
significa que o indivíduo tenha que implantar esse planejamento na íntegra. No
decorrer do tempo, ele pode perceber competências, interesses e oportunidades
antes não perceptíveis claramente e tomar outro rumo para sua carreira. O
quadro a seguir mostra as principais mudanças na evolução do modelo de
carreiras (CHANLAT, 1995).

O mesmo autor acima tipifica o modelo moderno de carreira em quatro


grandes tipos:

Tipos de Recursos Elemento Tipos de Limites Tipos de


carreira principais central da organização sociedades
ascensão
Posição Avanço de Organizações Número de Sociedade
hierárquica. uma posição de grande escalões de
Burocrática hierárquica a porte. existentes. empregados.
outra.

Profissional Saber e Profissão. Organização Nível de Sociedade


perícia e

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reputação. Perícia. de peritos. reparação. de peritos.


Habilidades Burocracia
profissionais. profissional.

Capacidade Criação de Pequenas e Capacidade Sociedade


de criação e novos valores, médias pessoal. que valoriza
Empreendedora inovação. novos empresas. a iniciativa
produtos e individual.
serviços.
Empresas Exigências
artesanais, externas.
culturais,
comunitárias e
de caridade.

Habilidades Conhecimento. Familiar Número de Sociedade


sociais e comunitária relações clãs.
Relações de
Sociopolítica capital de de clãs. conhecidas
parentesco.
relações. e ativas.
Rede social.
Fonte: Chanlat (1995, p. 72).

A abordagem moderna de carreira surge em decorrência de mudanças


sociais, tais como a feminização do mercado de trabalho, a elevação dos graus
de instrução, a cosmopolização do tecido social, a afirmação dos direitos dos
indivíduos, a globalização da economia e a flexibilização do trabalho, entre outros
(CHANLAT, 1995, p. 72). Assim, nessa abordagem, não importa o sexo ou a
origem social do indivíduo, pois todos podem fazer carreira.

Apesar de mais democrático, o moderno modelo de carreira se


caracteriza pela instabilidade, descontinuidade e horizontalidade, em
contraposição ao modelo tradicional. Essa mudança necessariamente não
significou progresso e bem-estar para as pessoas, que se tornam as responsáveis
por suas próprias carreiras. Tal tipificação do modelo moderno de carreira dá
conta dos diversos tipos coexistentes de profissionais no mercado, o que vai
depender das características da função e da organização a que está vinculado.

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Assim, em organizações de grande porte ainda persiste a carreira do tipo


burocrático, muito embora haja tendência de que essas organizações flexibilizem
cada dia mais suas estruturas e a forma de ascensão, passando a valorizar
atributos próprios de outros tipos de carreira, como o saber, a criatividade e o
capital de relações, por exemplo. Mesmo em grandes e tradicionais empresas,
incluindo as do setor público, pouco a pouco, a mentalidade e as atitudes estão se
reconfigurando ao novo conceito de carreira, em que a capacidade de inovar e
flexibilizar são fatores-chaves.

Importa salientar que ainda existem profissionais que sonham com a


possibilidade de fazer carreira nos moldes do conceito tradicional, em que as
responsabilidades por seu desenvolvimento são muito mais da própria empresa
que do indivíduo. Nesse sentido, o novo conceito de carreira envolve mudança no
contrato psicológico entre os participantes, principalmente no quesito lealdade
empregado-empresa.

Mas ficam muitas questões porque não se pode garantir emprego a


ninguém, principalmente no contexto de incertezas que vivem as organizações,
portanto, a responsabilidade da empresa pela carreira do empregado é quase
nula. Nos novos termos, quem assume grande parte dos riscos é o empregado,
liberando a empresa para seus processos de flexibilização.

4.4 Competências fundamentais na carreira

Competência diz respeito ao conjunto de conhecimentos, habilidades e


experiências que credenciam uma pessoa a executar determinada tarefa/função
(MAGALHÃES et al., 1997). Resulta, portanto, de três componentes principais:

 saberes ou conhecimentos formais que podem ser traduzidos em fatos


concretos, definindo regras;

 saber-fazer – procedimento empírico como as receitas e conhecimentos


tácitos dos ofícios, que se desenvolvem na prática cotidiana de uma
profissão ou ocupação;

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 saber-ser – compreendido como o saber social ou senso comum, que


mobiliza estratégias e raciocínios complexos, bem como interpretações e
visões de mundo.

Esse conjunto de saberes abrange os:

 saberes teóricos (necessários para compreender um fenômeno, um objeto,


uma situação, uma organização ou um processo);

 saberes do meio (referentes ao contexto, compreendem os saberes sobre


sistemas, processos, materiais e produtos, estratégias, estrutura, cultura
organizacional, entre outros); e,

 saberes procedimentais (descrevem como uma ação deve ser realizada, ou


seja, os procedimentos, métodos, modos operatórios adequados; envolve
um conjunto de ações a serem realizadas em uma ordem estabelecida).

As aptidões ou qualidades referem-se ao saber ser. Diz respeito ao que


se convencionou chamar de competências comportamentais, como por exemplo,
as habilidades de relacionamento pessoal, atitudes flexíveis, a pró-atividade, entre
outras, cada vez mais exigidas dos profissionais no contexto organizacional.

Recursos emocionais e fisiológicos referem-se ao saber controlar as


reações emocionais que podem significar obstáculos e riscos ou vantagem e
auxílio na solução de problemas (LUSTRI et al., 2005).

Em relação à carreira, podemos dizer que competências são pré-


requisitos técnicos exigidos por uma empresa para que determinada pessoa
concorra a uma oportunidade, à “vaga do cargo”.

Muitas vezes observamos de imediato a seguinte solicitação: “necessário


trabalhar em equipe e sob pressão”, em outras situações, os profissionais quando
informados ou perspicazes percebem, durante o início do processo seletivo, as
características miradas pela organização para ocupar determinado cargo.

Em algumas situações, as competências para determinado cargo são


requeridas em quaisquer empresas, que podemos definir como fundamentais.
Vários consultores de RH citam as seguintes:

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1. Visão de negócio

Para subir degraus na carreira, é preciso ver além de sua área de


atuação. É preciso enxergar o funcionamento do seu departamento, o cliente, a
empresa, o mercado.

2. Trabalho em equipe

Atividades em grupo requerem aptidão para lidar com gente, que


possuem personalidades e modos diferentes de trabalhar. O desafio aqui é
alcançar os resultados em grupo, administrando as diferenças, sendo flexível.

3. Liderança

Uma boa liderança é essencial em qualquer contexto de nossas vidas.


Seja para comandar uma casa, lidar com a família, ou gerenciar colegas e
colaboradores, portanto, liderar, influenciar pessoas, conduzir estas ou projetos
em direção a um objetivo é essencial para a carreira.

4. Autoconhecimento

O bom profissional deve ter consciência de suas habilidades e pontos


frágeis, por isso deve descobrir suas fontes de motivação para chegar a um nível
de excelência no trabalho.

5. Atitude (o “a” do CHA)

O profissional completo reúne o CHA (conhecimentos, habilidades,


atitude).

6. Voltado a resultados

Ninguém sobrevive no mercado de trabalho sem entregar resultados.


Salvo os profissionais privilegiados, esta entrega se dá em curto prazo.

7. Resiliência; adaptabilidade

A competência passa por ser resiliente e flexível para suportar as


pressões do mercado de trabalho e adaptar-se à cultura e aos mecanismos de
funcionamento de sua área para sobreviver no mundo corporativo (MARTINS,
2014).

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8. Ser sociável

Lidamos com pessoas o tempo todo. Sejam os nossos colegas de


trabalho, chefes, líderes, superiores, amigos ou familiares. Por isso, desenvolver
habilidades sociais como a capacidade de ouvir e trabalhar em equipe é
fundamental para lidar melhor com as pessoas. Isso ajudará a compreender cada
um e aceitar as diferenças sem julgamentos e sem que isso interfira de maneira
negativa em sua vida ou trabalho (MARQUES, 2013).

9. Comunicação

A comunicação é uma competência indispensável a qualquer profissional


e muito valorizada dentro das organizações. Falar bem e escrever corretamente
são diferenciais importantíssimos em sua carreira.

Uma boa comunicação ajuda a conquistar um bom desempenho durante


reuniões, apresentações ou entrega de relatórios, e-mails, entre outras atividades
profissionais (MARQUES, 2013).

Uma ótima dica para desenvolver esta aptidão é estimular a leitura. Ela
desenvolve seu conhecimento e amplia seu vocabulário, além de deixar sua
escrita mais correta.

10. Organização

A organização é outra competência fundamental a qualquer profissional.


Sem organização não há como lidar bem com prazos e horários e,
consequentemente, o rendimento acaba sendo prejudicado.

Uma boa forma de aprender a se organizar é utilizar uma agenda para


anotar demandas e compromissos ou criar uma planilha de atividades separando
cada tarefa por ordem de prioridade. Assim você saberá o que executar primeiro,
gerenciará melhor o seu tempo e evitará deixar coisas para a última hora
(MARQUES, 2013).

4.5 O gostar do trabalho

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Não vamos entrar muito no mérito sobre idealizações, mas é preciso


relembrar que desde pequenos ouvimos nossos pais, família e amigos seus nos
perguntarem: “o que vai ser quando crescer?” E mais ainda... eles sempre
esticam e induzem para respostas do tipo: vai ser doutor, vai ganhar muito
dinheiro, vai salvar vidas...

O fato é que, idealizações à parte, quando podemos escolher uma


carreira, uma profissão e um trabalho, contamos com vários itens que influem
diretamente no quanto ele será bom para nossas vidas: salário, possibilidades
profissionais, a empresa, cargo e muitos outros.

Gostar do que faz ou fazer o que gosta? O que é mais importante?


Realmente, o trabalho fornece subsídios para sobrevivência, então, em várias
situações, não há muita escolha, trabalha-se naquilo que é possível fornecer tais
subsídios, no entanto, também deveria ser fonte de prazer, de realização pessoal,
entretanto muitas pessoas não têm condições de escolher.

Nos dias de hoje, passamos a maior parte de nossas horas produtivas


trabalhando; precisamos trabalhar por dinheiro, mas também para dar algum
sentido em nossas vidas: desafio, responsabilidade, possibilidade de colocar os
sonhos em ação, isso é que nos faz realmente sentir que estamos vivendo de fato
(DIMAGGIO; POWELL, 1983).

Muito bom e aliviado quando se tem emprego não é mesmo? Melhor


ainda quando se tem o emprego onde se sinta realizado!

E se pensássemos diferente: carreira ou estilo de vida?

Carreira e estilo de vida têm relação necessária e direta. Essas coisas


necessitam ser pensadas em conjunto. As decisões de carreira são divergentes,
quer dizer, há caminhos alternativos que não podem ser escolhidos
simultaneamente. É fundamental optar e saber que a opção traz ganhos e perdas:
Tal é a decisão de ter um emprego ou viver por conta própria.

O fato de uma pessoa realizar um trabalho “do qual ela realmente goste”,
faz com que ela cresça e em muito contribui para a sua qualidade de vida geral.
Por outro lado, um trabalho inadequado reduz de algum modo a sua qualidade de

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vida. Um emprego que a pessoa odeie, podendo variar de presidente de uma


companhia a coletor de lixo, de balconista de lanchonete a pesquisador, a faz
sentir-se mal-humorada, deprimida e até mesmo revoltada.

Realizar um trabalho desinteressante ou desagradável esgota a energia,


diminui a motivação e geralmente reduz a autoestima. Num círculo vicioso, a
pessoa passa a se descuidar pessoal e profissionalmente e a distanciar-se do
círculo de pessoas que realmente faz a diferença em sua organização ou
profissão. E essa pessoa gostará menos ainda de seu trabalho e se sentirá
menos comprometida com ele (KILIMNIK; MORAIS, 2006).

Há casos de profissionais que exerciam funções de nível elevado, com


todas ou quase todas as dimensões de qualidade de vida presentes e que,
mesmo assim, partiram para outras profissões em busca de sua verdadeira
vocação e, muitos têm sido exitosos nessa mudança.

Algumas diferenças entre ser empregado e ser empregador ou autônomo.

Há diferentes tipos de empregos: na área pública, na área privada, com


diferentes caracterizações de horário, nível de exigência e de ganhos, grau de
segurança, entre outros.

Provavelmente os melhores empregos no Brasil de hoje estão na área


pública. Quando se compara o custo (exigência de qualificação e dedicação) com
os benefícios (condições de trabalho, ganhos, segurança social) os empregos
públicos usualmente são mais atraentes, ou pelo menos, para aqueles que já
foram empossados, porque, sem entrar no mérito da questão, as regras para os
concursos novos são bem diferentes de alguns anos atrás.

Nem todas as áreas governamentais são atraentes e ideais, mas ainda o


número de candidatos/vaga é razoavelmente grande e, salvo exceções, no geral
são ainda os mais atraentes.

Há bons empregos também na área privada, principalmente nas grandes


corporações com tradição de bom tratamento ao seu pessoal.

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Segundo Rosa (2011) algumas empresas já superaram os traumáticos


tempos do downsizing, os enxugamentos de pessoal das décadas de 1980 e
1990 e conseguiram superar os problemas de mercado como organizações
sólidas e rentáveis, capazes de pagar bem e oferecer bons planos de benefícios e
carreira aos funcionários. No geral, os níveis de exigência em termos de
requisitos de contratação são bastante elevados.

Bons empregos, na área privada, existem também em pequenas


organizações, mesmo em empresas familiares (usualmente muito criticadas), em
organizações não governamentais, incluindo aquelas do terceiro setor. Mas, ao
lado de empregos bons, há os ruins – no governo, na grande corporação ou
outras organizações. Então, é bom considerar que o emprego por si só não é uma
alternativa nem boa, nem ruim. Será boa, se for bom, evidentemente. Tudo é
relativo (ROSA, 2011).

Muitas pessoas que vivem por conta própria o fazem por não ter
oportunidade de emprego. Como diria João Guimarães Rosa, o sapo não pula por
boniteza, mas por precisão. Excluídos do mundo do trabalho, uma boa parte dos
integrantes da força de trabalho nacional tem de ir à luta para ganhar o pão e,
com ou sem vontade, com ou sem qualificação, partem para as atividades
empreendedoras (ROSA, 2011).

Muitos aceitariam de bom grado um emprego estável, que propiciasse o


ganho mínimo necessário para sua subsistência. Esse raciocínio vale não só, mas
principalmente, para pessoas com níveis mais baixos de qualificação. Atualmente,
há profissionais com boa qualificação que não encontram espaço de atuação no
mundo do emprego e são obrigados a atuar por conta própria, mesmo sem
vocação ou perfil.

Mas, há igualmente uma parcela dos integrantes da força de trabalho que


opta pela atividade por conta própria por vocação ou oportunidade.

A vocação impulsiona aqueles que têm espírito empreendedor e a


oportunidade – atividade financeiramente atraente que se apresenta à pessoa –

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convence profissionais que não tinham pretensão de atuar por conta própria, mas
acabam fazendo-o por interesse.

É bom mencionar que a atividade por conta própria não quer dizer
necessariamente ter um negócio. Longe disso. Hoje há duas categorias de
atividades por conta própria, a saber:

 negócios – incluem desde os pequenos estabelecimentos até


empreendimentos de maior porte. Usualmente têm uma organização,
estrutura de custos, instalações específicas, entre outras;

 atividades autônomas – o mercado moderno, sofisticado e diversificado


oferece oportunidade de atuação autônoma em diferentes segmentos:
prestação de serviços técnicos, consultoria, representação, entre outros.
Há um sem-número de pessoas que vive por conta própria sem ter
empresas no sentido real da palavra: organização, instalações,
empregados, estrutura de custos, entre outros. Alguns têm pequenas
estruturas de apoio. Outros, nem isso.

Há uma razoável diferença entre os que vivem por conta própria.


Usualmente o empreendedor, por ter de ficar à frente de um negócio tem menos
controle sobre o próprio tempo. Caso o empreendedor consiga montar uma
organização eficiente e atingir o sucesso no negócio, muitas vezes ele pode
delegar e ficar livre para usar seu tempo como bem lhe aprouver. Caso raro, seja
porque o empreendedor usualmente gosta do comando, seja porque é difícil
chegar a esse negócio ideal. De um modo geral – mas não universal – o
autônomo é o profissional que tem a maior liberdade de ação e de uso do seu
tempo (ROSA, 2011).

Por ter responsabilidades significativamente menores que as do


empresário e demandas organizacionais igualmente mais reduzidas, ele pode
dar-se ao luxo de usar o tempo com maior liberdade.

O quadro abaixo resume de maneira sucinta as vantagens e


desvantagens do emprego x conta própria.

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EMPRESA CONTA PRÓPRIA

MERCADO GOVERNO ATIVIDADE AUTÔNOMA EMPRESA

Vantagens Vantagens

Razoável estabilidade Grande Grande liberdade Razoável liberdade


estabilidade
Razoável segurança Grande segurança Razoável autonomia Grande autonomia

Razoável potencial de Maior potencial de


crescimento financeiro crescimento
Desvantagens financeiro
Desvantagens

Limitações funcionais Limitações Instabilidade Risco


funcionais
Menor liberdade Menor liberdade Carência de suporte Elevado nível de
estrutural responsabilidade
Desenvolvimento Menor poder de
lento realização
Fonte: Rosa (2011, p. 92).

Rosa (2011) deixa bem claro que as vantagens e desvantagens


apresentadas acima são, naturalmente, usuais e não universais. Igualmente as
considerações do quadro dificilmente se enquadram na condição dos profissionais
que estão muito acima da média em termos de sucesso. Há empregos de
altíssima gratificação na área governamental, assim como há empregos
milionários na área privada. Há profissionais autônomos com faturamento e
potencial futuro de ganho muito superior ao de milhares de empresas, assim
como há empreendedores de sucesso extraordinário, que os leva a uma vida de
realizações e poder elevadíssimos.

Quanto a decidir se busca um emprego ou trabalha por conta própria,


aqui temos três variáveis que ajudarão a decidir qual será bom ou ruim:

- O perfil da pessoa:

Temos pessoas com ‘tino’ para negócios como temos pessoas que
gostam de ler, pesquisar e com muita tendência a serem intelectuais, daí se
dariam melhor na profissão de educadores e/ou pesquisadores e com certeza
maior contribuição à sociedade em se tratando de produção intelectual.

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Outra diferença entre um empreendedor/executivo e um


acadêmico/consultor autônomo:

 mais realismo e menos idealismo no trato com as pessoas;

 gosto pela negociação e para a busca da vantagem financeira pessoal;

 gosto por fazer coisas, produzir concretamente, e menos interesse por


planos e projetos;

 gosto pela interação humana, pela convivência;

 gosto pelo controle do ambiente, dos ativos, dos trabalhos, dos processos,
e menos pela divagação com ideias e questões teóricas.

Em síntese, antes de optar por emprego ou atividade por conta própria,


quando a pessoa tiver a oportunidade de escolher, é aconselhável pensar bem
sobre qual é seu perfil. Isso inclui competências específicas, valores, credenciais,
entre outros (ROSA, 2011).

- Os objetivos pessoais:

Assim como existem pessoas ambiciosas que querem ficar ricas porque
qualquer motivo que seja (até mesmo por ter sido muito pobre a infância), ela
centra sua motivação na questão financeira, ao mesmo tempo existem pessoas
que preferem uma vida mais tranquila, com mais tempo para família e não focam
muito a questão de confortos proporcionados pela riqueza.

Essa pessoa ambiciosa precisa procurar algo em que vá ter maior


oportunidade de realizar seu sonho financeiro. Um emprego provavelmente não é
a melhor opção. Essa pessoa está disposta a arregaçar as mangas e ir atrás de
seu pote de ouro para valer? Então, o caminho certo é a livre iniciativa: como
autônomo ou empreendedor ela terá maior probabilidade de atingir suas metas.

Se o objetivo pessoal for ter uma vida familiar estável e tranquila, com
dedicação de boa parte do tempo aos filhos, cônjuges, parentes e amigos, com
fixação de residência em uma região específica, é melhor pensar bem antes de
aceitar um emprego desafiador em uma grande corporação. Essa provavelmente
pedirá que os objetivos pessoais fiquem em segundo plano. Poderá solicitar que a

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pessoa mude de cidade, de acordo com a estratégia empresarial. Dizer não é


condenar a carreira e ter uma relação insustentável com o empregador.

No caso, um emprego público ou um cargo menos importante em uma


organização menor e local poderão dar o melhor retorno, considerando os
objetivos pessoais (ROSA, 2011).

- As oportunidades:

Podemos dizer que há pelo menos três tipos de motivação para o início
de atividades por conta própria: a necessidade, a vocação e a oportunidade.

A pessoa não encontra emprego e não tem outra alternativa a não ser
empreender algo à altura de sua qualificação, seja a venda de balas no farol de
trânsito, seja a busca de atividade de consultoria gerencial ou treinamento. Muitos
começam empurrados pela necessidade (às vezes até pela fome) e acabam
encontrando sua vocação verdadeira ou o sucesso. É curioso constatar que
muitas pessoas que se destacaram nos negócios optaram pela livre iniciativa por
se revelarem incapazes (às vezes por rebeldia) de integração nos empregos e
tiveram de achar outros caminhos.

A pessoa tem um genuíno desejo de “fazer algo”, de construir um negócio


de valor, de expressar-se por meio dele. Esse impulso não é aquele fantasioso e
superficial que não resiste a um questionamento mais agudo. É algo real e sólido,
ao que chamamos de vocação. Uma vocação sólida não é garantia de que a
pessoa terá a qualificação para sustentá-la, mas é um bom começo. Gente com
tal impulso e a adequada preparação poderá encontrar alto grau de realização.

Oportunidade é algo que vem de fora, uma coisa boa que a vida nos
oferece. Elas atuam também no mundo do emprego. Um empreendedor ou
profissional autônomo de repente pode receber a oferta para ocupar uma
excelente posição, com ganhos e retornos emocionais elevados.

Enfim, nas escolhas relativas à modalidade de ocupação, a pessoa não


deve perder a perspectiva fundamental do que efetivamente interessa como
resultado do seu trabalho:

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 empregabilidade – capacidade de encontrar trabalho e renda ao longo da


vida;

 qualidade de vida no trabalho – uma atividade que faça sentido em termos


dos valores próprios;

 qualidade de vida – uma vida feliz e harmoniosa em todas as suas


dimensões – trabalho, vida social, lazer, família, entre outros. (ROSA,
2011).

Segundo estudos de Andrade (2009), atualmente, há uma forte tendência


de os orientadores profissionais incentivarem o cliente, não só o pré-vestibulando
ou o jovem, mas também o profissional em transição de carreira, a escolher uma
profissão que realmente o agrade e tenha a ver com as suas habilidades e
aptidões, com base na ideia de que assim ele terá mais facilidade de encontrar o
seu espaço de atuação nesse mundo altamente mutante do trabalho, contrariando
a tendência de escolha da profissão focalizada na perspectiva de retomo
financeiro.

Schein (1996) destaca que a sua âncora profissional é uma combinação


de competências, interesses, aspirações e valores dos quais você não deve
desistir, pois eles representam a sua essência. Sem conhecer sua âncora,
incentivos externos podem tentá-lo a aceitar situações ou trabalhos que não
sejam satisfatórios e você poderá vir a experimentar sensações do tipo ‘Isso não
era realmente para mim’.

Essas colocações reforçam a importância de se gostar do trabalho, não


apenas como fator de qualidade de vida, mas também, de sucesso profissional.
Gostar de um trabalho significa partilhar com ele as qualidades especiais que se
possui e, em consequência, torná-lo também especial. Entretanto, a maioria das
empresas parece ainda não perceber a importância disso, pois a maior parte dos
seus esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho centra-se em
aspectos de contexto, como ambiente de trabalho ou aumento de remuneração e
em iniciativas que passam longe da melhoria do conteúdo das atividades laborais.

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Igualmente fato de um determinado trabalho possuir um conteúdo


altamente significativo e de se gostar demasiadamente do mesmo não impede
que ele seja estressante.

Gostar de um trabalho é fundamental, mas confundir-se com ele, ou


permitir que ele o defina, é prejudicial à saúde física e mental do indivíduo ou,
então, é indicador de problemas psicológicos que não estão sendo solucionados
adequadamente. Cabe ao profissional conseguir um equilíbrio entre a sua vida
pessoal e seu trabalho, o que tem sido considerado, mais recentemente, um novo
conceito de sucesso na carreira, juntamente com o de carreira autodirigida, que
sinaliza também que a qualidade de vida é algo a ser conquistado, mais do que
concedido (CALVOSA, 2009).

Considerando o avanço tecnológico e as mudanças implementadas nos


processos de gestão como, por exemplo, a exigência de uma carga excedente de
desempenho, torna-se igualmente necessário considerar que o trabalhador
também precisa ser visto sob uma nova perspectiva. Dessa forma, criar um
ambiente de trabalho agradável e motivar os trabalhadores tem sido o grande
desafio dos gestores atualmente. E a satisfação do profissional na organização
pode ser difícil de ser diagnosticada, devido ao fato de que o comportamento
humano é resultado de necessidades que, em alguns casos, podem ser
desconhecidas do próprio indivíduo (ANDRADE, 2009).

Em suma, a satisfação no ambiente de trabalho é um fator crítico e


dinâmico que pode variar de pessoa para pessoa e na mesma pessoa, de tempo
em tempo. Esse é um estudo necessário no intuito de evitar e corrigir as
decorrências negativas que a insatisfação poderá acarretar para a empresa e
seus colaboradores.

Ao definir comprometimento com a carreira como atitude em relação à


profissão e vocação, Blau (1985 apud ANDRADE, 2009) ressalta que isto não
ocorre necessariamente em uma determinada organização ou atividade.

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O comprometimento com a carreira envolve o desenvolvimento de


objetivos de carreira que pode acontecer ao longo da vida profissional do
indivíduo, em diversos empregos e através de sua identificação com estes.

Depende muito mais do indivíduo do que a empresa em si, portanto, fica a


sugestão para que analise os ambientes externos que podem lhe ser favoráveis
ou não, atualize-se sempre, mantenha-se conectado com o mundo, com as
pessoas, esteja em sintonia com as tecnologias, desenvolva percepção, enfim,
foque em sua carreira e boa sorte!

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

BRASIL. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade.


Brasília: MEC, 2007.

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Tecnológica. Relações interpessoais: abordagem psicológica /Regina Lucia
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Mato Grosso/Rede e-Tec Brasil, 2012.

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Gestão Pública, 2011.

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REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

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um estudo comparativo sobre a satisfação com a profissão, carreira e emprego.
Belo Horizonte: FUMEC, 2009. Disponível em:
http://www.fumec.br/anexos/cursos/mestrado/dissertacoes/completa/guilherme_as
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ANTONIASSI JÚNIOR, Gilmar; AZEVEDO, Marco Aurélio. As relações


interpessoais no contexto educacional (2012). Disponível em:
http://www.faetec.rj.gov.br/diretorias/arquivos/diretoria-de-educacao-
superior/edutec-20132-gilmar_antoniassi.pdf

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de relações e espaços democráticos no âmbito escolar. In: BRASIL. Ética e
cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília: MEC, 2007.

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ética e da democracia. In: BRASIL. Ética e cidadania: construindo valores na
escola e na sociedade. Brasília: MEC, 2007.

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São Paulo: SENAC, 2004.

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VALERIEN, J. Gestão da escola fundamental. Tradução e adaptação José


Augusto Dias. Brasília: MEC, Unesco, 1993.

ANEXO

Código de Ética do Profissional de Secretariado.

Esse Código de Ética é um dos instrumentos básicos para o


direcionamento correto da atuação dos(as) secretários(as) enquanto profissionais.
Embora pertença a uma classe específica, podemos muito bem transportá-lo para
os objetivos deste módulo, e mesmo porque, uma grande falha no serviço público
acontece porque os servidores não têm o costume de ler seus direitos e deveres
e é extensa essa lista.

Código de Ética

Publicado no Diário Oficial da União de 7 de julho de 1989.

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Capítulo I

Dos Princípios Fundamentais

Art.1º. - Considera-se Secretário ou Secretária, com direito ao exercício


da profissão, a pessoa legalmente credenciada nos termos da lei em vigor.

Art.2º. - O presente Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar


normas de procedimentos dos Profissionais quando no exercício de sua profissão,
regulando-lhes as relações com a própria categoria, com os poderes públicos e
com a sociedade.

Art.3º. - Cabe ao profissional zelar pelo prestígio e responsabilidade de


sua profissão, tratando-a sempre como um dos bens mais nobres, contribuindo,
através do exemplo de seus atos, para elevar a categoria, obedecendo aos
preceitos morais e legais.

Capítulo II

Dos Direitos

Art.4º. - Constituem-se direitos dos Secretários e Secretárias: a) garantir e


defender as atribuições estabelecidas na Lei de Regulamentação; b) participar de
entidades representativas da categoria; c) participar de atividades públicas ou
não, que visem defender os direitos da categoria; d) defender a integridade moral
e social da profissão, denunciando às entidades da categoria qualquer tipo de
alusão desmoralizadora; e) receber remuneração equiparada a dos profissionais
de seu nível de escolaridade; f) ter acesso a cursos de treinamento e a outros
Eventos/Cursos cuja finalidade seja o aprimoramento profissional; g) jornada de
trabalho compatível com a legislação trabalhista em vigor.

Capítulo III

Dos Deveres Fundamentais

Art.5º. - Constituem-se deveres fundamentais das Secretárias e


Secretários: a) considerar a profissão como um fim para a realização profissional;
b) direcionar seu comportamento profissional, sempre a bem da verdade, da
moral e da ética; c) respeitar sua profissão e exercer suas atividades, sempre

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procurando aperfeiçoamento; d) operacionalizar e canalizar adequadamente o


processo de comunicação com o público; e) ser positivo em seus
pronunciamentos e tomadas de decisões, sabendo colocar e expressar suas
atividades; f) procurar informar-se de todos os assuntos a respeito de sua
profissão e dos avanços tecnológicos, que poderão facilitar o desempenho de
suas atividades; g) lutar pelo progresso da profissão; h) combater o exercício
ilegal da profissão; i) colaborar com as instituições que ministram cursos
específicos, oferecendo-lhes subsídios e orientações.

Capítulo IV

Do Sigilo Profissional

Art.6º. - A Secretária e o Secretário, no exercício de sua profissão, deve


guardar absoluto sigilo sobre assuntos e documentos que lhe são confiados.

Art.7º. - É vedado ao Profissional assinar documentos que possam


resultar no comprometimento da dignidade profissional da categoria.

Capítulo V

Das Relações entre Profissionais Secretários

Art.8º. - Compete às Secretárias e Secretários: a) manter entre si a


solidariedade e o intercâmbio, como forma de fortalecimento da categoria; b)
estabelecer e manter um clima profissional cortês, no ambiente de trabalho, não
alimentando discórdia e desentendimento profissionais; c) respeitar a capacidade
e as limitações individuais, sem preconceito de cor, religião, cunho político ou
posição social; d) estabelecer um clima de respeito à hierarquia com liderança e
competência.

Art.9º. - É vedado aos profissionais: a) usar de amizades, posição e


influências obtidas no exercício de sua função, para conseguir qualquer tipo de
favoritismo pessoal ou facilidades, em detrimento de outros profissionais; b)
prejudicar deliberadamente a reputação profissional de outro secretário; c) ser,
em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro, contravenção
penal ou infração a este Código de Ética.

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Capítulo VI

Das Relações com a Empresa

Art.10º. - Compete ao Profissional, no pleno exercício de suas atividades:


a) identificar-se com a filosofia empresarial, sendo um agente facilitador e
colaborador na implantação de mudanças administrativas e políticas; b) agir como
elemento facilitador das relações interpessoais na sua área de atuação; c) atuar
como figura-chave no fluxo de informações desenvolvendo e mantendo de forma
dinâmica e contínua os sistemas de comunicação.

Art.11º. - É vedado aos Profissionais: a) utilizar-se da proximidade com o


superior imediato para obter favores pessoais ou estabelecer uma rotina de
trabalho diferenciada em relação aos demais; b) prejudicar deliberadamente
outros profissionais, no ambiente de trabalho.

Capítulo VII

Das Relações com as Entidades da Categoria

Art.12º. - A Secretária e o Secretário devem participar ativamente de suas


entidades representativas, colaborando e apoiando os movimentos que tenham
por finalidade defender os direitos profissionais.

Art.13º. - Acatar as resoluções aprovadas pelas entidades de classe.

Art.14º. - Quando no desempenho de qualquer cargo diretivo, em


entidades da categoria, não se utilizar dessa posição em proveito próprio.

Art.15º. - Participar dos movimentos sociais e/ou estudos que se


relacionem com o seu campo de atividade profissional.

Art.16º. - As Secretárias e Secretários deverão cumprir suas obrigações,


tais como mensalidades e taxas, legalmente estabelecidas, junto às entidades de
classes a que pertencem.

Capítulo VIII

Da Obediência, Aplicação e Vigência do Código de Ética

Art.17º. - Cumprir e fazer cumprir este Código é dever de todo Secretário.

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Art.18º. - Cabe aos Secretários docentes informar, esclarecer e orientar


os estudantes, quanto aos princípios e normas contidas neste Código.

Art.19º. - As infrações deste Código de Ética Profissional acarretarão


penalidades, desde a advertência à cassação do Registro Profissional na forma
dos dispositivos legais e/ou regimentais, através da Federação Nacional das
Secretárias e Secretários.

Art.20º. - Constituem infrações: a) transgredir preceitos deste Código; b)


exercer a profissão sem que esteja devidamente habilitado nos termos da
legislação específica; c) utilizar o nome da Categoria Profissional das Secretárias
e/ou Secretários para quaisquer fins, sem o endosso dos Sindicatos de Classe,
em nível Estadual e da Federação Nacional nas localidades inorganizadas em
Sindicatos e/ou em nível Nacional. Federação Nacional das secretárias e
secretários. Disponível em:
http://www.fenassec.com.br/b_osecretariado_codigo_etica.html

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