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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO- GWAZA

MUTHINE

4º Grupo

Tema: Plano estratégico

Marracuene, Abril 2023

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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO- GWAZA
MUTHINE

Discentes

Trabalho a ser apresentado na cadeira de,


para efeitos de avaliação, No Curso de
Gestão de Recursos Humanos.

Docente: Dr.

Marracuene, Abril 2023

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Índice
1.Capitulo – Introdução...........................................................................................................3
Contextualização.......................................................................................................................4
1.Objectivos do trabalho........................................................................................................4
1.1. Objectivo Geral:..............................................................................................................4
1.2. Objectivos específicos;....................................................................................................4
1.2.1.Metodologia..................................................................................................................4
2. Abordagens do processo ensino – aprendizagem..............................................................5
2.1. Abordagem tradicional....................................................................................................5
2.1.1.Abordagem comportamentalista...................................................................................6
2.1.2. Abordagem humanista.................................................................................................6
2.1.3. Abordagem congnitivista.............................................................................................6
2.1.4. Abordagem sócio cultural............................................................................................6
2.1.5. Abordagem racionalista no processo do ensino – aprendizagem..............................6
2.2. Racionalismo Cartesiano.................................................................................................7
2.2.1. Racionalismo e Empirismo..........................................................................................7
2.2.2.Teorias pôs Modernas e as Tics no processo do ensino – aprendizagem...................8
2.2.3. Tipos de teorias pós-modernas:................................................................................8
2.2.4.Tics no processo do ensino – aprendizagem.................................................................9
3.Considerações finais..............................................................................................................9
3.1. Referências Bibliográficas............................................................................................10

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1.Capitulo – Introdução
A utilizacao crescente das tecnologias de informacao e comunicacao (tics) promove
profundas mudancas na sociedade actual, com enfase construcao de conhecimentos face a
multiplicacao das capacidades de acesso as informacoes disponibilizadas no ciberespaco que
permitem criacoes colectivas em rede, revolucionando definitivamente os processos de
aprendizagem e o funcionamento de diversas instituicoes, entre elas a escola.

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fundamentos de politicas escolares vs relação politicas educacional e gestão escolar
Uma das principais funções do gestor escolar é oferecer o supor te necessário à com unidade
escolar. É um desafio para o gestor educacional organizar, direcionar e efetivar um
relacionamento eficiente na área educacional, direcionada para uma postura de gestão
participativa. O gestor escolar articula, acompanha e intervém na elaboração, execução e
avaliação da Proposta Pedagógica.
Todas as pessoas querem ser percebidas, antes mesmo de serem vistas como
pro fis s io na is. U m ges tor co m o lhar vo ltado às neces s idades huma nas de se us
pro fis s io na is, t raba lha rá e m todas as áreas, se ndo um líde r huma no e s e ns íve l,
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das ne cess idades de cada co labor ador, fa rá as pes soas se se nt ire m impo rta ntes, po is
qua ndo se apro ximar de las se mpre terá um e lo gio para lhes da r, lhes p er gunta rá sobr
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seu traba lho e lhe s a gradec erá pe las co nt r ib uições ; co m isso, o ges tor most rará q
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respe ita. O ge stor d e mo ns trar á co nfia nça ao se ap ro ximar e co nve rsar co m todo s os
inte gra ntes da eq uipe q ue a t ua m na e sco la. E le de ve dar e spaço para q ue os
pro fis s io na is op ine m e aj ude m a dec id ir, da ndo - lhes ve z e vo z. Q ua ndo o ges tor
se
intere ssa pe la vida dos p ro fiss io na is q ue traba lha m co m e le e de mo nstra q ue são
quer idos e m se u lo ca l de traba lho, as a t ivid ades cotid ia nas fluir ão co m tra nq
uilidad e,
num c lima har mo nio so e se guro.

Sumário
Formas de escolha do Gestor Escolar Ideal
Perspectivas e tendências futuras para a Gestão Escolar

Formas de escolha do Gestor Escolar Ideal


Fazer com que uma escola venha a mediar o alcance de bons resultados na
aprendizagem dos estudantes e oferecer uma Educação de qualidade é uma
responsabilidade complexa demais para ficar na mão de apenas uma pessoa.
Há várias décadas, somente o professor foi responsabilizado por isso. Porém a
sociedade acabou percebendo que o profissional da sala de aula, sem a
formação adequada e o apoio institucional, não é capaz de atingir sozinho os
objetivos educacionais propostos. Entre estes, estão os profissionais que
compõem a equipe gestora da escola. O diretor (responsável legal, judicial e
pedagógico pela instituição e o líder que garante o funcionamento da escola); O
coordenador pedagógico (profissional que responde pela formação dos
professores); o supervisor de ensino; o representante da secretaria de Educação

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(apoio técnico, administrativo e pedagógico às escolas, garante a formação de
gestores e coordenadores e dinamiza a implantação de políticas públicas).
É preciso ressaltar que muitas redes ainda não têm uma estrutura que permita a
integração deste trio gestor. "Muitas vezes, existe um embate entre os
profissionais e o trabalho simplesmente não sai: o diretor acha que o supervisor
não sabe o que ocorre dentro da escola e rejeita orientação, mas, ao mesmo
tempo, demanda providências da Secretaria para fazer uma boa gestão"
(MURAMOTO, 1996) A literatura editada hoje, no Brasil, e a prática da gestão nas
escolas públicas apresenta, no geral, quatro formas de escolha de diretor de
escolas, tanto na educação básica, quanto no ensino superior. Como relatam
Correa e Cardoso (2000, p. 183), entre outros estudiosos que: “a escolha do
diretor escolar sempre foi um aspecto polêmico na história da administração
educacional brasileira, pois o cargo de diretor ao longo dos anos, como uma
excelente forma de exercício do poder no serviço público”
Sendo assim, esta função de Diretor Escolar passa a ser um cargo estratégico de
governo priorizado em vários momentos com intenções partidárias, seja na
distribuição de cargos, na arrecadação de mais votos nos períodos de
campanhas entre outros diversos motivos eleitoreiros. Sugere-se que a
sociedade civil não menospreze esse posto, por acreditar que ele não faz
diferença na escolha e manutenção de políticos corruptos e perversos que
fazem de tudo para se manter no poder. Atualmente admitem-se ser quatro as
formas para escolha de diretores atualmente no País:
a) INDICAÇÃO POLÍTICA
Neste caso, o prefeito, governador ou presidente nomeia pessoa de sua
confiança para ocupar o cargo de direção de uma determinada escola. Fica
caracterizado, portanto, ser um cargo de confiança, e submetido às ordens do
seu superior. Segundo Correa e Cardoso (2000, p.183) a escolha e designação de
dirigentes escolares, sempre coube ao chefe do Poder Executivo, seja em nível
estadual quanto no municipal, por se tratar, de cargos comissionados,
comumente denominados ‘cargos de confiança’. Mesmo que uma grande
maioria de profissionais da educação (professores e técnicos administrativos)
entenda ser a forma menos aceita no país, a da escolha de diretor escolar, esta é
a maneira mais aplicada no Brasil inteiro, em todo o decorrer da nossa história,
em decorrência do autoritarismo e da hegemonia elitista, que visa a dominação
e a opressão das classes dominadas. A livre indicação pelos poderes do Estado
de pessoas para a ocupação de cargos públicos é uma prática extremamente
complexa e marcante na educação brasileira, caracterizada pelas relações de
servilidade e de dependência política entre os envolvidos no processo.
Podemos dizer que este procedimento de escolha é muito comum, onde o

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cargo de diretor não passa de um benefício oferecido por integrantes da classe
política aos seus parceiros políticos, assessores de campanhas, familiares. O
mesmo autor ainda afirma que a prática de escolher diretores de escola por
indicação política, não interessa, mas deveria, à comunidade escolar, mas sim à
aristocracia local, que se apodera de mais uma forma de poder para controlar
pessoas e transformar seres humanos simplesmente em votos. Certamente,
essa forma de escolha é reprovada por nós profissionais da educação.

b) CONCURSO PÚBLICO
No próximo caso de escolha do gestor escolar, muito comum em nosso país, é o
concurso público, aparentemente é interessante, mas na prática, esconde
algumas sutilezas, como determinadas preferências dos governantes em
exercício. Sendo que, nem sempre os melhores são aprovados, além de ser, às
vezes, o profissional escolhido, um cidadão ou cidadã com pouca ou nenhuma
identificação com a comunidade escolar em que vai atuar. Segundo Paro (1992,
p. 39-47), “o diretor escolhe a escola, mas nem a escola nem a comunidade
podem escolher o diretor”. Isso significa que o concurso acaba sendo
democrático para o candidato, que, se aprovado, pode escolher a escola onde
irá atuar, mas é antidemocrático em relação à vontade da comunidade escolar,
que é obrigada a aceitar a escolha do primeiro. Se assim acontece, o diretor
escolhido pode acabar não tendo grandes compromissos com os objetivos
educacionais articulados com os interesses dos usuários, o que gera, muitas
vezes, a negligência em relação às formas democráticas de gestão. (GADOTTI;
ROMÃO, 2001, p.94)

c) ELEIÇÕES DIRETAS
Escola e democracia são dois temas que guardam entre si uma estreita
articulação. Numa definição simples podemos dizer que a democracia
constituía forma de organização política em que os cidadãos elegem
representantes. As eleições diretas, defendidas pela grande maioria dos
profissionais da educação do País como a chave da democracia escolar, é uma
maneira coerente ao sistema emancipatório, autônomo, democrático e
participativo. Isto porque oportuniza, mediante uma legislação específica, o
exercício de escolha e participação de toda a comunidade escolar. O gestor
eleito, em suma, abraça os interesses da comunidade, e a ela submeterá o seu
mandato, proporcionando crescimento de toda a escola e de todos os
envolvidos no processo educacional por ela oportunizado. Baseada no senso
democrático e na manifestação da vontade da comunidade escolar, a eleição
pode-se efetivar de diversas formas: voto direto, representativo, uninominal ou
ainda por escolha através de listas tríplices ou plurinominais. A escola tem um
papel importante na organização da sociedade, mas também se modifica em

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função da sociedade. Numa sociedade democrática, a escola cumpre
importante papel no sentido de assegurar a todos a igualdade de condições
para a permanência bem sucedida na instituição escolar. A Constituição de 1988
e a LDB definem que isso deve ser feito dentro de um contexto de gestão
democrática, princípio básico de organização do ensino público. As
experiências com este tipo de escolha têm mostra do que tal critério favorece a
discussão democrática na escola e impulsiona uma maior distribuição do poder
para as instancias da base da pirâmide estatal. A escolha do gestor escolar por
eleições diretas representa uma forma democrática e participativa. A forma
como é feita essa escolha necessita de uma legislação clara, simples e objetiva,
que deve ser um a Lei votada pela câmara de vereadores da cidade, com
normatização, via resolução, elaborada pelo Conselho Municipal de Educação.
Desse modo,

 [...] introduzindo a eleição de dirigentes escolares e os conselhos escolares,


garante a liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de organização
coletiva na escola, e facilita a luta por condições materiais para aquisição e
manutenção dos equipamentos escolares, bem como por salários dignos a
todos os profissionais da educação. (BASTOS, 2002, p.8).
 O papel dos diretores de escola caracteriza-se passar a ter muito mais
liberdade para levar a escola a seguir seu caminho na busca da qualidade do
ensino. Como sabemos que não há boa escola com mau diretor, investir nele
seria o melhor negócio. Um importante papel que este cumpre é o de estar
permanentemente empenhado na capacitação dos seus docentes, para
melhorar seu desempenho e seu trabalho em equipe. Buscar formas de que seu
professor receba treinamento em serviço. Identificar aqueles que precisam de
algum tipo de reciclagem suplementar, mas permanentemente buscar
aperfeiçoamento para todo seu corpo docente. Em tese, quando a direção da
escola é escolhida com a participação da comunidade escolar, e o processo
dessa gestão se faz através de meios democráticos e participativos, entende-se
que os interesses da comunidade escolar, são melhores atendidos e manejados
através de padrões de qualidade emancipatórios. Sendo assim entre as mais
discutidas temáticas em debates sobre gestão democrática estão:
·        Um olhar histórico sobre a gestão escolar;

·        As eleições diretas para dirigentes escolares;


·        Autonomia da gestão administrativa e pedagógica da escola;

·        A participação das entidades nas políticas públicas de educação;


·        Mais verbas para a educação;

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·        A democracia na sociedade e na escola.

Dentre algumas vantagens, é possível perceber que a rotatividade de


professores frente à direção da escola permite maior democracia e menos
autoritarismo no processo, evitando, assim, o sistema vitalício de
administração que costuma perpetuar o diretor da escola, prejuízo certo para a
participação nas decisões mais importantes da escola. Com relação à eleição do
diretor, o que precisa ser destacado qual é o tempo ideal de permanência no
cargo. Quanto à escolha do diretor pelo voto, a primeira indicação ocorreu em
meados de 1983, sob as determinações do Decreto/lei nº 455/83, de 13/04/83,
que garantia que a comunidade escolar, alunos do 2º grau, professores,
funcionários (mesmo analfabetos) participassem do processo. A segunda
indicação, com características eletivas, ocorreu no final de 1985, quando o
diretor eleito era nomeado pelo governador, conforme o Decreto-lei nº
7.961/84. A década de 80 foi marcada pela adoção da escolha do diretor pelo
voto e pela criação dos Núcleos Regionais de Educação. Desta forma podemos
dizer que a eleição é a chave que abre a porta da democracia na escola, mas não
basta que tenhamos a chave da democracia para que esta aconteça de fato.
Além da chave, há de se considerar um conjunto de coisas e situações, para que
a gestão possa ser considerada democrática, emancipatória. A eleição para
diretor é um grande passo na caminhada em direção à gestão democrática da
escola pública, mas como toda inovação ela enfrenta os desafios da prática,
pergunta-se o quanto ela auxilia a democracia dentro das escolas. Já em
meados dos anos 90, foi atribuído à direção escolar, estratégias de
modernização mais conservadoras à emancipação humana. Foram
abandonadas o uso das expressões como “eficiência” e “eficácia” em favor de
“excelência”, mas ficou mantido o mesmo significado para a caracterização da
função do diretor de escola, “satisfazer os envolvidos e a efetividade dos
resultados”. Por conseguinte, a eleição de dirigentes escolares é apenas um dos
elementos da gestão democrática do ensino público e só terá efeito prático
eficaz e eficiente se associada a um conjunto de decisões. Esta participação
efetiva exige, por sua vez, que procuremos entender as características dos
sujeitos aos quais estamos nos referindo.
d) FORMAS MISTAS
Finalmente, as formas mistas podem ser alternativas para inovação da escolha
do gestor, porém, certamente, ainda necessitam de uma série de
aprimoramentos, para evitar o controle dirigente de autoridades mal
intencionadas que, via de regra, é dominante hoje em nosso país. É importante
observarmos que a atuação do diretor, as suas atribuições e o seu vínculo com a
escola se alteram, dependendo da forma de sua escolha e de acordo com o tipo

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de gestão que implementa. Uma reflexão sobre a gestão democrática da escola
– a partir da compreensão de professores e dos demais sujeitos nela envolvidos
– relacionada à escolha e à atuação do dirigente escolar, pode contribuir para a
superação de conflitos, para a melhoria do trabalho, para as relações
intraescolares e, fundamentalmente, para a qualidade do ensino. Em 2001,
conforme o Decreto n º 4313 e a Resolução nº 1597 de 29/06/00, modificou-se a
forma de escolha de diretores da rede estadual de educação básica no Paraná.
O processo passou a ser realizado em duas fases: na primeira delas, o candidato
deveria realizar uma prova escrita de conhecimentos gerais, a qual
contemplava temas sobre gestão democrática e administrativa, de caráter
eliminatório; na segunda previa-se a votação direta e secreta pela comunidade
escolar, só podendo participar os candidatos considerados aptos na primeira
fase. Este processo de escolha foi marcado por muitos conflitos. No ano de
2003, com a mudança do governo do Estado, foi implantado outro modelo de
gestão democrática. Sua característica principal passou a ser a eleição de
diretores e a valorização das instâncias de participação no interior das escolas.
Para implementar essa política, o Decreto n º 450/03 destituiu da função de
diretor e de diretor auxiliar todos os professores e especialistas "interventores",
delegando aos Núcleos Regionais de Educação a organização de um processo
de consulta à comunidade escolar para a escolha do diretor e diretor auxiliar.
Neste mesmo ano de 2003, os professores, bem como os órgãos constituídos da
comunidade escolar, sindicato, a APAD, Secretaria do Estado da Educação
promoveram um amplo debate, com intuito de aprimoramento do processo de
escolha de diretores e de diretores auxiliares, tornando-o mais democrático e
atendendo aos interesses da comunidade escolar. Depois de realizada algumas
considerações sobre as formas de escolha de diretor, iremos ressaltar, de
acordo com Hidalgo (2003 apud MAIA & MACHADO), que quando se fala de
autonomia não significa o mesmo que vivê-la, especialmente quando se trata
de autonomia da escola pública, tendo em vista as diversas influências externas
que ela vem sofrendo ao longo de sua história. Falar e viver são afazeres
completamente distintos, ainda que tenha profunda interligação, cada qual traz
em si um significado em especifico. A mesma autora retrata que falar é ação de
conversar ou dialogar, proferir ou discursar, dirigindo-se a alguém. Vida é
acepção de existência: equivale a ter duração, é perdurar. Viver traduz-se em
passar a vida de certo modo, sentindo a fundo, observando, conhecendo
experimentando. Assim, dizer que a escola pública é ou poderá vir a ser
autônoma não significa que ela o seja ou o será. Entre o falar da e o viver a
autonomia há um grande distanciamento e um longo fazer. Portanto
transpondo algumas teorias, manifestos e /ou leis atuais, se pode afirmar que
exista uma indefinição de significados, onde o discurso de autonomia colide

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frontalmente com a instituição do regimento comum, ou seja, princípio de
expressão vazia.
Hidalgo (2003) complementa que na nova LDB acontece da mesma forma,
enquanto que por um lado coloca princípios de autonomia tais como: liberdade
de aprender, ensinar e pesquisar; pluralismo de ideias e concepções; gestão
democrática do ensino público (art. 3); liberdade de organização (art.8);
autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares (art. 15);
exercício da autonomia didática-cientifica-administrativa-financeira das
Universidades (art. 53); por outro lado fala em função normativa da União (art.
8), do Conselho Nacional de Educação (art. 9), dos estados (art. 10), e dos
municípios (art. 11), de incumbência dos estabelecimentos de ensino,
respeitando normas comuns e de seu sistema (art. 12). Aos professores resta a
incumbência da operacionalização (art. 13). A nova Lei ainda contrapondo os
princípios da autonomia na escola trata de normas de gestão democrática para
os sistemas de ensino (art. 14); de regras comuns para a educação básica (art.
24), de base comum nacional para os currículos do ensino fundamental e médio
e de diretrizes para os seus conteúdos (art. 26 e 27). Novamente nos deparamos
com uma, lei nova – expressões velhas (e vazias), fatos que devem ser e
considerados, debatidos e se possível atualizados. Sendo assim de maneira
geral resumindo, e conforme aponta Pacheco (2011), a participação dos
gestores na formulação das políticas e diretrizes do sistema é restrita ou na
prática, inexistente; o grau de autonomia das unidades é pequeno e limitado a
operacionalização das diretrizes emanadas do sistema; os processos de
participação objetivam mais ao atendimento da legislação que a efetivação da
prática democrática no cotidiano escolar; a adoção, pelo sistema de ensino, de
estratégias divorciadas das necessidades das unidades; a tomada de decisão
centralizada é de cima para baixo; o feedback é realizado com base em grandes
sistemas avaliativos, que geralmente não consideram a abrangência de uma
educação democrática; Inexistência da auto avaliação... Enfim percebe-se que
há uma carência de gestores com uma visão ampla e profunda sobre os
problemas educacionais brasileiros, sem autonomia, que implicam
obrigatoriamente vivência tanto no nível de docência como em administração,
coordenação e/ou supervisão. Por isso, as escolas devem prever em seus
estatutos eleitorais, que as campanhas das chapas, não direcionem a votos
pessoais ou partidários, mas as propostas de ação apresentadas”, afirma PARO
(2011). E o que não se pode imaginar é que a escola seja um local apolítico.
 Perspectivas e tendências futuras para a Gestão Escolar
Na atualidade podemos dizer que existem três tendências de gestão escolar: a
gerencial, a conservadora e a democrática. A conservadora cultiva o
formalismo, a obediência e as normas, além do cumprimento do dever ter

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maior valor que o profissionalismo e competência. A democrática é considerada
como participativa, pois leva em consideração o professor e a sua contribuição.
A tendência gerencial aproxima da anterior, pois tem a preocupação especial
com a adaptação da escola e a condição local. Um bom gestor preocupa-se com
os documentos exigidos para a escola funcionar, deve visa um planejamento
com metas, objetivos e estratégias. Deve também conter uma coordenação
efetiva, utilizando os recursos disponíveis da forma mais transparente. Sendo
assim desenvolver a democracia, a autonomia e a participação irão fazer a
diferença em uma boa gestão. A LDB em seus artigos 14 e 15 apresentam
determinações pontuais, pois cabe aqui enaltecer o princípio da autonomia.
Sendo assim é preciso que os educadores e gestores reeduquem na perspectiva
de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de participação
na escola pública, tais como ouvido, registrando e divulgando o que os alunos e
comunidade pensam, falam, escrevem sobre autoritarismo, liberdade,
desigualdade, entre outros. Será tecendo redes de falas e de registros, ações e
intervenções que surgirão novos movimentos de participação ativa e cidadã.
Este novo paradigma da administração escolar traz junto com autonomia a
ideia e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades,
compartilhada pelas comunidades interna e externa da escola. O novo modelo,
não só abre espaço para iniciativa e participação, como cobra isso da equipe
escolar, alunos e pais. Ela delega poderes para a diretoria da escola resolver o
desafio da qualidade da educação no âmbito e sua instituição. Uma escola de
qualidade tem uma personalidade especial, que integra os perfis (valores e
aspirações) de suas equipes internas, alunos, pais e comunidade externa. Sendo
assim cabe ao gestor competente promover, a criação e a sustentação de um
ambiente propício a participação plena dos profissionais alunos e seus pais, no
processo de socialização escolar, uma vez que é por essa participação que seus
membros desenvolvem a consciência social e sentido da cidadania. As
transformações que surgiram, tanto no interior do sistema de ensino quanto no
meio social provocaram mudanças na concepção da educação, do papel da
escola da sociedade e do papel do professor e dirigente escolar. O novo estilo
de gestor escolar passa pela ruptura com um sistema seletivo, para uma gestão
escolar mais aberta, arrojada e direcionada para os anseios comunitários.
Estamos na era do conhecimento e da Informação, e para que as Gestões
pensem no futuro de suas Instituições deverão analisar sua atuação, seu corpo
interno e o externo e quais as necessárias competências a serem
disponibilizadas aos seus alunos para enfrentarem mercado de trabalho.
Renovar e inovar, buscando estratégias atuais que conduzam ao
desenvolvimento e crescimento do estudante como pessoa responsável, ética e
moral. Desenvolver atividades que propiciem a vivência dos objetivos
específicos do PPP da Escola. Enfim a responsabilidade da Gestão escolar é tão
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complexa, pois precisa estar sempre atenta as mudanças, inovações,
constantemente ver e rever seus conceitos, tendo uma forte consciência em
relação aos aspectos sociais, emocionais tanto do educando como num todo a
sua volta. Sendo a principal função formar pessoas/indivíduos competentes,
criativos e críticos de uma maneira que englobe adquirir conhecimento e
conquistar harmonia.
Perspectivas futuras Podemos entender como “novos caminhos” desafios a
serem enfrentados pelo gestor educacional que deve viver no presente, sem
lamentar o passado e planejar o futuro criando novas ações. Torna-se
indispensável que o gestor escolar lidere a realização do Projeto Político
Pedagógico o qual deve estabelecer as propostas elaboradas pela comunidade
interna externa escola para nortear as práticas pedagógico-educativas. Este
processo fica consistente caso adote-se a avaliação como fator preponderante
com o intuito de identificar como a instituição está desempenhando suas
atividades. A avaliação institucional realizada deve propor metas nas quais se
fundamentarão a construção das melhorias. O dinamismo das mudanças, a
sofisticação da tecnologia e a velocidade da comunicação em termos macro
exigem de qualquer gestor um perfil aberto a novas ideias e de valorização aos
saberes de cada membro da equipe para contar com a participação de todos e
construir uma gestão fundamentalmente focado na formação de jovens
cidadãos. O gestor escolar é o principal responsável pela escola, por isso deve
ter visão do todo, deve articular e integrar setores, vislumbrar resultados para a
Instituição, os quais podem ser obtidos se bem planejados, alinhados com
comportamento otimista e de autoconfiança, com visão de futuro, além de uma
comunicação realmente eficaz. O fato de a equipe institucional cultivar
sensações positivas, compartilhar aspirações profissionais, atitudes de respeito
e confiança, Silva (2009) acredita que isto gera valores realmente significativos
para a instituição, pois professores e funcionários ao estarem num ambiente
estimulante sentem-se mais dispostos e encorajados para trabalhar e ainda
promover um trabalho coletivo cooperativo e prazeroso. A autoridade, a
responsabilidade, a decisão, a disciplina e a iniciativa são fatores e
características que segundo SILVA (2009), estão estritamente relacionadas com
o papel do gestor educacional, e apontam que a escola não pode ser resumida
ao fato de que “alguém manda e alguém obedece”, e sim, ser um ambiente
envolvente de aprendizagem que promova com prazer o crescimento. O gestor
escolar que promove o crescimento da educação na instituição onde atua,
certamente estará contribuindo para a formação de pessoas que buscam o
sucesso. Pretende-se que ainda neste século possamos contar com um sistema
educacional voltado para a educação da cidadania
Competências Necessárias aos Gestores

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·        Desenvolver atitudes voltadas para uma comunicação eficaz;

·        Conceber as diferenças e as divergências nas relações humanas;


·        Organizar e estimular situações de aprendizagem e desenvolvimento para
sua equipe;
·        Trabalhar em equipe, mobilizando interesses para o agir coletivo;

·        Questionar a realidade, investindo na solução dos problemas, utilizando


para isso o pensamento lógico; a criatividade, a intuição e análise crítica;

·        Perceber-se integrante e agente transformador do ambiente, contribuindo


ativamente para a melhoria do mesmo;

·        Agir com perseverança diante dos desafios e da diversidade;


·        Utilizar as novas tecnologias, sabendo valorizar as diferentes de
informação e comunicação;
·        Demonstrar curiosidade e interesse pelas questões de natureza social,
política e cultural, analisadas de maneira crítica e responsável;
·        Gerar sua própria formação contínua, em busca de conhecimento e
aperfeiçoamento profissional;
·        Utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas;
·        Adotar uma postura investigativa e reflexiva diante das questões do
cotidiano.
Entretanto, podemos considerar que o gestor escolar pode promover uma
gestão participativa e democrática, participar do convívio cotidiano,
compartilhar acertos e desacertos. Valores como respeito, confiança,
sinceridade, fortalecerão muito a equipe pedagógica de uma instituição, pois
irá promover relações interpessoais saudáveis e solidárias, articulará a
existência de um ambiente de formação e aprimoramento de conhecimentos
pessoais e profissionais. Analisando:

Artigo 206 / 1988 - A base do ensino:


I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e


o saber;

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III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - Valorização dos profissionais da educação escolar.


Artigo 208 – O dever do estado:

I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito;


II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;


IV - educação infantil, em creche e pré-escola;

V- oferta de ensino noturno regular.


Art. 209 - O ensino é livre à iniciativa privada.

Art. 210 - Fixação de conteúdos mínimos para o ensino fundamental.


Art. 211 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em
regime de colaboração seus sistemas de ensino.
Art. 214 - O estabelecimento de um plano nacional de educação.

Efetivamente uma boa proposta, vamos fazer a nossa parte, fazer cumprir estes
direitos e desde já empenho, comprometimento, dedicação por uma causa
brilhante:
Educação... Vamos acreditar!

Obs: não deixe de conferir as outras aulas dessa lista para compreender toda a
temática trabalhada.

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