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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ANICUNS

CURSO DE DIREITO

MARIA EDUARDA G. DE ARAÚJO


NATÁLYA ARAÚJO CASTRO

A FOME: FENÔMENO SOCIAL, POLÍTICO E JURÍDICO

Anicuns
2023
MARIA EDUARDA G. DE ARAÚJO
NATÁLYA ARAÚJO CASTRO

A FOME: FENÔMENO SOCIAL, POLÍTICO E JURÍDICO

Trabalho apresentado ao curso de Direito, como


parte dos requisitos necessários à obtenção de nota
parcial na disciplina Interdisciplinar.

Prof. Luciano Belina

Anicuns
2023
RESUMO

A fome é um fenômeno extremamente complexo e que requer soluções políticas,


sociais e jurídicas para ser enfrentado de forma eficaz. A garantia do direito à alimentação
adequada e a promoção da justiça social são fundamentais para a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária. Neste trabalho faremos uma análise dessa situação em relação ao nosso
meio, supracitando a fome em relação aos fenômenos sociais, políticos e jurídicos.
A FOME COMO UM FENÔMENO SOCIAL

A nossa Constituição Federal, a partir da emenda constitucional, resguardou a


alimentação como direito social. E nela está escrita: São direitos sociais a alimentação, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. A Constituição já realizava a
proteção, ainda que por vezes, não de forma expressa, na medida que a alimentação é uma
necessidade primária e essencial para a própria existência, de qualquer pessoa. Por certo está
englobada na compreensão do princípio da dignidade humana, estabelecido no artigo 1º da CF,
no objetivo da República, no artigo 3º, quando estabelece como um deles a erradicação da
pobreza e a redução das desigualdades sociais, no artigo 7º, IV, quando estabelece dentre os
direitos dos trabalhadores o direito à percepção de um salário-mínimo que atenda necessidades
vitais básicas e dentre elas, refere-se à alimentação. A humanidade já tinha determinado a sua
importância, por ter a natureza de um direito humano.
A fome é um fenômeno social, político e jurídico que afeta milhões de pessoas em
todo o mundo. Como fenômeno social, a fome é um problema que surge da desigualdade na
distribuição de recursos e da falta de acesso aos meios de subsistência básicos, como alimentos,
água potável, habitação e saneamento. Ela pode ser causada por diversas razões, como desastres
naturais, conflitos armados, pobreza, desemprego e má governança.
A fome é um fenômeno social que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela
surge como resultado da desigualdade na distribuição de recursos e da falta de acesso aos meios
de subsistência básicos, como alimentos, água potável, habitação e saneamento. A fome pode
ser causada por diversas razões, como desastres naturais, conflitos armados, pobreza,
desemprego e má governança. Está ligada à questão da justiça social, uma vez que as
desigualdades na distribuição de recursos e na proteção social afetam de forma desproporcional
as populações mais vulneráveis e marginalizadas. A fome afeta não só a saúde física das
pessoas, mas também sua educação, desenvolvimento e participação plena na sociedade. A
fome também tem impacto no desenvolvimento econômico e na estabilidade política das
nações. Países que enfrentam altos índices de fome têm maior dificuldade em atrair
investimentos e desenvolver suas economias, o que pode levar a um ciclo vicioso de pobreza e
exclusão social. Além disso, a fome pode gerar instabilidade política e conflitos armados, como
ocorreu em diversos países do mundo. Para enfrentá-la, é preciso tomar medidas em diversas
áreas, como a promoção do acesso a alimentos básicos, a proteção social, a educação e o
desenvolvimento econômico. É fundamental que os governos, organizações internacionais,
setor privado e sociedade civil se unam em esforços conjuntos para garantir a segurança
alimentar e o direito à alimentação adequada para todos.

A FOME COMO UM FENÔMENO POLÍTICO

O direito à alimentação adequada não deverá, ser interpretado em um sentido estrito


ou restritivo, que o equaciona em termos de um pacote mínimo de calorias, proteínas e outros
nutrientes específicos. Os estados têm a obrigação de implementar as ações necessárias para
amenizar e aliviar a fome. Todos os poderes da República têm obrigação de fazer respeitar a
Constituição Federal e o regramento internacional que o país assumiu como compromisso, não
esquecendo os que direitos humanos não permitem retrocesso. Como fenômeno político, a fome
está relacionada às políticas públicas e às ações dos governos em relação à distribuição de
recursos e à proteção social. Os governos têm a responsabilidade de garantir a segurança
alimentar de suas populações e de tomar medidas para enfrentar a fome e a desnutrição. A fome
também pode ser usada como arma política, como ocorreu em regimes autoritários ou em
conflitos armados em que o acesso aos alimentos foi negado ou controlado. Uma vez que está
diretamente relacionada às políticas públicas e às ações dos governos em relação à distribuição
de recursos e à proteção social. Os governos têm a responsabilidade de garantir a segurança
alimentar de suas populações e de tomar medidas para enfrentar a fome e a desnutrição.
Em muitos casos, a fome é causada ou agravada pela falta de políticas públicas
adequadas. Por exemplo, a falta de acesso a água potável, a desigualdade na distribuição de
terras e a falta de investimentos em infraestrutura e tecnologia agrícola podem levar à escassez
de alimentos e à fome. Da mesma forma, a falta de políticas de proteção social, como programas
de alimentação escolar, auxílio alimentação e transferência de renda, pode deixar as populações
mais vulneráveis sem acesso a alimentos adequados.
Para enfrentar a fome como um fenômeno político, é preciso promover políticas
públicas que garantam o direito à alimentação adequada e a proteção social para as populações
mais vulneráveis. Isso inclui investimentos em infraestrutura e tecnologia agrícola, programas
de alimentação escolar, auxílio alimentação e transferência de renda, além de medidas para
garantir a distribuição justa e equitativa de alimentos em situações de crise ou conflito. A
participação da sociedade civil e o fortalecimento da democracia são fundamentais para garantir
que as políticas públicas atendam às necessidades das populações mais vulneráveis e promovam
a justiça social.
A FOME COMO UM FENÔMENO JURÍDICO

Como fenômeno jurídico, a fome está relacionada aos direitos humanos e à justiça
social. O direito à alimentação adequada é reconhecido como um direito humano básico e está
incluído em diversos instrumentos internacionais de direitos humanos, como o Pacto
Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. A fome também está ligada à
questão da justiça social, uma vez que as desigualdades na distribuição de recursos e na proteção
social afetam de forma desproporcional as populações mais vulneráveis e marginalizadas.
A fome também pode ser considerada um fenômeno jurídico, uma vez que o direito
à alimentação adequada é reconhecido como um direito humano fundamental. Isso significa
que todos os indivíduos têm o direito de ter acesso a alimentos em quantidade e qualidade
suficientes para atender às suas necessidades nutricionais e para garantir uma vida digna.
O direito à alimentação adequada é protegido por diversos instrumentos jurídicos
internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção sobre os Direitos da Criança, entre
outros. Esses instrumentos reconhecem que a fome e a desnutrição são violações dos direitos
humanos e que os governos têm a obrigação de tomar medidas para garantir o acesso à
alimentação adequada. Além disso, muitos países têm leis específicas que garantem o direito à
alimentação adequada e estabelecem políticas públicas para enfrentar a fome e a desnutrição.
Essas leis podem incluir a criação de programas de alimentação escolar, de bancos de alimentos,
de políticas de compras públicas de alimentos de agricultores familiares, entre outras medidas.
No entanto, apesar dos avanços na proteção jurídica do direito à alimentação, a
fome ainda é uma realidade para milhões de pessoas em todo o mundo. Isso demonstra a
necessidade de um maior compromisso por parte dos governos e da sociedade civil para garantir
o respeito e a proteção dos direitos humanos relacionados à alimentação e para promover uma
distribuição mais justa e equitativa dos recursos.
Em suma, podemos observar que a fome é um fenômeno complexo e variado que
requer soluções políticas, sociais e jurídicas para ser enfrentado de forma eficaz. A garantia do
direito à alimentação adequada e a promoção da justiça social são fundamentais para a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Coordenação Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome - CGFome. Disponível


emhttp://www.itamaraty.gov.br/o-ministerio/o-ministerio/cgfome-coordenacao-geral-de-acoes-internacionais-de-
combate-a-fome. Acesso em 01/04/2023.

KUPFER, José Paulo. Políticas afirmativas no combate à fome. Disponível em


http://blogs.estadao.com.br/jpkupfer/politicas-afirmativas-no-combate-a-fome/. Acesso em 01/04/2023.

Amélia Cohn: “Consequências sociais da globalização na América Latina: apontamentos. Acesso em 01/04/2023.

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