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ASSISTENCIALISMO PÚBLICO
Este trabalho tem em vista mostrar que pode haver outros interesses por trás da
política assistencialista hoje usada pelo governo brasileiro que não a ajuda às camadas mais
pobres da população. O programa, intitulado Bolsa Família, foi o carro chefe da eleição 2002,
em que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi eleito e pode ter contribuído para que muitos
eleitores continuassem votando no PT, com medo de perderem este beneficio. O próprio
partido, nesta ultima eleição, tinha como slogan “não troque o certo pelo duvidoso”.
Segundo o site do Governo:
1.1. – O JOGO
1
Ministério do Desenvolvimento Social.
2
Como será visto quando tratarmos de Maquiavel.
2. – REFERÊNCIAS
2.1. – MAQUIAVEL
Só que no Brasil ninguém defende a classe média, muito menos seus valores e sua postura
política. Os ricos são naturalmente de direita, são conservadores, querem manter o status quo. A classe
média não é de direita nem de esquerda. É de centro e liberal. São os profissionais liberais por
excelência, que acreditam na autonomia, na responsabilidade pessoal e social, na poupança para a
velhice, nos valores familiares, no imposto sobre herança. Mas o liberalismo é a ideologia mais
atacada no Brasil, pela direita e pela esquerda. A direita vê na classe média uma ameaça, a esquerda
vê nela a burguesia a ser destruída.
Que eu saiba, nenhum jornal brasileiro defende a ideologia da classe média, justamente seus
leitores. Não há um jornal liberal, que defenda os valores típicos da classe média. Por isto, a classe
média está deixando de renovar suas assinaturas de jornais e revistas, onde o editorial normalmente
defende os valores da direita, o resto do jornal defende os valores da esquerda.5
Tendo por base alguns ideais marxistas, o poderia se pensar que o Partido dos
Trabalhadores incorporou um pouco desta síntese e partiu em defesa das classes pobres e
trabalhadores na tentativa de diminuir a disparidade entre as classes ricas e as menos
favorecidas. Prova disso seria o seu programa de governo que atende a esta parcela da
população concedendo-lhes benefícios (o mesmo que afirmamos poder ser uma estratégia de
manutenção no poder), numa visão otimista de dar o passo que encurtará esta disparidade,
pois se tem no país uma política lenta e que nos últimos anos privilegiou classes acima desta
margem de pobreza.
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Maquiavel. Capítulo IX.
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Mestre em Administração pela Harvard University e assessor do Ministério do Planejamento entre 1986 e 1987.
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Kanitz.
O assistencialismo tem a sua importância quando subsidia pessoas que não
possuem as mínimas condições de subsistência e perspectivas de sair de sua situação
calamitosa. Lula disse: “A fome não pode esperar”, e foi enfático dizendo que algo teria que
ser feito e não esperar que se discuta o problema por meses, anos, sem que nada mude.
Poderia se entender assim que, agindo seja por força do impulso esquerdista ou por
solidariedade humanista, embora esta muito criticada, o caminho escolhido pelo Governo foi
agir em favor do povo.
O programa Fome Zero, onde está inserido o Bolsa Família, transfere recursos
para as famílias carentes mais do que qualquer outro já fez. Representa 0,3% do PIB nacional,
em um país onde a cada 100 pessoas, 22 estão abaixo da linha da pobreza.6
Esta idéia, inspirada em A origem das espécies de Charles Darwin, foi defendida
pelo filósofo inglês Herbert Spencer e pelo sociologista americano William Graham Sumner.
Acreditavam que a ação do Estado na economia e na sociedade interferia nas relações entre os
indivíduos, relações de onde teriam que sair os melhores, mas os mais fracos eram ajudados
pela interferência do Estado. Assim, para eles, o Estado não poderia tomar medidas que
modificassem a estrutura natural das relações sociais de onde saiam os vencedores e os
vencidos.
No caso brasileiro, porém, isto é exatamente o que ocorre. Aqui o Estado interfere
na economia, alterando a tendência à evolução natural dos mais aptos, por “auxiliar” os mais
fracos e desviar para estes os recursos que poderiam ser utilizados pelos mais aptos, como o
investimento. Desta forma a sociedade desenvolve-se de uma forma antinatural, com o
percentual de pessoas inaptas aumentado, acarretando numa baixa produtividade do país.
Contudo é bom lembrar que estas idéias já foram utilizadas de maneira errada,
como no colonialismo europeu sobre a América, onde aqueles se achavam superiores a estes
dizimaram-nos, e nas políticas eugenistas do III Reich alemão.
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Fonte: Zero Hora.
3. – CONCLUSÃO
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Maquiavel. Capitulo XVI.
8
Maquiavel. Capitulo VI
4. – BIBLIOGRAFIA