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Pobreza
Apesar de serem conceitos diferentes e que dizem respeito aos mais variados
fenômenos, eles estão muito próximos e relacionados entre si.
Pobreza = antiga, desde os primórdios, condição socioeconômica na qual indivíduos ou
grupos não possuem recursos suficientes para atender suas necessidades básicas e
desfrutar de um padrão de vida adequado. Essas necessidades básicas incluem
alimentação adequada, moradia, acesso a serviços de saúde, educação, água potável,
saneamento básico e outras condições essenciais para uma vida digna. A pobreza pode
ser medida através de indicadores como a renda, o índice de desenvolvimento humano
(IDH), a linha de pobreza estabelecida por cada país, entre outros.
As duas qualificações da pobreza
Pobreza absoluta: está diretamente associada à ideia de sobrevivência física e à
satisfação de mínimos sociais necessários à reprodução da vida com um mínimo de
dignidade humana. Refere-se a não satisfação das necessidades básicas universais e
objetivas. Por ex.: grupos de indivíduos que se encontram em situação de Miséria.
Pobreza relativa: é definida como a satisfação de necessidades em relação aomodo de
vida de uma dada sociedade. Enquanto houver desigualdade e estratificação social, uma
percentagem da população será sempre pobre em relação a um grupo mais privilegiado.
Por ex.: grupos de indivíduos que vivem em condições bastante inferiores se
comparados aos demais grupos que coabitam o mesmo lócus espaço-temporal.
(PEREIRA, 2006).
A pobreza contemporânea tem sido percebida como um fenômeno multidimensional;
atinge tanto os clássicos pobres (indigentes, subnutridos, analfabetos) quanto outros
segmentos da população pauperizados pela precária inserção no mercado de trabalho
(imigrantes discriminados, por ex.); não é resultante apenas da ausência de renda,
incluem-se: acesso precário aos serviços públicos (SAWAIA, 2014)
Desigualdade Social
Desigualdade social refere-se à disparidade na distribuição de recursos, oportunidades
e benefícios entre diferentes indivíduos, grupos ou estratos sociais dentro de uma
sociedade. Ou seja, diz respeito ao modo como os serviços, bens e riquezas produzidos
socialmente estão ou não sendo partilhados pela população.
Desigualdade social não é sinônimo de pobreza.
Um aumento de renda das camadas sociais mais pobres pode melhorar a situação de
pobreza extrema, sem, no entanto, modificar a situação da desigualdade social. A
pobreza como sendo um dos efeitos da desigualdade social Pobreza não é apenas um
aspecto da desigualdade, mas o extremo inaceitável desta. No sistema capitalista a
desigualdade sempre existirá, mas a pobreza não pode ser aceita como algo natural e
imutável.
A busca pela desnaturalização da desigualdade passa pela conscientização de que se
trata de um conjunto de injustiças.
A desigualdade social é sempre uma relação política passível de ser enfrentada pela
ação do Estado e afirmada pelas lutas coletivas por direitos, cujo efeito democrático
pode ser desestabilizador de privilégios historicamente reproduzidos pelas elites
(SOARES et al, 2018)
É absolutamente importante discutir a desigualdade do ponto de vista da renda, olhando
o estoque de capital e o patrimônio acumulado pelos ricos (SOARES et al, 2018);
O olhar sobre a desigualdade não pode ignorar a necessidade de superar a assimetria de
acesso a bens e serviços (SOARES et al, 2018).
Exclusão Social
A exclusão social pode ser entendida como um processo pelo qual determinados
indivíduos ou grupos são impedidos de participar plenamente da vida social, econômica
e política de uma sociedade, seja por falta de acesso a recursos e oportunidades, seja por
discriminação ou marginalização.
- Refere-se a situações de privação e desvantagem, mas não se limita a privação
material;
- Pode-se ser excluído sem ser necessariamente pobre;
- Pode haver pobreza sem necessariamente haver exclusão.
Exemplo de grupos excluídos atualmente: pessoas em situação de rua, usuários de SPAs
e pessoas com sofrimento psíquico grave.
RUPTURA: 1- Relações familiares afetivas; 2- Sem socialização; 3- Excluídas do
mercado de trabalho.
Exclusão contemporânea: A partir do momento em que a inserção na sociedade
moderna continua a ser a integração pelo trabalho, esses sujeitos são tidos como
inteiramente desnecessários ao universo produtivo, para os quais não parece haver mais
possibilidade de inserção.
Inclusão social perversa: A inclusão social perversa é uma situação em que as
estruturas sociais, ao supostamente oferecerem oportunidades para inclusão de
determinados grupos, na verdade, perpetuam e agravam a desigualdade. Por exemplo,
ao incluir esses grupos em instituições e estruturas sociais dominantes, eles são
obrigados a se adaptar a normas e valores que não reconhecem ou respeitam suas
particularidades culturais, sociais e históricas (SAWAIA, 2014)
A ideia de inclusão social perversa questiona a noção superficial de inclusão, que muitas
vezes não considera as raízes estruturais da desigualdade social.
Por exemplo, ao admitir indivíduos pertencentes a minorias étnicas em instituições de
ensino ou mercado de trabalho, sem abordar as barreiras estruturais que historicamente
os excluíram, pode-se criar uma ilusão de igualdade enquanto as desigualdades
subjacentes persistem (SAWAIA, 2014)
Um dos modos pelos quais todos esses fenômenos continuam a se reproduzir e a nunca
se findar é a NATURALIZAÇÃO.
QUESTÃO: Qual dos seguintes pontos destaca-se como uma característica central do
fenômeno da desigualdade social?
a) A desigualdade social é exclusivamente baseada em fatores econômicos, como a
distribuição de renda e acesso a recursos.
b) A desigualdade social é uma questão passageira que se resolve naturalmente com o
progresso econômico ao longo do tempo.
c) A desigualdade social é resultado apenas de diferenças individuais, como nível
educacional e esforço pessoal.
d) A desigualdade social é um fenômeno multifacetado que envolve não apenas aspectos
econômicos, mas também dimensões culturais, históricas e de poder.
e) A desigualdade social é predominantemente uma consequência das características
geográficas e climáticas das regiões brasileiras.
Resposta Correta:
d) A desigualdade social é um fenômeno multifacetado que envolve não apenas
aspectos econômicos, mas também dimensões culturais, históricas e de poder.
OBJETIVOS DO SUS
1. Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde
2. Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e
social, o acesso universal e igualitário
3. Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e
preventivas;
Execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador;
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica
- Formulação da política e na execução de ações de saneamento básico
- Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação
compulsória e investiga epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além disso,
age no controle dessas doenças específicas.
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e
social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da
água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores de transmissão
de doenças – especialmente insetos e roedores.
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos
e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de
limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização de serviços de
interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros
comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e
causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente.
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e
vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
- Vigilância nutricional e a orientação alimentar
- Colaboração na proteção do meio ambiente
- Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção
Controle e fiscalização:
- De serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde (substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e radioativos);
- De alimentos, água e bebidas para consumo humano; – Sangue e seus derivados.
Incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico
PRINCÍPIOS DO SUS
- A Constituição concretizou os princípios no que tange a Saúde
- No SUS estes princípios devem se desenvolver de forma interdependente, com
constante interação, sendo eles:
1. Princípios éticos/doutrinários: Equidade, Universalidade e Integralidade
2. Princípios organizacionais/operativo: Regionalização e Hierarquização,
Descentralização e Participação e controle social