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Nome: Ana Cristina Vogel

R.A: 22101906
Turma: B
Texto: RIBEIRO, João Ubaldo. ‘‘1- Que coisa é a Política”; “2- Como a Política interessa a
todos e cada um” em Política: Quem manda, Por que manda, Como manda. Ed. Nova
Fronteira, 1998; pp. 13-31
No texto estudado, o autor João Ubaldo começa questionando o conceito de política.
É de se observar que na linguagem comum, dos especialistas e profissionais, política é o
exercício de alguma forma de poder, mas de acordo com o autor essa explicação está vaga,
pois não se tem uma definição exata de poder. Este pode estar implícito já que o mesmo se
reveste de grande complexidade. Um exemplo usado por ele é a decretação de impostos, que
além de ser um ato de poder político pode ser precedida por outras ações de pessoas que
possuam alguma forma de poder. E também ocorre a inter-relação entre a pessoa que
determinou o imposto e quem o paga. (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.1)
Para Ubaldo, o poder só pode ser visto, sentido, avaliado, ao exercer-se. (RIBEIRO.
João Ubaldo; 1998 pp.2). Ele usa de exemplo um campeonato de futebol de um time pequeno
contra um time grande. O time grande tem mais chances de vencer, mas possa ocorrer do
clube pequeno nos surpreender e acabar por ganhar o jogo. Isso ocorre também no âmbito de
cunho social, político etc. o escritor afirma que: é em ação que se analisa o poder. É no
processo, na inter-relação, não na elaboração intelectual abstrata. Antes tudo está sujeito a
fatores no mais das vezes imprevisível. (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.2)
Para os americanos “o poder é a capacidade de influenciar o comportamento das
pessoas” (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.2) isso nos ajuda a entender que a política é o
poder estão diretamente relacionados, visto que o poder visa a modificação do individuo para
que o mesmo se comporte de acordo com as vontades da fonte de poder. Ribeiro afirma que o
ato político possui dois aspectos a) um interesse b) uma decisão
a) Se alguém deseja influenciar ou modificar o comportamento das pessoas, esse
alguém tem um interesse que deseja ver implementada pela modificação
pretendida, seja ele ditado por conveniências morais etc.;
b) O objetivo configurado pelo interesse só pode ser conseguido por uma decisão
que efetivamente venha a alterar o comportamento das pessoas- seja esta decisão
imposta, consensual, de maioria etc. (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.2).
A política tem a ver com quem manda, por que manda, como manda (RIBEIRO.
João Ubaldo; 1998 pp.3). A política agora começa a ser explicada como uma maneira de
transformar os interesses em objetivos e por conseguinte em uma decisão. o termo “poder” é
vago, o que interessa é o processo e a tomada de decisão. Na política é notório o jogo de
poder, mas não podemos afirmar que é só isso. Des de os primórdios está presente uma
estrutura de mando, normalmente a minoria mandando na maioria. (RIBEIRO. João Ubaldo;
1998 pp.3).
Chamada de arte, ciência, profissão etc., a politica requer um certo talento em sua
pratica, e é viável ser sistematizado cientificamente além de ser por ela que governamos, e
organizamos nossa vida em sociedade. O autor afirma que é impossível fugirmos da política
poque tudo pode – e deve dependendo do caso- ser visto sob um ponto de vista político.
(RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.3).
O poder muitas vezes pode ser tácito; Ubaldo usou de exemplo de poder explícito, o
alistamento nas forças armadas quando o individuo do sexo masculino faz 17 anos. E o poder
implícito é quando achamos que estamos agindo de maneira orgânica, mas esse pensamento-
comum- foi influenciado por alguém. É oque se dá por exemplo quando mantemos
preconceitos contra o nosso semelhante, por ser ele negro ou branco, protestante ou católico,
ou por falar com um sotaque diferente do nosso. A existência de preconceitos não é algo
natural. O homem não nasce com preconceitos, ele os aprende socialmente. Ao aprende-los, é
claro que o seu comportamento está sendo influenciado. (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.5).
É notório que na citação acima o individuo está claramente sendo submetido a uma
forma de poder. o texto mostra que o preconceito racial[..] tem funcionalidade política, ou
seja, tem servido como justificativa para a exploração e dominação, assumindo muitas faces,
de acordo com as circunstâncias. O que se pretende mostrar com isso é que, queiramos ou
não, estamos imersos nem processo político que penetra toda nossa maneira de ser e agir, ate
mesmo porque a educação, tanto a doméstica quanto a pública, é também uma formação
política (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.5).
A medida que estamos submetidos politicamente podemos atuar para mudar
situações que contrariam o nosso interesse, seja qual for seu cunho. Quaisquer atos nosso ou
maneira de ver as coisas podem ser analisados por meio de uma concepção política. Ribeiro
da de exemplo um pé-de-meia, que para junta-lo é necessário uma porção de coisas que para
que ocorra é necessário um processo político. Assim quando estamos pensando em cuidar da
nossa vida apenas sendo “apolíticos”, na verdade estamos somente com a vista curta ou então
somos comodistas, não achando que as coisas então tão ruins assim que não possam melhorar.
(RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.5). O autor ainda afirma que quem se diz apolítico está
exercendo um direito que lhe é facultado e não vê necessidade de mudança, ou seja, é um
político conservador. [...] o apolítico não existe é só uma maneira de falar (RIBEIRO. João
Ubaldo; 1998 pp.5-6).
A palavra “politica” vem de polis, que significa, mais ou menos cidade em grego.
(RIBEIRO. João Ubaldo; 1998 pp.7). Então um acontecimento só vira um fato politico se
interessar a polis. Ubaldo usa de exemplo a discussão entre um casal, se for apenas uma
discussão para decidir que cinema vão não é um ato político. Mas se ele sempre impõe sua
vontade e não a deixa exprimir sua opinião então, isso pode estar refletindo uma situação de
inferioridade social. Então o fato adquiriu significado político. (RIBEIRO. João Ubaldo; 1998
pp.7-8).
A política não é, pois, apenas uma coisa que envolve discursos e promessas, eleições
[...] não é uma coisa distinta de nós. É uma condução da nossa própria existência coletiva,
com reflexos imediatos sobre a nossa existência individual, nossa prosperidade ou pobreza,
nossa educação ou falta de educação, nossa felicidade ou infelicidade. (RIBEIRO. João
Ubaldo; 1998 pp.9). uma pessoa pode optar por querer saber de política e políticos, mas essa é
uma escolha perigosa pois é uma atitude de passividade que na maioria das vezes favorece
aqueles que estão no poder. é comum que a maiorias das pessoas considere política uma
profissão apenas com pessoas corruptas e mau-caráter, mas temos diversas figuras políticas
fizeram atos admiraveis. Se não gostamos do comportamento doas políticos e não fazemos
nada quanto a isso, estamos sendo políticos: estamos contribuindo para a perpetuação de uma
situação indesejável ou inaceitável. Se quisermos fazer alguma coisa para melhorar a situação
também estamos sendo políticos, pois a única via de ação possível é a política.

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