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Oi pessoal! Tudo bem?

Talvez não seja novidade para muitos de vocês, já que alguns trabalharam este assunto no ano passado,
na C21 e na C22, mas esse assunto á tão vital e influencia tanto o nosso dia a dia, que não podemos
ignorá-lo: Trata-se de o que é política e de qual é a influência dela em nossas vidas. Sabemos que política
não é apenas votar na época de eleições, ela é muito mais que isso e ocorre praticamente em todo lugar
onde existe uma sociedade humana. Já na antiga Grécia, o filósofo Aristóteles definia o ser humano como
um “zoon politikon”, ou seja, como um animal político. Ele acreditava que o ser humano é naturalmente
político, e isso não deixa de ser verdade, já que somos seres sociais por natureza.

Bom, vamos ver mais um pouco sobre o que é a política no texto abaixo, adaptado do livro “Temas de
Filosofia”, de Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins.

Em época de eleições é muito comum ouvir frases como estas:

— Não dou palpite porque não entendo nada de política. Nem quero entender...

— Acho que o fato de um candidato pertencer a um partido ou a outro não tem a menor importância; por
isso escolho quem considero ser a melhor pessoa.

— Não tenho gosto em votar. Os políticos sempre dizem as mesmas coisas. Prometem e não cumprem.
Querem é se arranjar na vida, isso sim!

— Qual é a função do deputado? Não sei...

— Escolhi este candidato porque lhe devo alguns favores pessoais. Além disso, ele prometeu colocar
minha irmã no serviço público.

Essas frases indicam alguns posicionamentos a respeito do fato político.

Quando as pessoas identificam política com politicagem, podem estar expressando a falta de esperança
com relação às ações dos homens públicos; ou então reforçam a postura interesseira do eleitor que
sempre espera tirar proveito pessoal da escolha do candidato.

Alguns consideram que as mudanças, mesmo quando existem, não alteram verdadeiramente o mundo
humano (sempre existiram ricos e pobres...). Outros acreditam que os fatos acontecem
independentemente da vontade dos homens. Ou, ao contrário, acomodam-se no paternalismo segundo o
qual apenas pessoas especiais, "os grandes homens", teriam capacidade de mando e decisão. A nós,
"homens comuns", restaria obedecer sem discutir.

Embora as frases do início expressem diferentes posições pessoais, elas têm algo em comum, ou seja,
são indicativas de desinformação. Geralmente não se sabe o que é política, qual o papel do homem
dedicado à política, e em que medida o cidadão comum também é político. Talvez nem se suspeite de que
todos nós estamos envolvidos totalmente na política, mesmo sem querer ou sem saber disso!

O que é política

A política é a atividade que diz respeito à vida pública. Quanto ao significado da palavra, polis, em grego,
significa "cidade". A política é, portanto, a arte de governar, de gerir os destinos da cidade. O homem
político é aquele que atua na vida pública e recebe poder para dar determinado rumo à sociedade, tendo
em vista o interesse comum.

A ação política não é exclusividade de alguns seres especiais. Cada indivíduo, enquanto cidadão (filho da
cidade), deveria ter espaços de participação real e prática que de maneira nenhuma se resumem apenas
ao exercício do voto! Este é apenas um dos instrumentos da cidadania na sociedade democrática.
Portanto, todos nós temos uma dimensão política que precisa ser atuante.
Embora não se confunda com as atividades comuns do homem (na família, trabalho, lazer etc.), a política
de certa forma se mistura a todas as atividades humanas o tempo todo. Interfere na vida de cada um de
várias maneiras: na regulamentação legal das ações dos cidadãos, já que as leis são feitas pelos
representantes escolhidos pelo povo; nas decisões e nas práticas relacionadas à educação, saúde,
abastecimento, transportes; nos aparelhos repressivos como tribunais, polícia, prisões. É impossível
pensar em um setor sequer onde, de uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, a política não
influencie a vida de cada um.

Por exemplo, nas esquinas movimentadas das grandes cidades costumamos ver vendedores de balas,
limões, panos de pó. Na maioria das vezes são crianças. A primeira impressão é de que certas pessoas
escolhem de livre e espontânea vontade esse tipo de serviço, mas a análise cuidadosa revela a realidade
cruel do desemprego e consequentemente de formas marginais de sobrevivência, como o subemprego.
Ao vermos as estatísticas de escolarização, ficamos sabendo que pelo menos um terço das nossas
crianças em idade escolar se encontra fora da escola.

Não é possível analisar tal situação como simples resultado da vontade de cada um: as crianças não
frequentam escola e estão soltas na rua não por vontade própria, nem porque seus pais são descuidados.
Antes, é preciso tentar entender por que o Brasil tem um dos índices mais vergonhosos de distribuição de
renda, ao mesmo tempo que, ainda há pouco estava entre os oito ou dez países mais ricos do mundo
(agora é o 12º, se me lembro bem)!

É por estas situações e muitas outras que ninguém pode se considerar apolítico, já que alguém que não
gosta e não participa de política, acaba justificando a política que está aí. O homem despolitizado
compreende mal o mundo em que vive e é facilmente manobrado por aqueles que detêm o poder!

Agora responda às seguintes questões:

1) O que é a política?

2) Por que todos devemos, enquanto cidadãos, nos interessar e participar da política de nossa
comunidade, de nosso bairro, de nossa cidade, de nosso estado e de nosso país?

Bom trabalho a todos! Abraços e até a próxima!

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