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Cidadania, Política e Religião | Caderno do Bloco • BS • Ed.

2049 • 28/08/2010 • ()

BS

CADERNO DO BLOCO

Cidadania, Política e Religião


O olhar do universitário
Este ano está a mil, não é mesmo? Além de ser o ano do
Cinquentenário da BSGI, a sociedade brasileira está se
preparando para as eleições que ocorrerão em outubro. É
o momento de exercitar nosso direito primário como
cidadão e VOTAR!
Muitas pessoas encaram a política como algo nocivo. Antes de entrar nesse mérito,
vamos refletir um pouco sobre a origem da palavra “política”. Ela deriva do grego
antigo politeia, que indicava todos os procedimentos relativos à pólis ou cidade-
Estado (sociedade, comunidade ou coletividade). A palavra então migrou para o
latim politicus e chegou à Europa pelo francês politique. O filósofo Aristóteles
ampliou e popularizou o termo; segundo ele, a Política era um desdobramento da
Ética. Esta última se preocupava com a felicidade do indivíduo, enquanto a primeira,
com a felicidade coletiva da pólis.

Entendendo o termo em seu mais amplo aspecto, notamos que a política se faz
necessária para qualquer organização ou país e ela vai se diferenciar pelo próprio
sistema e ideais daquela sociedade.

Mas como exercer este papel de cidadania de forma legítima? Além de conhecer o
partido, é preciso avaliar o candidato proposto, sua história dentro e fora da vida
política e, principalmente, seu programa de governo.

Infelizmente, no Brasil, a política é muitas vezes vista como forma de poder e


enriquecimento. Casos de corrupção em todos os escalões do meio político são
frequentes.

A Lei da Ficha da Limpa tenta impedir que políticos nessas situações atuem ou
participem de eleições com o intuito de preservar a moralidade e conservar a
integridade da máquina pública. Alguns dizem que ela é inconstitucional, uma vez
que afeta inclusive candidatos que ainda estão sob julgamento. Mas o que vemos
em poucos meses de existência da Lei é uma grande mudança, já que até agora
foram barrados mais de 100 candidatos à eleição no Brasil e este número cresce
exponencialmente.

Podemos acompanhar os candidatos durante a campanha eleitoral por meio de


notícias, debates, pesquisas eleitorais. Porém, devemos ter um olhar crítico sobre
tudo isso, pois nem sempre as fontes são garantias de parcialidade e neutralidade
política e de interesses.

O bom mesmo é escolhermos o candidato e partido que mais se assemelha a


nossos valores, livres de toda e qualquer influência externa.

E mais do que isso, termos um papel ativo acompanhando a gestão do candidato


eleito. Isso, sim, influenciará nosso voto numa possível futura reeleição.

Ao tentar alinhar a filosofia budista em meio a este cenário, vimos que ela está
muito além de tudo isto. A filosofia do Budismo Nitiren é a filosofia do humanismo
porque tem o ser humano como centro. E isso a permite abranger todos os setores
da sociedade e não privilegiar um ou outro.

O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, enfatiza bastante sobre o nosso papel de lutar
pela justiça e proteger o povo: “Vocês jamais devem se esquecer do espírito de lutar
continuamente contra a natureza maligna do poder para estabelecer a felicidade da
população”. (Brasil Seikyo, edição no 1.673, 28 de outubro de 2002, pág. A7.)

E como nós, universitários vanguardistas, podemos fazer a nossa parte?

Não há forma mais efetiva de contribuir do que realizando o Kossen-rufu da nossa


localidade por meio da vitória pessoal nos estudos, nos tornando os melhores na
profissão que escolhermos e uma referência na sociedade. Assim, poderemos
fundamentar a luta da Soka Gakkai e protegê-la onde quer que estejamos.

Politicamente falando, cabe a nós fazermos a escolha consciente sem seguirmos


modismos ou comodismos, de acordo com o princípio de consistência do início ao
fim.

Cidadania, religião e política... Que venha o que vier!

O Brasil conta com você!

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