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Ser ou não ser cidadão: Eis a questão

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de História A e tem como finalidade dar a
conhecer o tema “Ser ou não ser cidadão: Eis a questão” e aprofundar as suas ideias e conceitos.

Professor Ângelo Ledo, Março 2024 Lara Mouta,nº14; Rafaela Dias,nº22

Índice:
Introdução
O tema que irá ser abordado é a definição do que é ser cidadão, tanto na época corrente como no
século XVIII. Este tema foi escolhido no âmbito da disciplina de História A e é importante para se
compreender todos os privilégios que se tem hoje em dia, que em outros tempos não houve.

Primeiramente irá ser apresentada a definição de cidadão, a ideia de cidadania e identidade, a


participação no engajamento cívico, a diferença de ser cidadão no século XVIII e ser cidadão na
actualidade, a cidadanias e as suas barreiras de responsabilidade social, a diferença de cidadãos
ativos para cidadão passivos, a conclusão e por fim a bibliografia.

Ser cidadão ou não ser cidadão: Eis a questão


A implementação dos regimes liberais trouxe à luz do dia o debate sobre o direito de cidadania.

Se por um lado, textos como a declaração dos direitos do Homem e do Cidadão indiciavam uma clara
evolução do conceito, os diplomas constitucionais, por outro lado, limitavam este direito a um grupo
restrito da população. Contudo esta tendência não impediu que muitos erguessem as suas vozes em
defesa dos não privilegiados e do seu direito a desempenhar o papel de atores no palco da política.

Segundo Robespierre, uma das figuras mais importantes da revolução francesa, todos os homens
nascidos e residentes em França são membros da sociedade política a que se chama nação francesa,
sendo assim considerados cidadãos franceses. Os direitos associados a este título não dependem
nem da fortuna que cada um deles possui nem da cota de imposto a que estão sujeitos, pois não é o
imposto que faz de nós cidadãos.

A ideia de cidadania e identidade:


Primeiramente, a ideia de cidadania vai além da mera questão legal de pertencimento a um Estado,
englobando também direitos, responsabilidades e participação activa na vida colectiva

O conceito de cidadania está intrinsecamente ligado à nossa identidade pessoal e coletiva.

Esta molda a nossa percepção de pertencimento e define os nossos direitos e deveres dentro de uma
comunidade política. No entanto, num mundo globalizado e multicultural, a noção de identidade cidadã
pode tornar-se complexa e multifacetada. Indivíduos podem identificar-se com múltiplas comunidades e
culturas, desafiando as fronteiras tradicionais da cidadania baseada na nacionalidade.

Participação e Engajamento Cívico

Uma dimensão essencial da cidadania é a participação ativa na vida política e social. Isso inclui o
exercício de direitos democráticos, como votar e candidatar-se a cargos públicos, bem como o
engajamento em atividades de voluntariado e protesto. A participação cívica fortalece os laços
sociais, promove a inclusão e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Este tema não é imediatamente reconhecido como um conceito histórico específico. No entanto,
podemos discutir a importância da participação e do engajamento físico ao longo da história em
vários contextos, tais como:

-Democracia Antiga;

-Movimentos sociais e políticos;

-Desportos e actividades físicas;

-Trabalho e actividades comunitárias;

-Educação;

No geral, a participação e o engajamento cívico têm desempenhado papéis significativos em diversas


áreas ao longo da história humana, refletindo a importância da interação física e do envolvimento
ativo nas comunidades, na política, no trabalho e em outras esferas da vida.

Existem diversas diferenças entre ser cidadão no século XVIII e na


actualidade.

No século XVIII:
-Restrições à participação política;

- Desigualdades sociais e economias;

-Limitações à liberdade de expressão e associação,


-Falta de serviços sociais;

- Limitações de acesso à informação e educação;

Na actualidade:
- Ampla gama de direitos civis e políticos;

- Inclusão e diversidade;

-Participação ativa na sociedade;

-Estado de bem-estar social;

-Acesso à informação e tecnologia;

A cidadania, as suas barreiras e a responsabilidade Social:

Apesar dos ideais democráticos de igualdade e inclusão, muitos indivíduos enfrentam desafios e
barreiras à plena cidadania. A discriminação, o preconceito e as desigualdades socioeconómicas
podem minar a participação cívica e restringir o acesso a direitos básicos. Além disso, questões como
a burocracia excessiva, a falta de educação cívica e a alienação política podem enfraquecer o vínculo
entre os cidadãos e o Estado.

Ser cidadão não se resume apenas a reivindicar direitos, também implica assumir responsabilidades
em relação à comunidade e ao meio ambiente. Isso inclui o respeito às leis e normas sociais, o
pagamento de impostos, o respeito aos direitos dos outros e o cuidado com o bem-estar colectivo. O
exercício responsável da cidadania é fundamental para a preservação da ordem democrática e o
desenvolvimento sustentável da sociedade.

Cidadãos ativos e passivos:


Na esfera da participação cívica, os cidadãos são frequentemente divididos em dois grupos distintos:
os ativos e os passivos. Essa distinção não se refere apenas à presença física ou à ausência de
atividade, mas sim ao grau de engajamento e contribuição para a vida política e social de uma
comunidade.
Cidadãos Ativos: São aqueles que se envolvem de forma proativa e significativa nas questões
que afetam as comunidades, a política e a sociedade em geral. Estes cidadãos participam nas
eleições, votam conscientemente, envolvem-se em atividades de advocacia, protestos pacíficos,
organizações voluntárias e tomam medidas para promover mudanças positivas no seu ambiente.
Esses indivíduos estão plenamente conscientes dos seus direitos e responsabilidades como membros
da sociedade e procuram ativamente exercê-los em prol do bem comum.

Cidadãos passivos: São caracterizados pela sua inatividade ou participação limitada na esfera
pública. Estes podem abster-se de votar, mostrar desinteresse pelos assuntos políticos e sociais, ou
simplesmente não se envolver em atividades que promovam o bem-estar coletivo. Essa passividade
pode ser resultado de desilusão com o sistema político, falta de acesso à informação ou
simplesmente apatia em relação aos problemas enfrentados pela sociedade.

Conclusão:

Num mundo cada vez mais interconectado e diversificado, a questão de ser cidadão assume uma
importância renovada. Ser cidadão não se limita à titularidade de um passaporte ou documento de
identidade; é um compromisso ativo com os valores de democracia, igualdade e justiça. Ao
refletirmos sobre o significado da cidadania nas nossas vidas, somos desafiados a assumir um papel
ativo na construção de um futuro mais inclusivo e humano para todos.
Bibliografia e webgrafia

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