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Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes

Curso: Relações Públicas

Disciplina: Comunicação e Cidadania

Professor: Vanuza Souza

Aluno: Fagner Rios Carlos Vitor

Período/Turno: 4° Período / Noturno


Atividade 01

A cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade e corresponde (para
o Direito) ao vínculo jurídico que traduz a condição de um indivíduo enquanto
membro de um Estado ou de uma comunidade política, ou seja, é o status
daqueles que são membros de uma comunidade e são por ela reconhecidos e
designados pelo termo Cidadão, que por sua vez, é a pertença de um indivíduo
a um Estado-Nação, com direitos e obrigações em um específico nível de
igualdade. Assim, cabe ressaltar que o princípio de igualdade está presente no
conceito de cidadania, visto que é entendido como a condição que garante aos
indivíduos, membros plenos de uma comunidade, iguais direitos e deveres,
liberdades e restrições.

É uma noção construída socialmente e ganha sentido nas experiências


sociais e individuais. Por isso, será compreendida como uma identidade social
política, nesta perspectiva, a concepção de cidadania como identidade social e
política é constituída por alguns elementos como: pelos vínculos de
pertencimentos; pela participação política/coletiva; pela consciência de ser
portador de direitos e deveres.

Em A Política, Aristóteles (1973) define o que é ser cidadão e quem poderia


usufruir desse status. Ser cidadão, explica, significava ser titular de um poder
público e participar das decisões coletivas da polis (cidade). Já com relação à
igualdade, o status de cidadão limitava-se a um pequeno grupo de homens
livres, excluindo-se assim as mulheres, os escravos e os estrangeiros.
Entendemos que ser cidadão nos dias de hoje é ter direito à vida, à liberdade,
à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar
no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos e acesso à
informação. Mas a realidade é que ainda temos grandes lacunas existentes em
nossa sociedade, como a negação dos direitos humanos as minorias, como por
exemplo: a população LGTQIA++, negros, mulheres, indígenas, pessoas de
baixa renda, imigrantes, moradores de ruas, e pessoas com deficiência.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948: dispõe que “toda


pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”, assim estabelecendo a
igualdade formal e os direitos fundamentais para todas as pessoas. Mas o que
dizer quando pessoas negras e pardas, por exemplo, correspondem à maioria
da população brasileira com 54,9% (conforme a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua — PNAD — realizada pelo IBGE, em 2016),
no entanto, os negros costumam ganhar, em média, 30% menos do que os
demais e ocupam menos cargos de chefia.

O mesmo ocorre com as mulheres que também são a maioria populacional


no país, correspondendo a 51,48% da população, mas, no mercado de
trabalho, somente 8% das empresas brasileiras são presididas por
representantes do sexo feminino, e apenas 21% das mulheres ocupam cargos
de diretoria

Assim, ambos os grupos (assim como a população LGBTQIA +, indígenas,


analfabetos, entre outros) são os que mais precisam enfrentar a exclusão e
desigualdade social, quando levamos em consideração sua representatividade
diante da sociedade e os direitos conquistados.

É importante dizer também que cidadania é a expressão concreta do


exercício da democracia, e que segundo o sociólogo Herbert de Souza a
participação dos cidadãos na comunicação é o termômetro que mede a
democracia numa sociedade (SOUZA apud GUARESCHI, 2000). Por isso, para
que a sociedade tenha cidadãos verdadeiramente conscientes de seu papel, é
preciso que haja direito de produção e acesso à informação, pois a
comunicação é fundamental na discussão dos mais variados temas que
permeiam a sociedade e consequentemente, na efetivação do debate público e
na garantia da visibilidade das demandas sociais.
Atividade 02

Pandemia da desigualdade: covid-19 agravou diferenças sociais nas


cidades

Pesquisa inédita da Escola Nacional de Administração Pública (Enap)


mostra que a pandemia da covid-19, que afeta o Brasil desde 2020, agravou o
quadro social do país. Os municípios mais vulneráveis à doença são os que
têm população com maior desigualdade social — especialmente os de médio
porte. E não necessariamente os mais pobres (com menor renda), mas onde
há muito ricos e muito pobres convivendo no mesmo espaço, alerta a pesquisa,
realizada em 5.570 municípios, de 25 de fevereiro a 31 de julho do ano de
2020. Isso mostra que o conceito de cidadania.

De forma geral, a pesquisa revela que, quanto maior a renda, o


desenvolvimento do município e o acesso à rede de esgoto e água encanada,
menor a vulnerabilidade em relação à covid. Isso evidencia as lacunas
existentes entre os cidadãos Brasileiros em relação à geografia e ao impacto
das desigualdades socioeconômicas no avanço da pandemia no país. Sendo
importante dizer como afirma: Tiene (2005) A comunicação tem um papel
fundamental na discussão dos mais variados temas que permeiam a sociedade
e consequentemente, na efetivação do debate público e na garantia da
visibilidade das demandas sociais.

Por isso, acredito que a comunicação é uma aliada poderosa para denunciar
as mazelas do nosso Estado, e fazer com que os cidadãos questionem seus
direitos para que consequências graves como a desigualdade na pandemia
não seja reflexo de uma sociedade sem acesso a direitos básicos, estes que
são previstos em nossa constituição. Além disso, a cidadania não se dá se não
houver comunicação no sentido de partilhar informações entre os indivíduos de
qualquer sociedade e publicitar suas demandas.
Referencias:

BATISTA, Vera. Pandemia da desigualdade: covid-19 agravou diferenças


sociais nas cidades. 2021. Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2021/07/4939963-pandemia-
da-desigualdade-covid-19-agravou-diferencas-sociais-nas-cidades.html.
Acesso em: 13 fev. 2022.

COSTA, M.I.S., and IANNI, A.M.Z. O conceito de cidadania. In:

Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma

análise teórica [online]. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 2018,

pp. 43-73.

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