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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA


LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA

Professores:
Francis Gomes
Hugo Pereira

Extração do DNA da Manga


Matheus Lucas da Silva Verçosa
Wemerson José da Silva

Maceió - AL
2022
Matheus Lucas da Silva Verçosa
Wemerson José da Silva

Extração do DNA da Manga

Relatório de aula prática apresentado ao


Curso de Bacharelado em Química
Tecnológica e Industrial, da Universidade
Federal de Alagoas, como requisito para a
obtenção de nota da disciplina
Laboratório de Bioquímica noturno.

Maceió - AL

2022
1- Introdução

No processo de caracterização genética utilizando-se técnicas moleculares, uma das


principais etapas é a extração de DNA, pois qualquer problema no seu desenvolvimento
compromete a sequência dos futuros passos. O sucesso nesta etapa depende de vários fatores,
inclusive a adequação do protocolo (EMBRAPA, 2001)

O DNA é uma macromolécula formada por duas cadeias ou fitas de nucleotídeos


unidas por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. O DNA pode ser extraído das
células vegetais pela quebra mecânica da parede celular destas e adição de detergente para
remover os lipídios de membrana. As técnicas de biologia molecular vêm sendo amplamente
utilizadas na caracterização de espécies vegetais e na identificação de polimorfismos
intraespecíficos. De acordo com Ferreira e Grattapaglia (1995) esses dados, quando
combinados a métodos clássicos de genética e melhoramento, vem abrindo novas
perspectivas para a ampliação do conhecimento e para a aceleração de programas dessas
áreas.

2- Objetivos

Compreender o conceito teórico e prático, com finalidade em extrair e caracterizar o


DNA.

3- Materiais Utilizados

Material:

● Funil
● Algodão
● Proveta
● Tubos de ensaio
● Gelo
● Béquer de 100 mL
● Bastão de vidro
● Pipeta graduada de 1 mL
● Banho maria
Reagentes:

● Polpa de manga
● Solução de lise (0,1% de detergente dodecilsulfato de sódio (SDS) em solução 25
mmol/L)
● de EDTA pH 8,0.
● Etanol 95%
● Água destilada

4- Procedimentos Experimentais

Primeiramente foi realizada a preparação da solução de lise, em que foram pesados


0,023g de Dodecilsulfato de sódio (SDS) e adicionado a béquer, após foi adicionado 230 mL
de solução de EDTA pH 8,0.

Em um béquer foi adicionado à polpa de manga e 100 mL da solução de lise, foi


misturado e deixado em repouso a temperatura ambiente por 20 minutos. Após foi feita a
filtragem da mistura com auxílio de algodão e um funil para uma proveta. O filtrado foi
transferido para um béquer onde após foram adicionados 8 mL de etanol 95% gelado com
cuidado para não misturar as soluções.

O restante do filtrado foi adicionado a um béquer e colocado 16 mL de etanol gelado


novamente com cuidado para não misturar a solução. Com o auxílio de um bastão de vidro
foi retirado o precipitado branco do béquer e transferido para outro béquer de 100 mL foi
adicionado 10 mL de água destilada dissolvendo o precipitado e dividiu-se a solução em 2
tubos de ensaio, depois foi realizada a avaliação de escoamento da solução com o auxílio de
uma pipeta, foi realizado o aquecimento da solução por 5 minutos e novamente a avaliação de
escoamento, depois foi feito o resfriamento por 15 minutos e feita a avaliação de escoamento
da solução.

5- Resultados e Discussões

Nesse procedimento foi realizada a extração do DNA de uma polpa de manga e


realizado teste para investigar o seu comportamento em algumas situações. Primeiramente foi
preparada a solução de lise em que foram adicionados 0,023g de detergente dodecilsulfato de
sódio (SDS)em 230mL de EDTA. O SDS age desestruturando as moléculas de lipídios das
membranas biológicas enquanto que o EDTA proporciona o ambiente favorável para a
extração de DNA, neutralizando a carga negativa dos grupos fosfatos dessa molécula.
Quando adicionou-se o álcool gelado foi possível notar a formação de um precipitado
branco, que é um aglomerado de moléculas de DNA e restos de proteínas. O DNA não é
solúvel em etanol e quanto mais gelado menos solúvel vai ser, isso foi possível notar em
nosso experimento devido ao fato do álcool não estar suficientemente gelado em nossa
primeira tentativa, o qual não houve uma grande formação de precipitado e mais demorada, já
na segunda a formação foi mais rápida. Quando as moléculas são insolúveis em um dado
solvente, elas se agrupam, tornando-se visíveis. Mas para isso ocorrer a bicamada da
membrana plasmática tem que ser dissolvida e as proteínas e DNA não podem precipitar,
destacando a ação do EDTA e do detergente.

Fonte: Autores
Devido termos realizado duas filtragens, juntamos ambas coletas de DNA para a
realização da segunda fase do experimento vieram delas. Com as amostras de DNA
devidamente solubilizadas, fizemos os testes de escoamento de 1 mL, em temperatura
ambiente foi medido um tempo de 1,19s, após o aquecimento 0,69s e depois de resfriado um
0,80s. Em temperatura ambiente todas as estruturas do DNA em solução estavam intactas
conferindo viscosidade, ao aquecer foi realizada uma desnaturação, isto porque ocorre uma
ruptura das ligações de hidrogênio entre os pares de bases, esta desnaturação faz com que
diminua a viscosidade da solução de DNA. Ao resfriamos nós a reestruturamos fazendo com
que ela volte a ter um aumento em sua viscosidade.

6- Conclusões

Nesse experimento foi possível observar na prática os conceitos teóricos abordados e


compreender sobre a técnica para a extração e caracterização do DNA.
7- Bibliografia

DNA and improvement of extraction techniques. Rev. bras. hematol. hemoter.


2004;26(4):233-23. acessado em: 07, maio de 2022.

Cláudia Maria Furlan, Ana Carolina de Almeida, Cristiane Del Nero Rodrigues, Daniel
Gouveia Tanigushi, Déborah Yara A. C. dos Santos, Lucimar Barbosa Motta e Fungyi Chow.
Extração de DNA Vegetal: O que Estamos Realmente Ensinando em Sala de Aula?.
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Vol. 33, N° 1, FEVEREIRO 2011.

Molinari, Hugo Bruno; Crochemore, Maria Lucia. EXTRAÇÃO DE DNA GENÔMICO


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NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed


Editora, 2018.

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