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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR - GCM

FARMÁCIA

BRANCA GRINBERG-WELLER
SAMARA SILVA DOS SANTOS

EXTRAÇÃO DE DNA DAS CÉLULAS DE CEBOLA:

Relatório da Disciplina de Bioquímica Fundamental

Niterói
2021
Branca Grinberg-Weller
Samara Silva dos Santos

EXTRAÇÃO DE DNA DAS CÉLULAS DE CEBOLA:

Relatório da Disciplina de Bioquímica Fundamental

Relatório da Aula Prática da Disciplina de Bioquímica Fundamental, ministrado pela


Professora Helena Carla Castro Cardoso de Almeida, da Universidade Federal
Fluminense, como requisito parcial para obtenção da aprovação na disciplina do
período de 2021.1 da Graduação em Farmácia.

Professora: Helena Carla Castro Cardoso de Almeida

Niterói
2021

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................4

2 MATERIAIS E MÉTODOS……………………………………………………..6

3 RESULTADOS ……………………………………………………………….….8

4 DISCUSSÃO/CONCLUSÕES ………………………………………………...8

5 REFERÊNCIAS ………………………………………………………………….9

APOIO……………………………………………………………………………...10

AGRADECIMENTOS……………………………………………………………..10

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1 INTRODUÇÃO

A estrutura do DNA, em dupla hélice, foi descoberta por Watson e Crick em


1953 e deu origem a disciplinas completamente novas, as quais influenciaram o
rumo de muitas já estabelecidas. Nesse sentido, averiguaram que o que diferencia
o DNA do RNA é a presença de 29-desoxi-D-ribose e D-ribose, respectivamente.
Tais moléculas são constituídas por uma sequência de duas fitas simples de ácidos
nucleicos, a qual é sempre escrita com a sua extremidade 5´ à esquerda e com a
extremidade 3´ à direita – isto é, na direção 5´3´, encontrados no núcleo e nas
mitocôndrias de células eucariontes e dispersos no citosol de células procariontes,
os quais são formados a partir de seus monômeros, os nucleotídeos. (LEHNINGER,
A.L., 2014, p. 316 ) Este último, portanto, é constituído por uma base nitrogenada
(purina ou pirimidina), um açúcar pentose e um ou mais grupos de fosfato. Desse
modo, como mencionado anteriormente, o conjunto dessas unidades formam os
ácidos nucléicos, cuja formação se dá a partir da união destes por ligações
fosfodiéster entre o grupo hidroxila de uma pentose e o grupo hidroxila da próxima
pentose. (LEHNINGER, A.L., 2014, p.317 )
No DNA, os nucleotídeos, chamados de desoxirribonucleotídeos, contêm
29-desoxirribose e as bases pirimídicas comuns são a timina e a citosina e estes
formam uma ligação fosfodiéster através da formação de pontes de grupos fosfato,
nas quais o grupo 59-fosfato de uma unidade nucleotídica é ligado ao grupo
39-hidroxila do próximo nucleotídeo. Sendo assim, tal estrutura gera um modelo de
duas cadeias polinucleotídicas anti paralelas helicoidais enroladas em torno do
mesmo eixo, formando uma dupla-hélice de orientação à direita. (LEHNINGER, A.L.,
2014, p. 318 )
Ademais, é válido ressaltar que evidencia-se a complementaridade dessas
duas cadeias de DNA, uma vez são mantidas por duas forças: ligações de
hidrogênio entre os pares de bases complementares (Guanina e Citosina, Adenina
e Timina) e interações de empilhamento de bases, as quais determinam a maior
contribuição para a estabilidade da dupla-hélice do Ácido Desoxirribonucleico.
(LEHNINGER, A.L., 2014, p.319 )
Com isso, a prática realizada dia 27 de julho de 2021 teve como objetivo a
extração de DNA da amostra das células de cebola. Tal experimento é de tremenda

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importância para realizar técnicas que envolvem o sequenciamento do genoma,
visto que existem doenças relacionadas à hereditariedade, dando prosseguimento
com determinada terapia gênica, além de testes de paternidade e identificação
criminal, produção de fármacos como hormônios sintéticos e vacinas e
melhoramento genético, questão polêmica ainda na ciência.
Para extração de DNA, com base no Roteiro de Aulas Práticas da GCM, é
necessário a lise das membranas plasmática e nuclear, por utilização do detergente
aniônico duodecil sulfato de sódio (SDS), em concentração 2% P/V, para formação
de micelas e liberação das proteínas nucleares. Para inibir a ação da DNAase, será
utilizada solução salina de EDTA em meio básico, pois a solução neutralizará os íons
negativos do fosfato, presente na estrutura do DNA, atuando como quelante, além
de auxiliar na precipitação de proteínas pelo salting out, visto que agrega tais íons
cálcio e magnésio, utilizados como cofatores na DNAase. Em seguida, a adição de
Etanol Absoluto 95% sob a fase aquosa sequestra as moléculas de água que
interagem com o DNA de interesse, pois tal solução favorece a precipitação do DNA
ao diminuir a constante dielétrica da água e solubilização do DNA no meio aquoso. A
utilização da Solução Tampão Tris-EDTA (TE) em meio alcalino é necessária para
diminuir o quanto for possível a variação de pH do meio reacional. Além disso, para
a purificação da amostra de ácido desoxirribonucleico de interesse, é preciso
manipular a Solução Clorofórmio-Álcool isoamílico, previne emulsificação e
aumenta densidade fase orgânica, proteínas histonas que envolvem o DNA nos
cromossomos, para que seja possível a retirada dessas substâncias após
consecutivas centrifugações da amostra.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais
- Cebola
- Solução salina-EDTA (NaCl 0,15M e EDTA 0,1 M pH 8)
- SDS 2% (P/V)
- Etanol Absoluto 95% (Álcool Etílico 95%)
- Solução Tris-EDTA (TE) (10mM Tris.Cl e 1mM EDTA pH 7,5)
- Solução Clorofórmio-Álcool isoamílico
- Tubo falcon 15mL
- Gaze
- Bastão de vidro
- Pipeta (volume não especificado)
- Tubo de vidro (volume não especificado)
- Centrífuga

EXTRAÇÃO DO DNA

2.1 Métodos:

- Cortar 5g de cebola em fatias finas muito bem picotadas


- Adicionar a cebola no Tubo Falcon de 15 mL
- Adicionar 2,5 mL Solução salina EDTA e homogeneizar
- Adicionar 1,0 mL SDS 2% e homogeneizar
- Macerar a cebola por 5 minutos com o bastão de vidro
- Filtrar a solução com auxílio da gaze para retirar os fragmentos de cebola
- Colocar filtrado no Tubo de Vidro
- Adicionar, devagar, 4mL de Álcool Etílico 95% com auxílio de uma pipeta,
tomar cuidado para não misturar os líquidos
- Observar que na interface forma-se um material insolúvel e filamentoso, DNA
- Introduzir o bastão de vidro na interface e realizar movimentos circulares para
que o bastão consiga aderir ao DNA (observar no esquema abaixo)
- Dissolver o precipitado em 2 mL de Solução Tris-EDTA (TE)

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Ilustração 1 - Movimentação Bastão de vidro
Fonte: GCM, 2021

DESPROTEINIZAÇÃO
2.2 Métodos:

- Adicionar 2mL de Solução Clorofórmio-Álcool isoamílico no Tubo de Vidro e


agitar por 30 minutos
- Centrifugar a emulsão a 3000 rpm por 10 minutos

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3. RESULTADOS

Podemos observar que nesta prática foi observado a formação de uma solução
heterogênea em 3 camadas, sendo a primeira fase chamada de aquosa e presente
na parte superior do tubo, constituída de DNA e RNA, visto que ambos estão
presentes na célula eucarionte. Já a segunda fase, é denominada de interface, uma
vez que é formada por proteínas coaguladas, provenientes das histonas e de outras
proteínas presentes na célula da cebola. Por fim,a terceira fase é composta por
clorofórmio, o qual está presente em um dos reagentes utilizados no experimento.

Ilustração 2 - Resultados obtidos


Fonte: GCM, 2021

4. DISCUSSÃO/CONCLUSÕES

Podemos concluir que o experimento desta aula prática foi bem sucedido e a turma
aprendeu, mesmo que online, a realizar a extração de DNA, fundamental ao dia a
dia do farmacêutico. Ademais, também foi realizado um Kahoot, para verificação dos
conhecimentos passados durante o horário de aula.

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REFERÊNCIAS

LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6. ed.


Brasil: Ed. Artmed, 2014.
MORAN, HORTON, SCRIMGEOUR, PERRY, Bioquímica, 5.ed. São Paulo: Ed.
Pearson, 2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
CELULAR E MOLECULAR - GCM. Roteiro de aulas práticas - 1° período do
curso de Farmácia. Niterói, 2021.

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APOIO

O projeto teve o apoio da professora titular e vice-diretora do Instituto de


Biologia da UFF, Helena Carla Castro Cardoso de Almeida e dos monitores da
disciplina de Bioquímica Fundamental.

AGRADECIMENTOS

Colaboração: Helena Carla Castro Cardoso de Almeida, Professora do


Departamento de Biologia Celular e Molecular - GCM e Universidade Federal
Fluminense - UFF e dos monitores da disciplina de Bioquímica Fundamental.

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