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ISI - Educação e Cultura

Cuidados de Enfermagem com os

Pacientes nos Processos Biológicos de


Eliminação

Autoras:
Prof.ª Natalia Rubia Mariano
Prof.ª Danielle Leite de Lemos Oliveira

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Aula 02: Sistema Urinário

1. Sistema renal ..................................................................................... 3


1.1 Estrutura do nefron ........................................................................... 5
1.2 Estrutura do trato urinário ................................................................. 6
1.2.1 Ureteres ..................................................................................... 6
1.2.3 Bexiga ....................................................................................... 7
1.2.4 Uretra ........................................................................................ 8
2. Características da urina normal ......................................................... 9
2.1 Fatores que influenciam nos padrões urinários ................................... 10
3. Ostomias Urinárias ou Urostomias ................................................... 11
3.1 Tipos de Urostomias........................................................................ 11
3.1.1 Nefrostomia .............................................................................. 11
3.1.2 Ureterostomia ........................................................................... 12
3.1.3 Cistostomia ou vesicostomia ....................................................... 13
4. Cuidados de Enfermagem com as ostomias urinárias ...................... 13
5. Técnica de Cateterismo de Cistostomia ............................................ 14
5.1 Material utilizado no Cateterismo de Cistostomia ................................ 14
5.1.2 Atribuições do Técnico de Enfermagem ........................................ 15
5.1.3 Descrição da técnica de cateterismo de cistostomia ....................... 15
6. Realizando a troca da bolsa coletora ............................................... 16
7. Cateterismo urinário ........................................................................ 16
7.1 Tipos de cateterismo ....................................................................... 17
7.2 Indicação ....................................................................................... 17
7.3 Tipos de cateter ............................................................................. 18
7.4 Risco do cateterismo ....................................................................... 20
7.5 Irrigação do cateter ........................................................................ 21
7.5.1 Irrigação – sistema fechado ........................................................ 21
7.5.2 Irrigação – sistema aberto .......................................................... 22
7.5.3 Cateterismo urinário – bolsa de perna .......................................... 23
7.6 Material utilizado na realização do cateterismo ................................... 24
7.7 Atribuições do Técnico de Enfermagem no Cateterismo vesical ............. 25
7.8 Técnica de cateterismo vesical FUNÇÃO PRIVATIVA DO ENFERMEIRO .... 25

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7.9 Cuidados de Enfermagem no manuseio do Cateter Vesical de Demora ... 26


7.10 Terminologias ............................................................................... 28
8. Urinol ............................................................................................... 29
8.1 Dispositivo de incontinência urinária ................................................. 30
8.1.1 Descrição da técnica – Dispositivo de incontinência ....................... 30
Referências .......................................................................................... 32
Índice Fotográfico ............................................................................... 32

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1. Sistema renal
O sistema urinário é responsável pelo equilíbrio hidroeletrolítico.

Imagem 1 – Estrutura renal

Fonte: http://rachacuca.com.br

O rim consiste em um córtex renal externo e uma medula renal interna que
contém as pirâmides renais. A urina é formada como um filtrado do sangue nos
néfrons (unidade funcional do rim, responsável pela formação da urina) e
coletada pelos cálices e pelve renal antes de fluir do rim pelo ureter, conforme
figura ilustrativa 01 “Estrutura Renal”.

Localização: os rins de cor marrom avermelhada estão posicionados contra a


parede posterior da cavidade entre a décima segunda vertebra torácica e a
terceira lombar. O rim direito geralmente é mais baixo que o rim esquerdo por
causa da grande área ocupada pelo fígado no lado direito.

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Imagem 2 - Localização renal

Fonte: Van De Graaff, Kent M. (Kent Marshall),1942 – Anatomia Humana

Imagem 3 – Estrutura renal

Fonte: http://rachacuca.com.br

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Capsula renal - Camada mais interna, forte, fibrosa e transparente está fixa a
superfície do rim. Protege o rim de traumatismo e da disseminação de infecções.

Cálice menor - A papila de uma pirâmide renal projeta-se em uma depressão


pequena cálice menor. A formação de vários cálices menores se unem para
formar o cálice maior..

Cálice maior - Vários cálices maiores se unem para formar a pelve renal

Capsula renal adiposa - Envolve a capsula renal. É uma camada protetora que
ancora o rim ao peritonio e á parede abdominal.

Pelve renal - Tem o formato de um funil e recolhe a urina dos cálices e a


transporta para o ureter.

Hilo renal - É a depressão existente ao longo da margem medial através do qual


a artéria renal entra e a veia renal e o ureter saem. O hilo renal também é p local
para drenagem de vasos linfáticos e inervação do rim.

1.1 Estrutura do nefron


Cada rim possui mais de um milhão de néfrons cercados por pequenos vasos
sanguíneos. O liquido restante que deixa o néfron recebe o nome de urina.

O sangue arterial têm uma extensa rede circulatória para permitir a continua
limpeza e modificação de grandes volumes de sangue. O sangue arterial entra no
rim pelo hilo através do ramo da artéria renal passa pelas arteríola
afrentes. As arteríolas aferentestransportam o sangue para a rede capilar,
o glomérulo, que produz um filtrado de sangue que entra nos túbulos
renais. O sangue que permanece no glomérulo deixa-o através das arteríolas
eferentes. Das arteríolas eferentes, o sangue entra nos capilares
peritubulares que envolvem os túbulos contorcidos. A partir dessa rede de
capilares o sangue e drenado para veia cava renal.

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Imagem 4 – Estrutura do nefron

Fonte: http://fisiologiarenalhumana.blogspot.com.br

1.2 Estrutura do trato urinário

1.2.1 Ureteres
Os ureteres, como os rins, são retroperitôniais. Esses órgãos tubulares, cada um
com aproximadamente 25 cm de comprimento, começam na pelve renal e
seguem para entrar na bexiga urinária.

Ondas peristálticas movimentam a urina através do ureter. As ondas peristálticas


se iniciam pela presença de urina na pelve renal, e a frequência é determinada
pelo volume de urina. As ondas, que se verificam desde alguns segundos ate
alguns minutos, empurram a urina através do ureter conduzindo-a para a bexiga
urinária.

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Imagem 5 – Bexiga urinária

Fonte: http://www.auladeanatomia.com

1.2.3 Bexiga
A bexiga urinária é um órgão sacular que se destina ao armazenamento de
urina.

Localização: Esta locada logo atrás da sínfise púbica, e a frente do reto. No sexo
feminino, a bexiga urinária esta em contato com o útero e a vagina. No sexo
masculino, a próstata esta posicionada embaixo da bexiga urinária.

Imagem 6 -Localização da bexiga urinária

Fonte: Van De Graaff, Kent M. (Kent Marshall),1942 – Anatomia Humana

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Uma bexiga urinária vazia é piramidal; quando enche, se torna ovoide.

A base da bexiga urinária recebe os ureteres, e a uretra sai da bexiga.

Imagem 7 – Bexiga urinária

Fonte: http://geriderme.blogspot.com.br

1.2.4 Uretra
A uretra conduz a urina desde a bexiga urinária até o lado de fora do corpo.

A uretra feminina é um órgão tubular retilíneo, com aproximadamente 4 cm de


extensão, que esvazia a urina através da uretra no vestíbulo da vagina entre o
clitóris e a vagina. A uretra feminina tem uma única função: transportar urina
para o exterior.,

Imagem 8 – Genital feminino

Fonte:http://www.gineco.com.br

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A uretra masculina serve para ambos os sistemas: urinário e genital. Tem


aproximadamente 20 cm de comprimento e tem a forma de letra S por causa da
forma do pênis.

Imagem 9 – Genital masculino

Fonte: http://gigabean.8m.com

2. Características da urina normal


As características da urina incluem:

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Volume - Nos adultos a quantidade média de urina por micção é de


aproximadamente 1.200ml ao dia, mas pode variar entre 600 a 2.500ml.

Cor - A coloração da urina varia desde um amarelo leve, passando por um


amarelo escuro até um amarelo acastanhado intenso, chamado de amarelo
âmbar. O estado de hidratação do cliente altera a coloração da sua urina.
Podendo ser quase incolor se estiver muito diluída. E a demais coloração se
estiver muito concentrada se apresentar uma baixa ingestão hídrica.

Transparência - A urina drenada de um cateter vesical deve parecer


transparente e sem sedimento ou seja a parte solida da urina, no equipo, porem
pode conter filamentos de muco.

Odor - O odor da urina recém eliminada é tipicamente aromático. Quanto mais


diluída estiver a urina, mas suave será seu odor; quanto mais concentrada, mais
intenso o odor. A urina coletada que se depositou durante um longo período pode
ter um forte odor de amônia.

2.1 Fatores que influenciam nos padrões urinários


o Ingesta de líquidos;
o Nutrição;
o Posição corporal;
o Fatores psicológicos;
o Obstrução do fluxo urinário: cálculos renais, aumento da próstata, tumores,
anormalidades estruturais;
o Infecção;
o Hipotensão;
o Lesão neurológica: lesão raquimedular, acidente vascular cerebral (AVC), tumor
cerebral;
o Tônus muscular diminuído: envelhecimento, múltiplas gestações, obesidade;
o Gravidez;
o Cirurgia: anestesia, edema e imobilidade;
o Medicamentos;
o Desvios urinários.

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3. Ostomias Urinárias ou Urostomias


Ostomia é a abertura de um canal, através de procedimento médico-cirúrgico,
que liga os condutos urinários à parede abdominal. A urina passa a fluir
diretamente destes condutos à bolsa coletora posicionada externamente no
abdome do paciente. As urostomias podem ser temporárias ou definitivas, de
acordo com o diagnóstico do paciente, e seu nome varia de acordo com o local
do Sistema Urinário em que são realizadas.

3.1 Tipos de Urostomias

3.1.1 Nefrostomia
Realizada a partir do rim, na qual um cateter é mantido dentro do rim fazendo
ligação com a parede abdominal.

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Imagem 10 – Nefrostomia

Fonte: http://dicionariosaude.com

3.1.2 Ureterostomia
Realizada a partir dos ureteres, ligando-os à parede abdominal, pode ser
unilateral ou bilateral, de acordo com o diagnóstico do paciente.

Imagem 11 – Ureterostomia

Fonte: http://lookfordiagnosis.com

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3.1.3 Cistostomia ou vesicostomia


Realizada a partir da bexiga urinária, na qual um cateter é mantido dentro da
bexiga urinária fazendo ligação com a parede abdominal.

Imagem 12 – Cistostomia

Fonte: http://www.infirmus.es

4. Cuidados de Enfermagem com as ostomias


urinárias
Os cuidados de enfermagem direcionados ao paciente com ostomias urinárias é
específico, pois o risco de infecções é grande e favorecido pelas características
inerentes à região da ostomia e sua umidade natural.

É importante que o técnico de enfermagem lave bem as mãos antes de qualquer


contato com a bolsa coletora, com a pele circunvizinha ao estoma, com o cateter,
e sua manipulação seja sempre feita com luvas.

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o O curativo deve ser realizado diariamente e sempre que necessário, quando


houver presença de secreção ou a fixação se desprender;
o Observar sempre a cor, que deve ser vermelho vivo e brilhante, umidade,
presença de muco, o tamanho e a forma;
o A limpeza do estoma deve ser feita delicadamente, não é necessário nem
aconselhável esfregá-lo;

5. Técnica de Cateterismo de Cistostomia TÉCNICA


PRIVATIVA DO ENFERMEIRO
5.1 Material utilizado no Cateterismo de Cistostomia
o Óculos.
o Avental de manga longa e/ou plástico.
o Mascara descartável.
o Luva de procedimento.
o Luva estéril.
o Kit de cateterismo.
Imagem 13 - Kit de cateterismo

Fonte: Produzida no ISI © Direitos Reservados

o 2 Seringa 20ml
o 1 Agulha 40X12
o 04 Ampolas de Água destilada
o 01 Solução anti-séptica (PVPI Tópico ou Clorexidine aquoso)

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o 01Lubrificante (Xilocaina Gel)


o 01 Par de luva estéril
o 01 Micropre
o 01 Bolsa coletora
o Cateter

5.1.2 Atribuições do Técnico de Enfermagem no Cateterismo


de Cistostomia
A passagem do cateter de cistostomia no período pré, trans e pós-operatório são
de responsabilidade do Enfermeiro. Já os cuidados com o cateter e a manutenção
da sonda de drenagem são desenvolvidos pela equipe de enfermagem seja no
âmbito hospitalar e ou na atenção básica bem como também, em outros níveis
de atenção a saúde (Parecer nº010/2013/COFEN/ctas).

o Realizar a abertura dos materiais que serão utilizados para a passagem do


cateter;
o Colocar a solução anti-séptica nas gazes da cuba redonda para assepsia;
o Colocar lubrificante na compressa de gaze;
o Auxiliar o enfermeiro durante a realização da técnica;
o Realizar a troca e a higienização da bolsa de drenagem;

5.1.3 Descrição da técnica de cateterismo de


cistostomia FUNÇÃO PRIVATIVA DO ENFERMEIRO
o Apresente-se ao cliente e informe sobre o procedimento que sera realizado;
o Posicione o cliente em decubito dorsal;
o Higienize as mãos;
o Calçe as luvas de procedimento;
o Realize a higienização do estoma;
o Higienize novamente as mãos;
o Abra o pacote de cateterismo entre os membros inferiores do cliente ou em mesa
auxiliar);
o Coloque a solução anti-séptica nas gazes da cuba redonda;
o Abra o campo fenestrado;
o Realize o calçamento das luvas estéreis;
o Realize o teste do cuff do cateter;

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Imagem 14 – cateter de três vias

Fonte: http://www.gaesca.com

o Conecte o cateter a bolsa coletora;


o Aspire água destilada;
o Inicie a passagem do cateter
o Insufle o balonete;
o Posicione e fixe o cateter.

6. Realizando a troca da bolsa coletora


o Apresente-se ao cliente e informe sobre o procedimento que sera realizado;
o Posicione o cliente em decubito dorsal;
o Higienize as mãos;
o Calce as luvas;
o Higienize a conexão entre o cateter e o equipo da bolsa de drenagem;
o Segure o cateter envolto com gaze estéril, com uma das mãos e com a outra
solte a conexão da bolsa coletora;
o Dobre o cateter, para impedir a drenagem de urina;
o Realize a conexão do equipo da nova bolsa de drenagem.

7. Cateterismo urinário
O cateterismo urinário é a inserção de um pequeno tubo, chamado cateter,
dentro da bexiga, através da uretra, de modo a permitir que a urina seja
drenada.

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7.1 Tipos de cateterismo

7.2 Indicação

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7.3 Tipos de cateter

Imagem 15 – cateter de uma via

Fonte: http://enfermagembydiogo.blogspot.com.br

Imagem 16 – Gcateter foley

Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br

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Imagem 17 – cateter foley

Fonte: http://www.myrusch.com

o Os cateteres urinários possuem vários tamanhos. A seleção do tamanho


adequado é importante para evitar o trauma dos tecidos uretrais.
o Devemos utilizar um cateter menor que o meato para minimizar o trauma dos
tecidos.
o Os cateteres são classificados por números.
o Os tamanhos disponíveis para adultos variam de 14 a 22 FR (unidade de
medidado do cateter).

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7.4 Risco do cateterismo


Qualquer ruptura na técnica estéril durante a inserção dos cateteres representa
um risco de infecção para a bexiga, ureteres, podendo chegar ao rim.

Quando se faz uso de um cateter de demora, o risco de infecção permanece e


aumenta durante a sua permanecia na bexiga.

O cateter de demora deve ser conectado a bolsa de drenagem fechada para evitar
a migração dos microrganismos do cateter para a bexiga. O que ainda pode
ocorrer, mesmo com o uso de um sistema de drenagem fechado, é a migração
de microrganismos a partir do meato urinário para a bexiga.

Trauma dos tecidos uretrais que também pode contribuir para a infecção. Os
homens são mais propensos a esse trauma por causa do comprimento e
curvatura da sua uretra. É essencial o cuidado para inserção do cateter ao longo
do contorno da uretra, a fim de evitar o trauma.

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Imagem 18 – cateter foley

Fonte: https://lookfordiagnosis.com

7.5 Irrigação do cateter

7.5.1 Irrigação – sistema fechado


O tipo e a quantidade especifica da solução de irrigação são administrados por
gotejamento continuou em uma velocidade prescrita pelo medico. A luz do cateter
utilizada para a remoção da urina pode ser clampeada ate que a solução prescrita
tenha sido instalada, em seguida, aberta para possibilitar a drenagem.

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Ou ela pode permanecer aberta para permitir o refluxo da urina ao longo do


procedimento.

Imagem 19 – Irrigação sistema fechado

Fonte: http://what-when-how.com

7.5.2 Irrigação – sistema aberto


O método aberto de irrigação é realizado com o cateter demora de luz dupla.

Depois de limpar a junção entre o cateter e o equipo de drenagem, empregando


a técnica estéril, desconecte a cateter do equipo de drenagem. Usando uma
seringa estéril, administre o tipo e a quantidade de solução prescrita de forma
lenta (por gravidade ou pressão suave), para dentro do equipo do cateter.
Permita que a solução de irrigação drene por gravidade a partir do cateter.

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7.5.3 Cateterismo urinário – bolsa de perna


As bolsas de perna são unidades de drenagem menores que podem ser presas a
perna e usadas sob roupas, ela possibilita que o cliente participe das atividades
diárias normais sem precisar transportar uma grande bolsa de drenagem urinária.

A bolsa de perna contem uma capacidade de volume menor, devendo ser


esvaziada com fuma frequência maior.

Imagem 20 – Genital feminino

Fonte: http://www.gineco.com.br

Imagem 21 – Bolsa coletora de perna

Fonte: http://scienceblogs.com.br

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7.6 Material utilizado na realização do cateterismo


o Óculos.
o Avental de manga longa e/ou plástico.
o Mascara descartável.
o Luva de procedimento.
o Luva estéril.
o Kit de cateterismo.

Imagem 22 - Kit de cateterismo

Fonte: Produzida no ISI © Direitos Reservados

o 2 Seringa 20ml
o 1 Agulha 40X12
o 04 Ampolas de Água destilada
o 01 Solução anti-séptica (PVPI Tópico ou Clorexidine aquoso)
o 01Lubrificante (Xilocaina Gel)
o 01 Par de luva estéril
o 01 Micropre
o 01 Bolsa coletora
o Cateter

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7.7 Atribuições do Técnico de Enfermagem no Cateterismo


vesical
O cateterismo vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao
paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou
vesical, devendo ser executado pelo enfermeiro no contexto do Processo de
Enfermagem, atendendo-se às determinações da Resolução Cofen nº 358/2009
e aos princípios da Política Nacional de Segurança do Paciente, do Sistema Único
de Saúde (COFEN, 2013).

Ao Técnico de Enfermagem, compete a realização de atividades prescritas pelo


Enfermeiro no planejamento da assistência e auxilio durante a execução da
técnica, a exemplo:

o Monitoração e registro das queixas do paciente e das condições do sistema de


drenagem, do débito urinário;
o Manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta
de urina para exames;
o Monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos;
o Realizar a abertura dos materiais que serão utilizados para a passagem do
cateter;
o Colocar a solução anti-séptica nas gazes da cuba redonda;
o Se cateterismo masculino: colocar o lubrificante dentro da seringa;
o Cateterismo feminino: abra o lubrificante e colocá-lo sobre uma gaze;
o Auxiliar o enfermeiro durante a realização da técnica.

7.8 Técnica de cateterismo vesical FUNÇÃO PRIVATIVA DO


ENFERMEIRO
o Higienize as mãos;
o Coloque os EPIs necessários para realizar o procedimento;
o Abra os materiais que serão utilizados ( o pacote de cateterismo deve ser aberto
entre os membros inferiores do cliente ou em mesa auxiliar);
o Utilizar solução anti-séptica, para higienização da região que será manipulada;
o Abra o campo fenestrado;

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o Abra o restante dos matérias sobre o campo estéril (cateter, bolsa coletora,
seringa e agulha);
o Cateterismo feminino: utilizar a gaze com lubrificante;
o Realize o calçamento das luvas estéreis;
o Se cateterismo masculino: utilizar o lubrificante dentro da seringa;
o Realize o teste do cuff do cateter;

Imagem 23 – cateter de três vias

Fonte: http://www.gaesca.com

o conecte o cateter a bolsa coletora;


o aspire água destilada;
o Se cateterismo feminino: separar pequenos lábios e visualizar meato;
o Se cateterrismo masculino: segurar o pênis em ângulo reto e expor a glande para
visualizar e limpar o meato. Em seguida, conectar seringa para injetar lubrificante;
o Inicie a passagem do cateter
o Insufle o balonete;
o Posicione e fixe o cateter.

7.9 Cuidados de Enfermagem no manuseio do Cateter Vesical


de Demora
Segundo a serie Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde:
Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (ANVISA,

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2013), devemos seguir algumas medidas para evitar o risco de infeção e


problemas posteriores durante a manipulação do cateter vesical

1. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;

2. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;

3. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for


necessária;

4. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica


ou vazamento;

5. Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina


com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta:

a. Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.

6. Para coleta de grandes volumes de urina para exames específicos (não


urocultura), obtenha a amostra da bolsa coletora de forma asséptica;

b. Manter o fluxo de urina desobstruído;

7. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual


e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor ;

Imagem 24 – Bolsa coletora

Fonte: http://www.zammi.com.br

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8. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;

9. Limpar rotineiramente o meato uretral com soluções antissépticas é


desnecessário, mas a higiene rotineira do meato é indicada;

10. Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.

7.10 Terminologias
Micção: esvaziamento da bexiga

Anúria: menos de 100 ml ao dia

Oligúria: de 100 a 500 ml ao dia

Poliúria: aumento do volume urinário

Polaciúria: aumento da frequência de micção com pequenos volumes

Disúria: dor/ardor ao urinar

Nictúria: micções frequentes a noite

Hematúria: sangue na urina

Glicosúria: glicose na urina

Proteinúria: proteína na urina

Piúria: pus na urina

Retenção urinária: incapacidade de eliminar a urina

Incontinência urinária: impossibilidade de controlar a micção

Colúria: pigmentos na urina

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8. Urinol
Um cliente do sexo masculino esta sob repouso absoluto no leito ou cofiado ao
leito devido a fraqueza ou incapacidade pode fazer uso do urinol (papagaio), um
recipiente de metal ou plástico no qual o pênis pode ser colocado para facilitar a
micção sem derramamento.

O urinol deve ser esvaziado com frequência no vaso sanitário para evitar
derramamento e odores.

Imagem 25 – Urinol

Fonte: http://arthur.bio.br

Imagem 26 – Urinol

Fonte: http://www.barralifehc.com.br

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8.1 Dispositivo de incontinência urinária


É uma película de borracha firme que se adapta sobre o pênis e que esta
conectada a um equipo e uma bolsa de coleta.

Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos


numeradas como 4.0, 5.0 ou 6.0. de acordo com cada fabricante.

Imagem 27 – Dispositivo de incontinência

Fonte: http://www.lojacomoir.com.br

8.1.1 Descrição da técnica – Dispositivo de incontinência


1 – higienize as mãos;

2 – Posicione o cliente em decúbito dorsal, apenas com a genitália exposta;

3 – realize o calçamento das luvas de procedimento;

4 – coloque o dispositivo de incontinência urinaria sobre o pênis como se fosse


um preservativo, deixando um espaço livre na ponta do pênis;

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Imagem 28 – Dispositivo de incontinência

Fonte: http://www.lojacomoir.com.br

5 – Desenrole a bainha do dispositivo sobre o pênis;

6 – Aplique uma tira de micropore, metade no dispositivo e metade sobre a


pele;

7 – Prenda a extremidade do dispositivo em funil ao sistema de coleta,


esparadrapo pode ser utilizado para fixar a conexão;

8 – Evite dobras ou alças no equipo.

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Referências

Fundamentos de enfermagem: saúde e função humana / [editores] Ruth F. Craven,


Constance J. Hirnle; [com] 15 colaboradores; [revisão tecnica Isabel Cristina fonseca da
Cruz; tradução Isazel Cristina da Cruz, José Eduardo Ferreira de Figueiredo]. – Rio de
Janeiro: Guaabara Koogan, 2006.

Van De Graaff, Kent M. (Kent Marshall),1942 – Anatomia Humana /Kent M. Van De


Graff; Introdução da 6ª; ed. Original e revisão cientifica Nader Wafael. – Barueri, SP: Manole
2003.

Índice Fotográfico
Figura 1–Disponível em: <http://rachacuca.com.br/educacao/biologia/sistema-
urinario/>. Acesso em 15/04/2014 09:27

Figura 2–Disponível em: <Van De Graaff, Kent M. (Kent Marshall),1942 –


Anatomia Humana /Kent M. Van De Graff;Introduçãoda 6ª; ed. Original e
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